O documento discute o movimento Tropicália na música brasileira e seu papel em criticar aspectos da cultura brasileira. Analisa o último disco de Tom Zé, "Tropicália: lixo lógico", que retoma temas da Tropicália e critica aspectos da cultura brasileira contemporânea. Também discute como a Tropicália revolucionou a compreensão da cultura brasileira por meio da música, cinema, teatro e outras artes desde os anos 1960.
Este documento descreve uma pesquisa sobre o Movimento Literário Barroco em Portugal e no Brasil. A pesquisa analisa as origens, características e influências do Barroco nesses países, focando em autores como Padre Antônio Vieira e Gregório de Matos. Também discute a presença continuada de elementos barrocos na literatura moderna.
Nara, gal e rita trajetórias, projetos e migrações das mulheres do tropicalismoLuara Schamó
O documento discute o movimento Tropicalismo no Brasil dos anos 1960 e 1970, analisando principalmente as representações e participações das mulheres no movimento. Apresenta o disco "Tropicália" de 1968 como ponto focal, examinando as imagens femininas representadas e artistas como Nara Leão, Gal Costa e Rita Lee, e como elas transitaram entre representação e prática musical antes e depois do Tropicalismo.
O documento descreve o contexto histórico e artístico do período Barroco na Europa e no Brasil, desde a Reforma Protestante até a literatura do século XVII. A arte Barroca foi marcada pela tensão entre visões opostas e a busca pela harmonia da dissonância. Grandes nomes como Gregório de Matos também são apresentados.
Este documento apresenta um resumo de três capítulos de um livro sobre o tema do jardim e da praça. O autor define esses espaços como símbolos e discute suas características, com o jardim ligado ao espaço privado da casa e a praça ao espaço público da cidade. Ele argumenta que esses espaços refletem dimensões tanto quantitativas quanto qualitativas da existência humana.
O documento apresenta um resumo da obra "Arquiteturas no Brasil 1900-1990", que fornece uma visão abrangente da arquitetura brasileira no século XX sob o signo da releitura do movimento moderno. O livro relaciona as intervenções urbanas do final do século XIX como signos de modernização e identifica as raízes de modernidades paralelas à Semana de Arte Moderna de 1922. A obra caracteriza três linhas distintas de manifestações arquitetônicas no país até a Segunda Guerra Mundial.
O documento resume as principais características do Barroco em Portugal e da Literatura Informativa no Brasil colonial em 3 frases:
1) O Barroco português surgiu após a unificação da Península Ibérica sob domínio espanhol em 1580 e caracterizou-se pela dualidade, fugacidade e tensão religiosa.
2) A Literatura Informativa brasileira dos séculos XVI-XVII consistia em crônicas sobre a terra e os povos indígenas escritas principalmente por jesuítas com fins cate
A Primeira Fase do Modernismo brasileiro ocorreu entre 1922-1930, caracterizada pela pluralidade de linguagens e perspectivas. Os principais autores buscavam definir o movimento através de revistas efêmeras e manifestos como o Pau-Brasil e o Antropofagia, que defendiam uma linguagem original e a redescoberta do Brasil. O período foi marcado por transformações políticas como a Revolução de 1930.
Aula 05 barroco em portugal e literatura informativaJonatas Carlos
O documento descreve o período Barroco em Portugal e no Brasil colonial. Apresenta as principais características do Barroco como o dualismo, a fugacidade e o pessimismo. Também discute a literatura produzida no Brasil no período, que era principalmente de informação e catequese escrita pelos jesuítas. Padre Antônio Vieira é apontado como o grande nome do Barroco português.
Este documento descreve uma pesquisa sobre o Movimento Literário Barroco em Portugal e no Brasil. A pesquisa analisa as origens, características e influências do Barroco nesses países, focando em autores como Padre Antônio Vieira e Gregório de Matos. Também discute a presença continuada de elementos barrocos na literatura moderna.
Nara, gal e rita trajetórias, projetos e migrações das mulheres do tropicalismoLuara Schamó
O documento discute o movimento Tropicalismo no Brasil dos anos 1960 e 1970, analisando principalmente as representações e participações das mulheres no movimento. Apresenta o disco "Tropicália" de 1968 como ponto focal, examinando as imagens femininas representadas e artistas como Nara Leão, Gal Costa e Rita Lee, e como elas transitaram entre representação e prática musical antes e depois do Tropicalismo.
O documento descreve o contexto histórico e artístico do período Barroco na Europa e no Brasil, desde a Reforma Protestante até a literatura do século XVII. A arte Barroca foi marcada pela tensão entre visões opostas e a busca pela harmonia da dissonância. Grandes nomes como Gregório de Matos também são apresentados.
Este documento apresenta um resumo de três capítulos de um livro sobre o tema do jardim e da praça. O autor define esses espaços como símbolos e discute suas características, com o jardim ligado ao espaço privado da casa e a praça ao espaço público da cidade. Ele argumenta que esses espaços refletem dimensões tanto quantitativas quanto qualitativas da existência humana.
O documento apresenta um resumo da obra "Arquiteturas no Brasil 1900-1990", que fornece uma visão abrangente da arquitetura brasileira no século XX sob o signo da releitura do movimento moderno. O livro relaciona as intervenções urbanas do final do século XIX como signos de modernização e identifica as raízes de modernidades paralelas à Semana de Arte Moderna de 1922. A obra caracteriza três linhas distintas de manifestações arquitetônicas no país até a Segunda Guerra Mundial.
O documento resume as principais características do Barroco em Portugal e da Literatura Informativa no Brasil colonial em 3 frases:
1) O Barroco português surgiu após a unificação da Península Ibérica sob domínio espanhol em 1580 e caracterizou-se pela dualidade, fugacidade e tensão religiosa.
2) A Literatura Informativa brasileira dos séculos XVI-XVII consistia em crônicas sobre a terra e os povos indígenas escritas principalmente por jesuítas com fins cate
A Primeira Fase do Modernismo brasileiro ocorreu entre 1922-1930, caracterizada pela pluralidade de linguagens e perspectivas. Os principais autores buscavam definir o movimento através de revistas efêmeras e manifestos como o Pau-Brasil e o Antropofagia, que defendiam uma linguagem original e a redescoberta do Brasil. O período foi marcado por transformações políticas como a Revolução de 1930.
Aula 05 barroco em portugal e literatura informativaJonatas Carlos
O documento descreve o período Barroco em Portugal e no Brasil colonial. Apresenta as principais características do Barroco como o dualismo, a fugacidade e o pessimismo. Também discute a literatura produzida no Brasil no período, que era principalmente de informação e catequese escrita pelos jesuítas. Padre Antônio Vieira é apontado como o grande nome do Barroco português.
1. Os textos comparam a efemeridade da vida, mostrando como tudo passa rapidamente e se transforma, da juventude para a velhice e da vida para a morte.
2. Tanto o poema barroco quanto a canção contemporânea usam antíteses e oposições para expressar essa ideia, como dia e noite, passado e futuro, igual e diferente.
3. A brevidade da vida é o tema central de ambos os textos através dos séculos.
O documento discute a divisão da literatura em períodos históricos e estilos literários, explicando que obras são agrupadas de acordo com o contexto histórico e cultural em que foram produzidas. É feita uma análise detalhada dos principais períodos e estilos da literatura portuguesa, desde a Idade Média até os séculos XIX e XX.
1) O documento descreve as principais escolas literárias brasileiras desde o Quinhentismo até o Simbolismo, com ênfase nas características, objetivos e principais representantes de cada período.
