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José Pedro Michavão
Uso de jogo de Bases Nitrogenadas como um Método Didáctico no Ensino de Genética:
Estudo da 10ª classe, Escola Secundária de Matadouro, Cidade da Beira
Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Gestão de Laboratórios Escolares
Universidade Pedagógica
Beira
2016
2
José Pedro Michavão
Uso de jogo de Bases Nitrogenadas como um Método Didáctico no Ensino de Genética:
Estudo da 10ª classe, Escola Secundária de Matadouro, Cidade da Beira
Supervisor:
dr. Reinaldo Chicanda
Universidade Pedagógica
Beira
2016
Monografia Científica apresentada ao Departamento
de Ciências Naturais e Matemática da Universidade
Pedagógica, Delegação da Beira, para obtenção do
grau académico de Licenciatura em Ensino de Biologia
com Habilitações em Gestão de Laboratórios Escolares
3
Índice
LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................................iv
LISTA DE FIGURAS................................................................................................................................v
Conteúdo Página...............v
DECLARAÇÃO DE HONRA..................................................................................................................vi
DEDICATÓRIA ......................................................................................................................................vii
AGRADECIMENTOS............................................................................................................................viii
RESUMO..................................................................................................................................................ix
ABSTRACT...............................................................................................................................................x
Introdução ..................................................................................................................................................1
CAPÍTULO I: CONSTRUÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA ...................................................................2
1.1. Justificativa ....................................................................................................................................2
1.2. Problematização ..................................................................................................................................3
1.2. Hipótese..........................................................................................................................................4
1.5. Objectivos ...........................................................................................................................................4
1.6. Metodologia ........................................................................................................................................5
1.6.1. Tipo de pesquisa...................................................................................................................................5
1.6.2. Métodos usados na pesquisa ................................................................................................................5
1.6.2.1. Método bibliográfico..............................................................................................................5
1.6.2.2. Método Experimental.............................................................................................................6
1.6.2.2.1. Procedimentos do Jogo de Bases Nitrogenadas .........................................................................6
Materiais necessários .................................................................................................................................6
Montagem dos materiais ............................................................................................................................7
Realização do jogo .....................................................................................................................................9
Regras do jogo..........................................................................................................................................10
1.6.3. Técnicas de pesquisa....................................................................................................................10
1.6.3.1. Técnica de inquérito.............................................................................................................10
1.6.4. Amostragem.................................................................................................................................10
1.7. Delimitação do Tema ...................................................................................................................11
1.8. Enquadramento do tema...............................................................................................................11
1.9. Relevância do tema ......................................................................................................................11
4
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................12
2.1. Conceitos e definições.......................................................................................................................12
2.2. O jogo no processo de ensino-aprendizagem........................................................................................14
2.2.1. O jogo como recurso pedagógico.................................................................................................14
2.3. Classificação dos Jogos.....................................................................................................................16
2.3.1. Jogos de exercício sensório-motor .....................................................................................................17
2.3.2. Jogos simbólicos ...............................................................................................................................17
2.3.3. Jogos de Regras..................................................................................................................................17
2.4. A importância do lúdico na aprendizagem, com auxílio dos jogos...................................................18
2.5. Trabalhos dos outros autores relacionados ao jogo de Bases nitrogenadas. .....................................20
2.6. Genética.................................................................................................................................................21
2.6.3. Ácidos Nucleicos................................................................................................................................22
2.6.3.1. Constituição química dos ácidos nucleicos.....................................................................................22
2.6.3.2. .Semelhanças e Diferenças entre ADN/DNA e ARN/RNA............................................................24
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ......26
3.1 Apresentação de dados.......................................................................................................................26
3.1.1. Pressupostos dos alunos sobre o pareamento de Bases Nitrogenadas................................................26
3.1.2 Fase de implementação do jogo de Bases Nitrogenadas.....................................................................28
3.1.3. Resultados do teste avaliativo depois da realização do jogo (pós-teste)............................................28
3.2. Análise e interpretação dos resultados ..............................................................................................31
CAPÍTULO IV: CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................33
4.1. Conclusões ............................................................................................................................................33
4.2. Limitação...............................................................................................................................................34
4.3. Sugestões...............................................................................................................................................34
Referências Bibliográficas ...........................................................................................................................35
Apêndices.....................................................................................................................................................38
Anexos..........................................................................................................................................................42
iv
LISTA DE ABREVIATURAS
UP- Universidade Pedagógica.
ADN/ DNA-, Ácido Desoxiribonucleico, que em inglês significa Desoxiribonucleic Acid.
ARN /RNA- Ácido Ribonucleico que em inglês significa Ribonucleic Acid.
PEA- Processo de Ensino-Aprendizagem.
Bio-2012 – Estudantes do curso de Biologia que ingressaram em 2012.
v
LISTA DE FIGURAS
Conteúdo Página
Figura 1: imagem de uma cartolina subdividida em 48 partes iguais…………………………….7
Figura 2: imagem de uma tira correspondente a uma base nitrigenada. (2016)…………………..7
Figura 3: Imagens ilustrativas da união dos vértices.)……………………………………………8
Figura 4: passos para o recorte da base designada Guanina(G) onde em 40 tiras a letra ‘G’ foi
escrita na ceta voltada para cima e as restantes 8(usadas pelo moderador) foram escritas no
sentido inverso para manter a estética nas duas fitas………………………………………………9
Figura 5: Imagem ilustrativa das semelhanças e diferenças entre a estrutura de ADN e ARN,
(vide anexo 1).
Figura 6: Imagem ilustrando o pareamento das bases nitrogenadas ligadas por pontes de
hidrogenio representando assim a dupla hélice de ADN, (vide anexo 2).
Figura 7: Resultados do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na Dupla
hélice de ADN……………………………………………………………………………………27
Figura 8: Resultado do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na
transcrição de ADN para ARN.......................................................................................................27
Figura 9:Resultados do teste final (pós-teste) referente ao pareamento de bases na Dupla hélice
de ADN………………..…………………………………………………………………………29
Figura 10: Resultado do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na
transcrição de ADN para ARN……..……………………………………………………………29
Figura 11: resultados do inquérito sobre opiniões dos alunos relativos ao jogo implementado...30
Figura 12: Dados do inquérito aos alunos sobre o impacto do jogo no dominio de pareamento de
bases nitrogenadas………………………………………………………………………………..30
Figura 13: Comparação de resultados da duplicação de ADN no pré-teste e pós-teste…………31
Figura 14: Comparação de resultados de transcrição de ADN para ARN………………………32
vi
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro que esta Monografia científica resultou da minha investigação pessoal e das orientações
do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho, não foi apresentado na sua essência, em nenhuma outra
instituição para obtenção de qualquer grau académico.
Beira, 08 de Dezembro de 2016
______________________________
(José Pedro Michavão)
vii
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus progenitores Pedro Manhume Michavão e Celina Chimoio, ao
meu irmão Arão Manhume Michavão (que Deus o tenha) pela educação que me proporcionaram
e pelo apoio na carreira estudantil desde o ensino primário; aos meus filhos Amélia, Joaquim,
Ângela e Regina por suportarem o desequilíbrio social e económico durante 4 anos e constituírem
o principal motivo do ingresso ao ensino superior; aos meus irmãos Lucas, Amélia, Almeida,
David, e Albino pelo apoio social e moral prestado durante todo o percurso da vida e em
particular nos 4 anos de formação superior.
viii
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeira mão a Deus pela saúde e protecção. Um agradecimento muito especial vai
ao meu supervisor, dr. Reinaldo Chicanda, pelo carinho, ensinamentos, paciência e inspiração
que me proporcionou durante a elaboração do presente trabalho; ao dr. Nelson Taibo, pelo apoio
na revisão linguística. O agradecimento é extensivo a todos os docentes da UP-Beira com maior
destaque aos do curso de Biologia. Aos meus amigos, Haquilene Galimoto, Lenita Nhamirre,
António Dias Maossa, Ernesto Massango, Jaime Castelo, Roque Timm, Luís Nduco, Vasco
Zacarias, Paulo Sambili, Samuel Zacarias, Luísa Zacarias pelo apoio material e moral durante os
4 anos de estudo na UP.
Agradeço também a todos colegas de Bio-2012, que me ajudaram a viver e crescer tanto
academicamente como na formação da minha cidadania, em especial ao Jair Douglas, Paulo
Sebastião, Joaquim Palaene, António Matenda, Maria Mafumauane, José Mangena, Joaquim
José, Micheque Quenasse, José Lisboa, Augusto Araújo, Isaías Alberto, entre outros.
A todos os intervenientes no trabalho de campo: Direcção Pedagógica, professor e alunos da 10ª
classe na Escola Secundária de Matadouro, pela colaboração e contribuição durante a pesquisa, e
pelo tempo disponibilizado no fornecimento de informações para a presente monografia.
.
ix
RESUMO
A presente Monografia resulta de uma investigação sobre “Uso de jogo de Bases Nitrogenadas
como um Método Didáctico no Ensino de Genética: Estudo da 10ª classe, Escola Secundária de
Matadouro, Cidade da Beira”. Para a sua realização, foi utilizada uma metodologia centrada
numa abordagem qualitativa, com procedimentos experimentais do jogo que explicam da melhor
forma o pareamento de bases nitrogenadas, auxiliada pelos métodos: bibliográfico, experimental,
e técnica de Inquérito. Este trabalho constitui mais uma ferramenta metodológica no processo de
ensino-aprendizagem, visto que o jogo de bases nitrogenadas foi projectado com intuito de
facilitar a compreensão do pareamento de bases tanto na duplicação da sequência de ADN como
na sua transcrição para ARN mensageiro da informação genética. Importa referir que a
implementação deste jogo serve de base comprovativa sobre a possibilidade de mediação de uma
aula de Biologia e em particular da Genética sem no entanto agarrar-se no método expositivo
como muitos professores tem optado com maior frequência nas suas planificações. Os resultados
dos testes no inquérito com os alunos também provam a possibilidade da melhoria de
compreensão sobre o pareamento de bases nitrogenadas através do uso do jogo como método
Didáctico. A aplicação do jogo de bases nitrogenadas para além de contribuir no processo de
ensino-aprendizagem da duplicação de sequência de ADN (dupla hélice) e sua transcrição para
ARN, também pode ajudar na aula sobre a codificação de proteínas com auxílio do código
genético. O grande desafio que se coloca a todos professores, em particular os professores de
Biologia é de desenvolver capacidades criativas por forma a inserir ferramentas educativas que
permitam a mediação das aulas de Biologia envolvendo mais a participação dos alunos, como é o
caso do envolvimento destes nas actividades lúdicas através de jogos didácticos.
Palavras-chave: Jogo, ADN, ARN, método didáctico, Genética, ensino-aprendizagem de
Biologia.
x
ABSTRACT
These Monograph results of an investigation into " use of nitrogenous bases Game as a teaching
method in Genetics Education: Study of Grade 10, Secondary School of Matadouro, Beira". For
its realization, we used a methodology centered on a qualitative approach with experimental set
procedures that explain the best pairing of nitrogenous bases, aided by methods: literature,
experimental and survey technique. This work is more a methodological tool in the teaching-
learning process, as the game of nitrogenous bases is designed with a view to facilitating
understanding of base pairing either the duplication of the DNA sequence as well as its
transcription for RNA messenger of genetic information . It should be noted that the
implementation of this game serves as evidence base about the possibility of mediation of a class
of Biology and Genetics in particular but without cling to the expository method as many
teachers have chosen more often in their lesson plans. The results of the survey testing students
also prove the possibility of improved understanding of the pairing of nitrogenous bases through
the game as a teaching method. The game application of nitrogenous bases in addition to
contribute in the teaching-learning process of duplication of DNA sequence (double helix) and its
transcription into RNA, it can also be applied to the lecture on protein coding with the aid of the
genetic code. The big challenge for all teachers and particularly biology teachers is to develop
creative skills in order to insert educational tools that allow the mediation of biology lessons and
involving the participation of students, such as involve them in the recreational activities through
educational games.
Keywords: Game, DNA, RNA, teaching method, genetics, teaching and learning biology.
1
Introdução
A presente pesquisa intitulada “Uso de jogo de bases nitrogenadas como um método didáctico
no ensino de Genética, estudo da Disciplina de Biologia 10ª classe na Escola Secundária de
Matadouro, Beira, na Província de Sofala, é uma actividade que serve de base para culminação
do curso de licenciatura em ensino de Biologia com habilitação de gestão de laboratório na
Universidade Pedagógica de Moçambique, Delegação da Beira.
Esta monografia constitui um instrumento de reflexão sobre a actividade docente, concretamente
na abordagem das metodologias de ensino e na promoção do uso de métodos didácticos no
Processo de Ensino-Aprendizagem (PEA) aplicados ao ensino de Biologia, por forma a reduzir o
grau de abstração de alguns conceitos, como é o caso de ADN e ARN na Genética, tal como se
referencia no tema desta monografia.
Sendo assim, implementou-se um jogo de bases nitrogenadas que envolveu a duplicação da fita
de ADN e transcrição de ARN, por forma a aprofundar o domínio do pareamento das bases. Com
este jogo, pode-se desenvolver, a partir da criatividade do professor, outros conteúdos
relacionados com o pareamento das bases nitrogenadas como é o caso de codificação de
proteínas com auxílio do código genético. Esses e outros aspectos são o foco principal sobre a
necessidade de pesquisar a relevância de actividades Lúdico Didácticas atraves do uso de jogos
como método didáctico para o ensino de Biologia.
2
CAPÍTULO I: CONSTRUÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA
1.1. Justificativa
O sucesso da actividade docente não depende apenas da disponibilidade de conteúdos,
programas e objectivos a alcançar, mas principalmente na selecção da metodologia adequada
para o alcance das metas traçadas. Actualmente, constitui grande preocupação do Ministério da
Educação e Desenvolvimento Humano, a melhoria da qualidade de ensino onde o uso de
metodologias de ensino que tornam o aluno mais participativo, dinâmico e activo é mais
evidenciado de forma a evitar o ensino tradicional que retira o aluno do centro do processo,
tornando-o passivo.
Portanto, a ideia de pesquisar um tema Didáctico sobre O Uso de jogo de Bases Nitrogenadas
como um Método Didáctico no Ensino de Genética, surgiu pelo facto do autor durante o seu
percurso escolar ter enfrentado dificuldades na compreensão da genética, concretamente na
transcrição de ARN/RNA a partir de ADN/DNA, visto que havia dificuldades na diferença entre a
base Timina (T) com Uracilo (U), sobre qual delas compõe o ADN ou ARN.
Também serviu de grande estímulo para escolha desse tema a participação do autor numa das
actividades práticas sobre “métodos alternativos” da cadeira de Didáctica de Biologia II
leccionada pelo docente dr Reinaldo Chicanda onde abordou o subtema sobre jogo. Já na sua
carreira profissional, com o conhecimento Didáctico e fazendo uma retrospectiva na forma de
abordagem desse conteúdo na época do seu aprendizado, despertou atenção do autor o tipo de
metodologia adequada para abordagem desse conteúdo de forma mais compreensível.
Pesquisar um tema dessa natureza implica buscar métodos didácticos que possibilitem a maior
compreensão da disciplina de Biologia através da realização de uma actividade lúdica para o
ensino de genética de forma a entender melhor o pareamento de bases nitrogenadas na
duplicação da fita de DNA e transcrição de RNA. Isto porque muita vezes os professores têm
limitado no uso frequente de metodologias que acham ter maior domínio e de fácil gestão do
tempo sem no entanto, tomar em consideração a sua eficácia, o que posteriormente se reflecte
nos seus resultados. Sendo assim, a pesquisa deste tema é importante pelo facto de esta procurar
compreender o uso de jogo como métodos didácticos no ensino de genética e a relevância deste
na compreensão dos conteúdos biológicos.
3
1.2. Problematização
O ensino de Biologia, tal como de outras Ciências, envolve muitas metodologias que permitem a
melhor compreensão dos conteúdos relacionados com a vida, por ser o epicentro do estudo desta
disciplina científica. Falar da vida implica envolver muitos elementos desde os macroscópicos
que são facilmente visíveis e os microscópicos cuja visibilidade envolve equipamentos e técnicas
específicas. Para o estudo da Genética, por exemplo, sendo uma área dedicada ao estudo dos
genes como unidades básicas da hereditariedade formadas por dois tipos de ácidos nucleicos,
Ácido Desoxirribonucleico (ADN/DNA) e Ácido Ribonucleico (ARN/RNA) em que todos esses
elementos são contidos numa célula tão pequena e invisível a olho nu. A observação de ADN e
ARN envolve equipamentos especializados para a engenharia genética, se o estudo desses
dependesse exclusivamente da existência desses equipamentos, tornaria quase impossível o
ensino de Genética nas escolas moçambicanas.
O Currículo moçambicano prevê o uso de metodologias diversificadas de forma a facilitar a
compreensão dos conteúdos educacionais. Sendo assim, as instituições vocacionadas à formação
de professores, dedicam-se muito no ensino de métodos de ensino mais modernos e activos que
deixam o aluno mais participativo, mas a sua implementação por parte dos professores ainda é
deficiente, visto que estes, na sua maioria ainda aderem constantemente o método expositivo,
deixando mais o aluno na «onda de marés1
», facto que não estimula a aprendizagem e
consequentemente torna a disciplina de Biologia mais complicada e menos motivadora.
Com base nesses e outros aspectos deparados no quotidiano da actividade docente, apontou-se a
seguinte questão de pesquisa:
Qual é o contributo do uso do Jogo de Bases Nitrogenadas como método didáctico no ensino
de genética, para a compreensão do pareamento de bases nitrogenadas na duplicação de ADN
e transcrição para ARN?
1
Onda de marés - uma analogia do autor que significa: o aluno somente ouve e segue o que o professor diz
tornando-o mais passivo.
4
1.2. Hipótese
 É provável que o uso do jogo de Bases Nitrogenadas como método didáctico no Ensino de
Genética contribua para o melhor entendimento sobre o pareamento das bases de ADN e
transcrição de ARN.
1.3.Variáveis
 Jogo de bases nitrogenadas como método didáctico no Ensino de Genética;
 Nível de conhecimento dos alunos sobre o pareamento de Bases Nitrogenadas;
1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo Geral
 Usar o jogo de bases nitrogenadas como método didáctico no ensino de Genética que facilita
o aluno a entender melhor o pareamento de bases nitrogenadas na duplicação da fita de ADN
e transcrição de ARN.
1.5.2. Específicos
 Identificar as dificuldades dos alunos sobre o processo de Pareamento de bases nitrogenadas
na duplicação de ADN e transcrição de ARN;
 Definir Procedimentos do jogo que facilitem o raciocínio do aluno por forma a superar as
prováveis dificuldades sobre a duplicação da fita de ADN e sua transcrição para ARN;
 Implementar o jogo de bases nitrogenadas a uma turma da 10ª classe na Escola Secundária de
Matadouro;
 Avaliar o impacto do uso do jogo de bases nitrogenadas como método didáctico no ensino de
genética baseando-se na análise dos resultados do inquerito (pré-teste/teste diagnóstico e pós-
teste/teste final);
 Apresentar propostas que contribuam na melhoria do processo de ensino-aprendizagem
(PEA) de Genética e de Biologia no geral.
