1. CSLT.16/00 Manual, Textos eDocumentação deapoio
Cidadania e
empregabilidade
Ilisete Maria de Castro Silva
[7 de junho 2018]
Este manual tem por principal objetivo ser suporte e auxílio às sessões de formação de
Cidadania e empregabilidade, do Curso de capacitação para a inclusão, ministrada pela
Consultâmega.
Consultâmega – Consultoria e Formação, Lda.
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Índice
Condições de utilização do manual........................................................................................1
Objetivos.............................................................................................................................2
Conteúdos ...........................................................................................................................2
Modalidades de trabalho......................................................................................................3
Pesquisa de informação para a procura de empregoe anúncios de emprego...........................6
CurriculumVitae e entrevistas de emprego..........................................................................14
Cartas de apresentação e candidatura.................................................................................19
Netgrafia...........................................................................................................................23
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Condiçoes de utilizaçao do manual
Este manual foi concebido pela formadora Ilisete Silva. Pretende-se que seja
usado como elemento de estudo e de apoio ao tema abordado: Cidadania e
empregabilidade. O manual é um complemento da formação e do módulo, não
substitui os objetivos das sessões de formação, mas sim complementa-as.
Condições de utilização do manual
O manual apresenta os conteúdos de forma simples, clara e objetiva e deve ser
usado unicamente pela formadora Ilisete Silva.
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Objetivos
Situar-se em relação à inserção ou reinserção no mundo do trabalho,
desenvolvendo capacidades de iniciativa e de responsabilidade pessoal e
reconhecendo a importância da procura ativa de emprego;
Identificar as diferentes modalidades de trabalho;
Pesquisar informação para a procura de emprego;
Identificar as medidas ativas de emprego e formação;
Elaborar um Curriculum Vitae;
Saber redigir uma carta de apresentação e de candidatura.
Conteudos
Modalidades de trabalho:
- Trabalhadores por conta de outrem;
- Trabalhadores independentes;
- Trabalhadores liberais.
Pesquisa de informação para a procura de emprego;
Procura ativa de emprego;
Medidas ativas de emprego e formação;
Curriculum Vitae;
Carta de apresentação e candidatura;
Entrevista de emprego.
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Modalidades de trabalho
Trabalhadores por conta de outrem
Trabalhadores por conta de outrem são as pessoas que exercem uma atividade
remunerada ao serviço de uma entidade empregadora.
Consideram-se abrangidos pelo regime dos trabalhadores por conta de outrem,
designadamente:
• Trabalhadores que exercem atividade profissional remunerada com contrato de
trabalho.
• Trabalhadores destacados sem prejuízo do disposto em legislação própria e em
instrumentos internacionais a que Portugal se encontre vinculado.
• Trabalhadores que exercem a respetiva atividade em estabelecimentos de
turismo rural, turismo de habitação e agroturismo.
• Trabalhadores que prestam serviço de limpeza em prédios em regime de
propriedade horizontal.
• Membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas e
entidades equiparadas.
• Trabalhadores que acumulem trabalho por conta de outrem com atividade
independente para a mesmaentidade empregadora ou para empresado mesmo
grupo empresarial.
• Trabalhadores em regime de trabalho no domicílio, nos termos definidos pela
legislação laboral.
• Desportistas profissionais que, tendo celebrado um contrato de trabalho
desportivo e tendo obtido a necessária formação técnico-profissional, praticam
uma modalidade desportiva como profissão exclusiva ou principal, auferindo
uma remuneração.
• Trabalhadores com contrato de trabalho de muito curta duração em atividade
sazonal agrícola ou para a realização de evento turístico.
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• Trabalhadores com idade igual ou superior a 55 anos que nos termos da
legislação laboral tenham celebrado acordo de pré-reforma com as respetivas
entidades empregadoras.
Tipos de contrato de trabalho (vínculo):
Contrato de trabalho sem termo (efetivo).
Contrato de trabalho a termo.
Contrato de trabalho a termo incerto.
Contrato de trabalho a tempo parcial (part-time).