2) Os principais movimentos literários abordados são o Quinhentismo, Barroco, Neoclassicismo/Arcadismo, Romantismo, Realismo/Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo.
3) Cada escola literária é contextualizada historicamente e exemplificada através de seus expoentes mais relevantes.
O documento descreve o Barroco no Brasil, mencionando sua chegada no século XVII através da literatura e das artes, com destaque para a obra do artista Aleijadinho. Também aborda características do estilo barroco como o equilíbrio dinâmico entre partes e a predominância do contraste, além de apresentar alguns dos principais autores da época como Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira.
O documento descreve o modernismo brasileiro no início do século XX, seu surgimento a partir da Semana de Arte Moderna de 1922 e suas principais características. Dividiu-se em três fases distintas, sendo a primeira marcada pelo radicalismo e iconoclastia, buscando romper com estruturas do passado. Publicaram-se diversos manifestos e revistas debatendo propostas estéticas e ideológicas do movimento.
O documento discute o conceito de literatura, seus diferentes tipos e gêneros. A literatura é definida como a arte de criar e compor textos, podendo ser poesia, prosa, ficção ou outros gêneros. Ao longo do tempo, o conceito de literatura foi alterado, passando a ser considerado também como objeto de estudo.
O documento descreve o contexto histórico e literário do Realismo no Brasil no século XIX. Apresenta os principais pensamentos filosóficos e científicos da época, como Positivismo, Evolucionismo e Determinismo. Destaca Machado de Assis como o fundador do Romance Realista brasileiro, com obras como Memórias Póstumas de Brás Cubas. Também menciona Raul Pompéia como um escritor influenciado por diferentes estilos como o Naturalismo.
O documento apresenta um resumo sobre o Pré-Modernismo brasileiro, movimento literário que antecedeu a Semana de Arte Moderna de 1922. O Pré-Modernismo foi marcado pela ruptura com padrões literários do passado e pela denúncia da realidade brasileira, retratando regiões e tipos humanos marginalizados. Entre os principais autores deste período estão Euclides da Cunha, Lima Barreto, Monteiro Lobato e Graça Aranha.
1) A Semana de Arte Moderna de 1922 recebeu fortes críticas por falta de objetivos e princípios claros para o movimento modernista. A produção artística nova também foi mal recebida devido à desinformação dos críticos.
2) Embora tenha sido anunciada como uma mostra futurista, o modernismo brasileiro não se alinhava completamente com o futurismo italiano, buscando uma expressão mais independente e adaptada à realidade local.
3) Os resultados imediatos da Semana incluíram a consolidação
O documento apresenta um resumo sobre a literatura brasileira no período barroco, destacando sua divisão em eras e períodos menores. Discorre sobre os principais autores do barroco no Brasil, com foco em Gregório de Matos, descrevendo características de sua obra como o dualismo e a insatisfação com a vida na colônia.
Plinio marcos um maldito dramaturgo intelectual brasileiroHelciclever Barros
O artigo discute a formação intelectual do dramaturgo brasileiro Plínio Marcos, analisando sua peculiar trajetória e a peça Navalha na Carne. Aborda como Plínio Marcos renovou o teatro brasileiro avaliando críticamente os problemas sociais dos anos 1960-1970 e como sua obra reflete ideias libertinas do século XVII.
O documento discute a poesia concreta no Brasil dos anos 1950 e 1960, apresentando: 1) Seu surgimento no contexto cultural da época; 2) Os poetas pioneiros do movimento concretista liderado por Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos através da revista Noigandres; 3) Como a poesia concreta rompeu com as regras formais da versificação e propôs o poema como objeto que explora recursos visuais, sonoros e semânticos.
1. O documento discute o Barroco como o primeiro grande período artístico no Brasil, destacando a figura do Aleijadinho na arte plástica e do poeta Gregório de Matos na literatura.
2. Apresenta um soneto de Gregório de Matos criticando a inconstância dos bens mundanos através de contrastes como dia/noite e alegria/tristeza, característico do estilo barroco.
3. Discute a presença do tema do conflito entre elementos mundanos e forças sagradas
Este artigo compara as representações urbanas em Viagens na minha terra de Almeida Garret e Em busca de Curitiba perdida de Dalton Trevisan. Embora produzidos em épocas diferentes, os livros compartilham preocupações políticas e estéticas sobre Portugal e Curitiba em momentos de grandes transformações históricas. O artigo analisa como os autores refletem sobre a noção de sujeito pensando sua cidade e país.
Pm memorial (padre bartolomeu) e camões (sete anos de pastor) - grupo ii (...Paula Marçal
A educação e o ensino são as armas mais poderosas para mudar o mundo, segundo Nelson Mandela. A educação permite que as pessoas desenvolvam capacidades para melhorar suas vidas e a sociedade. Ao longo da história, a educação promoveu avanços científicos, sociais e econômicos que transformaram nações.
O documento descreve o Modernismo no Brasil, incluindo sua introdução no início do século XX como uma reação contra o tradicionalismo, sua consolidação com temas nacionalistas e regionalistas, e sua continuação até os dias atuais. Eventos importantes como a Semana de Arte Moderna de 1922 e o Movimento Antropófago são detalhados, assim como artistas e obras chave do período.
O documento discute o artigo de 1949 de Fernando Lopes-Graça na revista Vértice sobre o valor estético, pedagógico e patriótico da canção popular portuguesa. Lopes-Graça criticou a falta de conhecimento das classes intelectuais sobre o povo e suas manifestações culturais. Ele também apresentou duas canções populares portuguesas com harmonizações simples para aproximar a arte do público, em linha com os ideais neo-realistas.
O documento descreve o período pré-modernista da literatura brasileira, caracterizado como uma fase de transição entre os movimentos literários do final do século XIX e início do século XX. Apresenta as principais tendências, autores e obras representativas desse período, como Os Sertões de Euclides da Cunha e Triste Fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto, que começaram a retratar a realidade brasileira de forma mais crítica.
Manuel Teixeira Gomes descrito por Maria João Raminhos DuarteLoulet
Manuel Teixeira Gomes foi um influente escritor e político português cuja vasta obra literária refletia o Algarve e figuras da época. Sua visão estética clássica e pagã entrou em conflito com a moral conservadora do regime ditatorial, que tentou obscurecer sua reputação por seu republicanismo e sensualidade nas obras.
Este documento discute a relação entre história e memória. Ele apresenta diferentes perspectivas sobre memória de autores como Jacques Le Goff, Ecléa Bosi e Josep Fontana. Além disso, sugere atividades para analisar como nomes de ruas e lugares preservam a memória do passado de uma cidade.
O movimento Tropicália surgiu no Brasil em 1967 como uma fusão musical entre estilos brasileiros e internacionais que refletia a agitação política e social do período da ditadura militar. Os artistas tropicalistas misturavam gêneros como erudito, popular e rock em shows e músicas provocativas que questionavam a censura e valores conservadores da época. Apesar de efêmero, o Tropicália influenciou profundamente a cultura brasileira ao promover a abertura, pluralidade e sincretismo entre diferentes lingu
Música asa branca e livro vidas secas Intertextualidade, Antropofagia e Tropi...Wesley Germano Otávio
O documento analisa como a música "Asa Branca" de Luiz Gonzaga e o livro "Vidas Secas" de Graciliano Ramos abordam o contexto da seca no Nordeste brasileiro e a migração de nordestinos em busca de melhores condições de vida. Ambas as obras retratam a paisagem árida da região durante a estiagem, a dificuldade enfrentada pelos animais e o êxodo rural dos personagens rumo às cidades.
