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“INFORMÁTICA, O HARDWARE DA VIDA”
Uma proposta de ensino integrado da Informática
Sónia Durão
Grupo 550
30/01/2012
Uma proposta de ensino integrado da Informática
1
O futuro constrói-se no presente.
O papel da Informática nessa construção é inquestionável.
Propõe-se uma visão estruturada e integrada da área curricular de Informática ao longo
do percurso educativo do aluno, com uma intervenção adaptada às diferentes fases desse
percurso.
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permitir ao aluno uma aprendizagem construtiva ao longo da escolaridade.
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último ano do 3º ciclo do ensino básico que os alunos apreendem conceitos, trabalham com
ferramentas e concebem produtos digitais. Assim sendo, compreende-se a posição daqueles que
defendem a supressão da disciplina neste nível de ensino.
Por outro lado, a defesa de que as tecnologias de informação e comunicação deverão ser
trabalhadas transversalmente em cada uma das outras disciplinas não é viável por três razões
fundamentais. Em primeiro lugar, as exigências programáticas das diferentes áreas curriculares
não se compadecem com a necessidade de dispêndio de tempos letivos que visem capacitar os
alunos no domínio dessas tecnologias. Em segundo, o aluno assumiria um papel meramente
passivo nessa aprendizagem, uma vez que na esmagadora maioria das salas de aulas apenas
existe um computador por sala (ferramenta do docente). De cariz eminentemente prático, a
disciplina ficaria esvaziada de sentido com essa postura passiva por parte dos discentes. Por fim,
mas não menos importante, um ensino de qualidade exige que, prioritariamente, sejam os
professores profissionalizados em informática os que deveriam lecionar esses conteúdos e
trabalhar as metas a que os mesmos conduzem. E posteriormente os que detêm habilitação
própria. Seria importante não esquecer a regularização das ofertas de escola em prol dessa
mesma qualidade. Não é credível que os professores das restantes áreas curriculares reúnam o
mesmo perfil técnico que um professor com formação específica nesta área.
Nesta proposta, perspetiva-se o ensino estruturado da Informática nos primeiros dois
ciclos do ensino básico. Os alunos do 1º ciclo do ensino básico entrariam em contato com as
novas tecnologias através do computador “Magalhães” e dessa forma rentabilizar-se-ia um
equipamento que, de outra forma seria desaproveitado. Os professores de Informática dariam o
apoio tanto a docentes como a alunos, fazendo a necessária ponte entre os diferentes domínios
Uma proposta de ensino integrado da Informática
2
da aprendizagem e já capacitando os discentes para uma aprendizagem pela descoberta nos
primeiros quatro anos do seu percurso educativo.
Seria no 2º ciclo que a Informática surgiria como disciplina autónoma. Com um programa
de conteúdos concebido para aplicação nos “curricula” nacionais, estabeleceria um conjunto de
metas educativas que definiriam os saberes que os alunos deveriam adquirir nesta fase,
permitindo-lhes conhecer as ferramentas com que poderão construir posteriormente a sua
aprendizagem.
É no 3º ciclo do ensino básico que a disciplina de Informática assume a sua essência
fundamental como construtora do seu próprio domínio de saberes enquanto “oficina da
informática”. Os alunos, conhecendo já algumas das diversas ferramentas disponíveis e
dominando também os diferentes saberes que terão que aplicar, são convidados a produzir o seu
próprio conhecimento com essas ferramentas a partir das quais irão “realimentar” o processo de
ensino – aprendizagem através da produção digital de trabalhos para as outras disciplinas. Desta
forma, é conseguida uma verdadeira e eficaz articulação interdisciplinar, com os discentes a
participarem ativa e construtivamente na sua aprendizagem. Ao contrário do que sucede
atualmente, desenvolver-se-iam ao máximo as valências e potencialidades de uma disciplina que
não só permite a aquisição de competências técnicas, como facilita as aprendizagens das outras
áreas curriculares, tornando o aluno mais autónomo e ativo na construção do seu conhecimento.
Ao professor de informática caberá um papel interventivo, sendo um orientador que
apresenta/demonstra as diferentes ferramentas que se podem considerar perante uma situação
concreta.
As competências da comunicação e apresentação são desenvolvidas, recorrendo a um
exercício constante de reflexão, cooperação e interação entre os alunos e entre estes e os
professores, visando a responsabilização, a consolidação e a relacionação das aprendizagens nas
diversas áreas curriculares, bem como a dimensão da descoberta e da criação prática do
conhecimento.
Finalmente, no ensino secundário, defende-se a criação de uma área de prosseguimento
de estudos de vocação mais técnica e operativa, onde a disciplina de Informática seria opcional,
mas nuclear. O aluno nesta fase do seu percurso educativo seria munido das competências e
saberes que lhe permitiriam conceber as suas próprias ferramentas de trabalho (Ex.:
Programação, Redes e Base de dados).
Vivemos na era do conhecimento e da comunicação. Aos nossos jovens pede-se como em
nenhum outro tempo, o domínio das tecnologias de informação e comunicação. Neste contexto,
deverá constituir um desígnio dos “curricula” nacionais dotar os nossos alunos com as
competências que lhes permitam atingir o sucesso numa sociedade cada vez mais exigente e
competitiva e num mercado de trabalho também ele cada vez mais especializado. As disciplinas
de Informática fornecem-lhes essas competências como nenhuma outra.
