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AS RAZÕES DOS NÃO-DIZIMISTAS
INTRODUÇÃO
ENTÃO, A PRIMEIRA QUESTÃO ENVOLVIDA NESSE DEBATE SOBRE O DÍZIMO
ENVOLVE OS CONCEITOS DE SENHORIO E DE SERVO. ORA, SE DEUS É O SENHOR, E DE
FATO É, ENTÃO ELE É DONO DE TODAS AS COISAS. Logo, o que tenho não me pertence, mas
sou apenas um administrador, um mordomo. Dessa forma, se tenho em minha mente o conceito da
soberania e do Senhorio de Deus, não será difícil para mim me desprender daquilo que não me
pertence. Então, não obedecer é roubar a Deus.
OUTRO ARGUMENTO UTILIZADO PARA SE DEFENDER À CESSAÇÃO DO DÍZIMO PARA
OS DIAS ATUAIS É A AFIRMAÇÃO DE QUE O DÍZIMO FAZIA PARTE DA LEI, E COMO A LEI
FOI CUMPRIDA, OU SEJA, TEVE SEU TEMPO TERMINADO, O DÍZIMO TAMBÉM CESSOU.
ESSE ARGUMENTO É DESPROVIDO DE SOLIDEZ BÍBLICA, POIS EM NENHUM LUGAR
VEMOS O DÍZIMO ASSOCIADO A LEI. Na verdade, a Lei foi dada à Moisés e aproximadamente
500 anos antes de Moisés e, conseqüentemente, antes da Lei ser entregue no Sinai, Abraão já
praticava o dízimo, entregando-o a Melquisedeque, por exemplo, que era uma figura que
tipificava Cristo (Gn 14;18-20). PORTANTO,O DÍZIMO É INDEPENDENTE DA LEI.
Estou perfeitamente inteirado de que o texto de Malaquias 3, especificamente, se refere a Israel,
mas também sei que na Hermenêutica existem as Leis da Autoria, Interpretação, Aplicação e
Implicação, que nos ajudam a entender uma mensagem e aplicá-la a nossa vida, para os dias de
hoje.
A Lei da Autoria nos ensina que a mensagem bíblica deve ser contextualizada, o que significa
comparar situações semelhantes entre a Bíblia e a atualidade e adotar a atitude bíblica semelhante.
Ou seja, o alvo que o autor desejava alcançar na época é o mesmo a ser alcançado hoje, em uma
situação semelhante.
A Lei da Interpretação nos ensina que o princípio do ensino, a ideia central do autor, deve
permanecer na atualidade. Devemos buscar a mensagem que é trazida através do texto direto e
claro ou através dos símbolos que são usados.
A Lei da Aplicação nos ensina que a aplicação do texto pode ser empregada de forma
individual ou coletiva. Ainda, sempre que enfrentamos situações semelhantes com as relatadas na
Escritura, a vontade de Deus para nós é a mesma que Sua vontade para eles.
A Lei da Implicação nos ensina que a consequência revela a situação. Isto é, se alguém sorri é
porque está alegre, se chora é porque está triste. Assim sendo, a Lei da Implicação esclarece que
para toda ação existe uma reação.
Por isso, com base nessas leis, se enfrentamos situações semelhantes as da Bíblia devemos
agir semelhantemente. Ainda, diante de situações semelhantes a vontade de Deus para os povos
bíblicos será a mesma vontade de Deus para Seu povo hoje.
Com isso, a finalidade do dízimo, com relação a nação de Israel, especificamente em Malaquias
3, era prover mantimentos para a casa de Deus e para o sustento daqueles que se dedicavam
exclusivamente e integralmente a casa de Deus em Israel. Nesse caso em particular, os levitas.
Sabemos que o texto é específico para Israel, mas se ainda hoje temos a igreja como local dedicado
ao serviço e pessoas que vivem exclusivamente e integralmente para o cuidado da casa e do povo
da casa, por que, então, não providenciar "mantimentos" para a casa de Deus? Por que negar
dízimos e ofertas para hoje se enfrentamos situações semelhantes e a vontade de Deus já foi
revelada? Por que negar esse princípio bíblico e hermenêutico? A menos que, semelhantemente
aos povos daquela época, também estejamos roubando a Deus hoje.
O problema de quem questiona o dízimo não é outro senão avareza. Ainda, a base do dízimo
não é o interesse em receber algo em troca, da parte do homem, mas o amor pela casa de Deus e
pela obra de Deus, e o profundo desejo de ver a casa e a obra de Deus bem supridas. Portanto, não
desejar dizimar ou ofertar é confessar publicamente a falta de amor por ambos, pela casa (igreja) e
pela obra.
Enfim, na minha opinião, a questão é essa: dízimo diz respeito ao amor que deveríamos ter em
vermos a igreja bem suprida e a obra de Deus bem abastecida. O que passar disso vem da avareza
do coração e da tentativa de autojustificação para não contribuir com a casa e a obra de Deus.
A doutrina do dízimo é inaceitável para aqueles que ainda não tiveram uma experiência
pessoal com Jesus Cristo. Isto porque não foram ainda marcados pela consciência da causa de
Deus nem pela prioridade do Seu Reino. No Novo Testamento a palavra DÍZIMO aparece 9 vezes e
ligadas a duas situações:
1) Mt 23.23 = Partindo dos lábios de Jesus em relação aos fariseus. Jesus aqui reafirma a
necessidade do dízimo, ao mesmo tempo que denuncia sua prática como demonstração de piedade
exterior (Lc 18.12) – “Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” Também
Jesus denuncia a prática do dízimo como substituição de valores do Reino tais quais: justiça,
misericórdia e fé (Lc 11.42).
