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Trovadorismo Cantigas trovadorescas primitivas comparada com composições da música popular brasileira.
Nas cantigas de amigo o eu - lírico é feminino, onde a palavra amigo tem o significado de namorado. Pôde ser verificado a presença da inquietação da mulher em se preparar para seu amado, para que ocorra o encontro  e os olhos dele fiquem voltados para ela, ela precisa estar bonita. Cantiga de amigo-Fernámdo Lago   1 [= 1304 = Tav 39,1] «D' ir a Santa Maria» (Ba 1288, V [893])   D' ir a Santa Maria             do Lag' hei gram sabor;  e pero nom irei alá se ant' i nom for,          irmãa, o meu amigo.                D' ir a Santa Maria             do Lag' é-mi gram bem;  e pero nom irei alá se ant' i nom vem,          irmãa, o meu amigo.                Gram sabor haveria             [e]no meu coraçom d' ir a Santa Maria se i achass' entom,          irmãa, o meu amigo.                Já jurei noutro dia,             quando m' ende parti,  que nomfoss' a la_ermida se ante nomfoss' i,          irmãa, o meu amigo Cantiga de amigo - Chico Buarque de Holanda Não, solidão, hoje não quero me retocarNesse salão de tristeza onde as outras penteiam mágoasDeixo que as águas invadam meu rostoGosto de me ver chorarFinjo que estão me vendoEu preciso me mostrarBonitaPra que os olhos do meu bemNão olhem mais ninguémQuando eu me revelarDa forma mais bonitaPra saber como levar todosOs desejos que ele temAo me ver passarBonitaHoje eu arraseiNa casa de espelhosEspalho os meus rostosE finjo que finjo que finjoQue não sei
Cantigas de amorO eu – lírico é masculino. Ele declara o seu amor por uma donzela que é superior a ele, por isso a sua posição é a de vassalo.O eu- lírico nessa canção mostra de forma explícita o seu amor pela amada e como ela faz falta.  Senhor, pois que m' agora Deus guisou  que vos vejo e vos posso falar,  quero-vo-lamià fazenda mostrar,  que vejades como de vós estou:  vem-mi gram mal de vós, ai miàsenhor, em que nunca pôs mal NostroSenhor.     E, senhor, gradesc' a Deus este bem  que mi fez em mi vos fazer veer,  e mià fazenda vos quero dizer,  que vejades que mi de vós avém:  vem-mi gram mal de vós, ai miàsenhor, em que nunca pôs mal NostroSenhor.    E nom sei quando vos ar veerei,   e porém vos quero dizer aqui  mià fazenda, que vos sempr' encobri,  que vejades o que eu de vós hei:  vem-mi gram mal de vós, ai miàsenhor, em que nunca pôs mal NostroSenhor.    Ca nom pôs em vós mal NostroSenhor senomquant' a mim fazedes, senhor 	Meu coração, não sei por quêBate feliz quando te vêE os meus olhos ficam sorrindoE pelas ruas vão te seguindo,Mas mesmo assim foges de mim.Ah se tu soubessesComo sou tão carinhosoE o muito, muito que te quero.E como é sincero o meu amor,Eu sei que tu não fugirias mais de mim.Vem, vem, vem, vem,Vem sentir o calor dos lábios meusÀ procura dos teus.Vem matar essa paixãoQue me devora o coraçãoE só assim então serei feliz,Bem feliz.Ah se tu soubesses como sou tão carinhosoE o muito, muito que te queroE como é sincero o meu amorEu sei que tu não fugirias mais de mimVem, vem, vem, vemVem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teusVem matar essa paixão que me devora o coraçãoE só assim então serei felizBem feliz . Dom Denis   11 [= 505 = Tav 25,121] «Senhor, pois que m' agora Deus uisou»  (Ba 507, V [90]) Carinhoso (Pixinguinha)
Cantigas de Maldizer  O autor faz críticas ao país e também às pessoas que vivem nele e que não tem nenhuma ação para mudar a realidade social na qual vivem. Ele utiliza palavras no seu sentido sem a utilização de palavras ambíguas, fazendo com que a música instigue a cada um refletir em ações necessárias para mudar a realidade atual do nosso país. Roi queimado morreu con amor Em seus cantares por Sancta Maria por ua dona que gran bem queria e por se meter por mais trovador porque lhelanon quis [o] benfazer fez-selen seus cantares morrer mas ressurgiu depois ao tercer dia!... Que país é esse – Renato RussoNas favelas, no senadoSujeira pra todo ladoNinguém respeita a constituiçãoMas todos acreditam no futuro da naçãoQue país é esse?Que país é esse?Que país é esse?No Amazonas, no Araguaia iá, iá,Na Baixada FluminenseMato Grosso, nas Gerais e noNordeste tudo em pazNa morte eu descanso, mas oSangue anda soltoManchando os papéis, documentos fiéisAo descanso do patrãoQue país é esse?Que país é esse?Que país é esse?Que país é esse?Terceiro mundo se forPiada no exteriorMas o Brasil vai ficar ricoVamos faturar um milhãoQuando vendermos todas as almasDos nossos índios num leilãoQue país é esse?Que país é esse?Que país é esse?
