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VISIBILIDADE MEDIÁTICA, VIGILÂNCIA E
NATURALIZAÇÃO DO DESEJO DE AUTOEXPOSIÇÃO 1
Cíntia Dal Bello2
Debora Cristine Rocha3
Resumo: Este estudo tem por objetivo refletir sobre como a relação entre
visibilidade e vigilância nos meios de comunicação contribui para a naturalização
do desejo de autoexposição. Para tanto, parte das considerações de Foucault
(1979) sobre a dinâmica do panopticon de Bentham e a instituição moderna do
exercício do poder disciplinador pelo olhar; considera, com Santaella (2010), a
sobreposição dos regimes de vigilância panóptico, escópico e por rastreamento; e
propõe que a naturalização do desejo de autoexposição, tanto em plataformas
ciberculturais de relacionamento quanto em reality shows, a despeito das
possibilidades de indexação pelos regimes de vigilância, advém do modelo
sinóptico, tributário da sociedade do espetáculo e da indústria cultural, conforme
Bauman (1999).
Palavras-chave: Cibercultura. Visibilidade midiática. Vigilância. Redes sociais
digitais. Reality show.
1. A problemática questão da privacidade
Em dezembro de 2010, Paul Butler, engenheiro de sistemas e estagiário do
Facebook, divulgou em seu perfil o mapa que criou a partir do banco de dados da plataforma
com o objetivo de visualizar o fluxo de amizade entre cidades e regiões, a despeito de
fronteiras políticas e geográficas. Para tanto, tomou uma amostra de cerca de 10 milhões de
pares de amigos, identificou a sua localização (cidade geográfica atual) e traçou linhas entre
eles, de forma que os vínculos reincidentes pudessem, sobrepostos, brilhar mais sobre o
1
Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho Comunicação e Cibercultura do XXI Encontro da Compós, na
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, de 12 a 15 de junho de 2012.
2
Doutoranda em Comunicação e Semiótica pelo PEPGCOS-PUC/SP (bolsa CAPES), coordenadora,
pesquisadora e docente do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Nove de Julho. É membro da
ABCiber e do grupo de estudos Plurimídia: Perspectivas plurais das mídias (Uninove). E-mails:
pubcintia@yahoo.com.br; cbello@uninove.br. [www.cintiadalbello.blogspot.com].
3
Doutora em Comunicação e Semiótica pelo PEPGCOS-PUC/SP (bolsa CAPES), jornalista, coordenadora e
docente do curso de Jornalismo da Universidade Nove de Julho. É membro do Grupo de Pesquisa Espacc
(Espaço-Visualidade/Comunicação-Cultura). E-mail: deborarocha111@yahoo.com.br.
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fundo escuro4
. Após o processamento, o mapa das relações humanas estabelecidas via
Facebook evidenciou continentes e algumas fronteiras internacionais (figura 1), além da força
das conexões locais em comparação aos fluxos globais de comunicação.
Figura 1. Mapeamento das relações humanas via Facebook
Fonte: Butler (2010).
Embora não possa ser tomado como representativo das condições de acesso à
internet – China e Rússia, por exemplo, praticamente não “aparecem” no mapa, o que se deve
à baixa penetração do Facebook nesses países (conforme mapa de Vicenzo Cosenza 5
, figura
2) e não à inexistência de infraestrutura tecnológica –, o mapeamento de Butler é revelador
do poder de alcance desta rede social no mundo, bem como de sua capacidade de
rastreamento e indexação a partir dos dados alimentados cotidianamente por seus mais de 600
milhões de usuários.
4
Veja o texto na íntegra no perfil de Butler, disponível em http://www.facebook.com/notes/facebook-
engineering/visualizing-friendships/469716398919.
5
Disponível em http://www.vincos.it/2011/06/13/la-mappa-dei-social-network-nel-mondo-giugno-2011/. Acesso em 29 jun.
2011.
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Figura 2. Mapa das redes sociais digitais.
Fonte: Cosenza (jun. 2011).
Henrique Antoun (apud ROMANELLI, 2010) acredita, inclusive, que a rede
presta-se a extrair informações a serviço dos Departamentos de Estado e Defesa dos Estados
Unidos, onde está sediada. Afinal, o potencial deste dinâmico banco de dados não passou
despercebido às autoridades de segurança dos Estados Unidos, que têm estudado a
proposição de “novas leis e formas de controlar as mensagens que os usuários trocam pela
web”. A campanha contra o terrorismo, a grande obscuridade do século XXI, exige que se
contemple “a necessidade de equilibrar a segurança nacional e a privacidade dos usuários”
(AGUIARI, 2010).
A questão da privacidade, aliás, tem se imposto em meio ao discurso mediático
de que é preciso tornar o mundo “mais aberto” e “conectado” – e seu nível de complexidade
parece aumentar conforme surgem novas possibilidades de exploração comercial dos dados
depositados nas plataformas (DAL BELLO, 2010). Entretanto, a despeito das preocupações
que cercam o debate, mais e mais pessoas têm aderido às redes sociais digitais,
compartilhando dados particulares cotidianamente – o que reforça a constatação de Sibilia
(2008) de que está em curso um movimento generalizado de evasão de privacidade ou,
conforme Bauman (2008), de conformação de uma sociedade confessional, cuja lógica afeta
todos os meios de comunicação, além de recuperar e fortalecer a oralidade e a visualidade,
presentes de forma clara ou velada na estrutura de funcionamento desses meios.
Neste novo contexto cultural, a autoexposição nos meios de comunicação é vista,
sentida e buscada com ansiedade – visibilidade e subjetividade jazem intrínsecas, validando o
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trocadilho “Apareço, logo existo” ou inaugurando a era do “apareSer” 6
. Ou seja: só existe
aquele que alcança a dimensão mediática (quer seja massivamente, nas telas da TV ou nas
capas de revista, quer seja na exposição digital das redes) e é visto/reconhecido pelo outro,
tomando-lhe a percepção e a atenção. O preço inconteste da desejada visibilidade, entretanto,
é a possibilidade de ficar à mercê da vigilância alheia.
Diante desse fenômeno, esse artigo propõe uma reflexão sobre o processo de
naturalização do desejo de autoexposição nos ambientes mediáticos e ciberculturais. Para
tanto, pontua a relação entre visibilidade e vigilância nos meios de comunicação, a partir das
considerações de Foucault (1979, p. 209-227), Bauman (1999, p. 56-62) e Santaella (2010, p.
153-181), localizando-a tanto nas plataformas ciberculturais de relacionamento e projeção
subjetiva quanto no gênero televisivo reality show.
2. Transparência panóptica e cultura da delação nas redes sociais digitais
O modelo estrutural do panopticon de Benthan propõe o exercício do poder pelo
olhar, ou seja, pela instituição da visibilidade e da transparência como estratégia de
submissão e dissuasão. Aplicável a internatos, hospitais, fábricas, prisões e escolas, o
panóptico correspondeu à premente necessidade de controle de poucos sobre muitos na
incessante inflação das cidades, ao cabo das Revoluções Francesa e Industrial, além de
materializar, na prática, a esfera da opinião pública como instância preventiva. Para Foucault
(1979, p. 216-217), “o simples fato de que as coisas são sabidas e de que as pessoas serão
vistas por um tipo de olhar imediato, coletivo e anônimo” parece suficiente para inibir o
outro de agir mal. Para tanto, não deve haver espaços escuros, ou seja, lugares nos quais seja
possível o anonimato.
6
O termo “apareSer” é depositário da reflexão sobre construção, projeção e promoção de identidades em ambientes
ciberculturais de alta visibilidade, objeto de estudo sobre o qual Cíntia Dal Bello debruçou-se de 2007 a 2009, considerando
a porosidade das subjetividades trespassadas pelos fluxos informacionais (COUCHOT, 2003; MACHADO, 2007) e as
inúmeras tensões constantes na dinâmica relacional com a alteridade nas redes sociais digitais. No contexto dos novos
processos de subjetivação na conjunção entre aceleração, excesso e produção de simulacros característicos da visibilidade
cibercultural (BAUDRILLARD, 1991; TRIVINHO, 2007), o neologismo foi proposto para cumprir a árdua tarefa de
desfazer a dicotomia aparência-essência e descrever, se não a natureza mesma, híbrida e complexa, do ser/estar na
transparente intermitência entre a dimensão dos lugares e a dimensão comunicacional das redes (TRIVINHO, 2007), ao
menos a lógica reinante, coercitiva na medida em que sujeita a todos: para ser, ser reconhecidamente alguém, é
imprescindível aparecer, estar na mídia.