1. Os textos comparam a efemeridade da vida, mostrando como tudo passa rapidamente e se transforma, da juventude para a velhice e da vida para a morte.
2. Tanto o poema barroco quanto a canção contemporânea usam antíteses e oposições para expressar essa ideia, como dia e noite, passado e futuro, igual e diferente.
3. A brevidade da vida é o tema central de ambos os textos através dos séculos.
O documento discute a divisão da literatura em períodos históricos e estilos literários, explicando que obras são agrupadas de acordo com o contexto histórico e cultural em que foram produzidas. É feita uma análise detalhada dos principais períodos e estilos da literatura portuguesa, desde a Idade Média até os séculos XIX e XX.
1) O documento descreve as principais escolas literárias brasileiras desde o Quinhentismo até o Simbolismo, com ênfase nas características, objetivos e principais representantes de cada período.
2) Os principais movimentos literários abordados são o Quinhentismo, Barroco, Neoclassicismo/Arcadismo, Romantismo, Realismo/Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo.
3) Cada escola literária é contextualizada historicamente e exemplificada através de seus expoentes mais relevantes.
O documento descreve o Barroco no Brasil, mencionando sua chegada no século XVII através da literatura e das artes, com destaque para a obra do artista Aleijadinho. Também aborda características do estilo barroco como o equilíbrio dinâmico entre partes e a predominância do contraste, além de apresentar alguns dos principais autores da época como Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira.
O documento descreve o modernismo brasileiro no início do século XX, seu surgimento a partir da Semana de Arte Moderna de 1922 e suas principais características. Dividiu-se em três fases distintas, sendo a primeira marcada pelo radicalismo e iconoclastia, buscando romper com estruturas do passado. Publicaram-se diversos manifestos e revistas debatendo propostas estéticas e ideológicas do movimento.
O documento discute o conceito de literatura, seus diferentes tipos e gêneros. A literatura é definida como a arte de criar e compor textos, podendo ser poesia, prosa, ficção ou outros gêneros. Ao longo do tempo, o conceito de literatura foi alterado, passando a ser considerado também como objeto de estudo.
O documento descreve o contexto histórico e literário do Realismo no Brasil no século XIX. Apresenta os principais pensamentos filosóficos e científicos da época, como Positivismo, Evolucionismo e Determinismo. Destaca Machado de Assis como o fundador do Romance Realista brasileiro, com obras como Memórias Póstumas de Brás Cubas. Também menciona Raul Pompéia como um escritor influenciado por diferentes estilos como o Naturalismo.
O documento apresenta um resumo sobre o Pré-Modernismo brasileiro, movimento literário que antecedeu a Semana de Arte Moderna de 1922. O Pré-Modernismo foi marcado pela ruptura com padrões literários do passado e pela denúncia da realidade brasileira, retratando regiões e tipos humanos marginalizados. Entre os principais autores deste período estão Euclides da Cunha, Lima Barreto, Monteiro Lobato e Graça Aranha.
1) A Semana de Arte Moderna de 1922 recebeu fortes críticas por falta de objetivos e princípios claros para o movimento modernista. A produção artística nova também foi mal recebida devido à desinformação dos críticos.
2) Embora tenha sido anunciada como uma mostra futurista, o modernismo brasileiro não se alinhava completamente com o futurismo italiano, buscando uma expressão mais independente e adaptada à realidade local.
3) Os resultados imediatos da Semana incluíram a consolidação
O documento apresenta um resumo sobre a literatura brasileira no período barroco, destacando sua divisão em eras e períodos menores. Discorre sobre os principais autores do barroco no Brasil, com foco em Gregório de Matos, descrevendo características de sua obra como o dualismo e a insatisfação com a vida na colônia.
Plinio marcos um maldito dramaturgo intelectual brasileiroHelciclever Barros
O artigo discute a formação intelectual do dramaturgo brasileiro Plínio Marcos, analisando sua peculiar trajetória e a peça Navalha na Carne. Aborda como Plínio Marcos renovou o teatro brasileiro avaliando críticamente os problemas sociais dos anos 1960-1970 e como sua obra reflete ideias libertinas do século XVII.
O documento discute a poesia concreta no Brasil dos anos 1950 e 1960, apresentando: 1) Seu surgimento no contexto cultural da época; 2) Os poetas pioneiros do movimento concretista liderado por Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos através da revista Noigandres; 3) Como a poesia concreta rompeu com as regras formais da versificação e propôs o poema como objeto que explora recursos visuais, sonoros e semânticos.
1. O documento discute o Barroco como o primeiro grande período artístico no Brasil, destacando a figura do Aleijadinho na arte plástica e do poeta Gregório de Matos na literatura.
2. Apresenta um soneto de Gregório de Matos criticando a inconstância dos bens mundanos através de contrastes como dia/noite e alegria/tristeza, característico do estilo barroco.
3. Discute a presença do tema do conflito entre elementos mundanos e forças sagradas
Este artigo compara as representações urbanas em Viagens na minha terra de Almeida Garret e Em busca de Curitiba perdida de Dalton Trevisan. Embora produzidos em épocas diferentes, os livros compartilham preocupações políticas e estéticas sobre Portugal e Curitiba em momentos de grandes transformações históricas. O artigo analisa como os autores refletem sobre a noção de sujeito pensando sua cidade e país.
Pm memorial (padre bartolomeu) e camões (sete anos de pastor) - grupo ii (...Paula Marçal
A educação e o ensino são as armas mais poderosas para mudar o mundo, segundo Nelson Mandela. A educação permite que as pessoas desenvolvam capacidades para melhorar suas vidas e a sociedade. Ao longo da história, a educação promoveu avanços científicos, sociais e econômicos que transformaram nações.
O documento descreve o Modernismo no Brasil, incluindo sua introdução no início do século XX como uma reação contra o tradicionalismo, sua consolidação com temas nacionalistas e regionalistas, e sua continuação até os dias atuais. Eventos importantes como a Semana de Arte Moderna de 1922 e o Movimento Antropófago são detalhados, assim como artistas e obras chave do período.
O documento discute o artigo de 1949 de Fernando Lopes-Graça na revista Vértice sobre o valor estético, pedagógico e patriótico da canção popular portuguesa. Lopes-Graça criticou a falta de conhecimento das classes intelectuais sobre o povo e suas manifestações culturais. Ele também apresentou duas canções populares portuguesas com harmonizações simples para aproximar a arte do público, em linha com os ideais neo-realistas.
O documento descreve o período pré-modernista da literatura brasileira, caracterizado como uma fase de transição entre os movimentos literários do final do século XIX e início do século XX. Apresenta as principais tendências, autores e obras representativas desse período, como Os Sertões de Euclides da Cunha e Triste Fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto, que começaram a retratar a realidade brasileira de forma mais crítica.
Manuel Teixeira Gomes descrito por Maria João Raminhos DuarteLoulet
Manuel Teixeira Gomes foi um influente escritor e político português cuja vasta obra literária refletia o Algarve e figuras da época. Sua visão estética clássica e pagã entrou em conflito com a moral conservadora do regime ditatorial, que tentou obscurecer sua reputação por seu republicanismo e sensualidade nas obras.
Este documento discute a relação entre história e memória. Ele apresenta diferentes perspectivas sobre memória de autores como Jacques Le Goff, Ecléa Bosi e Josep Fontana. Além disso, sugere atividades para analisar como nomes de ruas e lugares preservam a memória do passado de uma cidade.
