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Síndrome Nefrótica
DRA HELOISA FUJINAKA
Definição
 Sindrome clinicolaboratorial decorrente do aumento da permeabilidade
glomerular às proteínas plasmáticas
 Proteinúria maciça
 Hipoalbuminemia
 Edema
 Hipercolesterolemia
Síndrome Nefrótica
 PRIMÁRIA
 Lesões mínimas
 GESF
 Membranosa
 Membranoproliferativa
 SECUNDÁRIA
 LES
 Diabete melito
 CMV
 Hepatite
 SIDA
 Linfoma
Fisiopatologia
alteração permeabilidade membrana glomerular
filtração anormal de proteínas
reabsorção tubular máxima
hipoalbuminemia
proteinúria diminui pressão oncótica
retenção água e sal
edema
aumenta síntese hepática de lipoproteínas
e fatores de coagulação hipovolemia
hiperlipidemia e hipergougulabilidade secreção de aldosterona e
HAD
Fisiopatologia
Quadro Clínico
 Edema matinal palpebral
 Edema MMII
 Ascite
 Derrame pleural
Edema
 SURGE QUANDO ALBUMINA < 2,5GR/dl
 Redução da pressão oncótica
 Transudação de liquido para o espaço intersticial
 Redução do volume intravascular
 Aumento da reabsorção de Na (hiperaldosteronismo) e água ( ADH)
HIPERLIPIDEMIA
 AUMENTO DE COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES E LIPOPROTEÍNAS :
 HIPOALBUMINEMIA : acarreta em aumento da síntese protéica hepática, inclusive
de lipoproteínas, fato este que associado à redução da lipase e catabolismo
lipídico, levam à hiperlipidemia
Complicações
 Hipercoagulabilidade
• 10% adultos e 2% das crianças
• Albumina <2g/dl
• Trombose de veia renal: dor em flanco e hematúria
• TEP
• TVP
Complicações
 > susceptibidade às infecções bacterianas
 Peritonite (infecção mais comum)
 Streptococcus pneumoniae
 Gram negativos
 Sepsis, pneumonias, celulites, I.T.U.
 Deve-se vacinar com vacina pneumocócica polivalente quando em fase de remissão
Tratamento
 Medidas gerais
 Restrição de sal durante atividade da doença
 Evitar repouso no leito
 Antibiótico profilático se ascite
 Diuréticos:
 edema importante
 hemodinamicamente estáveis
 albumina > 1,8g/dl
 furosemida ou espironolactona
 Albumina
Glomerulopatia de LM
 Podocitopatia
 Alteração da permeabilidade membrana basal glomerular
Glomerulopatia de LM
 80% das síndrome nefrótica em crianças
 Faixa etária mais frequente 1-8 anos
 Pode cursar com períodos de remissão e atividade
Tratamento inicial
 PREDNISONA :
 Inicial : 2mg/kg/d ou 60mg/m2 (max. 80mg) / 4 semanas – Adultos 1mg/kg
 Resposta em 50% casos dentro de 8 dias
 Resposta em 80% casos dentro de 1 mês
 Maioria responde dentro de 2 semanas
 OBJETIVOS DO TRATAMENTO:
 Ausência de proteinúria por 5 dias consecutivos
 Normalização da albumina sérica
Tratamento
 Desmame: inicia-se quando houver remissão completa
 Recidiva
 Sem resposta em 4 semanas
 pulsoterapia : metilprednisolona
 20-30mg/kg/dose dias alternados
 6 pulsos ( mínimo 3 e máximo 8 )
 Sem resposta
 córtico-resistente
Terapia alternativa
 AGENTES ALQUILANTES :
 CICLOFOSFAMIDA OU CLORAMBUCIL
 Dose : 3mg/kg/dia por 8 semanas
 Efeitos colaterais : leucopenia, varicela disseminada, cistite hemorrágica, alopécia, esterilidade
 INDICAÇÕES :
 FALHA DA CORTICO-TERAPIA
 GRAVE TOXICIDADE AO CORTICOSTEROIDE
 RECAÍDAS FREQUENTES
Resposta após 1 mês de corticoterapia
 78% respondem :
 92% lesão mínima
 8% outras(3% esclerose focal)
 22% não respondem :
 25% lesão mínima
 25% esclerose focal
 25% proliferação mesangial
 25% outras lesões
 Pobre prognóstico : hematúria, hipertensão, complemento baixo
Indicações de biópsia renal
 Inicio antes primeiro ano de vida
 Adultos
 C3 baixo
 IRA não atribuida à hipovolemia
 Córtico-resistente
GESF
GESF
 Causa mais comum de sd. nefrótica
 Primária ou secundária
 em 10% de crianças com Sd. nefrótica
 em 35% dos adultos com Sd. nefrótica
 Pouca resposta a corticosteroides
 50% de evolução para IRC em 10 anos
GESF
GN Membranosa
 2ª mais comum de síndrome nefrótica em adultos
 Idiopática (85%)
 Causas secundárias
- drogas: penicilamina, captopril, ouro, AINE
- câncer (CA de pulmão/colon, melanoma)
- LES
- infecções
 Depósitos subepiteliais de imunocomplexos
Síndrome Nefrítica
Conceito
 Processo inflamatório agudo que envolve os glomérulos renais
 Hematúria
 Hipertensão
 Edema
 Proteinúria não nefrótica
 Oligúria
Causas
PRIMÁRIAS
 Glomerulonefrite difusa aguda
 Doença Berger
 GN membranoproliferativa,
 GN por imunocomplexos idiopática
 GN anti-MBG.