2) Hb 7. 1-10 = Eis as lições desse texto: a) O Pai da fé deu dízimo de tudo – v. 2; b) O pai da
fé deu o dízimo do melhor – v. 4; c) A entrega dos dízimos se deu não por pressão da lei, uma vez
que o povo israelita ainda não existia e, portanto, muito menos a lei judaica – v. 6; d) Hebreus nos
faz perceber e reconhecer a superioridade do valor do dízimo que é dado a Cristo (imortal) em
relação ao dado aos sacerdotes (mortais) – v. 8; e) O autor destaca que os que administram os
dízimos também devem ser dizimistas – v. 9.
Ser ou não ser dizimista é uma questão de acreditarmos na causa que abraçamos, na “pérola
que encontramos.” Hoje muitos crentes não são fiéis a Deus na entrega dos dízimos. Para justificar
esta atitude criam vários justificativas e desculpas. Se dependessem deles a igreja fecharia as
portas. Não existiria templos, nem pastores, nem missionários, nem bíblias distribuídas, nem
assistência social. Eis as justificativas clássicas dos não-dizimistas:
I. JUSTIFICATIVA TEOLÓGICA - Ah, eu não sou dizimista, porque DÍZIMO é da lei. E eu não
estou debaixo da lei, mas sim da graça.
Sim! O dízimo é da lei, é antes da lei e é depois da lei. Ele foi sancionado por Cristo. Se é a graça
que domina a nossa vida, porque ficamos sempre aquém da lei? Será que a graça não nos motiva a
ir além da lei?
Veja: a lei dizia: Não matarás = EU PORÉM VOS DIGO AQUELE QUE ODIAR É RÉU DE JUÍZO a
lei dizia: Não adulterarás = EU PORÉM VOS DIGO QUALQUER QUE OLHAR COM INTENÇÃO
IMPURA…
a lei dizia: Olho por olho, dente por dente = EU PORÉM VOS DIGO: SE ALGUÉM TE FERIR A
FACE DIREITA, DÁ-LHE TAMBÉM A ESQUERDA.
A graça vai além da lei: porque só nesta questão do dízimo, ela ficaria aquém da lei? Esta, portanto,
é uma justificativa infundada.
Mt 23.23 = justiça, misericórdia e fé também são da lei. Se você está desobrigado em relação ao
dízimo por ser da lei, então você também está em relação a estas virtudes.
II. JUSTIFICATIVA SENTIMENTAL - Muitos dizem: A bíblia diz em II Co 9.7 “Cada um
contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus
ama a quem dá com alegria” = espontânea e com alegria. Só que este texto não fala de dízimo e sim
de oferta. Dízimo é dívida. Não pagar dízimo é roubar de Deus.
Perguntamos também: O que estará acontecendo em nosso coração que não permite que não
tenhamos alegria em dizimar? Em sustentar a Causa que abraçamos e defendemos?
III. JUSTIFICATIVA FINANCEIRA - “O que eu ganho não sobra ou mal dá para o meu sustento.
1) O dízimo não é sobra = Dízimo é primícias. “Honra ao Senhor com as primícias da tua
renda.” Deus não é Deus de sobras, de restos. Ele exige o primeiro e o melhor.
2) Contribua conforme a tua renda para que a tua renda não seja conforme a tua contribuição =
Deus é fiel. Ele jamais fez uma exigência que não pudéssemos cumprir. Ele disse que abriria as
janelas dos céus e nos daria bênçãos sem medidas se fôssemos fiéis. Ele nos ordenou a fazer prova
Dele nesta área. Ele promete abrir as janelas do céu! Ele promete repreender o devorador por nossa
causa.
3) Se não formos fiéis, Deus não deixa sobrar = Ageu diz que o infiel recebe salário e o coloca
num saco furado. Vaza tudo. Foge entre os dedos. Quando somos infiéis fechamos as janelas dos
céu com as nossas próprias mãos e espalhamos o devorador sobre os nossos próprios bens.
IV. JUSTIFICATIVA ASSISTENCIAL
“Prefiro dar meu dízimo aos pobres. Prefiro eu mesmo administrar meu dízimo.
“ A Bíblia não nos autoriza a administrar por nossa conta os dízimos que são do Senhor. O dízimo
não é nosso. Ele não nos pertence. Não temos o direito nem a permissão nem para retê-lo nem para
administrá-lo.
A ordem é: TRAZEI TODOS OS DÍZIMOS À CASA DO TESOURO PARA QUE HAJA
MANTIMENTO NA MINHA CASA. A casa do Tesouro é a congregação onde assistimos e somos
alimentados. Mas será que damos realmente os “nossos” dízimos aos pobres? Com que
regularidade? Será uma boa atitude fazer caridade com a parte que não nos pertence?
V. JUSTIFICATIVA POLÍTICA
“Eu não entrego mais os meus dízimos, porque eles não estão sendo bem administrados.”
Não cabe a nós determinar e administrar do nosso jeito o dízimo do Senhor que entregamos. Se os
dízimos não estão sendo bem administrados, os administradores darão conta a Deus. Não cabe a
nós julgá-los mas sim Deus é quem julga. Cabe a nós sermos fiéis.
Não será também que esta atitude seja aquela do menino briguento, dono da bola, que a coloca
debaixo do braço sempre que as coisas não ocorrem do seu jeito? Deus mandou que eu trouxesse
os dízimos, mas não me nomeou fiscal do dízimo.
VI. JUSTIFICATIVA MÍOPE
“A igreja é rica e não precisa do meu dízimo.”
Temos conhecimento das necessidades da igreja? Temos visão das possibilidades de investimento
em prol do avanço da obra? Estamos com essa visão míope, estrábica, amarrando o avanço da obra
de Deus, limitando a expansão do Evangelho? AINDA, não entregamos o dízimo para a igreja. O
dízimo não é da igreja. É DO SENHOR. Entregamo-lo ao Deus que é dono de todo ouro e de toda
prata. Ele é rico. Ele não precisa de nada, mas exige fidelidade. Essa desculpa é a máscara da
infidelidade.