O movimento Tropicália surgiu no Brasil em 1967 como uma fusão musical entre estilos brasileiros e internacionais que refletia a agitação política e social do período da ditadura militar. Os artistas tropicalistas misturavam gêneros como erudito, popular e rock em shows e músicas provocativas que questionavam a censura e valores conservadores da época. Apesar de efêmero, o Tropicália influenciou profundamente a cultura brasileira ao promover a abertura, pluralidade e sincretismo entre diferentes lingu
Música asa branca e livro vidas secas Intertextualidade, Antropofagia e Tropi...Wesley Germano Otávio
O documento analisa como a música "Asa Branca" de Luiz Gonzaga e o livro "Vidas Secas" de Graciliano Ramos abordam o contexto da seca no Nordeste brasileiro e a migração de nordestinos em busca de melhores condições de vida. Ambas as obras retratam a paisagem árida da região durante a estiagem, a dificuldade enfrentada pelos animais e o êxodo rural dos personagens rumo às cidades.
1) O documento discute o Movimento Armorial e o Tropicalismo como expressões dos dilemas da questão nacional na cultura brasileira contemporânea.
2) O Movimento Armorial, liderado por Ariano Suassuna, defende uma arte baseada nas culturas populares nordestinas. O Tropicalismo critica posturas nacionalistas rígidas e incorpora influências internacionais.
3) Ambos os movimentos refletem debates sobre a identidade cultural brasileira e a apropriação de elementos populares e estrangeiros.
O movimento tropicalista surgiu no Brasil no final da década de 1960 como uma fusão de estilos musicais e culturais brasileiros e internacionais que visava modernizar a música brasileira e criticar valores culturais da época de forma inovadora.
O documento discute a interpretação de Alfred Metraux de uma migração tupinamba em 1605 no Maranhão como uma "migração mística" em busca da "Terra sem Males". O autor reexamina a fonte original de Claude d'Abbeville à luz de outros documentos jesuíticos, revelando versões alternativas do episódio e como diferentes atores sociais traduziram a alteridade de acordo com seus próprios sistemas. Isso permite compreender melhor as estratégias culturais e políticas de construção de identidades no
Vocês não estão entendendo nada! uma análise do discurso de caetano veloso no...Guilherme Werner
1) O documento analisa o discurso de Caetano Veloso no Festival Internacional da Canção de 1968.
2) Na época, havia forte repressão pela ditadura militar, mas os festivais musicais eram um espaço de expressão política.
3) O discurso de Caetano foi alvo de críticas por sua estética provocativa e ideias da Tropicália, que misturava estilos musicais diferentes.
1) Os povos indígenas do Nordeste brasileiro receberam pouca atenção de etnólogos e antropólogos, com poucos estudos especializados sobre eles.
2) Esses povos eram vistos como altamente aculturados e sem muita distintividade cultural, tornando-os pouco atraentes para estudos etnológicos.
3) Recentemente, demandas políticas sobre terra e assistência levaram ao surgimento de estudos sobre esses povos, construindo-os como um objeto de pesquisa.
Este documento lista 10 livros da literatura brasileira e fornece breves resumos sobre cada um. Os livros incluem obras de Antonio Callado, Augusto de Campos, Caio Fernando Abreu, Cruz e Souza, Érico Veríssimo, Ferreira Gullar, Haroldo de Campos, Mário Faustino, Raul Pompéia e Vinícius de Moraes.
O documento descreve o modernismo brasileiro, dividido em três fases distintas. A primeira fase foi mais radical, buscando romper com estruturas do passado de forma anárquica e destrutiva. Nessa época também surgiram diversos manifestos e publicações importantes para o movimento.
Este artigo analisa o potencial do uso de músicas como fontes históricas no ensino sobre a ditadura militar brasileira (1964-1985). Duas canções são analisadas: "Acorda Amor" de Chico Buarque e "Metrô Linha 743" de Raul Seixas. As músicas criticavam sutilmente o regime através de metáforas e eram estratégias de drible à censura. O artigo defende que tais canções, quando bem exploradas, podem enriquecer o aprendizado hist
Histórias da Música no Brasil e Musicologia: uma leitura preliminarRenato Borges
Apresentação preparada para a disciplina de "História da Música Brasileira", PPGM UniRIo 2013.2.
Conteúdo reflete um fichamento do artigo "Histórias da Música no Brasil e Musicologia: uma leitura preliminar", de Carla Bromberg.
O Tropicalismo foi um movimento cultural surgido em 1967 no Brasil que revolucionou a música popular brasileira misturando diversos estilos musicais e abordando temas sociais de forma poética. Liderado por Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros artistas, o movimento mesclava tradições culturais brasileiras com influências internacionais de forma ousada e provocativa, questionando padrões comportamentais da época.
O documento discute a literatura modernista dos anos 1930 no Brasil, focando na poesia. Apresenta os principais autores do período como Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima, destacando características de seus trabalhos e obras representativas. Também aborda a pintora Tarsila do Amaral e a poetisa Cecília Meireles, ressaltando a preocupação social e o amadurecimento formal da poesia modernista da década de 1930 no Brasil.
Este documento discute a poesia modernista da década de 1930 no Brasil. Apresenta características dessa poesia como preocupação social e uso do verso livre. Destaca os principais poetas do período como Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima, resumindo suas biografias e obras.
Um retrato da Cultura Brasileira da Era Vargas ao Regime Militarjosafaslima
O documento descreve a cultura brasileira durante a Era Vargas, a República Populista e o Regime Militar, destacando o forte controle do governo sobre a mídia e as manifestações culturais. Apesar disso, o rádio, o cinema, a literatura e as artes floresceram nesses períodos. Na década de 1960, surgiram movimentos como o Cinema Novo e o Tropicalismo que refletiam as tensões políticas da época de forma criativa.
O documento discute o canto orfeônico no Brasil e seu papel na construção da identidade nacional. Iniciou-se no final do século XIX na França e foi trazido para o Brasil por professores em São Paulo e Piracicaba. Villa-Lobos ajudou a popularizar o canto orfeônico no país na década de 1930 como forma de elevar o nível artístico-musical do povo brasileiro. O canto orfeônico usa conjuntos heterogêneos de vozes para cantar o folclore nacional e
1) Sete historiadores sugerem livros essenciais para entender a história do Brasil colonial, incluindo obras de Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr e Gilberto Freyre.
2) Os historiadores fornecem breves resumos e comentários sobre os livros, destacando sua importância e contribuições para o estudo do período colonial brasileiro.
3) O documento também lista cinco datas importantes da história colonial brasileira entre 1500 e 1808.
O documento discute o caxixi, um instrumento de percussão afro-brasileiro utilizado na capoeira. Aborda as origens do caxixi na região do Congo-Angola, seu uso em rituais e cerimônias, e como foi adotado no Brasil associado à capoeira e à música popular brasileira. Defende o uso do caxixi em atividades de educação musical por desenvolver habilidades manuais e estimular a percepção sonora através da confecção do instrumento.
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- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
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A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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1. [T]
Rev. Filos., Aurora, Curitiba, v. 26, n. 39, p. 867-886, jul./dez. 2014
EstudandoTom Zé:Tropicália e o LixoLógico
Studying Tom Zé: Tropicália and The Logical Waste
Antonio José RomeraValverde
Doutor em Educação (Filosofia e História da Educação), professor titular do Departamento de Filosofia
da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e professor de Filosofia do Departamento de
Fundamentos Sociais e Jurídicos da Administração da Escola de Administração de Empresas de São Paulo –
Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV), São Paulo, SP - Brasil, e-mail: valverde@pucsp.br
Resumo
O presente ensaio apresenta, inicialmente, uma sondagem acerca da compreensão do
Brasil contemporâneo pelo pensamento de seus intérpretes mais expressivos. Em se-
guida, analisa o último balanço da cultura brasileira operado pela Tropicália, um movi-
mento que revolveu os traumas residuais da cultura brasileira ao inventar um padrão
de compreensão sob novas chaves estéticas e políticas — em particular, a produção
musical do movimento. Por fim, o ensaio analisa o disco Tropicália lixo lógico de Tom
Zé, lançado em 2012, perseguindo a linha de discos experimentais e de tese do músico.