Contrato de trabalho temporário.
Contrato de serviço doméstico.
Trabalhadores Independentes
Pessoa singular que exerça atividade profissional sem sujeição a contrato de trabalho
ou a contrato legalmente equiparado, ou se obrigue a prestar a outrem o resultado da
sua atividade, e não se encontre por essa atividade abrangido pelo regime geral de
Segurança Social dos trabalhadores por conta de outrem.
Consideram-se abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes:
• Pessoa com atividade profissional e respetivo cônjuge ou pessoa que com ela
viva em união de facto:
De prestação de serviços (incluindo a atividade de caráter científico,
literário, artístico ou técnico).
Comercial.
Industrial.
Sócio ou membro de sociedade de profissionais livres.
Sócio de sociedade de agricultura de grupo.
• Titular de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas, ainda que
apenas exerça atos de gestão, desde que os mesmos sejam exercidos
diretamente, de forma reiterada e com caráter de permanência.
• Produtor agrícola que exerça efetiva atividade profissional na exploração
agrícola ou equiparada e cônjuge ou pessoa que com ele viva em união de facto.
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• Empresário em nome individual com rendimentos decorrentes de atividade
comercial e industrial e titular de estabelecimento individual de responsabilidade
limitada e respetivo cônjuge ou pessoa que com ele viva em união de facto.
• Membro de cooperativa de produção e serviços que, nos seus estatutos, opte
por este regime.
Não estão abrangidos por este regime
• Advogados e solicitadores.
• Titulares de direitos sobre explorações agrícolas cujos produtos se destinem
predominantemente ao consumodos seus titulares e familiares e os rendimentos
anuais da atividade sejam iguais ou inferiores a 1.676,88 EUR (4xIAS).
• Trabalhadores que exerçam atividade temporária em Portugal por conta própria
e que se encontrem abrangidos por regime de proteção social obrigatório noutro
país.
Atividade liberal
Os trabalhadores liberais têm deveres para com as entidades a quem prestam serviços
e têm obrigações relativamente aos empregados que tiverem a seu cargo.
Pode considerar-se que o trabalho é executado sem subordinação aos clientes
sempre que os trabalhadores:
• Tiverem, no exercício das atividades, a faculdade de escolher os processos e
meios a utilizar, sendo estes, total ou parcialmente, das suas propriedades.
• Não se encontrarem sujeitos a horário e/ou a períodos mínimos de trabalho,
salvo quando tal resulte da direta aplicação de normas de direito laboral.
• Possam subcontratar outros para a execução do trabalho em sua substituição.
• Não se integrem na estrutura do processo produtivo, na organização do trabalho
ou na cadeia hierárquica das empresas que servem.
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Pesquisa de informaçao para a
procura de emprego e anuncios de
emprego
A procura de emprego deve ter um método e objetivos definidos.
1. Autoavaliação
Na procura de emprego devemos sempre realizar uma autoavaliação, tentando
responder às seguintes questões:
• O que sei fazer?
• O que não sei fazer?
• O que gosto de fazer?
• O que não gosto de fazer?
• Em que aspetos poderei melhorar?
• A que tipos de emprego me posso candidatar?
• Estarei disposto a mudar o local de residência ou percorrer grandes distâncias?
• Será que necessito de uma formação profissional/complementar que me ajude
a dar resposta às necessidades do mercado?
2. Pesquisa de ofertas
Diariamente surgem novas oportunidades de emprego, sendo a maioria divulgada:
• Sites de emprego na Internet (ex: http://empregar.ire.gov.pt).
• Jornais diários, Semanários, Jornais Regionais.
• No Centro de Emprego.
• Grupos de Emprego (redes sociais).
• Agências de trabalho temporário.
As ofertas de emprego podem ainda ser publicitadas através dos seguintes
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meios:
• Agências privadas de colocação.
• Instituições de Solidariedade Social.
• Diário da República (nos concursos públicos).
• Autarquias, Juntas de Freguesias, Paróquias.
