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Síndrome de obstrução
brônquica
Março 2020
I
• 47 anos, feminina, doméstica
• Admitida pela consulta por dificuldade respiratória de 3 semanas de
evolução, com várias idas ao SUR nos últimos 10 dias e, diariamente 3
dias antes do internamento. Inicialmente, dispneia e pieira nocturna.
Nos últimos 10 dias, tem dispneia diurna.
• Asma desde criança com controle irregular
• Exame objectivo, estado geral moderado, sem adejo nasal, FR de 21
ciclos respiratórios por minuto, sem tiragem
• Auscultação pulmonar com MV diminúido, tempo expiratório
prolongado, roncos e sibilos expiratórios bilateralmente
II
• A.S. 25 anos, sexo feminino, religião Católica, Pasteleira, refere início
há 2 horas com dificuldade respiratória, opressão torácica, tosse seca,
chiado. Fez inalador à cada 10 minutos além de 2 comprimidos (1 de
prednisolona de 5 mg e outro de salbutamol de 2 mg) e, não
melhorou.
• Nega febre.
• Antecedente de episódios similares anteriores desde criança. Nos
últimos 3 meses, desperta 4 vezes por semana com crise, faz um
inalador e melhora. Durante o dia, trabalha normalmente. Na semana
passada, fez uma espirometria que mostrou um VEF no primeiro
segundo 80% do previsto
• Refere Mãe com doença similar.
• Vive numa casa de alvenaria, com boas condições.
• Anda muita satisfeita pois o novo Namorado oferece semanalmente
um ramo de flores naturais.
• Ao exame objectivo, está consciente, lúcida, colaborante, adopta
posição sentada. Responde com frases incompletas. Tem 24 ciclos
respiratórios por minuto, pulso paradoxal 10 mmHg, frequência
cardíaca de 100 batimentos por minuto. Saturação de oxigénio de
94% ao ar ambiente. Peso 50 Kgs; Altura 1,52 metros
• Tórax simétrico, com tiragem intercostal.
• À auscultação pulmonar, apresenta murmúrio vesicular diminuído,
tempo expiratório prolongado, sibilos expiratórios e roncos em todos
campos pulmonares.
III
• . Z. N. 80 anos, feminina, negra, enfermeira de SMI reformada,
residente na Zona Verde, católica.
• QP: dificuldade respiratória
• HDA: refere 3 dias com dispneia grau II-III( NY) e que, hoje agravou
com dispneia em repouso. Fez várias vezes salbutamol pressurizado (
mais de 10 sessões̸dia), prednisolona 5 mg 3x ̸ dia e aminofilina 100
mg 3 x ao dia.
• tosse seca ocasional
• Dor torácica em forma de aperto, pieiraº
• Nega febre, DPN.
• Antecedentes:
• Asma desde criança mas que agravou após a reforma
• Vários internamentos em 2015 ( 6???) por asma
• Carvoeira desde a reforma ( regressou há 4 dias da floresta)
• Ao exame objectivo, consciente, lúcida.
• SatO2 88% ao ar ambiente
• TA 120 ̸90 mmHg
• Frespiratória 31
• FC 132´regular
• Dispneia com tiragem, uso músculos acessórios.
• AP Murmúrio vesicular muito diminuído, TEXP prolongado, sibilos
expiratórios, roncos bilateralmente.
• Inicio
• Duração
• Intensidade
• Ordem de surgimento
• Periodicidade
• Fact. agravantes e de
alivio
• Internamento anterior
• Doenças anteriores
• Tratamentos em curso (
ECAS e outros )
• Viagens anteriores e
recentes
• Local de trabalho e
profissões anteriores
• Residência
• Alergias alimentar e
medicamentosa
• Hist. familiar de dças
• Animais domésticos
• Hábitos alcoólicos, tabágicos e de
substâncias tóxicas
• Carga tabágica (UMA) = nº
cigarros/20 X nº anos de que
fumou
BUGALHO ALMEIDA , Pneumologia Clínica, volume I, 2006, 220-222.