5
1.6. Metodologia
1.6.1. Tipo de pesquisa
Baseando-se na classificação de Sousa (2013, p.11), a Pesquisa em descrição classificou-se em
quatro formas seguintes:
 Quanto ao objecto de estudo, tratou-se de uma pesquisa Científica aplicada, porque visava
gerar conhecimento através do uso de jogo de Bases Nitrogenadas como método didáctico no
ensino de Genética;
 Quanto a forma de abordagem, foi uma pesquisa Qualitativa, visto que se tratava de
implementar um método didáctico que contribua na melhoria de qualidade de ensino;
 Quanto aos objectivos, foi uma pesquisa explicativa porque explicaran-se os procedimentos
do jogo, seguida de análise das acções dos alunos durante a realização do mesmo para avaliar
o impacto que este teve na compreensão sobre o pareamento de bases nitrogenadas;
 Quanto aos procedimentos técnicos, foi uma pesquisa experimental, visto que se
experimentou na prática com os alunos de uma turma da 10ª classe, o jogo de bases
nitrogenadas como método didáctico, isto para analisar se influencia ou não na melhoria da
compreensão do pareamento das bases nitrogenadas na duplicação para a dupla hélice de
ADN e transcrição para ARN.
1.6.2. Métodos usados na pesquisa
Nesta pesquisa aplicaran-se os seguintes métodos e técnicas:
1.6.2.1.Método bibliográfico
Com este método, deu-se prioridade a consulta de várias obras literárias, diversos manuais,
artigos científicos encontrados na internet, alguns trabalhos de dissertação que de forma directa
ou indirecta trazem uma abordagem do tema em pesquisa. Nessas obras pretendia-se buscar
alguns conceitos que serviram de suporte para a pesquisa e também para permitir a identificação
das limitações dos outros trabalhos, por forma a encontrar inovações para esta pesquisa.
6
1.6.2.2.Método Experimental
Com o método Experimental, implementou-se de forma experimental o jogo de bases
nitrogenadas numa turma da 10ª Classe da Escola Secundária de Matadouro, com base nos
seguintes passos:
1º. Realização do teste inicial (teste diagnóstico) para medir o nivel de conhecimento dos
alunos sobre o pareamento das bases nitrogenadas na duplicação de ADN e transcrição de
ARN;
2º. Experiência de uma actividade lúdica ao implementar um jogo de Bases Nitrogenadas em
duas fases, sendo a primeira sobre a dublicacao da fita de ADN e a segunda para a
transcrição de ARN;
3º. Realização de pós-teste (Inquérito) para Verificar em cada variação dos resultados do
primeiro e segundo testes o efeito causado pelo jogo, constituindo assim uma ferramenta de
análise se a implementação do Jogo de Bases Nitrogenadas como Método didáctico no
ensino de Genética melhorou ou não a capacidade cognitiva do grupo estudado.
Para melhor compreensão do método Experimental destacam-se em seguida os procedimentos do
jogo:
1.6.2.2.1. Procedimentos do Jogo de Bases Nitrogenadas
Materiais necessários
Para a realização do jogo foi necessário reunir os seguintes materiais:
 5 Cartolinas de 5 cores diferentes (branca, amarela, azul, vermelha, verde);
 3 Réguas (de 50cm, 15cm e esquadro retângulo);
 7 Marcadores (4 pretos, 1 vermelho 1 azul e 1 verde);
 1 Tesourinha;
 1 Lápis de grafite;
 1 borracha.
7
Montagem dos materiais
 Com ajuda da régua de 50cm, marcou-se com um lápis linhas paralelas ao comprimento de
cada cartolina com separação equidistante de 7,5cm; De seguida marcou-se outras
perpendiculares e espaçadas em 14cm, o que permitiu obter 48 tiras (48 bases nitrogenadas)
em cada cartolina, conforme ilustra a figura no
1 abaixo;
Figura 1: imagem de uma cartolina subdividida em 48 partes iguais. Fonte: Autor (2016).
 Recortaram-se as tiras formadas usando tesourinha (figura2);
Figura 2: imagem de uma tira correspondente a uma base nitrigenada. Fonte: Autor (2016)
8
 Na designação das cores, de acordo com Santos e Silva (2011, p.128), “A cor amarela foi
designada para a base nitrogenada Adenina (A); a cor branca para base nitrogenada Timina
(T ); a cor vermelha para base nitrogenada Uracilo (U); a cor azul designada para a base
nitrogenada Citosina (C); a cor laranja para base nitrogenada Guanina (G)”, mas para esta
última, a cor laranja nesta pesquisa foi substituída pela cor verde devido a maior
disponibilidade das cartolinas com essas cores;
 Traçaram-se duas linhas que dividiram os 14cm da tira em três partes sendo: a primeira e
terceira partes com 4,5cm cada e a segunda (do meio) com 5cm; de seguida achou-se o ponto
médio da linha dobrando ao meio a tira (figura2);
 Uniram-se os vértices extremos das tiras de cor amarela com o ponto central vincado ao
dobrar a tira e fez-se o mesmo, mas de forma invertida para as tiras de cor branca e vermelha,
(figura3);
Figura 3: Imagens ilustrativas da união dos vértices. Fonte: Autor (2016)
 A partir do vinco formado, achar o ponto médio da área, isto numa tira molde, traçar uma
linha que interceta as extremidades dos vincos formados e cortar com tesourinha para obter
uma extremidade na forma de “V” e na outra extremidade unir os vincos formados por um
arco côncavo para fomar uma extremidade semi-circular tal como ilustra o molde abaixo
(figura 4).
9
Figura 4: passos para o recorte das bases designadas Guanina(G) e Adenina (A) onde em 40 tiras a letra ‘G’ ou ‘A’
foi escrita na ceta voltada para cima e as restantes 8(usadas pelo moderador) foram escritas no sentido inverso para
manter a estética nas duas fitas . Fonte: autor
Realização do jogo
O jogo obedeceu os seguintes passos:
 Divisão da turma em 5 grupos;
 Organização das tiras em lotes de acordo com as cores e dividiu-se por 6, isto permitiu
entregar os 5 grupos formados e ainda sobrou um lote por cada cor de forma a garantir o uso
pelo moderador do jogo;
 Orientação dos grupos de forma a cada grupinho de elementos assegurar apenas uma
cor/base para não se misturar;
 Posicionou-se os grupos num raio de cerca de 2 metros da mesa de jogo. De acordo com a
sequência previamente formada, exibir na mesa uma base de cada vez e contar até cinco
segundos. Dentro dos cinco segundos cada grupo devia o máximo possível anexar a outra
base par.
10
Regras do jogo
A cada pareamento acertado, o grupo soma 5 pontos, os outros grupos que apresentarem a base
certa mas que não puderem anexar somam 2 pontos, mas o grupo que na tentativa de pareamento
apresentar base errada perde 5 pontos. Ninguém se aproxima na mesa antes de início da
contagem dos segundos e caso aconteça o grupo perde um ponto.
Considerou-se vencedor ao grupo que pareou mais bases e consequentemente tiver mais pontos.
Os procedimentos e regras foram válidos tanto na duplicação de DNA como na transcrição de
RNA. Os mesmos procedimentos podem ser usuais em outras matérias ligadas aos pares de bases
nitrogenadas, tais como na codificação de proteínas onde um grupo pode representar a função de
ribossoma.
1.6.3. Técnicas de pesquisa
1.6.3.1.Técnica de inquérito
Com esta técnica, recolheram-se os pressupostos dos alunos no teste diagnóstico que constituiu a
fase inicial do inquérito, de seguida, após a realização do jogo seguiu-se a fase final do
inquerito(pós-teste). O inquérito final apresentava questionário de avaliação do domínio no
pareamento de bases nitrogenadas e a avaliação do jogo como uma actividade lúdico-didáctica
(vide Apêndice II).
1.6.4. Amostragem
Do universo de 12 turmas com 669 alunos da 10ª classe, trabalhou-se com a amostra de uma
turma composta por 67 alunos dos quais 58 estiveram presentes na altura da coleta de dados,
sendo 34 homens e 24 mulheres.
A amostragem procedeu-se de forma aleatoria simples, visto que, a escolha da turma envolvida
no jogo foi ocasional desde que estejam a frequentar a 10ª classe naquela escola, sem tomar em
consideração o seu aproveitamento. Portanto, a selecção desta amostra obedeceu apenas a 10ª
classe onde todas turmas tiveram a mesma chance de participar, visto que se registou as turmas
nos papelinhos, enrolou-se e baralhou-se a sua ordem e de seguida escolheu-se aleatoriamente
11
um papelinho que depois se abriu para identificar a turma sorteada, neste caso foi sorteada a
turma “L”.
1.7. Delimitação do Tema
O objecto de estudo desta pesquisa é o uso do jogo de bases nitrogenadas como método didáctico
no ensino de Genética. Para tal, implementou-se o jogo em causa na 10ª classe, turma L da
Escola Secundária de Matadouro, que se localiza em frente da bomba de abastecimento de
combustivel conhecida por “BP”, situada a escassos metros do posto de controlo de trânsito de
Inhamízua, Beira.
1.8. Enquadramento do tema
Este tema enquadra-se no ensino secundário geral do 1º ciclo, Biologia da 10ª classe na 1ª
unidade que versa sobre base citológica da Hereditariedade.
No ensino superior, em particular no plano curricular da Universidade Pedagógica de
Moçambique, curso de Licenciatura em ensino de Biologia, o tema enquadra-se na cadeira de
Didática de Biologia II, na unidade que versa sobre alternativas metodológicas para inovações do
ensino de Biologia.
1.9. Relevância do tema
O tema escolhido para esta monografia é relevante para a actividade docente na medida em que
este constitui uma ferramenta metodológica didáctica para o processo de ensino-aprendizagem.
Também torna relevante na medida em que se pretende implementar o jogo na escola secundária
de matadouro, com o propósito de incentivar os professores no uso de métodos didácticos que
facilitam a compreensão dos conteúdos de Biologia.
12
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Conceitos e definições
Os conceitos abordados no ensino de Genética são geralmente de difícil assimilação, sendo
necessárias práticas que auxiliem no aprendizado dos alunos.
Freire (1996, p.26) afirma que,
O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente,
reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua submissão. Uma
de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica
com que devem se aproximar dos objectos cognoscíveis.
Dessa forma, métodos inovadores de ensino que envolvam arte, modelos e jogos mostram-se
promissores para serem aplicados no ensino dessa disciplina científica (Santos & Silva, 2011,
p.122). Tais actividades, quando aplicadas de forma lúdica, complementam o conteúdo teórico
permitindo maior interação entre conhecimento-professor-aluno, trazendo contribuições ao
processo de ensino-aprendizagem. Para Miranda (2001) citado por Santos & Silva (2011, p.123),
“ o facto de o jogo ser lúdico, divertido e prazeroso o torna uma das formas mais eficazes de
ensino, sendo uma estratégia para melhorar o desempenho dos alunos em conteúdos de difícil
aprendizagem”.
Nas últimas décadas, temos observado que os professores consideram a actividade lúcida de
como uma estratégia viável que se adapta às novas exigências da educação. O problema está em
saber como os professores encaram o lúdico nas suas actividades de ensino (Herman, 2007;
citado por Santos & Silva, 2011, p.120).
Bueno (1999) conforme citado por Santos & Silva (2011, p.120) afirma que:
O jogo tem uma função vital para o indivíduo porque faz parte integrante da vida
em geral, não só para liberar a tensão e descarregar energia, mas principalmente
como forma de assimilação da realidade, além de ser culturalmente útil para a
sociedade como expressão de ideais comunitários.
13
De acordo com Gardner (1985) conforme citado por Pinheiro (2015, p.8),
A teoria das múltiplas inteligências propõe que cada estudante aprende de uma
forma distinta e cabe a cada professor descobrir alternativas de ensino e
aprendizagem, que contribuam para o desenvolvimento das competências dos
alunos. Esse factor, associado à dificuldade de se ministrar alguns conteúdos de
Biologia, indica a necessidade de actividades, que possibilitem a aprendizagem
efectiva.
2.1.1. Conceitos de Jogo
Segundo Ferreira (2001) citado por Castro e Costa (2011,p.4):
A palavra jogo deriva do latim jocus, gracejo, zombaria, substantivo masculino
de origem latina que significa fazer rir, gracejar, brincar (daí “jocoso”).
Etimologicamente expressa divertimento, brincadeira, passatempo sujeito a
regras que devem ser observadas quando se joga. O facto dos jogos serem
associados com ideia de prazer faz com que alguns professores ainda não os
vejam com bons olhos, pois confundem a interação e diversão dos alunos com
indisciplina e acabam com medo de perder o controle da classe. Desta forma,
seus benefícios ainda são pouco conhecidos e utilizados.
O jogo pode ser considerado como um importante meio educacional, pois propicia um
desenvolvimento integral e dinâmico nas áreas cognitiva, afectiva, linguística, social, moral e
motora, além de contribuir para a construção da autonomia, criticidade, criatividade,
responsabilidade e cooperação das crianças e adolescentes (Moratori, 2003, p.9).
Passerino (2010) caracteriza o jogo como sendo um vínculo que une a vontade e o prazer durante
a realização de uma atividade. Ainda a autora enaltece que o ensino utilizando meios lúdicos cria
ambiente gratificantes e atraentes servindo como estímulo para o desenvolvimento integral da
criança.
Segundo Dondi e Moretti (2007) conforme citado por Panosso, Sousa & Haydu (2015,p.234),
“os jogos educativos são definidos como aqueles que possuem um objetivo didático explícito e
podem ser adotados ou adaptados para melhorar, apoiar ou promover os processos de
aprendizagem em um contexto de aprendizagem formal ou informal.”
14
Os jogos educativos são considerados instrumentos por meio dos quais contingências de ensino
podem ser arranjadas a fim de promover a aprendizagem (Panosso, Sousa & Haydu, 2015)
2.2. O jogo no processo de ensino-aprendizagem
O acto de jogar é tão antigo quanto o próprio homem, na verdade o jogo faz parte da essência de
ser dos mamíferos. “O jogo é necessário ao nosso processo de desenvolvimento, tem uma função
vital para o indivíduo principalmente como forma de assimilação da realidade, além de ser
culturalmente útil para a sociedade como expressão de ideais comunitários (Passerino, 2010) ”.
Na concepção piagetiana, os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num exercício
das ações individuais já aprendidas gerando, ainda, um sentimento de prazer pela ação lúdica em
si e pelo domínio sobre as ações. Portanto, os jogos têm dupla função: consolidar os esquemas já
formados e dar prazer ou equilíbrio emocional à criança (Passerino, 2010).
2.2.1. O jogo como recurso pedagógico
Freire (1996) afirma que “O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática
docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Isto porque
segundo o mesmo autor:
Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade
metódica com que devem se “aproximar” dos objectos cognoscíveis…ensinar
não se esgota no “tratamento” do objecto ou do conteúdo, superficialmente feito,
mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível
(Freire, 1996, p.26).
O jogo é uma atividade que tem valor educacional intrínseco, pois: "jogar educa, assim como
viver educa: sempre sobra alguma coisa" (Lei, 78; citado por Passerino, 2010).
Os jogos ganharam bastante espaço dentro do Ensino de Ciências nas últimas
décadas devido o seu papel no desenvolvimento cognitivo dos alunos…o jogo
promove a competição, desenvolve habilidades como “compreender melhor,
15
fazer melhores antecipações, ser mais rápido, cometer menos erros ou errar por
último, coordenar situações e ter condutas estratégicas (Carvalho, et al. 2014).
A utilização de jogos educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens para o processo de
ensino e aprendizagem onde Passerino (2010) destaca as seguintes:
 O jogo é um impulso natural da criança funcionando assim como um grande motivador;
 A criança através do jogo obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para
atingir o objectivo do jogo;
 O jogo mobiliza esquemas mentais: estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço;
 O jogo integra várias dimensões da personalidade: afectiva, social, motora e cognitiva;
 O jogo favorece a aquisição de condutas cognitivas e desenvolvimento de habilidades como
coordenação, destreza, rapidez, força, concentração, etc.
O uso da informática na educação através de softwares educativos é uma das áreas da
informática na educação que ganhou mais terreno ultimamente.
Isto deve-se principalmente a que é possível a criação de ambientes de ensino e
aprendizagens individualizados (ou seja adaptado às características de cada
aluno) somado às vantagens que os jogos trazem consigo: entusiasmo,
concentração, motivação, entre outros. Os jogos mantêm uma relação estreita
com construção do conhecimento e possui influência como elemento motivador
no processo de ensino e aprendizagem (Passerino, 2010).
A participação em jogos contribui para a formação de atitudes sociais: respeito mútuo,
cooperação, obediência às regras, senso de responsabilidade, senso de justiça, iniciativa pessoal e
grupal (Passerino, 2010).
Segundo Vygotsky (1989) citado por Passerino (2010), “O lúdico influência enormemente o
desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é
estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do
pensamento e da concentração.”
16
Passerino (2010) descreveu certos elementos que caracterizam os diversos tipos de jogos e que
podem ser resumidas assim:
 Capacidade de absorver o participante de maneira intensa e total (clima de entusiasmo,
sentimento de exaltação e tensão seguidos por um estado de alegria e distensão),
envolvimento emocional;
 Atmosfera de espontaneidade e criatividade;
 Limitação de tempo: o jogo tem um estado inicial, um meio e um fim; isto é, tem um caráter
dinâmico;
 Possibilidade de repetição;
 Limitação do espaço: o espaço reservado seja qual for a forma que assuma é como um
mundo temporário e fantástico;
 Existência de regras: cada jogo se processa de acordo com certas regras que determinam o
que "vale" ou não dentro do mundo imaginário do jogo. O que auxilia no processo de
integração social das crianças;
 Estimulação da imaginação e autoafirmação e autonomia.
2.3. Classificação dos Jogos
Os jogos podem ser classificados de diferentes formas, de acordo com o critério adotado. Vários
autores se dedicaram ao estudo do jogo, entretanto Piaget elaborou uma "classificação genética
baseada na evolução das estruturas" (Piaget, citado por Passerino, 2010). Piaget classificou os
jogos em três grandes categorias que correspondem às três fases dos desenvolvimentos infantis:
 Fase sensório-motora (do nascimento até os 2 anos aproximadamente): a criança brinca
sozinha, sem utilização da noção de regras.
 Fase pré-operatória (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente): As crianças adquirem a noção
da existência de regras e começam a jogar com outras crianças jogos de faz-de-conta.
 Fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente): as crianças aprendem as
regras dos jogos e jogam em grupos. Esta é a fase dos jogos de regras como futebol, damas,
etc.
