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[Tea Tree 005]
Óleo Essencial: Melaleuca armillaris
Composto: 1,8-Cineol, Limoneno, α-Pineno, Mirceno, β-Pineno, Sabineno.
Título: Combination of Cloxacillin and Essential Oil of Melaleuca armillaris as an
Alternative Against Staphylococcus aureus.
"Combinação de cloxacilina e óleo essencial de Melaleuca armillaris como alternativa
ao Staphylococcus aureus"
Autor: Daniel Buldain, Andrea V. Buchamer, María L. Marchetti, Florencia Aliverti,
Arnaldo Bandoni and Nora Mestorino
Journal: Frontiers in Veterinary Science
Vol/Issue: 5:177
Ano: 2018
DOI: 10.3389/fvets.2018.00177
TAGs: Melaleuca armillaris; 1,8-Cineol; Limoneno; α-Pineno; Mirceno; β-Pineno;
Sabineno; Staphylococcus aureus; cloxacilina; sinergia; mastite bovina; qualidade do
leite; efeito bactericida; sinergia; atividade antimicrobiana; antibiótico; melaleuca; tea
tree; in vitro; S. aureus resistentes à meticilina; cloxacilina; enzima penicilinase;
resistência bacteriana; interação farmacodinâmica; efeito sinérgico; concentrações
inibitórias mínimas; análise cromatográfica; crescimento bacteriano; efeito bactericida;
infecções estafilocócicas;
Sobre o artigo:
A mastite bovina é um dos problemas mais prevalentes que afeta a produção de
rebanhos leiteiros em todo o mundo, sendo a terapia antimicrobiana a principal
ferramenta para o tratamento.
Esta doença é responsável por um efeito negativo na economia de vários países,
devido à diminuição do nível de produção e da qualidade do leite. E o patógeno mais
frequente que causa mastite em vacas leiteiras é a bactéria Staphylococcus aureus.
Esse microrganismo se caracteriza por sua capacidade de selecionar resistência aos
antimicrobianos tradicionais e a alguns fatores de virulência como a capacidade de
formar biofilmes e de invadir e sobreviver o interior das células epiteliais.
Além disso, o surgimento de resistência a múltiplos antibióticos tem sido favorecido
pelo abuso na aplicação de antimicrobianos em diversas áreas: medicina, veterinária,
agricultura.
Atualmente, o número crescente de cepas de S. aureus resistentes à meticilina (MRSA)
isoladas de ambos os grupos, humanos e animais, põe em risco a eficácia dos
tratamentos antimicrobianos tradicionais. Portanto, o uso excessivo e irracional de
antimicrobianos favoreceu o surgimento de resistência a múltiplas famílias de
antibióticos.
A cloxacilina (CLOX) é um derivado antimicrobiano semissintético da penicilina que
resiste à degradação pela enzima penicilinase. O CLOX é um antibiótico amplamente
utilizado na medicina veterinária contra S. aureus e possui atividade bactericida contra
S. aureus produtor de β-lactamase.
No entanto, o aumento da ocorrência de resistência à meticilina e o consequente
insucesso nos tratamentos induzem à busca de novas alternativas terapêuticas. E uma
das alternativas para enfrentar o problema da resistência bacteriana é a utilização de
produtos derivados de extratos vegetais.
No passado, os produtos naturais e os fitoquímicos eram usados no tratamento e
prevenção de doenças infecciosas. Pois, as plantas sintetizam naturalmente compostos
químicos aromáticos e metabólitos secundários que atuam como mecanismo de defesa
contra patógenos.
A atividade biológica de uma planta medicinal geralmente se baseia na presença de um
ou de um conjunto de componentes químicos localizados nos tecidos da planta. Os
compostos com atividade antimicrobiana estão presentes principalmente em óleos
essenciais, que podem ocorrer em um ou mais órgãos dependendo da espécie.
Os óleos essenciais são um tipo interessante de extrato vegetal composto por misturas
complexas com alta atividade antimicrobiana, portanto, é extremamente útil aproveitar
esta propriedade e transferi-la para o tratamento de bactérias resistentes aos
antibióticos.
