Este documento descreve um estudo comportamental realizado com um tubarão-lixa (Ginglymostoma cirratum) em cativeiro no Parque Estadual Dois Irmãos, Pernambuco, Brasil. Os autores observaram o animal por 150 minutos para desenvolver um etograma com os principais comportamentos, como nadar (24%), parado com a cabeça suspensa (18%) e movimentos laterais (3-5%). Algumas estereotipias como virar os olhos (22%) também foram relatadas, possivelmente devido ao estresse em dias moviment
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Biologia reprodutiva de Gymnotus aff. carapo Linnaeus, 1758 (Teleostei: Gymnotidae) do Parque Estadual de Itapuã, Rio Grande do Sul, Brasil.
DIEGO DE PAULA COGNATO
Orientadora: Profa. Dra. Clarice Bernhardt Fialho
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Instituto de Biociências. Programa de Pós Graduação em Biologia Animal
Dissertação. Porto Alegre, 2005
Guia de borboletas frugívoras da reserva duckeAndre Benedito
O conjunto de fotos apresentado aqui é parte do trabalho produzido no laboratório de Borboletas INPA/TEAM (Tropical Ecology Assesment and Monitoring) e apoio auxiliar do convênio CNPq/FAPEAM. Optamos por disponibilizar as fotos neste site para atender a demanda de estudantes e técnicos do INPA e de outras instituições envolvidas com o conhecimento e manutenção da biodiversidade. Também temos como objetivo estimular o turismo científico e ecológico, numa reserva tão próxima a Manaus e de fácil acesso.
Estando em corrente processo dese tornar uma publicação impressa, esta apresentação está aberta a comentários e sugestões de seus usuários quanto à sua qualidade e aplicabilidade.
O Jardim Botânico do Recife informa a lista dos aprovados no 3º Curso de Capacitação em Técnicas Profissionais de Jardinagem. Foram selecionadas 30 pessoas, que devem comparecer ao jardim, na terça-feira, 1º de setembro de 2015, às 8h, no km 7,5 da BR-232, bairro do Curado, no Recife, munidas de documento de identificação.
O curso terá duração de dois meses e meio, sendo exigidos frequência e aproveitamento mínimos em pelo menos 75% das aulas. Os módulos acontecerão de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. Ao final, será conferido certificado.
Iv seminario pesca artesanal e sustentabilidade socioambiental apresentação...
Tubaraozoo
1. AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO TUBARÃO-LIXA
(Ginglymostoma cirratum) EM CATIVEIRO
Camila Guedes Valadares ¹, Fernando de Figueiredo Porto Neto ², Alexandre Pinheiro Zanotti ³, Natália Costa de Lima4,
Lidiane Rosa Custódio 5e Gustavo de Lima Silva 6
Introdução
A espécie Ginglymostoma cirratum, popularmente
conhecida como tubarão-lixa ou lambaru, é encontrada Material e métodos
na maioria dos zoológicos no mundo na demonstração O presente trabalho foi realizado nas instalações do
dos ambientes marinhos. Estes são escolhidos, dentre Parque Estadual Dois Irmãos no período de Março à
os tubarões, pela docilidade que a espécie possui. Outubro de 2010.
Os aquários de visitação pública quase sempre O Parque Estadual Dois Irmãos localiza-se na região
possuem lambarus para demonstração. Robustos, metropolitana do Recife no Estado de Pernambuco.
adaptam-se bem aos aquários [1]. Apresenta uma área de 384,42 hectares, sendo 14 hectares
de zoológico. O Oceanário encontra-se inserido nas
Em Zoológicos sustentáveis, a alimentação dos instalações do parque, composto de uma seleção de
animais em cativeiro tende a ser mais aproximada da espécies marinhas. O Animal a ser estudado compõe parte
ocorrida em ambiente natural, visando sempre o desses espécimes.
equilíbrio nutricional e bem estar. A nutrição e
comportamento animal dos tubarões criados no Os materiais utilizados para o trabalho foram fichas de
ambiente de cativeiro sempre é alvo de estudos e campo, câmera fotográfica, além de materiais como lápis,
pesquisas, realizando técnicas específicas para cada caneta e trena.