17
Assim, Piaget citado por Passerino (2010) classificou os jogos correspondendo a um tipo de
estrutura mental: Jogo de exercício sensório-motor, Jogo simbólico e Jogo de regras, como se
destacam a seguir:
2.3.1. Jogos de exercício sensório-motor
Como já foi dito antes, o ato de jogar é uma actividade natural no ser humano. Inicialmente a
actividade lúdica surge como uma série de exercícios motores simples. Sua finalidade é o próprio
prazer do funcionamento, Estes exercícios consistem em repetição de gestos e movimentos
simples como agitar os braços, sacudir objetos, emitir sons, caminhar, pular, correr, etc. Embora
estes jogos comecem na fase maternal e durem predominantemente até os 2 anos, eles se mantém
durante toda a infância e até na fase adulta. Por exemplo andar de bicicleta, moto ou carro
(Piaget citado por Passerino,2010,sp).
2.3.2. Jogos simbólicos
O jogo simbólico aparece predominantemente entre os 2 e 6 anos. A função desse tipo de
actividade lúdica, de acordo com Piaget, "consiste em satisfazer o eu por meio de uma
transformação do real em função dos desejos" ou seja tem como função assimilar a realidade.
(Piaget citado por Passerino,2010).
A criança tende a reproduzir nesses jogos as relações predominantes no seu meio
ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se Auto
expressar. Esses jogos-de-faz-de-conta possibilitam à criança a realização de
sonhos e fantasias, revela conflitos, medos e angústias, aliviando tensões e
frustrações (Passerino, 2010).
2.3.3. Jogos de Regras
Segundo Passerino (2010,sp) “O jogo de regras, entretanto, começa a se manifestar por volta dos
cinco anos, desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos. Este tipo de jogo continua
durante toda a vida do indivíduo (desportos, trabalho, jogos de xadrez, baralho entre outros).”
18
Os jogos de regras segundo Passerino (2010) “são classificados em jogos sensório-motores
(exemplo futebol), e intelectuais (exemplo xadrez) ”. Ainda o autor afirma que,
O que caracteriza o jogo de regras é a existência de um conjunto de leis imposto
pelo grupo, sendo que seu descumprimento é normalmente penalizado, e uma
forte competição entre os indivíduos. O jogo de regra pressupõe a existência de
parceiros e um conjunto de obrigações (as regras), o que lhe confere um caráter
eminentemente social (Passerino, 2010).
Segundo Passerino (2010) “Este jogo aparece quando a criança abandona a fase egocêntrica
possibilitando desenvolver os relacionamentos afectivo-sociais.”
2.4. A importância do lúdico na aprendizagem, com auxílio dos jogos
A conduta lúdica oferece oportunidades para experimentar comportamentos que, em situações
normais, jamais seriam experimentados pelo medo do erro e punição (Kishimoto, 1998, p.140;
citado por Garcia, 2010, p.22).
Vigotsky (2007, p.146) conforme citado por Hermann e Araújo (2012) coloca que “os jogos
podem estimular a curiosidade do estudante, além de levá-lo a tomar iniciativas, se tornar
autoconfiante.”
Aliado a essa ideia, destaca-se a seguir um pensamento de dois autores (Santos & Silva, 2011)
em que conforme eles:
É brincando e jogando que as pessoas trabalham o raciocínio lógico: elas
pensam, analisam e calculam qual seria o passo mais certo para determinada
jogada, lembrando que todo jogo tem regras que não podem ser burladas. Com o
processo de elaboração da jogada, utilizam-se melhor os conhecimentos e
habilidades, conforme o tipo de inteligência do jogador (Santos & Silva, 2011,
p. 120).
Para Vasconcelos (2010), a atividade lúdica, como prática de ensino “permite que o aluno
assimile o conhecimento de uma forma mais prazerosa”, isto porque, ou seja, o jogo permite que
os mesmos enriqueçam seus conhecimentos e por outro lado simboliza um instrumento
19
pedagógico que leva ao professor a condição de condutor, estimulador e avaliador da
aprendizagem (Vasconcelos, 2010).
Nesse sentido, ainda na ideia do autor (Vasconcelos, 2010) “as atividades lúdicas, em especial o
jogo didático, foco deste estudo, são uma alternativa viável e interessante para aprimorar as
relações entre professor – aluno – conhecimento” e afirma ainda que,
Notoriamente, as atividades lúdicas, como as brincadeiras, os brinquedos e os
jogos, são reconhecidos pela sociedade como meio de fornecer ao individuo um
ambiente agradável, motivador, prazeroso, planejado e enriquecido, que
possibilita a aprendizagem de várias habilidades. Outra importante vantagem, no
uso de atividades lúdicas, é a tendência em motivar o aluno a participar
espontaneamente na aula.
Para Borges e Schwartz (2005) citado por Garcia (2010), o valor do jogo dá-se no sentido de
resgatar lacunas no processo de aprendizagem dos professores e facilitar a construção de
conhecimentos pelo aluno. Partindo dessa ideia, Campos (2003) defende que:
O jogo pedagógico ou didático que tem como objetivo proporcionar
determinadas aprendizagens, diferencia-se do material pedagógico por conter o
aspecto lúdico, e nesse sentido, acredita ser uma alternativa para melhorar o
desempenho dos estudantes em alguns conteúdos de difícil aprendizagem por
aliar tais aspectos lúdicos aos cognitivos; facilitando assim, a motivação interna,
o raciocínio, a argumentação e a interação entre alunos e entre alunos e
professores (Campos,2003, citado por Garcia, 2010, p.22).
Para Miranda (2001) conforme citado por Santos & Silva (2011), “o fato de o jogo ser divertido
e prazeroso caracteriza-o como uma das formas mais eficazes de ensino, podendo ser utilizado
como uma estratégia para melhorar o desempenho dos estudantes em conteúdos mais
complexos.” Essa caracterização se sustenta na afirmação descrita pelo autor enaltecendo a
importância do jogo, na qual defende que “o jogo representa uma importante ferramenta
educacional e pode auxiliar o trabalho pedagógico nos diferentes níveis de ensino, nas diversas
áreas do conhecimento, tanto em sala de aula como até mesmo fora dela (Miranda, 2001; Citado
por Santos & Silva, 2011, p.123).”
20
Muitos alunos têm dificuldades para entender diferentes temas biológicos, o que compromete o
estabelecimento e a visualização de relações entre tais assuntos. Por outro lado, a relação
professor-aluno, onde o professor actua como transmissor e o aluno apenas como receptor, não
desperta interesse, não proporciona ao aluno construir seu conhecimento, o que pode ser obtido
com o uso de abordagens lúdicas, utilizando jogos ou maquetes (Boleli et al., 2004; citado por
Santos & Silva, 2011, p.123).
2.5. Trabalhos dos outros autores relacionados ao jogo de Bases nitrogenadas.
De entre vários trabalhos que abordam sobre os jogos didácticos, se destaca a obra de Jann e
Leite (2010) sobre o jogo de ADN como um instrumento pedagógico para o ensino de ciências e
biologia. Os resultados que as autoras obtiveram assemelham-se com os desta pesquisa como se
evidencia nas suas palavras em que segundo elas:
A princípio, os alunos estavam descrentes da actividade e encaravam-na como
uma brincadeira, pois se tratava de uma actividade nova, diferente do
convencional. Mas com o passar do tempo, mudaram de postura diante do jogo,
passando a participar activamente da actividade (Jann & Leite, 2010, p.290).
Sepel e Loreto (2007) apresentaram um trabalho de montagem do modelo de dupla hélice de
ADN como uma das possibilidades didácticas no ensino de Genética, cujos seus resultados
indicam maior vantagem no ensino, pois em justificativa desses aspectos são os seguintes
argumentos dos autores:
Por ser uma aula em que os alunos são desafiados a interpretar e executar uma
“receita” (fazer as dobraduras do origami), a quantidade e qualidade de
questionamentos aumentam. As ideias prévias que o aluno traz nem sempre se
ajustam ao modelo e o surgimento de dúvidas é espontâneo. A adequação do
modelo à estrutura apresentada nos livros, detectando os “defeitos” do modelo,
os pontos onde ele não representa de modo “fiel” a estrutura do DNA e as
sugestões de como melhorá-lo, é um tema rico para discussão pois estimula os
alunos a refletir e pesquisar sobre um dos temas mais corriqueiros dos programas
de Genética (Sepel e Loreto, 2007, p.5).
21
Ainda de acordo com Sepel e Loreto (2007), “a construção do modelo de DNA também pode
criar a oportunidade para o aluno de graduação desenvolver simulações e outros modelos
inovadores relacionados aos processos de fluxo de informação genética.”
2.6. Genética
2.6.1. Conceitos de Genética
Genética (do grego geno; fazer nascer) é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação
dos organismos. Ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características
biológicas de geração para geração. O termo genética foi primeiramente aplicado para descrever
o estudo da variação e hereditariedade, pelo cientista William Bateson numa carta dirigida
a Adam Sedgewick, da data 18 de Abril de 1908.
A genética é uma ciência empírica, o que significa que a nossa informação provém de
observações do mundo natural. O método científico é uma ferramenta para entender essas
observações (Tamarin,2002, p.3)
A Genética é a parte da Biologia que estuda as leis da hereditariedade, ou seja, estuda como as
informações contidas nos genes são transmitidas de pais para filhos através das gerações (Brum,
2014).
Genética é o estudo das características biológicas hereditárias. Cada espécie de organismos vivos
forma uma unidade através da partilha de um conjunto comum de características herdadas,
características observáveis que o separam de todas as outras espécies de organismos (Hartl e
Jones, 2003, p. 2).
22
2.6.2. Porque estudar a Genética?
De acordo com Griffiths et al, (2005) o estudo da Genética deve-se pelo facto de ser o epicentro
das reações biológicas e por ela ser o centro das atenções nos aspectos da vida humana, tal como
se pode compreender melhor nas palavras do próprio autor como a seguir se destaca:
Há duas razões básicas para o estudo da Genética: Primeira, genética ocupa uma
posição central em todo o assunto da biologia. Segunda, a genética, como
nenhuma outra disciplina científica, é central para numerosos aspectos dos
assuntos humanos. Ele toca nossa humanidade de muitas maneiras diferentes. Na
verdade, questões genéticas parecem evidentes diariamente em nossas vidas, e
nenhuma pessoa pode dar ao luxo de ser ignorante de suas descobertas (Griffiths
et al, 2005, p.2).
2.6.3. Ácidos Nucleicos
Os ácidos nucleicos são moléculas formados por cadeias altamente polímeras não ramificadas,
visto que elas consistem em elementos de construção, linearmente ordenados, os nucleótidos
(respectivamente um açúcar, um fosfato e uma base) (Bresch & hausmann,1994, p.196).
2.6.3.1. Constituição química dos ácidos nucleicos
Os ácidos nucleicos foram descobertos em 1871, em núcleos de células animais, por Miescher, e
encontrados também em células vegetais por Altman em 1889 (Bresch & Hausmann 1994,
p.187). Ainda os mesmos aoutores afirmam que,
As observações químicas feitas por Kossel, permitiram reconhecer que os ácidos
nucleicos tem grandeza molecular gigantesca…estas macromoléculas…podem
ser decompostas em subunidades por certas enzimas designadas por «nucleases»
(Dnase decompõe ADN/DNA e a Rnase o ARN/RNA) ”, e essas subunidades com
pesos moleculares de cerca de 350 são chamadas de «nucleótidos». Tais
nucleótidos são constituídos por três componentes: uma base azotada, uma
23
molécula de açúcar (pentose) e um grupo fosfato (Bresch & Hausmann,1994,
p.187).
Um ácido nucleico tem a capacidade de guardar informações, de replicação, de gerar
diversificação de actividades numa célula, de catalisar, de unir gerações pelo processo de
hereditariedade e de dirigir a síntese de outras macromoléculas (proteínas).2
O ácido desoxirribonucleico (ADN; ou DNA, em inglês: deoxyribonucleic acid) é um
composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o
desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus, e que transmitem as
características hereditárias de cada ser vivo. O seu principal papel é armazenar as informações
necessárias para a construção das proteínas de ARN.
Uma molécula de ADN consiste em dois cordões, com polaridade inversa, que enroscados,
formam uma espiral. Cada duas bases opostas formam com as suas valências secundárias pontes
de hidrogénio, nas quais se encontram sempre emparelhadas Adenina com Timina e Guanina
com Citosina (Bresch & Hausmann,1994, p.193).
Segundo Jann & Leite (2010), “A dupla hélice do DNA tem sido apresentada como ícone da
ciência, desenvolvimento e modernidade nos mais diversos eventos”. Mas as autoras afirmam
que a matéria é menos compreendida e segundo elas:
Grande parte da população mundial não compreende esse conteúdo científico e
talvez a dificuldade seja decorrente da própria natureza abstrata desse conceito.
Baseados nestas constatações, universitários elaboraram, durante as aulas de
Metodologias e Práticas em Biologia, um jogo que retrata a estrutura da molécula
de DNA, RNA, e a síntese de proteínas, objectivando unir os aspectos lúdicos aos
cognitivos, a fim de facilitar a construção do conhecimento em torno do tema
Código Genético. Após aplicação do jogo em colégio de ensino médio, os
comentários feitos pelos alunos demonstraram que o jogo serviu para uma
melhor compreensão da estrutura da molécula de DNA, corroborando a eficácia
do aspecto lúdico associado ao cognitivo como importante estratégia de ensino
(Jann & Leite, 2010).
2
Disponível em (http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/acidos-nucleicos-desoxirribonucleicos-e-
ribonucleicos acesso 03/08/16).
24
Em 1957, Elliot Volkin e Lawrence Astrachan fizeram uma observação significativa. Eles
descobriram que das alterações moleculares mais notável quando E. coli é infectada com o fago
T2 é uma sequência rápida de síntese de ARN (Griffiths et al, 2005, p.257). Além disso, os
autores afirmam que “este RNA induzida por fago "vira" rapidamente que é a sua vida breve. O
seu aparecimento e desaparecimento rápidos sugeriu que o RNA pode desempenhar algum papel
na expressão do genoma T2 necessário para fazer mais partículas de vírus.”
ADN é transcrita em ARN mensageiro e depois traduzida em proteinas. Assim sendo, pode
dizer-se genericamente que o produto final da expressão dos genes são proteinas, sejam elas
estruturais ou enzimáticas (Lima&Mota, 2003).
A estrutura de ARN é mais variada do que a do ADN. Sabe-se que o ARN exerce funções muito
diferentes na célula…o ARN forma longas cadeias de nucleotídos com ligações 3’-5’-
fosfodiester entre os nucleotídos (Bresch & Hausmann, 1994).
2.6.3.2. .Semelhanças e Diferenças entre ADN/DNA e ARN/RNA
O ADN é composto por duas cadeias de nucleótidos unidos por emparelhamento complementar
de A com T e G com C (Griffiths et al, 2005). ADN é replicado pela anulação das duas vertentes
da dupla hélice e para a edificação de uma nova cadeia complementar sobre cada uma das
cadeias separadas da dupla hélice originais (Griffiths et al, 2005).
Segundo Bresch & Hausmann (1994) “tanto o ADN como o ARN contêm quatro nucleótidos
diferentes que distinguem nas suas bases. Aparecem duas bases de purina e duas bases de
pirimidina, respectivamente:
. : :
:
:
"
Designa-se purina porque tem dois anéis com vários átomos de nitrogénio unidos ao esqueleto
carbonado, enquanto a base pirimidínica consta de um só anel hexagonal no qual se inserem
25
átomos de nitrogénio, oxigénio e, em alguns casos, um radical metila, -CH3 tal como ilustra a
figura 5 em anexos.3
Portanto, o ADN se distingue de ARN no aparecimento de Timina e de Uracilo nas suas bases
respectivamente. Também nos seus açúcares, visto que as pentoses dos seus nucleotideos são
constituidos por desoxiribose no ADN e por Ribose no ARN. Essa diferença se baseia a divisão
em ADN e ARN, assim como no seu comportamento químico (Bresch & Hausmann,1994,
p.187).
3
Disponível [online] em:(http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/acidos-nucleicos-
desoxirribonucleicos-e-ribonucleicos acesso 03/08/16).
26
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
3.1 Apresentação de dados
Os dados em análise foram coletados na Escola Secundária de Matadouro, que no presente ano
lectivo de 2016, matriculou cerca de 1787 alunos da 8ª a 10ª classes dos quais 1001 são homens
e 786 são mulheres. O estudo incidiu essencialmente na 10ª classe que apresenta um universo de
669 alunos sendo 380 homens e 289 mulheres distribuídos em 12 turmas.
Dos 669 alunos da 10ª classe que corresponde o universo no presente estudo, foi escolhida de
forma aleatória uma amostra de uma turma que neste caso foi a turma “L” composta por 67
alunos dos quais 58 estiveram presentes na altura da coleta de dados, sendo 34 homens e 24
mulheres.
3.1.1. Pressupostos dos alunos sobre o pareamento de Bases Nitrogenadas
A primeira actividade efetuada antes da implementação do jogo, foi de realização do teste
diagnóstico (pré-teste) com duas actividades sendo a primeira para a duplicação de ADN e a
segunda de transcrição para ARN.
Na questão sobre o pareamento de bases para a formação da dupla hélice de ADN a partir de
uma sequência parental (fita molde), dos 58 alunos envolvidos no estudo, ninguém acertou na
integra o pareamento, pois 7 (12%) destes apresentaram uma combinação no pareamento e
falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases; outros 8 alunos (14%) acertaram o
pareamento de algumas bases tendo errado no pareamento de entre 5 a 15 bases e os restantes 43
alunos (74%) foram incapazes de acertar tanto no pareamento bem como na sequência das bases.
27
Figura 7: Resultados do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na Dupla hélice de
ADN. Fonte: Autor
Na segunda questão sobre a transcrição para ARN, do universo amostral de 58 alunos: ninguém
acertou na íntegra, mas 12 alunos revelaram ter uma noção sobre as bases que compõem a
sequencia de ARN ao incluírem Uracilo na sequencia a parear ora com Adenina ora com
citosina, apesar do pareamento errado em muitas bases. Esses resultados revelam que 46 alunos
ou seja, 79% dos alunos não sabiam a diferença entre ADN e ARN em termos de seus pares de
bases e 21% (12 alunos) demostraram ter noções mínimas.
Figura 8: Resultado do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na transcrição de
ADN para ARN.
Fonte: Autor
0%
12%
0%
14%
74%
Dados sobre o pareamento de Bases de ADN (Pré-teste)
Acertaram na íntegra;
Falharam na sequência por
ter saltado menos de 5 bases;
Erraram o pareamento de
menos de 5 bases;
Erraram o pareamento de
entre 5 a 15 bases;
Erraram tudo
0% 0% 0%
21%
79%
Dados sobre a transcrição de ADN para ARN (Pré-teste)
Acertaram na íntegra;
Falharam na sequência por ter
saltado menos de 5 bases;
Erraram o pareamento de menos
de 5 bases;
Erraram o pareamento de entre 5
a 15 bases;
Erraram tudo.