VII. JUSTIFICATIVA CONTÁBIL
“Não tenho salário fixo e não sei o quanto ganho.”
Será que admitimos que somos maus administradores dos nossos recursos? Como sabemos se o
nosso dinheiro dará para cobrir as despesas de casa no final do mês?
Não sabendo o valor exato do salário, será que o nosso dízimo é maior ou menor do que a
estimativa? Porque ficamos sempre aquém da estimativa? Será auto-proteção? Será desinteresse?
VIII. JUSTIFICATIVA ECLESIOLÓGICA
“Não sou membro da igreja”
Acreditamos mesmo que os nossos deveres de cristãos iniciam-se com o Batismo e a Profissão de
Fé ou com a inclusão do nosso nome num rol de membros?
Não será incoerência defendermos que os privilégios começam quando aceitamos a Cristo: (o
perdão, a vida eterna) e os deveres só depois que nos tornamos membros da igreja? Somos menos
responsáveis pelo crescimento do Reino de Deus só porque não somos membros da igreja?
CONCLUSÃO
É hora de abandonarmos nossas evasivas. É hora de darmos um basta às nossas desculpas
infundadas. É hora de pararmos de tentar enganar a nós mesmos e convencer a Deus com as
nossas justificativas.
É hora de sermos fiéis ao Deus fiel. É hora de sabermos que tudo é de Deus: nossa casa, nosso
carro, nossas roupas, nossas jóias, nossos bens, nossa vida, nossa saúde, nossa família. TUDO É
DELE. Somos apenas mordomos, administradores. Mordomos e não donos. Deus quer de nós
obediência e não desculpas. Fidelidade e não evasivas. Que atitude vamos tomar? Nosso coração
está onde está o nosso tesouro. Se buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus, não vamos ter
problemas com o dízimo. Amém.
DÍZIMO, UMA PRÁTICA BÍBLICAA SER OBSERVADA
Há uma enxurrada de comentários tendenciosos e distorcidos circulando as redes sociais, em
nossos dias, atacando a doutrina dos dízimos. Acusam os pastores que ensinam essa doutrina de
infiéis e aproveitadores. Acusam as igrejas que recebem os dízimos de explorar o povo. Outros,
jeitosamente, tentam descaracterizar o dízimo, afirmando que essa prática não tem amparo no Novo
Testamento. Tentam limitar o dízimo apenas ao Velho Testamento, afirmando que ele é da lei e não
vigente no tempo da graça.
Não subscrevemos os muitos desvios de igrejas que, laboram em erro, ao criarem mecanismos
místicos, sincréticos e inescrupulosos para arrecadar dinheiro, vendendo água fluidificada, rosa
ungida, toalha suada e até tijolo espiritual. Essas práticas são pagãs e nada tem a ver com ensino
bíblico da mordomia dos bens. O fato, porém, de existir desvio de uns, não significa que devemos
afrouxar as mãos, no sentido de ensinar tudo quanto a Bíblia fala sobre dízimos e ofertas. Destaco,
aqui, alguns pontos para nossa reflexão.
Em primeiro lugar, a prática do dízimo antecede à lei. Aqueles que se recusam ser dizimistas pelo
fato de o dízimo ser apenas da lei estão rotundamente equivocados. O dízimo é um princípio
espiritual presente entre o povo de Deus desde os tempos mais remotos. Abraão pagou o dízimo a
Malquizedeque (Gn 14.20) e Jacó prometeu pagar o dízimo ao Senhor (Gn 28.22), muito antes da lei
ser instituída.
Em segundo lugar, a prática do dízimo foi sancionada na lei. O princípio que governava o povo de
Deus antes da lei, foi ratificado na lei. Agora, há um preceito claro e uma ordem específica para se
trazer todos os dízimos ao Senhor (Lv 27.32). Não entregar o dízimo é transgredir a lei, e a
transgressão da lei constitui-se em pecado (1Jo 3.4).
Em terceiro lugar, a prática do dízimo está presente em toda Bíblia. A fidelidade na mordomia dos
bens, a entrega fiel dos dízimos e das ofertas, é um ensino claro em toda a Bíblia. Está presente no
Pentateuco, os livros da lei; está presente nos livros históricos (Ne 13.11,12), poéticos (Pv 3.9,10) e
proféticos (Ml 3.8-10). Também está explicitamente ratificado nos evangelhos (Mt 23.23) e nas
epístolas (Hb 7.8). Quanto ao dízimo não podemos subestimá-lo, sua inobservância é um roubo a
Deus. Não podemos subtraí-lo, pois a Escritura é clara em dizer que devemos trazer “todos os
dízimos”. Não podemos administrá-lo, pois a ordem: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro”.
Em quarto lugar, a prática do dízimo é sancionada por Jesus no Novo Testamento. Os fariseus
superestimavam o dízimo, fazendo de sua prática, uma espécie de amuleto. Eram rigorosos em sua
observância, mas negligenciam os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé.
Jesus, deixa claro que devemos observar atentamente a prática dessas virtudes cardeais da fé
cristã, sem omitir a entrega dos dízimos (Mt 23.23). Ora, aqueles que usam o argumento de que o
dízimo é da lei, e por estarmos debaixo da graça, estamos isentos de observá-lo; da mesma forma,
estariam também isentos da justiça, da misericórdia e da fé, porque essas virtudes cardeais,
também, são da lei. Só o pensar assim, já seria uma tragédia!
Em quinto lugar, a prática do dízimo é um preceito divino que não pode ser alterado ao longo
dos séculos. Muitas igrejas querem adotar os princípios estabelecidos pelo apóstolo Paulo no
levantamento da coleta para os pobres da Judéia como substituto para o dízimo. Isso é um
equívoco. O texto de 2 Coríntios 8 e 9 trata de uma oferta específica, para uma causa específica.