Sónia Durão
Uma proposta de ensino integrado da Informática
3
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  • 1. “INFORMÁTICA, O HARDWARE DA VIDA” Uma proposta de ensino integrado da Informática Sónia Durão Grupo 550 30/01/2012
  • 2. Uma proposta de ensino integrado da Informática 1 O futuro constrói-se no presente. O papel da Informática nessa construção é inquestionável. Propõe-se uma visão estruturada e integrada da área curricular de Informática ao longo do percurso educativo do aluno, com uma intervenção adaptada às diferentes fases desse percurso. Como área de saber transversal, a Informática deveria disponibilizar às restantes áreas curriculares, um manancial de ferramentas de pesquisa e trabalho, que as exigências do ensino e a nova realidade social do século XXI impõem como imprescindível. Por outro lado, deveria permitir ao aluno uma aprendizagem construtiva ao longo da escolaridade. Tal como se apresenta atualmente nos “curricula” nacionais, não é feito o devido aproveitamento das valências e potencialidades desta disciplina, porquanto não será apenas no último ano do 3º ciclo do ensino básico que os alunos apreendem conceitos, trabalham com ferramentas e concebem produtos digitais. Assim sendo, compreende-se a posição daqueles que defendem a supressão da disciplina neste nível de ensino. Por outro lado, a defesa de que as tecnologias de informação e comunicação deverão ser trabalhadas transversalmente em cada uma das outras disciplinas não é viável por três razões fundamentais. Em primeiro lugar, as exigências programáticas das diferentes áreas curriculares não se compadecem com a necessidade de dispêndio de tempos letivos que visem capacitar os alunos no domínio dessas tecnologias. Em segundo, o aluno assumiria um papel meramente passivo nessa aprendizagem, uma vez que na esmagadora maioria das salas de aulas apenas existe um computador por sala (ferramenta do docente). De cariz eminentemente prático, a disciplina ficaria esvaziada de sentido com essa postura passiva por parte dos discentes. Por fim, mas não menos importante, um ensino de qualidade exige que, prioritariamente, sejam os professores profissionalizados em informática os que deveriam lecionar esses conteúdos e trabalhar as metas a que os mesmos conduzem. E posteriormente os que detêm habilitação própria. Seria importante não esquecer a regularização das ofertas de escola em prol dessa mesma qualidade. Não é credível que os professores das restantes áreas curriculares reúnam o mesmo perfil técnico que um professor com formação específica nesta área. Nesta proposta, perspetiva-se o ensino estruturado da Informática nos primeiros dois ciclos do ensino básico. Os alunos do 1º ciclo do ensino básico entrariam em contato com as novas tecnologias através do computador “Magalhães” e dessa forma rentabilizar-se-ia um equipamento que, de outra forma seria desaproveitado. Os professores de Informática dariam o apoio tanto a docentes como a alunos, fazendo a necessária ponte entre os diferentes domínios
  • 3. Uma proposta de ensino integrado da Informática 2 da aprendizagem e já capacitando os discentes para uma aprendizagem pela descoberta nos primeiros quatro anos do seu percurso educativo. Seria no 2º ciclo que a Informática surgiria como disciplina autónoma. Com um programa de conteúdos concebido para aplicação nos “curricula” nacionais, estabeleceria um conjunto de metas educativas que definiriam os saberes que os alunos deveriam adquirir nesta fase, permitindo-lhes conhecer as ferramentas com que poderão construir posteriormente a sua aprendizagem. É no 3º ciclo do ensino básico que a disciplina de Informática assume a sua essência fundamental como construtora do seu próprio domínio de saberes enquanto “oficina da informática”. Os alunos, conhecendo já algumas das diversas ferramentas disponíveis e dominando também os diferentes saberes que terão que aplicar, são convidados a produzir o seu próprio conhecimento com essas ferramentas a partir das quais irão “realimentar” o processo de ensino – aprendizagem através da produção digital de trabalhos para as outras disciplinas. Desta forma, é conseguida uma verdadeira e eficaz articulação interdisciplinar, com os discentes a participarem ativa e construtivamente na sua aprendizagem. Ao contrário do que sucede atualmente, desenvolver-se-iam ao máximo as valências e potencialidades de uma disciplina que não só permite a aquisição de competências técnicas, como facilita as aprendizagens das outras áreas curriculares, tornando o aluno mais autónomo e ativo na construção do seu conhecimento. Ao professor de informática caberá um papel interventivo, sendo um orientador que apresenta/demonstra as diferentes ferramentas que se podem considerar perante uma situação concreta. As competências da comunicação e apresentação são desenvolvidas, recorrendo a um exercício constante de reflexão, cooperação e interação entre os alunos e entre estes e os professores, visando a responsabilização, a consolidação e a relacionação das aprendizagens nas diversas áreas curriculares, bem como a dimensão da descoberta e da criação prática do conhecimento. Finalmente, no ensino secundário, defende-se a criação de uma área de prosseguimento de estudos de vocação mais técnica e operativa, onde a disciplina de Informática seria opcional, mas nuclear. O aluno nesta fase do seu percurso educativo seria munido das competências e saberes que lhe permitiriam conceber as suas próprias ferramentas de trabalho (Ex.: Programação, Redes e Base de dados). Vivemos na era do conhecimento e da comunicação. Aos nossos jovens pede-se como em nenhum outro tempo, o domínio das tecnologias de informação e comunicação. Neste contexto, deverá constituir um desígnio dos “curricula” nacionais dotar os nossos alunos com as competências que lhes permitam atingir o sucesso numa sociedade cada vez mais exigente e competitiva e num mercado de trabalho também ele cada vez mais especializado. As disciplinas de Informática fornecem-lhes essas competências como nenhuma outra. Sónia Durão
  • 4. Uma proposta de ensino integrado da Informática 3 Fig. 1 - Uma proposta de ensino integrado da Informática