28
3.1.2 Fase de implementação do jogo de Bases Nitrogenadas
A implementação do jogo também teve duas fases sendo a primeira referente ao pareamento de
bases para a formação da dupla hélice de ADN que durou 53 minutos (45 do 3º tempo de
Biologia e 8 minutos de intervalo maior), sendo 10 minutos para preparação, explicação das
regras e procedimentos do jogo, e 43 minutos de realização do jogo. A segunda fase foi de
transcrição de ADN para ARN realizada a partir do 5º tempo e durou 61 minutos dos quais, 37
minutos de realização do jogo, 9 de compilação e divulgação dos grupos vencedores e os
restantes 15 minutos de avaliação final através das fichas de inquérito (pós-teste).
Durante a realização do jogo, observou-se uma monotonia nos primeiros seis pareamentos, mas
de seguida os alunos foram mais animados e participativos, visto que já se notava a maior
vontade de participação e constatou-se muitas paragens devidos gritos emocionais dos grupos
que acertavam. Este aspecto provou a ideia de Miranda (2001) citada por SANTOS & Silva
(2011) que diz “o fato de o jogo ser divertido e prazeroso caracteriza-o como uma das formas
mais eficazes de ensino, podendo ser utilizado como uma estratégia para melhorar o
desempenho dos estudantes em conteúdos mais complexos.”
3.1.3. Resultados do teste avaliativo depois da realização do jogo (pós-teste)
Depois da realização do jogo, seguiu a fase avaliativa final (Pós-teste) que englobava as
primeiras duas questões do teste diagnóstico e mais duas de reflexão sobre o jogo onde obteve-se
os seguintes dados:
Na questão sobre o pareamento de bases para a formação da dupla hélice de ADN a partir de
uma sequencia parental (fita molde), dos 58 alunos envolvidos no estudo; 33 alunos (57%)
acertaram na íntegra o pareamento; 13 alunos (22%) apresentaram uma combinação no
pareamento e falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases; 4 alunos (7%) erraram o
pareamento de menos de 5 bases; 1 aluno (2%) errou no pareamento de 15 bases e os restantes 7
alunos (12%) foram incapazes de acertar tanto no pareamento bem como na sequência das bases.
29
Figura 9:Resultados do teste final (pós-teste) referente ao pareamento de bases na Dupla hélice de ADN.
Fonte: Autor
Na segunda questão sobre a transcrição da sequencia de ADN para ARN, do universo de 58
alunos: 18 (31%) acertaram na íntegra; 11 (19%) apresentaram uma combinação no pareamento
e falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases; 8 (14%) erraram o pareamento de
menos de 5 bases; 6 (10%) erraram no pareamento de entre 5 a 15 bases; e os restantes 15 alunos
(26%) foram incapazes de acertar tanto no pareamento bem como na sequência das bases.
Figura 10: Resultado do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na transcrição de
ADN para ARN. Fonte: Autor
57%
22%
7%
2% 12%
Dados sobre o pareamento de Bases de ADN (pós-teste)
Acertaram na íntegra o pareamento das
bases e a sua sequência;
Falharam na sequência por ter saltado
menos de 5 bases;
Erraram o pareamento de menos de 5
bases;
Errou no pareamento de 15 bases;
Erraram tudo.
31%
19%
0%
10%
26%
Dados sobre a transcricão de ADN para ARN (Pós-teste)
Acertaram na íntegra;
Falharam na sequência por ter saltado
menos de 5 bases;
Erraram no pareamento de menos de 5
bases;
Erraram no pareamento de entre 5 a 15
bases;
Erraram tudo.
30
Na terceira questão sobre “O que achaste do jogo de bases nitrogenadas que acabaste de
participar?”, do universo amostral de 58 alunos: 52 (90%) responderam que foi muito divertido;
5 (8%) responderam que foi razoável; e apenas 1 (2%) respondeu que não acha nada.
Figura 11: resultados do inquérito sobre opiniões dos alunos relativos ao jogo implementado.
Fonte: Autor
Na quarta e última questão sobre “Será que o jogo no qual acabou de participar ajudou na
melhoria dos teus conhecimentos sobre o pareamento de bases nitrogenadas na duplicação
da fita de ADN e transcrição para ARN?”, do universo amostral de 58 alunos: 54 (93%)
responderam que ajudou muito; e apenas 4 (7%) responderam que foi mais ou menos.
Figura 12: Dados do inquérito aos alunos sobre o impacto do jogo no dominio de pareamento de bases
nitrogenadas.
Fonte: Autor
90%
8%
0%
2%
Dados de opiniões dos alunos sobre o jogo
Muito divertido;
Razoável;
Complicado;
Não acha nada.
93%
7% 0%0%
Dados de opiniões dos alunos sobre influência do jogo na melhoria
dos conhecimentos
Ajudou muito;
Mais ou menos;
Complicado;
Não acha nada.
31
3.2. Análise e interpretação dos resultados
Feita a análise dos dados compreende-se que o jogo apresentou elementos que conduziram a
mente dos alunos ao raciocino lógico e coerente em torno do pareamento de bases na dupla
hélice de ADN e sua transcrição para ARN. A prova disso destaca-se a forma de recorte das
bases que era de forma adjacente por forma a criar um encaixe entre as bases opostas. A cada
base apresentava um recorte particular e que ajusta com a outra específica do seu pareamento,
apenas as bases Timina (T) e Uracilo (U) que apresentam a mesma configuração em recorte e
diferenciando apenas nas cores, isto para facilitar o seu encaixe no pareamento com Adenina (A).
O exercício de repetibilidade das bases contribuiu no domínio sobre qual das bases compõem a
sequência de ADN (no caso da base T) ou de ARN (que é U).
Feita a comparação entre os resultados do teste diagnóstico (pré-teste) com o teste do inquérito
final (pós-teste) dos 43 alunos que teriam errado tudo no pré-teste foram reduzidos para 7 alunos
que após participação no jogo ainda apresentavam incapacidade no pareamento de bases
nitrogenadas, tal como ilustra o gráfico a seguir:
Figura 13: Comparação de resultados da duplicação de ADN no pré-teste e pós-teste.
Fonte: Autor
0
7
0
8
43
33
13
4
1
7
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Acertaram na
íntegra;
Falharam na
sequência saltar
≤ 5 bases;
Erraram no
pareamento de
≤ 5 bases;
Erraram no
pareamento de
]5 -15] bases;
Erraram tudo
Pré-teste
Pós-teste
32
Já na segunda questao sobre a transcrição de ADN para ARN, dos 46 alunos que teriam errado
tudo no pré-teste foram reduzidos para 15 alunos que após participação no jogo ainda
apresentavam incapacidade no pareamento de bases nitrogenadas, tal como ilustra o gráfico a
seguir:
Figura 14: Comparação de resultados de transcrição de ADN para ARN.
Fonte: Autor
Comn esses resultados pode se dizer que o jogo de bases nitrogenadas usado como método
alternativo no ensino de Genética, contribuiu positivamente para o melhor entendimento sobre o
pareamento de bases de ADN e transcrição de ARN. A prova disso, nota-se 18 alunos que
acertaram na integra, 11 alunos que apenas falharam por ter saltado menos de 5 bases e outros 8
alunos erraram no pareamento de menos de 5 bases, isto depois de envolvidos no jogo,
resultados que não se obtiveram no teste diagnóstico.
0 0 0
12
46
18
11
8
6
15
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Acertaram na
íntegra
Falharam na
sequência por
ter saltado
menos de 5
bases
Erraram no
pareamento de
menos de 5
bases
Erraram no
pareamento de
entre 5 a 15
bases
Erraram tudo
Pré-teste
Pós-teste
33
CAPÍTULO IV: CONSIDERAÇÕES FINAIS
4.1. Conclusões
Os dados obtidos no teste diagnóstico (pré-teste) demonstraram um fraco domínio por parte dos
alunos pelo facto de nenhum ter conseguido parear na íntegra, tanto na duplicação de ADN,
assim como na sua transcrição para ARN.
O jogo de bases nitrogenadas usado como método didáctico no ensino de Genética, contribuiu
positivamente para o melhor entendimento sobre o pareamento de bases de ADN e transcrição
de ARN.
O uso de jogo de bases nitrogenadas no ensino de Biologia, e em particular no ensino de
Genética, constitui uma alternativa metodológica didáctica que visa melhorar a compreensão de
conteúdos sobre o pareamento de bases nitrogenadas durante a formação da dupla hélice de
ADN e sua transcrição para ARN. Durante a realização do jogo de bases nitrogenadas, os
alunos manuseiam as tiras de cartolinas produzidas em representação das bases nitrogenadas, o
que lhes permite criar uma imagem que relaciona o concreto com o abstracto transformando os
conhecimentos teóricos em práticos.
Com a aprendizagem de genética a partir do jogo de bases nitrogenadas, os alunos estimulam
melhor o processo de memorização de conhecimentos através de fixação de imagens ilustradas
nos instrumentos do jogo e dos procedimentos deste jogo por um lado, e, por outro lado,
também facilitam na demonstração do processo de duplicação de ADN e transcrição para ARN
que ocorre na célula cuja visualização requere equipamentos especializados.
Os alunos aprendem melhor os conceitos abstractos manipulando objectos reais representativos
durante a realização do jogo e entendem melhor o processo de duplicação de ADN e transcrição
para ARN na medida em que obedecem os procedimentos do jogo na busca de bons resultados
no fim do mesmo.
34
4.2. Limitação
A implementação do jogo de bases nitrogenadas como método didáctico torna-se menos
produtiva e acima de tudo dificulta a gestão de tempo quando as turmas forem numerosas, isto
é, acima de 50 alunos. Isto porque o ideal seria a formação de 5 grupos com um máximo de 10
estudantes, para permitir a posse de 2 estudantes por cada lote de base nitrogenada. Se o
número for acima desta proporção dificulta o controlo dos mesmos no jogo e o cumprimento
dos objectivos traçados.
4.3. Sugestões
Realizado o trabalho sobre o uso do jogo de bases nitrogenadas, com vista a buscar
metodologias didácticas alternativas que colocam em prática os conteúdos teóricos nas aulas de
Biologia e em particular no ensino de Genética, o autor apresenta algumas sugestoes para os
intervenientes do processo de ensino-aprendizagem (PEA) tais como:
a) Direcção Da escola
 Criar condições para o intercâmbio dos professores que possa permitir a troca de
experiências, debates sobre as metodologias de ensino;
 Promover o uso de métodos Didácticos alternativos com particular destaque o uso de jogos
didácticos, difundindo os benefícios que tem no processo de ensino;
 Disponibilizar cartolinas, marcadores e outros materiais que os professores possam usar
atraves de suas criatividades na produção ou montagem de diversos jogos didácticos, como
é o caso de Jogo de Bases Nitrogenadas.
b) Professores de Biologia
 Implementar o jogo de bases nitrogenadas, nas aulas para estimular o PEA de duplicação de
ADN, transcrição de ARN bem como outros temas (tradução de aminoácidos para
produção de proteínas);
 Tomar em consideração a gestão do tempo na planificação das actividades lúdicas para não
esgotar o tempo lectivo sem no entanto cumprir com os objectivos da aula;
 Ser criativo nas actividades docente para dinamizar as aulas através de metodologias
didacticas alternativas, como é o caso do uso de jogo de bases nitrogenadas.
35
Referências Bibliográficas
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BRUM, Igor V., Biologia, Curso Pré-Universitário Popular, Universidade Federal de Juiz de
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CARVALHO, Júlio Cesar Queiroz de. BELTRAMINI, Leila Maria. ABEL, Luciano Douglas dos
Santos. Et.al. “Sintetizando Proteínas”, o jogo: proposta e avaliação de uma ferramenta
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em:(http://oaji.net/articles/2015/1715-1424983774.pdf)acesso 06/08/16.
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Aprendizagem Significativa; in: Revista electrónica de investigação em Educação e Ciências,
Buenos Aires, 2011. disponível em:< http://www.redalyc.org/pdf/2733/273322687002.pdf>
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CUNHA, N. ,Brinquedo, desafio e descoberta. Rio de Janeiro: FAE. 1988.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
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GARCIA, Mariana W., Jogo didático como estratégia complementar ao ensino de Botânica no
Ensino Médio em uma escola particular de Barretos,Licenciatura em Ciencias Biologicas,
Centro de Ciencias Biologicas e da Saúde, UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
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GIL, Robledo Lima, Licenciatura em Ciencias Biologicas (Tipos de Pesquisas). Slides [online]
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HARTL, Daniel L.; JONES, Elisabeth W.; Génétique: Les grands principes,Dunod, Paris.2003
HERMANN, Fabiana B.;ARAÚJO, Maria C.P. os jogos didáticos no ensino de genética como
estratégias partilhadasnos artigos da revista genética na escola: In VI Encontro Regional Sul de
36
Ensino de Biologia(EREBIO-SUL);XVI Semana Académica de Ciências Biológicas. Rio Grande
do Sul. 2012. Disponível [online] em:
http://santoangelo.uri.br/erebiosul2013/anais/?page_id=282 acesso em 26/07/15
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para o ensino de ciências e biologia, Rio de Janeiro, 2010, [online] disponível em:
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PANOSSO, Mariana G., SOUSA, Silvia G.; HAYDU, Verônica B. “Características atribuídas a
jogos educativos: uma interpretação Analítico-Comportamental”. In: Revista Quadrimestral da
Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 19, Número 2,
Maio/Agosto de 2015: 233. [online] Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pee/v19n2/2175-
3539-pee-19-02-00233.pdf acesso 26/08/16
PASSERINO, Liliana Maria, Avaliação de jogos educativos e computarizados, Universidade
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PINHEIRO, Flavio R. A aplicação de jogos para o ensino de Genética,Universidade Federal do
Paraná; Monografia do Curso de especialização em ensino de Genética para professores do
ensino médio Londrina, 2015. Disponível [online] em:
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SANTOS, Carla Regina de Mendonça dos, SILVA, Paulo Roberto Queiroz da, A utilização do
lúdico para a aprendizagem do conteúdo de genetica, Brasilia,2011. [online] Disponível em:
37
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SEPEL, Lenira M.N.;LORETO, Elgion L.S.Estrutura do DNA em Origami-Possibilidades
Didacticas. Departamento de Biologia; Uviversidade Federal de Santa Maria.2007. [online]
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SOUSA, Dalva Ines, et al, Manual de orientações para Projetos de Pesquisa, Novo Hamburgo,
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www.liberato.com.br/sites/.../manual_de_orientacoes_para_projetos_de_pesquisa.pdf acesso
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TAMARIN, Robert H.;Principles of Genetics,7th
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VASCONCELOS, E.S, “Baralho atômico - atividade lúdica para o ensino da evolução dos
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[online] Disponível em http://www.abq.org.br/simpequi/2010/trabalhos/107-6730.htm acesso
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http://educacao.globo.com/biologia/assunto/hereditariedade/conceitos-basicos-da-genetica.html
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http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/acidos-nucleicos-desoxirribonucleicos-e-
ribonucleicos acesso 03/08/16.
http://www.santoangelo.uri.br/erebiosul2013/ acesso em 13/09/15.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/quimica_vida/quimica15.php acesso 11/06/16
38
Apêndices
39
Apêndice I: Questionário para o teste diagnóstico aos alunos (pré -teste).
1. Dada a sequência de bases da fita de ADN codificadora abaixo, apresente o seu
pareamento para a duplicação de ADN.
5’- A T G C C A G T A G G C C A C T T G T C A - 3’
3’- _____ - 5’
2. Transcreva a sequência de bases por ti formada na duplicação feita na questão anterior
e considere de fita molde de ADN, depois faça a transcrição da mesma para a fita de
ARN mensageiro (ARNm).
3’- _______________ - 5’
5’- _______________ - 3’
Muito Obrigado pela colaboração
40
Apêndice II: Questionário para avaliação sumária da relevância do jogo (pós-teste) dirigido
aos alunos envolvidos no jogo.
1. Dada a sequência de bases da fita de ADN codificadora abaixo, apresente o seu
pareamento para a duplicação de ADN.
5’- A T G C C A G T A G G C C A C T T G T C A - 3’
3’- _____ - 5’
2. Transcreva a sequência de bases por ti formada na duplicação feita na questão anterior
e considere de fita molde de ADN, depois faça a transcrição da mesma para a fita de
ARN mensageiro (ARNm).
3’- _____ _____ - 5’
5’- __________ - 3’
3. O que achaste do jogo de bases nitrogenadas que acabaste de participar?
Assinale com X na opção correspondente a tua opinião.
a)Foi muito divertido b)Foi razoável c)Foi complicado d)Não acho nada
4. Será que o jogo no qual acabou de participar ajudou na melhoria dos teus
conhecimentos sobre o pareamento de bases nitrogenadas na duplicação da fita de ADN
e transcrição para ARN?
Assinale com X na opção correspondente a tua opinião.
a)Ajudou muito b) Mais ou menos c) não influenciou nada d) Complicou mais
Muito Obrigado pela colaboração
41
Apêndice III: Algumas imagens Ilustrativas do momento de realização do jogo
A
Ciclo metodológico do jogo (um método didáctico alternativo do PEA)
Formacao de 4 grupos para o jogo
Fase do início do jogo
Reunir materiais
necessários
41
Apêndice III: Algumas imagens Ilustrativas do momento de realização do jogo
A
Ciclo metodológico do jogo (um método didáctico alternativo do PEA)
Formacao de 4 grupos para o jogo Distância entre os grupos formados
Fase do início do jogo Fase final do jogo no pareamento de ADN
(dupla hélice)
Autor: Michavão
Objectivo de facilitar o
PEA
Produzir os
instrumentos do jogo
Realização do Jogo
Fase de avaliação do
impacto do jogo
41
Apêndice III: Algumas imagens Ilustrativas do momento de realização do jogo
A
Ciclo metodológico do jogo (um método didáctico alternativo do PEA)
Distância entre os grupos formados
Fase final do jogo no pareamento de ADN
(dupla hélice)
Realização do Jogo
42
Anexos
43
Anexo 1: Diferenças e semelhanças entre a estrutura de ADN com a de ARN
Figura 5: Imagem ilustrativa das semelhanças e diferenças entre a estrutura de ADN e ARN. Fonte:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/quimica_vida/quimica15.php acesso 11/06/16
44
Anexo 2: Pareamento de ADN em dupla hélice.