Cantiga de escárnioO trovador manifesta as suas queixas contra um rei (não indica o nome): o rei não quer conceder-lhe meios econômicos depois de ter-lhe retirado as suas propriedades. Matanza   Tudo brilha, tudo é lindo, e seus amigos são de ouro  Você é um sábio, um milionário, um malandro poderoso  A bebida desce doce amacia o cigarro  A fumaça é perfumada, você manda no seu carro    D                              A  O problema é que no fim vem a conta  D                                A  O problema é que no fim tem que pagar  D                                A  O que mata é que o garçom tem um tridente  B  E vai ter eternidade pra cobrar    ( A )  Todos riem da piada que não tem nenhuma graça  O mal gosto te define, esculpido em carrara Os problemas são dos outros  Só importa a sua vida, o escárnio é seu compasso, a falsidade é sua amiga    D                              A  O problema é que no fim vem a conta  D                                A  O problema é que no fim tem que pagar  D                                 A  O que mata é que o garçom tem um tridente  B  E vai ter eternidade pra cobrar Afonso Fernández Cubel   1 [= 1621 = Tav 4,1] «De como mi_ora com el-reiaveo» (Bc 1610, V [1143]) De como mi_ora com el-reiaveo quero-vo-l' eu, meus amigos, contar: eldo seu haver remnom me quer dar nem er quer que eu viva no alheo; e eu nom hei herdade de meu padre, e üa pouca que foi de mià madre, filhou-mi-a_efez-mi_üapobra no seo. E noutra parte tolheu-mi_as naturas em que eu soía a guarecer; e agora hei coitad' a viver, e nom som poucas, par Deus, miàsrancuras, come quem nom come, ca o nom tem se lho nom dá, por sa mesura,_alguém: ai dem', a ti dou eu estas mesuras! Noms' enfadou e tolheu-mi_o testado de que me servian por Sam Joám; e nom [me] damdel valia dum pam nem mercê [v]em sobr' ele, mal-pecado; e, pois que esto tem por bem [e quer], [g]ast' o seu com-no da[r a quem quiser], e chorará quem mal dia foi [nado]. E ora faça_el-rei quanto podér, e eu servi-l'-ei quando for mester, pero sõo mui [pouco] seu soldado
Alunos: Aclébia Alves, Clayton Malta,Francisca Gabriela, Geisy Karla, Lorrany Coutinho, Sandra Carvalho. Faculdade Anhanguera Valparaíso 4º Semestre Letras
Referências http://pt.wikipedia.org/wiki/Cantigas_de_esc%C3%A1rnio_e_maldizer  em 26/09/2011  15:28 http://letras.terra.com.br/pixinguinha/358582/ 26/09/2011  15:50 http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46973 26/09/2011  16:15 http://www.cifras.com.br/cifra/matanza/escarnio 26/09/2011  16:38  http://www.agal-gz.org/modules.php?name=Biblio&rub=list_autori 16/09/2011  17:03

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Trovadorismo

  • 1. Trovadorismo Cantigas trovadorescas primitivas comparada com composições da música popular brasileira.
