1) O presidente brasileiro Getúlio Vargas comete suicídio em 1954, causando comoção nacional.
2) Multidões acompanham seu velório e atacam jornais e embaixadas em sinal de luto.
3) Sua carta testamento pede união entre os trabalhadores brasileiros e afirma que entra para a história.
42. Café Filho (24/08/1954 a 8/11/1955) assume, nomeia
Eduardo Gomes Ministro da Aeronáutica de Juarez Távora
ministro da guerra.
43. É encontrada a Carta
Testamento, onde
Vargas afirma deixar a
vida para entrar na
história.
44. Ele disse muito bem:
O povo de quem fui escravo
Não será mais escravo de ninguém.
Para todo operário do Brasil
Ele disse uma frase que conforta
Quando a fome bater na vossa porta
O meu nome é capaz de vos unir
Meus amigos por certo vão sentir
Que na hora precisa estou presente
Sou o guia eterno desta gente
Com meu sangue o direito eu defendi.
Ele disse com toda consciência
Com o povo eu deixo a resistência
O meu sangue é uma remissão
A todos que fizeram reação
Eu desejo um futuro cheio de glória
Minha morte é bandeira da vitória
Deixo a vida pra entrar na história
E ao ódio eu respondo com o perdão.
Jackson do Pandeiro
Composição: Edgar Ferreira - 1956
45. No ano de mil oitocentos e oitenta e três
No dia dezenove de Abril
Nascia Getúlio Dorneles Vargas
Que mais tarde seria o governo do nosso Brasil
Ele foi eleito deputado
Para defender as causas do nosso país
E na revolução de trinta ele aqui chegava
Como substituto de Washington Luis
E do ano de mil novecentos e trinta pra cá
Foi ele o presidente mais popular
Sempre em contacto com o povo
Construiu um Brasil novo
Trabalhando sem cessar
Como prova em Volta Redonda, cidade do aço
Existe a grande siderúrgica nacional
Tendo o seu nome elevado
Em grande espaço
Na sua evolução industrial
Candeias, a cidade petroleira
Trabalha para o progresso fabril
Orgulho da indústria brasileira
Na história do petróleo no Brasil
Salve o estadista
Idealista
E realizador
Getúlio Vargas
O grande presidente de valor
Grande presidente
Padeirinho – Mangueira -1956
46. Foi o chefe mais amado da nação
Desde o sucesso da revolução
Liderando os liberais
Foi o pai dos mais humildes brasileiros
Lutando contra grupos financeiros
E altos interesses internacionais
Deu início a um tempo de transformações
Guiado pelo anseio de justiça
E de liberdade social
E depois de compelido a se afastar
Voltou pelos braços do povo
Em campanha triunfal
Abram alas que Gegê vai passar
Olha a evolução da história
Abram alas pra Gegê desfilar
Na memória popular
Foi o chefe mais amado da nação
A nós ele entregoui seu coração
Que não largaremos mais
Não, pois nossos corações hão de ser nossos
A terra, o nosso sangue, os nossos poços
O petróleo é nosso, os nossos carnavais
Sim, puniu os traidores com o perdão
E encheu de brios todo o nosso povo
Povo que a ninguém será servil
E partindo nos deixou uma lição
A Pátria, afinal, ficar livre
Ou morrer pelo Brasil
Abram alas que Gegê vai passar
Olha a evolução da história
Abram alas pra Gegê desfilar
Na memória popular
Doutor Getúlio
Chico Buarque e Edu Lobo
Notas do Editor
Lacerda chegava em casa, no Edificio Albervânia (foto acima) após um discurso no Colégio São José na Tijuca. O tiroteio vitimou o Major Vaz, amigo pessoal de Lacerda. Este levou um tiro no pé e o filho nada sofreu
que foram levados para Rua Toneleros, em Copacabana por Nelson Raimundo
que foram levados para Rua Toneleros, em Copacabana por Nelson Raimundo
que foram levados para Rua Toneleros, em Copacabana por Nelson Raimundo
Após o atentado um IPM foi instaurado pela Aeronautica e vários implicados foram presos. A ligação com o Palacio do Catete ficou clara. Dizem que num dos vários depoimentos de Gregorio Fortunato ele assumiu a culpa pra proteger o verdadeiro autor intelectual do crime, Benjamin Vargas, o “Bejo”, rmão mais novo de Vargas
Gregorio tinha fortes ligações com a familia de Vargas, que foram descobertas nos documentos e arquivos pessoais dele que estavam guardadas no Catete. Uma das ligações era a compra de uma fazenda que o filho mais novo de Getúlio, Manoel Antônio Vargas, vendera a Fortunato por por Cr$2.600.000,00. O salário do Anjo Negro era de 15 mil cruzeiros mensais. Isso sem contar com uma loja que a esposa de Fortunato tinha em Copacabana ( Mercadinho Popular de Copacabana Ltda, na Av. Copacabana 454 A) e o cavalo que ele tinha no Joquei, entre outras coisas. Pode-se ver que o salario não batia com a vida que tinha. Comtodas essas implicações envolvendo os familiares e outros membros do governo com Fortunato, Getulio declarou: " “Estou mergulhado em um mar de lama”.
