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Fisioterapia aplicada a Pneumologia I
Avaliação do Paciente
Prof.(a) Patrícia Melo
Fisioterapeuta graduada - UNIPAC
Avaliação em Pneumologia
•Objetivos: Definir problemas do paciente;
•Avaliação subjetiva
•Avaliação objetiva;
•Utilização do Sistema médico orientado para o
problema (POMS) – Weed (1968)
Avaliação Subjetiva
•Baseada na entrevista;
•Utilizam-se perguntas;
•Sintomas na doença respiratória:
•Falta de ar – dispnéia
•Tosse
•Escarro
•Sibilos
•Dor torácica
Avaliação Subjetiva
•Para cada sintoma perguntas a respeito:
•Duração
•Gravidade
•Padrão – sazonal ou variações diárias
•Fatores associados (precipitantes, de
alívio, sintomas associados).
Anamnese
ANAMNESE MAL FEITA = EXAMES EM EXCESSO +
DIAGNÓSTICO IDIOTA
•O diagnóstico envolve três elementos básicos:
•História obtida do paciente;
•Sinais detectados no exame físico
•Resultados da investigação complementar;
•Apesar do surgimento de novos e precisos exames
laboratoriais e de imagem, é fundamental manter a
busca dos dados semiológicos na sua profundidade,
obtendo uma história clínica minuciosa e um exame
físico detalhado;
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
•Revisão do prontuário – Rever sempre antes de tratar o
paciente,
•Ambiente – Apropriado, cenário claro, permitindo
privacidade, livre de interrupções;
•Profissional a vista em posição estratégica do paciente;
•Respeitar e não atribuir de desigualdade;
•Permitir que o paciente sinta-se à vontade, cortesia,
interesse desejo de ser útil;
•Pontualidade;
•Usar o nome do paciente;
•Transmitir confiança e auto conhecimento;
Enfoque da doença atual
•Cumprimentando o paciente;
•Conforto do paciente – local apropriado para utensílios
dos pacientes, posicionamento;
•Evidências de dor ou ansiedade, sinais de necessidades
de urinar,
•Perguntas iniciais – Queixas principais e o dados a
serem aqui descritos, motivos da presença dele no
local,
Comportamento geral do profissional
•Ser sensível;
•Controlar as mensagens, postura, gestos,
contato visual e palavras podem exprimir
interesse, atenção, aceitação e compreensão;
•Calma e ausência de pressa,
Sistema médico orientado para o problema
(POMS) – Weed (1968)
•Registros médicos orientados para o
problema (POMR);
•Auditoria;
•Programa educacional
•Divide-se em 5 sessões
Coleta de Dados (POMS) – Weed (1968)
•Dados pessoais
•Nome
•Data de nascimento
•Endereço
•Número do registro
•Encaminhamento médico
•Diagnóstico
•Razão do encaminhamento
Coleta de Dados
•História clínica e avaliação fisioterapeutica;
•História médica;
•História social relevante;
•Resultados de exames e testes;
•Avaliação fisioterápica
História da Doença Atual - HDA
•Inclui os problemas atuais;
•Informações clínicas relevantes;
•Início dos problemas, motivo que o levou a procurar
o auxílio;
•Manifestações clínicas e tratamentos;
•Resposta do paciente aos seus sintomas e
incapacidades, impacto da doença.
História da doença pregressa
•Lista das doenças e cirurgias que o paciente foi
submetido;
•Estado geral percebido pelo paciente;
•DPI - Doenças da própria infância, da vida adulta,
doenças psiquiátricas, acidentes e traumas,
cirurgias, hospitalizações;
História sobre uso de medicamentos - HM
•Medicamentos atuais incluindo a dosagem;
•Alergias a medicações devem ser anotadas;
História Familiar - HM
•Doenças graves sofridas por familiares
próximos;
•Diabetes, tuberculose, cardiopatia,
hipertensão, AVE, nefropatia, câncer, artrite,
anemia, cefaléias, epilepsia, doença mental
ou sintomas apresentados pelo paciente.
