1. Acordos de integração
Desde a década de 1960, foram feitos acordos de
integração na América Latina, merecendo
destaque:
• Mercado Comum Centro-Americano, de 1960
(Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e El
Salvador);
• Pacto Andino, de 1969 (Bolívia, Colômbia,
Equador e Peru
• Comunidade do Caribe, de 1973 (países do
Caribe)
Tema 3
No entanto, nos anos 1990, com o fim do mundo bipolar,
criou-se o principal bloco em atuação na região, o Mercosul.
2. Integração da América
Latina: um sonho possível?
Muitos defenderam uma política de
cooperação e solidariedade entre as nações
latino-americanas, na tentativa de impedir o
avanço e a dominação das potências
imperialistas. Um de seus principais
defensores foi SIMON BOLÍVAR.
Simon Bolívar tinha intuito de tornar a
América Latina um bloco único e fortalecido,
com políticas comuns aos diversos países.
Nunca se conseguiu estabelecer uma política
de integração completa entre os países
latino-americanos, mas diversas medidas
foram tomadas com o objetivo de realizar
algumas ações conjuntas, normalmente de
caráter econômico, político ou cultural.
Tema 3
A expressão bolivarianismo designa a
doutrina política, de origem latino-
americana, calcada nas convicções
integracionistas, socializantes e de não-
dominação, erigidas pelo general
venezuelano Simón Bolívar, quando das
lutas por ele travadas, no século XIX, em
prol da independência de alguns países
sul-americanos (que até então eram
colônias espanholas – daí a utilização, em
história, do termo “América Espanhola”).
Chama-se atualmente de bolivarianistas
os governos que questionam o
neoliberalismo e o Consenso de
Washington.O principal objetivo do consenso de Washington era expandir o
neoliberalismo nos países da América Latina. A ideia estava
baseada na modernização e no desenvolvimento social e
econômico.
3. O Mercosul – Mercado Comum do Sul – é um bloco econômico criado pelo
Tratado de Assunção, em 1991, e conta atualmente com Brasil, Argentina,
Uruguai, Paraguai. Posteriormente houve ingresso da Venezuela como país-
membro.
Entretanto, em 02 de dezembro de 2016, os países fundadores do Mercosul
(Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) anunciaram que, em decorrência do
descumprimento de normas do bloco, a Venezuela, a partir dessa data, estaria
suspensa do Mercosul
Equador, Chile, Colômbia, Peru, Bolívia participam como membros associados, ou
seja, participam das reuniões, mas não possuem poder de voto.
Tema 3
4. Lei a notícia da época que o Paraguai foi suspenso do Mercosul.
A decisão da suspensão do Mercosul ocorreu porque os
integrantes do mercado comum sul-americano consideraram a
destituição de Fernando Lugo na última semana uma ruptura da
ordem democrática. Além disso, com o Paraguai suspenso, a
Venezuela foi incorporada como membro pleno do bloco.
Tema 3
5. • O Mercosul tornou-se, a partir de 1º de
janeiro de 1995, o melhor exemplo de
uma UA latino-americana. A União
Aduaneira (UA) corresponde a uma
etapa ou modelo de integração
econômica no qual os países membros
de uma Zona de Livre Comércio adotam
uma mesma tarifa às importações
provenientes de mercados externos. À
essa tarifa dá-se o nome de Tarifa
Externa Comum (TEC).
• Os países mais importantes do bloco são
Brasil e Argentina.
Tema 3
6. O Brasil e o Mercosul
A economia brasileira representa cerca de 70% do
total do bloco.
As trocas comerciais entre os membros dos Mercosul são
intensas e representam valores consideráveis quanto às
importações e exportações dos países-membros.
No entanto, o Mercosul já desempenhou papel de maior
destaque no comércio internacional brasileiro, chegando a
representar 16% das trocas do país em 1998.
Tema 3
7. Impasses e desafios na construção do Mercosul
Para defender seus interesses econômicos muitos países membros do Mercosul adotam
medidas protecionistas, como a cobrança de impostos sobre produtos importados dos
demais países do próprio bloco econômico.
