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O  PAPEL  DAS  BIBLIOTECAS  PÚBLICAS  PORTUGUESAS NO SUPORTE À LITERACIA EMERGENTE ,[object Object],[object Object],PARTILHAR LIVROS COM BEBÉS  DOS 9 MESES AOS 3 ANOS ,[object Object],[object Object],[object Object]
I. Questões de partida II. Objectivos III. Revisão da literatura IV. Metodologia V. Apresentação dos resultados VI. Conclusões VII. Recomendações SUMÁRIO
I. QUESTÕES DE PARTIDA Investigação ,[object Object],[object Object]
II. OBJECTIVOS 1º Investigar o papel das bibliotecas públicas portuguesas na criação de competências de pré-leitura;  2º Averiguar as semelhanças e diferenças dos projectos de leitura desenvolvidos em 5 bibliotecas públicas; 3º Analisar a importância da promoção da literacia emergente e familiar na óptica dos técnicos de biblioteca.
III. REVISÃO DA LITERATURA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
IV. METODOLOGIA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Metodologia Questionário enviado a  132  Bibliotecas, inauguradas até 2004. Responderam  86 ,   das quais  34  têm bebeteca e  12   realizam actividades de leitura. Seleccionou-se uma amostra de  5   Bibliotecas. Critérios para selecção da amostra Existência de bebeteca há 1 ano ou mais Existência de bebeteca há 1 ano ou mais Realização de actividades de leitura para pais e bebés Zona de localização da biblioteca
Metodologia Entrevista ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Estrutura da Entrevista
1. Implementar bebetecas nas bibliotecas públicas portuguesas   V. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS    Génese do espaço BEBETECA Ordem Funcional Adequar o espaço ao público alvo Ordem Interna Atrair novos públicos/  Aumentar os empréstimos Ordem Intelectual  Promover projectos de mediação de leitura
Apresentação dos Resultados 1. Implementar bebetecas nas bibliotecas públicas portuguesas   “ (...) sentíamos que vinham pais que diziam: ‘não há nada para mais pequeninos, não há nada para mais pequeninos’. Perguntavam que espaço de animação havia e nós não tínhamos. Surgiu sobretudo aí, porque sabia que também estava a ser implementado noutras bibliotecas o serviço. Podia ser uma mais valia para a nossa biblioteca.”   (entrevistado da Biblioteca A) “ A bebeteca surge numa altura em que a gente começou a perceber que (...) individualizávamos muito o trabalho com as crianças deixando de fazer muito para todos e começar a trabalhar para grupos alvo definidos e dar continuidade.” (entrevistado 1 da Biblioteca D)
Apresentação dos Resultados 1. Implementar bebetecas nas bibliotecas públicas portuguesas      Importância das bebetecas nas bibliotecas públicas BEBETECA “ é o início de tudo” “ espaço essencial,  quase que obrigatório” “ Pais deitados no  chão com bebés. É giro de se ver” “ É um momento único.  Mesmo de prazer,  de afecto”
Apresentação dos Resultados 2. Papel da biblioteca pública no suporte à literacia emergente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],“ Às vezes podemos ter 1 [criança], às vezes podemos ter 2, às vezes podemos ter 14. Na sexta-feira passada tivemos 14. E outras vezes não querem ouvir. Às vezes são 2 ou 3. Estão com os pais, estão a brincar, a gente também não força nada. Se quiserem ouvir... se não quiserem ouvir não ouvem.” (entrevistado da Biblioteca E)
Apresentação dos Resultados 2. Papel da biblioteca pública no suporte à literacia emergente   ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],“ Estamos a fazer uma coisa direccionada. Não devemos fazer as coisas por se fazer, mas sim porque há necessidade de se fazer.”  (entrevistado 2 da Biblioteca D)
Apresentação dos Resultados 3. Papel da biblioteca pública no suporte à literacia familiar Partilhar livros Formar mediadores  de leitura Envolver as  Famílias
Apresentação dos Resultados 4. Obstáculos e constrangimentos à dinamização de projectos  ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
CONCLUSÕES ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
RECOMENDAÇÕES ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
O  PAPEL  DAS  BIBLIOTECAS  PÚBLICAS  PORTUGUESAS NO SUPORTE À LITERACIA EMERGENTE ,[object Object],[object Object],PARTILHAR LIVROS COM BEBÉS  DOS 9 MESES AOS 3 ANOS ,[object Object],[object Object],[object Object]

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  • 1.