Anamnese
10
• Inicio
• Duração
• Intensidade
• Ordem de surgimento
• Periodicidade
• Fact. agravantes e de alivio
• Internamento anterior
• Doenças anteriores
• Tratamentos em curso ( ECAS e outros )
• Viagens anteriores e recentes
• Local de trabalho e profissões anteriores
• Residência
• Alergias alimentar e medicamentosa
• Hist. familiar de dças
• Animais domésticos
• Hábitos tabágicos e de substâncias tóxicas
• Carga tabágica (UMA) = nº cigarros/20 X nº anos de
que fumou
Principais sintomas
Tosse
Expectoração
Dor toráxica
Dificuldade
respiratória
chiado ou
pieira
BUGALHO ALMEIDA , Pneumologia Clínica, volume I, 2006, 220-222.
15
• Inspecção
• Estado nutricional e geral
• Tipo de respiração e FR
• Anomalias ou deformidades visíveis
• Palidez, icterícia ou cianose
• Hipocratismo digital
• Pulso paradoxal
Exame físico
Pulso paradoxal
• A Técnica
• 1 – A melhor maneira de quantificar o pulso paradoxal é utilizando o
esfigmomanômetro. Deve-se insuflar o manguito acima da PA sistólica (ausência
de pulsos) e desinsuflar lentamente.
• 2 -Quando escutar os primeiros batimentos, perceber que serão fásicos e
variando com a respiração ( durante a inspiração desaparecem e são auscultados
novamente durante a expiração) – Anotar esta PA. ( exemplo PAS 110 mmHg)
• 3 – Continuar desinsuflando lentamente ( continuará percebendo batimentos
fásicos) até que os batimentos que anteriormente variavam com a respiração,
permaneceram audíveis durante toda o ciclo cardíaco. Anotar esta PA ( por
exemplo PAS: 80 mmHg)
• 4. A quantificação da Pulso paradoxal será a diferença entre o primeiro nível de
PA e o segundo , ou seja, PA variável com a respiração e PA com batimentos
contínuos. ( EX: 110 – 80 mmHg = 30 mmHg)
• Palpação
• Técnica
• Mobilidade
• Expansibilidade
• Palpação da traqueia
• Choque de ponta
• Frémito toraco vocal
• Enfisema
subcutâneo
• Identificação de
alterações cutâneas,
ósseas, musculares
e ganglionares
Exame físico
https://pt.slideshare.net/pauloalambert/propedutica-torcica
18
Exame físico
• Percussão
• Som claro pulmonar
• Hipersonorabilidade
https://pt.slideshare.net/pauloalambert/propedutica-torcica
19
• Auscultação
• Técnica
• Factores de influenciam
• Ruídos fisiológicos
• Murmúrio vesicular
• Ruído traqueal
• Ruídos adventícios
• Roncos
• Sibilos
• Tempo expiratório prolongado
Exame físico
• Murmúrio vesicular
• Passagem de ar
pela via aérea
• Predominam na
inspiração
• MV →↑↓⌀
• Roncos
• Som grave
• Predomina na
inspiração
• Presença de muco
na via aérea de
grande calibre
• Sibilos
• Som agudo,
semelhante ao
assobio ou chiado
• Predomina na
expiração, mas
pode ocorrer na
inspiração
• Obstrução via
aérea de pequeno
calibre
https://pt.slideshare.net/pauloalambert/propedutica-torcica
21
Síndrome obstrução brônquica
• Inspecção
• Mov. Torácicos simétricos, →
ou ↓
• Insuflação pulmonar
• Dispneia e uso musculatura
acessória
• Palpação
• FTV →mantidas
• Percussão
• Som claro pulmonar
• ou hipersonoridade
• Auscultação
• Roncos e sibilos
• ↑ T.Exp.
• Silencio auscultatório (grave)
• Provável causa
• Asma brônquica
• Bronquite aguda e crónica
• Bronquiectasias
• Inflamação ou infecção dos
brônquios
BUGALHO ALMEIDA , Pneumologia Clínica, volume I, 2006, 263-280.
22
Diagnóstico diferencial
• Síndrome enfisematoso
Síndrome de enfisema
• Inspecção
• Tórax em barril
• Horizontalização das costelas e
↑ espaços intercostais
• ↑ diâmetro AP
• Abaixamento das hemicúpulas
diafragmáticas
• Tiragem intercostal
• Palpação
• Perda massa muscular
• ↓ FTV
• Percussão
• hipersonoridade
• ↓ Mov. Diafragmáticos
• Auscultação
• ↓ ou quase ⌀ MV
• Pode ouvir roncos, sibilos
e fervores sub-crepitantes
• Provável causa
• Enfisema (DPOC)
BUGALHO ALMEIDA , Pneumologia Clínica, volume I, 2006, 263-280.
