1) O documento descreve a obra Ética a Nicômaco de Aristóteles, que trata da felicidade individual e coletiva através da virtude e da razão acima das paixões.
2) A biografia de Aristóteles é apresentada, incluindo sua formação em Atenas e suas principais obras sobre lógica, metafísica, ética e política.
3) O resumo destaca que a felicidade é o bem supremo segundo Aristóteles, definido como uma atividade da alma conforme a virtude perfeita
O documento apresenta os principais conceitos da ética aristotélica, como a busca pela felicidade como bem supremo e a noção de que a virtude está no nosso poder e depende de nossos atos voluntários. Também discute que a felicidade é uma atividade virtuosa da alma e que as virtudes intelectuais são as melhores porque representam a parte mais racional do ser humano.
Este documento discute a ética das virtudes segundo Aristóteles. Aristóteles acreditava que a felicidade era o objetivo da vida e que as virtudes eram o caminho para alcançá-la, formando o homem em sua ação. O documento também discute outros filósofos e suas perspectivas sobre virtude.
A Ética a Nicômaco de Aristóteles expõe sua concepção teleológica e eudaimonista de ética, centrada na noção de virtude como mediania e na prudência. Aristóteles discute as idéias de Platão sobre o bem supremo e a felicidade, propondo uma ética das virtudes terrenas e da política.
1) Aristóteles discute a estrutura teleológica da natureza e da ação humana, identificando o fim com o bem. 2) Existe uma hierarquia de bens, com um bem supremo. 3) A política é uma ciência arquitetônica. Aristóteles investiga a felicidade e o caminho para se tornar uma pessoa virtuosa.
Anotações do Curso de Ética da USP/VEDUCA.Lucas Vinicius
Anotações do Curso de Ética da USP/VEDUCA.
Por: Lucas Vinicius Ribeiro dos Anjos
Caso alguém tenha algum problema para fazer o download, me envie um email que eu passo por lá. Meu email é llvvinicius@hotmail.com
1) Aristóteles foi um filósofo grego que estudou na Academia de Platão por 20 anos.
2) Ele desenvolveu a ética como uma disciplina filosófica focada no bem humano, determinado pela natureza humana e circunstâncias.
3) Para Aristóteles, a felicidade é o fim da vida virtuosa, que envolve o uso correto da razão para dirigir os atos humanos.
Apresentação filosofia - MORAL DIVINA (ARISTÓTELES)Adriana Guimarães
O documento discute a importância de não se limitar apenas às coisas humanas e mortais, mas sim buscar tornar-se imortal e viver de acordo com a parte divina em nós. Aristóteles argumenta que o princípio divino prevalece sobre todas as outras coisas pelo seu poder e valor.
Aula 3 a felicidade é coletiva - texto e atividade - Prof. Noe AssunçãoProf. Noe Assunção
Atividade elaborada para o 3 ano do ensino médio do Colégio Estadual Roselândia - Barra Mansa RJ, como objeto de aprendizagem no estudo da felicidade em Aristóteles.
O documento apresenta os principais conceitos da ética aristotélica, como a busca pela felicidade como bem supremo e a noção de que a virtude está no nosso poder e depende de nossos atos voluntários. Também discute que a felicidade é uma atividade virtuosa da alma e que as virtudes intelectuais são as melhores porque representam a parte mais racional do ser humano.
Este documento discute a ética das virtudes segundo Aristóteles. Aristóteles acreditava que a felicidade era o objetivo da vida e que as virtudes eram o caminho para alcançá-la, formando o homem em sua ação. O documento também discute outros filósofos e suas perspectivas sobre virtude.
A Ética a Nicômaco de Aristóteles expõe sua concepção teleológica e eudaimonista de ética, centrada na noção de virtude como mediania e na prudência. Aristóteles discute as idéias de Platão sobre o bem supremo e a felicidade, propondo uma ética das virtudes terrenas e da política.
1) Aristóteles discute a estrutura teleológica da natureza e da ação humana, identificando o fim com o bem. 2) Existe uma hierarquia de bens, com um bem supremo. 3) A política é uma ciência arquitetônica. Aristóteles investiga a felicidade e o caminho para se tornar uma pessoa virtuosa.
Anotações do Curso de Ética da USP/VEDUCA.Lucas Vinicius
Anotações do Curso de Ética da USP/VEDUCA.
Por: Lucas Vinicius Ribeiro dos Anjos
Caso alguém tenha algum problema para fazer o download, me envie um email que eu passo por lá. Meu email é llvvinicius@hotmail.com
1) Aristóteles foi um filósofo grego que estudou na Academia de Platão por 20 anos.
2) Ele desenvolveu a ética como uma disciplina filosófica focada no bem humano, determinado pela natureza humana e circunstâncias.
3) Para Aristóteles, a felicidade é o fim da vida virtuosa, que envolve o uso correto da razão para dirigir os atos humanos.
Apresentação filosofia - MORAL DIVINA (ARISTÓTELES)Adriana Guimarães
O documento discute a importância de não se limitar apenas às coisas humanas e mortais, mas sim buscar tornar-se imortal e viver de acordo com a parte divina em nós. Aristóteles argumenta que o princípio divino prevalece sobre todas as outras coisas pelo seu poder e valor.
Aula 3 a felicidade é coletiva - texto e atividade - Prof. Noe AssunçãoProf. Noe Assunção
Atividade elaborada para o 3 ano do ensino médio do Colégio Estadual Roselândia - Barra Mansa RJ, como objeto de aprendizagem no estudo da felicidade em Aristóteles.
1. O documento discute a ética deontológica segundo Kant, incluindo os conceitos de dever moral, vontade livre e os dois tipos de imperativos: categórico e hipotético.
2. O imperativo categórico exige que ações sejam universais e necessárias, enquanto o hipotético depende de fins e desejos particulares.
3. A ética deontológica julga ações pelo seu princípio e intenção, não pelas consequências, diferentemente de outras teorias é
1. O documento resume as principais correntes éticas da filosofia ocidental, desde os pré-socráticos até a ética contemporânea.
2. As principais teorias éticas discutidas incluem o utilitarismo, deontologia kantiana, ética das virtudes aristotélica e ética da discussão habermasiana.
3. Os filósofos centrais apresentados são Maquiavel, Mill, Kant, Nietzsche, Platão, Aristóteles e Habermas.
1) O documento divide a filosofia em três ciências: lógica, física e ética.
2) A ética pode ser dividida em uma parte empírica (antropologia prática) e uma parte racional (moral).
3) O autor argumenta que é necessário desenvolver uma "metafísica dos costumes" pura e livre de elementos empíricos para estabelecer os princípios morais a priori.
Sócrates acreditava que descumprir uma sentença legal minaria a ordem social, ao enfraquecer a eficácia das leis. O escândalo do Mensalão mostrou a importância da imprensa livre e vigilante para a democracia e o Estado de Direito. Kant defendia a existência de uma moral objetiva e absoluta, formada por deveres incondicionais que devemos cumprir, sem conflito entre teoria e prática.
Fundamentação da metafísica dos costumesIcaro Guerra
1) Kant pretende estabelecer os princípios a priori da moralidade humana através de uma fundamentação metafísica.
2) Ele divide sua análise em seções que tratam da transição do senso comum filosófico para o conhecimento filosófico, e da filosofia moral popular para a metafísica dos costumes.
3) Kant argumenta que apenas ações provenientes da boa vontade, e não de inclinações ou efeitos, podem ser consideradas morais, e busca estabelecer o princípio sup
O documento resume os principais pontos da ética aristotélica. Para Aristóteles, a finalidade última do ser humano é a felicidade, alcançada através da vida contemplativa e intelectual. A virtude é adquirida pela prática e educação, sendo um ponto médio entre o excesso e a falta. A justiça deve tratar os iguais e desiguais de forma equitativa, distribuindo a cada um o que lhe é devido.