Figura 6: Imagem ilustrando o pareamento das bases nitrogenadas ligadas por pontes de hidrogenio
representando assim a dupla hélice de ADN Fonte:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK26821/figure/A598/?report=objectonly

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  • 1. José Pedro Michavão Uso de jogo de Bases Nitrogenadas como um Método Didáctico no Ensino de Genética: Estudo da 10ª classe, Escola Secundária de Matadouro, Cidade da Beira Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Gestão de Laboratórios Escolares Universidade Pedagógica Beira 2016
  • 2. 2 José Pedro Michavão Uso de jogo de Bases Nitrogenadas como um Método Didáctico no Ensino de Genética: Estudo da 10ª classe, Escola Secundária de Matadouro, Cidade da Beira Supervisor: dr. Reinaldo Chicanda Universidade Pedagógica Beira 2016 Monografia Científica apresentada ao Departamento de Ciências Naturais e Matemática da Universidade Pedagógica, Delegação da Beira, para obtenção do grau académico de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Gestão de Laboratórios Escolares
  • 3. 3 Índice LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................................iv LISTA DE FIGURAS................................................................................................................................v Conteúdo Página...............v DECLARAÇÃO DE HONRA..................................................................................................................vi DEDICATÓRIA ......................................................................................................................................vii AGRADECIMENTOS............................................................................................................................viii RESUMO..................................................................................................................................................ix ABSTRACT...............................................................................................................................................x Introdução ..................................................................................................................................................1 CAPÍTULO I: CONSTRUÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA ...................................................................2 1.1. Justificativa ....................................................................................................................................2 1.2. Problematização ..................................................................................................................................3 1.2. Hipótese..........................................................................................................................................4 1.5. Objectivos ...........................................................................................................................................4 1.6. Metodologia ........................................................................................................................................5 1.6.1. Tipo de pesquisa...................................................................................................................................5 1.6.2. Métodos usados na pesquisa ................................................................................................................5 1.6.2.1. Método bibliográfico..............................................................................................................5 1.6.2.2. Método Experimental.............................................................................................................6 1.6.2.2.1. Procedimentos do Jogo de Bases Nitrogenadas .........................................................................6 Materiais necessários .................................................................................................................................6 Montagem dos materiais ............................................................................................................................7 Realização do jogo .....................................................................................................................................9 Regras do jogo..........................................................................................................................................10 1.6.3. Técnicas de pesquisa....................................................................................................................10 1.6.3.1. Técnica de inquérito.............................................................................................................10 1.6.4. Amostragem.................................................................................................................................10 1.7. Delimitação do Tema ...................................................................................................................11 1.8. Enquadramento do tema...............................................................................................................11 1.9. Relevância do tema ......................................................................................................................11
  • 4. 4 CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................12 2.1. Conceitos e definições.......................................................................................................................12 2.2. O jogo no processo de ensino-aprendizagem........................................................................................14 2.2.1. O jogo como recurso pedagógico.................................................................................................14 2.3. Classificação dos Jogos.....................................................................................................................16 2.3.1. Jogos de exercício sensório-motor .....................................................................................................17 2.3.2. Jogos simbólicos ...............................................................................................................................17 2.3.3. Jogos de Regras..................................................................................................................................17 2.4. A importância do lúdico na aprendizagem, com auxílio dos jogos...................................................18 2.5. Trabalhos dos outros autores relacionados ao jogo de Bases nitrogenadas. .....................................20 2.6. Genética.................................................................................................................................................21 2.6.3. Ácidos Nucleicos................................................................................................................................22 2.6.3.1. Constituição química dos ácidos nucleicos.....................................................................................22 2.6.3.2. .Semelhanças e Diferenças entre ADN/DNA e ARN/RNA............................................................24 CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ......26 3.1 Apresentação de dados.......................................................................................................................26 3.1.1. Pressupostos dos alunos sobre o pareamento de Bases Nitrogenadas................................................26 3.1.2 Fase de implementação do jogo de Bases Nitrogenadas.....................................................................28 3.1.3. Resultados do teste avaliativo depois da realização do jogo (pós-teste)............................................28 3.2. Análise e interpretação dos resultados ..............................................................................................31 CAPÍTULO IV: CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................33 4.1. Conclusões ............................................................................................................................................33 4.2. Limitação...............................................................................................................................................34 4.3. Sugestões...............................................................................................................................................34 Referências Bibliográficas ...........................................................................................................................35 Apêndices.....................................................................................................................................................38 Anexos..........................................................................................................................................................42
  • 5. iv LISTA DE ABREVIATURAS UP- Universidade Pedagógica. ADN/ DNA-, Ácido Desoxiribonucleico, que em inglês significa Desoxiribonucleic Acid. ARN /RNA- Ácido Ribonucleico que em inglês significa Ribonucleic Acid. PEA- Processo de Ensino-Aprendizagem. Bio-2012 – Estudantes do curso de Biologia que ingressaram em 2012.
  • 6. v LISTA DE FIGURAS Conteúdo Página Figura 1: imagem de uma cartolina subdividida em 48 partes iguais…………………………….7 Figura 2: imagem de uma tira correspondente a uma base nitrigenada. (2016)…………………..7 Figura 3: Imagens ilustrativas da união dos vértices.)……………………………………………8 Figura 4: passos para o recorte da base designada Guanina(G) onde em 40 tiras a letra ‘G’ foi escrita na ceta voltada para cima e as restantes 8(usadas pelo moderador) foram escritas no sentido inverso para manter a estética nas duas fitas………………………………………………9 Figura 5: Imagem ilustrativa das semelhanças e diferenças entre a estrutura de ADN e ARN, (vide anexo 1). Figura 6: Imagem ilustrando o pareamento das bases nitrogenadas ligadas por pontes de hidrogenio representando assim a dupla hélice de ADN, (vide anexo 2). Figura 7: Resultados do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na Dupla hélice de ADN……………………………………………………………………………………27 Figura 8: Resultado do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na transcrição de ADN para ARN.......................................................................................................27 Figura 9:Resultados do teste final (pós-teste) referente ao pareamento de bases na Dupla hélice de ADN………………..…………………………………………………………………………29 Figura 10: Resultado do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na transcrição de ADN para ARN……..……………………………………………………………29 Figura 11: resultados do inquérito sobre opiniões dos alunos relativos ao jogo implementado...30 Figura 12: Dados do inquérito aos alunos sobre o impacto do jogo no dominio de pareamento de bases nitrogenadas………………………………………………………………………………..30 Figura 13: Comparação de resultados da duplicação de ADN no pré-teste e pós-teste…………31 Figura 14: Comparação de resultados de transcrição de ADN para ARN………………………32
  • 7. vi DECLARAÇÃO DE HONRA Declaro que esta Monografia científica resultou da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho, não foi apresentado na sua essência, em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico. Beira, 08 de Dezembro de 2016 ______________________________ (José Pedro Michavão)
  • 8. vii DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus progenitores Pedro Manhume Michavão e Celina Chimoio, ao meu irmão Arão Manhume Michavão (que Deus o tenha) pela educação que me proporcionaram e pelo apoio na carreira estudantil desde o ensino primário; aos meus filhos Amélia, Joaquim, Ângela e Regina por suportarem o desequilíbrio social e económico durante 4 anos e constituírem o principal motivo do ingresso ao ensino superior; aos meus irmãos Lucas, Amélia, Almeida, David, e Albino pelo apoio social e moral prestado durante todo o percurso da vida e em particular nos 4 anos de formação superior.
  • 9. viii AGRADECIMENTOS Agradeço em primeira mão a Deus pela saúde e protecção. Um agradecimento muito especial vai ao meu supervisor, dr. Reinaldo Chicanda, pelo carinho, ensinamentos, paciência e inspiração que me proporcionou durante a elaboração do presente trabalho; ao dr. Nelson Taibo, pelo apoio na revisão linguística. O agradecimento é extensivo a todos os docentes da UP-Beira com maior destaque aos do curso de Biologia. Aos meus amigos, Haquilene Galimoto, Lenita Nhamirre, António Dias Maossa, Ernesto Massango, Jaime Castelo, Roque Timm, Luís Nduco, Vasco Zacarias, Paulo Sambili, Samuel Zacarias, Luísa Zacarias pelo apoio material e moral durante os 4 anos de estudo na UP. Agradeço também a todos colegas de Bio-2012, que me ajudaram a viver e crescer tanto academicamente como na formação da minha cidadania, em especial ao Jair Douglas, Paulo Sebastião, Joaquim Palaene, António Matenda, Maria Mafumauane, José Mangena, Joaquim José, Micheque Quenasse, José Lisboa, Augusto Araújo, Isaías Alberto, entre outros. A todos os intervenientes no trabalho de campo: Direcção Pedagógica, professor e alunos da 10ª classe na Escola Secundária de Matadouro, pela colaboração e contribuição durante a pesquisa, e pelo tempo disponibilizado no fornecimento de informações para a presente monografia. .
  • 10. ix RESUMO A presente Monografia resulta de uma investigação sobre “Uso de jogo de Bases Nitrogenadas como um Método Didáctico no Ensino de Genética: Estudo da 10ª classe, Escola Secundária de Matadouro, Cidade da Beira”. Para a sua realização, foi utilizada uma metodologia centrada numa abordagem qualitativa, com procedimentos experimentais do jogo que explicam da melhor forma o pareamento de bases nitrogenadas, auxiliada pelos métodos: bibliográfico, experimental, e técnica de Inquérito. Este trabalho constitui mais uma ferramenta metodológica no processo de ensino-aprendizagem, visto que o jogo de bases nitrogenadas foi projectado com intuito de facilitar a compreensão do pareamento de bases tanto na duplicação da sequência de ADN como na sua transcrição para ARN mensageiro da informação genética. Importa referir que a implementação deste jogo serve de base comprovativa sobre a possibilidade de mediação de uma aula de Biologia e em particular da Genética sem no entanto agarrar-se no método expositivo como muitos professores tem optado com maior frequência nas suas planificações. Os resultados dos testes no inquérito com os alunos também provam a possibilidade da melhoria de compreensão sobre o pareamento de bases nitrogenadas através do uso do jogo como método Didáctico. A aplicação do jogo de bases nitrogenadas para além de contribuir no processo de ensino-aprendizagem da duplicação de sequência de ADN (dupla hélice) e sua transcrição para ARN, também pode ajudar na aula sobre a codificação de proteínas com auxílio do código genético. O grande desafio que se coloca a todos professores, em particular os professores de Biologia é de desenvolver capacidades criativas por forma a inserir ferramentas educativas que permitam a mediação das aulas de Biologia envolvendo mais a participação dos alunos, como é o caso do envolvimento destes nas actividades lúdicas através de jogos didácticos. Palavras-chave: Jogo, ADN, ARN, método didáctico, Genética, ensino-aprendizagem de Biologia.
  • 11. x ABSTRACT These Monograph results of an investigation into " use of nitrogenous bases Game as a teaching method in Genetics Education: Study of Grade 10, Secondary School of Matadouro, Beira". For its realization, we used a methodology centered on a qualitative approach with experimental set procedures that explain the best pairing of nitrogenous bases, aided by methods: literature, experimental and survey technique. This work is more a methodological tool in the teaching- learning process, as the game of nitrogenous bases is designed with a view to facilitating understanding of base pairing either the duplication of the DNA sequence as well as its transcription for RNA messenger of genetic information . It should be noted that the implementation of this game serves as evidence base about the possibility of mediation of a class of Biology and Genetics in particular but without cling to the expository method as many teachers have chosen more often in their lesson plans. The results of the survey testing students also prove the possibility of improved understanding of the pairing of nitrogenous bases through the game as a teaching method. The game application of nitrogenous bases in addition to contribute in the teaching-learning process of duplication of DNA sequence (double helix) and its transcription into RNA, it can also be applied to the lecture on protein coding with the aid of the genetic code. The big challenge for all teachers and particularly biology teachers is to develop creative skills in order to insert educational tools that allow the mediation of biology lessons and involving the participation of students, such as involve them in the recreational activities through educational games. Keywords: Game, DNA, RNA, teaching method, genetics, teaching and learning biology.
  • 12. 1 Introdução A presente pesquisa intitulada “Uso de jogo de bases nitrogenadas como um método didáctico no ensino de Genética, estudo da Disciplina de Biologia 10ª classe na Escola Secundária de Matadouro, Beira, na Província de Sofala, é uma actividade que serve de base para culminação do curso de licenciatura em ensino de Biologia com habilitação de gestão de laboratório na Universidade Pedagógica de Moçambique, Delegação da Beira. Esta monografia constitui um instrumento de reflexão sobre a actividade docente, concretamente na abordagem das metodologias de ensino e na promoção do uso de métodos didácticos no Processo de Ensino-Aprendizagem (PEA) aplicados ao ensino de Biologia, por forma a reduzir o grau de abstração de alguns conceitos, como é o caso de ADN e ARN na Genética, tal como se referencia no tema desta monografia. Sendo assim, implementou-se um jogo de bases nitrogenadas que envolveu a duplicação da fita de ADN e transcrição de ARN, por forma a aprofundar o domínio do pareamento das bases. Com este jogo, pode-se desenvolver, a partir da criatividade do professor, outros conteúdos relacionados com o pareamento das bases nitrogenadas como é o caso de codificação de proteínas com auxílio do código genético. Esses e outros aspectos são o foco principal sobre a necessidade de pesquisar a relevância de actividades Lúdico Didácticas atraves do uso de jogos como método didáctico para o ensino de Biologia.
  • 13. 2 CAPÍTULO I: CONSTRUÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA 1.1. Justificativa O sucesso da actividade docente não depende apenas da disponibilidade de conteúdos, programas e objectivos a alcançar, mas principalmente na selecção da metodologia adequada para o alcance das metas traçadas. Actualmente, constitui grande preocupação do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, a melhoria da qualidade de ensino onde o uso de metodologias de ensino que tornam o aluno mais participativo, dinâmico e activo é mais evidenciado de forma a evitar o ensino tradicional que retira o aluno do centro do processo, tornando-o passivo. Portanto, a ideia de pesquisar um tema Didáctico sobre O Uso de jogo de Bases Nitrogenadas como um Método Didáctico no Ensino de Genética, surgiu pelo facto do autor durante o seu percurso escolar ter enfrentado dificuldades na compreensão da genética, concretamente na transcrição de ARN/RNA a partir de ADN/DNA, visto que havia dificuldades na diferença entre a base Timina (T) com Uracilo (U), sobre qual delas compõe o ADN ou ARN. Também serviu de grande estímulo para escolha desse tema a participação do autor numa das actividades práticas sobre “métodos alternativos” da cadeira de Didáctica de Biologia II leccionada pelo docente dr Reinaldo Chicanda onde abordou o subtema sobre jogo. Já na sua carreira profissional, com o conhecimento Didáctico e fazendo uma retrospectiva na forma de abordagem desse conteúdo na época do seu aprendizado, despertou atenção do autor o tipo de metodologia adequada para abordagem desse conteúdo de forma mais compreensível. Pesquisar um tema dessa natureza implica buscar métodos didácticos que possibilitem a maior compreensão da disciplina de Biologia através da realização de uma actividade lúdica para o ensino de genética de forma a entender melhor o pareamento de bases nitrogenadas na duplicação da fita de DNA e transcrição de RNA. Isto porque muita vezes os professores têm limitado no uso frequente de metodologias que acham ter maior domínio e de fácil gestão do tempo sem no entanto, tomar em consideração a sua eficácia, o que posteriormente se reflecte nos seus resultados. Sendo assim, a pesquisa deste tema é importante pelo facto de esta procurar compreender o uso de jogo como métodos didácticos no ensino de genética e a relevância deste na compreensão dos conteúdos biológicos.
  • 14. 3 1.2. Problematização O ensino de Biologia, tal como de outras Ciências, envolve muitas metodologias que permitem a melhor compreensão dos conteúdos relacionados com a vida, por ser o epicentro do estudo desta disciplina científica. Falar da vida implica envolver muitos elementos desde os macroscópicos que são facilmente visíveis e os microscópicos cuja visibilidade envolve equipamentos e técnicas específicas. Para o estudo da Genética, por exemplo, sendo uma área dedicada ao estudo dos genes como unidades básicas da hereditariedade formadas por dois tipos de ácidos nucleicos, Ácido Desoxirribonucleico (ADN/DNA) e Ácido Ribonucleico (ARN/RNA) em que todos esses elementos são contidos numa célula tão pequena e invisível a olho nu. A observação de ADN e ARN envolve equipamentos especializados para a engenharia genética, se o estudo desses dependesse exclusivamente da existência desses equipamentos, tornaria quase impossível o ensino de Genética nas escolas moçambicanas. O Currículo moçambicano prevê o uso de metodologias diversificadas de forma a facilitar a compreensão dos conteúdos educacionais. Sendo assim, as instituições vocacionadas à formação de professores, dedicam-se muito no ensino de métodos de ensino mais modernos e activos que deixam o aluno mais participativo, mas a sua implementação por parte dos professores ainda é deficiente, visto que estes, na sua maioria ainda aderem constantemente o método expositivo, deixando mais o aluno na «onda de marés1 », facto que não estimula a aprendizagem e consequentemente torna a disciplina de Biologia mais complicada e menos motivadora. Com base nesses e outros aspectos deparados no quotidiano da actividade docente, apontou-se a seguinte questão de pesquisa: Qual é o contributo do uso do Jogo de Bases Nitrogenadas como método didáctico no ensino de genética, para a compreensão do pareamento de bases nitrogenadas na duplicação de ADN e transcrição para ARN? 1 Onda de marés - uma analogia do autor que significa: o aluno somente ouve e segue o que o professor diz tornando-o mais passivo.
  • 15. 4 1.2. Hipótese  É provável que o uso do jogo de Bases Nitrogenadas como método didáctico no Ensino de Genética contribua para o melhor entendimento sobre o pareamento das bases de ADN e transcrição de ARN. 1.3.Variáveis  Jogo de bases nitrogenadas como método didáctico no Ensino de Genética;  Nível de conhecimento dos alunos sobre o pareamento de Bases Nitrogenadas; 1.5. Objectivos 1.5.1. Objectivo Geral  Usar o jogo de bases nitrogenadas como método didáctico no ensino de Genética que facilita o aluno a entender melhor o pareamento de bases nitrogenadas na duplicação da fita de ADN e transcrição de ARN. 1.5.2. Específicos  Identificar as dificuldades dos alunos sobre o processo de Pareamento de bases nitrogenadas na duplicação de ADN e transcrição de ARN;  Definir Procedimentos do jogo que facilitem o raciocínio do aluno por forma a superar as prováveis dificuldades sobre a duplicação da fita de ADN e sua transcrição para ARN;  Implementar o jogo de bases nitrogenadas a uma turma da 10ª classe na Escola Secundária de Matadouro;  Avaliar o impacto do uso do jogo de bases nitrogenadas como método didáctico no ensino de genética baseando-se na análise dos resultados do inquerito (pré-teste/teste diagnóstico e pós- teste/teste final);  Apresentar propostas que contribuam na melhoria do processo de ensino-aprendizagem (PEA) de Genética e de Biologia no geral.
