1) O documento discute os riscos climáticos nas cidades costeiras de Angola e a necessidade de planejamento urbano para adaptação climática.
2) Foi apresentado um estudo de mapeamento de riscos ambientais em quatro cidades costeiras utilizando sensoriamento remoto e dados comunitários.
3) Recomenda-se expandir a pesquisa sobre mudanças climáticas e riscos, e capacitar autoridades locais no mapeamento de serviços e riscos.
Planeamento Cidades Costeiras Angola Adaptação Climática
1. Planeamento das Cidades Costeiras de
Angola para a Adaptação Climática
apresentado por
Development Workshop Angola
Sala de conferência das Nações Unidas
no dia 31 de Março de 2016
2. Source: IPCC AR4, WG 1, 2007.
A mudança climática está acontecendo agora
3. • A pesquisa tem o objetivo de identificar os riscos
ambientais urbanos (erosão, inundações, para
abastecimento de água, do nível do mar, intrusão de água
salgada) e seus impactos sobre nos zonas costeiras
urbanas.
• Compreender os aspectos espaciais de acesso e
acessibilidade de água potável, os níveis de
vulnerabilidade ambiental em áreas urbanas.
• Desenvolver um sistema de informação geográfica (GIS) e
mapeamento dos diferentes aspectos: densidade
populacional, acesso à água, pobreza e riscos ambientais.
• Parceria com as autoridades nacionais e locais, a
organizações da sociedade civil.
• Disponibilizar informação para planificadores, académicos
e pesquisadores, para um trabalho continuado nestas
áreas, e para uma planificação contínua de adaptação.
Estratégia de pesquisa
4. • As alterações climáticas são alterações ao longo do
tempo quer devido à variabilidade natural ou como
resultado da actividade humana.
• Uma consequência das alterações climáticas é que no
futuro as temperaturas serão mais elevadas de que
actualmente.
• O aumento depende das medidas tomadas para travar as
alterações climáticas mas pode haver um aumento
significativo durante os próximos 100 anos.
• Outra consequência, na costa marítima, é a subida do
nível do mar.
• Os correntes da costa marítima (como o Corrente de
Benguela) são parte do sistema global e podem alterar
devido a alterações climáticas.
Alterações climáticas
5. Assentamentos humanos e habitação
Quatro décadas de
guerra causaram
uma grande
mudança
demográfica
Angolana
As populações de
áreas de conflito rural
fugiram para a
seguranca dos
assentamentos
urbanos no litoral
Resultando em uma
urbanização rápida
do país.
6. Urbanização rapida em Angola
• Angola ao longo deste período foi o país mais
rapidamente urbanizado na região Sul Africano.
• A cidade de Luanda, com uma taxa de crescimento
média de 7% é a cidade que mais cresce na África.
18. Problemas crónicas ambientais urbanas
• A situação ambiental nas áreas periféricas das cidades de
Angola foi se deteriorando progressivamente durante muitas
décadas de conflitos armados.
• Podem ser consideradas como estando em crise crónica de
saúde pública e do saneamento ambiental.
• O crescimento dos sistemas de saneamento e a
manutenção não manteve o ritmo do crescimento
populacional.
• As populaçoes mais vulneravais são localizados em sítios de
riscos ambientais tal como ao longo de rios ou linhas de
drenagem, susceptíveis a erosões severas.
• Certas grandes cidades costeiras de Angola estão
localizadas na foz das bacias hidrográficas que colocam
estes assentamentos em locais de risco.
20. Variabilidade do clima Angolana
Os dados disponíveis são limitados, salvo para Luanda.
• Luanda: Número de anos com 600 mm ou mais de
precipitação
• 1879 a 1900 0
• 1901 a 1950 4
• 1951 a 2000 9
• Um hipotese é que, ao longo da costa maritima, a
probabilidade de chuvas intensas aumenta.