1) A Ética estuda o aspecto moral dos atos humanos voluntários e livres com o objetivo de definir o que é o bem e o mal moral e determinar princípios e normas éticas.
2) O objeto formal da Ética é analisar os atos humanos sob a perspectiva do valor moral, distinguindo o que é virtuoso do que é vicioso.
3) A Ética busca estabelecer valores universais que guiem a conduta humana rumo ao bem absoluto, ainda que tais valores sejam humanamente inalcançáveis.
O documento descreve as principais correntes filosóficas do período helenístico que se concentraram na felicidade interior e nas preocupações pessoais em vez da vida pública, incluindo: 1) o epicurismo, que defendia que o prazer é o princípio e fim de uma vida feliz e buscava a ausência de dor; 2) o cinismo, que pregava viver de acordo com a natureza sem propriedades ou confortos; e 3) o estoicismo, que defendia viver de acordo com a natureza racional que rege o mundo.
Os sofistas eram pensadores gregos que ensinavam retórica e filosofia prática em troca de pagamento. Eles acreditavam que a verdade surgia do consenso entre as pessoas e não de fatos objetivos. Sócrates se opunha aos sofistas por cobrarem por seu ensino e por não se importarem com a verdade.
O documento apresenta um resumo da obra Ética a Nicômaco de Aristóteles, descrevendo os 10 livros que compõem a obra e os principais temas abordados em cada um, como virtude, justiça e felicidade.
Filosofia moral ética e moral com exercícios.Gabriel Falcão
1) A ética trata dos valores que definem uma vida boa, enquanto a moral estabelece regras para uma convivência justa.
2) Originalmente, ética e moral tinham o mesmo significado de costumes, mas vieram a distinguir teorias filosóficas de normas sociais.
3) A ética busca o sentido da vida individual, e a moral limites para o exercício dos direitos alheios.
O documento discute várias escolas filosóficas da Grécia Antiga, incluindo o epicurismo, estoicismo, ceticismo, cinismo e sofismo. O epicurismo pregava o prazer moderado e a tranquilidade da mente, enquanto o estoicismo enfatizava a conformidade com a natureza e o destino. O ceticismo questionava a capacidade humana de alcançar a verdade, e o cinismo promovia o desapego aos bens materiais. Os sofistas se concentravam nas técnicas retóricas de discur
O documento resume os principais pontos da filosofia estoica. O estoicismo prega que a felicidade reside no controle de desejos e emoções, aceitação do presente e cooperação com os outros. Os estoicos acreditavam em um universo determinista regido pela razão, onde a virtude é alcançada ao viver de acordo com a natureza.
O documento discute o conceito de ética, traçando sua evolução histórica desde a Grécia Antiga até a Ética Contemporânea. Apresenta as visões de ética desenvolvidas por filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles, Kant e discute como a ética foi influenciada pela religião durante a Idade Média. Também diferencia ética de moral e aborda temas como liberdade e valores éticos.
O documento descreve os principais conceitos da filosofia antiga, incluindo o surgimento da filosofia na Grécia e os primeiros filósofos pré-socráticos. Aborda os conceitos de cosmologia, physis e devir desenvolvidos pelos pré-socráticos para explicar a origem e transformação do mundo natural. Também resume as ideias e métodos de Sócrates, como a maiêutica e a busca da essência das coisas através do diálogo.
O documento discute a diferença entre ética e moral, e apresenta uma visão histórica do pensamento ético na Grécia Antiga, no pensamento medieval e na modernidade. A ética é o estudo teórico dos sistemas morais, enquanto a moral refere-se às normas de uma dada cultura ou comunidade. As principais correntes éticas discutidas são o racionalismo, naturalismo, sofistas, Sócrates, Platão, Aristóteles, estoicismo e epicurismo na Grécia Antiga, e Agostinho, Renascimento
Aristóteles foi um filósofo grego nascido em 384 a.C. na Macedônia. Estudou na Academia de Platão por 20 anos e desenvolveu uma ética focada no bem humano determinado pela natureza e circunstâncias da razão.
O documento discute o conceito de ética, sua origem na Grécia Antiga com Sócrates, Platão e Aristóteles, e seu desenvolvimento ao longo da Idade Média e Moderna. Aborda temas como dever moral, virtudes, felicidade, liberdade e contradições enfrentadas pela ética.
Este documento fornece informações sobre educação de jovens e adultos, abordando tópicos como: 1) o material é organizado para aqueles que desejam completar os estudos rapidamente e de maneira eficiente; 2) o material foi elaborado por profissionais qualificados e respeita metodologias de aprendizagem modernas; 3) acredita-se que entendimento e reflexão sobre princípios como transparência e respeito permitirão alcançar padrões morais e éticos mais elevados.
Aristóteles sistematizou o conhecimento em diversas áreas, dividindo-o em ciências produtivas, práticas e teóricas. Ele desenvolveu uma metodologia dedutiva para classificar os seres vivos com base em características compartilhadas, estabelecendo as bases da taxonomia biológica moderna. Aristóteles também formulou a lógica silogística como forma de raciocínio válido para produzir conhecimentos universais a partir da experiência sensível do mundo natural.
O documento resume os principais períodos da filosofia grega antiga, incluindo: 1) o período pré-socrático, que se concentrou nas origens do mundo e transformações da natureza; 2) a Grécia clássica, dividida entre o período antropológico, focado em Sócrates, Platão e Aristóteles, e o período sistemático; 3) o período helenístico. Discute as visões de mundo de filósofos importantes como Tales, Pitágoras, Platão e Arist
1. O documento discute a ética deontológica segundo Kant, incluindo os conceitos de dever moral, vontade livre e os dois tipos de imperativos: categórico e hipotético.
2. O imperativo categórico exige que ações sejam universais e necessárias, enquanto o hipotético depende de fins e desejos particulares.
3. A ética deontológica julga ações pelo seu princípio e intenção, não pelas consequências, diferentemente de outras teorias é
1. O documento resume as principais correntes éticas da filosofia ocidental, desde os pré-socráticos até a ética contemporânea.
2. As principais teorias éticas discutidas incluem o utilitarismo, deontologia kantiana, ética das virtudes aristotélica e ética da discussão habermasiana.
3. Os filósofos centrais apresentados são Maquiavel, Mill, Kant, Nietzsche, Platão, Aristóteles e Habermas.
1) O documento divide a filosofia em três ciências: lógica, física e ética.
2) A ética pode ser dividida em uma parte empírica (antropologia prática) e uma parte racional (moral).
3) O autor argumenta que é necessário desenvolver uma "metafísica dos costumes" pura e livre de elementos empíricos para estabelecer os princípios morais a priori.
Sócrates acreditava que descumprir uma sentença legal minaria a ordem social, ao enfraquecer a eficácia das leis. O escândalo do Mensalão mostrou a importância da imprensa livre e vigilante para a democracia e o Estado de Direito. Kant defendia a existência de uma moral objetiva e absoluta, formada por deveres incondicionais que devemos cumprir, sem conflito entre teoria e prática.
Fundamentação da metafísica dos costumesIcaro Guerra
1) Kant pretende estabelecer os princípios a priori da moralidade humana através de uma fundamentação metafísica.
2) Ele divide sua análise em seções que tratam da transição do senso comum filosófico para o conhecimento filosófico, e da filosofia moral popular para a metafísica dos costumes.
3) Kant argumenta que apenas ações provenientes da boa vontade, e não de inclinações ou efeitos, podem ser consideradas morais, e busca estabelecer o princípio sup
O documento resume os principais pontos da ética aristotélica. Para Aristóteles, a finalidade última do ser humano é a felicidade, alcançada através da vida contemplativa e intelectual. A virtude é adquirida pela prática e educação, sendo um ponto médio entre o excesso e a falta. A justiça deve tratar os iguais e desiguais de forma equitativa, distribuindo a cada um o que lhe é devido.