História Social - HS
Situação no lar e outros elementos importantes,
vida diária, experiências importantes, religião,
perspectivas de vida,
•Situação social do paciente;
•Nível de apoio recebido em casa;
•Planejamento da casa;
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•Hobbies – passados e atuais;
•Uso de fumo, álcool, drogas;
Plano inicial de tratamento e objetivos
•Objetivos a curto prazo
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Evolução
•Objetivo;
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•Quando o paciente recebe alta ou é transferido
para outro serviço;
•Inclui:
•Problemas atuais,
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•Resultado do tratamento;
•Programas domiciliares ou segmento
profissional
Problemas Especiais
•Silêncio - Apresenta significados e indicações..
•Pacientes prolixos
•Pacientes com sintomas múltiplos
•Pacientes ansiosos
•Raiva e hostilidade
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•Choro
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•Depressão
•Pacientes sexualmente atraentes ou sedutores
•Pacientes com inteligência limitada –
•Barreiras lingüísticas
•Pacientes com deficiência auditiva
•Pacientes cegos
•Paciente terminal - Avaliar o estágio em que ele
se encontra (Negação e isolamento, raiva,
barganha, depressão ou mágoa, aceitação).
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Tosse
•Definição:
•Ato reflexo que se produz por estimular os
receptores da mucosa que se encontram da
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Fisiopatologia da Tosse
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vago
Laringe, diafragma
e músculos torácicos,
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TE
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faríngea, fenda traqueolaringaesofágica
•Quistos mediastínicos;
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•TBC;
•Sinusite crônica;
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•Discinesia ciliar
•Aspiração de corpo estranho
•Bronquiectasias
•Tabagismo / poluição
•Tumores
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•Tosse não explicada (idiopática)
Tipos de tosse
•Tosse aguda;
•Tosse crônica, persistente ou recorrente;
•Tosse específica ou Tosse não específica
•Tosse “esperada ou normal”
•Tosse alta ou Tosse baixa;
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Qualidade da tosse
Qualidade da tosse Etiologia
Tosse de “cão” (brassy cough)
Honking – ausente a noite
Tosse oqueluchóide (paroxismos)
Staccato
Tosse crônica produtiva apenas
matinal
Tosse produtiva com rolhões
Croup, traqueomalacia, tique
Psicogênica
Infecciosa – B. pertussis, B.
parapertussis, vírus e
Mycoplasma peumoniae
Infecciosa – Chlamydia no
lactente
Doença pulmonar supurativa
Asma
Tosse
•Freqüência;
•Intensidade;
•Presença ou não de expectoração;
•Relação com o decúbito;
•Período do dia em que é maior a sua intensidade)
•Expectoração (volume, cor, odor, freqüência,
sintomas associados)
•Hemoptise (volume, cor, freqüência, sintomas
associados)
•Vômica (volume, freqüência)
Expectoração
•Condições normais - 75 a 100 ml muco pelas
células caliciformes e glândulas mucíparas;
• Avaliar semiologicamente;
• Volume, Coloração, Transparência e
Consistência
Expectoração
• Aparência do escarro e relação causal -
Mucóide ou mucopurulento - Asma, tumores,
tuberculose, DPOC e pneumonia
• Purulento – Bronquectasias, bronquite crônica
• Ferruginoso - Pneumonia pneumocócica
• Seroso ou róseo - Edema pulmonar
• Sanguinolento - TEP, bronquectasias, abscesso
pulmonar, TBC, estenose mitral.
Hemoptise
Eliminação pela tosse de sangue;
Proveniente da traquéia, brônquios ou dos pulmões
Sensação de calor ou “borbulhamento” no hemitórax
acometido;
Hemoptise volumosa – Ameaçadoras à vida
Pulmonar: Ramos da artéria pulmonar baixa pressão;
Hemoptise pequeno volume – não ameaçadora a vida
Causas: Neoplasia pulmonar, abscesso, pneumonia
Bronquectasias, cavidade tuberculosa, estenose mitral e
fístulas AV e infarto pulmonar
Vômica
•Eliminação brusca através da glote de grande
quantidade de pus ou líquido de aspecto seroso
ou mucóide;
• Causas: Abscesso pulmonar, Enfisema,
Mediastinite supurada, Abscesso subfrênico e
TBC.