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Um medo assombrou a segunda metade do século XVIII: o espaço escuro, o
anteparo de escuridão que impede a total visibilidade das coisas, das
pessoas, das verdades. Dissolver os fragmentos de noite que se opõem à luz,
fazer com que não haja mais espaço escuro na sociedade, demolir estas
câmaras escuras onde se fomentam o arbitrário político, os caprichos da
monarquia, as superstições religiosas, os complôs dos tiranos e dos padres,
as ilusões da ignorância, as epidemias. (FOUCAULT, 1979, p. 216)
A fórmula disciplinar moderna, ao conjugar visibilidade e vigilância, esconjura a
privacidade (rincão de obscuridade e articulação de interesses particulares) e sonha com uma
sociedade transparente em que cada um, tendo interiorizado o olhar do vigia, pudesse exercer
uma vigilância contínua sobre e contra si mesmo. Sua estratégia central
[...] era fazer os súditos acreditarem que em nenhum momento poderiam se
esconder do olhar onipresente de seus superiores, de modo que nenhum
desvio de comportamento, por mais secreto, poderia ficar sem punição. No
seu “tipo ideal”, o Panóptico não permitiria qualquer espaço privado; pelo
menos nenhum espaço privado opaco, nenhum sem supervisão ou, pior
ainda, não passível de supervisão. (BAUMAN, 1999, p. 56)
Embora a crescente complexização da sociedade tenha tornado o modelo
panóptico insuficiente para o exercício da vigilância contínua, ele ainda vigora em
instituições circunscritas, ambientes fechados que zelam pelo aspecto disciplinar e
uniformizador dos comportamentos (SANTAELLA, 2010, p. 155). Por ter sido concebido
para a manutenção da rotina e da ordem em locais físicos fechados e populosos, cujos
integrantes não estão ali presentes necessariamente por livre e espontânea vontade
(BAUMAN, 1999, p. 58-59), sua transposição para a leitura da dinâmica visibilidade-
vigilância nos meios de comunicação apresenta uma série de limitações.
Entretanto, pode-se dizer que as plataformas de relacionamento e projeção
subjetiva, em sua necessidade de controle sobre o conteúdo publicado por seus usuários,
aproximam-se da ideologia disciplinar quando conferem a seus membros a possibilidade de
denunciar comportamentos inadequados. Se, do ponto de vista da arquitetura, o modelo de
vigilância centralizadora e omnividente do panóptico não pode ser imediatamente aplicável à
nuvem difusa de informações que trafegam pelas redes, a frase “cada camarada torna-se um
vigia” nunca foi tão atual, bastando adaptar “camarada” para “amigo” ou “seguidor”,
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denominações comuns nas redes sociais digitais para designar aqueles que configuram a
audiência particular de cada usuário.
A naturalização da cultura da delação pode ser observada, também, no Club
Penguin, rede social da Disney em que as crianças interagem entre si por meio de avatares.
No metaverso, cada “pinguim” tem seu iglu e pode percorrer vários ambientes participando
de jogos, festas e outras atividades. Acessórios para o avatar só podem ser comprados por
usuários assinantes, embora todos os “pinguins” recebam moedas como remuneração pelo
desempenho nos jogos disponíveis. No âmbito da preocupação com a segurança dos
participantes, está a estratégia de convidar os próprios “pinguins”, assinantes ou não, a
trabalharem como “espiões” – sendo a principal tarefa “reportar” os mal-educados. No QG,
cujo acesso só é permitido aos espiões, observa-se a proliferação de monitores, como se
houvesse uma rede de câmeras filmando cada “lugar” do metaverso (figura 3), simulando
ampla cobertura escópica, cujo caráter tecnológico é, sem dúvida, mais sofisticado.
Entretanto, a atuação dos pinguins-espiões inscreve-se na matriz da vigilância panóptica, pois
depende do que cada um testemunha por si.
Figura 3. QG do Club Penguin.
Fonte: Club Penguin (jan. 2011).
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A questão da segurança não apenas justifica a naturalização da cultura da delação
como inteligente recurso contra abusos de várias espécies (inclusive pedofilia e pornografia
infantil) como reforça o discurso mediático de desvalorização da privacidade, em ressonância
com as constatações da academia. Sua crescente obsolescência aproxima-se do sonho
revolucionário que ansiava por uma sociedade transparente, em que tudo pudesse estar à
vista, à luz – embora hoje, o caráter da transformação em curso seja transpolítico e obedeça à
lógica do capitalismo tardio.
Nesse sentido, outra leitura pode ser feita dos mapas apresentados na introdução
deste artigo: na figura 1, países que não integram o Facebook “apagaram-se” na opacidade do
fundo, resguardando da visibilidade global seus fluxos de “amizade” ao utilizar redes sociais
locais; e, na figura 2, países que não fazem uso substancial de redes sociais digitais
comparecem “descoloridos”, invisíveis – recortados do mapa-mundi quase como se não
existissem. Ou seja, aqueles (países, organizações ou pessoas) que não dominam os palcos
mediáticos de performance coletiva estão destinados à escuridão ou à invisibilidade – onde
também podem atuar política e culturalmente, como é o caso do hackitivismo do coletivo
anárquico denonimado Anonymous.
3. Confissão, delação e disputa por visibilidade: a dinâmica dos reality shows
Em tempos ciberculturais, os meios de comunicação comportam-se como espaços
mediáticos nos quais a confissão pública torna-se rotineira e desejável. Nada mais natural,
portanto, do que a reconfiguração dos meios diante dessa nova realidade com a criação,
inclusive, de novos gêneros e formatos. É o caso do reality show na TV, novo gênero
televisivo que se apresenta como o grande observatório da vida cotidiana, privada e alheia.
Na vinheta brasileira do reality show de maior audiência do mundo todo, o Big
Brother, um olho estilizado guia o olhar do público através do buraco da fechadura com a
promessa de exibir a vida como ela é. Ou seja, devassar a intimidade, a privacidade do outro.
Atrás da fechadura está um programa polêmico e alvo de muitas críticas, dada a sua
capacidade de preencher a telinha com a disputa pela visibilidade. O Big Brother assume sem
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culpa a capacidade dos meios de comunicação de exibirem a confissão do cidadão comum ao
vivo e em rede nacional.
Um dos cômodos da casa (um estúdio de TV muito bem aparelhado, vigiado por
câmeras sem interrupção) do Big Brother Brasil receberá, inclusive, o instigante título de
confessionário (figura 4). Esse cômodo é assim denominado apenas nos países com forte
tradição católica, nos demais, será o diary room, a sala do diário (KILPP, 2008, p. 59), na
qual os participantes do reality fazem balanços diários dos acontecimentos vividos durante o
isolamento do mundo exterior ao qual são submetidos durante alguns meses. Os brothers
confinados dentro desse tecnológico estúdio de televisão efetivamente habitam o mundo
mediático, simultaneamente privado e público, particular e exclusivo por um lado, totalmente
exposto e dado à invasão pelo olhar voyeurístico por outro. Afinal, tudo o que ali se passa
pode ser observado por aqueles que assistem ao reality.
Figura 4. Confessionário do Big Brother Brasil 12.
Fonte: Site oficial do BBB - Globo.com (2012).
O interessante é que essa exposição exaustiva da própria imagem é fortemente
desejada por cada brother. As seleções para participar do Big Brother no mundo todo contam
com milhares de concorrentes, podem até ser comparadas à disputa de todo o planeta por um
dos cinco bilhetes dourados para participar da turnê pela fantástica fábrica de chocolate
descrita por Ronald Dahl (1964).
