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CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação deapoio
Cidadania e
empregabilidade
Ilisete Maria de Castro Silva
[7 de junho 2018]
Este manual tem por principal objetivo ser suporte e auxílio às sessões de formação de
Cidadania e empregabilidade, do Curso de capacitação para a inclusão, ministrada pela
Consultâmega.
Consultâmega – Consultoria e Formação, Lda.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação deapoio
Índice
Condições de utilização do manual........................................................................................1
Objetivos.............................................................................................................................2
Conteúdos ...........................................................................................................................2
Modalidades de trabalho......................................................................................................3
Pesquisa de informação para a procura de empregoe anúncios de emprego...........................6
CurriculumVitae e entrevistas de emprego..........................................................................14
Cartas de apresentação e candidatura.................................................................................19
Netgrafia...........................................................................................................................23
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
1
Condiçoes de utilizaçao do manual
Este manual foi concebido pela formadora Ilisete Silva. Pretende-se que seja
usado como elemento de estudo e de apoio ao tema abordado: Cidadania e
empregabilidade. O manual é um complemento da formação e do módulo, não
substitui os objetivos das sessões de formação, mas sim complementa-as.
Condições de utilização do manual
O manual apresenta os conteúdos de forma simples, clara e objetiva e deve ser
usado unicamente pela formadora Ilisete Silva.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
2
Objetivos
 Situar-se em relação à inserção ou reinserção no mundo do trabalho,
desenvolvendo capacidades de iniciativa e de responsabilidade pessoal e
reconhecendo a importância da procura ativa de emprego;
 Identificar as diferentes modalidades de trabalho;
 Pesquisar informação para a procura de emprego;
 Identificar as medidas ativas de emprego e formação;
 Elaborar um Curriculum Vitae;
 Saber redigir uma carta de apresentação e de candidatura.
Conteudos
 Modalidades de trabalho:
- Trabalhadores por conta de outrem;
- Trabalhadores independentes;
- Trabalhadores liberais.
 Pesquisa de informação para a procura de emprego;
 Procura ativa de emprego;
 Medidas ativas de emprego e formação;
 Curriculum Vitae;
 Carta de apresentação e candidatura;
 Entrevista de emprego.
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3
Modalidades de trabalho
Trabalhadores por conta de outrem
Trabalhadores por conta de outrem são as pessoas que exercem uma atividade
remunerada ao serviço de uma entidade empregadora.
Consideram-se abrangidos pelo regime dos trabalhadores por conta de outrem,
designadamente:
• Trabalhadores que exercem atividade profissional remunerada com contrato de
trabalho.
• Trabalhadores destacados sem prejuízo do disposto em legislação própria e em
instrumentos internacionais a que Portugal se encontre vinculado.
• Trabalhadores que exercem a respetiva atividade em estabelecimentos de
turismo rural, turismo de habitação e agroturismo.
• Trabalhadores que prestam serviço de limpeza em prédios em regime de
propriedade horizontal.
• Membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas e
entidades equiparadas.
• Trabalhadores que acumulem trabalho por conta de outrem com atividade
independente para a mesmaentidade empregadora ou para empresado mesmo
grupo empresarial.
• Trabalhadores em regime de trabalho no domicílio, nos termos definidos pela
legislação laboral.
• Desportistas profissionais que, tendo celebrado um contrato de trabalho
desportivo e tendo obtido a necessária formação técnico-profissional, praticam
uma modalidade desportiva como profissão exclusiva ou principal, auferindo
uma remuneração.
• Trabalhadores com contrato de trabalho de muito curta duração em atividade
sazonal agrícola ou para a realização de evento turístico.
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4
• Trabalhadores com idade igual ou superior a 55 anos que nos termos da
legislação laboral tenham celebrado acordo de pré-reforma com as respetivas
entidades empregadoras.
Tipos de contrato de trabalho (vínculo):
 Contrato de trabalho sem termo (efetivo).
 Contrato de trabalho a termo.
 Contrato de trabalho a termo incerto.
 Contrato de trabalho a tempo parcial (part-time).
 Contrato de trabalho temporário.
 Contrato de serviço doméstico.
Trabalhadores Independentes
Pessoa singular que exerça atividade profissional sem sujeição a contrato de trabalho
ou a contrato legalmente equiparado, ou se obrigue a prestar a outrem o resultado da
sua atividade, e não se encontre por essa atividade abrangido pelo regime geral de
Segurança Social dos trabalhadores por conta de outrem.
Consideram-se abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes:
• Pessoa com atividade profissional e respetivo cônjuge ou pessoa que com ela
viva em união de facto:
 De prestação de serviços (incluindo a atividade de caráter científico,
literário, artístico ou técnico).
 Comercial.
 Industrial.
 Sócio ou membro de sociedade de profissionais livres.
 Sócio de sociedade de agricultura de grupo.
• Titular de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas, ainda que
apenas exerça atos de gestão, desde que os mesmos sejam exercidos
diretamente, de forma reiterada e com caráter de permanência.
• Produtor agrícola que exerça efetiva atividade profissional na exploração
agrícola ou equiparada e cônjuge ou pessoa que com ele viva em união de facto.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
5
• Empresário em nome individual com rendimentos decorrentes de atividade
comercial e industrial e titular de estabelecimento individual de responsabilidade
limitada e respetivo cônjuge ou pessoa que com ele viva em união de facto.
• Membro de cooperativa de produção e serviços que, nos seus estatutos, opte
por este regime.
Não estão abrangidos por este regime
• Advogados e solicitadores.
• Titulares de direitos sobre explorações agrícolas cujos produtos se destinem
predominantemente ao consumodos seus titulares e familiares e os rendimentos
anuais da atividade sejam iguais ou inferiores a 1.676,88 EUR (4xIAS).
• Trabalhadores que exerçam atividade temporária em Portugal por conta própria
e que se encontrem abrangidos por regime de proteção social obrigatório noutro
país.
Atividade liberal
Os trabalhadores liberais têm deveres para com as entidades a quem prestam serviços
e têm obrigações relativamente aos empregados que tiverem a seu cargo.
Pode considerar-se que o trabalho é executado sem subordinação aos clientes
sempre que os trabalhadores:
• Tiverem, no exercício das atividades, a faculdade de escolher os processos e
meios a utilizar, sendo estes, total ou parcialmente, das suas propriedades.
• Não se encontrarem sujeitos a horário e/ou a períodos mínimos de trabalho,
salvo quando tal resulte da direta aplicação de normas de direito laboral.
• Possam subcontratar outros para a execução do trabalho em sua substituição.
• Não se integrem na estrutura do processo produtivo, na organização do trabalho
ou na cadeia hierárquica das empresas que servem.
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6
Pesquisa de informaçao para a
procura de emprego e anuncios de
emprego
A procura de emprego deve ter um método e objetivos definidos.
1. Autoavaliação
Na procura de emprego devemos sempre realizar uma autoavaliação, tentando
responder às seguintes questões:
• O que sei fazer?