SECUNDÁRIAS
 LES
 Púrpura de Henoch-Schölein
 PAN microscópica
 Granulomatose de Wegener
 Crioglobulinemia Mista
 Doença de Goodpasture
GNDA Pós-estreptocócica
 Estreptococo beta hemolítico grupo A
 Cepa nefritogênica
 Faringite: 12, 18, 25
 Impetigo: 2, 49, 55
 Incidência: 5% a 10% dos infectados
 Escolares (6 a 8 anos)
 Raro antes de 2 anos
EPIDEMIOLOGIA
 Acomete mais meninos do que meninas ( 2:1 ).
 Na faixa pré-escolar (2-6 anos ), a GNPE é mais comum
após piodermites.
 Na faixa escolar e adolescência (6-15 anos) é mais
freqüente após faringoamigdalites.
 A freqüência da doença tem diminuído nas últimas
décadas.
GNDA - fisipatologia
 Estreptococcia  Ligação de antígenos no tecido glomerular
renal  deposição de imunocomplexos e ativação do
complemento  processo inflamatório agudo  diminuição
da filtração glomerular  oligúria  retenção de Na+ e água
 edema + hipertensão arterial + congestão .
GNDA
 Glomérulos.  volume
 Proliferação células
mesângiais e células
endoteliais
 Infiltrado inflamatório
  espaço urinário
GNDA
GNDA Normal
GNDA (pós estreptocócica
Microscopia ótica: proliferação difusa com
proeminente influxo de neutrófilos (GN exsudativa)
Imunofluorescência (IF): grosseiro e difuso
aumento de C3
Microscopia eletrônica (ME): depósitos
subendoteliais e condensação do citoesqueleto
no citoplasma epitelial adjacente
GNDA
Manifestações Clínicas
 7 a 21 dias após infecção
 Sintomas inespecíficos
 Hematúria: microscópica / macroscópica
 Edema: bipalpeb. duro, intensidade variável
 Hipertensão: leve, moderada, urgência / emergência
 Congestão circulatória (H2O+Na) até ICC
 Insuficiência renal aguda
GNDA
Hipervolemia
Diminuição volume urinário
Aumento volume plasmático
Diminuição
RGF
Reações inflamatórias
glomerulares
Agressão Imunológica
GNDA
Encefalopatia Hipertensiva
ICC
Hipertensão Arterial
Hipervolemia
GNDA
IRA
Elevação de escórias
Oligúria
Diminuição
RFG
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 EAS
 Proteinúria < que 3,5 g em 24 horas. A normalização
pode levar de 2 a 5 anos.
 Hematúria : pode ser micro ou macroscópica. A
hematúria microscópica pode demorar de 6 a 12
meses para retornar ao normal.
 Cilindrúria : cilindros hemáticos, cilindros leucocitários.
GNDA
Diagnóstico
 Infecção estreptocócica prévia (7 a 21 dias)
 ASLO, antihialuronidase, desoxirubonuclease
 Complemento sérico baixo transitoriamente
 História pregressa e exame físico
 Biópsia: só em casos especiais
DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO
 INDICAÇÕES DE BIÓPSIA RENAL
 Ausência de evidências de infecção estreptocócica.
 Desenvolvimento de insuficiência renal aguda progressiva ou
síndrome nefrótica.