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Nos tempos atuais, os meios de comunicação potencializam a capacidade humana
de vigilância e proporcionam a cultura da delação, observável na comunicação atual. No
reality show, a votação do público quanto à permanência ou não dos participantes em
determinado programa revela os mecanismos dessa cultura, na qual a delação não deve ser
entendida necessariamente como a denúncia ou a acusação passíveis de punição física que
aterrorizaram nossos antepassados. Afinal, o que mais assusta não é a delação em si, mas a
invisibilidade, a escuridão. Para evitar não ser visto, é viável correr o risco da delação até
porque, em inúmeras circunstâncias, ela é proposta como algo muito natural, educativa e até
mesmo lúdica.
Na perspectiva individual, os holofotes mediáticos retiram o ser das sombras e
conferem-lhe a oportunidade de sentir-se como um pop star, ainda que por alguns segundos.
Então, a existência plenamente vivida é alterada para “Apareço, logo existo”, uma forma de
ver, sentir e pensar a realidade que valoriza a máxima exposição. Nesse jogo de luz e sombra,
a cultura da delação sem dúvida é elemento fundamental: aquele que se torna visível corre o
risco de ser delatado, assim como aquele que almeja se tornar visível procurará delatar o
outro para garantir a própria visibilidade. É a competição pela notoriedade. Exemplo maior
de tal dinâmica, apresentada como elemento lúdico, está no Big Brother, programa cujo
público elimina um ou mais participantes a cada semana. O integrante que conquistar a
simpatia do público terá ampliada a sua chance de chegar à grande final e obter o prêmio.
Na lógica desse jogo, cada participante procurará levar os demais à “escuridão”
através da vigilância ininterrupta de palavras e atos. As incongruências serão delatadas ao
público no confessionário, que simula o divã do analista (quando os participantes delatam
alguém ou justificam suas próprias atitudes) e dá espaço à conversa face a face com o
telespectador (o posicionamento da câmera favorece a sensação de intimidade entre o
competidor e o público). No confessionário, a declaração de pequenos segredos, pequenos
pecados, sentimentos e pensamentos a respeito de outros participantes cria o clima da intriga,
da bisbilhotice. É o resultado da vigilância ininterrupta de um participante em relação ao
outro que vaza para além da casa e contamina o público.
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4. Vigilâncias escópica e por rastreamento: a indexação do espaço público
Ao longo do século XX, outros regimes de vigilância surgiram e foram
sobrepostos ao modelo panóptico, compondo a complexa malha na qual visibilidade,
vigilância, identidade e indexação se mostram quase indiferenciadas. São eles: o escópico,
relativo à proliferação de “câmeras de registro e visualização de imagens, em lugares
estratégicos de ambientes abertos e fechados” (SANTAELLA, 2010, p.155), que podem
registrar a ação transgressora ou coibi-la por efeito de sua presença – tal como nos cartazes
“Sorria, você está sendo filmado”; e o digital, que opera por rastreamento das informações
inseridas nos diversos bancos de dados mediáticos e ciberculturais. Segundo Santaella (2010,
p. 157), ambos os regimes são indiciais, mas o caráter icônico do modelo escópico de
vigilância (que leva a ver) não permite a mesma velocidade de monitoramento e cruzamento
de informações do modelo digital, simbólico (que permite ver através).
Figura 5. Mapa de localização da PUC-SP no Google Maps.
Fonte: Google Maps (10 jan. 2011)
Um exemplo prático da sobreposição dos dois regimes pode ser considerado na
incrementação do Google Maps com o Google Street View: ao consultar um endereço
qualquer ou buscar uma instituição, o usuário não apenas se depara com o mapa (figura 5)
como pode acessar a vista da rua (figura 6) e “caminhar” por ela, percorrendo a imagem.
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Figura 6. Visualização da fachada da PUC-SP no Google Street View.
Fonte: Google Street View (10 jan. 2011).
A introjeção do registro escópico das ruas de 51 cidades dos Estados de São
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, no banco de dados do Google, amplificou a
visibilidade dos espaços públicos, mas não só. Apesar de não caracterizar uma coordenada
vigilância – compreendida como atenção deliberada, insistente, contínua e focada sobre algo
ou alguém –, a captura de imagens registrou (e publicizou) inúmeras pessoas em situações
bastante comprometedoras. Em razão disto, o Google lançou-se à titânica tarefa de apagar
rostos e placas de carros, além de retirar do ar imagens de conteúdo inadequado.
Figura 7. Webcam.travels.
Fonte: Google Maps (10 jan. 2011).
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Além do Google Street View, o Google Maps conta com um serviço parceiro de
exibição de imagens capturadas por webcams espalhadas por todo o país. Embora a cobertura
não seja comparável à do Street View e a exibição de imagens não seja contínua, os frames
capturados por essas câmeras reproduzem um instantâneo do local filmado há poucos
minutos (figura 7).
No espaço urbano, o anúncio da construção da Apple City, em Cupertino, Vale do
Silício, por Steve Jobs exibe a busca pela visibilidade a nível urbano:
A sede da empresa será construída, na verdade, no meio de um campus de
600 mil metros quadrados, a Cidade da Apple (ou Apple City), em
Cupertino, cidade situada no Vale do Silício. O edifício-sede da Apple terá a
forma de uma astronave circular, um gigantesco disco voador, com quatro
andares, área construída de 204 mil metros quadrados e capacidade final
para abrigar 12 mil pessoas. Hoje, trabalham na Apple de Cupertino cerca
de 3.500 pessoas, distribuídas em 60 prédios espalhados naquela cidade.
Prevista para ser concluída em 2015, a nova sede será uma espécie de
modelo de experimentação das ideias mais ousadas em matéria de
arquitetura, de edifício inteligente e de automação (SIQUEIRA, 2011)
Há previsão para que as paredes do edifício-sede da Apple sejam de vidro
curvo (SIQUEIRA, 2011), material que poderá permitir a exposição arquitetônica das
instalações da empresa e a atuação de seus funcionários. Ou seja, a corrida pela visibilidade
passa a também fazer parte da arquitetura do espaço urbano. Nesse caso, não haverá
panóptico, pois não serão as pessoas que trabalharão no edifício-sede que vigiarão Cupertino,
mas os habitantes de Cupertino que notarão tais pessoas. Elas irão se tornar visíveis à
exaustão no Vale do Silício, aliás, de forma consentida com vistas a tornar uma organização
como a Apple, já notória, ainda mais visível em todo o planeta.
Os processos de indexação sígnica de lugares e pessoas devem ser alavancados
com a popularização dos dispositivos móveis de conexão contínua e plataformas
ciberculturais de geolocalização integradas a redes sociais digitais (como é o caso do
Facebook e sua parceria com o Foursquare). As condições de vigilância por rastreamento
têm se tornado cada vez mais sutis, difusas em ambientes inteligentes que operam silenciosa
extração de dados graças à computação ubíqua e pervasiva. Nesse contexto, quase não há
onde se esconder.
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Na era da mobilidade, lugares são antes pontos de um fluxo contínuo de
vigilância e cada um deles está conectado aos outros, fornecendo “a mais
completa rendição da textura da vida cotidiana”. Todos os nossos passos são
submetidos ao escrutínio e os objetos de que fazemos uso (carros, fones,
computadores, eletricidade) tornaram-se ferramentas para a vigilância. O
movimento não é um meio para se evadir da vigilância, bem ao contrário,
tornou-se o próprio meio de vigilância (Bennet e Regan, 2004, p. 453).
Tudo isso com a facilidade jamais sonhada por Max Weber, Franz Kafka ou
George Orwell. (SANTAELLA, 2010, p. 159-160)
Mas haverá quem não queira ser visto? Bauman (1999, p. 58-59) assevera que a
participação nos bancos de dados ciberculturais é percebida como fator de inclusão,
mobilidade e distinção, razão pela qual é voluntária (e desejável).