Muitos são os trabalhos que estabelecem a restauração da atividade antimicrobiana
dos antibióticos, que têm diminuído sua eficácia contra os microrganismos, quando
combinados com óleos essenciais.
Dependendo da composição dos óleos essenciais, diferentes mecanismos de ação
podem ser atribuídos, incluindo danos às proteínas essenciais do patógeno, bloqueio
de enzimas de membrana com as quais os microrganismos podem bombear o princípio
ativo, alterações no metabolismo e até na permeabilização de suas membranas.
Esses óleos contêm ampla gama de polifenóis e terpenóides, que possuem forte
afinidade de ligação a diferentes estruturas moleculares, como as membranas, devido
à sua grande lipofilicidade, apresentando alto potencial de penetrar nas paredes
celulares e desorganizá-las, levando a vazamento de conteúdo celular.
Vários autores pesquisam a aplicação de óleos essenciais como adjuvantes para
aumentar o efeito dos antimicrobianos contra espécies bacterianas e, este é um novo
conceito com alto potencial.
Considerando o grande número de estruturas químicas que compõem os óleos
essenciais, é provável que as propriedades antibacterianas não possam ser atribuídas
a um único composto químico e, portanto, pode haver vários alvos nas células
microbianas onde eles agiriam, resultando em uma influência intensificadora.
A Melaleuca armillaris é uma das espécies do gênero Melaleuca mais amplamente
cultivadas. Diversas atividades foram determinadas para este OE, como resultados
positivos na atividade inibitória in vitro contra algumas espécies bacterianas, como B.
subtilis, S. aureus, S. epidermidis, E. coli e P. aeruginosa.
As atividades observadas para o OE de M. armillaris na forma pura permitem supor que
os bons resultados obtidos podem ser aumentados em sistemas sinérgicos para o
mesmo fim, como o aprimoramento de antibióticos para tratar infecções causadas por
cepas resistentes ao tratamento convencional.
Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a interação farmacodinâmica estabelecida
pela combinação de OE de M. armillaris com CLOX emulando condições de pH
extracelular e intracelular (pH 7,4, 6,5 e pH 5) em busca de um efeito sinérgico que
maximize a atividade do antibiótico contra S aureus.
O OE foi obtido por destilação a vapor e sua composição foi analisada por
cromatografia a gás, acoplada à espectrometria de massas. As concentrações
inibitórias mínimas (CIMs) foram determinadas para CLOX, OE e a combinação de
ambos contra linhagens de S. aureus do tipo selvagem, isoladas de vacas da raça
Holandesa e cepas laboratoriais (ATCC 29213), como cepa de referência. Ainda, o
método quadriculado foi aplicado para avaliar a interação entre CLOX e OE.
Resultados:
A análise cromatográfica revelou a presença de 1,8 cineol como componente
majoritário (72%) e em menor magnitude limoneno (8%) e α-pineno (6%) – tais
componentes estão comumente presentes em óleos essenciais antimicrobianos
eficazes.
Há evidências de que as diferenças encontradas na concentração dos componentes
dos óleos essenciais, extraídos de diferentes plantas, seriam afetadas pelas condições
ambientais. No entanto, o principal composto da mistura geralmente exerce a atividade
mais forte, mas que essa intensidade também pode ser influenciada por outras
moléculas.
Os pesquisadores observaram que o OE sozinho, sem a adição do antimicrobiano,
demonstrou forte atividade antibacteriana contra S. aureus tanto nas cepas selvagens
como na cepa de referência.
A concentração inibitória mínima (CIM) contra a cepa de S. aureus ATCC 29213 foi de
25 μL/mL em pH 7,4 e diminuiu 2 vezes em pH 5. E, além disso, um claro efeito
sinérgico foi observado para a combinação OE / CLOX, uma vez que os valores de FIC
obtidos foram ≤1 (Tabela 1).
