3. O aluno estuda o material em diferentes situações e ambientes, e a sala de aula passa a ser o lugar de aprender
ativamente com apoio do professor e colaborativamente com os colegas.
5. Gêneros textuais
Segundo Marchuschi (2008), se originam, se integram e se desenvolvem
funcionalmente nas culturas e, para além das questões linguísticas que
os caracterizam, eles são ainda mais caracterizados por suas funções. Sendo
assim, no aprender a ler e escrever há um sentido, uma função!
6. O QUE É SEQUÊNCIA DIDÁTICA?
Para a definição de sequência didática (SD), tomou-se, como referência inicial, o significado
apresentado por Antoni Zabala no livro A prática educativa: como ensinar, publicado na
década de 1990.
O autor usa indistintamente expressões como “unidade didática”, “unidade de programação”
ou “unidades de intervenção pedagógica” para se referir às sequências de atividades
planejadas para a efetivação de objetivos educacionais específicos – ou seja, às sequências
didáticas. Embora não houvesse um padrão no que se refere à terminologia, a SD já era objeto
de interesse da área de educação desde, ao menos, a década de 1970 (GIORDAN, GUIMARÃES e
MASSI, 2011).
7. Antoni Zabala.
[...] um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a
realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim
conhecidos tanto pelos professo- res como pelos alunos. (p. 18)
[...] uma maneira de encadear e articular as diferentes atividades ao longo de uma
unidade didática. (p. 20)
8. Sequência Didática
Segundo Leal, Brandão e Albuquerque (2012), deve ser organizada de forma em
que haverá um momento de apresentação da temática para os estudantes,
seguido de uma produção inicial, desenvolvimento de objetivos (que as autoras
identificam como módulos) e uma produção final. As Sequências Didáticas
também têm como característica partir de um gênero textual, pois o seu objetivo
principal é o ensino e a aprendizagem do gênero escolhido
9. Sequência Didática
Segundo Leal, Brandão e Albuquerque (2012), deve ser organizada de forma em
que haverá um momento de apresentação da temática para os estudantes,
seguido de uma produção inicial, desenvolvimento de objetivos (que as autoras
identificam como módulos) e uma produção final. As Sequências Didáticas
também têm como característica partir de um gênero textual, pois o seu objetivo
principal é o ensino e a aprendizagem do gênero escolhido
10. De acordo com a concepção de Zabala, logo de início cabe expor aos estudantes,
seja verbalmente, seja por meio de um texto ou de outro recurso, algumas
considerações referentes aos seguintes questionamentos:
O que vai ser realizado na SD?
Como vai ser feito?
Por que vai ser feito?
O que se pretende alcançar com a sua aplicação?
Desse modo, é possível afirmar que, na elaboração de uma SD, “[...] está
implícita a preocupação de organizar as aulas previamente, ou seja, planejar o
processo de ensino-aprendizagem” (MACHADO, 2013, p. 34) e de inseri-la no
âmbito de um contrato didático.
A T I V I D A D E S
PLANEJADAS
11. PROFESSOR
PA N E J A M E N T O D E
E NS INO
E S T U D A N T E S
REELABOREM CONHECIMENTOS
ESCOLA
PLANEJAMENTO
P E R C U R S O D A
A P R E N D I Z A G E M
CONHECIMENTO
SEQUE
ˆNCIA
D I D A
´
T I C A
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+
14. METODOLOGIAS ATIVAS
O uso das as metodologias ativas baseiam-se em novas formas de desenvolver
o processo de aprendizagem, utilizando experiências reais ou simuladas,
objetivando criar condições de solucionar, em diferentes contextos, os
desafios advindos das atividades essenciais da prática social. (BERBEL, 2011).
Conceito de Ativo: agir, acionar, ativar, dinâmico, ágil,
…
15. A Pirâmide de Willian Glasser mostrada na imagem abaixo, enfatiza a importância do uso de
métodos ativos de ensino na aprendizagem significativa dos conteúdos.