Se antes os mecanismos de identificação feriam a privacidade do indivíduo
(moderno, romântico e introspectivo) e eram sentidos como uma verdadeira invasão, a larga
adesão às redes sociais digitais parece testemunhar, na modernidade tardia, o arrefecimento
do sentimento de “eu” em perfis e avatares publicizados nas instâncias midiáticas da
visibilidade ciberespacial (DAL BELLO, 2010).
5. Vigilância sinóptica e naturalização do desejo de autoexposição
Por fim, Bauman (1999) chama a atenção para o modelo de vigilância sinóptica
que, diferentemente do modelo panóptico (em que poucos observavam muitos), induz muitos
a vigiarem poucos. Relativo à sociedade do espetáculo e aos meios de comunicação de massa,
sobretudo à TV, este regime seria responsável pela instituição do desejo de ser visto, estar na
mídia, participar do universo de notáveis estrelas planetárias.
Os poucos que são observados são as celebridades. Podem ser do mundo da
política, do esporte, da ciência, do espetáculo ou apenas especialistas em
informação famosos. De onde quer que venham, no entanto, todas as
celebridades exibidas colocam em exibição o mundo das celebridades – um
mundo cuja principal característica é precisamente a condição de ser
observado. (BAUMAN, 1999, p. 61)
Diversos programas de auditório, no lastro de Gongo Show, exploram este desejo
para constituir suas atrações, que podem ser assim sintetizadas: exposição (e, por vezes,
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ridicularização) de pessoas comuns, pretensiosamente talentosas. Ídolos, versão brasileira do
reality britânico Idols, apenas requenta o velho desejo de ser famoso. No Brasil, ele evoca
antigos programas de calouros que faziam do erro, da falha e da falta de talento do candidato
as grandes vedetes do show.
Em Ídolos, há uma repaginação do Programa do Sílvio Santos e do Programa do
Chacrinha. Do primeiro, herda a postura dos jurados: os candidatos não são celebridades, os
jurados é que assumem esse papel. Estilosos, paparicados e endeusados, os jurados ofuscam
os ídolos propriamente ditos (que poderão até ganhar essa ou aquela versão do programa, mas
não permanecerão muito tempo em destaque na indústria fonográfica, retornando em breve à
“escuridão”). Já do segundo, vem a valorização do ridículo, engraçado e jocoso: quanto mais
esquisitos, estranhos e capazes de arrancar risos da plateia forem os candidatos, mais altos
serão os índices de audiência e, consequentemente, suas chances de permanecer no páreo.
É possível que seja por essa interpretação local que Idols faça um sucesso
estrondoso no mundo todo, trata-se da terceira franquia mais rentável da Fremantle Media,
produtora especializada em licenciamento de programas de TV. A exceção é o Brasil. De
alguma forma, a vigilância é amenizada e fórmulas passadas voltam à memória. Para fazer
sucesso, o gênero reality show precisa centrar fogo na relação entre visibilidade, vigilância e
delação. Esse é o caso de Troca de Família, versão brasileira de Trading Spouses da emissora
americana Fox em que:
Durante uma semana, duas mulheres, mães de família, com estilos
de vida bem diferentes, irão trocar de lugar e viver a vida uma da
outra. Nesse período, uma substituirá a outra junto à família e
morará na casa dela, com o marido e os filhos dela, viverá a rotina
e o cotidiano de outra mulher com hábitos, atitudes e crenças
diversos dos seus. Ao mesmo tempo, junto à sua família, na sua
casa, com seu marido e seus filhos, estará uma completa estranha
desempenhando as suas funções. (ROCHA, 2009, p. 9)
O público irá observar o cotidiano de duas mulheres, assim como as suas
respectivas famílias, quando colocadas em locais que lhes são totalmente estranhos. Assim,
também serão observáveis as reações (surpresa, rejeição, admiração) possíveis nesse
contexto. Nesta configuração plena de sinóptico, exibem-se os bastidores da família
brasileira. O público é seduzido pela possibilidade de encontrar tanto o estranho quanto o
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familiar entre as quatro paredes alheias, escancaradas à visitação sinóptica e lúdica, podendo,
inclusive, reconhecer o que se passa na sua própria casa (efeito de espelhamento de si próprio
na alteridade).
Em comparação com o panóptico, cuja vigilância, de caráter local, deveria coibir
qualquer movimentação autônoma (indisciplinada, desordenada), o regime sinóptico é global.
[...] o ato de vigiar desprende os vigilantes de sua localidade [...]. Onde quer
que estejam e onde quer que vão, eles podem ligar-se – e se ligam – na rede
extraterritorial que faz muitos vigiarem poucos. O Panóptico forçava as
pessoas à posição em que podiam ser vigiadas. O Sinóptico não precisa de
coerção – ele seduz as pessoas à vigilância. (BAUMAN, 1999, p. 60)
Talvez resida aí, na prolongada promoção deste regime, a naturalização do desejo
pela autoexposição, transportando a relação visibilidade-vigilância da dimensão do controle
para a dimensão do entretenimento (conforme Bruno, 2008, apud SANTAELLA, 2010, p.
171), do que reality shows e plataformas de publicização de fotos e vídeos caseiros dão
testemunho. A explosão demográfica das redes sociais digitais, que possibilitam a
manifestação subjetiva e a promoção do “eu” para uma audiência cativa, formada por amigos
ou seguidores, assinala o quanto tais plataformas parecem corresponder à necessidade de ser
reconhecidamente alguém, democratizando o acesso à realização do sonho de ser star em um
star system particular. Por confundir-se tão intimamente com o imaginário do espetáculo, a
visibilidade facultada pelos meios de comunicação torna-se imprescindível e desejável –
ainda que traga consigo, pois lhe é intrínseca, a faceta da vigilância.
Referências
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http://info.abril.com.br/noticias/internet/governo-obama-quer-grampear-redes-sociais-27092010-37.shl. Acesso
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2008.
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2003.
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de relacionamento e projeção subjetiva. In: Simpósio Nacional de Cibercultura, 4., 2010. Rio de Janeiro:
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http://www.abciber2010.pontaodaeco.org/sites/default/files/ARTIGOS/ 1_REDES_SOCIAIS/C%C3%ADntia
%20Dal%20Bello_REDESSOCIAIS.pdf.
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Disponível em: http://www.nytimes.com/interactive/2010/05/12/business/facebook -privacy.html?
ref=personaltech. Acesso em 18 set. 2010.
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Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. E-Compós, Brasília, v.12, n.3, set./dez. 2009.
Disponível em: http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/view/387/380.
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Comunicação e Semiótica) – Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009.
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culturais. 18 dez. 2010. Operamundi. Disponível em:
http://operamundi.uol.com.br/noticias/MAPA+DO+FACEBOOK+MOSTRA+RELACIONAMENTOS+GLOB
AIS+MARCADOS+POR+FRONTEIRAS+POLITICAS+E+CULTURAIS_8315.shtml. Acesso em 20 dez.
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TRIVINHO, Eugênio. A dromocracia cibercultural: lógica da vida humana na civilização mediática avançada.