Tabela 1: Índices de concentração fracionária (FIC) obtidos para a combinação OE / CLOX sob
diferentes condições de pH vs. CIMs individuais. *Sinergismo é considerado se FIC ≤ 0,5;
sinergismo parcial ou baixo se 0,5 < FIC < 1; indiferença ou adição se 1 ≤ FIC < 2 e
antagonismo quando FIC ≥ 2).
Portanto, quando os pesquisadores avaliaram a combinação OE / CLOX contra as
cepas de S. aureus, eles perceberam que houve uma grande redução na concentração
do antibiótico necessário para inibir o crescimento bacteriano. Ainda, o efeito da
combinação foi mantido mesmo quando o pH do caldo foi reduzido de 7.4 para 5.0,
assim como quando o OE foi avaliado sem CLOX.
E da mesma forma, quando o meio de cultura foi acidificado, a concentração de CLOX,
na mistura OE / CLOX, foi reduzida até 10 vezes para inibir o microrganismo.
A atividade combinada de OE e CLOX utilizada também foi evidenciada no efeito
bactericida, estabelecido pelo “índice E”. O índice E foi quantificado como a diferença
entre os valores de Log10 do número de bactérias viáveis (UFC / mL) no momento
inicial (0) e no final do teste (24h).
Portanto, os pesquisadores observaram que a diminuição do inóculo bacteriano em um
fator de 3 h em 24 h marcou a atividade bactericida observada tanto para o CLOX
sozinho quanto para a mistura.
No entanto, a concentração do antimicrobiano na presença de OE foi claramente mais
baixa em comparação com a concentração necessária ao aplicar o antibiótico β-
lactama sozinho.
Em conclusão, foi possível reduzir a concentração do antibiótico necessária para inibir
S. aureus combinando CLOX com OE in vitro. Considerando que o CLOX é um
antimicrobiano do grupo dos β-lactâmicos com boa atividade contra S. aureus e com
ampla utilização na medicina veterinária, o OE potencializa o efeito antibacteriano do
CLOX mesmo quando o pH intracelular é mais ácido que o meio extracelular.
Isso é importante para o tratamento de infecções intracelulares onde S. aureus é
internalizado dentro dos fagolisossomos, pois a probabilidade de sucesso terapêutico
seria muito aumentada.
Os resultados sugerem um aumento da suscetibilidade aos β-lactâmicos devido ao pH
ácido predominante nos vacúolos onde S. aureus vive e prospera, o que seria facilitado
pela ação do OE de M. armillaris.
O pH ácido provoca uma mudança conformacional da proteína alvo de ação (PBP2a),
aumentando a afinidade de seu centro catalítico por β-lactama. Portanto, a sinergia
entre o CLOX e o OE em condições ácidas poderia ocorrer no interior da célula e ter
um efeito importante contra o S. aureus, quando ele é refratário aos mecanismos
imunológicos.
Esses achados se tornam uma alternativa valiosa para o tratamento de infecções
estafilocócicas persistentes, e, com isso, o óleo essencial de M. armillaris deve ser
considerado no projeto de futuras formulações para avaliar in vivo efeitos, a fim de
maximizar a eficácia dos antimicrobianos atuais e futuros.
Na prática:
Um questionamento: não seria melhor a utilização de bactericidas naturais derivados
de plantas e a preferência por consumir aqueles produtos com menos influência de
antibióticos e/ou remédios para manter o controle de qualidade?
Quando tratamos da saúde e condições veterinárias, assim como humanas, a atividade
sinérgica entre antibióticos e OE pode ser benéfica para o tratamento de bactérias
agressivas ou não, maximizando as atividades antibacterianas a partir do OE e
diminuindo a concentração do antibiótico.
Portanto, para diminuir a utilização de antibióticos nas vacas leiteiras, principalmente
contra S. aureus, que é o caso do estudo – a utilização do óleo essencial de Tea Tree
foi fundamental e com isso, podemos destacar um componente bioativo no controle de
patógenos e sem efeitos colaterais.