Nele, o artista retoma criticamente aspectos da cultura brasileira atual, conjugados com
os temas culturais dissecados pela Tropicália desde 1967. Como a maioria dos ensaios,
este se move por indícios e análises tópicas do disco em questão, a contextualizar e a
problematizar a construção da identidade nacional.
Palavras-chave: Tom Zé. Tropicália. Lixo Lógico. Cultura Moçárabe. Cultura Brasileira.
DOI: 10.7213/aurora.26.039.AO08 ISSN 0104-4443
Licenciado sob uma Licença Creative Commons
2. Rev. Filos., Aurora, Curitiba, v. 26, n. 39, p. 867-886, jul./dez. 2014
VALVERDE, A. J. R.868
Abstract
Thisessayaimsat,initially,offeringaninitialsuccinctcomprehensionofcontemporaryBrazil
based upon the most significant exponents from its musical interpreter’s scene. Furthermore,
aims at offering a critical update of the Country’s cultural landscape through the perspec-
tive of the Tropicália Movement. Such a cultural movement that has forged back into the
arena Brazil’s cultural residual traumas and that has also invented a pattern for their com-
prehension based upon new aesthetical and political keys. In particular, one could point out
as an example its musical making. Finally, this essay analyses the 2012’s Tom Zé Tropicália
lixo lógico work, which follows his well-known experimental and thesis-like musical route.
In this record, the artist brings back, into a critical perspective, central aspects of current
Brazilian culture in conjunction with cultural themes which had already been dissected by
the Tropicália Movement since 1967. Thus, as the majority of essays, this transits though
the record’s vestiges and proper analysis as a mean to offer a contextualisation and a prob-
lem-solving perspective to the question of Brazil’s nationwide build-up identity.
Keywords: Tom Zé. Tropicália. Logical Waste. Mozarabic Culture. Brazilian Culture.
“O Brasil não é para principiantes.”
(Tom Jobim)
O esforço de compreensão da formação do Brasil contemporâ-
neo, iniciado e explicitado por literatos e intérpretes (como Gonçalves
Dias, Machado de Assis, Euclides da Cunha, Paulo Prado, Mário de
Andrade, Oswald de Andrade) e pelos “demiurgos do Brasil” (Gilberto
Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr. e outros), foi ba-
lizado pelo debate de temas do exílio, do instinto de nacionalidade,
dos sertões e da guerra de Canudos, da tristeza, do herói sem nenhum
caráter, da antropofagia, da casa grande e senzala, do homem cordial
e da materialidade da formação nacional (esta última plasmada sob o
processo histórico, econômico e social do Brasil), fundada na escravi-
dão e entendida como processo de colonização regular e praticamente
3. Rev. Filos., Aurora, Curitiba, v. 26, n. 39, p. 867-886, jul./dez. 2014
Estudando Tom Zé 869
uniforme desde o século XVI até o início do século do XIX, ao tempo da
chegada da comitiva de D. João VI, em 1808. Assim, o lastro do passado
colonial, que pode parecer superado na sua forma mais exterior, tem res-
surgido atualizado a cada lance da História brasileira contemporânea.
Da compreensão assimilada dos literatos, intérpretes e de-
miurgos, destacam-se, em primeiro lugar, a “Canção do Exílio”, de
Gonçalves Dias, e as subsequentes “canções do exílio”1
a prolongar e
politizar o poema inaugural da saudade da colônia estando na metró-
pole. Em segundo, o ensaio “Instinto de Nacionalidade”, de Machado
de Assis. Em terceiro, a Semana de Arte Moderna de 1922, em tensão
polêmica com a defesa da arte brasileira por Monteiro Lobato. Em
quarto, o estudo da História da Filosofia combinado com o da História
do Brasil, proposta por João Cruz Costa. De passagem, a revista Clima,
fundada em 1941. Por fim, o movimento Tropicália e as canções recen-
tes de Tom Zé no disco Tropicália: lixo lógico como desmonte poético
crítico e cômico-sério do Brasil contemporâneo. Tais enfoques apontam
para a necessidade de refluir os estudos de Filosofia para compreensão
filosófica do Brasil, para além do esforço de entendimento, no detalhe,
da produção filosófica estrangeira — sem, obviamente, abandonar os
méritos dos estudos de filosofia estrangeira.
Tropicália: tomar de assalto a cultura brasileira
Será tratado por Tropicália o movimento artístico que estabele-
ceu o último balanço da cultura brasileira em vários planos — música,
1
Do poema inaugural “Canção do exílio”, escrito por Gonçalves Dias (1843) em Coimbra, até o de Ferreira Gullar (2000),
intitulado “Nova canção do exílio”, passando pelo poema homônimo de Casimiro de Abreu (1855); o poema “Canto de
regressoàpátria”,deOswalddeAndrade(1925);outropoemahomônimo,deMuriloMendes(1930);GuilhermedeAlmeida
(1942)eseupoemaescritocomoletrada“CançãodoExpedicionário”,commúsicadeSpartacoRossi;“Novacançãodoexílio”,
de Carlos Drummond de Andrade (1945);“Pátria minha”, de Vinicius de Moraes (1949); “Uma canção”, de Mário Quintana
(1962);MáriodaSilvaBrito(1966);TomJobimeChicoBuarquedeHollanda(1968)comacanção“Sabiá”;GilbertoGil(1970)
comacanção“BackinBahia;“Cançãodoexíliofacilitada”,deJoãoPauloPaes(1973);“Cançãodoexílioaqui”,deMoacyrFélix
(1977);“Jogos Florais I”e “Jogos Florais II”, de Cacaso (1985);além de poemas de Corações Veteranos, de Roberto Schwarz
(1974), classificados sob o arco da canção do exílio de Gonçalves Dias:“Boulevard 70”,“Fio de Prata”,“Divagações no Cais”,
“Frio”,“Ocupação”,“Arranjos lá em Casa”,“Encontro”,“Bruxelas”,“Visão”,“Desocupado”e“O Armando é uma Boa Cabeça”.
4. Rev. Filos., Aurora, Curitiba, v. 26, n. 39, p. 867-886, jul./dez. 2014
VALVERDE, A. J. R.870
cinema, teatro, artes plásticas, literatura —, posto que revolveu e ex-
pôs os seus traumas residuais e mesmo os fundamentos do próprio
movimento, e continua a revolvê-los, como mostrado no último dis-
co de Tom Zé. Evita-se, assim, o uso do termo “tropicalismo”, dado
o falso peso doutrinário contido nele, se declinado ao movimento
musical em tela, e também para que a Tropicália não seja confundi-
da com a expressão “luso-tropicalismo”, cara ao aparato conceitual
de Gilberto Freyre, em Casa Grande & Senzala (1933). Em verdade, o
termo Tropicália foi criado por Hélio Oiticica. O nome é resultante
da instalação “Nova Objetividade Brasileira”, exposta no MAM do
Rio de Janeiro, em 1967, como parte do projeto de busca/invenção
de uma estética completamente brasileira. Ao que tudo indica, mes-
mo antes de conhecer o termo, Caetano compôs, em 1967, a canção
“Tropicália” em alusão à modernidade de Brasília, à crítica da migra-
ção nordestina, ao projeto desenvolvimentista isebiano, ao silêncio
político imposto pela ditadura militar e aos urubus da UDN, combi-
nando o viés onírico com o alegórico, tão bem explorado e analisado
por Celso Favaretto (1978), pioneiro no estudo acadêmico filosófico
da Tropicália.