24
Síndrome obstrução brônquica

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  • 2. I • 47 anos, feminina, doméstica • Admitida pela consulta por dificuldade respiratória de 3 semanas de evolução, com várias idas ao SUR nos últimos 10 dias e, diariamente 3 dias antes do internamento. Inicialmente, dispneia e pieira nocturna. Nos últimos 10 dias, tem dispneia diurna. • Asma desde criança com controle irregular • Exame objectivo, estado geral moderado, sem adejo nasal, FR de 21 ciclos respiratórios por minuto, sem tiragem • Auscultação pulmonar com MV diminúido, tempo expiratório prolongado, roncos e sibilos expiratórios bilateralmente
  • 3.
  • 4. II • A.S. 25 anos, sexo feminino, religião Católica, Pasteleira, refere início há 2 horas com dificuldade respiratória, opressão torácica, tosse seca, chiado. Fez inalador à cada 10 minutos além de 2 comprimidos (1 de prednisolona de 5 mg e outro de salbutamol de 2 mg) e, não melhorou. • Nega febre. • Antecedente de episódios similares anteriores desde criança. Nos últimos 3 meses, desperta 4 vezes por semana com crise, faz um inalador e melhora. Durante o dia, trabalha normalmente. Na semana passada, fez uma espirometria que mostrou um VEF no primeiro segundo 80% do previsto
  • 5. • Refere Mãe com doença similar. • Vive numa casa de alvenaria, com boas condições. • Anda muita satisfeita pois o novo Namorado oferece semanalmente um ramo de flores naturais.
  • 6. • Ao exame objectivo, está consciente, lúcida, colaborante, adopta posição sentada. Responde com frases incompletas. Tem 24 ciclos respiratórios por minuto, pulso paradoxal 10 mmHg, frequência cardíaca de 100 batimentos por minuto. Saturação de oxigénio de 94% ao ar ambiente. Peso 50 Kgs; Altura 1,52 metros • Tórax simétrico, com tiragem intercostal. • À auscultação pulmonar, apresenta murmúrio vesicular diminuído, tempo expiratório prolongado, sibilos expiratórios e roncos em todos campos pulmonares.
  • 7. III • . Z. N. 80 anos, feminina, negra, enfermeira de SMI reformada, residente na Zona Verde, católica. • QP: dificuldade respiratória • HDA: refere 3 dias com dispneia grau II-III( NY) e que, hoje agravou com dispneia em repouso. Fez várias vezes salbutamol pressurizado ( mais de 10 sessões̸dia), prednisolona 5 mg 3x ̸ dia e aminofilina 100 mg 3 x ao dia. • tosse seca ocasional • Dor torácica em forma de aperto, pieiraº • Nega febre, DPN.
  • 8. • Antecedentes: • Asma desde criança mas que agravou após a reforma • Vários internamentos em 2015 ( 6???) por asma • Carvoeira desde a reforma ( regressou há 4 dias da floresta)
  • 9. • Ao exame objectivo, consciente, lúcida. • SatO2 88% ao ar ambiente • TA 120 ̸90 mmHg • Frespiratória 31 • FC 132´regular • Dispneia com tiragem, uso músculos acessórios. • AP Murmúrio vesicular muito diminuído, TEXP prolongado, sibilos expiratórios, roncos bilateralmente.
