REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
Bacia de Campos
1. Adriano B. de Sant’Ana Rafael R. A. FernandesMarcus Felippe
2. A Bacia de
Campos é uma
bacia sedimentar
com cerca de 100
mil km², do
Espírito Santo
(próximo à cidade
de Vitória) até
Arraial do Cabo
(RJ), abrangendo
13 municípios do
litoral fluminense.
3. Há aproximadamente 122
milhões de anos, os
continentes americano e
africano formavam um super
continente - o Gondwana.
Intensas movimentações no
interior da crosta terrestre
causaram a divisão do
Gondwana. Ao longo da fratura
que se estabeleceu entre os
novos continentes,
desenvolveu-se uma estreita e
longa bacia sedimentar, que
evoluiu de um lago, onde se
depositaram sedimentos ricos
em matéria orgânica no seu
fundo, para um golfo alongado
com a entrada do mar
(predecessor do Atlântico Sul).
4.
5. 1ª Fase : RIFT
Quebra dos Continentes
130 a 115 milhões de anos
Estágio 1 – Início da quebra do continente, por meio de falhas geológicas
(fraturas com movimento), com frequentes derrames de lavas
Estágio 2 - Continuidade da ação das falhas gerando depressões que
formam profundos lagos. O ambiente com pouco oxigênio preservou a
matéria orgânica nos sedimentos.
Estágio 3 - Afastamento dos dois novos continentes e formação de um
grande golfo com águas muito salinas. Grandes depósitos de sal,
chamados evaporitos, foram formados por precipitação. Nasce o
Atlântico
6. 2ª Fase : TRANSICIONAL
Em torno de 105 milhões de anos atrás, houve uma invasão mais efetiva da água
do mar sobre o continente. Desenvolveram-se extensos bancos de areias
carbonáticas (areia com algas calcárias) em um mar raso, de águas límpidas e
mornas.
Um novo oceano foi gerado, ainda raso e quente, com grande atividade de
organismos, algas, conchas e corais (rochas carbonáticas). Início de geração das
rochas do fundo oceânico e os dois novos continentes se separam
progressivamente.
7. 3ª Fase : MARGEM PASSIVA OU DRIFT
Com o afastamento entre Brasil e África, a bacia sedimentar se torna
cada vez mais profunda. Por volta de 90 milhões de anos atrás, o
fundo do jovem oceano Atlântico passou a receber violentas
descargas de sedimentos trazidos nas grandes enchentes dos rios,
produzindo correntes turbulentas que escavaram canyons e
despejaram extensos depósitos arenosos, chamados turbiditos, em
águas profundas
8. Esses turbiditos são as rochas produtoras de óleo nos
campos gigantes de Marlim, Albacora e Roncador.
11. BACIA DE CAMPOS
• Evolução Tectono Estratigráfica
Início: Mesozóico (rift Pelotas a PE-
PB) Basaltos Neocomiano (Fm.
Cabiúnas).
Rift: Sequência Barremiano (Fm.
Lagoa Feia). Principal rocha geradora.
Transicional: Aptiano (Fm. Lagoa
Feia). Evaporitos (golfo Santos a SE-
AL)
Drift: Início no Albiano (Fm. Macaé).
Cenomaniano-Turoniano (Seção
“Bota” e Arenitos Namorado) - Trend
de falhas.
– Fase Transgressiva: Senoniano-
Paleoceno (Gr. Campos).
– Fase Regressiva: Eoceno-Mioceno
(Gr. Campos). Reativação da Serra do
Mar (Leques deltaicos e turbidíticos).
21. • Rochas Geradoras
Folhelhos e margas da Fm. Lagoa Feia
• Rochas Reservatórios
Turbiditos da Fm. Carapebus (K. e Terc.).
Carbonatos e Arenitos Namorado da Fm.Macaé (Albiano-Turoniano).
Coquinas da Fm. L. Feia (Barremiano).
Basaltos da Fm. Cabiúnas (Neocomiano).
• Rochas Capeadoras
Calcilutitos, margas e folhelhos
• Geração/Maturação
Início da janela de geração de óleo: Oligoceno/Mioceno.
Persiste até hoje na maior parte da bacia
Sistema Petrolífero
• Migração
Principal: Através de falhas lístricas (gerador da Fm. Lagoa Feia - reservatórios
drift).
• Trapeamento
Estrutural
Estratigráfico
Misto (reservatórios Paleogeno)