  • 2. I. Questões de partida II. Objectivos III. Revisão da literatura IV. Metodologia V. Apresentação dos resultados VI. Conclusões VII. Recomendações SUMÁRIO
  • 3.
  • 4. II. OBJECTIVOS 1º Investigar o papel das bibliotecas públicas portuguesas na criação de competências de pré-leitura; 2º Averiguar as semelhanças e diferenças dos projectos de leitura desenvolvidos em 5 bibliotecas públicas; 3º Analisar a importância da promoção da literacia emergente e familiar na óptica dos técnicos de biblioteca.
  • 5.
  • 6.
  • 7. Metodologia Questionário enviado a 132 Bibliotecas, inauguradas até 2004. Responderam 86 , das quais 34 têm bebeteca e 12 realizam actividades de leitura. Seleccionou-se uma amostra de 5 Bibliotecas. Critérios para selecção da amostra Existência de bebeteca há 1 ano ou mais Existência de bebeteca há 1 ano ou mais Realização de actividades de leitura para pais e bebés Zona de localização da biblioteca
  • 8.
  • 9. 1. Implementar bebetecas nas bibliotecas públicas portuguesas V. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS  Génese do espaço BEBETECA Ordem Funcional Adequar o espaço ao público alvo Ordem Interna Atrair novos públicos/ Aumentar os empréstimos Ordem Intelectual Promover projectos de mediação de leitura
  • 10. Apresentação dos Resultados 1. Implementar bebetecas nas bibliotecas públicas portuguesas “ (...) sentíamos que vinham pais que diziam: ‘não há nada para mais pequeninos, não há nada para mais pequeninos’. Perguntavam que espaço de animação havia e nós não tínhamos. Surgiu sobretudo aí, porque sabia que também estava a ser implementado noutras bibliotecas o serviço. Podia ser uma mais valia para a nossa biblioteca.” (entrevistado da Biblioteca A) “ A bebeteca surge numa altura em que a gente começou a perceber que (...) individualizávamos muito o trabalho com as crianças deixando de fazer muito para todos e começar a trabalhar para grupos alvo definidos e dar continuidade.” (entrevistado 1 da Biblioteca D)
  • 11. Apresentação dos Resultados 1. Implementar bebetecas nas bibliotecas públicas portuguesas  Importância das bebetecas nas bibliotecas públicas BEBETECA “ é o início de tudo” “ espaço essencial, quase que obrigatório” “ Pais deitados no chão com bebés. É giro de se ver” “ É um momento único. Mesmo de prazer, de afecto”
  • 12.
  • 13.
  • 14. Apresentação dos Resultados 3. Papel da biblioteca pública no suporte à literacia familiar Partilhar livros Formar mediadores de leitura Envolver as Famílias
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.

Notas do Editor

  1. Nome da tese, no âmbito do Mestrado x A escolha do tema da dissertação está relacionado... - Por um lado com a minha actividade profissional. Sou bibliotecária, numa biblioteca pública e desenvolvo um projecto de literacia emergente destinado a pais e crianças até aos 3 anos, financiado pela F.C.G., no âmbito do projecto Casa da Leitura; - Por outro com questões de ordem pessoal. Este trabalho proporcionou uma reflexão sobre o papel das bibliotecas públicas no suporte à literacia emergente e à literacia familiar. O interesse deste tema surge com o conhecimento de outros projectos de sucesso a nível Europeu (o Bookstart , no Reino Unido e o Nascuts per llegere , na Catalunha). Quanto mais cedo se investir na educação das crianças, mais elevados serão os resultados escolares.
  2. Esta apresentação irá incidir em 7 pontos, por forma a sintetizar a estrutura da dissertação.
  3. A investigação teve por ponto de partida as seguintes questões. Os projectos têm na sua base uma investigação sólida, com objectivos previamente traçados, ou são testados intuitivamente? Tratando-se de uma investigação predominantemente qualitativa não se formularam, inicialmente questões ou hipóteses, uma vez que a metodologia qualitativa analisa a informação de uma forma indutiva, isto é, analisam e compreendem os fenómenos a partir da recolha dos dados, procedendo, após a análise dos dados, à identificação das questões mais relevantes.