22. Factores ambientais
Aguas Insolação
Percipitação
O clima de Angola é diverso. Angola situa-se entre áreas
áridas e semi-áridas ao sul e áreas húmidas ao norte. Por
isso há muitas incertezas sobre a o impacto das alterações
climáticas nesta região e provavelmente o impacto vai ser
diferente conforme a área do país
23. • A guerra resultou na destruição de infra-estrutura e das
instituições durante quarentos anos.
• A capacidade do Governo para manter uma presença
administrativa e coletar dados de todos os tipos também
foi afetada.
• As últimas estatísticas meteorológicas nacionais
completo foram publicadas para o ano 1974.
• O governo colonial tinha acumulado uma extensa rede de
mais de 500 estações meteorológicas em todo o país.
• Exceto por algumas estações urbanas como Luanda
relatórios mais cessaram ou foram abandonadas no ano
seguinte.
Estatísticas meteorológicas/hidrológico e conflicto
24. Estatísticas meteorológicas e conflicto
O "gap" dos dados de mais de 30 anos de
informações meteorológicas coincide com o recente
período de acelerada mudança climática.
1932 1972 2007
25. Cobertura da Rede Hidrométrica até 1974
• Até 1974/75 – Cerca
de 200 Estações
Hidrométricas
• Situação em 2011 –
Menos de 5% das
estações existentes
até 1974/75
encontram-se
operacionais
(Engo
. Manuel Quintino –
Director INRH 2011)
26. Recuperação de dados histórico perdidos
• Projeto de pesquisa da Development Workshop inclui
um componente de análise de dados históricos de
chuvas
• Documentos em papel e fontes históricas de dados
pluviométricos arquivados para Angola, expandir e
preencher as lacunas nas fontes digitalizadas do
Instituto Nacional de Meteorologia.
• O banco de dados resultante é que está sendo
usado para examinar a variabilidade da precipitação
e mudar, e mapear os resultados.
• Para preencher as lacunas de dados exploramos
formas não tradicionais de informação, incluindo a
monitorização da mídia e e documentação de
memórias com histórias orais.
28. • A medição de
variabilidade é o
coeficiente de variação.
• O mapa mostra que a
variabilidade da
precipitação é maior no
litoral e diminui com a
distância para o
interior.
Variabilidade da precipitação de
ano para outro
29. Inundações e erosão
• Um número significativo de agregados familiares em
estudos domésticos da DW dizer que a sua área é
afetada por inundações ou de erosão.
• Embora a Cabinda tem mais chuva, menos famílias
são afetadas por inundações e erosão
• Luanda - 20,0% dos domicílios
• Cabinda - 6,4% dos domicílios
30. Precipitação, assentamentos humanos e
habitação
• Chuvas mais intensas em sítio cria o risco de inundações e
de erosão das cidades.
• Em certos casos chuvas intensas no interior aumenta o
caudal dos rios e cria o risco de inundações e de erosão
das zonas habitadas aos seus lados.
31. Precipitação, assentamentos humanos e
habitação
• Inundações mais frequentes criam riscos de doenças
ligadas a situações de saneamento deficiente.
• O planeamento dos assentamentos humanos no
litoral devem tomar em conta também os riscos de
cheias e a necessidade de reduzir os riscos de
erosão dos solos
32. • Doenças diarréicas como a cólera têm sido endêmica em
Luanda e em algumas outras cidades costeiras que
levam a surtos periódicos, por exemplo em 2006 com
mais de trinta mil casos e algumas centenas de mortes.
• Uma sucessão de enchentes devastadoras nos últimos
anos em cidades como Luanda, Benguela e Namibe
pode ser atribuída a uma combinação de factores,
– Chuvas intensas mais frequentes
– A ocupação humana de zonas vulneráveis
– A remoção da vegetação natural nas bacias
hidrográficas contíguas.
Assentamentos Angolanos e a variabilidade
climática
33. • A pesquisa de Development Workshop tem demonstrado
que, em Luanda, muitos deslocados internos e outras
famílias pobres se instalaram em zonas da cidade de alto
risco de inundação e erosão .