1) A Ética estuda o aspecto moral dos atos humanos voluntários e livres com o objetivo de definir o que é o bem e o mal moral e determinar princípios e normas éticas.
2) O objeto formal da Ética é analisar os atos humanos sob a perspectiva do valor moral, distinguindo o que é virtuoso do que é vicioso.
3) A Ética busca estabelecer valores universais que guiem a conduta humana rumo ao bem absoluto, ainda que tais valores sejam humanamente inalcançáveis.
O documento descreve as principais correntes filosóficas do período helenístico que se concentraram na felicidade interior e nas preocupações pessoais em vez da vida pública, incluindo: 1) o epicurismo, que defendia que o prazer é o princípio e fim de uma vida feliz e buscava a ausência de dor; 2) o cinismo, que pregava viver de acordo com a natureza sem propriedades ou confortos; e 3) o estoicismo, que defendia viver de acordo com a natureza racional que rege o mundo.
Os sofistas eram pensadores gregos que ensinavam retórica e filosofia prática em troca de pagamento. Eles acreditavam que a verdade surgia do consenso entre as pessoas e não de fatos objetivos. Sócrates se opunha aos sofistas por cobrarem por seu ensino e por não se importarem com a verdade.
O documento apresenta um resumo da obra Ética a Nicômaco de Aristóteles, descrevendo os 10 livros que compõem a obra e os principais temas abordados em cada um, como virtude, justiça e felicidade.
Filosofia moral ética e moral com exercícios.Gabriel Falcão
1) A ética trata dos valores que definem uma vida boa, enquanto a moral estabelece regras para uma convivência justa.
2) Originalmente, ética e moral tinham o mesmo significado de costumes, mas vieram a distinguir teorias filosóficas de normas sociais.
3) A ética busca o sentido da vida individual, e a moral limites para o exercício dos direitos alheios.
O documento discute várias escolas filosóficas da Grécia Antiga, incluindo o epicurismo, estoicismo, ceticismo, cinismo e sofismo. O epicurismo pregava o prazer moderado e a tranquilidade da mente, enquanto o estoicismo enfatizava a conformidade com a natureza e o destino. O ceticismo questionava a capacidade humana de alcançar a verdade, e o cinismo promovia o desapego aos bens materiais. Os sofistas se concentravam nas técnicas retóricas de discur
O documento resume os principais pontos da filosofia estoica. O estoicismo prega que a felicidade reside no controle de desejos e emoções, aceitação do presente e cooperação com os outros. Os estoicos acreditavam em um universo determinista regido pela razão, onde a virtude é alcançada ao viver de acordo com a natureza.
O documento discute o conceito de ética, traçando sua evolução histórica desde a Grécia Antiga até a Ética Contemporânea. Apresenta as visões de ética desenvolvidas por filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles, Kant e discute como a ética foi influenciada pela religião durante a Idade Média. Também diferencia ética de moral e aborda temas como liberdade e valores éticos.
O documento descreve os principais conceitos da filosofia antiga, incluindo o surgimento da filosofia na Grécia e os primeiros filósofos pré-socráticos. Aborda os conceitos de cosmologia, physis e devir desenvolvidos pelos pré-socráticos para explicar a origem e transformação do mundo natural. Também resume as ideias e métodos de Sócrates, como a maiêutica e a busca da essência das coisas através do diálogo.
O documento discute a diferença entre ética e moral, e apresenta uma visão histórica do pensamento ético na Grécia Antiga, no pensamento medieval e na modernidade. A ética é o estudo teórico dos sistemas morais, enquanto a moral refere-se às normas de uma dada cultura ou comunidade. As principais correntes éticas discutidas são o racionalismo, naturalismo, sofistas, Sócrates, Platão, Aristóteles, estoicismo e epicurismo na Grécia Antiga, e Agostinho, Renascimento
Aristóteles foi um filósofo grego nascido em 384 a.C. na Macedônia. Estudou na Academia de Platão por 20 anos e desenvolveu uma ética focada no bem humano determinado pela natureza e circunstâncias da razão.
O documento discute o conceito de ética, sua origem na Grécia Antiga com Sócrates, Platão e Aristóteles, e seu desenvolvimento ao longo da Idade Média e Moderna. Aborda temas como dever moral, virtudes, felicidade, liberdade e contradições enfrentadas pela ética.
Este documento fornece informações sobre educação de jovens e adultos, abordando tópicos como: 1) o material é organizado para aqueles que desejam completar os estudos rapidamente e de maneira eficiente; 2) o material foi elaborado por profissionais qualificados e respeita metodologias de aprendizagem modernas; 3) acredita-se que entendimento e reflexão sobre princípios como transparência e respeito permitirão alcançar padrões morais e éticos mais elevados.
Aristóteles sistematizou o conhecimento em diversas áreas, dividindo-o em ciências produtivas, práticas e teóricas. Ele desenvolveu uma metodologia dedutiva para classificar os seres vivos com base em características compartilhadas, estabelecendo as bases da taxonomia biológica moderna. Aristóteles também formulou a lógica silogística como forma de raciocínio válido para produzir conhecimentos universais a partir da experiência sensível do mundo natural.
O documento resume os principais períodos da filosofia grega antiga, incluindo: 1) o período pré-socrático, que se concentrou nas origens do mundo e transformações da natureza; 2) a Grécia clássica, dividida entre o período antropológico, focado em Sócrates, Platão e Aristóteles, e o período sistemático; 3) o período helenístico. Discute as visões de mundo de filósofos importantes como Tales, Pitágoras, Platão e Arist
A filosofia questiona a realidade de forma crítica e reflexiva, sem respostas definitivas. A filosofia do direito estuda os fundamentos e valores do sistema jurídico de forma sistemática, buscando adequar a lei aos ideais éticos da sociedade.
O documento resume conceitos-chave da filosofia de Aristóteles, incluindo sua biografia, pensamento sistemático, metafísica, teoria das causas, política, ética e concepção de felicidade.
1) Aristóteles criticou o dualismo platônico entre mundo sensível e mundo das ideias, defendendo que o conhecimento vem da experiência sensível.
2) Para Aristóteles, conhecer é perceber a essência e causas essenciais de algo, separando-as de características acidentais.
3) A razão permite classificar e organizar objetos de acordo com critérios, abstraindo suas essências.
O documento fornece uma introdução sobre o que é filosofia, discutindo sua origem etimológica, como uma atitude positiva em relação ao saber. Também aborda a distinção entre filosofia e ciência, com a filosofia procurando explicações mais amplas para questões fundamentais, enquanto a ciência se baseia no método científico e em dados observáveis. Por fim, apresenta algumas das principais áreas e questões da filosofia, como metafísica, epistemologia e ética.
A ética aristotélica busca a felicidade através do desenvolvimento das virtudes e da excelência humana. Aristóteles divide a natureza humana em três áreas de saber e apresenta suas ideias de forma mais sistematizada do que Platão. Ele caracteriza a virtude como resultado do hábito e do discernimento, necessário para a conduta ética.
O documento descreve a filosofia de Aristóteles, que estabeleceu uma enciclopédia do saber grego antigo e diferenciou os tipos de ciência de acordo com seus objetos e finalidades, incluindo a lógica como instrumento do conhecimento.
O documento discute a metafísica em Kant e Aristóteles, definindo metafísica, essência e existência, ser e substância, ato e potência. Explica que para Aristóteles a metafísica investiga o "ser enquanto ser", enquanto para Kant a metafísica pretende avançar além do conhecimento humano. Conclui que a metafísica é a ciência das causas primeiras em Aristóteles e que Kant considera metafísica como pretensão de conhecimento além dos limites humanos.