A integração entre os membros é desejada, mas nenhum país do bloco quer correr o risco
de sofrer uma crise econômica.
O Mercosul é considerado uma “união aduaneira imperfeita”. Isso porque não existe uma
zona de livre circulação de mercadorias plena entre os seus membros. Ainda que tenha
havido reduções significativas das tarifas comerciais em muitos setores, muitos produtos
uruguaios, paraguaios, argentinos e venezuelanos não estão livres de barreiras para
ingressar no Brasil – e vice-versa. Da mesma forma, há uma extensa lista de exceções para a
aplicação da Tarifa Externa Comum nas negociações com outros países. Essa “união
aduaneira imperfeita” ocorre porque as economias dos países-membros são bastante
assimétricas – o PIB do Brasil, por exemplo, é 75 vezes maior que o do Paraguai.
Tema 3
9. Aliança do Pacífico
Aliança do Pacífico é um bloco econômico nos
moldes do Mercosul formado por México,
Colômbia, Peru e Chile. O objetivo da Aliança do
Pacífico é “aprofundar a integração entre as
respetivas economias e definir ações conjuntas
para a vinculação comercial com a Ásia-
Pacífico”.
A principal intenção do acordo então, é o
estabelecimento de relações mais diretas com
áreas estratégicas do comércio internacional,
principalmente com a Ásia.
O acordo possui finalidade de diversificar os
parceiros comerciais dos Estados fundadores,
buscando reduzir a dependência econômica dos
Estados Unidos e países desenvolvidos da
Europa.
Aliança do Pacífico possui estratégia direcionada
para o comércio internacional, não restrita ao
fortalecimento dos mercados por negociações
dentro do próprio bloco como o Mercosul, que
possui um caráter protecionista.
Tema 3
10. Brasil entre os
líderes mundiais
• país mais extenso, mais
populoso e com a maior
economia da América do Sul;
• potência regional em termos
econômicos e políticos, embora
esteja marcado por grandes
desigualdades socioeconômicas;
• participação no cenário
econômico mundial e na OMC;
• envolvimento na busca de
soluções pacíficas para conflitos
internacionais em parceria com
a ONU
Tema 4
11. Protagonismo e relações
econômicas
Brasil
• sétima maior economia do mundo em termos econômicos.
• é grande exportador de produtos agrícolas e também se destaca na produção
industrial e energética.
• ampliou suas relações econômicas neste século, aumentando as trocas com países
asiáticos e africanos, além do comércio intrarregional no Mercosul.
• vem crescendo o comércio do país com a África;
• o comércio estabelecido com a Europa e com os Estados Unidos apresentou
estagnação
Tema 4
12. Brasil e a ONU
O Brasil é membro da ONU desde 1945 (a ONU possui hoje
193 países-membros.) e participa de conferências que
abordam problemas globais e propõem soluções.
Tema 4
13. Em 1992, no Rio de Janeiro, aconteceu a Conferência das Nações Unidas
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92 ou Rio-92) - Essa foi
considerada a primeira conferência mundial sobre o meio ambiente.
Teve um caráter especial em razão da presença maciça de inúmeros chefes
de Estado, demonstrando assim a importância da questão ambiental no
início dos anos 90. Foram assinados tratados internacionais com o intuito de
minimizar os efeitos da ação humana na natureza.
Foi elaborada a Agenda 21, um conjunto de ações visando ao uso racional
dos recursos naturais e ao desenvolvimento sustentável, considerando as
necessidades das futuras gerações. Muito pouco foi feito em relação aos
objetivos propostos.
Tema 4
14. Em 2012, aconteceu no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) Esse encontro teve como objetivo traçar a agenda do
desenvolvimento sustentável das próximas décadas. O documento "O futuro que queremos"
lista intenções para que se alcance no futuro uma "economia verde". Ele aponta como as
principais ameaças ao planeta a desertificação, o esgotamento dos recursos pesqueiros, a
contaminação, o desmatamento, a extinção de espécies e o aquecimento global.