 Oligúria por mais de uma semana.
 Hipocomplementenemia que ultrapassa 8 semanas
 Ausência de hipocomplementenemia.
 Doença sistêmica.
 Persistência de hematúria ou proteinúria acentuada.
 GNDA de repetição
GNDA
Evolução
 2ª semana: diurese, edema e Congestão circulatória
 Hematúria macro: 3 semanas
 Hematúria micro: 6 a 12 meses/ 2 anos
 Proteinúria discreta:3 a 6 meses
 Uréia, creatinina: 2 a 3 semanas
 C3 6 a 8 semanas
TRATAMENTO
 CUIDADOS GERAIS
 Peso diário.
 Volume urinário diário.
 Medidas freqüentes da PA.
 Repouso relativo.
 Restrição hídrica.
 Dieta hipossódica (< de 2 g de sal/dia).
GNDA
Prognóstico
 Excelente após fase aguda
 95% recuperação glomerular total
 Adultos com pior prognóstico
 Acompanhamento ambulatorial longo prazo
 PA, Função Renal, Proteinúria, C3
 Hematúria; recidiva macroscópica IVAS
GN Crescêntica
 Forma grave de lesão glomerular e representa uma das poucas
emergências
 Ruptura da MBG, com consequente afluxo de mediadores inflamatórios e
leucócitos
GN Crescêntica
 Pior prognóstico
 Sobrevida renal 10% em 3 anos
 Corticoterapia
Causas
PRIMÁRIAS
 Glomerulonefrite difusa aguda
 Doença Berger
 GN membranoproliferativa,
 GN por imunocomplexos idiopática
 GN anti-MBG.
SECUNDÁRIAS
 LES
 Púrpura de Henoch-Schölein
 PAN microscópica
 Granulomatose de Wegener
 Crioglobulinemia Mista
 Doença de Goodpasture
Nefrítica x Nefrótica
SÍNDROME NEFRÍTICA SÍNDROME NEFRÓTICA
Hematúria Sem hematúria
Proteinúria moderada Proteinúria maciça
Albumina plasmática normal Hipoalbuminemia
Edema moderado Edema generalizado
Colesterol normal Hipercolesteromia
Glomérulos: inflamação Glomérulos: c/ ou s/ inflamação
Pressão arterial elevada Pressão arterial normal ou baixa
Nefrítica e Nefrótica
 LES
 Dça de Berger
 GN Membranoproliferativa
 GESF

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Síndrome Nefrótica - Nefrologia - Medicina Interna

  • 2. Definição  Sindrome clinicolaboratorial decorrente do aumento da permeabilidade glomerular às proteínas plasmáticas  Proteinúria maciça  Hipoalbuminemia  Edema  Hipercolesterolemia
  • 3. Síndrome Nefrótica  PRIMÁRIA  Lesões mínimas  GESF  Membranosa  Membranoproliferativa  SECUNDÁRIA  LES  Diabete melito  CMV  Hepatite  SIDA  Linfoma
  • 4. Fisiopatologia alteração permeabilidade membrana glomerular filtração anormal de proteínas reabsorção tubular máxima hipoalbuminemia proteinúria diminui pressão oncótica retenção água e sal edema aumenta síntese hepática de lipoproteínas e fatores de coagulação hipovolemia hiperlipidemia e hipergougulabilidade secreção de aldosterona e HAD
  • 6. Quadro Clínico  Edema matinal palpebral  Edema MMII  Ascite  Derrame pleural
  • 7. Edema  SURGE QUANDO ALBUMINA < 2,5GR/dl  Redução da pressão oncótica  Transudação de liquido para o espaço intersticial  Redução do volume intravascular  Aumento da reabsorção de Na (hiperaldosteronismo) e água ( ADH)
  • 8. HIPERLIPIDEMIA  AUMENTO DE COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES E LIPOPROTEÍNAS :  HIPOALBUMINEMIA : acarreta em aumento da síntese protéica hepática, inclusive de lipoproteínas, fato este que associado à redução da lipase e catabolismo lipídico, levam à hiperlipidemia
  • 9. Complicações  Hipercoagulabilidade • 10% adultos e 2% das crianças • Albumina <2g/dl • Trombose de veia renal: dor em flanco e hematúria • TEP • TVP