Apostila de filosofia 6o ef - 1o bimestreAndrea Parlen
O documento discute o que é filosofia e como ela surgiu. A filosofia surgiu quando os seres humanos começaram a exigir provas e justificativas racionais para suas crenças, ao invés de apenas aceitá-las. Ela se caracteriza pela atitude crítica de questionar ideias, valores e costumes estabelecidos de forma racional e objetiva. O documento também discute como a filosofia se desenvolveu a partir do mito entre os gregos antigos, passando a buscar explicações universais e lógicas ao inv
1) O documento discute a fundamentação do agir moral na racionalidade segundo Aristóteles e a distinção entre diferentes tipos de saber.
2) Aristóteles distingue entre phronesis (discernimento) e episteme (conhecimento científico), argumentando que o agir moral requer um tipo específico de racionalidade prática.
3) A dicotomia moderna entre fato e valor, questionada por Aristóteles, teve importantes implicações para a fundamentação do agir moral.
Para Platão, a felicidade se alcança através do equilíbrio entre as três partes da alma e o conhecimento do mundo inteligível, enquanto Aristóteles defende que a felicidade vem da realização da virtude humana, a razão, tanto na vida teórica quanto na prática ao longo da vida toda.
O documento discute conceitos fundamentais de ética e teorias éticas. Aborda a diferença entre moral e ética, e como a ética se refere a princípios e valores que orientam a conduta humana na sociedade. Também apresenta as principais teorias éticas, incluindo o relativismo moral, absolutismo moral, utilitarismo, fundamentalismo e a teoria kantiana.
1) O documento discute as éticas de Platão, Aristóteles, Zenão e Epicuro, que enfatizam a racionalidade, o bem humano e a busca pela felicidade e tranquilidade.
2) Zenão ensinou que a natureza humana é regida pela razão e virtude, e que não há vida após a morte.
3) Epicuro propôs uma religião baseada na reflexão interior e na busca da verdadeira felicidade através do prazer e evitando o medo.
O documento resume as principais idéias de vários filósofos, incluindo Tales de Mileto, Pitágoras, Heráclito, Parmênides, Zenão de Eléia, Empédocles, Anaxágoras, Platão, Sócrates, os sofistas, Aristóteles, Agostinho, os estóicos, os epicureus, os céticos, os neoplatônicos e Tomas de Aquino.
Este artigo analisa o conceito de felicidade em Aristóteles. Para Aristóteles, a felicidade é o bem supremo e fim último de todas as ações humanas. Ele define felicidade como uma atividade da alma de acordo com a virtude. Aristóteles argumenta que o governo deve promover a felicidade do povo, mas não privar as pessoas da felicidade individual.
Este documento apresenta uma introdução à ética filosófica, discutindo seus principais conceitos e objetivos. No primeiro capítulo, aborda-se como a busca pela felicidade motiva a reflexão ética sobre como viver bem e agir corretamente. A ética filosófica é então definida como a ciência normativa da ação humana que estabelece princípios para direcionar o comportamento em direção ao bem. Nos capítulos seguintes, serão discutidas questões como a relação da ética com outras áreas do saber e a
O documento discute os conceitos de ética, moral, deontologia e teleologia na filosofia. Explica que a ética é a reflexão sobre os princípios da vida moral, enquanto a moral são as regras de conduta de um grupo. A deontologia prioriza o dever e a justiça, em contraste com a teleologia, que prioriza o bem e a felicidade. Também discute conceitos como liberdade, determinismo e a relação entre ética e política.
O documento discute diferentes visões de felicidade de filósofos gregos como Epicuro, Platão e Aristóteles. Epicuro via felicidade como prazer resultante da satisfação dos desejos. Platão via como eudaimonia, derivada de termos que significam "bem-disposto" e "poder divino". Para Aristóteles, a felicidade está ligada à atividade prática da razão, não a prazeres ou riquezas.
O documento resume os principais conceitos da física, metafísica, psicologia, ética, política e lógica de acordo com Aristóteles. A física aristotélica foca no movimento e na mudança. A alma é dividida em vegetativa, sensitiva e intelectiva. A ética trata da virtude como um meio-termo e da felicidade. A política analisa a cidade-estado e diferentes formas de governo. A lógica inclui categorias, silogismos e os princípios da demonstração.
1. Ética a Nicômaco : Aristóteles
Esse livro intitulado como Ética a Nicômaco foi escrito por Aristóteles e
dedicado ao seu pai chamado Nicômaco. Essa obra é composta por dez livros, no
qual Aristóteles assume o papel de um pai preocupado com a educação e a
felicidade de seu filho, mas não somente isso, mas também a intenção de fazer
com que as pessoas reflitam sobre as suas ações e coloque a razão acima das
paixões, buscando a felicidade individual e coletiva, pois o ser humano é um ser
social e suas práticas devem visar o bem comum.
Biografia:
Aristóteles foi o primeiro pesquisador cientifico. O pensamento aristotélico
tomou umrumo diferente do de Platão, pois ele apoiou-se no espírito de
observação, próprio das ciências em sentido empírico.Também se preocupou
em estudar muitas obras anteriores, prova disso, são as varias citações feitas de
obras anteriores no seu livro.Compreendeu a necessidade de integrar o
pensamento anterior a sua própria pesquisa Tratou-se de conceituação de
palavras e termos num sentido amplo, aprofundado.
Nasceu em Estagira – Macedônia em 384 a.C.. Era filho do medico Nicômaco,
da corte do Rei Amintas II, pai de Filipe da Macedônia. Ainda na adolescência,
dirigiu-se para Atenas, pois na época era para esta cidade que os jovens
procuravam ir para terem uma boa formação. Duas escolas atraiam a atenção, a
do sofista Isócrates, e a de Platão. Com a morte de Alexandre (323), Aristóteles
teve de fugir a perseguição dos democratas atenienses, refugiando-se em
Calcide, na Eubeia onde morreu em322 a.C.
As principais obras de Aristóteles agrupadas por matérias, são: (1) Lógica:
Categorias, Da interpretação, Primeiro e segundo analíticos, Tópicos,
Refutações dos sofistas; (2) Filosofia da Natureza: física; (3) Psicologia e
antropologia: Sobre a alma, alem de um conjunto de pequenos tratados físicos;
(4) Zoologia: Sobre a historia dos animais; (5) Metafísica: Metafísica; (6) Ética:
Etica a Nicômaco, Grande Ética, Ética a Eudemo; (7) Política: Política,
Economia; (8) Retórica e poética: Retórica, Poética.
O dualismo platônico – o mundo da inteligência separado do mundo das coisas
sensíveis – visava antes de tudo a salvar a ciência, estabelecendo a coerência
necessária entre o conceito e seu objeto. O realismo de Aristóteles procura
restabelecer essa coerência sem abandonar o mundo sensível: explora a
experiência, e nela mesma insere o dualismo entre o inteligível e o sensível.
Lógica: Nos primeiros séculos da era cristã, os escritos lógicos de Aristóteles
foram reunidos sob a denominação de Organom.
Metafísica: Sob esse titulo estão reunidos 14 livros de Aristóteles que tratam do
ser no sentido mais amplo ou mais radical. Duas questões se destacam na
metafísica aristotélica: a da unidade do ser e a da existência de essências
separadas.
Ética e política: No dialogo perdido Da justiça já se anunciavam alguns dos
temas expostos nos oito fragmentos reunidos por Andronico sob o titulo de
Política. Escritos ao longo de toda a vida de Aristóteles, são tudo o que resta da
sua obra sobre o assunto. Foi o primeiro filosofo a distinguir a ética da política,
centrada a primeira na ação voluntária e moral do individuo enquanto tal, e a
segunda, nas vinculações deste com a comunidade.
Poética: Confere grande relevo a sua teoria da tragédia, que exerceu notável
2. influencia sobre o teatro desde a época do Renascimento.
Física e Ciências naturais: É a realidade sensível, na qual a idéia é inteiramente
envolvida pela matéria. O físico deve possuir um acurado espírito de
observação. A realidade natural, em seus aspectos mais gerais, é autônoma,
contrapondo-se a espontaneidade acidental que exprime os efeitos inesperados
que as coisas produzem em nos.