Ainda, em protocolos humanos, em casos de feridas causadas por essas bactérias
como S. aureus, o uso da melaleuca pode ser um item importante dentro de um
protocolo.

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  • 1. [Tea Tree 005] Óleo Essencial: Melaleuca armillaris Composto: 1,8-Cineol, Limoneno, α-Pineno, Mirceno, β-Pineno, Sabineno. Título: Combination of Cloxacillin and Essential Oil of Melaleuca armillaris as an Alternative Against Staphylococcus aureus. "Combinação de cloxacilina e óleo essencial de Melaleuca armillaris como alternativa ao Staphylococcus aureus" Autor: Daniel Buldain, Andrea V. Buchamer, María L. Marchetti, Florencia Aliverti, Arnaldo Bandoni and Nora Mestorino Journal: Frontiers in Veterinary Science Vol/Issue: 5:177 Ano: 2018 DOI: 10.3389/fvets.2018.00177 TAGs: Melaleuca armillaris; 1,8-Cineol; Limoneno; α-Pineno; Mirceno; β-Pineno; Sabineno; Staphylococcus aureus; cloxacilina; sinergia; mastite bovina; qualidade do leite; efeito bactericida; sinergia; atividade antimicrobiana; antibiótico; melaleuca; tea tree; in vitro; S. aureus resistentes à meticilina; cloxacilina; enzima penicilinase; resistência bacteriana; interação farmacodinâmica; efeito sinérgico; concentrações inibitórias mínimas; análise cromatográfica; crescimento bacteriano; efeito bactericida; infecções estafilocócicas; Sobre o artigo: A mastite bovina é um dos problemas mais prevalentes que afeta a produção de rebanhos leiteiros em todo o mundo, sendo a terapia antimicrobiana a principal ferramenta para o tratamento.
  • 2. Esta doença é responsável por um efeito negativo na economia de vários países, devido à diminuição do nível de produção e da qualidade do leite. E o patógeno mais frequente que causa mastite em vacas leiteiras é a bactéria Staphylococcus aureus. Esse microrganismo se caracteriza por sua capacidade de selecionar resistência aos antimicrobianos tradicionais e a alguns fatores de virulência como a capacidade de formar biofilmes e de invadir e sobreviver o interior das células epiteliais. Além disso, o surgimento de resistência a múltiplos antibióticos tem sido favorecido pelo abuso na aplicação de antimicrobianos em diversas áreas: medicina, veterinária, agricultura. Atualmente, o número crescente de cepas de S. aureus resistentes à meticilina (MRSA) isoladas de ambos os grupos, humanos e animais, põe em risco a eficácia dos tratamentos antimicrobianos tradicionais. Portanto, o uso excessivo e irracional de antimicrobianos favoreceu o surgimento de resistência a múltiplas famílias de antibióticos. A cloxacilina (CLOX) é um derivado antimicrobiano semissintético da penicilina que resiste à degradação pela enzima penicilinase. O CLOX é um antibiótico amplamente utilizado na medicina veterinária contra S. aureus e possui atividade bactericida contra S. aureus produtor de β-lactamase. No entanto, o aumento da ocorrência de resistência à meticilina e o consequente insucesso nos tratamentos induzem à busca de novas alternativas terapêuticas. E uma das alternativas para enfrentar o problema da resistência bacteriana é a utilização de produtos derivados de extratos vegetais. No passado, os produtos naturais e os fitoquímicos eram usados no tratamento e prevenção de doenças infecciosas. Pois, as plantas sintetizam naturalmente compostos
  • 3. químicos aromáticos e metabólitos secundários que atuam como mecanismo de defesa contra patógenos. A atividade biológica de uma planta medicinal geralmente se baseia na presença de um ou de um conjunto de componentes químicos localizados nos tecidos da planta. Os compostos com atividade antimicrobiana estão presentes principalmente em óleos essenciais, que podem ocorrer em um ou mais órgãos dependendo da espécie. Os óleos essenciais são um tipo interessante de extrato vegetal composto por misturas complexas com alta atividade antimicrobiana, portanto, é extremamente útil aproveitar esta propriedade e transferi-la para o tratamento de bactérias resistentes aos antibióticos. Muitos são os trabalhos que estabelecem a restauração da atividade antimicrobiana dos antibióticos, que têm diminuído sua eficácia contra os microrganismos, quando combinados com óleos essenciais. Dependendo da composição dos óleos essenciais, diferentes mecanismos de ação podem ser atribuídos, incluindo danos às proteínas essenciais do patógeno, bloqueio de enzimas de membrana com as quais os microrganismos podem bombear o princípio ativo, alterações no metabolismo e até na permeabilização de suas membranas. Esses óleos contêm ampla gama de polifenóis e terpenóides, que possuem forte afinidade de ligação a diferentes estruturas moleculares, como as membranas, devido à sua grande lipofilicidade, apresentando alto potencial de penetrar nas paredes celulares e desorganizá-las, levando a vazamento de conteúdo celular. Vários autores pesquisam a aplicação de óleos essenciais como adjuvantes para aumentar o efeito dos antimicrobianos contra espécies bacterianas e, este é um novo conceito com alto potencial.