• O que não sei fazer?
• O que gosto de fazer?
• O que não gosto de fazer?
• Em que aspetos poderei melhorar?
• A que tipos de emprego me posso candidatar?
• Estarei disposto a mudar o local de residência ou percorrer grandes distâncias?
• Será que necessito de uma formação profissional/complementar que me ajude
a dar resposta às necessidades do mercado?
2. Pesquisa de ofertas
Diariamente surgem novas oportunidades de emprego, sendo a maioria divulgada:
• Sites de emprego na Internet (ex: http://empregar.ire.gov.pt).
• Jornais diários, Semanários, Jornais Regionais.
• No Centro de Emprego.
• Grupos de Emprego (redes sociais).
• Agências de trabalho temporário.
As ofertas de emprego podem ainda ser publicitadas através dos seguintes
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7
meios:
• Agências privadas de colocação.
• Instituições de Solidariedade Social.
• Diário da República (nos concursos públicos).
• Autarquias, Juntas de Freguesias, Paróquias.
• Placards existentes nas entradas dos supermercados e hipermercados
destinados à afixação de anúncios.
3. Inscrição no Centro de Emprego
A inscrição como candidato a emprego no Centro de Emprego através de duas
vias:
• Utilizando o serviço NETemprego.
• Presencialmente, dirigindo-se preferencialmente ao Centro de Emprego da sua
área de residência.
A inscrição no Centro de Emprego permite o contacto uma equipa técnica especializada
que:
• Elabora um Plano Pessoal de Emprego.
• Apresenta ofertas de emprego.
• Estabelece um Plano de Procura Ativa de Emprego.
• Propõe ações que facilitam o acesso ao emprego.
• A inscrição pressupõe capacidade e disponibilidade para o trabalho e a
coresponsabilização no seu processo de inserção. Comporta ainda um conjunto
de direitos e deveres.
Direitos:
• Usufruir dos apoios técnicos e recursos disponíveis.
• Ser apresentado às ofertas de emprego.
• Aceder a formação profissional.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
8
• Usufruir de outros serviços e oportunidades facilitadoras da inserção no mercado
de trabalho.
Deveres:
• Aceitar emprego.
• Cumprir as etapas estabelecidas no Plano Pessoal de Emprego.
• Procurar ativamente emprego pelos seus próprios meios.
• Comparecer a todas as convocatórias emitidas pelo Centro de Emprego
Iniciativas para a procura de emprego:
• Utilizar o serviço da NETemprego, onde é possível registar e divulgar o currículo
e consultar as ofertas de emprego disponíveis.
• Procurar Empresas de Trabalho Temporário regulamentadas.
• Agências Privadas de Colocação autorizadas.
• Consultar as ofertas de emprego na Europa através da Rede EURES.
• Consultar diariamente as ofertas de emprego disponíveis em jornais, na bolsa
de emprego público, no Diário da República, ou em quaisquer outras bolsas de
emprego na Internet.
• Contactar as empresas e informar-se sobre eventuais vagas.
• Enviar cartas de candidatura espontânea acompanhadas de currículo
4. Procura Ativa de Emprego
A Procura Ativa de Emprego é o conjunto de iniciativas efetuadas pelo candidato a
emprego, tendo em vista a sua inserção no mercado de trabalho, por conta de outrem
ou por conta própria, constituindo uma etapa do Plano Pessoal de Emprego.
Para facilitar a Procura Ativa de Emprego, o Centro de Emprego apoia os esforços e
iniciativas do candidato através da disponibilização dos seguintes recursos e meios:
• GIP (Gabinete Inserção Profissional).
• Quiosques eletrónicos.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
9
• Acesso à Internet.
• Anúncios de emprego.
• Os beneficiários de prestações de desemprego têm o dever de procurar
ativamente emprego pelos seus próprios meios e efetuar a sua demonstração
perante o Centro de Emprego.
Gabinetes de Inserção Profissional – GIP
Os Gabinetes de Inserção Profissional são estruturas de apoio ao emprego que, em
estreita cooperação com os centros de emprego ou centros de emprego e formação
profissional, suportam a atuação destes no desenvolvimento de atividades que
contribuem para a inserção ou reinserção profissional de desempregados.
Objetivos
• Apoiar os desempregados na definição ou desenvolvimento do seu percurso de
inserção ou reinserção no mercado de trabalho.
Destinatários
• Desempregados, jovens ou adultos, que necessitem de apoio na resolução do
seu problema de inserção ou reinserção profissional.
Apoios
• Informação profissional para jovens e adultos desempregados.
• Apoio na procura ativa de emprego.
• Acompanhamento personalizado dos desempregados em fase de inserção ou
reinserção profissional.
• Encaminhamento para ofertas de qualificação; divulgação de ofertas de
emprego e colocação de desempregados nas ofertas disponíveis e adequadas.
• Divulgação de programas comunitários que promovam a mobilidade no
emprego e na formação profissional no espaço europeu.
Como se concretiza:
• Respostas escritas a anúncios de emprego;
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
10
• Respostas ou comparências a ofertas de emprego;
• Apresentação de candidaturas espontâneas;
• Diligências para a criação do próprio emprego;
• Respostas a ofertas disponíveis na Internet;
• Registos de CV na Internet;
• Comparência em entrevistas de emprego ou de seleção;
• Inscrição em empresas de recrutamento e seleção, empresas de trabalho
temporário e agências privadas de colocação.
Rede de contactos
• A rede de contatos é constituída pela multiplicidade de pessoas com as quais se
estabelecem relações diferenciadas (familiares, amigos, vizinhos, colegas,..) e
que, pela sua atividade profissional, pelo local onde trabalham ou pela rede de
relações que elas próprias possuem, podem potenciar as oportunidades de
procura de emprego.
• Todas as pessoas possuem uma rede de contatos.
• Identificar o que cada uma das pessoas que a compõem pode representar na
procura de emprego é fundamental.
• Obter informações sobre o mercado de trabalho (caraterísticas de profissões,
necessidades de recrutamento), a recomendação do currículo, a marcação de
uma entrevista ou a prestação de referências a potenciais empregadores, são
mais-valias na procura de emprego que podem ser proporcionadas pela rede de
contatos.
• Promover a consciencialização da importância da rede de contatos, dos apoios
que esta pode facultar, assim como da importância da sua dinamização e
alargamento é primordial como técnica a utilizar numa estratégia consistente
para a obtenção de trabalho.
• Usar a rede de contatos é a maneira mais eficaz de encontrar emprego, sendo
que aproximadamente 70% de todos os empregos são encontrados dessa
forma.
• A rede de contactos permite descobrir oportunidades que nem chegam a ser
publicadas, isto é, o aceder ao “mercado encoberto de emprego”, que
corresponde responde por 80% de todos os empregos disponíveis.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
11
• Através da rede de contactos, desenvolve-se a capacidade de fazer e manter
um bom relacionamento com uma gama enorme de pessoas.