  4. Considerando a necessidade de delimitar o desempenho das bibliotecas públicas em projectos de literacia emergente, junto de um público-alvo específico, definiu-se que a faixa etária dos bebés oscilaria entre os 9 meses e os 3 anos. A partir dos 9 meses a criança já adquiriu competências que lhe dão alguma autonomia, quer na manipulação dos objectos, quer na mobilidade. As primeiras palavras surgem por volta dos 12 meses, a partir de situações quotidianas que se realizam de uma forma regular, sistemática e repetitiva. A idade limite são os 3 anos na medida em que nesta faixa etária há uma menor preocupação e sensibilização acerca da problemática da leitura. A sensibilidade para esta temática inicia-se quando a criança ingressa no Jardim de Infância. Neste sentido, as bibliotecas públicas poderão constituir-se como o único contexto institucional neste domínio.
  5. Literacia : tendo em conta os baixos níveis de literacia da população portuguesa; Literacia emergente : destacar a importância do contacto precoce da criança com o livro e a leitura 2. Contributos da Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Com o despoletar do conceito de literacia emergente surgem várias investigações sobre a aprendizagem da leitura e da escrita em idade precoce, com origem nas perspectivas de psicólogos como Piaget, Vygostky e Bruner. Com base na psicologia genética de Piaget que considera que o desenvolvimento resulta da interacção do sujeito com o meio, Ferreiro e Teberosky desenvolvem uma investigação com vista a observar o conhecimento das crianças face à leitura e à escrita. As autoras observam que as crianças transpõem várias fases ou níveis de evolução, de forma contínua e sequencial, à semelhança dos estádios de desenvolvimento de Piaget. De início as crianças não distinguem a imagem do texto, posteriormente começam a construir hipóteses e, mais tarde, estabelecem ligações entre o código oral e o escrito. Vygotsky considera que o desenvolvimento do indivíduo resulta da interacção social e da mediação feita pelos outros. Com base no conceito de “Zona de Desenvolvimento Potencial”, que distingue o que a criança consegue fazer autonomamente e o que pode fazer com a ajuda de um adulto, conclui-se que as crianças que beneficiam de actividades de leitura partilhada (ex. leitura de histórias) têm mais hipóteses na aprendizagem da leitura, do que aquelas onde a leitura não é uma prática habitual. Com base nesta teoria Sulzby desenvolve um estudo longitudinal sobre o desenvolvimento da leitura e da escrita, com crianças entre os 5 e os 6 anos de idade. Bruner procura compreender a interacção da criança com o adulto, a partir de uma abordagem sócio-cultural que considera a interacção determinante para o desenvolvimento. Partindo da observação do momento de jogo que se estabelece entre o adulto e o bebé verifica que o jogo pressupõe um tipo de troca, muito semelhante ao diálogo. As interacções daí resultantes promovem o desenvolvimento cognitivo e linguístico da criança, uma vez que o jogo estimula um comportamento exploratório, que por sua vez contribui para levantar hipóteses e encontrar soluções. Snow & Ninio observam que a linguagem utilizada pelas mães na leitura de livros é mais rica e complexa do que a utilizada no momento de jogo, contribuindo para o desenvolvimento linguístico da criança, assim como para a assimilação de comportamentos emergentes de leitura (antecipação, indução e intertextualidade). 3. O Papel das bibliotecas públicas no desenvolvimento da literacia emergente A dinamização de actividades específicas para pais e bebés nas bibliotecas públicas e a criação de espaços adequados, como sejam as bebetecas, contribui para o contacto precoce das crianças com o livro, impulsionando os seus hábitos de leitura, em idade pré-escolar (Fernandes, 2004).
  6. Metodologias de investigação: Nesta investigação optou-se por utilizar mais do que uma perspectiva: o qualitativo e o quantitativo, sendo que o método dominante é o qualitativo. Recolha dos dados: Recorreu-se ao método de investigação quantitativo para a recolha inicial dos dados, através da realização de um inquérito por questionário, de forma a seleccionar a amostra. O inquérito permitiu traçar o panorama nacional das bibliotecas públicas portuguesas, abertas até ao ano de 2004, no que respeita à existência de espaços, aos recursos humanos afectos (número de funcionários e respectiva formação), à tipologia e à periodicidade das actividades , destinadas a bebés e famílias, permitindo, assim, a constituição de uma amostra. Considerou-se que os questionários foram o método mais adequado para a primeira fase da recolha dos dados, uma vez que se tratava de um vasto universo, permitindo desta forma, a selecção de cinco bibliotecas. Após a recepção dos questionários procedeu-se ao tratamento estatístico, através de um programa informático específico, o Excel. A Entrevista foi realizada a 5 bibliotecas públicas portuguesas, tendo-se entrevistado 6 pessoas, sendo que na biblioteca D foram inquiridas duas. Análise dos dados : Análise de conteúdo foi feita através de um programa de análise de dados assistido por computador - ATLAS.ti, para a codificação dos dados, através da criação de códigos, seguindo-se a agregação destes em domínios ou famílias. A principal vantagem em utilizar o ATLAS.ti para análise dos dados prende-se com o facto de simplificar, sistematizar e acelerar os aspectos mecânicos de análise dos dados. Após a leitura das entrevistas procedeu-se à codificação dos dados, através da criação de códigos, seguindo-se a agregação em famílias.