Resenha:
Livro I:
Toda arte e toda investigação, bem como toda ação e toda a escolha, visam a um
bem qualquer; e por isso que o bem é aquilo a que as coisas tendem. Mas entre
os fins observa-se uma certa diversidade: alguns são atividades, outros são
produtos distintos das atividades das quais resultam; e onde há fins distintos
das ações, tais fins são, por natureza, mais excelentes do que as últimas.
Se existe para as coisas que fazemos, algum fim que desejamos pro si mesmo e
tudo o mais é desejado por causa dele, evidentemente tal fim deve ser o bem, ou
melhor, o sumo bem. Esse bem é objeto da ciência mais prestigiosa e que
prevalece sobre tudo. Esta é a ciência política, pois é ela que determina quais as
ciências que devem ser estudadas em uma cidade-estado. A finalidade dessa
ciência deve abranger a finalidade das outras, de maneira que essa finalidade
deverá ser o bem humano.
As ações belas e justas, que a ciência política investiga, admitem grande
variedade e flutuações de opinião. Devemos contentar-nos em indicar a verdade
de forma aproximada e sumária. Pois é característica do homem instruído
buscar a precisão. É em torno dos fatos da vida que giram as discussões
referentes à ciência política.
Todo conhecimento e todo trabalho visa a algum bem, procuremos então o mais
alto de todos os bens que se podem alcançar pela ação. Esse bem supremo é a
felicidade e consideram que o bem viver e o bem agir equivalem a ser feliz.
Quem quiser ouvir com proveito as exposições sobre o que é nobre e justo, é
preciso ter sido educado nos bons hábitos. O fato é o princípio, ou ponto de
partida, ele deve ser claro para o ouvinte, sem ter necessidade de explicar
porque é assim.
Pode-se dizer com efeito, que existem três tipos principais de vida: a vida
agradável, a vida política e a vida contemplativa.
Os homens de discernimento parecem buscar a honra visando ao
reconhecimento de seu valor, para eles a virtude é mais excelente do que o título
ou o status.
Quanto a vida dedicada a ganhar dinheiro, é uma vida forçada, e a riqueza não é,
o bem que estamos procurando: trata-se de uma coisa útil, nada mais, e
desejada no interesse de outra coisa. A piedade exige darmos primazia à
verdade.
O termo bem é usado tanto na categoria de substância, quanto na de qualidade e
na de relação, e o que existe por si mesmo, ou seja, a substância, é anterior por
natureza ao relativo, então, não pode haver uma idéia comum a ambos esses
bens. É evidente que o bem não pode ser algo único e universalmente presente
em todos os casos, pois se fosse assim, ele não poderia ter sido predicado em
todas as categorias, mas apenas em uma. A ciência e uma só, teria de haver uma
única ciência de todos os bens. Mas o fato é que as ciências são muitas, mesmo
3. das coisas compreendidas em uma só categoria: por exemplo, a da
oportunidade, pois esta, na guerra, é estudada pela estratégia, e na saúde pela
medicina, e a moderação nos alimentos é estudada na medicina, e nos
exercícios, pela ciência da educação física.
Os pitagóricos parecem fazer uma concepção mais plausível acerca do bem
quando põe o “um” na coluna dos bens. Poder-se-ia objetar ao que acabamos de
dizer, o fato de que eles (os platônicos) não falam de todos os bens, e que os
bens buscados e amados por si mesmos são chamados bons em referência a uma
idéia única. Separemos, portanto, as coisas boas em si mesmas das coisas úteis,
e vejamos se as primeiras são chamadas boas em referencia a uma única idéia.
Quanto à honra, a sabedoria e ao prazer, no que concerne a sua bondade, os
conceitos são diversos e distintos. Do mesmo modo que a visão é boa para o
corpo, a razão é boa para a alma.
Os bens que são atingíveis e realizáveis e usando-o como uma espécie de
padrão, conhecermos melhor os bens que verdadeiramente são bons para nos, e,
desse modo, poderemos atingi-los. Ele se mostra diferente nas diversas ações e
artes. Em função de alguma outra coisa, segue-se que nem todos os fins são
absolutos; mas o bem supremo é claramente algo absoluto. Chamamos de
absoluto e incondicional aquilo que é sempre desejável em si mesmo e nunca no
interesse de outra coisa.
Ora, parece que a felicidade, acima de qualquer outra coisa, e considerada como
esse sumo bem. Ela é buscada sempre por si mesma e nunca no interesse de
uma outra coisas; enquanto a honra, o prazer, a razão, e todas as demais
virtudes, ainda que as escolhamos por si mesmas, fazemos isso no interesse da
felicidade, pensando que por meio dela seremos felizes. Mas a felicidade
ninguém a escolhe tendo em vista alguma outra virtude, nem, de uma forma
geral, qualquer coisa alem dela própria.
A mesma conclusão o raciocínio parece levar, considerado sob o ângulo da auto-
suficiência, visto que o bem absoluto é considerado auto-suficiente, já que o
homem é um animal político. Definimos a auto-suficiência como aquilo que, em
si mesmo, torna a vida desejável por não ser carente de nada. E é desse modo
que entendemos a felicidade. A felicidade é algo absoluto e auto-suficiente, e a
finalidade da ação. Mas dizer que a felicidade é o bem supremo talvez pareçam
uma trivialidade.
Estamos agora, buscando saber o que é peculiar ao homem. Excluamos, pois, as
atividades de nutrição e crescimento. Resta, portanto, a atividade do elemento
racional do homem, desta, uma parte tem esse principio racional no sentido de
ser obediente a ele, e a outra, no sentido de possuí-lo e de pensar.
A função do homem é uma atividade da alma que implica um principio racional
com ações da alma boas e nobre. O bem do homem vem a ser a atividade da
alma em consonância com a virtude e, se há mais de uma virtude, em
consonância com a melhor e mais completa entre elas.
O progresso das artes deve-se ao fato de que qualquer um pode acrescentar o
que está faltando. Devemos igualmente recordar o que foi dito antes e não ficar
insistindo em encontrar a precisão em tudo, mas, em cada classe de coisas,
devemos buscar apenas a precisão que o assunto comporta, e ate o ponto que for
apropriado à investigação. O fato é o ponto de partida dos primeiros princípios.
Eles têm grande influencia na seqüência da investigação.
Os bens têm sido divididos em três classes; alguns foram descritos como
exteriores, e outros como relativos à alma ou ao corpo. Consideramos os bens
que se relacionam com a alma como bens no mais próprio e verdadeiro sentido
4. do termo, e como tais classificaram as ações e atividades psíquicas. O homem
feliz vive bem e age bem, visto que definimos a felicidade como uma espécie de
boa vida e boa ação.
Os prazeres estão em conflito uns com os outros porque não são aprazíveis por
natureza. O homem não se compraz com as ações nobres não é sequer bom; e
ninguém chamaria de justo o homem que não sente prazer em agir justamente,
nem liberal o que não sente prazer nas ações liberais e do mesmo modo com
todas as outras virtudes.
Das coisas a mais nobre e mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce e
ter o que amamos. A melhor atividade é a felicidade. A felicidade necessita
igualmente dos bens exteriores. A definição de felicidade é: certa atividade da
alma conforme a virtude. A felicidade é inerente ao homem. Para a felicidade é
preciso não apenas virtude completa, mas também uma vida completa. O que
consiste a felicidade são as atividades virtuosas, e as atividades viciosas nos
conduzem a situação oposta. Pensamos que o homem verdadeiramente bom e
sábio suporta com dignidade todas as contingências da vida e sempre tira o
maior proveito das circunstancias.
A finalidade da vida política e o melhor dos fins, e que o principal empenho
dessa ciência é fazer com que os cidadãos sejam bons e capazes de nobres ações.