Dispnéia
•Termo usado para designar a sensação de
dificuldade respiratória, experimentada por
pacientes acometidos por diversas moléstias, e
indivíduos sadios, em condições de exercício
extremo.
Dispnéia
•A palavra dispnéia origina-se das raízes gregas dys e
pnoia podendo ser traduzida, literalmente, como
respiração ruim;
•Estudos demonstram como o principal fator limitante da
qualidade de vida, relacionada à saúde de pacientes
portadores de insuficiência respiratória crônica, seja ela
obstrutiva ou restritiva.
A American Thoracic Society define a dispnéia:
•“Termo usado para caracterizar a experiência
subjetiva de desconforto respiratório que consiste
de sensações qualitativamente distintas,
variáveis em sua intensidade.
A experiência deriva de interações entre
múltiplos fatores fisiológicos, psicológicos, sociais
e ambientais podendo induzir respostas
comportamentais e fisiológicas secundárias”
Dispnéia
•Relacionada com moléstias dos aparelhos
respiratório e cardiovascular;
•Relação com atividade física;
•Classificação pela New York Heart Association
•Associação com o decúbito – ortopnéia;
•Dispnéia paroxística noturna;
Dispnéia
•Sensação respiratória – Ativação neurológica por
receptor periférico;
•Percepção respiratória – Resultado final do
processamento pelo estímulo nervoso central e
reações do indivíduo perante a sensação.
•Influenciada por fatores culturais, pesicológicos
e ambientais;
Instalação da Dispnéia
• Aguda: minutos ou horas - Edema agudo de
pulmão, Tromboembolismo pulmonar,
Broncoespasmo
• Subaguda: dias a semanas - Tuberculose, Asma
•Crônica: meses ou anos - DPOC, Neoplasia
pulmonar e Asma
Fisiopatologia da Dispnéia
Aferências Viscerais
Esôfago Coração
Estômago
Quimiorreceptores
(PaO2, PaCO2) Corpos
Carotídeos (PaO2,
PaCO2) Corpos
Aórticos
(PaO2)
Vias Aéreas
Fibras C
Receptores de Irritação
Pressão Laríngea
Estiramento
Traqueobrônquico
Aferências Musculares
Fusos Musculares Corpos
Tendinosos Receptores
Metabólicos
Tronco
cerebral
Fisiopatologia da Dispnéia
Dispnéia
Influências
Comportamentais e
Condicionamentos
Descargas
Corolárias
Córtex
Sensorial
Eferências
Motoras
Aferências
Sensoriais
Tronco
cerebral
Sinais vindos
do Corpo
Descargas Corolárias
-
Sinais emitidos por neurônios
respiratórios
Algumas Condições Associadas ao Surgimento de
Dispnéia
•Cardíacas – Cardiomiopatias, Doença isquêmica,
Doenças valvulares, Síndrome do marca-passo;
•Pulmonares – DPOC, Asma, Doenças intersticiais
pulmonares e CA;
•Causas Diversas - Refluxo gastroesofágico,
Ansiedade e hiperventilação, Descondicionamento
físico, Obesidade, Gravidez, HAS e Hipertireoidismo;
Classificação pela New York Heart
Association
Classe Funcional I
Nenhum sintoma em atividade normal,
dispnéia somente com grande esforços.
Subir morro, pedalar muito rápido,
competição de esqui
Classe Funcional II
Sintomas em atividades normais, subir
escadas, arrumar a cama, carregar uma
maior quantidade de compras
Classe Funcional III
Sintomas com médios esforços, tomar
banho, vestir-se
Classe Funcional IV Sintomas em repouso
Avaliação da Dispnéia Escala de Borg modificada
0 Nenhuma
0.5 Muito, muito, leve
1 Muito leve
2 Leve
3 Moderada
4 Um pouco forte
5 Forte
6
7 Muito forte
8
9 Muito, muito, forte
10 Máxima
Avaliação da Dispnéia Escala Numérica
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Nenhuma Máxima
Avaliação da Dispnéia Escala Analógica Visual
100 mm
Nenhuma Máxima
DISPNÉIA: DENOMINAÇÕES ESPECIAIS
•Dispnéia de Esforço - É o nome dado ao
surgimento ou agravamento da sensação de
dispnéia por atividades físicas.
