'Anamnese, tosse, expectoração e dispnéia. 2013.pptx
1. Fisioterapia aplicada a Pneumologia I
Avaliação do Paciente
Prof.(a) Patrícia Melo
Fisioterapeuta graduada - UNIPAC
2. Avaliação em Pneumologia
•Objetivos: Definir problemas do paciente;
•Avaliação subjetiva
•Avaliação objetiva;
•Utilização do Sistema médico orientado para o
problema (POMS) – Weed (1968)
3. Avaliação Subjetiva
•Baseada na entrevista;
•Utilizam-se perguntas;
•Sintomas na doença respiratória:
•Falta de ar – dispnéia
•Tosse
•Escarro
•Sibilos
•Dor torácica
4. Avaliação Subjetiva
•Para cada sintoma perguntas a respeito:
•Duração
•Gravidade
•Padrão – sazonal ou variações diárias
•Fatores associados (precipitantes, de
alívio, sintomas associados).
5. Anamnese
ANAMNESE MAL FEITA = EXAMES EM EXCESSO +
DIAGNÓSTICO IDIOTA
•O diagnóstico envolve três elementos básicos:
•História obtida do paciente;
•Sinais detectados no exame físico
•Resultados da investigação complementar;
•Apesar do surgimento de novos e precisos exames
laboratoriais e de imagem, é fundamental manter a
busca dos dados semiológicos na sua profundidade,
obtendo uma história clínica minuciosa e um exame
físico detalhado;
6. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
•Revisão do prontuário – Rever sempre antes de tratar o
paciente,
•Ambiente – Apropriado, cenário claro, permitindo
privacidade, livre de interrupções;
•Profissional a vista em posição estratégica do paciente;
•Respeitar e não atribuir de desigualdade;
•Permitir que o paciente sinta-se à vontade, cortesia,
interesse desejo de ser útil;
•Pontualidade;
•Usar o nome do paciente;
•Transmitir confiança e auto conhecimento;
7. Enfoque da doença atual
•Cumprimentando o paciente;
•Conforto do paciente – local apropriado para utensílios
dos pacientes, posicionamento;
•Evidências de dor ou ansiedade, sinais de necessidades
de urinar,
•Perguntas iniciais – Queixas principais e o dados a
serem aqui descritos, motivos da presença dele no
local,
8. Comportamento geral do profissional
•Ser sensível;
•Controlar as mensagens, postura, gestos,
contato visual e palavras podem exprimir
interesse, atenção, aceitação e compreensão;
•Calma e ausência de pressa,
9. Sistema médico orientado para o problema
(POMS) – Weed (1968)
•Registros médicos orientados para o
problema (POMR);
•Auditoria;
•Programa educacional
•Divide-se em 5 sessões
10. Coleta de Dados (POMS) – Weed (1968)
•Dados pessoais
•Nome
•Data de nascimento
•Endereço
•Número do registro
•Encaminhamento médico
•Diagnóstico
•Razão do encaminhamento
11. Coleta de Dados
•História clínica e avaliação fisioterapeutica;
•História médica;
•História social relevante;
•Resultados de exames e testes;
•Avaliação fisioterápica
12. História da Doença Atual - HDA
•Inclui os problemas atuais;
•Informações clínicas relevantes;
•Início dos problemas, motivo que o levou a procurar
o auxílio;
•Manifestações clínicas e tratamentos;
•Resposta do paciente aos seus sintomas e
incapacidades, impacto da doença.
13. História da doença pregressa
•Lista das doenças e cirurgias que o paciente foi
submetido;
•Estado geral percebido pelo paciente;
•DPI - Doenças da própria infância, da vida adulta,
doenças psiquiátricas, acidentes e traumas,
cirurgias, hospitalizações;
14. História sobre uso de medicamentos - HM
•Medicamentos atuais incluindo a dosagem;
•Alergias a medicações devem ser anotadas;
15. História Familiar - HM
•Doenças graves sofridas por familiares
próximos;
•Diabetes, tuberculose, cardiopatia,
hipertensão, AVE, nefropatia, câncer, artrite,
anemia, cefaléias, epilepsia, doença mental
ou sintomas apresentados pelo paciente.
16. História Social - HS
Situação no lar e outros elementos importantes,
vida diária, experiências importantes, religião,
perspectivas de vida,
•Situação social do paciente;
•Nível de apoio recebido em casa;
•Planejamento da casa;
•Ocupação;
•Hobbies – passados e atuais;
•Uso de fumo, álcool, drogas;
17. Plano inicial de tratamento e objetivos
•Objetivos a curto prazo
•Objetivos a longo prazo;
19. Resumo de alta
•Quando o paciente recebe alta ou é transferido
para outro serviço;
•Inclui:
•Problemas atuais,
•Tratameto realizado;
•Resultado do tratamento;
•Programas domiciliares ou segmento
profissional
20. Problemas Especiais
•Silêncio - Apresenta significados e indicações..