  • 16. 5 1.6. Metodologia 1.6.1. Tipo de pesquisa Baseando-se na classificação de Sousa (2013, p.11), a Pesquisa em descrição classificou-se em quatro formas seguintes:  Quanto ao objecto de estudo, tratou-se de uma pesquisa Científica aplicada, porque visava gerar conhecimento através do uso de jogo de Bases Nitrogenadas como método didáctico no ensino de Genética;  Quanto a forma de abordagem, foi uma pesquisa Qualitativa, visto que se tratava de implementar um método didáctico que contribua na melhoria de qualidade de ensino;  Quanto aos objectivos, foi uma pesquisa explicativa porque explicaran-se os procedimentos do jogo, seguida de análise das acções dos alunos durante a realização do mesmo para avaliar o impacto que este teve na compreensão sobre o pareamento de bases nitrogenadas;  Quanto aos procedimentos técnicos, foi uma pesquisa experimental, visto que se experimentou na prática com os alunos de uma turma da 10ª classe, o jogo de bases nitrogenadas como método didáctico, isto para analisar se influencia ou não na melhoria da compreensão do pareamento das bases nitrogenadas na duplicação para a dupla hélice de ADN e transcrição para ARN. 1.6.2. Métodos usados na pesquisa Nesta pesquisa aplicaran-se os seguintes métodos e técnicas: 1.6.2.1.Método bibliográfico Com este método, deu-se prioridade a consulta de várias obras literárias, diversos manuais, artigos científicos encontrados na internet, alguns trabalhos de dissertação que de forma directa ou indirecta trazem uma abordagem do tema em pesquisa. Nessas obras pretendia-se buscar alguns conceitos que serviram de suporte para a pesquisa e também para permitir a identificação das limitações dos outros trabalhos, por forma a encontrar inovações para esta pesquisa.
  • 17. 6 1.6.2.2.Método Experimental Com o método Experimental, implementou-se de forma experimental o jogo de bases nitrogenadas numa turma da 10ª Classe da Escola Secundária de Matadouro, com base nos seguintes passos: 1º. Realização do teste inicial (teste diagnóstico) para medir o nivel de conhecimento dos alunos sobre o pareamento das bases nitrogenadas na duplicação de ADN e transcrição de ARN; 2º. Experiência de uma actividade lúdica ao implementar um jogo de Bases Nitrogenadas em duas fases, sendo a primeira sobre a dublicacao da fita de ADN e a segunda para a transcrição de ARN; 3º. Realização de pós-teste (Inquérito) para Verificar em cada variação dos resultados do primeiro e segundo testes o efeito causado pelo jogo, constituindo assim uma ferramenta de análise se a implementação do Jogo de Bases Nitrogenadas como Método didáctico no ensino de Genética melhorou ou não a capacidade cognitiva do grupo estudado. Para melhor compreensão do método Experimental destacam-se em seguida os procedimentos do jogo: 1.6.2.2.1. Procedimentos do Jogo de Bases Nitrogenadas Materiais necessários Para a realização do jogo foi necessário reunir os seguintes materiais:  5 Cartolinas de 5 cores diferentes (branca, amarela, azul, vermelha, verde);  3 Réguas (de 50cm, 15cm e esquadro retângulo);  7 Marcadores (4 pretos, 1 vermelho 1 azul e 1 verde);  1 Tesourinha;  1 Lápis de grafite;  1 borracha.
  • 18. 7 Montagem dos materiais  Com ajuda da régua de 50cm, marcou-se com um lápis linhas paralelas ao comprimento de cada cartolina com separação equidistante de 7,5cm; De seguida marcou-se outras perpendiculares e espaçadas em 14cm, o que permitiu obter 48 tiras (48 bases nitrogenadas) em cada cartolina, conforme ilustra a figura no 1 abaixo; Figura 1: imagem de uma cartolina subdividida em 48 partes iguais. Fonte: Autor (2016).  Recortaram-se as tiras formadas usando tesourinha (figura2); Figura 2: imagem de uma tira correspondente a uma base nitrigenada. Fonte: Autor (2016)
  • 19. 8  Na designação das cores, de acordo com Santos e Silva (2011, p.128), “A cor amarela foi designada para a base nitrogenada Adenina (A); a cor branca para base nitrogenada Timina (T ); a cor vermelha para base nitrogenada Uracilo (U); a cor azul designada para a base nitrogenada Citosina (C); a cor laranja para base nitrogenada Guanina (G)”, mas para esta última, a cor laranja nesta pesquisa foi substituída pela cor verde devido a maior disponibilidade das cartolinas com essas cores;  Traçaram-se duas linhas que dividiram os 14cm da tira em três partes sendo: a primeira e terceira partes com 4,5cm cada e a segunda (do meio) com 5cm; de seguida achou-se o ponto médio da linha dobrando ao meio a tira (figura2);  Uniram-se os vértices extremos das tiras de cor amarela com o ponto central vincado ao dobrar a tira e fez-se o mesmo, mas de forma invertida para as tiras de cor branca e vermelha, (figura3); Figura 3: Imagens ilustrativas da união dos vértices. Fonte: Autor (2016)  A partir do vinco formado, achar o ponto médio da área, isto numa tira molde, traçar uma linha que interceta as extremidades dos vincos formados e cortar com tesourinha para obter uma extremidade na forma de “V” e na outra extremidade unir os vincos formados por um arco côncavo para fomar uma extremidade semi-circular tal como ilustra o molde abaixo (figura 4).
  • 20. 9 Figura 4: passos para o recorte das bases designadas Guanina(G) e Adenina (A) onde em 40 tiras a letra ‘G’ ou ‘A’ foi escrita na ceta voltada para cima e as restantes 8(usadas pelo moderador) foram escritas no sentido inverso para manter a estética nas duas fitas . Fonte: autor Realização do jogo O jogo obedeceu os seguintes passos:  Divisão da turma em 5 grupos;  Organização das tiras em lotes de acordo com as cores e dividiu-se por 6, isto permitiu entregar os 5 grupos formados e ainda sobrou um lote por cada cor de forma a garantir o uso pelo moderador do jogo;  Orientação dos grupos de forma a cada grupinho de elementos assegurar apenas uma cor/base para não se misturar;  Posicionou-se os grupos num raio de cerca de 2 metros da mesa de jogo. De acordo com a sequência previamente formada, exibir na mesa uma base de cada vez e contar até cinco segundos. Dentro dos cinco segundos cada grupo devia o máximo possível anexar a outra base par.
  • 21. 10 Regras do jogo A cada pareamento acertado, o grupo soma 5 pontos, os outros grupos que apresentarem a base certa mas que não puderem anexar somam 2 pontos, mas o grupo que na tentativa de pareamento apresentar base errada perde 5 pontos. Ninguém se aproxima na mesa antes de início da contagem dos segundos e caso aconteça o grupo perde um ponto. Considerou-se vencedor ao grupo que pareou mais bases e consequentemente tiver mais pontos. Os procedimentos e regras foram válidos tanto na duplicação de DNA como na transcrição de RNA. Os mesmos procedimentos podem ser usuais em outras matérias ligadas aos pares de bases nitrogenadas, tais como na codificação de proteínas onde um grupo pode representar a função de ribossoma. 1.6.3. Técnicas de pesquisa 1.6.3.1.Técnica de inquérito Com esta técnica, recolheram-se os pressupostos dos alunos no teste diagnóstico que constituiu a fase inicial do inquérito, de seguida, após a realização do jogo seguiu-se a fase final do inquerito(pós-teste). O inquérito final apresentava questionário de avaliação do domínio no pareamento de bases nitrogenadas e a avaliação do jogo como uma actividade lúdico-didáctica (vide Apêndice II). 1.6.4. Amostragem Do universo de 12 turmas com 669 alunos da 10ª classe, trabalhou-se com a amostra de uma turma composta por 67 alunos dos quais 58 estiveram presentes na altura da coleta de dados, sendo 34 homens e 24 mulheres. A amostragem procedeu-se de forma aleatoria simples, visto que, a escolha da turma envolvida no jogo foi ocasional desde que estejam a frequentar a 10ª classe naquela escola, sem tomar em consideração o seu aproveitamento. Portanto, a selecção desta amostra obedeceu apenas a 10ª classe onde todas turmas tiveram a mesma chance de participar, visto que se registou as turmas nos papelinhos, enrolou-se e baralhou-se a sua ordem e de seguida escolheu-se aleatoriamente
  • 22. 11 um papelinho que depois se abriu para identificar a turma sorteada, neste caso foi sorteada a turma “L”. 1.7. Delimitação do Tema O objecto de estudo desta pesquisa é o uso do jogo de bases nitrogenadas como método didáctico no ensino de Genética. Para tal, implementou-se o jogo em causa na 10ª classe, turma L da Escola Secundária de Matadouro, que se localiza em frente da bomba de abastecimento de combustivel conhecida por “BP”, situada a escassos metros do posto de controlo de trânsito de Inhamízua, Beira. 1.8. Enquadramento do tema Este tema enquadra-se no ensino secundário geral do 1º ciclo, Biologia da 10ª classe na 1ª unidade que versa sobre base citológica da Hereditariedade. No ensino superior, em particular no plano curricular da Universidade Pedagógica de Moçambique, curso de Licenciatura em ensino de Biologia, o tema enquadra-se na cadeira de Didática de Biologia II, na unidade que versa sobre alternativas metodológicas para inovações do ensino de Biologia. 1.9. Relevância do tema O tema escolhido para esta monografia é relevante para a actividade docente na medida em que este constitui uma ferramenta metodológica didáctica para o processo de ensino-aprendizagem. Também torna relevante na medida em que se pretende implementar o jogo na escola secundária de matadouro, com o propósito de incentivar os professores no uso de métodos didácticos que facilitam a compreensão dos conteúdos de Biologia.
  • 23. 12 CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA 2.1. Conceitos e definições Os conceitos abordados no ensino de Genética são geralmente de difícil assimilação, sendo necessárias práticas que auxiliem no aprendizado dos alunos. Freire (1996, p.26) afirma que, O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua submissão. Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objectos cognoscíveis. Dessa forma, métodos inovadores de ensino que envolvam arte, modelos e jogos mostram-se promissores para serem aplicados no ensino dessa disciplina científica (Santos & Silva, 2011, p.122). Tais actividades, quando aplicadas de forma lúdica, complementam o conteúdo teórico permitindo maior interação entre conhecimento-professor-aluno, trazendo contribuições ao processo de ensino-aprendizagem. Para Miranda (2001) citado por Santos & Silva (2011, p.123), “ o facto de o jogo ser lúdico, divertido e prazeroso o torna uma das formas mais eficazes de ensino, sendo uma estratégia para melhorar o desempenho dos alunos em conteúdos de difícil aprendizagem”. Nas últimas décadas, temos observado que os professores consideram a actividade lúcida de como uma estratégia viável que se adapta às novas exigências da educação. O problema está em saber como os professores encaram o lúdico nas suas actividades de ensino (Herman, 2007; citado por Santos & Silva, 2011, p.120). Bueno (1999) conforme citado por Santos & Silva (2011, p.120) afirma que: O jogo tem uma função vital para o indivíduo porque faz parte integrante da vida em geral, não só para liberar a tensão e descarregar energia, mas principalmente como forma de assimilação da realidade, além de ser culturalmente útil para a sociedade como expressão de ideais comunitários.
  • 24. 13 De acordo com Gardner (1985) conforme citado por Pinheiro (2015, p.8), A teoria das múltiplas inteligências propõe que cada estudante aprende de uma forma distinta e cabe a cada professor descobrir alternativas de ensino e aprendizagem, que contribuam para o desenvolvimento das competências dos alunos. Esse factor, associado à dificuldade de se ministrar alguns conteúdos de Biologia, indica a necessidade de actividades, que possibilitem a aprendizagem efectiva. 2.1.1. Conceitos de Jogo Segundo Ferreira (2001) citado por Castro e Costa (2011,p.4): A palavra jogo deriva do latim jocus, gracejo, zombaria, substantivo masculino de origem latina que significa fazer rir, gracejar, brincar (daí “jocoso”). Etimologicamente expressa divertimento, brincadeira, passatempo sujeito a regras que devem ser observadas quando se joga. O facto dos jogos serem associados com ideia de prazer faz com que alguns professores ainda não os vejam com bons olhos, pois confundem a interação e diversão dos alunos com indisciplina e acabam com medo de perder o controle da classe. Desta forma, seus benefícios ainda são pouco conhecidos e utilizados. O jogo pode ser considerado como um importante meio educacional, pois propicia um desenvolvimento integral e dinâmico nas áreas cognitiva, afectiva, linguística, social, moral e motora, além de contribuir para a construção da autonomia, criticidade, criatividade, responsabilidade e cooperação das crianças e adolescentes (Moratori, 2003, p.9). Passerino (2010) caracteriza o jogo como sendo um vínculo que une a vontade e o prazer durante a realização de uma atividade. Ainda a autora enaltece que o ensino utilizando meios lúdicos cria ambiente gratificantes e atraentes servindo como estímulo para o desenvolvimento integral da criança. Segundo Dondi e Moretti (2007) conforme citado por Panosso, Sousa & Haydu (2015,p.234), “os jogos educativos são definidos como aqueles que possuem um objetivo didático explícito e podem ser adotados ou adaptados para melhorar, apoiar ou promover os processos de aprendizagem em um contexto de aprendizagem formal ou informal.”
  • 25. 14 Os jogos educativos são considerados instrumentos por meio dos quais contingências de ensino podem ser arranjadas a fim de promover a aprendizagem (Panosso, Sousa & Haydu, 2015) 2.2. O jogo no processo de ensino-aprendizagem O acto de jogar é tão antigo quanto o próprio homem, na verdade o jogo faz parte da essência de ser dos mamíferos. “O jogo é necessário ao nosso processo de desenvolvimento, tem uma função vital para o indivíduo principalmente como forma de assimilação da realidade, além de ser culturalmente útil para a sociedade como expressão de ideais comunitários (Passerino, 2010) ”. Na concepção piagetiana, os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num exercício das ações individuais já aprendidas gerando, ainda, um sentimento de prazer pela ação lúdica em si e pelo domínio sobre as ações. Portanto, os jogos têm dupla função: consolidar os esquemas já formados e dar prazer ou equilíbrio emocional à criança (Passerino, 2010). 2.2.1. O jogo como recurso pedagógico Freire (1996) afirma que “O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Isto porque segundo o mesmo autor: Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objectos cognoscíveis…ensinar não se esgota no “tratamento” do objecto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível (Freire, 1996, p.26). O jogo é uma atividade que tem valor educacional intrínseco, pois: "jogar educa, assim como viver educa: sempre sobra alguma coisa" (Lei, 78; citado por Passerino, 2010). Os jogos ganharam bastante espaço dentro do Ensino de Ciências nas últimas décadas devido o seu papel no desenvolvimento cognitivo dos alunos…o jogo promove a competição, desenvolve habilidades como “compreender melhor,
  • 26. 15 fazer melhores antecipações, ser mais rápido, cometer menos erros ou errar por último, coordenar situações e ter condutas estratégicas (Carvalho, et al. 2014). A utilização de jogos educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens para o processo de ensino e aprendizagem onde Passerino (2010) destaca as seguintes:  O jogo é um impulso natural da criança funcionando assim como um grande motivador;  A criança através do jogo obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para atingir o objectivo do jogo;  O jogo mobiliza esquemas mentais: estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço;  O jogo integra várias dimensões da personalidade: afectiva, social, motora e cognitiva;  O jogo favorece a aquisição de condutas cognitivas e desenvolvimento de habilidades como coordenação, destreza, rapidez, força, concentração, etc. O uso da informática na educação através de softwares educativos é uma das áreas da informática na educação que ganhou mais terreno ultimamente. Isto deve-se principalmente a que é possível a criação de ambientes de ensino e aprendizagens individualizados (ou seja adaptado às características de cada aluno) somado às vantagens que os jogos trazem consigo: entusiasmo, concentração, motivação, entre outros. Os jogos mantêm uma relação estreita com construção do conhecimento e possui influência como elemento motivador no processo de ensino e aprendizagem (Passerino, 2010). A participação em jogos contribui para a formação de atitudes sociais: respeito mútuo, cooperação, obediência às regras, senso de responsabilidade, senso de justiça, iniciativa pessoal e grupal (Passerino, 2010). Segundo Vygotsky (1989) citado por Passerino (2010), “O lúdico influência enormemente o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.”
  • 27. 16 Passerino (2010) descreveu certos elementos que caracterizam os diversos tipos de jogos e que podem ser resumidas assim:  Capacidade de absorver o participante de maneira intensa e total (clima de entusiasmo, sentimento de exaltação e tensão seguidos por um estado de alegria e distensão), envolvimento emocional;  Atmosfera de espontaneidade e criatividade;  Limitação de tempo: o jogo tem um estado inicial, um meio e um fim; isto é, tem um caráter dinâmico;  Possibilidade de repetição;  Limitação do espaço: o espaço reservado seja qual for a forma que assuma é como um mundo temporário e fantástico;  Existência de regras: cada jogo se processa de acordo com certas regras que determinam o que "vale" ou não dentro do mundo imaginário do jogo. O que auxilia no processo de integração social das crianças;  Estimulação da imaginação e autoafirmação e autonomia. 2.3. Classificação dos Jogos Os jogos podem ser classificados de diferentes formas, de acordo com o critério adotado. Vários autores se dedicaram ao estudo do jogo, entretanto Piaget elaborou uma "classificação genética baseada na evolução das estruturas" (Piaget, citado por Passerino, 2010). Piaget classificou os jogos em três grandes categorias que correspondem às três fases dos desenvolvimentos infantis:  Fase sensório-motora (do nascimento até os 2 anos aproximadamente): a criança brinca sozinha, sem utilização da noção de regras.  Fase pré-operatória (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente): As crianças adquirem a noção da existência de regras e começam a jogar com outras crianças jogos de faz-de-conta.  Fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente): as crianças aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos. Esta é a fase dos jogos de regras como futebol, damas, etc.
  • 28. 17 Assim, Piaget citado por Passerino (2010) classificou os jogos correspondendo a um tipo de estrutura mental: Jogo de exercício sensório-motor, Jogo simbólico e Jogo de regras, como se destacam a seguir: 2.3.1. Jogos de exercício sensório-motor Como já foi dito antes, o ato de jogar é uma actividade natural no ser humano. Inicialmente a actividade lúdica surge como uma série de exercícios motores simples. Sua finalidade é o próprio prazer do funcionamento, Estes exercícios consistem em repetição de gestos e movimentos simples como agitar os braços, sacudir objetos, emitir sons, caminhar, pular, correr, etc. Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem predominantemente até os 2 anos, eles se mantém durante toda a infância e até na fase adulta. Por exemplo andar de bicicleta, moto ou carro (Piaget citado por Passerino,2010,sp). 2.3.2. Jogos simbólicos O jogo simbólico aparece predominantemente entre os 2 e 6 anos. A função desse tipo de actividade lúdica, de acordo com Piaget, "consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos" ou seja tem como função assimilar a realidade. (Piaget citado por Passerino,2010). A criança tende a reproduzir nesses jogos as relações predominantes no seu meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se Auto expressar. Esses jogos-de-faz-de-conta possibilitam à criança a realização de sonhos e fantasias, revela conflitos, medos e angústias, aliviando tensões e frustrações (Passerino, 2010). 2.3.3. Jogos de Regras Segundo Passerino (2010,sp) “O jogo de regras, entretanto, começa a se manifestar por volta dos cinco anos, desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos. Este tipo de jogo continua durante toda a vida do indivíduo (desportos, trabalho, jogos de xadrez, baralho entre outros).”