  • 4. Considerando o grande número de estruturas químicas que compõem os óleos essenciais, é provável que as propriedades antibacterianas não possam ser atribuídas a um único composto químico e, portanto, pode haver vários alvos nas células microbianas onde eles agiriam, resultando em uma influência intensificadora. A Melaleuca armillaris é uma das espécies do gênero Melaleuca mais amplamente cultivadas. Diversas atividades foram determinadas para este OE, como resultados positivos na atividade inibitória in vitro contra algumas espécies bacterianas, como B. subtilis, S. aureus, S. epidermidis, E. coli e P. aeruginosa. As atividades observadas para o OE de M. armillaris na forma pura permitem supor que os bons resultados obtidos podem ser aumentados em sistemas sinérgicos para o mesmo fim, como o aprimoramento de antibióticos para tratar infecções causadas por cepas resistentes ao tratamento convencional. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a interação farmacodinâmica estabelecida pela combinação de OE de M. armillaris com CLOX emulando condições de pH extracelular e intracelular (pH 7,4, 6,5 e pH 5) em busca de um efeito sinérgico que maximize a atividade do antibiótico contra S aureus. O OE foi obtido por destilação a vapor e sua composição foi analisada por cromatografia a gás, acoplada à espectrometria de massas. As concentrações inibitórias mínimas (CIMs) foram determinadas para CLOX, OE e a combinação de ambos contra linhagens de S. aureus do tipo selvagem, isoladas de vacas da raça Holandesa e cepas laboratoriais (ATCC 29213), como cepa de referência. Ainda, o método quadriculado foi aplicado para avaliar a interação entre CLOX e OE. Resultados: A análise cromatográfica revelou a presença de 1,8 cineol como componente majoritário (72%) e em menor magnitude limoneno (8%) e α-pineno (6%) – tais
  • 5. componentes estão comumente presentes em óleos essenciais antimicrobianos eficazes. Há evidências de que as diferenças encontradas na concentração dos componentes dos óleos essenciais, extraídos de diferentes plantas, seriam afetadas pelas condições ambientais. No entanto, o principal composto da mistura geralmente exerce a atividade mais forte, mas que essa intensidade também pode ser influenciada por outras moléculas. Os pesquisadores observaram que o OE sozinho, sem a adição do antimicrobiano, demonstrou forte atividade antibacteriana contra S. aureus tanto nas cepas selvagens como na cepa de referência. A concentração inibitória mínima (CIM) contra a cepa de S. aureus ATCC 29213 foi de 25 μL/mL em pH 7,4 e diminuiu 2 vezes em pH 5. E, além disso, um claro efeito sinérgico foi observado para a combinação OE / CLOX, uma vez que os valores de FIC obtidos foram ≤1 (Tabela 1). Tabela 1: Índices de concentração fracionária (FIC) obtidos para a combinação OE / CLOX sob diferentes condições de pH vs. CIMs individuais. *Sinergismo é considerado se FIC ≤ 0,5; sinergismo parcial ou baixo se 0,5 < FIC < 1; indiferença ou adição se 1 ≤ FIC < 2 e antagonismo quando FIC ≥ 2). Portanto, quando os pesquisadores avaliaram a combinação OE / CLOX contra as cepas de S. aureus, eles perceberam que houve uma grande redução na concentração