Paulo jamais teve o propósito de que essas orientações fossem um substituto para a prática do
dízimo. Há igrejas na Europa e na América do Norte que estabelecem uma cota para cada família
para cumprir o orçamento da igreja. Então, por serem endinheirados, reduzem essa contribuição a
5% ou 3% do rendimento. Tem a igreja competência para mudar um preceito divino? Mil vezes não!
Importa-nos obedecer a Deus do que aos homens. Permaneçamos fiéis às Escrituras. Sejamos fiéis
dizimistas!
A contribuição cristã é a graça a nós concedida
A contribuição cristã é bíblica. Não precisamos ter constrangimento em tratar do assunto.
Infelizmente, muitos líderes religiosos, movidos pela ganância e regidos por uma falsa teologia,
exploram o povo em nome de Deus, usando mecanismos nada ortodoxos, para vender seus
produtos, criados na fábrica do misticismo, para auferirem lucro em nome da fé. Esses desvios da sã
doutrina e da ética cristã, que trazem enriquecimento para uns e vergonha para todos, têm levado
muitos crentes a serem refratários com respeito à mordomia dos bens. O extremo de uns,
entretanto, não pode nos levar para outro polo. Devemos cingir nossa fé e nossa conduta apenas
pela Palavra de Deus.
Com respeito à contribuição cristã, precisamos observar duas coisas:
Em primeiro lugar, os dízimos. A entrega fiel de dez por cento de tudo quanto ganhamos para o
sustento da obra de Deus é um ensino presente tanto no Antigo como no Novo Testamento. Não
temos o direito de subestimar os dízimos nem de subtraí-los. Não compete a nós administrá-los.
Devemos entregá-los com integralidade, alegria e gratidão para a manutenção da Casa e Deus e a
expansão do seu reino.
Em segundo lugar, as ofertas. O apóstolo Paulo, na segunda epístola aos coríntios, trata dessa
matéria de forma esplêndida. Ali nos oferece alguns princípios que vamos, aqui, destacar:
Primeiro, a oferta é graça mais do que obrigação (2Co 8.1). Graça é um favor imerecido. É Deus
quem nos dá o privilégio de assistirmos os santos, socorrermos os necessitados e sermos seus
cooperadores no avanço de sua obra.
Segundo, a oferta não é resultado da abundância do que temos no bolso, mas da generosidade do
nosso coração (2Co 8.2). As igrejas da Macedônia, mesmo passando por muita prova de tribulação,
manifestaram abundância de alegria, e mesmo suportando profunda pobreza, superabundaram em
grande riqueza de generosidade, ao contribuírem para os pobres da Judeia. A contribuição cristã é
um privilégio e não um peso. Deve ser feita com alegria e não com pesar.
Terceiro, a oferta deve ser voluntária e proporcional (2Co 8.3,4). Contribuir por coação ou
constrangimento não tem valor aos olhos de Deus. A contribuição deve ser espontânea, e também,
proporcional. Os crentes da Macedônia ofertaram na medida de suas posses e mesmo acima delas.
A contribuição não é para trazer sobrecarga para uns e alívio para outros, mas para que haja
igualdade. Para usar uma linguagem bíblica, “o que muito colheu não teve demais; e o que pouco,
não teve falta”.
Quarto, a oferta é uma dádiva da vida, mais do que de valores financeiros (2Co 8.5). É fácil entregar
uma oferta financeira a uma pessoa necessitada, sem entregar com ela o coração. Os macedônios
deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois fizeram a oferta aos pobres da Judeia. Antes de
trazer nossa oferta, precisamos trazer nossa vida. Primeiro Deus aceita o ofertante, depois recebe a
oferta.
Quinto, a oferta é uma semeadura recompensada por Deus com farturosa colheita (2Co 9.6).
Quando ofertamos para atender à necessidade dos santos, estamos fazendo uma semeadura.
Quem semeia pouco, colhe pouco; quem semeia com fartura, com abundância ceifará. O bem que
fazemos aos outros vem sobre nós mesmos e isso da parte do Senhor. Quem dá ao pobre, a Deus
empresta. A alma generosa prosperará. A semente que se multiplica não é a que comemos, mas a
que semeamos. É Deus quem nos dá semente para semear. É Deus quem supre e aumenta a
nossa sementeira. É Deus quem multiplica os frutos da nossa justiça. É Deus quem nos enriquece
em tudo, para agirmos com toda generosidade, a fim de que sejam tributadas a ele, as ações de
graças. Quando socorremos os santos, isso não apenas supre as necessidades deles, mas também,
redunda em ações de graças a Deus. Que Deus nos mova à generosidade e nos faça mordomos
fiéis na administração dos bens a nós confiados!
OLHE O DÍZIMO COMO GESTO VOLUNTÁRIO E NÃO COMO UMA OBRIGAÇÃO
Hoje é obrigatório ao cristão entregar 10% dos seus ganhos à Igreja? Ou dar ofertas, por amor à
obra do Senhor, até em percentuais maiores, pois a Palavra nos ensina que devemos dar segundo o
que está proposto em nossos corações, com alegria, pois Deus ama Á quem dá com alegria.
Reconheço que é dever do cristão ajudar, quer nas obras da igreja (aquisição de terrenos,
construção, manutenção), como também sustentar missionários vocacionados por Deus, que por
amor à obra dEle, deixam seus lares, indo para lugares longíncuos (até mesmo para outros países),
sofrendo toda sorte de necessidades, pondo em muitos casos risco à própria vida.
UMA RESPOSTA
No Novo Testamento, a palavra "obrigatório" não cabe. O constrangimento é o do amor. No entanto,
tem um caso problemático: Ananias e Safira morreram. Por que morreram? Por não entregarem
TODO (não o dízimo) o produto do que venderam? Não. Por mentirem à comunidade. (Sobre este
pecado, leia as mensagens
DEUS QUER MUDAR O NOSSO CARÁTER .