• Essa habilidade é fundamental não só para o sucesso na procura de emprego,
como também no desempenho de suas funções nesse emprego.
Diretrizes para o estabelecimento da Rede de Contactos
• Antes de se reunir com alguém, refletir acerca do objetivo a alcançar.
• Causar uma boa primeira impressão, tendo em conta que em dez segundos,
formamos uma impressão detalhada e persistente da pessoa que conhecemos.
• No primeiro contacto, apresentar-se adequadamente.
• Descrever brevemente o que procura e quais são as suas qualificações.
• Ser adequado (geralmente ao final da conversa), trocar cartões-de-visita e
informações sobre outras pessoas que vocês devem contatar.
• Cumprir todos os compromissos assumidos. A chave do sucesso das redes de
contato é o acompanhamento.
• Manter o contacto com as pessoas da rede de contatos. Embora advenha um
grande benefício de sua rede de contatos, o melhor contato da rede é alguém
se interage mais de uma vez e com frequência.
Anúncios de emprego
Fontes de informação
Há alguns locais e situações junto dos quais se pode ter conhecimento de ofertas de
emprego:
 Centros de Emprego (consultas das listagens no local, site do IEFP)
 Gabinetes de Inserção Profissional (GIP’s)
 Estabelecimentos comerciais (anúncios nas montras); empresas e instituições;
associações de estudantes/gabinetes de saídas profissionais das Universidades
e Politécnicos; Juntas de Freguesia, etc.
 Jornais (estão disponíveis em bibliotecas públicas, alguns têm site na Internet)
 Empresas de recrutamento, seleção e trabalho temporário (Adecco, Manpower;
Select – Vedior; Hays Selection Portugal; Stepstone Portugal, etc.).
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
12
 Internet (sites úteis de pesquisa de emprego:
• www.empregos.online.pt; www.pontodeemprego.com;
• www.net-empregos.com;
• www.expressoemprego.pt;
• www.portalemprego.pt; www.superemprego.pt;
 Associações industriais, de desenvolvimento ou tecnológicas;
 Empresas e grupos empresariais de relevo;
 Amigos, conhecidos, familiares, ex-professores, colegas...
Como interpretar um anúncio de emprego?
Informação obrigatória num anúncio – o empregador deve fornecer ao
candidato informação suficiente quanto ao tipo de função, exigências e local de trabalho.
Características pessoais – Não se deixe assustar pelos adjetivos fortes
(dinâmico, à prova de stress, extrovertido...) que aparecem em alguns anúncios.
Geralmente têm o mesmo objetivo: querem um trabalhador saudável e empenhado.
Portanto, não é preciso ser um campeão para ser considerado adequado para o lugar.
Diplomas – Embora nenhuma empresavá recusaruma pessoa com experiência
e sem diploma, este papel é muitas vezes o primeiro critério de seleção. Terá, portanto,
alguma margem de manobra neste campo. A experiência pode eventualmente substituir
o diploma, mas nem sempre isso acontece.
Idade – Muitos anúncios indicam a idade pretendida. Se já não está na faixa
etária desejada, mas pensa que encaixa na perfeição no perfil pretendido, envie na
mesma o CV dando ênfase à sua experiência na área.
Línguas – Um empregador pode exigir conhecimentos de línguas aos
candidatos e testá-los.
Testes – Pode preparar-se para os testes psicológicos. Existem pequenos livros
que podem ajudá-lo nesta tarefa. Todos os custos de testes e exames no quadro de um
procedimento de seleção são por conta do empregador mas normalmente as despesas
de deslocação são por conta do candidato.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
13
Carta manuscrita – Alguns responsáveis pela seleção acham que podem
descobrir elementos importantes sobre o carácter do candidato através da sua letra e
contratam um profissional para o efeito.
Cópias de diplomas, fotografias – O empregador deve manter estes
documentos à disposição do candidato durante um tempo razoável. Não quer dizer que
a empresa tenha que devolver tudo, mas é aconselhável. Cópias notariais de diplomas
e certificados só podem ser exigidos na altura do recrutamento.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
14
Curriculum Vitae e entrevistas de
emprego
Um CV bem escrito e estruturado é meio caminho andado para arranjar um novo
emprego. O seu CV é um cartão de visita que pode fazer a diferença entre um convite
para uma entrevista ou uma recusa imediata.
Regras de elaboração de um currículo:
Informações relevantes – Refira todas as informações que salientem as suas
mais-valias e aumentem as possibilidades de obter uma entrevista.
O facto de organizar todos os anos um festival de sardinhas não interessa quando se
candidata para a função de Web Designer. Se, pelo contrário, quer trabalhar numa
agência de organização de eventos, a informação torna-se importante.
Molde o seu CV ao emprego para o qual se candidata.
Tamanho reduzido – Tente reduzir o seu CV a duas folhas.
Bemorganizado – Divida o seu CV em secções claras (por ex. dados pessoais,
formação, experiência profissional, observações etc.) Coloque bastantes
espaços em branco para o tornar mais legível.
Exemplos concretos – Espírito de equipa, capacidade de perseverança e
facilidade de contacto são características bonitas, mas sem exemplos concretos
ficam vazias de significado. Indique concretamente como, no passado,
demonstrou o seu espírito de equipa ou onde já aplicou a sua capacidade de
perseverança.
Sinceridade – Uma pequena mentira a seu favor parece inocente mas pode ter
consequências negativas. Ao mentir no seu CV arrisca-se a ser apanhado mais
cedo ou mais tarde.
Voz ativa – Use verbos dinâmicos e ativos comoorganizar, presidir, ensinar, etc.
Aparência gráfica – Cada CV que envia deve ser uma impressão original.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
15
Manchas, dobras nos cantos e vincos são proibidos.
Tipo de CV – Um CV cronológico fornece uma listagem da sua formação e
experiência de acordo com uma sequência lógica no tempo. Um CV funcional
junta qualidades e características por área relevante. O assistente de currículos
do Word, os modelos predefinidos ou o modelo europeu de curriculum vitae,
muito utilizado hoje em dia, poderão servir de base, mas seja sempre original.
Exemplo
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
16
Entrevista de seleção
É nas entrevistas que tudo se decide. O seu CV pode ser fantástico e o seu perfil o
procurado pela empresa, mas se a entrevista corre mal dificilmente ficará com o
emprego. Saiba como deve agir numa entrevista e como estar preparado para as
perguntas mais complicadas.
Existem três fases essenciais num processo de entrevista de seleção: o antes, o
durante e o depois. Saiba ao que deverá estar atento em cada uma das fases.
Antes: Prepare-se para a entrevista
1. Obtenha o máximo de informação acerca da empresa.
2. Releia o seu CV e prepare-se para aprofundar aspetos.
3. Prepare diplomas, certificados, etc.
4. Verifique data, hora e local (chegue 10m mais cedo)
5. Apresente-se de forma cuidada, cabelo, barba, roupa, unhas, calçado, entre outros.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
17
Durante: decorrer da entrevista
Comportamentos recomendáveis:
 Apresente-se, saudando quem o recebe;
 Aguarde que o convidem a sentar;
 Mantenha uma postura correta;
 Olhe de frente para o entrevistador;
 Mostre-se interessado;
 Responda com determinação;
 Peça esclarecimentos quando não compreendeu a questão;
 No final, agradeça a oportunidade da entrevista.