Ao tratar do horizonte cultural brasileiro no momento cultural
quente da invenção do movimento Tropicália, Caetano Veloso afirma-
ra em entrevista que
qualquer um pode ver claro que os problemas culturais do Brasil estão
bem longe de serem resolvidos. Depois da euforia desenvolvimentista
(quando todos os mitos do nacionalismo nos habitaram) e das espe-
ranças reformistas (quando chegamos a acreditar que realizaríamos a
libertação do Brasil na calma e na paz), vemo-nos acamados numa vie-
la: fala por nós, no mundo, um país que escolheu ser dominado e, ao
mesmo tempo, arauto-guardião-mor da dominação da América Latina
(VELOSO, 1977, p. 2).
Por certo, “acamados” pluraliza a passagem do Hino Nacional
do verso “deitado eternamente em berço esplêndido” e compõe a críti-
ca da apatia dos bons homens, sem função política em tempos de paz,
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Estudando Tom Zé 871
mas convocados aos brios pátrios em “tempos fora do eixo” dos dias
de ditadura militar. Além disso, Caetano dispara estocada certeira con-
tra a participação nacional em atos de espionagem e outros serviços
correlatos desempenhados por militares em exercício em outros países
latino-americanos — fato conhecido, mas pouco digerido e passado a
limpo, ao menos no Brasil, de modo convincente, pois há muitos desa-
parecidos políticos daqueles tempos, cadáveres ocultados cujos corpos
as famílias ainda não receberam para o sepultamento com necessária
dignidade. A propósito, a canção “Lindonéia”, de Caetano e Gil, faixa
do disco Panis et Circensis inspirada em gravura homônima de Rubem
Gershman, tematiza a violência policial militar indiscriminada, prati-
cada nos arrabaldes e subúrbios do país ao arrepio da lei, que continua
celerada contra os pobres, os indígenas e os negros.
Se há uma linha progressiva no âmbito da música popular brasi-
leira desde o lundu e do rasga, há também um perfil progressivo dentro
da invenção do movimento musical da Tropicália, como crítica à cultura
brasileira e aos rumos da música pop internacional, em movimento as-
cendente desde o lançamento do disco Tropicália ou Panis et Circencis2
,
de 1968, “o ano que não terminou”. Tal movimento teria atingido o pon-
to máximo de exploração e de radicalização de todos os procedimen-
tos estéticos instaurados pelos tropicalistas no disco Araçá Azul (1972),
com canções de Caetano Veloso e arranjos de Rogério Duprat. Isso foi
possível pela inclusão de sons aleatórios de gravações de rua, além de
interpretações de extrema criatividade ao fundir canções conhecidas às
intervenções do cantor-compositor. O disco foi um fracasso de vendas,
porém sucesso de crítica devido à projeção das potencialidades inexplo-
radas na concepção primordial do movimento musical da Tropicália.
O terceiro momento foi marcado pelo lançamento do dis-
co Tropicália 2 – Caetano e Gil (1993), para comemorar os 25 anos do
disco Tropicália ou Panis et Circensis. O disco Tropicália 2 passeia pelo
2
Para Favaretto, a Tropicália “integrou elementos da música pop, então moda mundial. A integração se deu devido à
preocupação com o consumo e, acima de tudo, devido às possibilidades apresentadas pelo pop de, combinando-se com
outros elementos, produzir efeitos artísticos de crítica à música brasileira”(FAVARETTO, 1978, p. 27).
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experimentalismo (como no rap concreto “Nossa Gente”) e a profun-
da e explicita a linha da crítica social (como na emblemática canção
“Haiti”, com letra de Caetano e música de Gil) — para a época, às mar-
gens do profetismo cético e pessimista. Em exercício de certa lógica
tropicalista, Caetano vaticinava que os negros vivem sob estado de
suspeição, além do que a premissa condicional permitia. Caetano in-
feria, assim, que “ninguém / ninguém é cidadão”. O verso tem o efeito
trágico de uma bomba-relógio armada.
Porém, como contraponto à canção “Alegria, Alegria”, uma das
marcas fortes dos primórdios da Tropicália, a dupla compôs e can-
tou o elogio da tristeza em “Desde que o samba é samba”, fisgando e
dissipando o tema elegido por Paulo Prado no tempo da atualização
estética pelo alto exercida pelo movimento modernista, identificando
o lado mais sensível das três raças tristes — a indígena, a negra e a
branca europeia na figura do português fragueiro —, parte da compre-
ensão ideológica da dificuldade do Brasil em ascender como cultura
aos moldes europeus, que compuseram a formação do Brasil colonial.
Os primeiros versos da canção trazem o indício da fatalidade anuncia-
da: “A tristeza é senhora / desde que o samba é samba é assim.../ tudo
demorando em ser tão ruim”. E, por um lançar de dados, sem acaso,
substitui-se a fatalidade pela esperança nos versos finais da canção:
“Veja, o dia ainda não raiou /o samba é o pai do prazer /o samba é filho
da dor / o grande poder transformador”(VELOSO, 1993). Aqui, crítica
social e dialética andam de par.
Aparentemente, entre 1993 e 2012, houve um silêncio produtivo
da matriz musical tropicalista. Só aparentemente. A dialética do mo-
vimento procurava sua síntese. Ela veio, ao que parece, em 2012, com
o disco Tropicália: lixo lógico, composto integralmente por Tom Zé. Se
Araçá Azul pode ser considerado a forma radical do experimentalismo
da música tropicalista, à sua vez o disco Tropicália: lixo lógico retoma
todo o movimento Tropicália, desde o viés musical, político e cultu-
ral, e ultrapassa, esteticamente, Araçá Azul. Como passagem/ruptura
elevada entre o disco Tropicália ou Panis et Circensis e o disco Tropicália
2 – Caetano e Gil, o disco de Tom Zé parece mostrar o avesso do borda-
do musical, a desvelar o que esteve por trás da criação do movimento
7. Rev. Filos., Aurora, Curitiba, v. 26, n. 39, p. 867-886, jul./dez. 2014
Estudando Tom Zé 873
Tropicália. Em lance só aparentemente automático de catarse, Tom Zé
traz à luz o fundo da produção estética e política das obras denunciantes
dos traumas residuais da cultura brasileira pela assimilação da poesia
concreta, do cinema novo [destaca-se Terra em Transe (1967), de Glauber
Rocha], das encenações teatrais de Zé Celso, do neoconcretismo e da
“invenção” de Hélio Oiticica3
. Mais pontualmente, Tom Zé assimila a
cultura brasileira pelo viés da antropofagia de Oswald de Andrade, a
qual Caetano, em Verdade Tropical, compreende da seguinte forma:
São poucos os momentos na nossa história cultural que estão à altura
da visão oswaldiana. Tal como eu vejo, ela é antes uma decisão de ri-
gor do que uma panaceia para resolver o problema da identidade no
Brasil... A antropofagia, vista em seus termos precisos, é um modo
de radicalizar a exigência de identidade... não um drible na questão
(VELOSO, 1997, p. 249).