  7. 1. Existência de bebeteca há um ano ou mais: Ano de inauguração oscila entre 2000 e 2004 2. Realização de actividades de leitura para pais e bebés Actividades pontuais centradas no livro e na leitura (teatro infantil, ioga, música, dança); Projectos de mediação directa de leitura 3. Zona de localização da biblioteca (domínios geográficos definidos pela Comissão da Coordenação Regional (CCR) Distribuição geográfica de Norte a Sul do País Norte Litoral Centro Litoral Lisboa e Vale do Tejo Alentejo interior Algarve Litoral
  8. Com base nas entrevistas foram identificados 4 domínios: “Implementar bebetecas nas bibliotecas públicas portuguesas”; “Papel das bibliotecas públicas no suporte á literacia emergente”; “Papel das bibliotecas públicas no suporte à literacia familiar”; “Obstáculos e constrangimentos á dinamização de projectos”.
  9. Ponto 1. Os entrevistados destacam que os motivos para a criação de bebetecas prende-se com: Motivos de ORDEM FUNCIONAL: Ir de encontro às necessidades dos pais que procuram espaços nas bibliotecas, adequados à idade e ao nível de desenvolvimento dos filhos e concretizar o trabalho iniciado com os pais e os bebés; Motivos de ORDEM INTERNA: Aumentar o número de utilizadores e de empréstimos Motivos de ORDEM INTELECTUAL OU Conceptual Implementação de projectos de leitura de intervenção continuada, adequados à faixa etária e ao nível de desenvolvimento da criança evitando a dinamização das mesmas actividades para crianças com características completamente distintas. Com estes projectos promove-se o desenvolvimento linguístico e sócio-afectivo das crianças. Realizar acções de sensibilização destinadas aos pais, para que estes adquiram competências e instrumentos enquanto mediadores da leitura.
  10. 1ª citação – Motivos de ordem funcional e interna. 2ª citação – Desenvolver projectos de mediação directa de leitura
  11. As bibliotecas são unânimes quanto á importância das bebetecas. As crianças que frequentam desde cedo as bibliotecas têm maiores probabilidades de se tornarem futuros utilizadores e leitores, do que aquelas que frequentam a biblioteca por obrigação, fruto de situações escolares. A bebeteca é uma casa. Para a construir há que começar na base, colocar tijolo a tijolo, para depois se atingir o telhado. Também nas casas há questões emocionais. As bebetecas caracterizam-se então pelo afecto, pela cumplicidade, pela interacção e pela partilha. Questões práticas, estruturais: “ é o início de tudo”/ “espaço essencial, quase que obrigatório”: é a base, o alicerce, o sustentáculo Questões emocionais: “ Pais deitados no chão com bebés. É giro de se ver” – interacção, partilha “ É um momento único. Mesmo de prazer, de afecto” - a fecto, cumplicidade “ Acima de tudo é partilhar um momento que, no fundo, ele não vai esquecer, porque é um momento tão íntimo. Está no colo, não está ao lado. Tem a protecção do colo da mãe ou do pai. É um momento único. Mesmo de prazer, de afecto. Acho que é muito, muito, muito importante.” (entrevistado 2 da Biblioteca D)
  12. HÁ EM MUITOS CASOS MUITA ANIMAÇÃO E POUCA LEITURA Actividades pouco centradas no livro e na leitura: peças de teatro, sessões de música, de dança, ioga e sessões de histórias . As B. P. podem e devem ter outras valências para além da leitura, no entanto a promoção da leitura deve ser uma prioridade estratégica das bibliotecas. Razões apontadas para a realização pontual de actividades: recente criação de bebetecas nas bibliotecas públicas, défice de investigação académica no âmbito da literacia emergente; escassez de pessoal técnico com formação especializada Comentário à citação: (esta situação é ilustrada pela resposta de um inquirido) Não se trabalha para um público específico; Não se forma o público adulto; Actividades sem estrutura e com objectivos indefenidos
  13. - Projectos regulares e continuados: com vista a criar hábios e comportamentos emergentes de leitura (antecipação, a indução e a intertextualidade); - Livro ponto de partida e chegada; Comentário à citação: È identificado à priori o público alvo. São definidos objectivos e estratégias de actuação.