  • 10. Complicações  > susceptibidade às infecções bacterianas  Peritonite (infecção mais comum)  Streptococcus pneumoniae  Gram negativos  Sepsis, pneumonias, celulites, I.T.U.  Deve-se vacinar com vacina pneumocócica polivalente quando em fase de remissão
  • 11. Tratamento  Medidas gerais  Restrição de sal durante atividade da doença  Evitar repouso no leito  Antibiótico profilático se ascite  Diuréticos:  edema importante  hemodinamicamente estáveis  albumina > 1,8g/dl  furosemida ou espironolactona  Albumina
  • 12. Glomerulopatia de LM  Podocitopatia  Alteração da permeabilidade membrana basal glomerular
  • 13. Glomerulopatia de LM  80% das síndrome nefrótica em crianças  Faixa etária mais frequente 1-8 anos  Pode cursar com períodos de remissão e atividade
  • 14. Tratamento inicial  PREDNISONA :  Inicial : 2mg/kg/d ou 60mg/m2 (max. 80mg) / 4 semanas – Adultos 1mg/kg  Resposta em 50% casos dentro de 8 dias  Resposta em 80% casos dentro de 1 mês  Maioria responde dentro de 2 semanas  OBJETIVOS DO TRATAMENTO:  Ausência de proteinúria por 5 dias consecutivos  Normalização da albumina sérica
  • 15. Tratamento  Desmame: inicia-se quando houver remissão completa  Recidiva  Sem resposta em 4 semanas  pulsoterapia : metilprednisolona  20-30mg/kg/dose dias alternados  6 pulsos ( mínimo 3 e máximo 8 )  Sem resposta  córtico-resistente
  • 16. Terapia alternativa  AGENTES ALQUILANTES :  CICLOFOSFAMIDA OU CLORAMBUCIL  Dose : 3mg/kg/dia por 8 semanas  Efeitos colaterais : leucopenia, varicela disseminada, cistite hemorrágica, alopécia, esterilidade  INDICAÇÕES :  FALHA DA CORTICO-TERAPIA  GRAVE TOXICIDADE AO CORTICOSTEROIDE  RECAÍDAS FREQUENTES
  • 17. Resposta após 1 mês de corticoterapia  78% respondem :  92% lesão mínima  8% outras(3% esclerose focal)  22% não respondem :  25% lesão mínima  25% esclerose focal  25% proliferação mesangial  25% outras lesões  Pobre prognóstico : hematúria, hipertensão, complemento baixo
  • 18. Indicações de biópsia renal  Inicio antes primeiro ano de vida  Adultos  C3 baixo  IRA não atribuida à hipovolemia  Córtico-resistente
  • 19. GESF
  • 20. GESF  Causa mais comum de sd. nefrótica  Primária ou secundária  em 10% de crianças com Sd. nefrótica  em 35% dos adultos com Sd. nefrótica  Pouca resposta a corticosteroides  50% de evolução para IRC em 10 anos
  • 21. GESF
  • 22. GN Membranosa  2ª mais comum de síndrome nefrótica em adultos  Idiopática (85%)  Causas secundárias - drogas: penicilamina, captopril, ouro, AINE - câncer (CA de pulmão/colon, melanoma) - LES - infecções  Depósitos subepiteliais de imunocomplexos
  • 24. Conceito  Processo inflamatório agudo que envolve os glomérulos renais  Hematúria  Hipertensão  Edema  Proteinúria não nefrótica  Oligúria
  • 25. Causas PRIMÁRIAS  Glomerulonefrite difusa aguda  Doença Berger  GN membranoproliferativa,  GN por imunocomplexos idiopática  GN anti-MBG. SECUNDÁRIAS  LES  Púrpura de Henoch-Schölein  PAN microscópica  Granulomatose de Wegener  Crioglobulinemia Mista  Doença de Goodpasture
  • 26. GNDA Pós-estreptocócica  Estreptococo beta hemolítico grupo A  Cepa nefritogênica  Faringite: 12, 18, 25  Impetigo: 2, 49, 55  Incidência: 5% a 10% dos infectados  Escolares (6 a 8 anos)  Raro antes de 2 anos
  • 27. EPIDEMIOLOGIA  Acomete mais meninos do que meninas ( 2:1 ).  Na faixa pré-escolar (2-6 anos ), a GNPE é mais comum após piodermites.  Na faixa escolar e adolescência (6-15 anos) é mais freqüente após faringoamigdalites.  A freqüência da doença tem diminuído nas últimas décadas.