Permaneceram como desafios do século XXI a erradicação da pobreza, a construção de
sociedades socialmente justas e inclusivas e a proteção dos ecossistemas do planeta.
A grande crítica que se faz ao documento é que ele não traz proposições concretas para
combater as ameaças ambientais que o mundo enfrenta.
Tema 4
15.
16. O Brasil e as missões de paz
Com a intenção de manter a paz entre as nações, a ONU envia tropas e missões a locais
de conflitos. Nos últimos anos, o exército do Brasil tem participado dessas ações.
Atualmente, o Brasil tem distribuído pelo mundo mais de 1,7 mil militares. Esse
contingente brasileiro atua em missões sob a liderança da ONU. O quantitativo é
composto por militares das três Forças Armadas, além de policiais e bombeiros, e
contribui para estabelecer a presença e estreitar o apoio do Brasil a nove nações:
Chipre, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Líbano, Libéria, Saara Ocidental, Sudão e Sudão
do Sul.
Tema 4
18. O Brasil sempre reivindicou um assento permanente no Conselho de
Segurança. Para reforçar sua reivindicação, o Exército Brasileiro
integra as forças internacionais para missões de paz da ONU desde a
década de 1960. A participação em missões desse tipo confere
prestígio à política externa do país.
Para conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança
da ONU o Brasil busca apoio político de países pobres e mantém
estreitas relações diplomáticas com potências emergentes, como a
Índia e a África do Sul, que também buscam vagas permanentes no
Conselho de Segurança.
Tema 4
19. O Brasil na OMC
• Brasil - liderança consolidada na América do Sul
• busca ampliar a importância do país no cenário mundial e para isso aproxima-
se dos países em desenvolvimento.
Em setembro de 2003, durante a reunião da OMC em Cancún, o Brasil liderou um
grupo de países que pressionou as nações ricas para impedi-las de impor às mais
pobres seus interesses comerciais nas negociações agrícolas.
Em sua atuação na OMC, o Brasil tem exigido maior abertura do mercado agrícola
de países como Estados Unidos e também da União Europeia. No entanto, tem sido
acusado de manter o fechamento de seus próprios mercados, em contradição com
seus pedidos de fim de barreiras alfandegárias aos produtos agrícolas
estadunidenses e europeus.
Segundo a OMC, o Brasil foi o país que adotou o maior número de medidas contra
produtos importados no mundo em 2013.
Tema 4
22. Participação no Brics
O BRICS é um agrupamento econômico
atualmente composto por cinco países: Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul. Não se trata
de um bloco econômico ou uma instituição
internacional, mas de um mecanismo
internacional na forma de um agrupamento
informal, ou seja, não registrado
burocraticamente com estatuto e carta de
princípios.
Atualmente, os BRICS são detentores de mais de
14% do PIB mundial, formando o grupo de
países que mais crescem no planeta. Além disso,
representam 42% da população mundial, 45% da
força de trabalho e o maior poder de consumo
do mundo. Destacam-se também pela
abundância de suas riquezas nacionais e as
condições favoráveis que atualmente
apresentam para explorá-las.
Tema 4
23. Os interesses brasileiros e o G-3
O Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul, comumente abreviado para IBAS,
também chamado de G3, é um acordo feito em 2003 entre Índia, Brasil e África do
Sul de caráter político, estratégico e econômico. Os três países desse grupo possuem
muitos interesses em comum. Entre eles, como mencionado, está o de ocupar vagas
permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
Estes três países representam as maiores democracias em cada continente (ou
subcontinente) e que juntos representam uma população de 1,25 bilhão de pessoas.
O Brasil vem realizando parcerias com a Índia nas áreas aeroespacial e nuclear, por
meio de programas de cooperação científica e tecnológica que resultam em
intercâmbio de pesquisadores e técnicos entre esses países.