  14. São identificados 3 campos de actuação da biblioteca pública no suporte à literacia familiar: PARTILHAR LIVROS E LEITURA: Não há leitura sem livros e sem uma literatura de qualidade; A leitura de histórias é considerada como uma actividade muito significativa, pelo facto de proporcionar uma grande diversidade de interacções entre o adulto e a criança, assim como promover atitudes positivas face à leitura (Mata, 2007). As crianças não sabem propriamente ler e escrever, mas sabem SOBRE o ler e o escrever. FORMAR MEDIADORES DE LEITURA: É fundamental que os técnicos de biblioteca tenham competências na área de promoção da leitura para formarem mediadores de leitura competentes. A formação passa pelo aconselhamento de livros e pela transmissão de técnicas e estratégias para a prática da leitura conjunta. Isto porque não há formação sem especialistas e sem uma estratégia bem definida de actuação. - Transmitir técnicas de exploração do livro e dinamização da história; - Dinamizar sessões práticas de leitura conjunta; - Realizar acções de sensibilização para os pais; - Gerar contextos de reflexão sobre a leitura; - Transformar um não leitor em mediador de leitura. ENVOLVER FAMÍLIAS: De forma a dar continuidade ao trabalho iniciado na biblioteca, além de se estimular laços de afecto e cumplicidade e estimular as trocas comunicacionais. A família é, assim, considerada um forte agente educativo que motiva positivamente a criança para a leitura. Não há envolvimento das famílias sem um trabalho árduo, continuado e projectado a longo prazo A investigação sugere que se intervenha junto de comunidades com níveis de literacia baixos e com fracos hábitos de leitura. A) Práticas de leitura conjunta; B) Acções de sensibilização para pais C) Gerar contextos de reflexão sobre a leitura O adulto assume um papel basilar no processo de mediação da leitura, proporcionando oportunidades à criança para contactar com o material impresso, estimulando o contacto com a linguagem escrita (Mata, 1999). Os adultos são assim, modelos significativos na exploração da linguagem escrita, uma vez que as crianças tendem a imitar os seus comportamentos (Vygotsky, 1995). A família exerce um papel de extrema importância, quer na motivação para a leitura, quer no processo de apreensão e descoberta dos aspectos funcionais, convencionais e conceptuais da linguagem escrita (Mata, 2004). Compreende-se, assim, que a leitura de livros e de histórias promove aquisições de tipo afectivo e cognitivo, mas também linguístico, nomeadamente ao nível do desenvolvimento do vocabulário.
  15. Os dados resultantes deste estudo evidenciam que a implementação de projectos de promoção do livro e da leitura nas bibliotecas públicas estão muitas vezes votados ao fracasso pelos obstáculos e barreiras que frequentemente dificultam o desenvolvimento de boas práticas junto da comunidade. Recursos Humanos: Número reduzido de técnicos qualificados (necessidade de fazer rotatividade de equipas); Formação académica desajustada (à excepção de uns que têm muita experiência e outros que recorrem à autoformação); Competências pessoais desadequadas à função de mediador (não basta “ter jeito”, “paciência”; “sensibilidade”; “intuição”); Ausência de cooperação com outros profissionais. Recursos Documentais: No mercado editorial não existe grande variedade de livros, com qualidade de texto e de ilustrações (ao nível da forma e dos materiais) adequados a esta faixa etária (do nascimento aos três anos de idade). É necessário seleccionar obras de qualidade literária (no que respeita à narrativa escrita e à narrativa pictórica) adequadas ao desenvolvimento cognitivo e à maturação leitora da criança, que nem sempre aparece associado à idade. As linhas orientadoras da DGLB são muito genéricas, fornecendo poucas referências na gestão, estrutura e dinamização dos serviços. Há desconhecimento teórico e científico sobre os objectivos e as funções reais do espaço, os recursos efectivamente necessários para estimular o desenvolvimento das crianças. “ Programa de Apoio às Bibliotecas Municipais” é generalista. “Directrizes para serviços de bibliotecas para crianças” não se centra exclusivamente nas bebetecas e o documento que se centra sobre esse assunto “Guidelines for Library Services to Babies and Todlers” não está traduzido. A citação seguinte evidencia isso mesmo: “ Nós entramos nisto um bocado às cegas.” (entrevistado 2 da Biblioteca D) “ (…) não tínhamos noção nenhuma daquilo que tinha que ter uma bebeteca, neste sentido... qual a especificidade do fundo documental na bebeteca?” (entrevistado 1 da Biblioteca D)