Caso lhe deem resposta imediata de admissão:
1) Aceite decididamente;
2) Solicite algum tempo para refletir, informe o entrevistador do espaço de tempo em
que lhe dará a resposta.
Comportamentos a evitar:
 Cortar a palavra ao entrevistador;
 Mexer-se continuamente na cadeira;
 Mendigar trabalho;
 Mostrar arrogância;
 Autoelogiar-se;
 Mastigar pastilha elástica;
 Insistir muito na remuneração.
Dicas:
 Não dê nada por garantido;
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
18
 Não monopolize a conversa nem tente evitar responder a perguntas – Ouça
atentamente o entrevistador;
 Assuma uma atitude positiva relativamente a tudo e todos;
 Não copie na totalidade a linguagem corporal do seu entrevistador;
 Não dê respostas de sim e não ou de uma palavra só – elabore as respostas;
 A não ser que o entrevistador o faça, evite questões tabu como salários e
benefícios da empresa.
Perguntas frequentes durante a entrevista:
 O que sabe sobre a empresa?
 Aprofunde a sua experiência profissional e funções referidas no CV?
 Porque é que acha que a empresa o deve contratar?
 Como ocupa os seus tempos livres?
 O que pensa fazer daqui a 5 anos?
 Qualidades e defeitos. O que pensa sobre si?
 Objetivos profissionais?
Depois: Faça a autoavaliação:
 Como correu a entrevista?
 Que questões despertaram mais interesse ao entrevistador?
 Realcei suficientemente as minhas competências?
 Falei de mais ou de menos?
 Cortei a palavra ao entrevistador?
 Dei uma imagem positiva de mim?
 Que aspetos poderei melhorar na próxima entrevista?
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19
Cartas de apresentaçao e candidatura
Juntamente com o curriculum vitae, a carta de apresentação é um dos primeiros
elementos que a empresa à qual se candidata tem sobre si. Saiba como elaborar
uma carta de apresentação e veja um exemplo.
Normas de redação de cartas de apresentação e candidatura
Brevidade e simplicidade – Por norma deve ser escrita à mão, mas hoje
em dia já se utiliza o computador.
Esta carta deve, juntamente com o CV, convencer o empregador a chamá-lo
para uma entrevista.
Dirija-se à pessoa certa – Comece por dirigir a carta à pessoa certa. Isto
é prova de ter o cuidado de mandar a carta a uma determinada pessoa. Não se
esqueça de pôr em cima da carta a rubrica assunto, onde esclarece o objetivo
da sua carta e, eventualmente, menciona a referência do anúncio.
Escreva uma boa frase de abertura – A intenção é destacar-se no meio
de muitas respostas. Isto não se consegue com frases usadas como: "Na
sequência do seu anúncio." ou "Por esta via venho candidatar-me...." Evite
linguagem estandardizada ou expressões clássicas e use uma frase de abertura
personalizada, original e cheia de entusiasmo.
Não use palavras demasiado modestas – "Talvez", "eventualmente" e
"acho" são expressões a evitar. Procure o caminho intermédio. Dizer que é a
pessoa ideal e que o empregador seria doido se não aproveitasse esta
oportunidade, não só mostra um entusiasmo pronunciado como também uma
grande dose de arrogância.
Explique porque se candidata – Explique o que o atrai na empresa, na
função, no setor. Aproveite para mostrar entusiasmo.
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
20
Não se prolongue – A sua carta pode ter uma página no máximo.
Convém transmitir a mensagem em frases curtas e dinâmicas com muitos verbos
ativos.
Não mencione a sua inexperiência – Se não tiver a experiência ou a
formação exigida, não o mencione. Escreva antes sobre a sua capacidade de
aprender depressa.
Seja sempre positivo sobre si mesmo.
Não fale em ordenado – Não fale de dinheiro na carta. Mencione o
ordenado apenas no caso de lhe ter sido pedido no anúncio a que está a
responder, senão acredite que vai criar uma impressão negativa.
Evite terminar com banalidades.
Lembre-se que a última impressão é tão importante como a primeira.
Não escreva frases feitas mas, por exemplo, "Seachar que temos algo a oferecer
um ao outro, estarei sempre disponível para conversarmos numa entrevista".
A carta de apresentação ou candidatura deve fazer sempre menção a quatro
aspetos essenciais:
Coloque os seus elementos de identificação no canto superior esquerdo da folha
(nome, morada e telefone);
Referência ao local onde viu o anúncio - caso seja num jornal é
necessário mencionar o nome do jornal e data em que o emprego foi anunciado,
referência ou número que acompanha o anúncio e a função a que se candidata;
Referência ao Curriculum Vitae;
Terminar agradecendo a atenção dispensada.
Exemplo do conteúdo de uma carta de candidatura/apresentação
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
21
Em referência ao anúncio impresso no jornal XYZ do dia 10 do corrente mês para a
vaga de Técnico de Vendas, venho apresentar a minha candidatura.
Tenho 25 anos e o ensino secundário completo. Terminei, em 2003, o curso de
formação profissional em Marketing e Vendas, com a duração de 1200 horas.
Presentemente, estou a estagiar numa empresa de construção civil, o que me
permitiu adquirir uma experiência prática apreciável.
Sou responsável, organizado e capaz de trabalhar em grupo ou sozinho. Nas
atividades que tenho desenvolvido dei provas de flexibilidade e iniciativa.
Estou disponível para uma entrevista e agradeço o interesse que a minha
candidatura lhe possa merecer.
Na esperança de o ver em breve, aceite a expressão dos meus respeitosos
cumprimentos,
João Calheiros
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
22
Candidatura espontânea
Uma candidatura espontânea serve para demonstrar o interesse que um candidato tem
em trabalhar numa determinada empresa. Contrariamente às anteriores, esta carta não
vem na sequência da resposta a um determinado anúncio da empresa, mas antes de
uma intenção do candidato que, voluntária e espontaneamente procura estimular na
empresa um interesse pelo seu perfil pessoal e profissional, relacionando-o com o perfil
de competências que é requerido habitualmente pela organização.