• Placards existentes nas entradas dos supermercados e hipermercados
destinados à afixação de anúncios.
3. Inscrição no Centro de Emprego
A inscrição como candidato a emprego no Centro de Emprego através de duas
vias:
• Utilizando o serviço NETemprego.
• Presencialmente, dirigindo-se preferencialmente ao Centro de Emprego da sua
área de residência.
A inscrição no Centro de Emprego permite o contacto uma equipa técnica especializada
que:
• Elabora um Plano Pessoal de Emprego.
• Apresenta ofertas de emprego.
• Estabelece um Plano de Procura Ativa de Emprego.
• Propõe ações que facilitam o acesso ao emprego.
• A inscrição pressupõe capacidade e disponibilidade para o trabalho e a
coresponsabilização no seu processo de inserção. Comporta ainda um conjunto
de direitos e deveres.
Direitos:
• Usufruir dos apoios técnicos e recursos disponíveis.
• Ser apresentado às ofertas de emprego.
• Aceder a formação profissional.
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• Usufruir de outros serviços e oportunidades facilitadoras da inserção no mercado
de trabalho.
Deveres:
• Aceitar emprego.
• Cumprir as etapas estabelecidas no Plano Pessoal de Emprego.
• Procurar ativamente emprego pelos seus próprios meios.
• Comparecer a todas as convocatórias emitidas pelo Centro de Emprego
Iniciativas para a procura de emprego:
• Utilizar o serviço da NETemprego, onde é possível registar e divulgar o currículo
e consultar as ofertas de emprego disponíveis.
• Procurar Empresas de Trabalho Temporário regulamentadas.
• Agências Privadas de Colocação autorizadas.
• Consultar as ofertas de emprego na Europa através da Rede EURES.
• Consultar diariamente as ofertas de emprego disponíveis em jornais, na bolsa
de emprego público, no Diário da República, ou em quaisquer outras bolsas de
emprego na Internet.
• Contactar as empresas e informar-se sobre eventuais vagas.
• Enviar cartas de candidatura espontânea acompanhadas de currículo
4. Procura Ativa de Emprego
A Procura Ativa de Emprego é o conjunto de iniciativas efetuadas pelo candidato a
emprego, tendo em vista a sua inserção no mercado de trabalho, por conta de outrem
ou por conta própria, constituindo uma etapa do Plano Pessoal de Emprego.
Para facilitar a Procura Ativa de Emprego, o Centro de Emprego apoia os esforços e
iniciativas do candidato através da disponibilização dos seguintes recursos e meios:
• GIP (Gabinete Inserção Profissional).
• Quiosques eletrónicos.
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• Acesso à Internet.
• Anúncios de emprego.
• Os beneficiários de prestações de desemprego têm o dever de procurar
ativamente emprego pelos seus próprios meios e efetuar a sua demonstração
perante o Centro de Emprego.
Gabinetes de Inserção Profissional – GIP
Os Gabinetes de Inserção Profissional são estruturas de apoio ao emprego que, em
estreita cooperação com os centros de emprego ou centros de emprego e formação
profissional, suportam a atuação destes no desenvolvimento de atividades que
contribuem para a inserção ou reinserção profissional de desempregados.
Objetivos
• Apoiar os desempregados na definição ou desenvolvimento do seu percurso de
inserção ou reinserção no mercado de trabalho.
Destinatários
• Desempregados, jovens ou adultos, que necessitem de apoio na resolução do
seu problema de inserção ou reinserção profissional.
Apoios
• Informação profissional para jovens e adultos desempregados.
• Apoio na procura ativa de emprego.
• Acompanhamento personalizado dos desempregados em fase de inserção ou
reinserção profissional.
• Encaminhamento para ofertas de qualificação; divulgação de ofertas de
emprego e colocação de desempregados nas ofertas disponíveis e adequadas.
• Divulgação de programas comunitários que promovam a mobilidade no
emprego e na formação profissional no espaço europeu.