•Pacientes prolixos
•Pacientes com sintomas múltiplos
•Pacientes ansiosos
•Raiva e hostilidade
•Bêbado e barulhento
•Choro
21. Problemas Especiais
•Depressão
•Pacientes sexualmente atraentes ou sedutores
•Pacientes com inteligência limitada –
•Barreiras lingüísticas
•Pacientes com deficiência auditiva
•Pacientes cegos
•Paciente terminal - Avaliar o estágio em que ele
se encontra (Negação e isolamento, raiva,
barganha, depressão ou mágoa, aceitação).
•Deficientes Físicos
22. Tosse
•Definição:
•Ato reflexo que se produz por estimular os
receptores da mucosa que se encontram da
faringe aos bronquíolos terminais.
23. Fases doMecanismo reflexo da tosse
Inspiração profunda;
Fechamento da glote;
Relaxamento do diafragma
e contração muscular expiratória;
Abertura súbita da glote
24. Fisiopatologia da Tosse
Ramos nervo
Vago, frênico e
espinhal
Ramos aferentes dos
Nervos glossofaríngeo e
vago
Laringe, diafragma
e músculos torácicos,
abdominais e assoalho pélvico
Receptores do
sistema respiratório
Tosse
Cof! Cof!
Centro da tosse
TE
25. Finalidade da tosse
•Mecanismo de defesa;
•Elimina secreções, sangue, pus e material
estranho aspirado;
•Resposta inflamatória causada por agentes
infecciosos e/ou alérgicos;
26. Causas de tosse crônica Congênitas
•Alterações da laringe e brônquios;
•Fístula traqueoesofágica;
•Refluxo gastroesofágico, com ou sem
aspiração;
•Aspiração recorrente por incompetência
faríngea, fenda traqueolaringaesofágica
•Quistos mediastínicos;
•Anomalias vasculares;
27. Causas de tosse crônica Infecções e Alergias
•B. pertussis e parapertussi; Mycoplasma
pneumoniae, Clamydia trachomatis, adenovirus,
parainfluenza dentre outros;
•TBC;
•Sinusite crônica;
•Infecções recorrentes das vias respiratórias altas
e baixas;
•Doenças alérgicas - Asma / rinite
28. Causas de tosse crônica Doença sistêmica e outros
•Fibrose cística
•Discinesia ciliar
•Aspiração de corpo estranho
•Bronquiectasias
•Tabagismo / poluição
•Tumores
•Irritação do conduto auditivo externo (reflexo de
Arnold)
•Tosse psicogênica
•Tosse não explicada (idiopática)
29. Tipos de tosse
•Tosse aguda;
•Tosse crônica, persistente ou recorrente;
•Tosse específica ou Tosse não específica
•Tosse “esperada ou normal”
•Tosse alta ou Tosse baixa;
•Tosse seca ou Tosse produtiva;
•Tosse noturna ou Tosse diurna;
30. Qualidade da tosse
Qualidade da tosse Etiologia
Tosse de “cão” (brassy cough)
Honking – ausente a noite
Tosse oqueluchóide (paroxismos)
Staccato
Tosse crônica produtiva apenas
matinal
Tosse produtiva com rolhões
Croup, traqueomalacia, tique
Psicogênica
Infecciosa – B. pertussis, B.
parapertussis, vírus e
Mycoplasma peumoniae
Infecciosa – Chlamydia no
lactente
Doença pulmonar supurativa
Asma
31. Tosse
•Freqüência;
•Intensidade;
•Presença ou não de expectoração;
•Relação com o decúbito;
•Período do dia em que é maior a sua intensidade)
•Expectoração (volume, cor, odor, freqüência,
sintomas associados)
•Hemoptise (volume, cor, freqüência, sintomas
associados)
•Vômica (volume, freqüência)
32. Expectoração
•Condições normais - 75 a 100 ml muco pelas
células caliciformes e glândulas mucíparas;
• Avaliar semiologicamente;
• Volume, Coloração, Transparência e
Consistência
33. Expectoração
• Aparência do escarro e relação causal -
Mucóide ou mucopurulento - Asma, tumores,
tuberculose, DPOC e pneumonia
• Purulento – Bronquectasias, bronquite crônica
• Ferruginoso - Pneumonia pneumocócica
• Seroso ou róseo - Edema pulmonar
• Sanguinolento - TEP, bronquectasias, abscesso
pulmonar, TBC, estenose mitral.
34. Hemoptise
Eliminação pela tosse de sangue;
Proveniente da traquéia, brônquios ou dos pulmões
Sensação de calor ou “borbulhamento” no hemitórax
acometido;
Hemoptise volumosa – Ameaçadoras à vida
Pulmonar: Ramos da artéria pulmonar baixa pressão;
Hemoptise pequeno volume – não ameaçadora a vida
Causas: Neoplasia pulmonar, abscesso, pneumonia
Bronquectasias, cavidade tuberculosa, estenose mitral e
fístulas AV e infarto pulmonar
35. Vômica
•Eliminação brusca através da glote de grande
quantidade de pus ou líquido de aspecto seroso
ou mucóide;
• Causas: Abscesso pulmonar, Enfisema,
Mediastinite supurada, Abscesso subfrênico e
TBC.