  • 28. GNDA - fisipatologia  Estreptococcia  Ligação de antígenos no tecido glomerular renal  deposição de imunocomplexos e ativação do complemento  processo inflamatório agudo  diminuição da filtração glomerular  oligúria  retenção de Na+ e água  edema + hipertensão arterial + congestão .
  • 29. GNDA  Glomérulos.  volume  Proliferação células mesângiais e células endoteliais  Infiltrado inflamatório   espaço urinário
  • 31. GNDA (pós estreptocócica Microscopia ótica: proliferação difusa com proeminente influxo de neutrófilos (GN exsudativa) Imunofluorescência (IF): grosseiro e difuso aumento de C3 Microscopia eletrônica (ME): depósitos subendoteliais e condensação do citoesqueleto no citoplasma epitelial adjacente
  • 32. GNDA Manifestações Clínicas  7 a 21 dias após infecção  Sintomas inespecíficos  Hematúria: microscópica / macroscópica  Edema: bipalpeb. duro, intensidade variável  Hipertensão: leve, moderada, urgência / emergência  Congestão circulatória (H2O+Na) até ICC  Insuficiência renal aguda
  • 33. GNDA Hipervolemia Diminuição volume urinário Aumento volume plasmático Diminuição RGF Reações inflamatórias glomerulares Agressão Imunológica
  • 36. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL  EAS  Proteinúria < que 3,5 g em 24 horas. A normalização pode levar de 2 a 5 anos.  Hematúria : pode ser micro ou macroscópica. A hematúria microscópica pode demorar de 6 a 12 meses para retornar ao normal.  Cilindrúria : cilindros hemáticos, cilindros leucocitários.
  • 37. GNDA Diagnóstico  Infecção estreptocócica prévia (7 a 21 dias)  ASLO, antihialuronidase, desoxirubonuclease  Complemento sérico baixo transitoriamente  História pregressa e exame físico  Biópsia: só em casos especiais
  • 38. DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO  INDICAÇÕES DE BIÓPSIA RENAL  Ausência de evidências de infecção estreptocócica.  Desenvolvimento de insuficiência renal aguda progressiva ou síndrome nefrótica.  Oligúria por mais de uma semana.  Hipocomplementenemia que ultrapassa 8 semanas  Ausência de hipocomplementenemia.  Doença sistêmica.  Persistência de hematúria ou proteinúria acentuada.  GNDA de repetição
  • 39. GNDA Evolução  2ª semana: diurese, edema e Congestão circulatória  Hematúria macro: 3 semanas  Hematúria micro: 6 a 12 meses/ 2 anos  Proteinúria discreta:3 a 6 meses  Uréia, creatinina: 2 a 3 semanas  C3 6 a 8 semanas
  • 40. TRATAMENTO  CUIDADOS GERAIS  Peso diário.  Volume urinário diário.  Medidas freqüentes da PA.  Repouso relativo.  Restrição hídrica.  Dieta hipossódica (< de 2 g de sal/dia).
  • 41. GNDA Prognóstico  Excelente após fase aguda  95% recuperação glomerular total  Adultos com pior prognóstico  Acompanhamento ambulatorial longo prazo  PA, Função Renal, Proteinúria, C3  Hematúria; recidiva macroscópica IVAS
  • 42. GN Crescêntica  Forma grave de lesão glomerular e representa uma das poucas emergências  Ruptura da MBG, com consequente afluxo de mediadores inflamatórios e leucócitos
  • 43. GN Crescêntica  Pior prognóstico  Sobrevida renal 10% em 3 anos  Corticoterapia
  • 44. Causas PRIMÁRIAS  Glomerulonefrite difusa aguda  Doença Berger  GN membranoproliferativa,  GN por imunocomplexos idiopática  GN anti-MBG. SECUNDÁRIAS  LES  Púrpura de Henoch-Schölein  PAN microscópica  Granulomatose de Wegener  Crioglobulinemia Mista  Doença de Goodpasture
  • 45. Nefrítica x Nefrótica SÍNDROME NEFRÍTICA SÍNDROME NEFRÓTICA Hematúria Sem hematúria Proteinúria moderada Proteinúria maciça Albumina plasmática normal Hipoalbuminemia Edema moderado Edema generalizado Colesterol normal Hipercolesteromia Glomérulos: inflamação Glomérulos: c/ ou s/ inflamação Pressão arterial elevada Pressão arterial normal ou baixa
  • 46. Nefrítica e Nefrótica  LES  Dça de Berger  GN Membranoproliferativa  GESF