Exemplo do conteúdo de uma carta de candidatura espontânea
Tendo conhecimento que a V. organização representa um grupo empresarial em
crescimento que aposta no seu desenvolvimento, venho por este meio apresentar a
minha disponibilidade paracolaborarcomaV.empresanaáreadaQualidade. Tenho
uma experiência profissional de 6 anos na área da qualidade sendo que, desde2010
desempenho funções na qualidade de diretora do departamento da Qualidade na
“Empresa Y”. Considerando que a minha experiência profissional pode ser
enriquecedoraparaaV.empresa,espero queme sejaconcedidauma entrevista para
que possa explorar os motivos da minha candidatura. Subscrevo-me, com a maior
consideração
CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio
23
Netgrafia
Http://www.ire.gov.pt
Http://empregar.ire.gov.pt
Http://portal.iefp.pt/cdrom/introducao.ht
Http://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=177,139212&_dad=gov_portal_i
efp&_schema=GOV_PORTAL_IEFP&id=6

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Guia Cidadania e Empregabilidade

  • 1. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação deapoio Cidadania e empregabilidade Ilisete Maria de Castro Silva [7 de junho 2018] Este manual tem por principal objetivo ser suporte e auxílio às sessões de formação de Cidadania e empregabilidade, do Curso de capacitação para a inclusão, ministrada pela Consultâmega. Consultâmega – Consultoria e Formação, Lda.
  • 2. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação deapoio Índice Condições de utilização do manual........................................................................................1 Objetivos.............................................................................................................................2 Conteúdos ...........................................................................................................................2 Modalidades de trabalho......................................................................................................3 Pesquisa de informação para a procura de empregoe anúncios de emprego...........................6 CurriculumVitae e entrevistas de emprego..........................................................................14 Cartas de apresentação e candidatura.................................................................................19 Netgrafia...........................................................................................................................23
  • 3. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 1 Condiçoes de utilizaçao do manual Este manual foi concebido pela formadora Ilisete Silva. Pretende-se que seja usado como elemento de estudo e de apoio ao tema abordado: Cidadania e empregabilidade. O manual é um complemento da formação e do módulo, não substitui os objetivos das sessões de formação, mas sim complementa-as. Condições de utilização do manual O manual apresenta os conteúdos de forma simples, clara e objetiva e deve ser usado unicamente pela formadora Ilisete Silva.
  • 4. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 2 Objetivos  Situar-se em relação à inserção ou reinserção no mundo do trabalho, desenvolvendo capacidades de iniciativa e de responsabilidade pessoal e reconhecendo a importância da procura ativa de emprego;  Identificar as diferentes modalidades de trabalho;  Pesquisar informação para a procura de emprego;  Identificar as medidas ativas de emprego e formação;  Elaborar um Curriculum Vitae;  Saber redigir uma carta de apresentação e de candidatura. Conteudos  Modalidades de trabalho: - Trabalhadores por conta de outrem; - Trabalhadores independentes; - Trabalhadores liberais.  Pesquisa de informação para a procura de emprego;  Procura ativa de emprego;  Medidas ativas de emprego e formação;  Curriculum Vitae;  Carta de apresentação e candidatura;  Entrevista de emprego.
  • 5. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 3 Modalidades de trabalho Trabalhadores por conta de outrem Trabalhadores por conta de outrem são as pessoas que exercem uma atividade remunerada ao serviço de uma entidade empregadora. Consideram-se abrangidos pelo regime dos trabalhadores por conta de outrem, designadamente: • Trabalhadores que exercem atividade profissional remunerada com contrato de trabalho. • Trabalhadores destacados sem prejuízo do disposto em legislação própria e em instrumentos internacionais a que Portugal se encontre vinculado. • Trabalhadores que exercem a respetiva atividade em estabelecimentos de turismo rural, turismo de habitação e agroturismo. • Trabalhadores que prestam serviço de limpeza em prédios em regime de propriedade horizontal. • Membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas e entidades equiparadas. • Trabalhadores que acumulem trabalho por conta de outrem com atividade independente para a mesmaentidade empregadora ou para empresado mesmo grupo empresarial. • Trabalhadores em regime de trabalho no domicílio, nos termos definidos pela legislação laboral. • Desportistas profissionais que, tendo celebrado um contrato de trabalho desportivo e tendo obtido a necessária formação técnico-profissional, praticam uma modalidade desportiva como profissão exclusiva ou principal, auferindo uma remuneração. • Trabalhadores com contrato de trabalho de muito curta duração em atividade sazonal agrícola ou para a realização de evento turístico.
  • 6. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 4 • Trabalhadores com idade igual ou superior a 55 anos que nos termos da legislação laboral tenham celebrado acordo de pré-reforma com as respetivas entidades empregadoras. Tipos de contrato de trabalho (vínculo):  Contrato de trabalho sem termo (efetivo).  Contrato de trabalho a termo.  Contrato de trabalho a termo incerto.  Contrato de trabalho a tempo parcial (part-time).  Contrato de trabalho temporário.  Contrato de serviço doméstico. Trabalhadores Independentes Pessoa singular que exerça atividade profissional sem sujeição a contrato de trabalho ou a contrato legalmente equiparado, ou se obrigue a prestar a outrem o resultado da sua atividade, e não se encontre por essa atividade abrangido pelo regime geral de Segurança Social dos trabalhadores por conta de outrem. Consideram-se abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes: • Pessoa com atividade profissional e respetivo cônjuge ou pessoa que com ela viva em união de facto:  De prestação de serviços (incluindo a atividade de caráter científico, literário, artístico ou técnico).  Comercial.  Industrial.  Sócio ou membro de sociedade de profissionais livres.  Sócio de sociedade de agricultura de grupo. • Titular de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas, ainda que apenas exerça atos de gestão, desde que os mesmos sejam exercidos diretamente, de forma reiterada e com caráter de permanência. • Produtor agrícola que exerça efetiva atividade profissional na exploração agrícola ou equiparada e cônjuge ou pessoa que com ele viva em união de facto.
  • 7. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 5 • Empresário em nome individual com rendimentos decorrentes de atividade comercial e industrial e titular de estabelecimento individual de responsabilidade limitada e respetivo cônjuge ou pessoa que com ele viva em união de facto. • Membro de cooperativa de produção e serviços que, nos seus estatutos, opte por este regime. Não estão abrangidos por este regime • Advogados e solicitadores. • Titulares de direitos sobre explorações agrícolas cujos produtos se destinem predominantemente ao consumodos seus titulares e familiares e os rendimentos anuais da atividade sejam iguais ou inferiores a 1.676,88 EUR (4xIAS). • Trabalhadores que exerçam atividade temporária em Portugal por conta própria e que se encontrem abrangidos por regime de proteção social obrigatório noutro país. Atividade liberal Os trabalhadores liberais têm deveres para com as entidades a quem prestam serviços e têm obrigações relativamente aos empregados que tiverem a seu cargo. Pode considerar-se que o trabalho é executado sem subordinação aos clientes sempre que os trabalhadores: • Tiverem, no exercício das atividades, a faculdade de escolher os processos e meios a utilizar, sendo estes, total ou parcialmente, das suas propriedades. • Não se encontrarem sujeitos a horário e/ou a períodos mínimos de trabalho, salvo quando tal resulte da direta aplicação de normas de direito laboral. • Possam subcontratar outros para a execução do trabalho em sua substituição. • Não se integrem na estrutura do processo produtivo, na organização do trabalho ou na cadeia hierárquica das empresas que servem.