ESPÍRITO SANTO: NÃO MINTAMOS AO ESPÍRITO SANTO
Temo que muitos se escondam atrás da graça para justificarem seus egoísmos e suas idolatria ao
dinheiro.
Dízimo é um assunto de natureza espiritual, entre o crente e Deus, por meio da igreja.

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As razões dos não dizimistas

  • 1. AS RAZÕES DOS NÃO-DIZIMISTAS INTRODUÇÃO ENTÃO, A PRIMEIRA QUESTÃO ENVOLVIDA NESSE DEBATE SOBRE O DÍZIMO ENVOLVE OS CONCEITOS DE SENHORIO E DE SERVO. ORA, SE DEUS É O SENHOR, E DE FATO É, ENTÃO ELE É DONO DE TODAS AS COISAS. Logo, o que tenho não me pertence, mas sou apenas um administrador, um mordomo. Dessa forma, se tenho em minha mente o conceito da soberania e do Senhorio de Deus, não será difícil para mim me desprender daquilo que não me pertence. Então, não obedecer é roubar a Deus. OUTRO ARGUMENTO UTILIZADO PARA SE DEFENDER À CESSAÇÃO DO DÍZIMO PARA OS DIAS ATUAIS É A AFIRMAÇÃO DE QUE O DÍZIMO FAZIA PARTE DA LEI, E COMO A LEI FOI CUMPRIDA, OU SEJA, TEVE SEU TEMPO TERMINADO, O DÍZIMO TAMBÉM CESSOU. ESSE ARGUMENTO É DESPROVIDO DE SOLIDEZ BÍBLICA, POIS EM NENHUM LUGAR VEMOS O DÍZIMO ASSOCIADO A LEI. Na verdade, a Lei foi dada à Moisés e aproximadamente 500 anos antes de Moisés e, conseqüentemente, antes da Lei ser entregue no Sinai, Abraão já praticava o dízimo, entregando-o a Melquisedeque, por exemplo, que era uma figura que tipificava Cristo (Gn 14;18-20). PORTANTO,O DÍZIMO É INDEPENDENTE DA LEI.
  • 2. Estou perfeitamente inteirado de que o texto de Malaquias 3, especificamente, se refere a Israel, mas também sei que na Hermenêutica existem as Leis da Autoria, Interpretação, Aplicação e Implicação, que nos ajudam a entender uma mensagem e aplicá-la a nossa vida, para os dias de hoje. A Lei da Autoria nos ensina que a mensagem bíblica deve ser contextualizada, o que significa comparar situações semelhantes entre a Bíblia e a atualidade e adotar a atitude bíblica semelhante. Ou seja, o alvo que o autor desejava alcançar na época é o mesmo a ser alcançado hoje, em uma situação semelhante. A Lei da Interpretação nos ensina que o princípio do ensino, a ideia central do autor, deve permanecer na atualidade. Devemos buscar a mensagem que é trazida através do texto direto e claro ou através dos símbolos que são usados. A Lei da Aplicação nos ensina que a aplicação do texto pode ser empregada de forma individual ou coletiva. Ainda, sempre que enfrentamos situações semelhantes com as relatadas na Escritura, a vontade de Deus para nós é a mesma que Sua vontade para eles.
  • 3. A Lei da Implicação nos ensina que a consequência revela a situação. Isto é, se alguém sorri é porque está alegre, se chora é porque está triste. Assim sendo, a Lei da Implicação esclarece que para toda ação existe uma reação. Por isso, com base nessas leis, se enfrentamos situações semelhantes as da Bíblia devemos agir semelhantemente. Ainda, diante de situações semelhantes a vontade de Deus para os povos bíblicos será a mesma vontade de Deus para Seu povo hoje. Com isso, a finalidade do dízimo, com relação a nação de Israel, especificamente em Malaquias 3, era prover mantimentos para a casa de Deus e para o sustento daqueles que se dedicavam exclusivamente e integralmente a casa de Deus em Israel. Nesse caso em particular, os levitas. Sabemos que o texto é específico para Israel, mas se ainda hoje temos a igreja como local dedicado ao serviço e pessoas que vivem exclusivamente e integralmente para o cuidado da casa e do povo da casa, por que, então, não providenciar "mantimentos" para a casa de Deus? Por que negar dízimos e ofertas para hoje se enfrentamos situações semelhantes e a vontade de Deus já foi revelada? Por que negar esse princípio bíblico e hermenêutico? A menos que, semelhantemente aos povos daquela época, também estejamos roubando a Deus hoje.