A felicidade é louvável ou estimada? O louvor convém a virtude, fica claro que a
felicidade é algo louvável e perfeito. Porque ela é o primeiro principio, pois
fazemos todas as coisas tendo-a em vista, e o primeiro principio e causa dos
bens é algo louvável e divino.
Uma vez que a felicidade é então, uma atividade da alma conforme a virtude
perfeita, o homem verdadeiramente político é aquele que estudou a virtude
acima de todas as coisas, visto que ele deseja tornar os cidadãos homens bons e
obedientes às leis. A virtude que devemos examinar é a virtude humana, não a
do corpo, mas a da alma. A alma é constituída de uma parte racional e outra
privada de razão (o instinto). Louvamos um homem sábio referindo-nos a sua
disposição de espírito, e as disposições de espírito louváveis chamamos virtudes.
Livro II:
Há duas espécies de virtude, a intelectual e a moral. A primeira deve, em grande
parte, sua geração e crescimento ao ensino, e por isso requer experiência e
tempo; ao passo que a virtude moral é adquirida em resultado do hábito, de
onde o seu nome se derivou, por uma pequena modificação dessa palavra. As
virtudes dá-se exatamente o oposto: adquirimo-las pelo exercício, tal como
acontece com as artes. Nossas disposições morais ou caráter nascem de
atividades semelhantes a elas. É por essa razão que devemos atentar para a
qualidade dos atos que praticamos, pois nossas disposições morais
correspondem às diferenças entre nossas atividades. Ser feliz é usar a razão com
propriedade e fazer de tal modo que isso se torne uma virtude.
Devemos agora examinar a natureza dos atos, ou seja, como devemos praticá-
los. Com efeito, os atos determinam a natureza das disposições morais.
O prazer ou a dor que sobrevêem aos atos devem ser tomados como sinais
indicativos de nossas disposições morais. A excelência moral relaciona-se com
prazer e sofrimento; é por causa do prazer que praticamos más ações, e por
causa do sofrimento que deixamos de praticar ações nobres.
A virtude e o vício se relacionam com as mesmas coisas. Existem três objetos de
escolha e três de rejeição: o nobre, o vantajoso, o agradável; e seus contrários, o
5. vil, o prejudicial e o doloroso. Em relação a todos eles o homem bom tende a
agir certo e o homem mal agir errado.
É pela prática de atos justos que o homem se torna justo.
Na alma se encontram três espécies de coisas – paixões, faculdades e
disposições –, a virtude deve ser uma dessas. As virtudes não são paixões nem
faculdades só podem ser disposições.
O meio-termo não é o único e nem o mesmo para todos, o excesso e a falta
destroem a excelência dessas obras, ao passo que o meio-termo a preserva,
virtude deve ter a qualidade de visar ao meio-termo.
A virtude é, então, uma disposição de caráter relacionada com a escolha de
ações e paixões, e consistente numa mediania. A virtude é um meio-termo entre
dois vícios, um dos quais envolve excesso e o outro falta, e isso porque a
natureza da virtude é visar à mediania nas paixões e nos atos.
Livro III:
Apenas as paixões e ações são louvadas ou censuradas, ao passo que as
involuntárias recebem perdão e às vezes inspiram compaixão, parece necessária
a quem estuda a natureza da virtude a distinção entre o voluntário e o
involuntário. São consideradas involuntárias aquelas ações que ocorrem sob
compulsão ou por ignorância.
Tudo o que é feito por ignorância é não-voluntario, e só o que produz sofrimento
e arrependimento é involuntário. Tendo definido o voluntário e o involuntário,
devemos passar agora ao exame da escolha, a qual, com efeito, parece estar mais
intimamente ligada a virtude do que as ações.
Agir por ignorância também parece diferir de agir na ignorância.
O desejo se relaciona com os fins, e a escolha com os meios. A escolha é louvada
pelo fato de relacionarem-se com o objeto conveniente ou por ser acertada, ao
passo que a opinião é louvada quando é verdadeira. Escolhemos o que sabemos
ser melhor. A escolha é um desejo deliberado de coisas que estão ao nosso
alcance, pois, após decidir em decorrência de uma deliberação, passamos a
desejar de acordo com o que deliberamos.
O desejo tem por objetivo o fim, algumas pessoas pensam que esse fim é o bem.
No sentido absoluto e verdadeiro o objeto de desejo é o bem, mas para cada
pessoa em particular é o bem aparente. Escolhemos o agradável como um bem e
evitamos o sofrimento como um mal. Os fins aquilo que desejamos, e os meios
aquilo sobre o que deliberamos e que escolhemos as ações relativas aos meios
devem concordar com a escolha e ser voluntárias.
É preciso ter nascido com uma visão moral. Dessa qualidade é a excelência
perfeita no que tange aos dotes naturais.
Homem bom adota voluntariamente os meios, a virtude é voluntária, e o vicio
não será menos voluntário. As virtudes são meios e também são disposições de
caráter, que, alem disso, tendem por sua própria natureza a realização dos atos
pelos quais elas são produzidas; que dependem de nós, são voluntárias e agem
de acordo com as predisposições da regra justa.
As virtudes são como: coragem. A coragem é um meio-termo em relação aos
sentimentos de medo e temeridade. A coragem é um meio-termo no que tange
as coisas que inspiram confiança ou temor. Não são corajosas essas criaturas
que são impelidas para o perigo pelo sofrimento ou a paixão. A coragem devida
à paixão parece ser a mais natural. É por enfrentarem o que é penoso que os
homens são chamados corajosos.
6. Depois da coragem, falaremos da temperança, visto que estas parecem ser as
virtudes da parte irracional da alma. Dissemos que a temperança e um meio-
termo em relação aos prazeres. A intemperança parece uma disposição mais
voluntária do que a covardia, portanto a intemperança é mais involuntária, e
por isso mesmo ela é mais censurável. Mas a covardia parece ser voluntária em
grau diferente de suas manifestações particulares.
Livro IV:
Falemos agora da liberalidade. Aparentemente ela é o meio-termo em relação à
riqueza. A riqueza será melhor usada pelo homem que possui a virtude
relacionada com a riqueza, e esse é o homem liberal. É mais próprio da virtude
fazer o bem do que recebê-lo, bem como praticar ações nobres mais do que
abster-se de ações ignóbeis.
O termo liberalidade e usado considerando as posses de um homem, pois essa
virtude não reside na grande quantidade de dádivas, mas na disposição de
caráter de quem dá, e esta é proporcional as suas posses. A liberalidade é um
meio-termo entre dar e obter riquezas.
A avareza consiste em duas coisas: a deficiência no dar e o excesso no tomar.
Uma disposição de caráter e determinada pelas suas atividades e pelos seus
objetos. É o caráter do homem magnificente. O homem que se inclina para o
excesso e é vulgar e extravagante excede-se, gastando além do que seria justo.
A magnanimidade, até por seu nome, parece relacionar-se com coisas
grandiosas, é o que busca a grandeza da alma.
Magnânimo é o homem que se considera digno de grandes coisas e está a altura
delas. Aquele que é pouco merecedor e assim se considera é temperante e não
magnânimo. Homem verdadeiramente magnânimo deve ser necessariamente
bom. A grandeza em todas as virtudes deve ser característica do homem
magnânimo. É preciso para ser magnânimo possuir um caráter bom e nobre.
Conduzir-se-á também com moderação no que diz respeito ao poder. Pois
somente os homens bons merecem ser distinguido com honras.
A calma e um meio-termo em relação à cólera. A falta quer seja ela um tipo de
pacatez, quer outra coisa, é censurável, são considerados tolos.
Uma vez que a vida é feita não só de atividade, mas também de repouso, e este
inclui o lazer e o entretenimento, parece haver aqui também uma espécie de
intercambio que se relaciona com o bom gosto.