  • 29. 18 Os jogos de regras segundo Passerino (2010) “são classificados em jogos sensório-motores (exemplo futebol), e intelectuais (exemplo xadrez) ”. Ainda o autor afirma que, O que caracteriza o jogo de regras é a existência de um conjunto de leis imposto pelo grupo, sendo que seu descumprimento é normalmente penalizado, e uma forte competição entre os indivíduos. O jogo de regra pressupõe a existência de parceiros e um conjunto de obrigações (as regras), o que lhe confere um caráter eminentemente social (Passerino, 2010). Segundo Passerino (2010) “Este jogo aparece quando a criança abandona a fase egocêntrica possibilitando desenvolver os relacionamentos afectivo-sociais.” 2.4. A importância do lúdico na aprendizagem, com auxílio dos jogos A conduta lúdica oferece oportunidades para experimentar comportamentos que, em situações normais, jamais seriam experimentados pelo medo do erro e punição (Kishimoto, 1998, p.140; citado por Garcia, 2010, p.22). Vigotsky (2007, p.146) conforme citado por Hermann e Araújo (2012) coloca que “os jogos podem estimular a curiosidade do estudante, além de levá-lo a tomar iniciativas, se tornar autoconfiante.” Aliado a essa ideia, destaca-se a seguir um pensamento de dois autores (Santos & Silva, 2011) em que conforme eles: É brincando e jogando que as pessoas trabalham o raciocínio lógico: elas pensam, analisam e calculam qual seria o passo mais certo para determinada jogada, lembrando que todo jogo tem regras que não podem ser burladas. Com o processo de elaboração da jogada, utilizam-se melhor os conhecimentos e habilidades, conforme o tipo de inteligência do jogador (Santos & Silva, 2011, p. 120). Para Vasconcelos (2010), a atividade lúdica, como prática de ensino “permite que o aluno assimile o conhecimento de uma forma mais prazerosa”, isto porque, ou seja, o jogo permite que os mesmos enriqueçam seus conhecimentos e por outro lado simboliza um instrumento
  • 30. 19 pedagógico que leva ao professor a condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem (Vasconcelos, 2010). Nesse sentido, ainda na ideia do autor (Vasconcelos, 2010) “as atividades lúdicas, em especial o jogo didático, foco deste estudo, são uma alternativa viável e interessante para aprimorar as relações entre professor – aluno – conhecimento” e afirma ainda que, Notoriamente, as atividades lúdicas, como as brincadeiras, os brinquedos e os jogos, são reconhecidos pela sociedade como meio de fornecer ao individuo um ambiente agradável, motivador, prazeroso, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades. Outra importante vantagem, no uso de atividades lúdicas, é a tendência em motivar o aluno a participar espontaneamente na aula. Para Borges e Schwartz (2005) citado por Garcia (2010), o valor do jogo dá-se no sentido de resgatar lacunas no processo de aprendizagem dos professores e facilitar a construção de conhecimentos pelo aluno. Partindo dessa ideia, Campos (2003) defende que: O jogo pedagógico ou didático que tem como objetivo proporcionar determinadas aprendizagens, diferencia-se do material pedagógico por conter o aspecto lúdico, e nesse sentido, acredita ser uma alternativa para melhorar o desempenho dos estudantes em alguns conteúdos de difícil aprendizagem por aliar tais aspectos lúdicos aos cognitivos; facilitando assim, a motivação interna, o raciocínio, a argumentação e a interação entre alunos e entre alunos e professores (Campos,2003, citado por Garcia, 2010, p.22). Para Miranda (2001) conforme citado por Santos & Silva (2011), “o fato de o jogo ser divertido e prazeroso caracteriza-o como uma das formas mais eficazes de ensino, podendo ser utilizado como uma estratégia para melhorar o desempenho dos estudantes em conteúdos mais complexos.” Essa caracterização se sustenta na afirmação descrita pelo autor enaltecendo a importância do jogo, na qual defende que “o jogo representa uma importante ferramenta educacional e pode auxiliar o trabalho pedagógico nos diferentes níveis de ensino, nas diversas áreas do conhecimento, tanto em sala de aula como até mesmo fora dela (Miranda, 2001; Citado por Santos & Silva, 2011, p.123).”
  • 31. 20 Muitos alunos têm dificuldades para entender diferentes temas biológicos, o que compromete o estabelecimento e a visualização de relações entre tais assuntos. Por outro lado, a relação professor-aluno, onde o professor actua como transmissor e o aluno apenas como receptor, não desperta interesse, não proporciona ao aluno construir seu conhecimento, o que pode ser obtido com o uso de abordagens lúdicas, utilizando jogos ou maquetes (Boleli et al., 2004; citado por Santos & Silva, 2011, p.123). 2.5. Trabalhos dos outros autores relacionados ao jogo de Bases nitrogenadas. De entre vários trabalhos que abordam sobre os jogos didácticos, se destaca a obra de Jann e Leite (2010) sobre o jogo de ADN como um instrumento pedagógico para o ensino de ciências e biologia. Os resultados que as autoras obtiveram assemelham-se com os desta pesquisa como se evidencia nas suas palavras em que segundo elas: A princípio, os alunos estavam descrentes da actividade e encaravam-na como uma brincadeira, pois se tratava de uma actividade nova, diferente do convencional. Mas com o passar do tempo, mudaram de postura diante do jogo, passando a participar activamente da actividade (Jann & Leite, 2010, p.290). Sepel e Loreto (2007) apresentaram um trabalho de montagem do modelo de dupla hélice de ADN como uma das possibilidades didácticas no ensino de Genética, cujos seus resultados indicam maior vantagem no ensino, pois em justificativa desses aspectos são os seguintes argumentos dos autores: Por ser uma aula em que os alunos são desafiados a interpretar e executar uma “receita” (fazer as dobraduras do origami), a quantidade e qualidade de questionamentos aumentam. As ideias prévias que o aluno traz nem sempre se ajustam ao modelo e o surgimento de dúvidas é espontâneo. A adequação do modelo à estrutura apresentada nos livros, detectando os “defeitos” do modelo, os pontos onde ele não representa de modo “fiel” a estrutura do DNA e as sugestões de como melhorá-lo, é um tema rico para discussão pois estimula os alunos a refletir e pesquisar sobre um dos temas mais corriqueiros dos programas de Genética (Sepel e Loreto, 2007, p.5).
  • 32. 21 Ainda de acordo com Sepel e Loreto (2007), “a construção do modelo de DNA também pode criar a oportunidade para o aluno de graduação desenvolver simulações e outros modelos inovadores relacionados aos processos de fluxo de informação genética.” 2.6. Genética 2.6.1. Conceitos de Genética Genética (do grego geno; fazer nascer) é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. Ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração. O termo genética foi primeiramente aplicado para descrever o estudo da variação e hereditariedade, pelo cientista William Bateson numa carta dirigida a Adam Sedgewick, da data 18 de Abril de 1908. A genética é uma ciência empírica, o que significa que a nossa informação provém de observações do mundo natural. O método científico é uma ferramenta para entender essas observações (Tamarin,2002, p.3) A Genética é a parte da Biologia que estuda as leis da hereditariedade, ou seja, estuda como as informações contidas nos genes são transmitidas de pais para filhos através das gerações (Brum, 2014). Genética é o estudo das características biológicas hereditárias. Cada espécie de organismos vivos forma uma unidade através da partilha de um conjunto comum de características herdadas, características observáveis que o separam de todas as outras espécies de organismos (Hartl e Jones, 2003, p. 2).
  • 33. 22 2.6.2. Porque estudar a Genética? De acordo com Griffiths et al, (2005) o estudo da Genética deve-se pelo facto de ser o epicentro das reações biológicas e por ela ser o centro das atenções nos aspectos da vida humana, tal como se pode compreender melhor nas palavras do próprio autor como a seguir se destaca: Há duas razões básicas para o estudo da Genética: Primeira, genética ocupa uma posição central em todo o assunto da biologia. Segunda, a genética, como nenhuma outra disciplina científica, é central para numerosos aspectos dos assuntos humanos. Ele toca nossa humanidade de muitas maneiras diferentes. Na verdade, questões genéticas parecem evidentes diariamente em nossas vidas, e nenhuma pessoa pode dar ao luxo de ser ignorante de suas descobertas (Griffiths et al, 2005, p.2). 2.6.3. Ácidos Nucleicos Os ácidos nucleicos são moléculas formados por cadeias altamente polímeras não ramificadas, visto que elas consistem em elementos de construção, linearmente ordenados, os nucleótidos (respectivamente um açúcar, um fosfato e uma base) (Bresch & hausmann,1994, p.196). 2.6.3.1. Constituição química dos ácidos nucleicos Os ácidos nucleicos foram descobertos em 1871, em núcleos de células animais, por Miescher, e encontrados também em células vegetais por Altman em 1889 (Bresch & Hausmann 1994, p.187). Ainda os mesmos aoutores afirmam que, As observações químicas feitas por Kossel, permitiram reconhecer que os ácidos nucleicos tem grandeza molecular gigantesca…estas macromoléculas…podem ser decompostas em subunidades por certas enzimas designadas por «nucleases» (Dnase decompõe ADN/DNA e a Rnase o ARN/RNA) ”, e essas subunidades com pesos moleculares de cerca de 350 são chamadas de «nucleótidos». Tais nucleótidos são constituídos por três componentes: uma base azotada, uma
  • 34. 23 molécula de açúcar (pentose) e um grupo fosfato (Bresch & Hausmann,1994, p.187). Um ácido nucleico tem a capacidade de guardar informações, de replicação, de gerar diversificação de actividades numa célula, de catalisar, de unir gerações pelo processo de hereditariedade e de dirigir a síntese de outras macromoléculas (proteínas).2 O ácido desoxirribonucleico (ADN; ou DNA, em inglês: deoxyribonucleic acid) é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus, e que transmitem as características hereditárias de cada ser vivo. O seu principal papel é armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas de ARN. Uma molécula de ADN consiste em dois cordões, com polaridade inversa, que enroscados, formam uma espiral. Cada duas bases opostas formam com as suas valências secundárias pontes de hidrogénio, nas quais se encontram sempre emparelhadas Adenina com Timina e Guanina com Citosina (Bresch & Hausmann,1994, p.193). Segundo Jann & Leite (2010), “A dupla hélice do DNA tem sido apresentada como ícone da ciência, desenvolvimento e modernidade nos mais diversos eventos”. Mas as autoras afirmam que a matéria é menos compreendida e segundo elas: Grande parte da população mundial não compreende esse conteúdo científico e talvez a dificuldade seja decorrente da própria natureza abstrata desse conceito. Baseados nestas constatações, universitários elaboraram, durante as aulas de Metodologias e Práticas em Biologia, um jogo que retrata a estrutura da molécula de DNA, RNA, e a síntese de proteínas, objectivando unir os aspectos lúdicos aos cognitivos, a fim de facilitar a construção do conhecimento em torno do tema Código Genético. Após aplicação do jogo em colégio de ensino médio, os comentários feitos pelos alunos demonstraram que o jogo serviu para uma melhor compreensão da estrutura da molécula de DNA, corroborando a eficácia do aspecto lúdico associado ao cognitivo como importante estratégia de ensino (Jann & Leite, 2010). 2 Disponível em (http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/acidos-nucleicos-desoxirribonucleicos-e- ribonucleicos acesso 03/08/16).
  • 35. 24 Em 1957, Elliot Volkin e Lawrence Astrachan fizeram uma observação significativa. Eles descobriram que das alterações moleculares mais notável quando E. coli é infectada com o fago T2 é uma sequência rápida de síntese de ARN (Griffiths et al, 2005, p.257). Além disso, os autores afirmam que “este RNA induzida por fago "vira" rapidamente que é a sua vida breve. O seu aparecimento e desaparecimento rápidos sugeriu que o RNA pode desempenhar algum papel na expressão do genoma T2 necessário para fazer mais partículas de vírus.” ADN é transcrita em ARN mensageiro e depois traduzida em proteinas. Assim sendo, pode dizer-se genericamente que o produto final da expressão dos genes são proteinas, sejam elas estruturais ou enzimáticas (Lima&Mota, 2003). A estrutura de ARN é mais variada do que a do ADN. Sabe-se que o ARN exerce funções muito diferentes na célula…o ARN forma longas cadeias de nucleotídos com ligações 3’-5’- fosfodiester entre os nucleotídos (Bresch & Hausmann, 1994). 2.6.3.2. .Semelhanças e Diferenças entre ADN/DNA e ARN/RNA O ADN é composto por duas cadeias de nucleótidos unidos por emparelhamento complementar de A com T e G com C (Griffiths et al, 2005). ADN é replicado pela anulação das duas vertentes da dupla hélice e para a edificação de uma nova cadeia complementar sobre cada uma das cadeias separadas da dupla hélice originais (Griffiths et al, 2005). Segundo Bresch & Hausmann (1994) “tanto o ADN como o ARN contêm quatro nucleótidos diferentes que distinguem nas suas bases. Aparecem duas bases de purina e duas bases de pirimidina, respectivamente: . : : : : " Designa-se purina porque tem dois anéis com vários átomos de nitrogénio unidos ao esqueleto carbonado, enquanto a base pirimidínica consta de um só anel hexagonal no qual se inserem
  • 36. 25 átomos de nitrogénio, oxigénio e, em alguns casos, um radical metila, -CH3 tal como ilustra a figura 5 em anexos.3 Portanto, o ADN se distingue de ARN no aparecimento de Timina e de Uracilo nas suas bases respectivamente. Também nos seus açúcares, visto que as pentoses dos seus nucleotideos são constituidos por desoxiribose no ADN e por Ribose no ARN. Essa diferença se baseia a divisão em ADN e ARN, assim como no seu comportamento químico (Bresch & Hausmann,1994, p.187). 3 Disponível [online] em:(http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/acidos-nucleicos- desoxirribonucleicos-e-ribonucleicos acesso 03/08/16).
  • 37. 26 CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 3.1 Apresentação de dados Os dados em análise foram coletados na Escola Secundária de Matadouro, que no presente ano lectivo de 2016, matriculou cerca de 1787 alunos da 8ª a 10ª classes dos quais 1001 são homens e 786 são mulheres. O estudo incidiu essencialmente na 10ª classe que apresenta um universo de 669 alunos sendo 380 homens e 289 mulheres distribuídos em 12 turmas. Dos 669 alunos da 10ª classe que corresponde o universo no presente estudo, foi escolhida de forma aleatória uma amostra de uma turma que neste caso foi a turma “L” composta por 67 alunos dos quais 58 estiveram presentes na altura da coleta de dados, sendo 34 homens e 24 mulheres. 3.1.1. Pressupostos dos alunos sobre o pareamento de Bases Nitrogenadas A primeira actividade efetuada antes da implementação do jogo, foi de realização do teste diagnóstico (pré-teste) com duas actividades sendo a primeira para a duplicação de ADN e a segunda de transcrição para ARN. Na questão sobre o pareamento de bases para a formação da dupla hélice de ADN a partir de uma sequência parental (fita molde), dos 58 alunos envolvidos no estudo, ninguém acertou na integra o pareamento, pois 7 (12%) destes apresentaram uma combinação no pareamento e falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases; outros 8 alunos (14%) acertaram o pareamento de algumas bases tendo errado no pareamento de entre 5 a 15 bases e os restantes 43 alunos (74%) foram incapazes de acertar tanto no pareamento bem como na sequência das bases.
  • 38. 27 Figura 7: Resultados do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na Dupla hélice de ADN. Fonte: Autor Na segunda questão sobre a transcrição para ARN, do universo amostral de 58 alunos: ninguém acertou na íntegra, mas 12 alunos revelaram ter uma noção sobre as bases que compõem a sequencia de ARN ao incluírem Uracilo na sequencia a parear ora com Adenina ora com citosina, apesar do pareamento errado em muitas bases. Esses resultados revelam que 46 alunos ou seja, 79% dos alunos não sabiam a diferença entre ADN e ARN em termos de seus pares de bases e 21% (12 alunos) demostraram ter noções mínimas. Figura 8: Resultado do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na transcrição de ADN para ARN. Fonte: Autor 0% 12% 0% 14% 74% Dados sobre o pareamento de Bases de ADN (Pré-teste) Acertaram na íntegra; Falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases; Erraram o pareamento de menos de 5 bases; Erraram o pareamento de entre 5 a 15 bases; Erraram tudo 0% 0% 0% 21% 79% Dados sobre a transcrição de ADN para ARN (Pré-teste) Acertaram na íntegra; Falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases; Erraram o pareamento de menos de 5 bases; Erraram o pareamento de entre 5 a 15 bases; Erraram tudo.
  • 39. 28 3.1.2 Fase de implementação do jogo de Bases Nitrogenadas A implementação do jogo também teve duas fases sendo a primeira referente ao pareamento de bases para a formação da dupla hélice de ADN que durou 53 minutos (45 do 3º tempo de Biologia e 8 minutos de intervalo maior), sendo 10 minutos para preparação, explicação das regras e procedimentos do jogo, e 43 minutos de realização do jogo. A segunda fase foi de transcrição de ADN para ARN realizada a partir do 5º tempo e durou 61 minutos dos quais, 37 minutos de realização do jogo, 9 de compilação e divulgação dos grupos vencedores e os restantes 15 minutos de avaliação final através das fichas de inquérito (pós-teste). Durante a realização do jogo, observou-se uma monotonia nos primeiros seis pareamentos, mas de seguida os alunos foram mais animados e participativos, visto que já se notava a maior vontade de participação e constatou-se muitas paragens devidos gritos emocionais dos grupos que acertavam. Este aspecto provou a ideia de Miranda (2001) citada por SANTOS & Silva (2011) que diz “o fato de o jogo ser divertido e prazeroso caracteriza-o como uma das formas mais eficazes de ensino, podendo ser utilizado como uma estratégia para melhorar o desempenho dos estudantes em conteúdos mais complexos.” 3.1.3. Resultados do teste avaliativo depois da realização do jogo (pós-teste) Depois da realização do jogo, seguiu a fase avaliativa final (Pós-teste) que englobava as primeiras duas questões do teste diagnóstico e mais duas de reflexão sobre o jogo onde obteve-se os seguintes dados: Na questão sobre o pareamento de bases para a formação da dupla hélice de ADN a partir de uma sequencia parental (fita molde), dos 58 alunos envolvidos no estudo; 33 alunos (57%) acertaram na íntegra o pareamento; 13 alunos (22%) apresentaram uma combinação no pareamento e falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases; 4 alunos (7%) erraram o pareamento de menos de 5 bases; 1 aluno (2%) errou no pareamento de 15 bases e os restantes 7 alunos (12%) foram incapazes de acertar tanto no pareamento bem como na sequência das bases.