Como se concretiza:
• Respostas escritas a anúncios de emprego;
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• Respostas ou comparências a ofertas de emprego;
• Apresentação de candidaturas espontâneas;
• Diligências para a criação do próprio emprego;
• Respostas a ofertas disponíveis na Internet;
• Registos de CV na Internet;
• Comparência em entrevistas de emprego ou de seleção;
• Inscrição em empresas de recrutamento e seleção, empresas de trabalho
temporário e agências privadas de colocação.
Rede de contactos
• A rede de contatos é constituída pela multiplicidade de pessoas com as quais se
estabelecem relações diferenciadas (familiares, amigos, vizinhos, colegas,..) e
que, pela sua atividade profissional, pelo local onde trabalham ou pela rede de
relações que elas próprias possuem, podem potenciar as oportunidades de
procura de emprego.
• Todas as pessoas possuem uma rede de contatos.
• Identificar o que cada uma das pessoas que a compõem pode representar na
procura de emprego é fundamental.
• Obter informações sobre o mercado de trabalho (caraterísticas de profissões,
necessidades de recrutamento), a recomendação do currículo, a marcação de
uma entrevista ou a prestação de referências a potenciais empregadores, são
mais-valias na procura de emprego que podem ser proporcionadas pela rede de
contatos.
• Promover a consciencialização da importância da rede de contatos, dos apoios
que esta pode facultar, assim como da importância da sua dinamização e
alargamento é primordial como técnica a utilizar numa estratégia consistente
para a obtenção de trabalho.
• Usar a rede de contatos é a maneira mais eficaz de encontrar emprego, sendo
que aproximadamente 70% de todos os empregos são encontrados dessa
forma.
• A rede de contactos permite descobrir oportunidades que nem chegam a ser
publicadas, isto é, o aceder ao “mercado encoberto de emprego”, que
corresponde responde por 80% de todos os empregos disponíveis.
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• Através da rede de contactos, desenvolve-se a capacidade de fazer e manter
um bom relacionamento com uma gama enorme de pessoas.
• Essa habilidade é fundamental não só para o sucesso na procura de emprego,
como também no desempenho de suas funções nesse emprego.
Diretrizes para o estabelecimento da Rede de Contactos
• Antes de se reunir com alguém, refletir acerca do objetivo a alcançar.
• Causar uma boa primeira impressão, tendo em conta que em dez segundos,
formamos uma impressão detalhada e persistente da pessoa que conhecemos.
• No primeiro contacto, apresentar-se adequadamente.
• Descrever brevemente o que procura e quais são as suas qualificações.
• Ser adequado (geralmente ao final da conversa), trocar cartões-de-visita e
informações sobre outras pessoas que vocês devem contatar.
• Cumprir todos os compromissos assumidos. A chave do sucesso das redes de
contato é o acompanhamento.
• Manter o contacto com as pessoas da rede de contatos. Embora advenha um
grande benefício de sua rede de contatos, o melhor contato da rede é alguém
se interage mais de uma vez e com frequência.
Anúncios de emprego
Fontes de informação
Há alguns locais e situações junto dos quais se pode ter conhecimento de ofertas de
emprego:
Centros de Emprego (consultas das listagens no local, site do IEFP)
Gabinetes de Inserção Profissional (GIP’s)
Estabelecimentos comerciais (anúncios nas montras); empresas e instituições;
associações de estudantes/gabinetes de saídas profissionais das Universidades
e Politécnicos; Juntas de Freguesia, etc.
Jornais (estão disponíveis em bibliotecas públicas, alguns têm site na Internet)
Empresas de recrutamento, seleção e trabalho temporário (Adecco, Manpower;
Select – Vedior; Hays Selection Portugal; Stepstone Portugal, etc.).
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Internet (sites úteis de pesquisa de emprego:
• www.empregos.online.pt; www.pontodeemprego.com;
• www.net-empregos.com;
• www.expressoemprego.pt;
• www.portalemprego.pt; www.superemprego.pt;
Associações industriais, de desenvolvimento ou tecnológicas;
Empresas e grupos empresariais de relevo;
Amigos, conhecidos, familiares, ex-professores, colegas...