Livro V:
No que diz respeito a justiça e a injustiça devemos indagar com que espécie de
ações se relacionam elas, que espécie de meio-termo é a justiça. Justiça é a
virtude completa, por isso, a justiça é muitas vezes considerada a maior das
virtudes. Justiça é a virtude completa no mais próprio e pleno sentido do termo,
porque é o exercício atual da virtude completa. Ela é completa porque a pessoa
que a possui pode exercer sua virtude não só em relação a si mesmo, como
também em relação ao próximo.
O justo é, por conseguinte, uma espécie de termo proporcional, a proporção é
uma igualdade de razões, envolve no mínimo quatro termos. Temos então que a
justiça distributiva é a conjunção do primeiro termo de uma proporção com o
terceiro, e do segundo com o quarto, e o justo neste sentido é o meio-termo, e o
injusto é o que viola a proporção, pois o proporcional é o intermediário, e o
7. justo é o proporcional, de proporção geométrica.
O justo é o proporcional, e o injusto é o que viola a proporção. O igual é o meio-
termo entre a linha maior e alinha menor, de acordo com uma proporção
aritmética, e essa e a origem do termo justo, onde o juiz é que media a situação.
O justo é intermediário entre uma espécie de ganho e uma espécie de perda nas
transações que não são voluntárias, e consiste em ter uma quantidade igual
antes e depois da transação.
A reciprocidade deve fazer-se de acordo com uma proporção e não na base de
uma retribuição exatamente igual, e é pela retribuição proporcional que a cidade
se mantém unida.
A justiça é uma espécie de meio-termo, mas não no mesmo sentido que as
outras virtudes, e sim porque ela se relaciona com uma quantia ou quantidade
intermediaria, ao passo que a injustiça se relaciona com os extremos. O
magistrado é um guardião da justiça e, portanto, também guardião da
igualdade.
Uma classe de atos justos se compõe de atos que estão em consonância com
alguma virtude e que são prescritos pela lei.
Livro VI:
Dividimos as virtudes da alma e dissemos que algumas são virtudes do caráter e
outras do intelecto. Dissemos antes que a alma tem duas partes: a que concebe
uma regra ou principio racional, e a privada de razão. Façamos agora uma
distinção semelhante no interior da primeira, admitindo que sejam duas as
partes racionais: uma pela qual contemplamos as coisas cujas determinantes
são invariáveis, e outra pela qual contemplamos as coisas passiveis de variação.
A virtude de algo se relaciona com o seu funcionamento apropriado, e são três
os elementos da alma que controlam a ação e a verdade: sensação, razão e
desejo. A afirmação e negação no raciocínio correspondem à busca e a repulsa
na esfera do desejo. A virtude moral é uma disposição de caráter relacionado
com a escolha, e a escolha é um desejo deliberado.
O conhecimento científico é um estado que nos torna capazes de demonstrar se
um homem tem conhecimento cientifico quando tem uma convicção a qual
chegou de determinada maneira, e conhece os pontos de partida, pois se estes
últimos não lhe são mais bem conhecidos do que a conclusão, ele terá o
conhecimento de modo puramente acidental. A arte é uma capacidade
raciocinada de produzir, e não há arte alguma que não seja uma capacidade
dessa espécie.
Julga-se que seja característico de um homem dotado de sabedoria pratica ser
capaz de deliberar bem acerca do que é bom e conveniente para ele, não sob um
aspecto particular, mas sobre aqueles que contribuem para a vida boa de um
modo geral. Sabedoria pratica não pode ser ciência, nem arte. É uma capacidade
verdadeira e raciocinada de agir no tocante as coisas que são boas ou más para o
homem. A sabedoria prática é uma virtude e não uma arte. As pessoas
ignorantes são mais praticas que aquelas que têm sabedoria teórica porque elas
agem de forma instintiva ou instantânea, enquanto que as sabias agem com
raciocínio, portanto necessitam de mais tempo.
As disposições da alma pelas quais possuímos a verdade são: o conhecimento
científico, a sabedoria prática, a sabedoria filosófica e a razão intuitiva, e se a
disposição da alma pela qual aprendemos as primeiras causas não pode ser
nenhuma das três primeiras, resta somente uma alternativa, a saber, que é a
8. razão intuitiva que aprende os primeiros princípios. A sabedoria deve ser uma
combinação da razão intuitiva com o conhecimento científico. A sabedoria
política e a sabedoria prática correspondem à mesma disposição de alma, porém
sua essência não é a mesma.
Também temos como virtudes a inteligência e a perspicácia. A inteligência não
consiste em ter ou adquirir sabedoria prática, mas assim como aprender é
chamado entendimento quando significa o exercício da faculdade de conhecer.
Discernimento é a faculdade pela qual os homens são juizes humanos, a reta
discriminação do eqüitativo. Um homem eqüitativo é, sobretudo, um homem de
discernimento humano.
A função de um homem somente é perfeita quando esta de acordo com a
sabedoria prática e com a virtude moral, pois esta faz com que nosso objetivo
seja certo, e a sabedoria prática, com que escolhemos os meios certos. Não é
possível possuir sabedoria prática sem ser bom. Sócrates estava errado em
pensar que todas as virtudes fossem formas de sabedoria prática, e certo em
pensar que as virtudes implicavam sabedoria prática.
Então, não é possível ser bom, no sentido estrito da palavra, sem sabedoria
prática, nem é possível ter essa sabedoria sem ter a virtude moral.
Livro VII:
Há três espécies de disposições morais a ser evitadas: o vício, a incontinência e a
bestialidade. As disposições contrárias a duas delas são evidentes: uma chamou
de virtude e a outra de continência. Se os homens se tornaram deuses pelo
excesso de virtude, evidentemente deve ser dessa espécie a disposição contrária
a bestialidade.
Agora discutiremos a incontinência e a frouxidão (efeminação), e também suas
disposições contrárias, a continência e a fortaleza. Considera-se que tanto a
continência quanto a fortaleza estão incluídas entre as coisas boas e louváveis, e
que tanto a incontinência quanto a frouxidão incluem-se entre as coisas más e
censuráveis.
Em primeiro lugar devemos investigar se as pessoas incontinentes agem tendo
ou não ciência de seus atos, e em que sentido; e a seguir investiguemos com que
espécie de objetos se relaciona o homem incontinente e o continente, e se as
pessoas continentes e as dotadas de fortaleza são as mesmas ou diferentes; e
analogamente no que diz respeito aos outros assuntos de nossa investigação. A
continência é a moderação e a incontinência o exagero ou exaltação. A
bestialidade é um mal menor do que o vício.
O hábito é adquirido pela prática, ate fazer-se próprio da natureza humana, no
seu raciocínio instantâneo.
Nos versos de Homero que fala sobre o cinto bordado de Afrodite: E ali estão os
sussurros de amor, tão sutis que roubam a razão aos mais sábios espíritos. O seu
apetite por Afrodite venda a sua razão, e ele age pela emoção.
Um homem mau causará muito mais mal do que um animal irracional.
A diversão é um relaxamento da alma, visto que é uma pausa no trabalho; e o
homem que gosta demasiadamente de diversões excede-se em tais coisas. Entre
as espécies da incontinência, uma é a impetuosidade, e outra é a indolência. O
homem incontinente é como aqueles que se embriagam rapidamente e com
pouco vinho. Uma vez que as pessoas incontinentes tendem a buscar, não por
convicção, prazeres do corpo que são excessivos e contrários a reta da razão.
Como diz Eveno, o hábito é tão-somente uma longa prática que por fim faz-se
9. natureza.
O estudo do prazer e do sofrimento também pertence ao campo do filosófico
político, pois ele é o arquiteto do fim com vista no qual dizemos que uma coisa é
má e outra é boa, em absoluto. Os argumentos em favor do ponto de vista dos
que negam absolutamente que o prazer seja um bem são: todos os prazeres são
processos conscientes em direção a uma disposição natural. Os prazeres que não
envolvem sofrimento não admitem excesso, e esses se incluem entre as coisas
agradáveis por natureza.