espécie, e visando a idéia de que as espécies de
tubarões se distinguem uma das outras em adaptações No primeiro momento do trabalho foram coletados
aos meios artificiais. dados do animal fornecidos pelos funcionários da
instituição, como idade, medidas biométricas, dias de
A vida em cativeiro pode acarretar modificações no alimentação, dentre outros. O recinto do animal foi
comportamento desses animais, haja vista que a devidamente medido e desenhado para resultar no mapa do
maioria deles já nasce no aprisionamento racional. A recinto (Figura 1); instrumento necessário para esse tipo de
comparação destes com outros que vivem em observação.
ambientes naturais fornecem diferentes condutas.
O método utilizado na avaliação do animal foi o de
Os estudos etológicos são partes integrantes na animal focal. Este método consiste em avaliar (com
manutenção de uma vida saudável, visando o bem estar registros) todas as ações do indivíduo em um determinado
do animal. Os tubarões criados em cativeiro fornecem intervalo de tempo. Para a realização do método foi
aos zoológicos, práticas corretas na elaboração de necessário a formulação de um etograma, conforme tabela
projetos e manejo racional deste grupo de animais, 1, com todos os comportamentos apresentados pelo animal
além de publicações referentes ao tema, atentando para durante o período de observação. Este período de
a carência de pesquisas relacionadas. observação livre ocorreu nos três primeiros meses do
trabalho, conforme Del-claro [2], aplicando o método de
A elaboração do etograma (representações tabulares observação de todas as ocorrências.
da qualificação e quantificação dos comportamentos
exibidos por uma espécie [2]), é consequência do Depois da elaboração do etograma, foi determinado o
trabalho, tendo em vista a carência de publicações período de observações por dia. Sendo a coleta de dados
relacionadas ao tema na academia científica. realizada por duas horas, divididas em observações de
O objetivo desse trabalho foi avaliar o cinco minutos com descanso de igual período. Assim
comportamento dessa espécie de tubarão em condições totalizavam por dia cinquenta minutos de observação.
de cativeiro.
________________
1. Estudante do 8º Período do Curso de Zootecnia e 3º Período do Curso de Licenciatura em Ciências Agrícolas da Universidade Federal Rural de
Pernambuco. E-mail: mila85_guedes@hotmail.com
2. Professor Adjunto do Departamento de Zootecnia, Universidade Federal Rural de Pernambuco. E-mail: f_porto@hotmail.com
3. Biólogo do Parque Estadual Dois Irmãos. E-mail: cobra_znt@yahoo.com.br
4. Estudante do 10º período de Zootecnia e 3º período de Licenciatura em Ciências Agrícolas da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Email:lima_nataliacosta@hotmail.com
5. Estudante do 6º Período do Curso de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. E-mail: lrcustodio001@hotmail.com.
6. Engenheiro Florestal, Acadêmico do Curso de Mestrado em Ciências Florestais da Universidade Federal Rural de Pernambuco. E-mail:
engenhariaflorestall@hotmail.com.
2. No que se refere ao tempo total de observações, Referências
compreenderam 150 minutos, resultando em 312
comportamentos .
[1] Szpilman, M. Tubarões no Brasil – Guia Prática de
Resultados e Discussão Identificação. Ed. Aqualittera e Mauad Editora. Rio
De acordo com os dados coletados, podemos de janeiro, 2004.
analisá-lo conforme as categorias descritas no etograma
(Gráfico 1). [2] Del-Claro, K. Comportamento Animal: Uma
introdução à ecologia comportamental. Ed.
Na categoria atividades físicas, foram avaliadas as
que o animal desempenhou por esforço físico. Podemos Conceito. 2000.
destacar a posição em que o animal fica com postura [3] Dowkins, M. S. Explicando O Comportamento
parada e sua parte ventral toca o solo, mas sua cabeça
encontra-se suspensa. O animal executou este Animal. Ed Manole Ltd. São Paulo,1 989.
comportamento 18% do total de eventos realizado. Esta [4] Gonzales, M.M.B. Censo sul-americano de
posição, de acordo com Szpilman, trata-se de uma
postura realizada pelo animal como armadilha para elasmobrânquios em cativeiro: tubarões e raias
outros peixes e moluscos pequenos, que procuram esse como recursos para pesquisa e educação. Pan-
espaço para abrigo e caem na emboscada [1].