  16. Com base no quadro teórico em que incidiu a presente investigação e após a apresentação e discussão dos dados apresentam-se as seguintes conclusões. Começamos pelos factores positivos : - Todas as bibliotecas são unânimes e a revisão da literatura reforça que o contacto precoce com o livro contribui para o desenvolvimento da criança; - A realização de projectos de leitura com continuidade contribui para o aumento dos hábitos de leitura; Envolvimento da família potencia atitudes positivas da criança face à leitura; Os obstáculos : - O problema é que as bibliotecas públicas têm muitas limitações de recursos; - Por seu lado os técnicos não têm formação em promoção da leitura, sendo que a missão chave das bibliotecas públicas é a promoção da leitura; - Ausência de linhas orientadoras (para a gestão, estrutura e dinamização dos serviço) leva a que os técnicos criem este serviço de acordo com a sua sensibilidade, gosto e intuição. Aplicação de modelos usados em outras bibliotecas o que explica a ausência de fundamentação teórica. - Investigação técnica e científica escassa: não há articulação profícua entre a teoria e a prática, descurando-se o planeamento estratégico e a definição de objectivos
  17. Política nacional de promoção da leitura da responsabilidade da DGLB (homogeneizar o trabalho das bibliotecas públicas neste campo de actuação) Existir um organismo orientador (e não regulador) que promovesse a produção editorial para estas faixas etárias; Tradução das Guidelines: para colmatar a inexistência de linhas orientadoras. Este documento da IFLA incide nos serviços para bebés e crianças até aos 3 anos. Este documento contém indicações sobre: características do público alvo, objectivos do serviço, recursos materiais e documentais que deverão estar disponíveis, áreas de formação dos recursos humanos e, por último, exemplos de boas práticas deste serviço em vários países do mundo; Cooperação nacional e internacional com profissionais de várias áreas: Educadores, animadores, psicólogos. Permuta de conhecimentos e experiências. Cooperação com outras bibliotecas e outras entidades locais. Alargar o campo de actuação às famílias desfavorecidas: - É fundamental intervir junto de comunidades com níveis de literacia baixos e com fracos hábitos de leitura, cujas famílias têm reduzidos recursos financeiros, culturais e educativos. - o insucesso escolar atinge todas as classes sociais, mas as famílias mais desfavorecidas do ponto de vista cultural e económico correm mais riscos. Não trabalhar exclusivamente para os que estão disponíveis para a leitura, mas ir ao encontro das famílias mais desfavorecidas do ponto de vista cultural e económico. E agora um excerto de um poema de Alberto Caeiro (heterónimo de Fernando Pessoa)
  18. Algumas bibliotecas portuguesas são o Tejo. Conhecidas, mediatizadas têm uma grande projecção a nível nacional. Toda a gente as conhece. Mas muitas bibliotecas do nosso país também desenvolvem excelentes projectos de leitura, mas como não recorrem a fortes campanhas de marketing não têm projecção no país, pensando-se que nada se está a fazer. O que é certo é que os projectos em comunidades pequenas têm maior impacto junto da comunidade, do que aquelas que trabalham para grandes grupos (fazendo tudo para todos, não produzindo efeitos a longo prazo).
  19. Quero desde já alertar para o facto de ter detectado uma gralha na dissertação. Depois da paginação em numeração romana utilizou-se numeração árabe, mas por lapso não se iniciou no número 1, havendo uma continuação na contagem. Agradecer o apoio, a colaboração e a sempre disponibilidade dos orientadores (o Prof. Doutor José António Calixto e a Prof. Doutora Luísa Grácio). Questões que podem ser levantadas: Citações não foram traduzidas. Porquê? Ao traduzir-se a citação para língua portuguesa poder-se-ia alterar o sentido da ideia, transmitindo-se um conceito errado; 2. Índice ou Sumário? Na área da Biblioteconomia Índice é Onomástico (para nomes) ou Didascálico (para assuntos). Nesta dissertação utilizou-se um Índice Remissivo. 3. Dados desactualizados. Os dados referem-se a bibliotecas inauguradas até 2004. 4. Que contributos tem a tese para novos estudos? 5. Limitações do estudo? 6. O que mudaria agora no estudo se o recomeçasse?