  • 8. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 6 Pesquisa de informaçao para a procura de emprego e anuncios de emprego A procura de emprego deve ter um método e objetivos definidos. 1. Autoavaliação Na procura de emprego devemos sempre realizar uma autoavaliação, tentando responder às seguintes questões: • O que sei fazer? • O que não sei fazer? • O que gosto de fazer? • O que não gosto de fazer? • Em que aspetos poderei melhorar? • A que tipos de emprego me posso candidatar? • Estarei disposto a mudar o local de residência ou percorrer grandes distâncias? • Será que necessito de uma formação profissional/complementar que me ajude a dar resposta às necessidades do mercado? 2. Pesquisa de ofertas Diariamente surgem novas oportunidades de emprego, sendo a maioria divulgada: • Sites de emprego na Internet (ex: http://empregar.ire.gov.pt). • Jornais diários, Semanários, Jornais Regionais. • No Centro de Emprego. • Grupos de Emprego (redes sociais). • Agências de trabalho temporário. As ofertas de emprego podem ainda ser publicitadas através dos seguintes
  • 9. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 7 meios: • Agências privadas de colocação. • Instituições de Solidariedade Social. • Diário da República (nos concursos públicos). • Autarquias, Juntas de Freguesias, Paróquias. • Placards existentes nas entradas dos supermercados e hipermercados destinados à afixação de anúncios. 3. Inscrição no Centro de Emprego A inscrição como candidato a emprego no Centro de Emprego através de duas vias: • Utilizando o serviço NETemprego. • Presencialmente, dirigindo-se preferencialmente ao Centro de Emprego da sua área de residência. A inscrição no Centro de Emprego permite o contacto uma equipa técnica especializada que: • Elabora um Plano Pessoal de Emprego. • Apresenta ofertas de emprego. • Estabelece um Plano de Procura Ativa de Emprego. • Propõe ações que facilitam o acesso ao emprego. • A inscrição pressupõe capacidade e disponibilidade para o trabalho e a coresponsabilização no seu processo de inserção. Comporta ainda um conjunto de direitos e deveres. Direitos: • Usufruir dos apoios técnicos e recursos disponíveis. • Ser apresentado às ofertas de emprego. • Aceder a formação profissional.
  • 10. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 8 • Usufruir de outros serviços e oportunidades facilitadoras da inserção no mercado de trabalho. Deveres: • Aceitar emprego. • Cumprir as etapas estabelecidas no Plano Pessoal de Emprego. • Procurar ativamente emprego pelos seus próprios meios. • Comparecer a todas as convocatórias emitidas pelo Centro de Emprego Iniciativas para a procura de emprego: • Utilizar o serviço da NETemprego, onde é possível registar e divulgar o currículo e consultar as ofertas de emprego disponíveis. • Procurar Empresas de Trabalho Temporário regulamentadas. • Agências Privadas de Colocação autorizadas. • Consultar as ofertas de emprego na Europa através da Rede EURES. • Consultar diariamente as ofertas de emprego disponíveis em jornais, na bolsa de emprego público, no Diário da República, ou em quaisquer outras bolsas de emprego na Internet. • Contactar as empresas e informar-se sobre eventuais vagas. • Enviar cartas de candidatura espontânea acompanhadas de currículo 4. Procura Ativa de Emprego A Procura Ativa de Emprego é o conjunto de iniciativas efetuadas pelo candidato a emprego, tendo em vista a sua inserção no mercado de trabalho, por conta de outrem ou por conta própria, constituindo uma etapa do Plano Pessoal de Emprego. Para facilitar a Procura Ativa de Emprego, o Centro de Emprego apoia os esforços e iniciativas do candidato através da disponibilização dos seguintes recursos e meios: • GIP (Gabinete Inserção Profissional). • Quiosques eletrónicos.
  • 11. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 9 • Acesso à Internet. • Anúncios de emprego. • Os beneficiários de prestações de desemprego têm o dever de procurar ativamente emprego pelos seus próprios meios e efetuar a sua demonstração perante o Centro de Emprego. Gabinetes de Inserção Profissional – GIP Os Gabinetes de Inserção Profissional são estruturas de apoio ao emprego que, em estreita cooperação com os centros de emprego ou centros de emprego e formação profissional, suportam a atuação destes no desenvolvimento de atividades que contribuem para a inserção ou reinserção profissional de desempregados. Objetivos • Apoiar os desempregados na definição ou desenvolvimento do seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho. Destinatários • Desempregados, jovens ou adultos, que necessitem de apoio na resolução do seu problema de inserção ou reinserção profissional. Apoios • Informação profissional para jovens e adultos desempregados. • Apoio na procura ativa de emprego. • Acompanhamento personalizado dos desempregados em fase de inserção ou reinserção profissional. • Encaminhamento para ofertas de qualificação; divulgação de ofertas de emprego e colocação de desempregados nas ofertas disponíveis e adequadas. • Divulgação de programas comunitários que promovam a mobilidade no emprego e na formação profissional no espaço europeu. Como se concretiza: • Respostas escritas a anúncios de emprego;
  • 12. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 10 • Respostas ou comparências a ofertas de emprego; • Apresentação de candidaturas espontâneas; • Diligências para a criação do próprio emprego; • Respostas a ofertas disponíveis na Internet; • Registos de CV na Internet; • Comparência em entrevistas de emprego ou de seleção; • Inscrição em empresas de recrutamento e seleção, empresas de trabalho temporário e agências privadas de colocação. Rede de contactos • A rede de contatos é constituída pela multiplicidade de pessoas com as quais se estabelecem relações diferenciadas (familiares, amigos, vizinhos, colegas,..) e que, pela sua atividade profissional, pelo local onde trabalham ou pela rede de relações que elas próprias possuem, podem potenciar as oportunidades de procura de emprego. • Todas as pessoas possuem uma rede de contatos. • Identificar o que cada uma das pessoas que a compõem pode representar na procura de emprego é fundamental. • Obter informações sobre o mercado de trabalho (caraterísticas de profissões, necessidades de recrutamento), a recomendação do currículo, a marcação de uma entrevista ou a prestação de referências a potenciais empregadores, são mais-valias na procura de emprego que podem ser proporcionadas pela rede de contatos. • Promover a consciencialização da importância da rede de contatos, dos apoios que esta pode facultar, assim como da importância da sua dinamização e alargamento é primordial como técnica a utilizar numa estratégia consistente para a obtenção de trabalho. • Usar a rede de contatos é a maneira mais eficaz de encontrar emprego, sendo que aproximadamente 70% de todos os empregos são encontrados dessa forma. • A rede de contactos permite descobrir oportunidades que nem chegam a ser publicadas, isto é, o aceder ao “mercado encoberto de emprego”, que corresponde responde por 80% de todos os empregos disponíveis.