  • 4. O problema de quem questiona o dízimo não é outro senão avareza. Ainda, a base do dízimo não é o interesse em receber algo em troca, da parte do homem, mas o amor pela casa de Deus e pela obra de Deus, e o profundo desejo de ver a casa e a obra de Deus bem supridas. Portanto, não desejar dizimar ou ofertar é confessar publicamente a falta de amor por ambos, pela casa (igreja) e pela obra. Enfim, na minha opinião, a questão é essa: dízimo diz respeito ao amor que deveríamos ter em vermos a igreja bem suprida e a obra de Deus bem abastecida. O que passar disso vem da avareza do coração e da tentativa de autojustificação para não contribuir com a casa e a obra de Deus. A doutrina do dízimo é inaceitável para aqueles que ainda não tiveram uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Isto porque não foram ainda marcados pela consciência da causa de Deus nem pela prioridade do Seu Reino. No Novo Testamento a palavra DÍZIMO aparece 9 vezes e ligadas a duas situações: 1) Mt 23.23 = Partindo dos lábios de Jesus em relação aos fariseus. Jesus aqui reafirma a necessidade do dízimo, ao mesmo tempo que denuncia sua prática como demonstração de piedade exterior (Lc 18.12) – “Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” Também
  • 5. Jesus denuncia a prática do dízimo como substituição de valores do Reino tais quais: justiça, misericórdia e fé (Lc 11.42). 2) Hb 7. 1-10 = Eis as lições desse texto: a) O Pai da fé deu dízimo de tudo – v. 2; b) O pai da fé deu o dízimo do melhor – v. 4; c) A entrega dos dízimos se deu não por pressão da lei, uma vez que o povo israelita ainda não existia e, portanto, muito menos a lei judaica – v. 6; d) Hebreus nos faz perceber e reconhecer a superioridade do valor do dízimo que é dado a Cristo (imortal) em relação ao dado aos sacerdotes (mortais) – v. 8; e) O autor destaca que os que administram os dízimos também devem ser dizimistas – v. 9. Ser ou não ser dizimista é uma questão de acreditarmos na causa que abraçamos, na “pérola que encontramos.” Hoje muitos crentes não são fiéis a Deus na entrega dos dízimos. Para justificar esta atitude criam vários justificativas e desculpas. Se dependessem deles a igreja fecharia as portas. Não existiria templos, nem pastores, nem missionários, nem bíblias distribuídas, nem assistência social. Eis as justificativas clássicas dos não-dizimistas: I. JUSTIFICATIVA TEOLÓGICA - Ah, eu não sou dizimista, porque DÍZIMO é da lei. E eu não estou debaixo da lei, mas sim da graça. Sim! O dízimo é da lei, é antes da lei e é depois da lei. Ele foi sancionado por Cristo. Se é a graça que domina a nossa vida, porque ficamos sempre aquém da lei? Será que a graça não nos motiva a
  • 6. ir além da lei? Veja: a lei dizia: Não matarás = EU PORÉM VOS DIGO AQUELE QUE ODIAR É RÉU DE JUÍZO a lei dizia: Não adulterarás = EU PORÉM VOS DIGO QUALQUER QUE OLHAR COM INTENÇÃO IMPURA… a lei dizia: Olho por olho, dente por dente = EU PORÉM VOS DIGO: SE ALGUÉM TE FERIR A FACE DIREITA, DÁ-LHE TAMBÉM A ESQUERDA. A graça vai além da lei: porque só nesta questão do dízimo, ela ficaria aquém da lei? Esta, portanto, é uma justificativa infundada. Mt 23.23 = justiça, misericórdia e fé também são da lei. Se você está desobrigado em relação ao dízimo por ser da lei, então você também está em relação a estas virtudes. II. JUSTIFICATIVA SENTIMENTAL - Muitos dizem: A bíblia diz em II Co 9.7 “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” = espontânea e com alegria. Só que este texto não fala de dízimo e sim de oferta. Dízimo é dívida. Não pagar dízimo é roubar de Deus. Perguntamos também: O que estará acontecendo em nosso coração que não permite que não tenhamos alegria em dizimar? Em sustentar a Causa que abraçamos e defendemos? III. JUSTIFICATIVA FINANCEIRA - “O que eu ganho não sobra ou mal dá para o meu sustento.
  • 7. 1) O dízimo não é sobra = Dízimo é primícias. “Honra ao Senhor com as primícias da tua renda.” Deus não é Deus de sobras, de restos. Ele exige o primeiro e o melhor. 2) Contribua conforme a tua renda para que a tua renda não seja conforme a tua contribuição = Deus é fiel. Ele jamais fez uma exigência que não pudéssemos cumprir. Ele disse que abriria as janelas dos céus e nos daria bênçãos sem medidas se fôssemos fiéis. Ele nos ordenou a fazer prova Dele nesta área. Ele promete abrir as janelas do céu! Ele promete repreender o devorador por nossa causa. 3) Se não formos fiéis, Deus não deixa sobrar = Ageu diz que o infiel recebe salário e o coloca num saco furado. Vaza tudo. Foge entre os dedos. Quando somos infiéis fechamos as janelas dos céu com as nossas próprias mãos e espalhamos o devorador sobre os nossos próprios bens. IV. JUSTIFICATIVA ASSISTENCIAL “Prefiro dar meu dízimo aos pobres. Prefiro eu mesmo administrar meu dízimo. “ A Bíblia não nos autoriza a administrar por nossa conta os dízimos que são do Senhor. O dízimo não é nosso. Ele não nos pertence. Não temos o direito nem a permissão nem para retê-lo nem para administrá-lo. A ordem é: TRAZEI TODOS OS DÍZIMOS À CASA DO TESOURO PARA QUE HAJA MANTIMENTO NA MINHA CASA. A casa do Tesouro é a congregação onde assistimos e somos
  • 8. alimentados. Mas será que damos realmente os “nossos” dízimos aos pobres? Com que regularidade? Será uma boa atitude fazer caridade com a parte que não nos pertence? V. JUSTIFICATIVA POLÍTICA “Eu não entrego mais os meus dízimos, porque eles não estão sendo bem administrados.” Não cabe a nós determinar e administrar do nosso jeito o dízimo do Senhor que entregamos. Se os dízimos não estão sendo bem administrados, os administradores darão conta a Deus. Não cabe a nós julgá-los mas sim Deus é quem julga. Cabe a nós sermos fiéis. Não será também que esta atitude seja aquela do menino briguento, dono da bola, que a coloca debaixo do braço sempre que as coisas não ocorrem do seu jeito? Deus mandou que eu trouxesse os dízimos, mas não me nomeou fiscal do dízimo. VI. JUSTIFICATIVA MÍOPE “A igreja é rica e não precisa do meu dízimo.” Temos conhecimento das necessidades da igreja? Temos visão das possibilidades de investimento em prol do avanço da obra? Estamos com essa visão míope, estrábica, amarrando o avanço da obra de Deus, limitando a expansão do Evangelho? AINDA, não entregamos o dízimo para a igreja. O dízimo não é da igreja. É DO SENHOR. Entregamo-lo ao Deus que é dono de todo ouro e de toda