Como interpretar um anúncio de emprego?
Informação obrigatória num anúncio – o empregador deve fornecer ao
candidato informação suficiente quanto ao tipo de função, exigências e local de trabalho.
Características pessoais – Não se deixe assustar pelos adjetivos fortes
(dinâmico, à prova de stress, extrovertido...) que aparecem em alguns anúncios.
Geralmente têm o mesmo objetivo: querem um trabalhador saudável e empenhado.
Portanto, não é preciso ser um campeão para ser considerado adequado para o lugar.
Diplomas – Embora nenhuma empresavá recusaruma pessoa com experiência
e sem diploma, este papel é muitas vezes o primeiro critério de seleção. Terá, portanto,
alguma margem de manobra neste campo. A experiência pode eventualmente substituir
o diploma, mas nem sempre isso acontece.
Idade – Muitos anúncios indicam a idade pretendida. Se já não está na faixa
etária desejada, mas pensa que encaixa na perfeição no perfil pretendido, envie na
mesma o CV dando ênfase à sua experiência na área.
Línguas – Um empregador pode exigir conhecimentos de línguas aos
candidatos e testá-los.
Testes – Pode preparar-se para os testes psicológicos. Existem pequenos livros
que podem ajudá-lo nesta tarefa. Todos os custos de testes e exames no quadro de um
procedimento de seleção são por conta do empregador mas normalmente as despesas
de deslocação são por conta do candidato.
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Carta manuscrita – Alguns responsáveis pela seleção acham que podem
descobrir elementos importantes sobre o carácter do candidato através da sua letra e
contratam um profissional para o efeito.
Cópias de diplomas, fotografias – O empregador deve manter estes
documentos à disposição do candidato durante um tempo razoável. Não quer dizer que
a empresa tenha que devolver tudo, mas é aconselhável. Cópias notariais de diplomas
e certificados só podem ser exigidos na altura do recrutamento.
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Curriculum Vitae e entrevistas de
emprego
Um CV bem escrito e estruturado é meio caminho andado para arranjar um novo
emprego. O seu CV é um cartão de visita que pode fazer a diferença entre um convite
para uma entrevista ou uma recusa imediata.
Regras de elaboração de um currículo:
Informações relevantes – Refira todas as informações que salientem as suas
mais-valias e aumentem as possibilidades de obter uma entrevista.
O facto de organizar todos os anos um festival de sardinhas não interessa quando se
candidata para a função de Web Designer. Se, pelo contrário, quer trabalhar numa
agência de organização de eventos, a informação torna-se importante.
Molde o seu CV ao emprego para o qual se candidata.
Tamanho reduzido – Tente reduzir o seu CV a duas folhas.
Bemorganizado – Divida o seu CV em secções claras (por ex. dados pessoais,
formação, experiência profissional, observações etc.) Coloque bastantes
espaços em branco para o tornar mais legível.
Exemplos concretos – Espírito de equipa, capacidade de perseverança e
facilidade de contacto são características bonitas, mas sem exemplos concretos
ficam vazias de significado. Indique concretamente como, no passado,
demonstrou o seu espírito de equipa ou onde já aplicou a sua capacidade de
perseverança.
Sinceridade – Uma pequena mentira a seu favor parece inocente mas pode ter
consequências negativas. Ao mentir no seu CV arrisca-se a ser apanhado mais
cedo ou mais tarde.
Voz ativa – Use verbos dinâmicos e ativos comoorganizar, presidir, ensinar, etc.
Aparência gráfica – Cada CV que envia deve ser uma impressão original.
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Manchas, dobras nos cantos e vincos são proibidos.
Tipo de CV – Um CV cronológico fornece uma listagem da sua formação e
experiência de acordo com uma sequência lógica no tempo. Um CV funcional
junta qualidades e características por área relevante. O assistente de currículos
do Word, os modelos predefinidos ou o modelo europeu de curriculum vitae,
muito utilizado hoje em dia, poderão servir de base, mas seja sempre original.