  • 13. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 11 • Através da rede de contactos, desenvolve-se a capacidade de fazer e manter um bom relacionamento com uma gama enorme de pessoas. • Essa habilidade é fundamental não só para o sucesso na procura de emprego, como também no desempenho de suas funções nesse emprego. Diretrizes para o estabelecimento da Rede de Contactos • Antes de se reunir com alguém, refletir acerca do objetivo a alcançar. • Causar uma boa primeira impressão, tendo em conta que em dez segundos, formamos uma impressão detalhada e persistente da pessoa que conhecemos. • No primeiro contacto, apresentar-se adequadamente. • Descrever brevemente o que procura e quais são as suas qualificações. • Ser adequado (geralmente ao final da conversa), trocar cartões-de-visita e informações sobre outras pessoas que vocês devem contatar. • Cumprir todos os compromissos assumidos. A chave do sucesso das redes de contato é o acompanhamento. • Manter o contacto com as pessoas da rede de contatos. Embora advenha um grande benefício de sua rede de contatos, o melhor contato da rede é alguém se interage mais de uma vez e com frequência. Anúncios de emprego Fontes de informação Há alguns locais e situações junto dos quais se pode ter conhecimento de ofertas de emprego:  Centros de Emprego (consultas das listagens no local, site do IEFP)  Gabinetes de Inserção Profissional (GIP’s)  Estabelecimentos comerciais (anúncios nas montras); empresas e instituições; associações de estudantes/gabinetes de saídas profissionais das Universidades e Politécnicos; Juntas de Freguesia, etc.  Jornais (estão disponíveis em bibliotecas públicas, alguns têm site na Internet)  Empresas de recrutamento, seleção e trabalho temporário (Adecco, Manpower; Select – Vedior; Hays Selection Portugal; Stepstone Portugal, etc.).
  • 14. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 12  Internet (sites úteis de pesquisa de emprego: • www.empregos.online.pt; www.pontodeemprego.com; • www.net-empregos.com; • www.expressoemprego.pt; • www.portalemprego.pt; www.superemprego.pt;  Associações industriais, de desenvolvimento ou tecnológicas;  Empresas e grupos empresariais de relevo;  Amigos, conhecidos, familiares, ex-professores, colegas... Como interpretar um anúncio de emprego? Informação obrigatória num anúncio – o empregador deve fornecer ao candidato informação suficiente quanto ao tipo de função, exigências e local de trabalho. Características pessoais – Não se deixe assustar pelos adjetivos fortes (dinâmico, à prova de stress, extrovertido...) que aparecem em alguns anúncios. Geralmente têm o mesmo objetivo: querem um trabalhador saudável e empenhado. Portanto, não é preciso ser um campeão para ser considerado adequado para o lugar. Diplomas – Embora nenhuma empresavá recusaruma pessoa com experiência e sem diploma, este papel é muitas vezes o primeiro critério de seleção. Terá, portanto, alguma margem de manobra neste campo. A experiência pode eventualmente substituir o diploma, mas nem sempre isso acontece. Idade – Muitos anúncios indicam a idade pretendida. Se já não está na faixa etária desejada, mas pensa que encaixa na perfeição no perfil pretendido, envie na mesma o CV dando ênfase à sua experiência na área. Línguas – Um empregador pode exigir conhecimentos de línguas aos candidatos e testá-los. Testes – Pode preparar-se para os testes psicológicos. Existem pequenos livros que podem ajudá-lo nesta tarefa. Todos os custos de testes e exames no quadro de um procedimento de seleção são por conta do empregador mas normalmente as despesas de deslocação são por conta do candidato.
  • 15. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 13 Carta manuscrita – Alguns responsáveis pela seleção acham que podem descobrir elementos importantes sobre o carácter do candidato através da sua letra e contratam um profissional para o efeito. Cópias de diplomas, fotografias – O empregador deve manter estes documentos à disposição do candidato durante um tempo razoável. Não quer dizer que a empresa tenha que devolver tudo, mas é aconselhável. Cópias notariais de diplomas e certificados só podem ser exigidos na altura do recrutamento.
  • 16. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 14 Curriculum Vitae e entrevistas de emprego Um CV bem escrito e estruturado é meio caminho andado para arranjar um novo emprego. O seu CV é um cartão de visita que pode fazer a diferença entre um convite para uma entrevista ou uma recusa imediata. Regras de elaboração de um currículo: Informações relevantes – Refira todas as informações que salientem as suas mais-valias e aumentem as possibilidades de obter uma entrevista. O facto de organizar todos os anos um festival de sardinhas não interessa quando se candidata para a função de Web Designer. Se, pelo contrário, quer trabalhar numa agência de organização de eventos, a informação torna-se importante. Molde o seu CV ao emprego para o qual se candidata. Tamanho reduzido – Tente reduzir o seu CV a duas folhas. Bemorganizado – Divida o seu CV em secções claras (por ex. dados pessoais, formação, experiência profissional, observações etc.) Coloque bastantes espaços em branco para o tornar mais legível. Exemplos concretos – Espírito de equipa, capacidade de perseverança e facilidade de contacto são características bonitas, mas sem exemplos concretos ficam vazias de significado. Indique concretamente como, no passado, demonstrou o seu espírito de equipa ou onde já aplicou a sua capacidade de perseverança. Sinceridade – Uma pequena mentira a seu favor parece inocente mas pode ter consequências negativas. Ao mentir no seu CV arrisca-se a ser apanhado mais cedo ou mais tarde. Voz ativa – Use verbos dinâmicos e ativos comoorganizar, presidir, ensinar, etc. Aparência gráfica – Cada CV que envia deve ser uma impressão original.
  • 17. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 15 Manchas, dobras nos cantos e vincos são proibidos. Tipo de CV – Um CV cronológico fornece uma listagem da sua formação e experiência de acordo com uma sequência lógica no tempo. Um CV funcional junta qualidades e características por área relevante. O assistente de currículos do Word, os modelos predefinidos ou o modelo europeu de curriculum vitae, muito utilizado hoje em dia, poderão servir de base, mas seja sempre original. Exemplo
  • 18. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 16 Entrevista de seleção É nas entrevistas que tudo se decide. O seu CV pode ser fantástico e o seu perfil o procurado pela empresa, mas se a entrevista corre mal dificilmente ficará com o emprego. Saiba como deve agir numa entrevista e como estar preparado para as perguntas mais complicadas. Existem três fases essenciais num processo de entrevista de seleção: o antes, o durante e o depois. Saiba ao que deverá estar atento em cada uma das fases. Antes: Prepare-se para a entrevista 1. Obtenha o máximo de informação acerca da empresa. 2. Releia o seu CV e prepare-se para aprofundar aspetos. 3. Prepare diplomas, certificados, etc. 4. Verifique data, hora e local (chegue 10m mais cedo) 5. Apresente-se de forma cuidada, cabelo, barba, roupa, unhas, calçado, entre outros.