  • 9. prata. Ele é rico. Ele não precisa de nada, mas exige fidelidade. Essa desculpa é a máscara da infidelidade. VII. JUSTIFICATIVA CONTÁBIL “Não tenho salário fixo e não sei o quanto ganho.” Será que admitimos que somos maus administradores dos nossos recursos? Como sabemos se o nosso dinheiro dará para cobrir as despesas de casa no final do mês? Não sabendo o valor exato do salário, será que o nosso dízimo é maior ou menor do que a estimativa? Porque ficamos sempre aquém da estimativa? Será auto-proteção? Será desinteresse? VIII. JUSTIFICATIVA ECLESIOLÓGICA “Não sou membro da igreja” Acreditamos mesmo que os nossos deveres de cristãos iniciam-se com o Batismo e a Profissão de Fé ou com a inclusão do nosso nome num rol de membros? Não será incoerência defendermos que os privilégios começam quando aceitamos a Cristo: (o perdão, a vida eterna) e os deveres só depois que nos tornamos membros da igreja? Somos menos responsáveis pelo crescimento do Reino de Deus só porque não somos membros da igreja? CONCLUSÃO
  • 10. É hora de abandonarmos nossas evasivas. É hora de darmos um basta às nossas desculpas infundadas. É hora de pararmos de tentar enganar a nós mesmos e convencer a Deus com as nossas justificativas. É hora de sermos fiéis ao Deus fiel. É hora de sabermos que tudo é de Deus: nossa casa, nosso carro, nossas roupas, nossas jóias, nossos bens, nossa vida, nossa saúde, nossa família. TUDO É DELE. Somos apenas mordomos, administradores. Mordomos e não donos. Deus quer de nós obediência e não desculpas. Fidelidade e não evasivas. Que atitude vamos tomar? Nosso coração está onde está o nosso tesouro. Se buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus, não vamos ter problemas com o dízimo. Amém. DÍZIMO, UMA PRÁTICA BÍBLICAA SER OBSERVADA Há uma enxurrada de comentários tendenciosos e distorcidos circulando as redes sociais, em nossos dias, atacando a doutrina dos dízimos. Acusam os pastores que ensinam essa doutrina de infiéis e aproveitadores. Acusam as igrejas que recebem os dízimos de explorar o povo. Outros, jeitosamente, tentam descaracterizar o dízimo, afirmando que essa prática não tem amparo no Novo
  • 11. Testamento. Tentam limitar o dízimo apenas ao Velho Testamento, afirmando que ele é da lei e não vigente no tempo da graça. Não subscrevemos os muitos desvios de igrejas que, laboram em erro, ao criarem mecanismos místicos, sincréticos e inescrupulosos para arrecadar dinheiro, vendendo água fluidificada, rosa ungida, toalha suada e até tijolo espiritual. Essas práticas são pagãs e nada tem a ver com ensino bíblico da mordomia dos bens. O fato, porém, de existir desvio de uns, não significa que devemos afrouxar as mãos, no sentido de ensinar tudo quanto a Bíblia fala sobre dízimos e ofertas. Destaco, aqui, alguns pontos para nossa reflexão. Em primeiro lugar, a prática do dízimo antecede à lei. Aqueles que se recusam ser dizimistas pelo fato de o dízimo ser apenas da lei estão rotundamente equivocados. O dízimo é um princípio espiritual presente entre o povo de Deus desde os tempos mais remotos. Abraão pagou o dízimo a Malquizedeque (Gn 14.20) e Jacó prometeu pagar o dízimo ao Senhor (Gn 28.22), muito antes da lei ser instituída. Em segundo lugar, a prática do dízimo foi sancionada na lei. O princípio que governava o povo de Deus antes da lei, foi ratificado na lei. Agora, há um preceito claro e uma ordem específica para se trazer todos os dízimos ao Senhor (Lv 27.32). Não entregar o dízimo é transgredir a lei, e a transgressão da lei constitui-se em pecado (1Jo 3.4).
  • 12. Em terceiro lugar, a prática do dízimo está presente em toda Bíblia. A fidelidade na mordomia dos bens, a entrega fiel dos dízimos e das ofertas, é um ensino claro em toda a Bíblia. Está presente no Pentateuco, os livros da lei; está presente nos livros históricos (Ne 13.11,12), poéticos (Pv 3.9,10) e proféticos (Ml 3.8-10). Também está explicitamente ratificado nos evangelhos (Mt 23.23) e nas epístolas (Hb 7.8). Quanto ao dízimo não podemos subestimá-lo, sua inobservância é um roubo a Deus. Não podemos subtraí-lo, pois a Escritura é clara em dizer que devemos trazer “todos os dízimos”. Não podemos administrá-lo, pois a ordem: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro”. Em quarto lugar, a prática do dízimo é sancionada por Jesus no Novo Testamento. Os fariseus superestimavam o dízimo, fazendo de sua prática, uma espécie de amuleto. Eram rigorosos em sua observância, mas negligenciam os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Jesus, deixa claro que devemos observar atentamente a prática dessas virtudes cardeais da fé cristã, sem omitir a entrega dos dízimos (Mt 23.23). Ora, aqueles que usam o argumento de que o dízimo é da lei, e por estarmos debaixo da graça, estamos isentos de observá-lo; da mesma forma, estariam também isentos da justiça, da misericórdia e da fé, porque essas virtudes cardeais, também, são da lei. Só o pensar assim, já seria uma tragédia! Em quinto lugar, a prática do dízimo é um preceito divino que não pode ser alterado ao longo dos séculos. Muitas igrejas querem adotar os princípios estabelecidos pelo apóstolo Paulo no levantamento da coleta para os pobres da Judéia como substituto para o dízimo. Isso é um
  • 13. equívoco. O texto de 2 Coríntios 8 e 9 trata de uma oferta específica, para uma causa específica. Paulo jamais teve o propósito de que essas orientações fossem um substituto para a prática do dízimo. Há igrejas na Europa e na América do Norte que estabelecem uma cota para cada família para cumprir o orçamento da igreja. Então, por serem endinheirados, reduzem essa contribuição a 5% ou 3% do rendimento. Tem a igreja competência para mudar um preceito divino? Mil vezes não! Importa-nos obedecer a Deus do que aos homens. Permaneçamos fiéis às Escrituras. Sejamos fiéis dizimistas! A contribuição cristã é a graça a nós concedida A contribuição cristã é bíblica. Não precisamos ter constrangimento em tratar do assunto. Infelizmente, muitos líderes religiosos, movidos pela ganância e regidos por uma falsa teologia, exploram o povo em nome de Deus, usando mecanismos nada ortodoxos, para vender seus produtos, criados na fábrica do misticismo, para auferirem lucro em nome da fé. Esses desvios da sã doutrina e da ética cristã, que trazem enriquecimento para uns e vergonha para todos, têm levado muitos crentes a serem refratários com respeito à mordomia dos bens. O extremo de uns, entretanto, não pode nos levar para outro polo. Devemos cingir nossa fé e nossa conduta apenas pela Palavra de Deus.