•É uma queixa bastante comum e inespecífica
entre portadores de pneumo e cardiopatias.
Ortopnéia –
•Surgimento ou agravamento da sensação de dispnéia
com a adoção da posição horizontal;
•Tende a ser aliviado, parcial ou totalmente, com a
elevação da porção superior do tórax;
•Embora mais freqüente em cardíacos, a ortopnéia
também pode ser observada em pacientes com asma ou
DPOC;.
•Também é uma queixa característica de indivíduos
portadores de fraqueza da musculatura diafragmática;
Dispnéia Paroxística Noturna
•Situação na qual o paciente tem seu sono interrompido
por uma dramática sensação de falta de ar;
•Leva-o a sentar-se no leito, ou mesmo levantar-se e
procurar uma área da casa mais ventilada, visando obter
alívio da súbita sensação de sufocação;
Platipnéia
•Nome dado à sensação de dispnéia, que surge ou se
agrava com a adoção da posição ortostática;
•Pode vir acompanhada de ortodeoxia, ou seja, queda
acentuada da SO2 de oxigênio com a posição em pé;
•Platipnéia e ortodeoxia são achados clássicos da
síndrome hepatopulmonar;
Trepopnéia
•Trepopnéia - É a sensação de dispnéia, que
surge ou piora em uma posição lateral, e
desaparece ou melhora com o decúbito lateral
oposto;
•Queixa não específica, que pode surgir em
qualquer doença, comprometendo um pulmão
mais intensamente do que o outro.

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  • 3. Avaliação Subjetiva •Baseada na entrevista; •Utilizam-se perguntas; •Sintomas na doença respiratória: •Falta de ar – dispnéia •Tosse •Escarro •Sibilos •Dor torácica
  • 4. Avaliação Subjetiva •Para cada sintoma perguntas a respeito: •Duração •Gravidade •Padrão – sazonal ou variações diárias •Fatores associados (precipitantes, de alívio, sintomas associados).
  • 5. Anamnese ANAMNESE MAL FEITA = EXAMES EM EXCESSO + DIAGNÓSTICO IDIOTA •O diagnóstico envolve três elementos básicos: •História obtida do paciente; •Sinais detectados no exame físico •Resultados da investigação complementar; •Apesar do surgimento de novos e precisos exames laboratoriais e de imagem, é fundamental manter a busca dos dados semiológicos na sua profundidade, obtendo uma história clínica minuciosa e um exame físico detalhado;
  • 6. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES •Revisão do prontuário – Rever sempre antes de tratar o paciente, •Ambiente – Apropriado, cenário claro, permitindo privacidade, livre de interrupções; •Profissional a vista em posição estratégica do paciente; •Respeitar e não atribuir de desigualdade; •Permitir que o paciente sinta-se à vontade, cortesia, interesse desejo de ser útil; •Pontualidade; •Usar o nome do paciente; •Transmitir confiança e auto conhecimento;
  • 7. Enfoque da doença atual •Cumprimentando o paciente; •Conforto do paciente – local apropriado para utensílios dos pacientes, posicionamento; •Evidências de dor ou ansiedade, sinais de necessidades de urinar, •Perguntas iniciais – Queixas principais e o dados a serem aqui descritos, motivos da presença dele no local,
  • 8. Comportamento geral do profissional •Ser sensível; •Controlar as mensagens, postura, gestos, contato visual e palavras podem exprimir interesse, atenção, aceitação e compreensão; •Calma e ausência de pressa,
  • 9. Sistema médico orientado para o problema (POMS) – Weed (1968) •Registros médicos orientados para o problema (POMR); •Auditoria; •Programa educacional •Divide-se em 5 sessões
  • 10. Coleta de Dados (POMS) – Weed (1968) •Dados pessoais •Nome •Data de nascimento •Endereço •Número do registro •Encaminhamento médico •Diagnóstico •Razão do encaminhamento
  • 11. Coleta de Dados •História clínica e avaliação fisioterapeutica; •História médica; •História social relevante; •Resultados de exames e testes; •Avaliação fisioterápica
  • 12. História da Doença Atual - HDA •Inclui os problemas atuais; •Informações clínicas relevantes; •Início dos problemas, motivo que o levou a procurar o auxílio; •Manifestações clínicas e tratamentos; •Resposta do paciente aos seus sintomas e incapacidades, impacto da doença.