Tropicália Lixo Lógico
Desde o disco Estudando o Samba (1976), Tom Zé tem produzido
discos conceituais, baseados em teoria própria, que o faz criar músicas
sempre com o intuito de defender uma tese. Em Tropicália Lixo Lógico,
Tom Zé revisita os anos 60 do século passado, de certa forma de olho
no futuro da canção popular e seu substrato cultural mais profundo,
e no mesmo passo rearticula os temas do movimento Tropicália com
distanciamento e liberdade artística.
Com habitual irreverência, Tom Zé reverencia os símbo-
los tropicalistas em álbum que é, ao mesmo tempo, conceitual e, só
aparentemente, leve. O mergulho nas origens da Tropicália fornece a
base teórica musical para o artista criar canções que carregam o espírito
tropicalista com a “pegada” direta que marca aquele movimento.
Tom Zé imprime ao disco uma atmosfera fresca, intercalando o que
são, nas palavras dele, “canções de tese festeira e canções de festa sem
tese”, pendulando entre a sintomática “alegria” tropicalista desde a
3
Referência à obra AinvençãodeHélioOiticica(FAVARETTO, 1992).
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música homônima de Caetano, “Alegria, alegria”, e a tristeza de fun-
do, explicitada como parte compósita da ideologia nacional por Paulo
Prado em Retrato do Brasil – ensaio sobre a tristeza brasileira (1928), em
Villa-Lobos, com a Bachiana Brasileira n. 5 (1938-1945) e em rasgos líri-
cos da Bossa Nova. A tensão aparece em canções próximas da acidez
verbal e vazadas de fino humor acerca do consumo e da dificuldade de
conseguir moradia por jovens apaixonados, enxotados da classe mé-
dia urbana tradicional, que assumem novo destino, ao melhor estilo de
crônica social, na canção “Debaixo da Marquise do Banco Central”. Sob
o efeito de superfície da alegria, reside a tristeza do drama social bra-
sileiro, acelerado pelo surgimento da classe C, do consumismo como
praticamente o único horizonte de integração social, porém, sem a efe-
tiva elevação social e sem a devida promoção humana. Em “O Motobói
e Maria Clara”, emparelhada ao lirismo urbano do verbo “motocar”,
Tom Zé explora a espera do mercado pelas aberturas de liquidações de
eletrodomésticos, carro-chefe do consumismo da classe C, como que-
rem os paladinos da causa — Neri, Pochman e Lamounier. “Motoca-
se”, então, entre a violência urbana e a aquisição de bens de consumo
durável de obsolescência programada, como antevira Marcuse ainda
na década de 60 do século passado, em One-Dimensional Man (1964). O
resultado tem aquele previsto pelo pensador: a “euforia na infelicida-
de”, o custo social do horizonte distante ou ausente do estado do bem
estar social, em declínio na Europa e na América do Norte. No caso
norte-americano, ainda segundo Marcuse, está em curso desde o Pós-
Guerra a troca do estado do bem estar social pelo estado beligerante, a
resguardar resquícios do primeiro.
A tese do lixo lógico
Toda tese do disco parece residir nas afirmações de Tom Zé
(2012), no encarte do disco:
Atribui-se ao rock internacional e a Oswald de Andrade o surgimento
da Tropicália. Não é exato. Somem Oiticica, Rita, Agripino, o teatro de
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Estudando Tom Zé 875
Zé Celso etc...: eis a constelação que cria um gatilho disparador e pro-
voca em Caetano e Gil o vazamento do lixo lógico do hipotálamo para
o córtex. O poderoso insumo do lixo lógico, esse sim, fez a Tropicália.
Tom Zé (2012), ainda no encarte, prossegue explicando:
[De] 0 a 2 anos, a placa mental está virgem e faminta. Nunca mais, du-
rante toda a vida, o ser humano aprenderá com tal intensidade. Aí reside
a força do aprendizado na creche tropical. Só a partir da escola primária,
que para nós começava aos 6 ou 7, tem início o contato com a organização
do pensamento ocidental promovida por Aristóteles — um choque deli-
cioso —, cuja comparação com a creche desencadeia o lixo lógico4
.
Com maestria artística sofisticada, Tom Zé fixa a teoria do lixo lógi-
co dentro e fora das canções, pois o que sintetiza no encarte do disco trans-
parece explicitado nas canções a partir de citações musicais emblemáticas
das canções de Tropicália ou Panis et Circensis e de canções anteriores ao
movimento Tropicália. O efeito final é a exposição do avesso do universo
gerador da Tropicália e do movimento como um todo. Resumidamente,
cultura moçárabe versus lógica de Aristóteles = Lixo Lógico5
.
Para o release do disco, Tom Zé, “olhando para o senso comum
que atribui o nascimento da Tropicália a fatores externos, como o
rock internacional e a Oswald de Andrade”, coloca a questão: como
teria acontecido a convergência de ideias que resultou no movimento
Tropicália? Em resposta, o artista propõe que a origem da Tropicália
reside em um momento anterior, que ele denominou de “creche tro-
pical”. No encarte do disco há desenhos e diagramas representativos
da tese do músico, ao passo que a canção “Marcha-Enredo da Creche
Tropical” dramatiza a educação das crianças criadoras da Tropicália,
4
Escrito deTom Zé, retirado do texto da contracapa do disco Tropicália Lixo Lógico. Acaso há um sombreado antropológico de
inspiração retirada de La Pensée Sauvage, de Lévi-Strauss, para o insight acerca dos nexos e das distinções entre a cultura
moçárabe, a lógica de Aristóteles e o lixo lógico daTropicália, na forma debricolage?
5
Oensaio“ATorreInclinada”,deVirgniaWoolf,escritosobocontextoinglêsdocomeçodoséculopassado,acercadaeducação
deliteratoseintelectuais,emdoismomentosinspiraemparaleloacompreensãodotrâmitedolixológicocomosugereTom
Zé. Cf.WOOLF, 2014, p. 427-463.
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sugerindo uma plausível encenação da frequência ao antigo curso
primário, no interior da Bahia.
Segundo Tom Zé, ocorre que os “meninos bahianos” — Gil,
Caetano, Gal, Capinam, ele próprio e outros parceiros tropicalistas —
provinham do universo da cultura moçárabe, herança do universo cul-
tural ibérico no tempo em que Portugal e Espanha estiveram politica-
mente sujeitos à ocupação árabe, porém sem deixar de construir um
tipo de música, de poesia, de liturgia e de pintura de caráter religio-
so católico6
. Tom Zé, em verso, afirma: “Nossa moçárabe estrutura de
pensar... Uma moçárabe possível solução”. A cultura moçárabe dera às
crianças — futuros tropicalistas — o conhecimento fundado na oralida-
de. Indo à escola, com cerca de sete anos, aquelas crianças tiveram aces-
so a outro pensamento, o pensamento formal demarcado pela razão
e pela lógica, constituintes do pensamento aristotélico, de “Aristotes”,
como matriz da racionalidade ocidental, como quer o músico.
Em resposta a artigo acerca da Tropicália publicado no NY Times,
encomendada pelo Caderno 2 do Estadão, Tom Zé disse permanecer
sertanejo, alinhado pela cultura moçárabe “iletrada”, dos que não sa-
bem ler ou escrever, que invadiu o sertão do Nordeste e dos Gerais nos
séculos XVI e XVII, e identificar-se com os personagens sertanejos de
Euclides da Cunha e de Guimarães Rosa. Por serem iletrados, seguiam
a melhor tradição beduína, de homens do silêncio da noite: do ouvir e
do falar após compreender o outro. Daí amarem “cantar a cultura, falar
a cultura, dançar a cultura”. E arremata:
É que o povo árabe, naquele momento, era a sociedade mais culta
do planeta... Criadores de uma humorada Weltanschauung, que so-
brevive a miséria, estabelecendo eixos filosóficos na sintaxe de uma
língua têxtil (TOM ZÉ, 1999).