• Devido ao aumento rápido das rendas urbanos, os mais
pobres mudam de casa para áreas de risco ambiental onde
a terra é mais barata.
• Essas áreas tendem a ser baixas zonas costeiras, bacias
hidrográficas suscetíveis a inundações ou com riscos de
erosão elevados.
• Essas áreas são quase sempre sem serviços de
saneamento e abastecimento de água significa que a água
do solo seja poluída.
Assentamentos em risco
34. A expansão urbana
tem reduzido
significativamente a
capacidade de
absorção hidrológica
dos solos.
Impacto da urbanização sobre
os processos hidrológicos
35. • Uma.
Assentamentos em risco
Áreas onde asÁreas onde as
águas daságuas das
chuvas mantêmchuvas mantêm
se visíveis.se visíveis. (Fotos(Fotos
tiradas num voo sobre atiradas num voo sobre a
cidade)cidade)
Levantamento dos danos e riscos
37. Mapeamento participativo
O projeto promove a co-participação na pesquisa entre as
comunidades e os governos locais e instituições acadêmicas.
Informações co-produzido é propriedade conjunta e gera
evidência para influenciar as políticas públicas.
38. Modelo digital do terreno (GIS)
MapeamentoMapeamento
participativoparticipativo dosdos
danos e riscosdanos e riscos
baseou-se nestebaseou-se neste
conjunto de dadosconjunto de dados
Senso Remoto
39. Áreas e tipos de inundação
Declives
Buracos
Desabamento
Lago
Desabamento/lagoa
Lagoa
Ravinas e inundação
Águas estagnadas
<15m
15 – 30m
30 -45m
45 – 60m
>60m
Avaliação dos tipos de risco ambiental
42. Mapa de Risco do paludismo em Luanda
O aumento das
temperaturas pode
ter um impacto na
saúde humana
através duma
modificação da
distribuição
geográfica de
doenças como o
paludismo.
44. • Áreas urbanas de risco ambiental já estão localizadas
desproporcionalmente em áreas baixas do litoral. As
alterações climáticas vão aumentar o risco de elevação
dos mares e o risco de inundações.
• Preparação para desastres e planos de gestão são
componentes vitais de uma estratégia de adaptação.
• O planeamento urbano precisa refletir formal, hipóteses
sobre as alterações climáticas, tendo em conta novas
informações sobre possíveis variações
• As próprias comunidades, através de esforços micro-
planejamento na organização coletiva, pode desenvolver
planos e infra-estrutura necessária para reduzir sua
vulnerabilidade a desastres naturais.
Adaptação
45. Posters - Mapeamento de Risco nos 4 cidades
• Dados foram validados com
sensoriamento remoto de SIG
e informações de satélite.
• Os mapas são ferramentas
essenciais para o planejamento
de ações de mitigação;
também reduzir os riscos dos
vulneráveis urbanos.
• Autoridades municipais que
são responsáveis pela
prestação de serviços básicos
estão esforçando com
informações.
• Os mapas de risco que são apresentados aqui foram
produzidos com dados coletados com a participação das
comunidades locais e das administrações municipais.
Luanda
46. Posters - Mapeamento de Risco
• Os mapas de risco foram produzidos com a participação
das comunidades locais e pode reforçar a participação
dos cidadãos no desenvolvimento de cidades resilientes.
Cabinda Lobito Benguela
47. • Áreas urbanas de risco ambiental já estão localizadas
desproporcionalmente em áreas baixas do litoral. As
alterações climáticas vão aumentar o risco de elevação
dos mares, o risco de inundações e fortes tempestades
tropicais
• Preparação para desastres e planos de gestão são
componentes vitais de uma estratégia de adaptação.