  • 13. História da doença pregressa •Lista das doenças e cirurgias que o paciente foi submetido; •Estado geral percebido pelo paciente; •DPI - Doenças da própria infância, da vida adulta, doenças psiquiátricas, acidentes e traumas, cirurgias, hospitalizações;
  • 14. História sobre uso de medicamentos - HM •Medicamentos atuais incluindo a dosagem; •Alergias a medicações devem ser anotadas;
  • 15. História Familiar - HM •Doenças graves sofridas por familiares próximos; •Diabetes, tuberculose, cardiopatia, hipertensão, AVE, nefropatia, câncer, artrite, anemia, cefaléias, epilepsia, doença mental ou sintomas apresentados pelo paciente.
  • 16. História Social - HS Situação no lar e outros elementos importantes, vida diária, experiências importantes, religião, perspectivas de vida, •Situação social do paciente; •Nível de apoio recebido em casa; •Planejamento da casa; •Ocupação; •Hobbies – passados e atuais; •Uso de fumo, álcool, drogas;
  • 17. Plano inicial de tratamento e objetivos •Objetivos a curto prazo •Objetivos a longo prazo;
  • 18. Evolução •Objetivo; •Análise; •Plano para cada problema; •Resumo atualizado do progresso do paciente;
  • 19. Resumo de alta •Quando o paciente recebe alta ou é transferido para outro serviço; •Inclui: •Problemas atuais, •Tratameto realizado; •Resultado do tratamento; •Programas domiciliares ou segmento profissional
  • 20. Problemas Especiais •Silêncio - Apresenta significados e indicações.. •Pacientes prolixos •Pacientes com sintomas múltiplos •Pacientes ansiosos •Raiva e hostilidade •Bêbado e barulhento •Choro
  • 21. Problemas Especiais •Depressão •Pacientes sexualmente atraentes ou sedutores •Pacientes com inteligência limitada – •Barreiras lingüísticas •Pacientes com deficiência auditiva •Pacientes cegos •Paciente terminal - Avaliar o estágio em que ele se encontra (Negação e isolamento, raiva, barganha, depressão ou mágoa, aceitação). •Deficientes Físicos
  • 22. Tosse •Definição: •Ato reflexo que se produz por estimular os receptores da mucosa que se encontram da faringe aos bronquíolos terminais.
  • 23. Fases doMecanismo reflexo da tosse Inspiração profunda; Fechamento da glote; Relaxamento do diafragma e contração muscular expiratória; Abertura súbita da glote
  • 24. Fisiopatologia da Tosse Ramos nervo Vago, frênico e espinhal Ramos aferentes dos Nervos glossofaríngeo e vago Laringe, diafragma e músculos torácicos, abdominais e assoalho pélvico Receptores do sistema respiratório Tosse Cof! Cof! Centro da tosse TE
  • 25. Finalidade da tosse •Mecanismo de defesa; •Elimina secreções, sangue, pus e material estranho aspirado; •Resposta inflamatória causada por agentes infecciosos e/ou alérgicos;
  • 26. Causas de tosse crônica Congênitas •Alterações da laringe e brônquios; •Fístula traqueoesofágica; •Refluxo gastroesofágico, com ou sem aspiração; •Aspiração recorrente por incompetência faríngea, fenda traqueolaringaesofágica •Quistos mediastínicos; •Anomalias vasculares;