16. PORQUE UTILIZAR METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO?
➔ Necessidade de acompanhar as reais necessidades da sociedade moderna;
➔ Formação dos docentes com a intenção de transformar suas práticas de ensino;
➔ Utilizar tecnologias que auxiliam o processo de ensino e aprendizagem;
➔ Para que o discente faça uma reflexão e problematização da realidade.
17. TIPOS DE METODOLOGIAS ATIVAS
Existem diferentes tipos de metodologias ativas que podem ser utilizadas
em contextos variados. Com elas é possível garantir maior engajamento
dos alunos, que, por sua vez, têm maior autonomia sobre seus estudos.
Vamos ver alguns exemplos?
18. ALGUNS TIPOS DE METODOLOGIAS ATIVAS
➔ Gamificação
➔ Ensino híbrido
➔ Júri simulado
➔ Mapa conceitual
➔ Estudo de caso
➔ Sala de aula invertida
➔ Tempestade cerebral
➔ Aula expositiva dialogada
➔ Aprendizagem entre pares
➔ Aprendizagem baseada em problemas;
➔ Aprendizagem baseada em projetos
19. GAMIFICAÇÃO
➔ Objetiva promover a experiência dos jogos no ensino, de forma a gerar mais
engajamento e dar uma maior dinamicidade à realização das atividades;
➔ As práticas colaborativas e cooperativas compõem a mecânica que norteia os
jogos e as ações gamificadas;
➔ Favorece a consolidação de uma inteligência coletiva;
➔ Permite ao discente uma avaliação constante.
20. ENSINO HÍBRIDO
O ensino híbrido caracteriza-se como um programa de educação
formal que mescla momentos em que o aluno estuda os
conteúdos usando recursos on-line e outros em que o estudo
ocorre em uma sala de aula e o aluno pode interagir com outros
alunos e com o professor.
21. JÚRI SIMULADO
É a simulação de um tribunal judiciário, onde divididos em três grupos
(dois grupos de debatedores e um júri popular), os alunos debatem
sobre um tema proposto até chegar a uma decisão tomada pelo júri.
22. MAPA CONCEITUAL
➔ Um mapa conceitual é um diagrama ou ferramenta gráfica que concebe de
forma visual as analogias entre conceitos e ideias;
➔ Auxilia o educador no ajuste do planejamento aos conhecimentos prévios do
aluno;
➔ Exige do aluno um esforço para percorrer caminhos diferentes na construção do
seu conhecimento;
➔ Permite o aluno representar um conjunto de conceitos conexos de forma
expressiva.
23. ESTUDO DE CASO
➔ São relatos de situações do mundo real, apresentadas aos estudantes com a
finalidade de ensiná-los, preparando-os para a resolução de problemas reais;
➔ É uma abordagem ativa e colaborativa, que promove o desenvolvimento da
autonomia;
➔ Os casos são construídos em torno de objetivos de aprendizagem (habilidades e
competências).
24. SALA DE AULA INVERTIDA
➔ O estudante passa a realizar atividades em todos os momentos: antes, durante e
depois da aula, cabendo ao professor (auxiliador) identificar e atribuir o peso de
cada uma dessas atividades desenvolvidas, a partir dos objetivos pedagógicos
que deseja alcançar;
➔ Os alunos são incentivados a participar das atividades on-line e das presenciais,
sendo que o professor trabalha as dificuldades dos alunos ao invés de fazer
apresentações sobre o conteúdo da disciplina.
25.
26. TEMPESTADE CEREBRAL
➔ É um método usado para criar e explorar a capacidade
criativa de indivíduos ou grupos;
➔ Na avaliação é importante analisar a observação das
habilidades dos estudantes na apresentação das idéias
quanto a sua concisão, logicidade, aplicabilidade e
pertinência, bem como seu desempenho na descoberta
de soluções apropriadas ao problema apresentado.
27. AULA EXPOSITIVA DIALOGADA
➔ A aula expositiva dialogada surge como uma alternativa às
aulas expositivas, em uma concepção de educação bancária;
➔ Compreende o eu e o outro em uma relação dialógica e ética;
➔ Foca na atividade reflexiva e na participação dos educandos.