  • 14. Com respeito à contribuição cristã, precisamos observar duas coisas: Em primeiro lugar, os dízimos. A entrega fiel de dez por cento de tudo quanto ganhamos para o sustento da obra de Deus é um ensino presente tanto no Antigo como no Novo Testamento. Não temos o direito de subestimar os dízimos nem de subtraí-los. Não compete a nós administrá-los. Devemos entregá-los com integralidade, alegria e gratidão para a manutenção da Casa e Deus e a expansão do seu reino. Em segundo lugar, as ofertas. O apóstolo Paulo, na segunda epístola aos coríntios, trata dessa matéria de forma esplêndida. Ali nos oferece alguns princípios que vamos, aqui, destacar: Primeiro, a oferta é graça mais do que obrigação (2Co 8.1). Graça é um favor imerecido. É Deus quem nos dá o privilégio de assistirmos os santos, socorrermos os necessitados e sermos seus cooperadores no avanço de sua obra. Segundo, a oferta não é resultado da abundância do que temos no bolso, mas da generosidade do nosso coração (2Co 8.2). As igrejas da Macedônia, mesmo passando por muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e mesmo suportando profunda pobreza, superabundaram em grande riqueza de generosidade, ao contribuírem para os pobres da Judeia. A contribuição cristã é um privilégio e não um peso. Deve ser feita com alegria e não com pesar.
  • 15. Terceiro, a oferta deve ser voluntária e proporcional (2Co 8.3,4). Contribuir por coação ou constrangimento não tem valor aos olhos de Deus. A contribuição deve ser espontânea, e também, proporcional. Os crentes da Macedônia ofertaram na medida de suas posses e mesmo acima delas. A contribuição não é para trazer sobrecarga para uns e alívio para outros, mas para que haja igualdade. Para usar uma linguagem bíblica, “o que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não teve falta”. Quarto, a oferta é uma dádiva da vida, mais do que de valores financeiros (2Co 8.5). É fácil entregar uma oferta financeira a uma pessoa necessitada, sem entregar com ela o coração. Os macedônios deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois fizeram a oferta aos pobres da Judeia. Antes de trazer nossa oferta, precisamos trazer nossa vida. Primeiro Deus aceita o ofertante, depois recebe a oferta. Quinto, a oferta é uma semeadura recompensada por Deus com farturosa colheita (2Co 9.6). Quando ofertamos para atender à necessidade dos santos, estamos fazendo uma semeadura. Quem semeia pouco, colhe pouco; quem semeia com fartura, com abundância ceifará. O bem que fazemos aos outros vem sobre nós mesmos e isso da parte do Senhor. Quem dá ao pobre, a Deus empresta. A alma generosa prosperará. A semente que se multiplica não é a que comemos, mas a que semeamos. É Deus quem nos dá semente para semear. É Deus quem supre e aumenta a
  • 16. nossa sementeira. É Deus quem multiplica os frutos da nossa justiça. É Deus quem nos enriquece em tudo, para agirmos com toda generosidade, a fim de que sejam tributadas a ele, as ações de graças. Quando socorremos os santos, isso não apenas supre as necessidades deles, mas também, redunda em ações de graças a Deus. Que Deus nos mova à generosidade e nos faça mordomos fiéis na administração dos bens a nós confiados! OLHE O DÍZIMO COMO GESTO VOLUNTÁRIO E NÃO COMO UMA OBRIGAÇÃO Hoje é obrigatório ao cristão entregar 10% dos seus ganhos à Igreja? Ou dar ofertas, por amor à obra do Senhor, até em percentuais maiores, pois a Palavra nos ensina que devemos dar segundo o que está proposto em nossos corações, com alegria, pois Deus ama Á quem dá com alegria. Reconheço que é dever do cristão ajudar, quer nas obras da igreja (aquisição de terrenos, construção, manutenção), como também sustentar missionários vocacionados por Deus, que por amor à obra dEle, deixam seus lares, indo para lugares longíncuos (até mesmo para outros países), sofrendo toda sorte de necessidades, pondo em muitos casos risco à própria vida. UMA RESPOSTA No Novo Testamento, a palavra "obrigatório" não cabe. O constrangimento é o do amor. No entanto, tem um caso problemático: Ananias e Safira morreram. Por que morreram? Por não entregarem
  • 17. TODO (não o dízimo) o produto do que venderam? Não. Por mentirem à comunidade. (Sobre este pecado, leia as mensagens DEUS QUER MUDAR O NOSSO CARÁTER . ESPÍRITO SANTO: NÃO MINTAMOS AO ESPÍRITO SANTO Temo que muitos se escondam atrás da graça para justificarem seus egoísmos e suas idolatria ao dinheiro. Dízimo é um assunto de natureza espiritual, entre o crente e Deus, por meio da igreja.