  • 27. Causas de tosse crônica Infecções e Alergias •B. pertussis e parapertussi; Mycoplasma pneumoniae, Clamydia trachomatis, adenovirus, parainfluenza dentre outros; •TBC; •Sinusite crônica; •Infecções recorrentes das vias respiratórias altas e baixas; •Doenças alérgicas - Asma / rinite
  • 28. Causas de tosse crônica Doença sistêmica e outros •Fibrose cística •Discinesia ciliar •Aspiração de corpo estranho •Bronquiectasias •Tabagismo / poluição •Tumores •Irritação do conduto auditivo externo (reflexo de Arnold) •Tosse psicogênica •Tosse não explicada (idiopática)
  • 29. Tipos de tosse •Tosse aguda; •Tosse crônica, persistente ou recorrente; •Tosse específica ou Tosse não específica •Tosse “esperada ou normal” •Tosse alta ou Tosse baixa; •Tosse seca ou Tosse produtiva; •Tosse noturna ou Tosse diurna;
  • 30. Qualidade da tosse Qualidade da tosse Etiologia Tosse de “cão” (brassy cough) Honking – ausente a noite Tosse oqueluchóide (paroxismos) Staccato Tosse crônica produtiva apenas matinal Tosse produtiva com rolhões Croup, traqueomalacia, tique Psicogênica Infecciosa – B. pertussis, B. parapertussis, vírus e Mycoplasma peumoniae Infecciosa – Chlamydia no lactente Doença pulmonar supurativa Asma
  • 31. Tosse •Freqüência; •Intensidade; •Presença ou não de expectoração; •Relação com o decúbito; •Período do dia em que é maior a sua intensidade) •Expectoração (volume, cor, odor, freqüência, sintomas associados) •Hemoptise (volume, cor, freqüência, sintomas associados) •Vômica (volume, freqüência)
  • 32. Expectoração •Condições normais - 75 a 100 ml muco pelas células caliciformes e glândulas mucíparas; • Avaliar semiologicamente; • Volume, Coloração, Transparência e Consistência
  • 33. Expectoração • Aparência do escarro e relação causal - Mucóide ou mucopurulento - Asma, tumores, tuberculose, DPOC e pneumonia • Purulento – Bronquectasias, bronquite crônica • Ferruginoso - Pneumonia pneumocócica • Seroso ou róseo - Edema pulmonar • Sanguinolento - TEP, bronquectasias, abscesso pulmonar, TBC, estenose mitral.
  • 34. Hemoptise Eliminação pela tosse de sangue; Proveniente da traquéia, brônquios ou dos pulmões Sensação de calor ou “borbulhamento” no hemitórax acometido; Hemoptise volumosa – Ameaçadoras à vida Pulmonar: Ramos da artéria pulmonar baixa pressão; Hemoptise pequeno volume – não ameaçadora a vida Causas: Neoplasia pulmonar, abscesso, pneumonia Bronquectasias, cavidade tuberculosa, estenose mitral e fístulas AV e infarto pulmonar
  • 35. Vômica •Eliminação brusca através da glote de grande quantidade de pus ou líquido de aspecto seroso ou mucóide; • Causas: Abscesso pulmonar, Enfisema, Mediastinite supurada, Abscesso subfrênico e TBC.
  • 36. Dispnéia •Termo usado para designar a sensação de dificuldade respiratória, experimentada por pacientes acometidos por diversas moléstias, e indivíduos sadios, em condições de exercício extremo.
  • 37. Dispnéia •A palavra dispnéia origina-se das raízes gregas dys e pnoia podendo ser traduzida, literalmente, como respiração ruim; •Estudos demonstram como o principal fator limitante da qualidade de vida, relacionada à saúde de pacientes portadores de insuficiência respiratória crônica, seja ela obstrutiva ou restritiva.