24. O Brasil e os países vizinhos
Há décadas o Brasil
desenvolve políticas para
se firmar como potência
regional na América do
Sul. Ao mesmo tempo
que trava uma relação
por vezes tensa com a
Argentina, amplia as
parcerias com os países
vizinhos.
Tema 4
25. Projetos de integração viária
Em parceria com a Bolívia,
foi elaborado um projeto
para a implantação da
Ferrovia Brasil-Bolívia,
conectando o país andino
ao Porto de Santos, no
estado de São Paulo, o mais
importante porto do Brasil.
Tema 4
26. Corredor Bioceânico e outros projetos de integração
O Corredor Bioceânico é um projeto da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura
Regional Sul-Americana que conta com cerca de 4 mil quilômetros de rodovias que cortam a
América do Sul no sentido leste-oeste. Esse complexo rodoviário interliga a cidade portuária
de Santos aos portos de Arica e Iquique, no Chile.
A Bolívia ganha com esse projeto pois terá maior facilidade de transporte e acesso para o
mar. Além disso, as produções brasileiras, principalmente de soja, realizadas no Centro-
Oeste, têm acesso facilitado ao Oceano Pacífico, favorecendo as exportações para os países
asiáticos.
O corredor foi inaugurado, não oficialmente, no final de 2013, mas precisa de ajustes para ser
economicamente viável, como a revisão dos preços de frete e que sejam estabelecidas regras
de trânsito, essenciais na preservação dessa rota.
Tema 4
28. Com o Paraguai, o governo brasileiro
promoveu a construção da rodovia BR-
277. O objetivo era ligar o eixo
econômico paraguaio localizado entre
Assunção e Ciudad Del Este ao Porto de
Paranaguá, no litoral do estado do
Paraná, e favorecer as exportações
paraguaias.
Para intensificar as relações com o
Uruguai, houve uma integração viária,
por meio da construção de ferrovias,
hidrovias e rodovias que ligam esse
país às cidades do sul do Brasil.
Tema 4
29. Relações com a Argentina
A elaboração de projetos e obras de
infraestrutura em parceria com a
Bolívia, o Paraguai e o Uruguai fez
surgir atritos com a Argentina, sua
principal rival na América do Sul.
Bolívia e Paraguai, países sem saída
para o mar, eram muito dependentes
da Argentina para escoar seus
produtos, fazendo uso da Bacia
Platina e do Porto de Buenos Aires.
Visando atrair esses países para sua
órbita de influência, o Brasil
implantou um conjunto de
estratégias.
Tema 4
30. Antigas rivalidades – Brasil e Argentina
A relação entre Brasil e Argentina sempre foi
complicada.
O primeiro conflito ocorreu durante os
processos de independência desses países,
quando, com suas fronteiras ainda incertas,
travaram disputas na Guerra da Cisplatina.
Na década de 1970 a Argentina sentiu-se
prejudicada com a construção da Usina de
Itaipu.
Nos anos de 1980, no conflito da Argentina
com o Reino Unido pela posse das Ilhas
Malvinas, o Brasil manteve apoio diplomático
à Argentina, diminuindo as desconfianças
entre os países vizinhos e promovendo uma
aproximação e abrindo caminhos para a
criação do Mercosul, bloco que na prática
amenizou as divergências econômicas entre
ambos os países.
Tema 4
31. Laços econômicos
A partir dos anos 2000, as relações entre Brasil e Argentina têm sido mais amigáveis.
Os investimentos de empresas brasileiras na economia argentina aumentaram nos últimos
anos, com destaque para setores como petróleo e gás, construção civil, minérios e indústria
automobilística. As empreiteiras brasileiras vêm ampliando participação em obras de
infraestrutura na Argentina e o turismo é uma importante fonte de receita para ambos os
países.
Embora cerca de 80% do volume das trocas comerciais seja de manufaturados, a parte
brasileira desse tipo de produto exportado para a Argentina tem diminuído
Tema 4