28. APRENDIZAGEM ENTRE PARES OU TIMES
➔ A aprendizagem entre pares (ou times), também conhecida como peer
instruction ou team based learning, é uma metodologia ativa que incentiva o
debate e a reflexão em conjunto;
➔ A “aprendizagem entre times” apoia a formação de equipes dentro de
determinada turma para que o aprendizado seja feito em conjunto e haja
compartilhamento de ideias.
29. APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS
➔ Os estudantes observam uma parcela da realidade, definem
um problema de estudo até a realização de algum grau de
intervenção naquela parcela da realidade, a fim de contribuir
para a sua transformação;
➔ O professor assume um papel de orientador e o aluno um
papel ativo.
30. APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS
➔ Aprendizagem baseada em projetos é uma metodologia de aprendizagem em
que os alunos se envolvem com tarefas e desafios para resolver um problema ou
desenvolver um projeto que tenha ligação com a sua vida fora da sala de aula e
ao final do período realizam uma apresentação;
➔ Adota o princípio da aprendizagem colaborativa, baseada no trabalho coletivo;
➔ Favorece a interdisciplinaridade.
31. Por fim, é possível destacar a existência de vários benefícios tanto para a
comunidade acadêmica quanto para a instituição de ensino com a utilização das
metodologias ativas. Entre os benefícios para os alunos, vale destacar:
adquirir mais autonomia;
desenvolver confiança;
enxergar o aprendizado como algo tranquilo;
tornarem-se aptos a resolver problemas;
tornarem-se profissionais mais qualificados e valorizados;
tornarem-se protagonistas do seu aprendizado.
QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DAS METODOLOGIAS ATIVAS?
32. Como fazer uma sequência didática: exemplos de gêneros textuais
Professora Bruna Fraga.
I. Apresentação da situação: roda de leitura com o livro “A revolta dos gizes de
cera”, de Drew Daywalt.
Avalição diagnóstica.
Primeira produção: cada criança realizou, individualmente e sem
intervenção, uma carta para a personagem principal do livro, o
Diego. Esta primeira produção serve como uma avaliação
diagnóstica para observar os conhecimentos prévios das crianças.
33. .
Módulo 1: foi realizada, coletivamente, uma exploração das características do
gênero carta e criado um painel que ficava acessível para as crianças consultarem.
"Características: A carta pessoal, para além da estrutura básica de todas as epístolas (outro
nome para carta), também tem algumas características particulares.
• Marcas de pessoalidade na linguagem.
• Interlocução direta.
• Discussão de temas.
• Levar cartas escritas para poder explorar “ ver e mexer nos gêneros” , trazer gêneros
físicos para os alunos.
• Ampliar o repertório dos estudantes. “saudações”
"Veja mais sobre "Carta pessoal" em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-pessoal.htm
34. .
Módulo 2: realização de uma escrita coletiva de carta, considerando as características
aprendidas anteriormente.
• Fazer boa intervenções no percussor do processor da aprendizagem:
• Possibilitar a criação do conceito pelo estudante - alguém sabe me dizer o que é?
O quê?
Por quê?
Para quê?
Para quem?
Como?
• O personagem “Diego” respondia as cartas
35. .
Módulo 3: as crianças estudaram sobre o suporte da carta, bem como o envelope e como
eram enviadas. Também escreveram e enviaram cartas para os colegas, vivenciando, então,
a funcionalidade deste gênero.
• Fazer boa intervenções no processor da aprendizagem .
"Veja mais sobre "Carta pessoal" em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-pessoal.htm
36. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANASTASIOU, Lea das Graças Camargo; ALVES, Leonir Pessate. Processos de ensinagem na
universidade: Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Ed. Joinville, SC,2007
ZABALA, A. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
BERBEL, N. A. N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Ciências
Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011
BERGMANN, J., & Sams, A. Sala de Aula Invertida: Uma Metodologia Ativa de Aprendizagem
(1 ed.). (A. C. Serra, Trad.) Rio Janeiro: LTC.2012
SANTOS, Taciana da Silva. Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem. Olinda-PE, 2019
FREIRE, P
. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2006.