Pela primeria vez no Brasilo um helicoptero é utilizado na captura de um criminoso
No dia 23, os militares do exército também passaram uma circular nos quartéis, assinada por 27 generais, pedindo a renúncia. Uma reunião militar foi convocada no palacio do catete às pressas, mas nada ficou decidido. Entre as assinaturas esta Castelo Branco
No dia 23, os militares do exército também passaram uma circular nos quartéis, assinada por 27 generais, pedindo a renúncia. Uma reunião militar foi convocada no palacio do catete às pressas, mas nada ficou decidido. Entre as assinaturas esta Castelo Branco
No dia 23, os militares do exército também passaram uma circular nos quartéis, assinada por 27 generais, pedindo a renúncia. Uma reunião militar foi convocada no palacio do catete às pressas, mas nada ficou decidido. Entre as assinaturas esta Castelo Branco
Carlos Lacerda Foge com medo da pressao popular
catete
PARTIDA DO CORPO DE GETULIO VARGAS PARA SÃO BORJA 1954
Embarque do Corpo de Vargas - Rio 1954
Café Filho e seu Gabinete - Rio 1954. Após a morte de Getúlio, João Café Filho assume o cargo vago e começam as conspirações que acabaram com a posse de JK, garantidas pelo Ministro da Guerra Marechal Henrique Lott. A foto, de 08 de setembro de 1954, mostra Café Filho reunido com seu gabinete. Reconheci apenas o Brigadeiro Eduardo Gomes e o Presidente em exercício. Deixo a cargo dos Srs. Comentaristas a identificação dos outros personagens
Café Filho / Carlos Luz / Nereu Ramos - 1954 - 1955 A UDN derrotou Vargas, mas não o populismo, que permanecia arraigado em quase todos os setores da sociedade brasileira. A morte do Presidente fez ascenderem as forças udenistas, por meio do Vice-presidente Café Filho, que assumiu o governo em 24 de agosto de 1954. Café Filho, entretanto, adoeceu e foi, em 8 de novembro de 1955, substituído por Carlos Luz (Presidente da Câmara dos Deputados), que, ligado às forças udenistas, não desejava que a coligação PSD-PTB ganhasse as eleições presidenciais. Mas tudo foi em vão: nas urnas vence Juscelino Kubitschek de Oliveira (governador de Minas Gerais), derrotando Juarez Távora (UDN, o ex-tenente "Vice-rei do Norte"), Ademar de Barros (Partido Social Progressista de São Paulo) e Plínio Salgado (ex-AIB, agora PRD). O Vice de JK era João Goulart, conhecido como Jango. A populismo mostrava sua força. A Suspeita de Golpe - A UDN, derrotada, logo exigiu para a posse dos eleitos a maioria absoluta dos votos o que não constava na Constituição. Depois, vendo a temeridade dos argumentos, conclamou setores mais conservadores das Forças Armadas a impedir a posse de JK e Jango sob a alegação de que ambos estavam ligados ao populismo (em parte verdadeiro) e fariam o país retornar ao caos de 1954. Carlos Lacerda, jornalista e deputado pela UDN era o grande mentor desta proposta golpista. Além disso, "os eleitos tiveram apoio dos socialistas e comunistas", argumentava a UDN, repetindo velhas cantigas para "defender a democracia". O Golpe Preventivo - Entretanto, o Ministro da Guerra, o marechal Henrique Teixeira Lott, resolveu dar um golpe preventivo a fim de garantir a posse dos eleitos. Carlos Luz foi declarado impedido (11 de novembro de 1955) de exercer a presidência; Café Filho, que já se havia restabelecido, foi feito prisioneiro em sua própria casa; assumiu Nereu Ramos, então Vice-presidente do Senado, que se comprometeu a empossar os eleitos (1o. de janeiro de 1956). O populismo venceu mais uma vez, contudo suas contradições se aprofundavam. JK seria o último civil a cumprir inteiramente seu mandato presidencial até a década de 80
Quem está à direita do Café Filho é dom Jaime Câmara, cardeal arcebispo da época, e à esquerda, dom Helder Câmara, bispo auxiliar, ambos sacramentando o apoio da igreja católica ao novo governo. O grandão ao lado do militar de túnica branca é o Alencastro Guimarães, se não me engano ministro do Trabalho.