3. Introdução
A palavra vem do latim ad (direção, tendência para) e
minister (subordinação ou obediência), significando aquele
que realiza uma função, serviço, sob um comando e está
frequentemente ligada á função de controle.
A administração aplicada a enfermagem é saber como
planejar, coordenar, organizar, liderar e supervisionar uma
assistência adequada ao paciente para garantir o seu bem
estar como um todo.
4. Teorias Administrativas
As teorias são “um conjunto de princípios e prescrições que
visam facilitar a realização dos objetivos das organizações e
serão mais ou menos válidos na medida em que isso
efetivamente ocorrer.”
Cada teoria foi criada possuindo uma “abordagem” e,
significa dizer que, cada estudo que se transformou em
uma teoria teve um enfoque, uma maneira de enfatizar ou
evidenciar os valores e relações econômicas, sociais e
políticas da época em que foram criadas.
5. Teorias Administrativas
Teoria da Administração Cientifica
Frederick Winslow Taylor
O Taylorismo compreende uma série
de princípios e mecanismos que
resultam na otimização da produção
e consequentemente, uma maior
efetividade do processo produtivo.
Estudo sistemático e cientifico do
tempo.
6. Teorias Administrativas
Teoria da Administração Cientifica
Participação nos lucros e aumento
salarial.
Divisão, padronização e controle
do trabalho.
Monitorar e fornecer instruções e
supervisão.
Gerentes planejam e operários
executam.
7. Teorias Administrativas
Teoria Clássica da Administração
Jules Henri Fayol
Tem como estrutura a organização.
Acreditava-se que o comportamento
administrativo deveria ter como
modelo a organização militar, ou
seja, um sistema de hierarquização.
8. Teorias Administrativas
Teoria Burocrática
Max Weber
A burocracia prima pela total
eficiência da organização e para
que se alcance isso todos os
detalhes formais devem ser vistos
com antecedência, para que nada
atrapalhe o processo.
9. Teorias Administrativas
Teoria Burocrática
A enfermagem herda dessa teoria a excessiva
burocratização.
A equipe assume características de técnicos
especializados, com comportamentos e posições
definidas institucionalmente, valorizando normas e
regras.
10. Teorias Administrativas
Teoria das Relações Humanas
Elton Mayo.
Visão do homem como social e
não apenas um ser econômico.
Fator psicológico interfere mais
na produção que o fisiológico.
11. Teorias Administrativas
Teoria das Relações Humanas
Tentativa de combater a desumanização do trabalho e o
formalismo na administração.
Na enfermagem, indica a motivação da equipe, assim
como a participação nas tomadas de decisões.
Além da importância da liderança e comunicação o
trabalho interdisciplinar.
12. Princípios Gerais de Administração
Divisão do Trabalho – consiste em dividir cada uma das
tarefas em operações mais simples (especialização). A
divisão proposta por Fayol em muito se assemelha à
segunda parte do método para pesquisa científica,
proposto por RENÉ DESCARTES, na qual ele propõe a
divisão do assunto a ser estudado em tantas partes
quantas forem necessárias para o seu entendimento.
13. Princípios Gerais de Administração
Autoridade e Responsabilidade – Conceitua a autoridade
como o poder de dar ordens e de se fazer obedecer; não
sendo possível concebê-las individualmente. Afirma que
toda regra tem de ser provida de sanção, sem a qual
desaparece na empresa o espírito de responsabilidade.
Disciplina – Respeito às regras estabelecidas. A boa
direção inspira obediência.
14. Princípios Gerais de Administração
Unidade de Comando – Cada agente, para cada ação, só
deve receber ordens de um único chefe. Aqui caberia uma
comparação com o jargão “muito chefe para pouco índio”: a
pluralidade de chefes para um único setor dilui a autoridade
de cada um deles sobre seu subordinado.
Subordinação – Prevalência dos interesses gerais da
organização. A conceituação de Fayol em muito se assemelha
a um princípio jurídico do Direito Administrativo: o interesse
geral prevalece sobre o pessoal (ou seja: em havendo
divergência entre os interesses da sociedade e os do
indivíduo, os primeiros prevalecem sobre o segundo).
15. Princípios Gerais de Administração
Remuneração do Pessoal – tem de ser equitativa, justa,
evitando-se a exploração. Deve haver equilíbrio entre os
interesses da empresa e os dos funcionários. O tipo de
remuneração depende da apreciação deste equilíbrio.
Centralização – Deve haver um único núcleo de comando
centralizado, atuando de forma similar ao cérebro, que
comanda o organismo. Tudo o que aumenta a importância
das funções dos subordinados é do terreno da
descentralização, tudo o que diminui a importância, pertence
à centralização.
16. Princípios Gerais de Administração
Hierarquia – Cadeia de comando por escalas. Afirma a
necessidade de comunicação lateral entre as escalas de
comando.
Ordem – Por meio da racionalização do trabalho, estabelece-
se o lugar de cada coisa e de cada pessoa.
Equidade – Distingue a diferença entre justiça e equidade.
Justiça poderia ser conceituada como a realização das
convenções estabelecidas, enquanto que equidade seria o
uso da razão onde não há convenção; seria a capacidade de
estimular o pessoal a empregar, no exercício de suas funções,
toda a vontade que devotamente é capaz.
17. Princípios Gerais de Administração
Estabilidade do Pessoal – O funcionário precisa de tempo
para adaptar-se à tarefa que lhe foi incumbida, deslocá-lo
sem que este tempo lhe for concedido (sem que sua iniciação
tenha sido finalizada) e adotar esta atitude como premissa na
administração de um organismo acarretará que nenhuma
função jamais seja desempenhada a contento.
Iniciativa – Os liderados devem ser incentivados a buscarem
por si só, as soluções para os problemas que surgirem.
18. Princípios Gerais de Administração
Espírito de Equipe – O corpo social deve experimentar uma
união similar à união de organismos biológicos, sem que isso
ocorra, os objetivos não serão comuns e os esforços não
serão dirigidos de forma adequada às aspirações da empresa.
19. Influências para o setor saúde
A organização do trabalho e o gerenciamento no
especialmente no ambiente hospitalar sofre até hoje forte
influência do modelo taylorista, da administração clássica e
do modelo burocrático.
Os modelos clássicos tem levado as organizações a resultados
insatisfatórios e ineficientes, pois não respondem as
necessidades atuais.
A descentralização promovida pela implantação do SUS, tem
tentado modificar essa situação.
20. Referências Bibliográficas
Chiavento I. Teoria geral da administração. Vol.1. 3ª ed. São
Paulo (SP): McGrawHill; 1987.
Kurgant P, coordenadora. Administração em enfermagem.
São Paulo (SP): EPU; 1991.
Pires D. Organização do trabalho na saúde. In: Leopardi MT,
organizadora. O processo do trabalho em saúde: organização
e subjetividade. Florianópolis (SC): UFSC/Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem/Ed. Papa-Livros; 1999. p. 176.