Exemplo
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Entrevista de seleção
É nas entrevistas que tudo se decide. O seu CV pode ser fantástico e o seu perfil o
procurado pela empresa, mas se a entrevista corre mal dificilmente ficará com o
emprego. Saiba como deve agir numa entrevista e como estar preparado para as
perguntas mais complicadas.
Existem três fases essenciais num processo de entrevista de seleção: o antes, o
durante e o depois. Saiba ao que deverá estar atento em cada uma das fases.
Antes: Prepare-se para a entrevista
1. Obtenha o máximo de informação acerca da empresa.
2. Releia o seu CV e prepare-se para aprofundar aspetos.
3. Prepare diplomas, certificados, etc.
4. Verifique data, hora e local (chegue 10m mais cedo)
5. Apresente-se de forma cuidada, cabelo, barba, roupa, unhas, calçado, entre outros.
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Durante: decorrer da entrevista
Comportamentos recomendáveis:
Apresente-se, saudando quem o recebe;
Aguarde que o convidem a sentar;
Mantenha uma postura correta;
Olhe de frente para o entrevistador;
Mostre-se interessado;
Responda com determinação;
Peça esclarecimentos quando não compreendeu a questão;
No final, agradeça a oportunidade da entrevista.
Caso lhe deem resposta imediata de admissão:
1) Aceite decididamente;
2) Solicite algum tempo para refletir, informe o entrevistador do espaço de tempo em
que lhe dará a resposta.
Comportamentos a evitar:
Cortar a palavra ao entrevistador;
Mexer-se continuamente na cadeira;
Mendigar trabalho;
Mostrar arrogância;
Autoelogiar-se;
Mastigar pastilha elástica;
Insistir muito na remuneração.
Dicas:
Não dê nada por garantido;
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Não monopolize a conversa nem tente evitar responder a perguntas – Ouça
atentamente o entrevistador;
Assuma uma atitude positiva relativamente a tudo e todos;
Não copie na totalidade a linguagem corporal do seu entrevistador;
Não dê respostas de sim e não ou de uma palavra só – elabore as respostas;
A não ser que o entrevistador o faça, evite questões tabu como salários e
benefícios da empresa.
Perguntas frequentes durante a entrevista:
O que sabe sobre a empresa?
Aprofunde a sua experiência profissional e funções referidas no CV?
Porque é que acha que a empresa o deve contratar?
Como ocupa os seus tempos livres?
O que pensa fazer daqui a 5 anos?
Qualidades e defeitos. O que pensa sobre si?
Objetivos profissionais?
Depois: Faça a autoavaliação:
Como correu a entrevista?
Que questões despertaram mais interesse ao entrevistador?
Realcei suficientemente as minhas competências?
Falei de mais ou de menos?
Cortei a palavra ao entrevistador?
Dei uma imagem positiva de mim?
Que aspetos poderei melhorar na próxima entrevista?
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Cartas de apresentaçao e candidatura
Juntamente com o curriculum vitae, a carta de apresentação é um dos primeiros
elementos que a empresa à qual se candidata tem sobre si. Saiba como elaborar
uma carta de apresentação e veja um exemplo.
Normas de redação de cartas de apresentação e candidatura
Brevidade e simplicidade – Por norma deve ser escrita à mão, mas hoje
em dia já se utiliza o computador.
Esta carta deve, juntamente com o CV, convencer o empregador a chamá-lo
para uma entrevista.
Dirija-se à pessoa certa – Comece por dirigir a carta à pessoa certa. Isto
é prova de ter o cuidado de mandar a carta a uma determinada pessoa. Não se
esqueça de pôr em cima da carta a rubrica assunto, onde esclarece o objetivo
da sua carta e, eventualmente, menciona a referência do anúncio.
Escreva uma boa frase de abertura – A intenção é destacar-se no meio
de muitas respostas. Isto não se consegue com frases usadas como: "Na
sequência do seu anúncio." ou "Por esta via venho candidatar-me...." Evite
linguagem estandardizada ou expressões clássicas e use uma frase de abertura
personalizada, original e cheia de entusiasmo.