  • 10. • Inicio • Duração • Intensidade • Ordem de surgimento • Periodicidade • Fact. agravantes e de alivio • Internamento anterior • Doenças anteriores • Tratamentos em curso ( ECAS e outros ) • Viagens anteriores e recentes • Local de trabalho e profissões anteriores • Residência • Alergias alimentar e medicamentosa • Hist. familiar de dças • Animais domésticos • Hábitos alcoólicos, tabágicos e de substâncias tóxicas • Carga tabágica (UMA) = nº cigarros/20 X nº anos de que fumou BUGALHO ALMEIDA , Pneumologia Clínica, volume I, 2006, 220-222. Anamnese 10
  • 11. • Inicio • Duração • Intensidade • Ordem de surgimento • Periodicidade • Fact. agravantes e de alivio
  • 12. • Internamento anterior • Doenças anteriores • Tratamentos em curso ( ECAS e outros ) • Viagens anteriores e recentes
  • 13. • Local de trabalho e profissões anteriores • Residência • Alergias alimentar e medicamentosa • Hist. familiar de dças • Animais domésticos
  • 14. • Hábitos tabágicos e de substâncias tóxicas • Carga tabágica (UMA) = nº cigarros/20 X nº anos de que fumou
  • 15. Principais sintomas Tosse Expectoração Dor toráxica Dificuldade respiratória chiado ou pieira BUGALHO ALMEIDA , Pneumologia Clínica, volume I, 2006, 220-222. 15
  • 16. • Inspecção • Estado nutricional e geral • Tipo de respiração e FR • Anomalias ou deformidades visíveis • Palidez, icterícia ou cianose • Hipocratismo digital • Pulso paradoxal Exame físico
  • 17. Pulso paradoxal • A Técnica • 1 – A melhor maneira de quantificar o pulso paradoxal é utilizando o esfigmomanômetro. Deve-se insuflar o manguito acima da PA sistólica (ausência de pulsos) e desinsuflar lentamente. • 2 -Quando escutar os primeiros batimentos, perceber que serão fásicos e variando com a respiração ( durante a inspiração desaparecem e são auscultados novamente durante a expiração) – Anotar esta PA. ( exemplo PAS 110 mmHg) • 3 – Continuar desinsuflando lentamente ( continuará percebendo batimentos fásicos) até que os batimentos que anteriormente variavam com a respiração, permaneceram audíveis durante toda o ciclo cardíaco. Anotar esta PA ( por exemplo PAS: 80 mmHg) • 4. A quantificação da Pulso paradoxal será a diferença entre o primeiro nível de PA e o segundo , ou seja, PA variável com a respiração e PA com batimentos contínuos. ( EX: 110 – 80 mmHg = 30 mmHg)
  • 18. • Palpação • Técnica • Mobilidade • Expansibilidade • Palpação da traqueia • Choque de ponta • Frémito toraco vocal • Enfisema subcutâneo • Identificação de alterações cutâneas, ósseas, musculares e ganglionares Exame físico https://pt.slideshare.net/pauloalambert/propedutica-torcica 18
  • 19. Exame físico • Percussão • Som claro pulmonar • Hipersonorabilidade https://pt.slideshare.net/pauloalambert/propedutica-torcica 19
  • 20. • Auscultação • Técnica • Factores de influenciam • Ruídos fisiológicos • Murmúrio vesicular • Ruído traqueal • Ruídos adventícios • Roncos • Sibilos • Tempo expiratório prolongado
  • 21. Exame físico • Murmúrio vesicular • Passagem de ar pela via aérea • Predominam na inspiração • MV →↑↓⌀ • Roncos • Som grave • Predomina na inspiração • Presença de muco na via aérea de grande calibre • Sibilos • Som agudo, semelhante ao assobio ou chiado • Predomina na expiração, mas pode ocorrer na inspiração • Obstrução via aérea de pequeno calibre https://pt.slideshare.net/pauloalambert/propedutica-torcica 21
  • 22. Síndrome obstrução brônquica • Inspecção • Mov. Torácicos simétricos, → ou ↓ • Insuflação pulmonar • Dispneia e uso musculatura acessória • Palpação • FTV →mantidas • Percussão • Som claro pulmonar • ou hipersonoridade • Auscultação • Roncos e sibilos • ↑ T.Exp. • Silencio auscultatório (grave) • Provável causa • Asma brônquica • Bronquite aguda e crónica • Bronquiectasias • Inflamação ou infecção dos brônquios BUGALHO ALMEIDA , Pneumologia Clínica, volume I, 2006, 263-280. 22
  • 24. Síndrome de enfisema • Inspecção • Tórax em barril • Horizontalização das costelas e ↑ espaços intercostais • ↑ diâmetro AP • Abaixamento das hemicúpulas diafragmáticas • Tiragem intercostal • Palpação • Perda massa muscular • ↓ FTV • Percussão • hipersonoridade • ↓ Mov. Diafragmáticos • Auscultação • ↓ ou quase ⌀ MV • Pode ouvir roncos, sibilos e fervores sub-crepitantes • Provável causa • Enfisema (DPOC) BUGALHO ALMEIDA , Pneumologia Clínica, volume I, 2006, 263-280. 24