  • 38. A American Thoracic Society define a dispnéia: •“Termo usado para caracterizar a experiência subjetiva de desconforto respiratório que consiste de sensações qualitativamente distintas, variáveis em sua intensidade. A experiência deriva de interações entre múltiplos fatores fisiológicos, psicológicos, sociais e ambientais podendo induzir respostas comportamentais e fisiológicas secundárias”
  • 39. Dispnéia •Relacionada com moléstias dos aparelhos respiratório e cardiovascular; •Relação com atividade física; •Classificação pela New York Heart Association •Associação com o decúbito – ortopnéia; •Dispnéia paroxística noturna;
  • 40. Dispnéia •Sensação respiratória – Ativação neurológica por receptor periférico; •Percepção respiratória – Resultado final do processamento pelo estímulo nervoso central e reações do indivíduo perante a sensação. •Influenciada por fatores culturais, pesicológicos e ambientais;
  • 41. Instalação da Dispnéia • Aguda: minutos ou horas - Edema agudo de pulmão, Tromboembolismo pulmonar, Broncoespasmo • Subaguda: dias a semanas - Tuberculose, Asma •Crônica: meses ou anos - DPOC, Neoplasia pulmonar e Asma
  • 42. Fisiopatologia da Dispnéia Aferências Viscerais Esôfago Coração Estômago Quimiorreceptores (PaO2, PaCO2) Corpos Carotídeos (PaO2, PaCO2) Corpos Aórticos (PaO2) Vias Aéreas Fibras C Receptores de Irritação Pressão Laríngea Estiramento Traqueobrônquico Aferências Musculares Fusos Musculares Corpos Tendinosos Receptores Metabólicos Tronco cerebral
  • 43. Fisiopatologia da Dispnéia Dispnéia Influências Comportamentais e Condicionamentos Descargas Corolárias Córtex Sensorial Eferências Motoras Aferências Sensoriais Tronco cerebral Sinais vindos do Corpo Descargas Corolárias - Sinais emitidos por neurônios respiratórios
  • 44. Algumas Condições Associadas ao Surgimento de Dispnéia •Cardíacas – Cardiomiopatias, Doença isquêmica, Doenças valvulares, Síndrome do marca-passo; •Pulmonares – DPOC, Asma, Doenças intersticiais pulmonares e CA; •Causas Diversas - Refluxo gastroesofágico, Ansiedade e hiperventilação, Descondicionamento físico, Obesidade, Gravidez, HAS e Hipertireoidismo;
  • 45. Classificação pela New York Heart Association Classe Funcional I Nenhum sintoma em atividade normal, dispnéia somente com grande esforços. Subir morro, pedalar muito rápido, competição de esqui Classe Funcional II Sintomas em atividades normais, subir escadas, arrumar a cama, carregar uma maior quantidade de compras Classe Funcional III Sintomas com médios esforços, tomar banho, vestir-se Classe Funcional IV Sintomas em repouso
  • 46. Avaliação da Dispnéia Escala de Borg modificada 0 Nenhuma 0.5 Muito, muito, leve 1 Muito leve 2 Leve 3 Moderada 4 Um pouco forte 5 Forte 6 7 Muito forte 8 9 Muito, muito, forte 10 Máxima
  • 47. Avaliação da Dispnéia Escala Numérica 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Nenhuma Máxima
  • 48. Avaliação da Dispnéia Escala Analógica Visual 100 mm Nenhuma Máxima
  • 49. DISPNÉIA: DENOMINAÇÕES ESPECIAIS •Dispnéia de Esforço - É o nome dado ao surgimento ou agravamento da sensação de dispnéia por atividades físicas. •É uma queixa bastante comum e inespecífica entre portadores de pneumo e cardiopatias.
  • 50. Ortopnéia – •Surgimento ou agravamento da sensação de dispnéia com a adoção da posição horizontal; •Tende a ser aliviado, parcial ou totalmente, com a elevação da porção superior do tórax; •Embora mais freqüente em cardíacos, a ortopnéia também pode ser observada em pacientes com asma ou DPOC;. •Também é uma queixa característica de indivíduos portadores de fraqueza da musculatura diafragmática;
  • 51. Dispnéia Paroxística Noturna •Situação na qual o paciente tem seu sono interrompido por uma dramática sensação de falta de ar; •Leva-o a sentar-se no leito, ou mesmo levantar-se e procurar uma área da casa mais ventilada, visando obter alívio da súbita sensação de sufocação;
  • 52. Platipnéia •Nome dado à sensação de dispnéia, que surge ou se agrava com a adoção da posição ortostática; •Pode vir acompanhada de ortodeoxia, ou seja, queda acentuada da SO2 de oxigênio com a posição em pé; •Platipnéia e ortodeoxia são achados clássicos da síndrome hepatopulmonar;
  • 53. Trepopnéia •Trepopnéia - É a sensação de dispnéia, que surge ou piora em uma posição lateral, e desaparece ou melhora com o decúbito lateral oposto; •Queixa não específica, que pode surgir em qualquer doença, comprometendo um pulmão mais intensamente do que o outro.