Não use palavras demasiado modestas – "Talvez", "eventualmente" e
"acho" são expressões a evitar. Procure o caminho intermédio. Dizer que é a
pessoa ideal e que o empregador seria doido se não aproveitasse esta
oportunidade, não só mostra um entusiasmo pronunciado como também uma
grande dose de arrogância.
Explique porque se candidata – Explique o que o atrai na empresa, na
função, no setor. Aproveite para mostrar entusiasmo.
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Não se prolongue – A sua carta pode ter uma página no máximo.
Convém transmitir a mensagem em frases curtas e dinâmicas com muitos verbos
ativos.
Não mencione a sua inexperiência – Se não tiver a experiência ou a
formação exigida, não o mencione. Escreva antes sobre a sua capacidade de
aprender depressa.
Seja sempre positivo sobre si mesmo.
Não fale em ordenado – Não fale de dinheiro na carta. Mencione o
ordenado apenas no caso de lhe ter sido pedido no anúncio a que está a
responder, senão acredite que vai criar uma impressão negativa.
Evite terminar com banalidades.
Lembre-se que a última impressão é tão importante como a primeira.
Não escreva frases feitas mas, por exemplo, "Seachar que temos algo a oferecer
um ao outro, estarei sempre disponível para conversarmos numa entrevista".
A carta de apresentação ou candidatura deve fazer sempre menção a quatro
aspetos essenciais:
Coloque os seus elementos de identificação no canto superior esquerdo da folha
(nome, morada e telefone);
Referência ao local onde viu o anúncio - caso seja num jornal é
necessário mencionar o nome do jornal e data em que o emprego foi anunciado,
referência ou número que acompanha o anúncio e a função a que se candidata;
Referência ao Curriculum Vitae;
Terminar agradecendo a atenção dispensada.
Exemplo do conteúdo de uma carta de candidatura/apresentação
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Em referência ao anúncio impresso no jornal XYZ do dia 10 do corrente mês para a
vaga de Técnico de Vendas, venho apresentar a minha candidatura.
Tenho 25 anos e o ensino secundário completo. Terminei, em 2003, o curso de
formação profissional em Marketing e Vendas, com a duração de 1200 horas.
Presentemente, estou a estagiar numa empresa de construção civil, o que me
permitiu adquirir uma experiência prática apreciável.
Sou responsável, organizado e capaz de trabalhar em grupo ou sozinho. Nas
atividades que tenho desenvolvido dei provas de flexibilidade e iniciativa.
Estou disponível para uma entrevista e agradeço o interesse que a minha
candidatura lhe possa merecer.
Na esperança de o ver em breve, aceite a expressão dos meus respeitosos
cumprimentos,
João Calheiros
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Candidatura espontânea
Uma candidatura espontânea serve para demonstrar o interesse que um candidato tem
em trabalhar numa determinada empresa. Contrariamente às anteriores, esta carta não
vem na sequência da resposta a um determinado anúncio da empresa, mas antes de
uma intenção do candidato que, voluntária e espontaneamente procura estimular na
empresa um interesse pelo seu perfil pessoal e profissional, relacionando-o com o perfil
de competências que é requerido habitualmente pela organização.
Exemplo do conteúdo de uma carta de candidatura espontânea
Tendo conhecimento que a V. organização representa um grupo empresarial em
crescimento que aposta no seu desenvolvimento, venho por este meio apresentar a
minha disponibilidade paracolaborarcomaV.empresanaáreadaQualidade. Tenho
uma experiência profissional de 6 anos na área da qualidade sendo que, desde2010
desempenho funções na qualidade de diretora do departamento da Qualidade na
“Empresa Y”. Considerando que a minha experiência profissional pode ser
enriquecedoraparaaV.empresa,espero queme sejaconcedidauma entrevista para
que possa explorar os motivos da minha candidatura. Subscrevo-me, com a maior
consideração