  • 2. Nas cantigas de amigo o eu - lírico é feminino, onde a palavra amigo tem o significado de namorado. Pôde ser verificado a presença da inquietação da mulher em se preparar para seu amado, para que ocorra o encontro e os olhos dele fiquem voltados para ela, ela precisa estar bonita. Cantiga de amigo-Fernámdo Lago   1 [= 1304 = Tav 39,1] «D' ir a Santa Maria» (Ba 1288, V [893])   D' ir a Santa Maria            do Lag' hei gram sabor; e pero nom irei alá se ant' i nom for,         irmãa, o meu amigo.              D' ir a Santa Maria            do Lag' é-mi gram bem; e pero nom irei alá se ant' i nom vem,         irmãa, o meu amigo.              Gram sabor haveria            [e]no meu coraçom d' ir a Santa Maria se i achass' entom,         irmãa, o meu amigo.              Já jurei noutro dia,            quando m' ende parti, que nomfoss' a la_ermida se ante nomfoss' i,         irmãa, o meu amigo Cantiga de amigo - Chico Buarque de Holanda Não, solidão, hoje não quero me retocarNesse salão de tristeza onde as outras penteiam mágoasDeixo que as águas invadam meu rostoGosto de me ver chorarFinjo que estão me vendoEu preciso me mostrarBonitaPra que os olhos do meu bemNão olhem mais ninguémQuando eu me revelarDa forma mais bonitaPra saber como levar todosOs desejos que ele temAo me ver passarBonitaHoje eu arraseiNa casa de espelhosEspalho os meus rostosE finjo que finjo que finjoQue não sei
  • 3. Cantigas de amorO eu – lírico é masculino. Ele declara o seu amor por uma donzela que é superior a ele, por isso a sua posição é a de vassalo.O eu- lírico nessa canção mostra de forma explícita o seu amor pela amada e como ela faz falta. Senhor, pois que m' agora Deus guisou que vos vejo e vos posso falar, quero-vo-lamià fazenda mostrar, que vejades como de vós estou: vem-mi gram mal de vós, ai miàsenhor, em que nunca pôs mal NostroSenhor.    E, senhor, gradesc' a Deus este bem que mi fez em mi vos fazer veer, e mià fazenda vos quero dizer, que vejades que mi de vós avém: vem-mi gram mal de vós, ai miàsenhor, em que nunca pôs mal NostroSenhor.   E nom sei quando vos ar veerei,  e porém vos quero dizer aqui mià fazenda, que vos sempr' encobri, que vejades o que eu de vós hei: vem-mi gram mal de vós, ai miàsenhor, em que nunca pôs mal NostroSenhor.   Ca nom pôs em vós mal NostroSenhor senomquant' a mim fazedes, senhor Meu coração, não sei por quêBate feliz quando te vêE os meus olhos ficam sorrindoE pelas ruas vão te seguindo,Mas mesmo assim foges de mim.Ah se tu soubessesComo sou tão carinhosoE o muito, muito que te quero.E como é sincero o meu amor,Eu sei que tu não fugirias mais de mim.Vem, vem, vem, vem,Vem sentir o calor dos lábios meusÀ procura dos teus.Vem matar essa paixãoQue me devora o coraçãoE só assim então serei feliz,Bem feliz.Ah se tu soubesses como sou tão carinhosoE o muito, muito que te queroE como é sincero o meu amorEu sei que tu não fugirias mais de mimVem, vem, vem, vemVem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teusVem matar essa paixão que me devora o coraçãoE só assim então serei felizBem feliz . Dom Denis   11 [= 505 = Tav 25,121] «Senhor, pois que m' agora Deus uisou» (Ba 507, V [90]) Carinhoso (Pixinguinha)
  • 4. Cantigas de Maldizer O autor faz críticas ao país e também às pessoas que vivem nele e que não tem nenhuma ação para mudar a realidade social na qual vivem. Ele utiliza palavras no seu sentido sem a utilização de palavras ambíguas, fazendo com que a música instigue a cada um refletir em ações necessárias para mudar a realidade atual do nosso país. Roi queimado morreu con amor Em seus cantares por Sancta Maria por ua dona que gran bem queria e por se meter por mais trovador porque lhelanon quis [o] benfazer fez-selen seus cantares morrer mas ressurgiu depois ao tercer dia!... Que país é esse – Renato RussoNas favelas, no senadoSujeira pra todo ladoNinguém respeita a constituiçãoMas todos acreditam no futuro da naçãoQue país é esse?Que país é esse?Que país é esse?No Amazonas, no Araguaia iá, iá,Na Baixada FluminenseMato Grosso, nas Gerais e noNordeste tudo em pazNa morte eu descanso, mas oSangue anda soltoManchando os papéis, documentos fiéisAo descanso do patrãoQue país é esse?Que país é esse?Que país é esse?Que país é esse?Terceiro mundo se forPiada no exteriorMas o Brasil vai ficar ricoVamos faturar um milhãoQuando vendermos todas as almasDos nossos índios num leilãoQue país é esse?Que país é esse?Que país é esse?