  • 6. do antibiótico necessário para inibir o crescimento bacteriano. Ainda, o efeito da combinação foi mantido mesmo quando o pH do caldo foi reduzido de 7.4 para 5.0, assim como quando o OE foi avaliado sem CLOX. E da mesma forma, quando o meio de cultura foi acidificado, a concentração de CLOX, na mistura OE / CLOX, foi reduzida até 10 vezes para inibir o microrganismo. A atividade combinada de OE e CLOX utilizada também foi evidenciada no efeito bactericida, estabelecido pelo “índice E”. O índice E foi quantificado como a diferença entre os valores de Log10 do número de bactérias viáveis (UFC / mL) no momento inicial (0) e no final do teste (24h). Portanto, os pesquisadores observaram que a diminuição do inóculo bacteriano em um fator de 3 h em 24 h marcou a atividade bactericida observada tanto para o CLOX sozinho quanto para a mistura. No entanto, a concentração do antimicrobiano na presença de OE foi claramente mais baixa em comparação com a concentração necessária ao aplicar o antibiótico β- lactama sozinho. Em conclusão, foi possível reduzir a concentração do antibiótico necessária para inibir S. aureus combinando CLOX com OE in vitro. Considerando que o CLOX é um antimicrobiano do grupo dos β-lactâmicos com boa atividade contra S. aureus e com ampla utilização na medicina veterinária, o OE potencializa o efeito antibacteriano do CLOX mesmo quando o pH intracelular é mais ácido que o meio extracelular. Isso é importante para o tratamento de infecções intracelulares onde S. aureus é internalizado dentro dos fagolisossomos, pois a probabilidade de sucesso terapêutico seria muito aumentada.
  • 7. Os resultados sugerem um aumento da suscetibilidade aos β-lactâmicos devido ao pH ácido predominante nos vacúolos onde S. aureus vive e prospera, o que seria facilitado pela ação do OE de M. armillaris. O pH ácido provoca uma mudança conformacional da proteína alvo de ação (PBP2a), aumentando a afinidade de seu centro catalítico por β-lactama. Portanto, a sinergia entre o CLOX e o OE em condições ácidas poderia ocorrer no interior da célula e ter um efeito importante contra o S. aureus, quando ele é refratário aos mecanismos imunológicos. Esses achados se tornam uma alternativa valiosa para o tratamento de infecções estafilocócicas persistentes, e, com isso, o óleo essencial de M. armillaris deve ser considerado no projeto de futuras formulações para avaliar in vivo efeitos, a fim de maximizar a eficácia dos antimicrobianos atuais e futuros. Na prática: Um questionamento: não seria melhor a utilização de bactericidas naturais derivados de plantas e a preferência por consumir aqueles produtos com menos influência de antibióticos e/ou remédios para manter o controle de qualidade? Quando tratamos da saúde e condições veterinárias, assim como humanas, a atividade sinérgica entre antibióticos e OE pode ser benéfica para o tratamento de bactérias agressivas ou não, maximizando as atividades antibacterianas a partir do OE e diminuindo a concentração do antibiótico. Portanto, para diminuir a utilização de antibióticos nas vacas leiteiras, principalmente contra S. aureus, que é o caso do estudo – a utilização do óleo essencial de Tea Tree foi fundamental e com isso, podemos destacar um componente bioativo no controle de patógenos e sem efeitos colaterais.
  • 8. Ainda, em protocolos humanos, em casos de feridas causadas por essas bactérias como S. aureus, o uso da melaleuca pode ser um item importante dentro de um protocolo.