  • 19. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 17 Durante: decorrer da entrevista Comportamentos recomendáveis:  Apresente-se, saudando quem o recebe;  Aguarde que o convidem a sentar;  Mantenha uma postura correta;  Olhe de frente para o entrevistador;  Mostre-se interessado;  Responda com determinação;  Peça esclarecimentos quando não compreendeu a questão;  No final, agradeça a oportunidade da entrevista. Caso lhe deem resposta imediata de admissão: 1) Aceite decididamente; 2) Solicite algum tempo para refletir, informe o entrevistador do espaço de tempo em que lhe dará a resposta. Comportamentos a evitar:  Cortar a palavra ao entrevistador;  Mexer-se continuamente na cadeira;  Mendigar trabalho;  Mostrar arrogância;  Autoelogiar-se;  Mastigar pastilha elástica;  Insistir muito na remuneração. Dicas:  Não dê nada por garantido;
  • 20. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 18  Não monopolize a conversa nem tente evitar responder a perguntas – Ouça atentamente o entrevistador;  Assuma uma atitude positiva relativamente a tudo e todos;  Não copie na totalidade a linguagem corporal do seu entrevistador;  Não dê respostas de sim e não ou de uma palavra só – elabore as respostas;  A não ser que o entrevistador o faça, evite questões tabu como salários e benefícios da empresa. Perguntas frequentes durante a entrevista:  O que sabe sobre a empresa?  Aprofunde a sua experiência profissional e funções referidas no CV?  Porque é que acha que a empresa o deve contratar?  Como ocupa os seus tempos livres?  O que pensa fazer daqui a 5 anos?  Qualidades e defeitos. O que pensa sobre si?  Objetivos profissionais? Depois: Faça a autoavaliação:  Como correu a entrevista?  Que questões despertaram mais interesse ao entrevistador?  Realcei suficientemente as minhas competências?  Falei de mais ou de menos?  Cortei a palavra ao entrevistador?  Dei uma imagem positiva de mim?  Que aspetos poderei melhorar na próxima entrevista?
  • 21. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 19 Cartas de apresentaçao e candidatura Juntamente com o curriculum vitae, a carta de apresentação é um dos primeiros elementos que a empresa à qual se candidata tem sobre si. Saiba como elaborar uma carta de apresentação e veja um exemplo. Normas de redação de cartas de apresentação e candidatura Brevidade e simplicidade – Por norma deve ser escrita à mão, mas hoje em dia já se utiliza o computador. Esta carta deve, juntamente com o CV, convencer o empregador a chamá-lo para uma entrevista. Dirija-se à pessoa certa – Comece por dirigir a carta à pessoa certa. Isto é prova de ter o cuidado de mandar a carta a uma determinada pessoa. Não se esqueça de pôr em cima da carta a rubrica assunto, onde esclarece o objetivo da sua carta e, eventualmente, menciona a referência do anúncio. Escreva uma boa frase de abertura – A intenção é destacar-se no meio de muitas respostas. Isto não se consegue com frases usadas como: "Na sequência do seu anúncio." ou "Por esta via venho candidatar-me...." Evite linguagem estandardizada ou expressões clássicas e use uma frase de abertura personalizada, original e cheia de entusiasmo. Não use palavras demasiado modestas – "Talvez", "eventualmente" e "acho" são expressões a evitar. Procure o caminho intermédio. Dizer que é a pessoa ideal e que o empregador seria doido se não aproveitasse esta oportunidade, não só mostra um entusiasmo pronunciado como também uma grande dose de arrogância. Explique porque se candidata – Explique o que o atrai na empresa, na função, no setor. Aproveite para mostrar entusiasmo.
  • 22. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 20 Não se prolongue – A sua carta pode ter uma página no máximo. Convém transmitir a mensagem em frases curtas e dinâmicas com muitos verbos ativos. Não mencione a sua inexperiência – Se não tiver a experiência ou a formação exigida, não o mencione. Escreva antes sobre a sua capacidade de aprender depressa. Seja sempre positivo sobre si mesmo. Não fale em ordenado – Não fale de dinheiro na carta. Mencione o ordenado apenas no caso de lhe ter sido pedido no anúncio a que está a responder, senão acredite que vai criar uma impressão negativa. Evite terminar com banalidades. Lembre-se que a última impressão é tão importante como a primeira. Não escreva frases feitas mas, por exemplo, "Seachar que temos algo a oferecer um ao outro, estarei sempre disponível para conversarmos numa entrevista". A carta de apresentação ou candidatura deve fazer sempre menção a quatro aspetos essenciais: Coloque os seus elementos de identificação no canto superior esquerdo da folha (nome, morada e telefone); Referência ao local onde viu o anúncio - caso seja num jornal é necessário mencionar o nome do jornal e data em que o emprego foi anunciado, referência ou número que acompanha o anúncio e a função a que se candidata; Referência ao Curriculum Vitae; Terminar agradecendo a atenção dispensada. Exemplo do conteúdo de uma carta de candidatura/apresentação
  • 23. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 21 Em referência ao anúncio impresso no jornal XYZ do dia 10 do corrente mês para a vaga de Técnico de Vendas, venho apresentar a minha candidatura. Tenho 25 anos e o ensino secundário completo. Terminei, em 2003, o curso de formação profissional em Marketing e Vendas, com a duração de 1200 horas. Presentemente, estou a estagiar numa empresa de construção civil, o que me permitiu adquirir uma experiência prática apreciável. Sou responsável, organizado e capaz de trabalhar em grupo ou sozinho. Nas atividades que tenho desenvolvido dei provas de flexibilidade e iniciativa. Estou disponível para uma entrevista e agradeço o interesse que a minha candidatura lhe possa merecer. Na esperança de o ver em breve, aceite a expressão dos meus respeitosos cumprimentos, João Calheiros
  • 24. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 22 Candidatura espontânea Uma candidatura espontânea serve para demonstrar o interesse que um candidato tem em trabalhar numa determinada empresa. Contrariamente às anteriores, esta carta não vem na sequência da resposta a um determinado anúncio da empresa, mas antes de uma intenção do candidato que, voluntária e espontaneamente procura estimular na empresa um interesse pelo seu perfil pessoal e profissional, relacionando-o com o perfil de competências que é requerido habitualmente pela organização. Exemplo do conteúdo de uma carta de candidatura espontânea Tendo conhecimento que a V. organização representa um grupo empresarial em crescimento que aposta no seu desenvolvimento, venho por este meio apresentar a minha disponibilidade paracolaborarcomaV.empresanaáreadaQualidade. Tenho uma experiência profissional de 6 anos na área da qualidade sendo que, desde2010 desempenho funções na qualidade de diretora do departamento da Qualidade na “Empresa Y”. Considerando que a minha experiência profissional pode ser enriquecedoraparaaV.empresa,espero queme sejaconcedidauma entrevista para que possa explorar os motivos da minha candidatura. Subscrevo-me, com a maior consideração
  • 25. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação de apoio 23 Netgrafia Http://www.ire.gov.pt Http://empregar.ire.gov.pt Http://portal.iefp.pt/cdrom/introducao.ht Http://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=177,139212&_dad=gov_portal_i efp&_schema=GOV_PORTAL_IEFP&id=6