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Visibilidade, vigilância e desejo de autoexposição nas redes

  • 1. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 VISIBILIDADE MEDIÁTICA, VIGILÂNCIA E NATURALIZAÇÃO DO DESEJO DE AUTOEXPOSIÇÃO 1 Cíntia Dal Bello2 Debora Cristine Rocha3 Resumo: Este estudo tem por objetivo refletir sobre como a relação entre visibilidade e vigilância nos meios de comunicação contribui para a naturalização do desejo de autoexposição. Para tanto, parte das considerações de Foucault (1979) sobre a dinâmica do panopticon de Bentham e a instituição moderna do exercício do poder disciplinador pelo olhar; considera, com Santaella (2010), a sobreposição dos regimes de vigilância panóptico, escópico e por rastreamento; e propõe que a naturalização do desejo de autoexposição, tanto em plataformas ciberculturais de relacionamento quanto em reality shows, a despeito das possibilidades de indexação pelos regimes de vigilância, advém do modelo sinóptico, tributário da sociedade do espetáculo e da indústria cultural, conforme Bauman (1999). Palavras-chave: Cibercultura. Visibilidade midiática. Vigilância. Redes sociais digitais. Reality show. 1. A problemática questão da privacidade Em dezembro de 2010, Paul Butler, engenheiro de sistemas e estagiário do Facebook, divulgou em seu perfil o mapa que criou a partir do banco de dados da plataforma com o objetivo de visualizar o fluxo de amizade entre cidades e regiões, a despeito de fronteiras políticas e geográficas. Para tanto, tomou uma amostra de cerca de 10 milhões de pares de amigos, identificou a sua localização (cidade geográfica atual) e traçou linhas entre eles, de forma que os vínculos reincidentes pudessem, sobrepostos, brilhar mais sobre o 1 Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho Comunicação e Cibercultura do XXI Encontro da Compós, na Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, de 12 a 15 de junho de 2012. 2 Doutoranda em Comunicação e Semiótica pelo PEPGCOS-PUC/SP (bolsa CAPES), coordenadora, pesquisadora e docente do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Nove de Julho. É membro da ABCiber e do grupo de estudos Plurimídia: Perspectivas plurais das mídias (Uninove). E-mails: pubcintia@yahoo.com.br; cbello@uninove.br. [www.cintiadalbello.blogspot.com]. 3 Doutora em Comunicação e Semiótica pelo PEPGCOS-PUC/SP (bolsa CAPES), jornalista, coordenadora e docente do curso de Jornalismo da Universidade Nove de Julho. É membro do Grupo de Pesquisa Espacc (Espaço-Visualidade/Comunicação-Cultura). E-mail: deborarocha111@yahoo.com.br. www.compos.org.br 1
  • 2. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 fundo escuro4 . Após o processamento, o mapa das relações humanas estabelecidas via Facebook evidenciou continentes e algumas fronteiras internacionais (figura 1), além da força das conexões locais em comparação aos fluxos globais de comunicação. Figura 1. Mapeamento das relações humanas via Facebook Fonte: Butler (2010). Embora não possa ser tomado como representativo das condições de acesso à internet – China e Rússia, por exemplo, praticamente não “aparecem” no mapa, o que se deve à baixa penetração do Facebook nesses países (conforme mapa de Vicenzo Cosenza 5 , figura 2) e não à inexistência de infraestrutura tecnológica –, o mapeamento de Butler é revelador do poder de alcance desta rede social no mundo, bem como de sua capacidade de rastreamento e indexação a partir dos dados alimentados cotidianamente por seus mais de 600 milhões de usuários. 4 Veja o texto na íntegra no perfil de Butler, disponível em http://www.facebook.com/notes/facebook- engineering/visualizing-friendships/469716398919. 5 Disponível em http://www.vincos.it/2011/06/13/la-mappa-dei-social-network-nel-mondo-giugno-2011/. Acesso em 29 jun. 2011. www.compos.org.br 2
  • 3. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 Figura 2. Mapa das redes sociais digitais. Fonte: Cosenza (jun. 2011). Henrique Antoun (apud ROMANELLI, 2010) acredita, inclusive, que a rede presta-se a extrair informações a serviço dos Departamentos de Estado e Defesa dos Estados Unidos, onde está sediada. Afinal, o potencial deste dinâmico banco de dados não passou despercebido às autoridades de segurança dos Estados Unidos, que têm estudado a proposição de “novas leis e formas de controlar as mensagens que os usuários trocam pela web”. A campanha contra o terrorismo, a grande obscuridade do século XXI, exige que se contemple “a necessidade de equilibrar a segurança nacional e a privacidade dos usuários” (AGUIARI, 2010). A questão da privacidade, aliás, tem se imposto em meio ao discurso mediático de que é preciso tornar o mundo “mais aberto” e “conectado” – e seu nível de complexidade parece aumentar conforme surgem novas possibilidades de exploração comercial dos dados depositados nas plataformas (DAL BELLO, 2010). Entretanto, a despeito das preocupações que cercam o debate, mais e mais pessoas têm aderido às redes sociais digitais, compartilhando dados particulares cotidianamente – o que reforça a constatação de Sibilia (2008) de que está em curso um movimento generalizado de evasão de privacidade ou, conforme Bauman (2008), de conformação de uma sociedade confessional, cuja lógica afeta todos os meios de comunicação, além de recuperar e fortalecer a oralidade e a visualidade, presentes de forma clara ou velada na estrutura de funcionamento desses meios. Neste novo contexto cultural, a autoexposição nos meios de comunicação é vista, sentida e buscada com ansiedade – visibilidade e subjetividade jazem intrínsecas, validando o www.compos.org.br 3
  • 4. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 trocadilho “Apareço, logo existo” ou inaugurando a era do “apareSer” 6 . Ou seja: só existe aquele que alcança a dimensão mediática (quer seja massivamente, nas telas da TV ou nas capas de revista, quer seja na exposição digital das redes) e é visto/reconhecido pelo outro, tomando-lhe a percepção e a atenção. O preço inconteste da desejada visibilidade, entretanto, é a possibilidade de ficar à mercê da vigilância alheia. Diante desse fenômeno, esse artigo propõe uma reflexão sobre o processo de naturalização do desejo de autoexposição nos ambientes mediáticos e ciberculturais. Para tanto, pontua a relação entre visibilidade e vigilância nos meios de comunicação, a partir das considerações de Foucault (1979, p. 209-227), Bauman (1999, p. 56-62) e Santaella (2010, p. 153-181), localizando-a tanto nas plataformas ciberculturais de relacionamento e projeção subjetiva quanto no gênero televisivo reality show. 2. Transparência panóptica e cultura da delação nas redes sociais digitais O modelo estrutural do panopticon de Benthan propõe o exercício do poder pelo olhar, ou seja, pela instituição da visibilidade e da transparência como estratégia de submissão e dissuasão. Aplicável a internatos, hospitais, fábricas, prisões e escolas, o panóptico correspondeu à premente necessidade de controle de poucos sobre muitos na incessante inflação das cidades, ao cabo das Revoluções Francesa e Industrial, além de materializar, na prática, a esfera da opinião pública como instância preventiva. Para Foucault (1979, p. 216-217), “o simples fato de que as coisas são sabidas e de que as pessoas serão vistas por um tipo de olhar imediato, coletivo e anônimo” parece suficiente para inibir o outro de agir mal. Para tanto, não deve haver espaços escuros, ou seja, lugares nos quais seja possível o anonimato. 6 O termo “apareSer” é depositário da reflexão sobre construção, projeção e promoção de identidades em ambientes ciberculturais de alta visibilidade, objeto de estudo sobre o qual Cíntia Dal Bello debruçou-se de 2007 a 2009, considerando a porosidade das subjetividades trespassadas pelos fluxos informacionais (COUCHOT, 2003; MACHADO, 2007) e as inúmeras tensões constantes na dinâmica relacional com a alteridade nas redes sociais digitais. No contexto dos novos processos de subjetivação na conjunção entre aceleração, excesso e produção de simulacros característicos da visibilidade cibercultural (BAUDRILLARD, 1991; TRIVINHO, 2007), o neologismo foi proposto para cumprir a árdua tarefa de desfazer a dicotomia aparência-essência e descrever, se não a natureza mesma, híbrida e complexa, do ser/estar na transparente intermitência entre a dimensão dos lugares e a dimensão comunicacional das redes (TRIVINHO, 2007), ao menos a lógica reinante, coercitiva na medida em que sujeita a todos: para ser, ser reconhecidamente alguém, é imprescindível aparecer, estar na mídia. www.compos.org.br 4