Terminamos aqui nossa discussão acerca da continência e da incontinência, e do
prazer e do sofrimento, mostramos o que cada um é em si, e em que sentido
alguns são bons e outros maus. Agora nos resta falar da amizade.
LivroVIII:
É necessário fazer uma discussão acerca da natureza da amizade, já que é uma
virtude ou implica virtude, e alem disso é extremamente necessária a vida.
Ela estimula a prática de nobres ações, pois com amigos – dois que andam
juntos – as pessoas são mais capazes de agir e de pensar. Quando os homens são
amigos não necessitam de justiça, ao passo que mesmo os justos necessitam
também da amizade; e considera-se que a mais autentica forma de justiça é uma
espécie de amizade.
As pessoas amam por três motivos. Para o amor dos objetos inanimados não
empregamos a palavra “amizade”, visto que não ocorre neste caso reciprocidade
de afeição. É em espécie também que diferem as correspondentes formas de
amor e amizade.
Aqueles que fundamentam sua amizade no interesse amam-se por causa de sua
utilidade, por causa de algum bem que recebem um do outro, mas não amam
um ao outro por si mesmo. O mesmo se pode dizer a respeito dos que se amam
por causa do prazer, não é por causa do caráter que os homens amam por causa
do prazer; não é por causa do caráter que os homens amam as pessoas
espirituosas, mas porque as consideram agradáveis. Desse modo, os que amam
as outras pessoas por interesse, amam pelo que são bons para eles mesmos, e
agradável a eles, e não porque o outro é a pessoas amada, mas porque ela é útil
ou agradável.
A amizade perfeita é aquela que existe entre os homens que são bons e
semelhantes na virtude, pois tais pessoas desejam o bem um ao outro de modo
idêntico, e são bons em si mesmos. O amor e amizade, portanto, ocorrem
principalmente e em sua melhor forma entre homens desta espécie. Uma
amizade desta espécie exige tempo e intimidade. O mesmo vale para a amizade
que busca a utilidade, pois as pessoas boas também são úteis reciprocamente.
Uma vez que a amizade divide-se em duas espécies, os maus serão amigos
visando à utilidade ou ao prazer, pois com relação a esse aspecto se
assemelharão um ao outro; entretanto, os bons serão amigos por eles mesmos,
isto é, por causa da sua bondade. Eles, portanto, são amigos no sentido absoluto
da palavra.
Parece que o amor é um sentimento e a amizade é uma disposição de caráter.
Não se pode ser amigo de muitas pessoas no sentido de ter com elas uma
amizade perfeita, da mesma maneira que não se podem amar muitas pessoas ao
mesmo tempo. Pois não passam juntos os seus dias, nem se comprazem na
companhia uma da outra; e estas são consideradas as características marcantes
da amizade e do amor. É preciso, para uma amizade perfeita, que as duas partes
10. adquiram experiência recíproca e se tornem intimas, e isso custa muito esforço.
A amizade e a justiça parecem se relacionar com os mesmos objetos e
manifestar-se entre as mesmas pessoas.
Há três espécies de constituição e igual número de desvios ou perversões, por
assim dizer, daquelas. São elas: a monarquia, a aristocracia, e em terceiro lugar
a que se baseia na posse de bens e que seria talvez apropriado chamar
timocracia, embora a maioria chame governo do povo.
Nas amizades que se baseiam na virtude não surgem queixas; aqui, a intenção
do benfeitor é uma espécie de medida, uma vez que na intenção se encontra o
elemento essencial da virtude e do caráter. O homem que não contribui com
nada para o bem comum não é distinguido com honras, pois o que pertence à
comunidade. Não é possível receber ao mesmo tempo riqueza e honra do
patrimônio comum.
Livro IX:
As relações amigáveis com o seu semelhante e as características pelas quais se
definem as amizades parecem derivar das relações de um homem para consigo
mesmo. Definimos um amigo como aquele que deseja e faz, ou parece desejar e
fazer o bem no interesse de seu amigo, ou como aquele que deseja que seu
amigo exista e viva por si mesmo, ou também o amigo como aquele que vive na
companhia de uma outra pessoa e tem os mesmos gostos que essa pessoa.
A benevolência é um elemento da relação amigável, mas não é a amizade. A
conformidade de opinião também parece ser uma relação amigável; ela não é
identidade de opinião. Quando os homens têm a mesma opinião sobre o que é
de seu interesse, escolhem as mesmas ações e fazem em comum aquilo que
decidiram.
Todos os homens aprovam e louvam os que se dedicam com empenho
excepcional em ações nobres; concorreria para o bem comum e cada um
asseguraria para si os maiores bens, uma vez que a virtude é o bem maior que
existe. Por isso, a pessoa boa deve ser amiga de si mesma (pois ela mesma se
beneficiará com a prática de atos nobres, ao mesmo tempo em que beneficiará o
seu próximo).
O homem é um ser político e está em sua natureza viver em sociedade. E
certamente é melhor passar os dias com amigos e pessoas boas que com
estranhos ou companheiros casuais. Desse modo, o homem feliz necessita de
amigos, que precisam ser virtuosos.
A felicidade é uma atividade, algo que nos pertence. Considera-se que o homem
feliz deve ter uma vida agradável.
Livro X:
Depois desses assuntos parece que devemos examinar o prazer. Pensa-se
também que comprazer-se com as coisas apropriadas e desprezar as que se deve
desprezar tem grande influencia na formação do caráter virtuoso. O prazer não
é um meio-termo, pois é antagônico ao sofrimento, portanto deve-se objetivar o
agradável ou satisfação que no caso quando for uma interação entre duas ou
mais pessoas, todas devem se equivaler nesse sentimento. Devemos nos
precaver do prazer, pois não podemos julgar com imparcialidade.
Depois de falarmos das virtudes, das formas de amizade e das várias espécies de
prazer, resta-nos discutir em linhas gerais a natureza da felicidade, já que
11. afirmamos que ela é o fim da natureza humana. A felicidade não está em
passatempos e divertimentos, e sim nas atividades virtuosas e contemplativas.
A sabedoria prática também esta ligada ao caráter virtuoso e este a sabedoria
prática, visto que os princípios desta são conformes as virtudes morais e a
retidão moral é conforme a sabedoria prática. As virtudes morais, por estarem
ligadas as emoções, devem também se relacionar a nossa natureza composta, e
as virtudes morais de nossa natureza composta são humanas; por conseguinte,
também são humanas a vida e a felicidade que lhes correspondem. Todavia, a
excelência da razão e uma coisa a parte. Enquanto homem que convive com os
outros, ele deseja praticar ações conformes à virtude, e desse modo também
necessitara das coisas que facilitam a vida humana. Para-se proceder
virtuosamente deve-se ter recursos moderados.
A felicidade perfeita é uma atividade contemplativa.
Alguns pensam que por natureza nos tornamos bons, outros pelo hábito, e
outros pelo ensino, mas em decorrência de alguma causa divina.
Apenas em Esparta, ou quase exclusivamente nessa cidade, o legislador parece
ter-se detido nas questões de educação e de trabalho.
Para completarmos da melhor maneira possível a nossa filosofia da natureza
humana é necessário conhecer as leis profundamente.
Para compreensão da ética de Aristóteles é de suma importância saber que: os
filósofos são
os que amam e honram a razão acima de todas as coisas, conduzindo-se com
justiça e nobreza.
Todas essas qualidades fazem com que o filosofo seja o mais feliz dos homens. O
ser humano tem que se realizar virtuosamente naquilo que lhe é natural, a sua
razão. Viver bem é viver de acordo com o bom desenvolvimento do espírito
racional.
A razão deve dirigir o cotidiano, para dominar as paixões e criar bons hábitos, e
a mediania entre as atitudes também é importante, pois estabelece um
equilíbrio.
Resenha elaborada pelo acadêmico da Universidade Federal do Tocantins –
Naldson Ramos da Costa Júnior
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um
modo de agir, mas um hábito” (Aristóteles)