  • 40. 29 Figura 9:Resultados do teste final (pós-teste) referente ao pareamento de bases na Dupla hélice de ADN. Fonte: Autor Na segunda questão sobre a transcrição da sequencia de ADN para ARN, do universo de 58 alunos: 18 (31%) acertaram na íntegra; 11 (19%) apresentaram uma combinação no pareamento e falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases; 8 (14%) erraram o pareamento de menos de 5 bases; 6 (10%) erraram no pareamento de entre 5 a 15 bases; e os restantes 15 alunos (26%) foram incapazes de acertar tanto no pareamento bem como na sequência das bases. Figura 10: Resultado do teste diagnóstico (pré-teste) referente ao pareamento de bases na transcrição de ADN para ARN. Fonte: Autor 57% 22% 7% 2% 12% Dados sobre o pareamento de Bases de ADN (pós-teste) Acertaram na íntegra o pareamento das bases e a sua sequência; Falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases; Erraram o pareamento de menos de 5 bases; Errou no pareamento de 15 bases; Erraram tudo. 31% 19% 0% 10% 26% Dados sobre a transcricão de ADN para ARN (Pós-teste) Acertaram na íntegra; Falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases; Erraram no pareamento de menos de 5 bases; Erraram no pareamento de entre 5 a 15 bases; Erraram tudo.
  • 41. 30 Na terceira questão sobre “O que achaste do jogo de bases nitrogenadas que acabaste de participar?”, do universo amostral de 58 alunos: 52 (90%) responderam que foi muito divertido; 5 (8%) responderam que foi razoável; e apenas 1 (2%) respondeu que não acha nada. Figura 11: resultados do inquérito sobre opiniões dos alunos relativos ao jogo implementado. Fonte: Autor Na quarta e última questão sobre “Será que o jogo no qual acabou de participar ajudou na melhoria dos teus conhecimentos sobre o pareamento de bases nitrogenadas na duplicação da fita de ADN e transcrição para ARN?”, do universo amostral de 58 alunos: 54 (93%) responderam que ajudou muito; e apenas 4 (7%) responderam que foi mais ou menos. Figura 12: Dados do inquérito aos alunos sobre o impacto do jogo no dominio de pareamento de bases nitrogenadas. Fonte: Autor 90% 8% 0% 2% Dados de opiniões dos alunos sobre o jogo Muito divertido; Razoável; Complicado; Não acha nada. 93% 7% 0%0% Dados de opiniões dos alunos sobre influência do jogo na melhoria dos conhecimentos Ajudou muito; Mais ou menos; Complicado; Não acha nada.
  • 42. 31 3.2. Análise e interpretação dos resultados Feita a análise dos dados compreende-se que o jogo apresentou elementos que conduziram a mente dos alunos ao raciocino lógico e coerente em torno do pareamento de bases na dupla hélice de ADN e sua transcrição para ARN. A prova disso destaca-se a forma de recorte das bases que era de forma adjacente por forma a criar um encaixe entre as bases opostas. A cada base apresentava um recorte particular e que ajusta com a outra específica do seu pareamento, apenas as bases Timina (T) e Uracilo (U) que apresentam a mesma configuração em recorte e diferenciando apenas nas cores, isto para facilitar o seu encaixe no pareamento com Adenina (A). O exercício de repetibilidade das bases contribuiu no domínio sobre qual das bases compõem a sequência de ADN (no caso da base T) ou de ARN (que é U). Feita a comparação entre os resultados do teste diagnóstico (pré-teste) com o teste do inquérito final (pós-teste) dos 43 alunos que teriam errado tudo no pré-teste foram reduzidos para 7 alunos que após participação no jogo ainda apresentavam incapacidade no pareamento de bases nitrogenadas, tal como ilustra o gráfico a seguir: Figura 13: Comparação de resultados da duplicação de ADN no pré-teste e pós-teste. Fonte: Autor 0 7 0 8 43 33 13 4 1 7 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Acertaram na íntegra; Falharam na sequência saltar ≤ 5 bases; Erraram no pareamento de ≤ 5 bases; Erraram no pareamento de ]5 -15] bases; Erraram tudo Pré-teste Pós-teste
  • 43. 32 Já na segunda questao sobre a transcrição de ADN para ARN, dos 46 alunos que teriam errado tudo no pré-teste foram reduzidos para 15 alunos que após participação no jogo ainda apresentavam incapacidade no pareamento de bases nitrogenadas, tal como ilustra o gráfico a seguir: Figura 14: Comparação de resultados de transcrição de ADN para ARN. Fonte: Autor Comn esses resultados pode se dizer que o jogo de bases nitrogenadas usado como método alternativo no ensino de Genética, contribuiu positivamente para o melhor entendimento sobre o pareamento de bases de ADN e transcrição de ARN. A prova disso, nota-se 18 alunos que acertaram na integra, 11 alunos que apenas falharam por ter saltado menos de 5 bases e outros 8 alunos erraram no pareamento de menos de 5 bases, isto depois de envolvidos no jogo, resultados que não se obtiveram no teste diagnóstico. 0 0 0 12 46 18 11 8 6 15 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Acertaram na íntegra Falharam na sequência por ter saltado menos de 5 bases Erraram no pareamento de menos de 5 bases Erraram no pareamento de entre 5 a 15 bases Erraram tudo Pré-teste Pós-teste
  • 44. 33 CAPÍTULO IV: CONSIDERAÇÕES FINAIS 4.1. Conclusões Os dados obtidos no teste diagnóstico (pré-teste) demonstraram um fraco domínio por parte dos alunos pelo facto de nenhum ter conseguido parear na íntegra, tanto na duplicação de ADN, assim como na sua transcrição para ARN. O jogo de bases nitrogenadas usado como método didáctico no ensino de Genética, contribuiu positivamente para o melhor entendimento sobre o pareamento de bases de ADN e transcrição de ARN. O uso de jogo de bases nitrogenadas no ensino de Biologia, e em particular no ensino de Genética, constitui uma alternativa metodológica didáctica que visa melhorar a compreensão de conteúdos sobre o pareamento de bases nitrogenadas durante a formação da dupla hélice de ADN e sua transcrição para ARN. Durante a realização do jogo de bases nitrogenadas, os alunos manuseiam as tiras de cartolinas produzidas em representação das bases nitrogenadas, o que lhes permite criar uma imagem que relaciona o concreto com o abstracto transformando os conhecimentos teóricos em práticos. Com a aprendizagem de genética a partir do jogo de bases nitrogenadas, os alunos estimulam melhor o processo de memorização de conhecimentos através de fixação de imagens ilustradas nos instrumentos do jogo e dos procedimentos deste jogo por um lado, e, por outro lado, também facilitam na demonstração do processo de duplicação de ADN e transcrição para ARN que ocorre na célula cuja visualização requere equipamentos especializados. Os alunos aprendem melhor os conceitos abstractos manipulando objectos reais representativos durante a realização do jogo e entendem melhor o processo de duplicação de ADN e transcrição para ARN na medida em que obedecem os procedimentos do jogo na busca de bons resultados no fim do mesmo.
  • 45. 34 4.2. Limitação A implementação do jogo de bases nitrogenadas como método didáctico torna-se menos produtiva e acima de tudo dificulta a gestão de tempo quando as turmas forem numerosas, isto é, acima de 50 alunos. Isto porque o ideal seria a formação de 5 grupos com um máximo de 10 estudantes, para permitir a posse de 2 estudantes por cada lote de base nitrogenada. Se o número for acima desta proporção dificulta o controlo dos mesmos no jogo e o cumprimento dos objectivos traçados. 4.3. Sugestões Realizado o trabalho sobre o uso do jogo de bases nitrogenadas, com vista a buscar metodologias didácticas alternativas que colocam em prática os conteúdos teóricos nas aulas de Biologia e em particular no ensino de Genética, o autor apresenta algumas sugestoes para os intervenientes do processo de ensino-aprendizagem (PEA) tais como: a) Direcção Da escola  Criar condições para o intercâmbio dos professores que possa permitir a troca de experiências, debates sobre as metodologias de ensino;  Promover o uso de métodos Didácticos alternativos com particular destaque o uso de jogos didácticos, difundindo os benefícios que tem no processo de ensino;  Disponibilizar cartolinas, marcadores e outros materiais que os professores possam usar atraves de suas criatividades na produção ou montagem de diversos jogos didácticos, como é o caso de Jogo de Bases Nitrogenadas. b) Professores de Biologia  Implementar o jogo de bases nitrogenadas, nas aulas para estimular o PEA de duplicação de ADN, transcrição de ARN bem como outros temas (tradução de aminoácidos para produção de proteínas);  Tomar em consideração a gestão do tempo na planificação das actividades lúdicas para não esgotar o tempo lectivo sem no entanto cumprir com os objectivos da aula;  Ser criativo nas actividades docente para dinamizar as aulas através de metodologias didacticas alternativas, como é o caso do uso de jogo de bases nitrogenadas.
  • 46. 35 Referências Bibliográficas BRESCH, C.,HAUSMANN, R., Genética Clássica e Molecular, fundação caloste, Lisboa, 1994 BRUM, Igor V., Biologia, Curso Pré-Universitário Popular, Universidade Federal de Juiz de Fora, 2014. [online] disponível em: http://www.ufjf.br/cursinho/files/2014/05/Apostila- Gen%C3%A9tica-Igor-Revisada3.pdf acesso 25/08/16. CARVALHO, Júlio Cesar Queiroz de. BELTRAMINI, Leila Maria. ABEL, Luciano Douglas dos Santos. Et.al. “Sintetizando Proteínas”, o jogo: proposta e avaliação de uma ferramenta educacional. In: Revista do Ensino de Bioquímica. 29/09.São Paulo, 2014. [online] Disponível em:(http://oaji.net/articles/2015/1715-1424983774.pdf)acesso 06/08/16. CASTRO, Bruna J.; COSTA, Priscila C.F., Contribuições de um jogo didático para o processo de ensino e aprendizagem de Química no Ensino Fundamental segundo o contexto da Aprendizagem Significativa; in: Revista electrónica de investigação em Educação e Ciências, Buenos Aires, 2011. disponível em:< http://www.redalyc.org/pdf/2733/273322687002.pdf> acesso 05/11/2016 CUNHA, N. ,Brinquedo, desafio e descoberta. Rio de Janeiro: FAE. 1988. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GARCIA, Mariana W., Jogo didático como estratégia complementar ao ensino de Botânica no Ensino Médio em uma escola particular de Barretos,Licenciatura em Ciencias Biologicas, Centro de Ciencias Biologicas e da Saúde, UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE São Paulo, 2010. 99 pg. GIL, Robledo Lima, Licenciatura em Ciencias Biologicas (Tipos de Pesquisas). Slides [online] disponíveis em: wp.ufpel.edu.br/ecb/files/2009/09/Tipos-de-Pesquisa.pdf acesso 23/05/16. GRIFFITHS, Anthony, et al, introduction to genetic analysis, 8th edition, New York, 2005. HARTL, Daniel L.; JONES, Elisabeth W.; Génétique: Les grands principes,Dunod, Paris.2003 HERMANN, Fabiana B.;ARAÚJO, Maria C.P. os jogos didáticos no ensino de genética como estratégias partilhadasnos artigos da revista genética na escola: In VI Encontro Regional Sul de
  • 47. 36 Ensino de Biologia(EREBIO-SUL);XVI Semana Académica de Ciências Biológicas. Rio Grande do Sul. 2012. Disponível [online] em: http://santoangelo.uri.br/erebiosul2013/anais/?page_id=282 acesso em 26/07/15 JANN, Priscila Nowaski, LEITE, Maria de Fatima, Jogo de DNA: um instrumento pedagógico para o ensino de ciências e biologia, Rio de Janeiro, 2010, [online] disponível em: http://www.cienciasecognicao.org/pdf/v15_1/m192_10.pdf acesso em 13/09/15. LIMA, N., MOTA, M., Biotecnologia Fundamentos e Aplicações, Lidel ediçoes tecnicas Lda, Lisboa-Porto, 2003. MORATORI, P. B. Por que utilizar jogos educativos no processo de ensino aprendizagem? Rio de Janeiro: UFRJ, 2003. [online] Disponível em: http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/t_2003/t_2003_patrick_barbosa_moratori.p df acesso em 13/09/2015. PANOSSO, Mariana G., SOUSA, Silvia G.; HAYDU, Verônica B. “Características atribuídas a jogos educativos: uma interpretação Analítico-Comportamental”. In: Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 19, Número 2, Maio/Agosto de 2015: 233. [online] Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pee/v19n2/2175- 3539-pee-19-02-00233.pdf acesso 26/08/16 PASSERINO, Liliana Maria, Avaliação de jogos educativos e computarizados, Universidade Luterana de Brasil, 2010. [online] disponível em: http://www.tise.cl/2010/archivos/tise98/HTML/trabajos/jogosed/index.htm acesso 29/07/16); PINHEIRO, Flavio R. A aplicação de jogos para o ensino de Genética,Universidade Federal do Paraná; Monografia do Curso de especialização em ensino de Genética para professores do ensino médio Londrina, 2015. Disponível [online] em: <http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/42324/R%20-%20E%20- %20FLAVIO%20RANUCCI%20PINHEIRO.pdf?sequence=1> acesso em 08/12/2016 SANTOS, Carla Regina de Mendonça dos, SILVA, Paulo Roberto Queiroz da, A utilização do lúdico para a aprendizagem do conteúdo de genetica, Brasilia,2011. [online] Disponível em:
  • 48. 37 http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/universitashumanas/article/download/1 acesso em 09/09/15. SEPEL, Lenira M.N.;LORETO, Elgion L.S.Estrutura do DNA em Origami-Possibilidades Didacticas. Departamento de Biologia; Uviversidade Federal de Santa Maria.2007. [online] Disponível <http://www.ibb.unesp.br/Home/MuseuEscola/estrutura_do_dna_origami.pdf> acesso em 20/11/16 SOUSA, Dalva Ines, et al, Manual de orientações para Projetos de Pesquisa, Novo Hamburgo, 2013. [online] Disponível em: www.liberato.com.br/sites/.../manual_de_orientacoes_para_projetos_de_pesquisa.pdf acesso 23/05/16. TAMARIN, Robert H.;Principles of Genetics,7th Edition, New Yourk; 2002. VASCONCELOS, E.S, “Baralho atômico - atividade lúdica para o ensino da evolução dos modelos atômicos”.in: 8° Simpósio Brasileiro de Educação Química, Natal/RN-25 à 27/07/2010. [online] Disponível em http://www.abq.org.br/simpequi/2010/trabalhos/107-6730.htm acesso 26/08/16. http://brinquedoteca.net.br/?p=1818 acesso 10/07/16. http://educacao.globo.com/biologia/assunto/hereditariedade/conceitos-basicos-da-genetica.html acesso 03/08/16. http://santoangelo.uri.br/erebiosul2013/anais/%3Fpage_id%3D282 acesso em 13/09/15. http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/acidos-nucleicos-desoxirribonucleicos-e- ribonucleicos acesso 03/08/16. http://www.santoangelo.uri.br/erebiosul2013/ acesso em 13/09/15. http://www.sobiologia.com.br/conteudos/quimica_vida/quimica15.php acesso 11/06/16
  • 50. 39 Apêndice I: Questionário para o teste diagnóstico aos alunos (pré -teste). 1. Dada a sequência de bases da fita de ADN codificadora abaixo, apresente o seu pareamento para a duplicação de ADN. 5’- A T G C C A G T A G G C C A C T T G T C A - 3’ 3’- _____ - 5’ 2. Transcreva a sequência de bases por ti formada na duplicação feita na questão anterior e considere de fita molde de ADN, depois faça a transcrição da mesma para a fita de ARN mensageiro (ARNm). 3’- _______________ - 5’ 5’- _______________ - 3’ Muito Obrigado pela colaboração
  • 51. 40 Apêndice II: Questionário para avaliação sumária da relevância do jogo (pós-teste) dirigido aos alunos envolvidos no jogo. 1. Dada a sequência de bases da fita de ADN codificadora abaixo, apresente o seu pareamento para a duplicação de ADN. 5’- A T G C C A G T A G G C C A C T T G T C A - 3’ 3’- _____ - 5’ 2. Transcreva a sequência de bases por ti formada na duplicação feita na questão anterior e considere de fita molde de ADN, depois faça a transcrição da mesma para a fita de ARN mensageiro (ARNm). 3’- _____ _____ - 5’ 5’- __________ - 3’ 3. O que achaste do jogo de bases nitrogenadas que acabaste de participar? Assinale com X na opção correspondente a tua opinião. a)Foi muito divertido b)Foi razoável c)Foi complicado d)Não acho nada 4. Será que o jogo no qual acabou de participar ajudou na melhoria dos teus conhecimentos sobre o pareamento de bases nitrogenadas na duplicação da fita de ADN e transcrição para ARN? Assinale com X na opção correspondente a tua opinião. a)Ajudou muito b) Mais ou menos c) não influenciou nada d) Complicou mais Muito Obrigado pela colaboração
  • 52. 41 Apêndice III: Algumas imagens Ilustrativas do momento de realização do jogo A Ciclo metodológico do jogo (um método didáctico alternativo do PEA) Formacao de 4 grupos para o jogo Fase do início do jogo Reunir materiais necessários 41 Apêndice III: Algumas imagens Ilustrativas do momento de realização do jogo A Ciclo metodológico do jogo (um método didáctico alternativo do PEA) Formacao de 4 grupos para o jogo Distância entre os grupos formados Fase do início do jogo Fase final do jogo no pareamento de ADN (dupla hélice) Autor: Michavão Objectivo de facilitar o PEA Produzir os instrumentos do jogo Realização do Jogo Fase de avaliação do impacto do jogo 41 Apêndice III: Algumas imagens Ilustrativas do momento de realização do jogo A Ciclo metodológico do jogo (um método didáctico alternativo do PEA) Distância entre os grupos formados Fase final do jogo no pareamento de ADN (dupla hélice) Realização do Jogo
  • 54. 43 Anexo 1: Diferenças e semelhanças entre a estrutura de ADN com a de ARN Figura 5: Imagem ilustrativa das semelhanças e diferenças entre a estrutura de ADN e ARN. Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/quimica_vida/quimica15.php acesso 11/06/16
  • 55. 44 Anexo 2: Pareamento de ADN em dupla hélice. Figura 6: Imagem ilustrando o pareamento das bases nitrogenadas ligadas por pontes de hidrogenio representando assim a dupla hélice de ADN Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK26821/figure/A598/?report=objectonly