  • 5. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 Um medo assombrou a segunda metade do século XVIII: o espaço escuro, o anteparo de escuridão que impede a total visibilidade das coisas, das pessoas, das verdades. Dissolver os fragmentos de noite que se opõem à luz, fazer com que não haja mais espaço escuro na sociedade, demolir estas câmaras escuras onde se fomentam o arbitrário político, os caprichos da monarquia, as superstições religiosas, os complôs dos tiranos e dos padres, as ilusões da ignorância, as epidemias. (FOUCAULT, 1979, p. 216) A fórmula disciplinar moderna, ao conjugar visibilidade e vigilância, esconjura a privacidade (rincão de obscuridade e articulação de interesses particulares) e sonha com uma sociedade transparente em que cada um, tendo interiorizado o olhar do vigia, pudesse exercer uma vigilância contínua sobre e contra si mesmo. Sua estratégia central [...] era fazer os súditos acreditarem que em nenhum momento poderiam se esconder do olhar onipresente de seus superiores, de modo que nenhum desvio de comportamento, por mais secreto, poderia ficar sem punição. No seu “tipo ideal”, o Panóptico não permitiria qualquer espaço privado; pelo menos nenhum espaço privado opaco, nenhum sem supervisão ou, pior ainda, não passível de supervisão. (BAUMAN, 1999, p. 56) Embora a crescente complexização da sociedade tenha tornado o modelo panóptico insuficiente para o exercício da vigilância contínua, ele ainda vigora em instituições circunscritas, ambientes fechados que zelam pelo aspecto disciplinar e uniformizador dos comportamentos (SANTAELLA, 2010, p. 155). Por ter sido concebido para a manutenção da rotina e da ordem em locais físicos fechados e populosos, cujos integrantes não estão ali presentes necessariamente por livre e espontânea vontade (BAUMAN, 1999, p. 58-59), sua transposição para a leitura da dinâmica visibilidade- vigilância nos meios de comunicação apresenta uma série de limitações. Entretanto, pode-se dizer que as plataformas de relacionamento e projeção subjetiva, em sua necessidade de controle sobre o conteúdo publicado por seus usuários, aproximam-se da ideologia disciplinar quando conferem a seus membros a possibilidade de denunciar comportamentos inadequados. Se, do ponto de vista da arquitetura, o modelo de vigilância centralizadora e omnividente do panóptico não pode ser imediatamente aplicável à nuvem difusa de informações que trafegam pelas redes, a frase “cada camarada torna-se um vigia” nunca foi tão atual, bastando adaptar “camarada” para “amigo” ou “seguidor”, www.compos.org.br 5
  • 6. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 denominações comuns nas redes sociais digitais para designar aqueles que configuram a audiência particular de cada usuário. A naturalização da cultura da delação pode ser observada, também, no Club Penguin, rede social da Disney em que as crianças interagem entre si por meio de avatares. No metaverso, cada “pinguim” tem seu iglu e pode percorrer vários ambientes participando de jogos, festas e outras atividades. Acessórios para o avatar só podem ser comprados por usuários assinantes, embora todos os “pinguins” recebam moedas como remuneração pelo desempenho nos jogos disponíveis. No âmbito da preocupação com a segurança dos participantes, está a estratégia de convidar os próprios “pinguins”, assinantes ou não, a trabalharem como “espiões” – sendo a principal tarefa “reportar” os mal-educados. No QG, cujo acesso só é permitido aos espiões, observa-se a proliferação de monitores, como se houvesse uma rede de câmeras filmando cada “lugar” do metaverso (figura 3), simulando ampla cobertura escópica, cujo caráter tecnológico é, sem dúvida, mais sofisticado. Entretanto, a atuação dos pinguins-espiões inscreve-se na matriz da vigilância panóptica, pois depende do que cada um testemunha por si. Figura 3. QG do Club Penguin. Fonte: Club Penguin (jan. 2011). www.compos.org.br 6
  • 7. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 A questão da segurança não apenas justifica a naturalização da cultura da delação como inteligente recurso contra abusos de várias espécies (inclusive pedofilia e pornografia infantil) como reforça o discurso mediático de desvalorização da privacidade, em ressonância com as constatações da academia. Sua crescente obsolescência aproxima-se do sonho revolucionário que ansiava por uma sociedade transparente, em que tudo pudesse estar à vista, à luz – embora hoje, o caráter da transformação em curso seja transpolítico e obedeça à lógica do capitalismo tardio. Nesse sentido, outra leitura pode ser feita dos mapas apresentados na introdução deste artigo: na figura 1, países que não integram o Facebook “apagaram-se” na opacidade do fundo, resguardando da visibilidade global seus fluxos de “amizade” ao utilizar redes sociais locais; e, na figura 2, países que não fazem uso substancial de redes sociais digitais comparecem “descoloridos”, invisíveis – recortados do mapa-mundi quase como se não existissem. Ou seja, aqueles (países, organizações ou pessoas) que não dominam os palcos mediáticos de performance coletiva estão destinados à escuridão ou à invisibilidade – onde também podem atuar política e culturalmente, como é o caso do hackitivismo do coletivo anárquico denonimado Anonymous. 3. Confissão, delação e disputa por visibilidade: a dinâmica dos reality shows Em tempos ciberculturais, os meios de comunicação comportam-se como espaços mediáticos nos quais a confissão pública torna-se rotineira e desejável. Nada mais natural, portanto, do que a reconfiguração dos meios diante dessa nova realidade com a criação, inclusive, de novos gêneros e formatos. É o caso do reality show na TV, novo gênero televisivo que se apresenta como o grande observatório da vida cotidiana, privada e alheia. Na vinheta brasileira do reality show de maior audiência do mundo todo, o Big Brother, um olho estilizado guia o olhar do público através do buraco da fechadura com a promessa de exibir a vida como ela é. Ou seja, devassar a intimidade, a privacidade do outro. Atrás da fechadura está um programa polêmico e alvo de muitas críticas, dada a sua capacidade de preencher a telinha com a disputa pela visibilidade. O Big Brother assume sem www.compos.org.br 7
  • 8. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 culpa a capacidade dos meios de comunicação de exibirem a confissão do cidadão comum ao vivo e em rede nacional. Um dos cômodos da casa (um estúdio de TV muito bem aparelhado, vigiado por câmeras sem interrupção) do Big Brother Brasil receberá, inclusive, o instigante título de confessionário (figura 4). Esse cômodo é assim denominado apenas nos países com forte tradição católica, nos demais, será o diary room, a sala do diário (KILPP, 2008, p. 59), na qual os participantes do reality fazem balanços diários dos acontecimentos vividos durante o isolamento do mundo exterior ao qual são submetidos durante alguns meses. Os brothers confinados dentro desse tecnológico estúdio de televisão efetivamente habitam o mundo mediático, simultaneamente privado e público, particular e exclusivo por um lado, totalmente exposto e dado à invasão pelo olhar voyeurístico por outro. Afinal, tudo o que ali se passa pode ser observado por aqueles que assistem ao reality. Figura 4. Confessionário do Big Brother Brasil 12. Fonte: Site oficial do BBB - Globo.com (2012). O interessante é que essa exposição exaustiva da própria imagem é fortemente desejada por cada brother. As seleções para participar do Big Brother no mundo todo contam com milhares de concorrentes, podem até ser comparadas à disputa de todo o planeta por um dos cinco bilhetes dourados para participar da turnê pela fantástica fábrica de chocolate descrita por Ronald Dahl (1964). www.compos.org.br 8
