Paulo começa demonstrando sua preocupação com os judeus que rejeitavam a Cristo, apesar dos privilégios recebidos por Deus. Ele explica que a eleição divina se baseia na fé, não na descendência, e que Deus em sua soberania escolhe quem quer ter misericórdia, não dependendo das obras humanas. A rejeição de Israel não invalida as promessas ou a justiça de Deus.
As violações das leis do Criador (material em pdf)
A soberania de Deus e a rejeição de Israel segundo Romanos 9
1.
2. Romanos 9:1-5
... Paulo e a incredulidade dos judeus...
• Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando
comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência:
• tenho grande tristeza e incessante dor no coração;
• porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de
Cristo, por amor dos meus irmãos, meus compatriotas,
segundo a carne.
• São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória,
as alianças, a legislação, o culto e as promessas;
• deles são os patriarcas, e também deles o Cristo, segundo a
carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o
sempre. Amém!
3. • Paulo começa o capítulo 9 de Romanos, demonstrando sua
preocupação com seus compatriotas judeus. Paulo
demonstrou não só se preocupar com eles, mas sentir
tristeza e dor em seu coração, por ver que Israel rejeitava à
Deus. E, de uma maneira radical, Paulo disse que desejaria
ser maldito de Deus, por amor aos seus compatriotas
israelitas, lembrando que Paulo descendia da tribo de
Benjamim (Filipenses 3:5).
• Paulo também lembra do privilégio que os israelitas
tinham recebido, e cita a adoção, onde Deus os escolheu
para que fossem seus filhos (Deuteronômio 8);
• A glória, porque Deus se manifestou entre eles diversas
vezes, no Sinai (Êxodo 19:18-19).
4. • As alianças, que foram feitas por Deus, como sinal de
promessa a ser cumprida por Ele. Como a aliança feita com
Noé (Gêneses 6:18 e Gêneses 9:11), a aliança feita a Abraão
(Gêneses 15:18), a aliança feita a Moisés (Êxodo capítulo 20
ao capítulo 24) e a aliança feita a Davi (2 Samuel capítulo 7);
• A legislação, ou a lei, que foi dado por Deus à Moisés no
monte Sinai, o que seria a bênção de Deus para o seu povo,
para que soubessem a maneira que deveriam viver (Êxodo
capítulos 19, 20, 21, 22, 23);
• O culto, onde Deus havia separado a Israel para ser o seu
povo, nação santa, sacerdote eleito, e eles foram chamados
para o culto e adoração à Deus (Êxodo 19:6 e 1 Reis 8:22-
53); As promessas, foram feitas por Deus a seu povo
(Deuteronômio 28).
5. • E os patriarcas, que foram os grandes pais de fé para Israel
como, Abraão, Isaque, Jacó.
• E por essa descendência também veio Jesus Cristo (Mateus
1:1-17).
• Pela carne Jesus veio de José, descendente de Davi, tribo de
Judá.
• No versículo 5, Paulo chama Jesus de Deus bendito: Paulo
afirma a divindade de Jesus Cristo neste versículo, o
chamando de Deus bendito para todo sempre, amém!
6. • Dos versículos 6 ao 13 .... A rejeição de Israel não é
incomparável com as promessas de Deus....
• E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado,
porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas;
• nem por serem descendentes de Abraão são todos seus
filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.
• Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da
carne, mas devem ser considerados como descendência os
filhos da promessa.
• Porque a palavra da promessa é esta: Por esse tempo,
virei, e Sara terá um filho.
7. • E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de
um só, Isaque, nosso pai.
• E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham
praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus,
quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por
aquele que chama),
• já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço.
• Como está escrito: Amei a Jacó, porém me aborreci de
Esaú.
8. • Paulo afirma que não era porque Israel tinha rejeitado à
Deus, que a palavra de Deus tinha falhado, porque Deus
separou a Israel para ser o seu povo.
• E Paulo explica que nem todos de Israel eram de fato
israelita, nem mesmo por serem descendentes de Abraão,
eram todos filhos de Abraão.
• Pois o que deveria contar não era a descendência da carne e
sim a que vem da promessa, ou seja, os da fé!
• Deus deu uma promessa a Abraão e a Sara, sua mulher, e
depois a Isaque seu filho e a Rebeca sua mulher, e foi pela fé
que receberam a promessa e creram.
9. • Rebeca teve dois filhos Esaú e Jacó, eles eram gêmeos e
Esaú foi o primogênito, o que nasceu primeiro, mas Deus
em sua soberania, escolheu o mais novo, Jacó, para herdar
assim suas promessas.