• O planeamento urbano precisa reflectir, hipóteses formais
sobre as mudanças climáticas, tendo em conta novas
informações sobre possíveis variações
• As próprias comunidades, através de esforços de micro-
planejamento na organização colectiva, pode desenvolver
planos e infra-estruturas necessárias para reduzir sua
vulnerabilidade a desastres naturais.
Concluções
48. 1. Alargar a programa da pesquisa para contribuir para a
compreensão do clima, da variabilidade climática e
mudança climática as todas zonas de assentamentos
na região costeira.
2. Entenda mais sobre os riscos ambientais urbanos
(erosão e inundações em relação ao abastecimento
de água, do nível do mar, e intrusão de água salgada)
e seus impactos sobre os assentamentos costeiros.
3. Compreender os aspectos espaciais de acesso e
acessibilidade à água potável, níveis de pobreza e
vulnerabilidade ambiental em áreas urbanas.
4. Formação de administradores locais na sistema de
informação geográfico (SIG) para o mapeamento dos
todos os municípios nos diferentes aspectos de
acesso à água, servicos e riscos ambientais.
Recomendações programáticas
50. • Telhados armazenadores
• Poço de infiltração
• Pavimento poroso de infiltração
• Bacias de infiltração
Ações para adaptação local
51. • Plantar árvores ao longo dosPlantar árvores ao longo dos
rios e valas de drenagemrios e valas de drenagem
para ajudar absorver a água epara ajudar absorver a água e
evitar erosão do solo.evitar erosão do solo.
Participação comunitária em
planeamento para a adaptação
52. • Fazer regularmente aFazer regularmente a
manutenção das valas demanutenção das valas de
drenagem para que as águasdrenagem para que as águas
possam escoar bem em casopossam escoar bem em caso
de chuva.de chuva.
Participação comunitária em
planeamento para a adaptação
53. • Ordenar os bairros informais
evitando a construção de
novas casas nas partes mais
baixas ou muito próximas dos
rios e valas de drenagem.
Participação comunitária em
planeamento para a adaptação
54. • Quando os bairros informais se inundam, o
principal problema de saneamento são as
latrinas. As águas misturam-se com as fezes e
contaminam o ambiente. O uso destas águas
provoca cólera. Por isso é importantíssimo
manter as latrinas fechadas e limpas.
Participação comunitária em
planeamento para a adaptação
55. Participação comunitária em
planeamento para a adaptação
• Nas áreas susceptíveis à inundação tem deNas áreas susceptíveis à inundação tem de
se colocar os fontanários e as bombas dese colocar os fontanários e as bombas de
água acima do nível máximo atingido pelaságua acima do nível máximo atingido pelas
grandes cheias passadas, ou pelo menosgrandes cheias passadas, ou pelo menos
prever torneiras elevadas, de maneira a poderprever torneiras elevadas, de maneira a poder
ter acesso à água limpa em qualquerter acesso à água limpa em qualquer
situação.situação.
• Tem de se tratarTem de se tratar águaágua com desinfectantes.com desinfectantes.
56. • Ter um sistema de aviso prévio que nos dá tempo suficienteTer um sistema de aviso prévio que nos dá tempo suficiente
para implementar as acções de emergência.para implementar as acções de emergência.
• Se a situação se tornar muito crítica, há necessidade deSe a situação se tornar muito crítica, há necessidade de
evacuar as pessoas que correm mais risco. Tem de seevacuar as pessoas que correm mais risco. Tem de se
prever locais de acampamento com serviços básicos eprever locais de acampamento com serviços básicos e
posto de socorro para as pessoas afectadasposto de socorro para as pessoas afectadas
• Ter acesso à água limpa para beber em lugares que nãoTer acesso à água limpa para beber em lugares que não
podem ser atingidos pelas águas da cheia.podem ser atingidos pelas águas da cheia.
• Tem de se preparar reservas de alimentos suficientes paraTem de se preparar reservas de alimentos suficientes para
a população afectada.a população afectada.
Participação comunitária em
planeamento para a adaptação