  • 9. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 Nos tempos atuais, os meios de comunicação potencializam a capacidade humana de vigilância e proporcionam a cultura da delação, observável na comunicação atual. No reality show, a votação do público quanto à permanência ou não dos participantes em determinado programa revela os mecanismos dessa cultura, na qual a delação não deve ser entendida necessariamente como a denúncia ou a acusação passíveis de punição física que aterrorizaram nossos antepassados. Afinal, o que mais assusta não é a delação em si, mas a invisibilidade, a escuridão. Para evitar não ser visto, é viável correr o risco da delação até porque, em inúmeras circunstâncias, ela é proposta como algo muito natural, educativa e até mesmo lúdica. Na perspectiva individual, os holofotes mediáticos retiram o ser das sombras e conferem-lhe a oportunidade de sentir-se como um pop star, ainda que por alguns segundos. Então, a existência plenamente vivida é alterada para “Apareço, logo existo”, uma forma de ver, sentir e pensar a realidade que valoriza a máxima exposição. Nesse jogo de luz e sombra, a cultura da delação sem dúvida é elemento fundamental: aquele que se torna visível corre o risco de ser delatado, assim como aquele que almeja se tornar visível procurará delatar o outro para garantir a própria visibilidade. É a competição pela notoriedade. Exemplo maior de tal dinâmica, apresentada como elemento lúdico, está no Big Brother, programa cujo público elimina um ou mais participantes a cada semana. O integrante que conquistar a simpatia do público terá ampliada a sua chance de chegar à grande final e obter o prêmio. Na lógica desse jogo, cada participante procurará levar os demais à “escuridão” através da vigilância ininterrupta de palavras e atos. As incongruências serão delatadas ao público no confessionário, que simula o divã do analista (quando os participantes delatam alguém ou justificam suas próprias atitudes) e dá espaço à conversa face a face com o telespectador (o posicionamento da câmera favorece a sensação de intimidade entre o competidor e o público). No confessionário, a declaração de pequenos segredos, pequenos pecados, sentimentos e pensamentos a respeito de outros participantes cria o clima da intriga, da bisbilhotice. É o resultado da vigilância ininterrupta de um participante em relação ao outro que vaza para além da casa e contamina o público. www.compos.org.br 9
  • 10. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 4. Vigilâncias escópica e por rastreamento: a indexação do espaço público Ao longo do século XX, outros regimes de vigilância surgiram e foram sobrepostos ao modelo panóptico, compondo a complexa malha na qual visibilidade, vigilância, identidade e indexação se mostram quase indiferenciadas. São eles: o escópico, relativo à proliferação de “câmeras de registro e visualização de imagens, em lugares estratégicos de ambientes abertos e fechados” (SANTAELLA, 2010, p.155), que podem registrar a ação transgressora ou coibi-la por efeito de sua presença – tal como nos cartazes “Sorria, você está sendo filmado”; e o digital, que opera por rastreamento das informações inseridas nos diversos bancos de dados mediáticos e ciberculturais. Segundo Santaella (2010, p. 157), ambos os regimes são indiciais, mas o caráter icônico do modelo escópico de vigilância (que leva a ver) não permite a mesma velocidade de monitoramento e cruzamento de informações do modelo digital, simbólico (que permite ver através). Figura 5. Mapa de localização da PUC-SP no Google Maps. Fonte: Google Maps (10 jan. 2011) Um exemplo prático da sobreposição dos dois regimes pode ser considerado na incrementação do Google Maps com o Google Street View: ao consultar um endereço qualquer ou buscar uma instituição, o usuário não apenas se depara com o mapa (figura 5) como pode acessar a vista da rua (figura 6) e “caminhar” por ela, percorrendo a imagem. www.compos.org.br 10
  • 11. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 Figura 6. Visualização da fachada da PUC-SP no Google Street View. Fonte: Google Street View (10 jan. 2011). A introjeção do registro escópico das ruas de 51 cidades dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, no banco de dados do Google, amplificou a visibilidade dos espaços públicos, mas não só. Apesar de não caracterizar uma coordenada vigilância – compreendida como atenção deliberada, insistente, contínua e focada sobre algo ou alguém –, a captura de imagens registrou (e publicizou) inúmeras pessoas em situações bastante comprometedoras. Em razão disto, o Google lançou-se à titânica tarefa de apagar rostos e placas de carros, além de retirar do ar imagens de conteúdo inadequado. Figura 7. Webcam.travels. Fonte: Google Maps (10 jan. 2011). www.compos.org.br 11
  • 12. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 Além do Google Street View, o Google Maps conta com um serviço parceiro de exibição de imagens capturadas por webcams espalhadas por todo o país. Embora a cobertura não seja comparável à do Street View e a exibição de imagens não seja contínua, os frames capturados por essas câmeras reproduzem um instantâneo do local filmado há poucos minutos (figura 7). No espaço urbano, o anúncio da construção da Apple City, em Cupertino, Vale do Silício, por Steve Jobs exibe a busca pela visibilidade a nível urbano: A sede da empresa será construída, na verdade, no meio de um campus de 600 mil metros quadrados, a Cidade da Apple (ou Apple City), em Cupertino, cidade situada no Vale do Silício. O edifício-sede da Apple terá a forma de uma astronave circular, um gigantesco disco voador, com quatro andares, área construída de 204 mil metros quadrados e capacidade final para abrigar 12 mil pessoas. Hoje, trabalham na Apple de Cupertino cerca de 3.500 pessoas, distribuídas em 60 prédios espalhados naquela cidade. Prevista para ser concluída em 2015, a nova sede será uma espécie de modelo de experimentação das ideias mais ousadas em matéria de arquitetura, de edifício inteligente e de automação (SIQUEIRA, 2011) Há previsão para que as paredes do edifício-sede da Apple sejam de vidro curvo (SIQUEIRA, 2011), material que poderá permitir a exposição arquitetônica das instalações da empresa e a atuação de seus funcionários. Ou seja, a corrida pela visibilidade passa a também fazer parte da arquitetura do espaço urbano. Nesse caso, não haverá panóptico, pois não serão as pessoas que trabalharão no edifício-sede que vigiarão Cupertino, mas os habitantes de Cupertino que notarão tais pessoas. Elas irão se tornar visíveis à exaustão no Vale do Silício, aliás, de forma consentida com vistas a tornar uma organização como a Apple, já notória, ainda mais visível em todo o planeta. Os processos de indexação sígnica de lugares e pessoas devem ser alavancados com a popularização dos dispositivos móveis de conexão contínua e plataformas ciberculturais de geolocalização integradas a redes sociais digitais (como é o caso do Facebook e sua parceria com o Foursquare). As condições de vigilância por rastreamento têm se tornado cada vez mais sutis, difusas em ambientes inteligentes que operam silenciosa extração de dados graças à computação ubíqua e pervasiva. Nesse contexto, quase não há onde se esconder. www.compos.org.br 12
  • 13. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 Na era da mobilidade, lugares são antes pontos de um fluxo contínuo de vigilância e cada um deles está conectado aos outros, fornecendo “a mais completa rendição da textura da vida cotidiana”. Todos os nossos passos são submetidos ao escrutínio e os objetos de que fazemos uso (carros, fones, computadores, eletricidade) tornaram-se ferramentas para a vigilância. O movimento não é um meio para se evadir da vigilância, bem ao contrário, tornou-se o próprio meio de vigilância (Bennet e Regan, 2004, p. 453). Tudo isso com a facilidade jamais sonhada por Max Weber, Franz Kafka ou George Orwell. (SANTAELLA, 2010, p. 159-160) Mas haverá quem não queira ser visto? Bauman (1999, p. 58-59) assevera que a participação nos bancos de dados ciberculturais é percebida como fator de inclusão, mobilidade e distinção, razão pela qual é voluntária (e desejável). Se antes os mecanismos de identificação feriam a privacidade do indivíduo (moderno, romântico e introspectivo) e eram sentidos como uma verdadeira invasão, a larga adesão às redes sociais digitais parece testemunhar, na modernidade tardia, o arrefecimento do sentimento de “eu” em perfis e avatares publicizados nas instâncias midiáticas da visibilidade ciberespacial (DAL BELLO, 2010). 5. Vigilância sinóptica e naturalização do desejo de autoexposição Por fim, Bauman (1999) chama a atenção para o modelo de vigilância sinóptica que, diferentemente do modelo panóptico (em que poucos observavam muitos), induz muitos a vigiarem poucos. Relativo à sociedade do espetáculo e aos meios de comunicação de massa, sobretudo à TV, este regime seria responsável pela instituição do desejo de ser visto, estar na mídia, participar do universo de notáveis estrelas planetárias. Os poucos que são observados são as celebridades. Podem ser do mundo da política, do esporte, da ciência, do espetáculo ou apenas especialistas em informação famosos. De onde quer que venham, no entanto, todas as celebridades exibidas colocam em exibição o mundo das celebridades – um mundo cuja principal característica é precisamente a condição de ser observado. (BAUMAN, 1999, p. 61) Diversos programas de auditório, no lastro de Gongo Show, exploram este desejo para constituir suas atrações, que podem ser assim sintetizadas: exposição (e, por vezes, www.compos.org.br 13