• De fato, eles ainda nem tinham nascido quando Deus
escolheu a Jacó, não tinham feito bem ou mal, para que isso
justificasse a escolha de Deus, mas Deus em sua soberania
escolheu a Jacó, para que seu propósito perante a
humanidade fosse cumprida (Gêneses 25:19-26).
• E mais tarde, Jacó teve seu nome mudado para Israel, que
significa: “O que luta com Deus” (Gêneses 32:28).
10. • Dos versículos 14 ao 18 .... A rejeição de Israel não é
incompatível com a justiça de Deus....
• Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De
modo nenhum!
• Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me
aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me
aprouver ter compaixão.
• Assim, pois, não depende de quem quer ou quem corre,
mas de usar Deus a sua misericórdia.
• porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te
levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu
nome seja anunciado por toda a terra.
• Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também
endurece a quem lhe apraz.
11. • Mesmo antes que alguém pudesse dizer que Deus fez
injustiça, por escolher um e não outro, Paulo enfatiza a
soberania de Deus quanto a sua eleição.
• Ele lembra do que Deus disse a Moisés, terei misericórdia
de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem
eu me compadecer (Êxodo 33:19).
• E Paulo deixa claro que não depende de querer ou fazer
algo para merecer e sim unicamente de Deus usar a sua
misericórdia, lembrando que misericórdia e quando
merecemos o mau de Deus e recebemos o bem!
• Paulo também lembra de Faraó, que nas escrituras diz que
Deus o levantou, para mostrar o seu poder e para que toda
terra conheça o seu nome.
12. • Lembrando que através de Moisés, Deus disse a Faraó que
deixasse seu povo ir, pois estavam cativos no Egito, mas
Faraó não ouviu a voz de Deus, e endureceu o seu coração.
Com isso Deus enviou as dez pragas. Através das dez pragas
e da abertura do mar vermelho e o resgate do povo que era
cativo, Deus se tornou conhecido de todas as nações, que o
temia por saber de seus grandes feitos.
• Por isso ele disse que Deus tem misericórdia de quem quer
e também endurece a quem quer. Deus teve misericórdia do
povo de Israel e permitiu que o coração de Faraó
continuasse endurecido para que se cumprisse os seus
propósitos sobre a terra.
13. • Quando Deus derrama da sua misericórdia sobre alguém,
não faz porque essa pessoa merece, mas unicamente por
sua graça que o faz, (graça, receber um favor que não
merecemos de Deus).
• E no caso de Faraó, Deus permitiu que ele fosse entregue as
suas vontades desenfreadas e malignas (Romanos 1:26).
• Na verdade como Faraó, todos somos maus e merecemos a
ira de Deus, mas por sua misericórdia, aqueles que creem
Nele recebem a graça e o seu perdão.
14. • Dos versículos 19 ao 29 .... A soberania de Deus....
• Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois
quem jamais resistiu à sua vontade?
• Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?
Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: por que
me fizeste assim?
• Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo
barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?
• Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e
dar a conhecer o seu poder, suportou com muita
longanimidade os vasos de ira, preparados para a
perdição,
• a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua
glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou
de antemão,
15. • os quais somos nós, a quem também chamou, não só
dentre os judeus, mas também dentre os gentios?
• Assim como também diz em Oséias: Chamarei povo meu
ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada;
• e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali
mesmo serão chamados filhos do Deus vivo.
• Mas, relativamente a Israel, dele clama Isaías: Ainda que o
número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o
remanescente é que será salvo.
• Porque o Senhor cumprirá a sua palavra sobre a terra,
cabalmente e em breve;
• como Isaías já disse: Se o Senhor dos Exércitos não nos
tivesse deixado descendência, ter-nos-íamos tornado como
Sodoma e semelhantes a Gomorra.
16. • Paulo diz que alguns poderiam querer se justificar dizendo
que, como então, Deus poderia encontrar culpa nelas, se
ninguém pode resistir a vontade de Deus. Mas Paulo
enfatiza que ninguém é digno de questionar os planos de
Deus.
• Nós somos criaturas de Deus, ele nos formou ainda no
ventre de nossas mães (Isaías 44), agora pois, se ele nos
formou e nos deu a vida, como podemos querer discutir
com aquele que nos criou, achando nós que sabemos mais
do que ele?
• Assim como o oleiro tendo sua massa de barro nas mãos
pode dela fazer um vaso para honra, também pode do
mesmo barro fazer outro para desonra, assim também Deus
tudo pode.
17. • Dos versículos 30 ao 33 ....Israel é responsável pela sua
rejeição....
• Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a
justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que decorre da
fé;
• e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir
essa lei.
• Por quê? Porque não decorreu da fé, e sim como das obras.
Tropeçaram na pedra de tropeço,
• como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de
tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não
será confundido.