36. Dispnéia
•Termo usado para designar a sensação de
dificuldade respiratória, experimentada por
pacientes acometidos por diversas moléstias, e
indivíduos sadios, em condições de exercício
extremo.
37. Dispnéia
•A palavra dispnéia origina-se das raízes gregas dys e
pnoia podendo ser traduzida, literalmente, como
respiração ruim;
•Estudos demonstram como o principal fator limitante da
qualidade de vida, relacionada à saúde de pacientes
portadores de insuficiência respiratória crônica, seja ela
obstrutiva ou restritiva.
38. A American Thoracic Society define a dispnéia:
•“Termo usado para caracterizar a experiência
subjetiva de desconforto respiratório que consiste
de sensações qualitativamente distintas,
variáveis em sua intensidade.
A experiência deriva de interações entre
múltiplos fatores fisiológicos, psicológicos, sociais
e ambientais podendo induzir respostas
comportamentais e fisiológicas secundárias”
39. Dispnéia
•Relacionada com moléstias dos aparelhos
respiratório e cardiovascular;
•Relação com atividade física;
•Classificação pela New York Heart Association
•Associação com o decúbito – ortopnéia;
•Dispnéia paroxística noturna;
40. Dispnéia
•Sensação respiratória – Ativação neurológica por
receptor periférico;
•Percepção respiratória – Resultado final do
processamento pelo estímulo nervoso central e
reações do indivíduo perante a sensação.
•Influenciada por fatores culturais, pesicológicos
e ambientais;
41. Instalação da Dispnéia
• Aguda: minutos ou horas - Edema agudo de
pulmão, Tromboembolismo pulmonar,
Broncoespasmo
• Subaguda: dias a semanas - Tuberculose, Asma
•Crônica: meses ou anos - DPOC, Neoplasia
pulmonar e Asma
43. Fisiopatologia da Dispnéia
Dispnéia
Influências
Comportamentais e
Condicionamentos
Descargas
Corolárias
Córtex
Sensorial
Eferências
Motoras
Aferências
Sensoriais
Tronco
cerebral
Sinais vindos
do Corpo
Descargas Corolárias
-
Sinais emitidos por neurônios
respiratórios
44. Algumas Condições Associadas ao Surgimento de
Dispnéia
•Cardíacas – Cardiomiopatias, Doença isquêmica,
Doenças valvulares, Síndrome do marca-passo;
•Pulmonares – DPOC, Asma, Doenças intersticiais
pulmonares e CA;
•Causas Diversas - Refluxo gastroesofágico,
Ansiedade e hiperventilação, Descondicionamento
físico, Obesidade, Gravidez, HAS e Hipertireoidismo;
45. Classificação pela New York Heart
Association
Classe Funcional I
Nenhum sintoma em atividade normal,
dispnéia somente com grande esforços.
Subir morro, pedalar muito rápido,
competição de esqui
Classe Funcional II
Sintomas em atividades normais, subir
escadas, arrumar a cama, carregar uma
maior quantidade de compras
Classe Funcional III
Sintomas com médios esforços, tomar
banho, vestir-se
Classe Funcional IV Sintomas em repouso
46. Avaliação da Dispnéia Escala de Borg modificada
0 Nenhuma
0.5 Muito, muito, leve
1 Muito leve
2 Leve
3 Moderada
4 Um pouco forte
5 Forte
6
7 Muito forte
8
9 Muito, muito, forte
10 Máxima
49. DISPNÉIA: DENOMINAÇÕES ESPECIAIS
•Dispnéia de Esforço - É o nome dado ao
surgimento ou agravamento da sensação de
dispnéia por atividades físicas.
•É uma queixa bastante comum e inespecífica
entre portadores de pneumo e cardiopatias.
50. Ortopnéia –
•Surgimento ou agravamento da sensação de dispnéia
com a adoção da posição horizontal;
•Tende a ser aliviado, parcial ou totalmente, com a
elevação da porção superior do tórax;
•Embora mais freqüente em cardíacos, a ortopnéia
também pode ser observada em pacientes com asma ou
DPOC;.
•Também é uma queixa característica de indivíduos
portadores de fraqueza da musculatura diafragmática;
51. Dispnéia Paroxística Noturna
•Situação na qual o paciente tem seu sono interrompido
por uma dramática sensação de falta de ar;
•Leva-o a sentar-se no leito, ou mesmo levantar-se e
procurar uma área da casa mais ventilada, visando obter
alívio da súbita sensação de sufocação;
52. Platipnéia
•Nome dado à sensação de dispnéia, que surge ou se
agrava com a adoção da posição ortostática;
•Pode vir acompanhada de ortodeoxia, ou seja, queda
acentuada da SO2 de oxigênio com a posição em pé;
•Platipnéia e ortodeoxia são achados clássicos da
síndrome hepatopulmonar;
53. Trepopnéia
•Trepopnéia - É a sensação de dispnéia, que
surge ou piora em uma posição lateral, e
desaparece ou melhora com o decúbito lateral
oposto;
•Queixa não específica, que pode surgir em
qualquer doença, comprometendo um pulmão
mais intensamente do que o outro.