Verificamos que na realidade do animal, até o presente American Journal of Aquatic Sciences. 2006.
momento, este não desempenha esta posição com essa [5] Szpilman, M. Peixes marinhos- Guia Prática de
finalidade. O aquário que o tubarão-lixa está
acondicionado possui espécies de peixes litorâneos, Identificação. Ed. Aqualittera e Mauad Editora. Rio
onde o animal não apresenta interesse em predá-los. de janeiro, 2004 .
Continuando na mesma categoria, podemos destacar
a atividade de deslocamento nadar, executada em 24%
das atividades. O espécime utiliza todo o aquário para
realizar este evento.
Eventos como MLC, MCO e PC são efetuados no
total das atividades em 3%, 5% e 4% respectivamente.
Os eventos MLC e MCO são realizados quando o
animal é tocado por outras espécies de peixes ou
quando inicia a atividade de deslocamento nadar. O
movimento PC ocorre quando a espécie contorna o
aquário, ou muda de direção.
As estereotipias foram detectadas, como virar os
olhos ou abrir a boca, totalizando 22% e 3%
respectivamente, sem apresentar motivos aparentes.
Podemos ressaltar que a coleta dos dados foi realizada
em dias anteriores e posteriores de muito movimento na
instituição de visitantes. Podemos atribuir esses eventos
ao estresse que o animal sofre em dias movimentados,
além do cativeiro.
Agradecimentos
Agradecemos a equipe do Parque Estadual Dois
Irmãos que possibilitou a execução do projeto, a
Universidade Federal de Pernambuco e a todos que
somaram nesse trabalho.
3. Figura 1: Mapa do Recinto, com suas divisões.
Tabela 1: Etograma; descrição dos comportamento realizado pelo Ginglymostoma cirratum de Cativeiro.
Comportamento Sigla Nº eventos Compotamentos Sigla Nº Eventos
Atividades Físicas Esteriotipias
Movimentos laterais com a MLC 15 Virar olho direito VOD 4
cabeça
Movimento lateral com o corpo MLCO 26 Virar olho esquerdo VOE 102
Movimento em U MU Fenda branquial colada.1º par FBCD1 0
direiro
Parado com peitoral tocando o MPP 88 Fenda branquial colada.1º par FBCE1 0
solo e cabeça suspensa esquerdo
Apoiar a parte ventral da cabeça 0 Fenda branquial colada.2º par FBCD2 0
em algum objeto do aquario direiro
Deslocar corais com o dorso da DCC 0 Fenda branquial colada.2º par FBCE2 0
cabeça esquerdo
Movimento ponta cabeça PC 18 Fenda branquial colada.3º par FBCD3 0
direiro
Parado com parte dorsal do PAV 57 Fenda branquial colada.3º par FBCE3 0
corpo sobre o solo esquerdo
Parado com nadadeiras PNSC 2 Fenda branquial colada.4º par FBCD4 0
suspendendo o corpo direiro
Levantar cabeça LC 15 Fenda branquial colada.4º par FBCE4 0
esquerdo
Descer ao solo DS 16 Fenda branquial colada.5º par FBCD5 0
direiro
Subir SU 5 Fenda branquial colada.5º par FBCE5 0
esquerdo
Nadar NL 116 Abrir boca esteriorizando a AB 13
membrana bucal
Subir a superficie SS 1
Alimentação
Aprender alimento AA 0
Perseguir Presa PP 0
TOTAL DE OCORRENCIAS 478
Gráfico 1- Porcentagem dos eventos comportamentais
MLC SU FBCD2
MLCO NL FBCE2
5% 3% 3% MU SS FBCD3
21%
18% MPP FBCE3
1% ACO AA FBCD4
DCC PP FBCE4
4% 0% PC FBCD5
12% PAV VOD FBCE5
24%
0% 3% 3% 1% PNSC VOE AB
LC FBCD1
DS FBCE1