  • 5. Cantiga de escárnioO trovador manifesta as suas queixas contra um rei (não indica o nome): o rei não quer conceder-lhe meios econômicos depois de ter-lhe retirado as suas propriedades. Matanza   Tudo brilha, tudo é lindo, e seus amigos são de ouro Você é um sábio, um milionário, um malandro poderoso A bebida desce doce amacia o cigarro A fumaça é perfumada, você manda no seu carro   D A O problema é que no fim vem a conta D A O problema é que no fim tem que pagar D A O que mata é que o garçom tem um tridente B E vai ter eternidade pra cobrar   ( A ) Todos riem da piada que não tem nenhuma graça O mal gosto te define, esculpido em carrara Os problemas são dos outros Só importa a sua vida, o escárnio é seu compasso, a falsidade é sua amiga   D A O problema é que no fim vem a conta D A O problema é que no fim tem que pagar D A O que mata é que o garçom tem um tridente B E vai ter eternidade pra cobrar Afonso Fernández Cubel   1 [= 1621 = Tav 4,1] «De como mi_ora com el-reiaveo» (Bc 1610, V [1143]) De como mi_ora com el-reiaveo quero-vo-l' eu, meus amigos, contar: eldo seu haver remnom me quer dar nem er quer que eu viva no alheo; e eu nom hei herdade de meu padre, e üa pouca que foi de mià madre, filhou-mi-a_efez-mi_üapobra no seo. E noutra parte tolheu-mi_as naturas em que eu soía a guarecer; e agora hei coitad' a viver, e nom som poucas, par Deus, miàsrancuras, come quem nom come, ca o nom tem se lho nom dá, por sa mesura,_alguém: ai dem', a ti dou eu estas mesuras! Noms' enfadou e tolheu-mi_o testado de que me servian por Sam Joám; e nom [me] damdel valia dum pam nem mercê [v]em sobr' ele, mal-pecado; e, pois que esto tem por bem [e quer], [g]ast' o seu com-no da[r a quem quiser], e chorará quem mal dia foi [nado]. E ora faça_el-rei quanto podér, e eu servi-l'-ei quando for mester, pero sõo mui [pouco] seu soldado
  • 6. Alunos: Aclébia Alves, Clayton Malta,Francisca Gabriela, Geisy Karla, Lorrany Coutinho, Sandra Carvalho. Faculdade Anhanguera Valparaíso 4º Semestre Letras
  • 7. Referências http://pt.wikipedia.org/wiki/Cantigas_de_esc%C3%A1rnio_e_maldizer em 26/09/2011 15:28 http://letras.terra.com.br/pixinguinha/358582/ 26/09/2011 15:50 http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46973 26/09/2011 16:15 http://www.cifras.com.br/cifra/matanza/escarnio 26/09/2011 16:38 http://www.agal-gz.org/modules.php?name=Biblio&rub=list_autori 16/09/2011 17:03