  • 14. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 ridicularização) de pessoas comuns, pretensiosamente talentosas. Ídolos, versão brasileira do reality britânico Idols, apenas requenta o velho desejo de ser famoso. No Brasil, ele evoca antigos programas de calouros que faziam do erro, da falha e da falta de talento do candidato as grandes vedetes do show. Em Ídolos, há uma repaginação do Programa do Sílvio Santos e do Programa do Chacrinha. Do primeiro, herda a postura dos jurados: os candidatos não são celebridades, os jurados é que assumem esse papel. Estilosos, paparicados e endeusados, os jurados ofuscam os ídolos propriamente ditos (que poderão até ganhar essa ou aquela versão do programa, mas não permanecerão muito tempo em destaque na indústria fonográfica, retornando em breve à “escuridão”). Já do segundo, vem a valorização do ridículo, engraçado e jocoso: quanto mais esquisitos, estranhos e capazes de arrancar risos da plateia forem os candidatos, mais altos serão os índices de audiência e, consequentemente, suas chances de permanecer no páreo. É possível que seja por essa interpretação local que Idols faça um sucesso estrondoso no mundo todo, trata-se da terceira franquia mais rentável da Fremantle Media, produtora especializada em licenciamento de programas de TV. A exceção é o Brasil. De alguma forma, a vigilância é amenizada e fórmulas passadas voltam à memória. Para fazer sucesso, o gênero reality show precisa centrar fogo na relação entre visibilidade, vigilância e delação. Esse é o caso de Troca de Família, versão brasileira de Trading Spouses da emissora americana Fox em que: Durante uma semana, duas mulheres, mães de família, com estilos de vida bem diferentes, irão trocar de lugar e viver a vida uma da outra. Nesse período, uma substituirá a outra junto à família e morará na casa dela, com o marido e os filhos dela, viverá a rotina e o cotidiano de outra mulher com hábitos, atitudes e crenças diversos dos seus. Ao mesmo tempo, junto à sua família, na sua casa, com seu marido e seus filhos, estará uma completa estranha desempenhando as suas funções. (ROCHA, 2009, p. 9) O público irá observar o cotidiano de duas mulheres, assim como as suas respectivas famílias, quando colocadas em locais que lhes são totalmente estranhos. Assim, também serão observáveis as reações (surpresa, rejeição, admiração) possíveis nesse contexto. Nesta configuração plena de sinóptico, exibem-se os bastidores da família brasileira. O público é seduzido pela possibilidade de encontrar tanto o estranho quanto o www.compos.org.br 14
  • 15. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 familiar entre as quatro paredes alheias, escancaradas à visitação sinóptica e lúdica, podendo, inclusive, reconhecer o que se passa na sua própria casa (efeito de espelhamento de si próprio na alteridade). Em comparação com o panóptico, cuja vigilância, de caráter local, deveria coibir qualquer movimentação autônoma (indisciplinada, desordenada), o regime sinóptico é global. [...] o ato de vigiar desprende os vigilantes de sua localidade [...]. Onde quer que estejam e onde quer que vão, eles podem ligar-se – e se ligam – na rede extraterritorial que faz muitos vigiarem poucos. O Panóptico forçava as pessoas à posição em que podiam ser vigiadas. O Sinóptico não precisa de coerção – ele seduz as pessoas à vigilância. (BAUMAN, 1999, p. 60) Talvez resida aí, na prolongada promoção deste regime, a naturalização do desejo pela autoexposição, transportando a relação visibilidade-vigilância da dimensão do controle para a dimensão do entretenimento (conforme Bruno, 2008, apud SANTAELLA, 2010, p. 171), do que reality shows e plataformas de publicização de fotos e vídeos caseiros dão testemunho. A explosão demográfica das redes sociais digitais, que possibilitam a manifestação subjetiva e a promoção do “eu” para uma audiência cativa, formada por amigos ou seguidores, assinala o quanto tais plataformas parecem corresponder à necessidade de ser reconhecidamente alguém, democratizando o acesso à realização do sonho de ser star em um star system particular. Por confundir-se tão intimamente com o imaginário do espetáculo, a visibilidade facultada pelos meios de comunicação torna-se imprescindível e desejável – ainda que traga consigo, pois lhe é intrínseca, a faceta da vigilância. Referências AGUIARI, Vinícius. Governo Obama quer grampear redes sociais. 27 set. 2010. Portal Exame. Disponível em: http://info.abril.com.br/noticias/internet/governo-obama-quer-grampear-redes-sociais-27092010-37.shl. Acesso em 29 set. 2010. BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. São Paulo: Relógio D´Água, 1991. BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1999. ________. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. www.compos.org.br 15
  • 16. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 BUTLER, Paul. Visualizing friendships. 13 dez. 2010. Facebook. Disponível em: http://www.facebook.com/notes/facebook-engineering/visualizing-friendships/469716398919. Acesso em 20 dez. 2010. COUSENZA, Vincent. World map of social networks – jun. 2011. Disponível em http://www.vincos.it/2011/06/13/la-mappa-dei-social-network-nel-mondo-giugno-2011/. Acesso em 29 jun. 2011. COUCHOT, Edmond. A tecnologia na arte: da fotografia à realidade virtual. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2003. DAL BELLO, Cíntia. Sorria, você está sendo indexado! A questão da privacidade em plataformas ciberculturais de relacionamento e projeção subjetiva. In: Simpósio Nacional de Cibercultura, 4., 2010. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura, 2010. Disponível em: http://www.abciber2010.pontaodaeco.org/sites/default/files/ARTIGOS/ 1_REDES_SOCIAIS/C%C3%ADntia %20Dal%20Bello_REDESSOCIAIS.pdf. FACEBOOK Privacy: A Bewildering Tangle of Options – Graphic. 12 mai. 2010. The New York Time. Disponível em: http://www.nytimes.com/interactive/2010/05/12/business/facebook -privacy.html? ref=personaltech. Acesso em 18 set. 2010. FLETCHER, Dan. How Facebook is redefining privacy. Time. 20 mai. 2010. Disponível em: http://www.time.com/time/business/article/0,8599,1990582-1,00.html. Acesso em: 17 set. 2010. FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. HILL, Annette. Reality TV: audiences and popular factual television. Londres: Routledge, 2007. KILPP, Suzana. Audiovisualidades do voyeurismo televisivo: apontamentos sobre a televisão. Porto Alegre: Zouk, 2008. MACHADO, Arlindo. Sujeito na tela: modos de enunciação no cinema e no ciberespaço. São Paulo: Paulus, 2007. ROCHA, Debora Cristine. Reality TV e reality show: ficção e realidade na TV. In: Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. E-Compós, Brasília, v.12, n.3, set./dez. 2009. Disponível em: http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/view/387/380. ________. Janela indiscreta, a simulação do mundo vivido no audiovisual. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica) – Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009. ROMANELLI, Thaís. Mapa do Facebook mostra relacionamentos globais marcados por fronteiras políticas e culturais. 18 dez. 2010. Operamundi. Disponível em: http://operamundi.uol.com.br/noticias/MAPA+DO+FACEBOOK+MOSTRA+RELACIONAMENTOS+GLOB AIS+MARCADOS+POR+FRONTEIRAS+POLITICAS+E+CULTURAIS_8315.shtml. Acesso em 20 dez. 2010. SANTAELLA, Lúcia. A ecologia pluralista da comunicação: conectividade, mobilidade, ubiquidade. São Paulo: Paulus, 2010. SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. SIQUEIRA, Ethevaldo. Apple City. In: Mundo Digital, Rádio CBN, 20 jun. 2011. Disponível em: http://ethevaldo.com.br/podcast/apple-city. Acesso em 22 jun. 2011. www.compos.org.br 16
  • 17. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012 TRIVINHO, Eugênio. A dromocracia cibercultural: lógica da vida humana na civilização mediática avançada. São Paulo: Paulus, 2007. www.compos.org.br 17