6
A expressão “cultura moçárabe” entrou para o vocabulário da cultura brasileira pela pena de Euclides da Cunha, em Os
Sertões. TambémemCasaGrande&Senzala,deGilbertoFreyre,eemOPovoBrasileiro– AformaçãoeosentidodoBrasil,de
Darcy Ribeiro, a expressão está referida. Os moçárabes — mustari’rib, de forma arabizada — era como eram chamados
os cristãos da Península Ibérica no tempo do domínio muçulmano no Al-Andalus. Para detalhamento das relações entre
moçárabes e muçulmanos vide Pedrajas (2013).
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Estudando Tom Zé 877
Neste ponto, Tom Zé parece pegar carona em versos de poema
de Décio Pignatari: “É a língua têxtil / O texto que sai das mãos / sem
palavras”. Outros artistas herdeiros da cultura moçárabe são Ariano
Suassuna, Elomar e o Grupo Armorial. Na Antiguidade, a cultura da
oralidade fundou a civilização ocidental, máxime a grega inventou os
poemas épicos de Homero.
Tom Zé, ainda em resposta ao artigo do NY Times, relembra a
influência da música árabe entre os sertanejos na criação/utilização
do mixolídio e do modalismo na música nordestina7
. Em crônica de
2012 para o Jornal O Globo, Caetano, ao comentar o disco Tropicália Lixo
Lógico, posicionara-se:
Em Santo Amaro, eu vivia na periferia do Rio de Janeiro. Santo Amaro
era urbana até a medula. Essa versão radical da Tropicália como o choque
entre uma mente pré-aristotélica e a terceira revolução industrial é fasci-
nante. Não me ocorreria tal versão. Mas a Tropicália fica belíssima assim
tratada nas canções, sons e intenções do CD de Tom Zé. A minha própria
pergunta íntima sobre o tema muda de tom: o modalismo de “De ma-
nhã” me aparece mais entranhado do que eu supunha. E eu o encontro
mais próximo da Tropicália do que sempre cri (VELOSO, 2012).
Até então, os “analfatóteles” não organizavam as ideias de modo
lógico. Segundo Tom Zé, na escola primária, os “analfatótes” foram
7
O presente artigo não analisa os nexos entre a herança moçárabe dos“meninos bahianos”e o passado cultural moçárabe
da Península Ibérica, porém será oportuno conferir os estudos recentes acerca dessa importante cultura no Al-Andalus:
“El Universo Musical de Al-Andalus” (Mahmoud Guettat); “Los Instrumentos Musicales de Al-Andalus em la iconografía
medieval cristiana” (Rosario Álvarez Martínez); “Cuando los andaluces cantaban en árabe: la poesia andalusí en época
omeya – siglos VIII-IX”(Maria Jesús Rubiera Mata) e“Cenit y eclipse de la poesia arábigo andaluza: el siglo XI e la época
almorávide”(RafaelValencia) (In: MANZANO; SIMÓN, 1995, p. 17-30, 93-120, 125-133, 137-144, respectivamente). O livro
traztambémocdintitulado NubadelosPoetasdeAl-Andalus,dogrupodemúsicaandalusíElBrihi(sobabatutadomaestro
El Hayy‘AbdAl-KaimRa’is), que ilustra a parte teórica, e o cd El Crisol del Tiempo, de Eduardo Paniagua, que traz músicas da
“Etapa Visigoda, siglos VI al VII”, da“Etapa Musulmana, siglos VIII a XIII”e da“Etapa de la Reconquista Cristiana, fines del
siglo XI al XIII”. Da Etapa Visigoda, destaque para a canção“Surgametibo”Responsorio. Canto litúrgico del rito visiogótico-
mozárabe, e da Etapa Hispano-Mulsulmana, destaque para a canção“No me muerdas amigo (Non me mordasyahabibi)”,
jarcha de lamoaxaja número 8, de JehudaHalevi (1070-1141). Para a compreensão mais refinada da música andaluza,
conferir Chaachoo (2011). Para entendimento de parte do universo poético moçárabe, ver Fuentes (1994).
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VALVERDE, A. J. R.878
alfabetizados pela tradição comum a todos os ocidentais, e o apren-
dizado moçárabe anterior foi atirado na lata de lixo do cérebro, o hi-
potálamo (sic). Lá ficava a memória do conhecimento da infância, em
descanso durante anos e anos, até o momento em que o choque do
rock internacional e de figuras como Oswald de Andrade, Rita Lee,
José Agripino de Paula [autor do romance experimental e contracul-
tural Panamérica (1967)], Zé Celso etc. dispararam o gatilho, fazendo
com que o lixo lógico saísse do hipotálamo e fosse, finalmente, para o
espaço nobre do córtex cerebral (sic). A partir daí, “as ideias que repou-
savam na inconsciência vieram à tona e resultaram em um movimento,
síntese das duas culturas: a moçárabe e a formal artistotélica”.
Para Tom Zé, aquele grupo de tropicalistas catapultou a cul-
tura brasileira do estágio da Idade Média para a Segunda Revolução
Industrial — ou seria a Terceira? —, agindo como heróis civilizadores
da juventude brasileira. É essa aproximação sonora dos jovens artistas
da Tropicália que Tom Zé destaca ao prospectar a origem — ou seria a
invenção? — do movimento tropicalista, estudado no disco Tropicália
Lixo Lógico. Segundo esta metáfora continuada na forma de alegoria, o
lixo lógico guardado no hipotálamo por certo acumulara muito do lido
dos literatos, dos ideólogos, dos “demiurgos” do Brasil.
O discoTropicálialixológico
Para as razões que possibilitaram a invenção da Tropicália, Tom
Zé apresenta 16 canções que buscam o apelo popular de timbre nor-
destino sem abandonar o travo erudito, trabalhado nos seis anos de
aprendizado musical na UFBA com professores talentosos como Ernst
Widmer e Hans Joachin Koellreutter, o que reflete a variedade musical
que o artista sempre aprecia experimentar.
O rap “Apocalipsom A (O fim no palco do começo)”, segundo
Tom Zé “escrito de forma nordestina e cantado com o acento urbano de
Emicida”, descreve “o nascimento da menina Tropicália, sob o tecido
vulcânico de um ambiente mitológico.” No rap, o artista expõe o prin-
cípio de sua tese pelos versos:
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Estudando Tom Zé 879
Diabo e Deus numa sala
Firmou-se acordo solene
De unir em casamento
A fé e o conhecimento
Casou-se com muita gala
O saber de Aristóteles
Com a cultura do mouro
Para ter num só filhote
O duplicado tesouro.
Sem trocadilho, o tom de música de inspiração no cordel nordes-
tino emerge com força — aquilo que Caetano nomeia de modalismo
nordestino, mais para o sertão que para o viés urbano e cosmopolita da
música brasileira. O verso inaugural da canção, em latim, apresenta o
próprio músico —“Personae iures alieni” — e alinha-se contra o latim
vulgar do título do disco Panis et Circensis.
A estrofe seguinte concretiza a referência mítica do texto da con-
tracapa, em que se lê: “O Monte Hélicon teve muito trabalho, como sem-
pre”. A estrofe remete às mitologias grega e brasileira, clássica e midi-
ática: “E toda casta divina / estava lá reunida: / Apolo e Macunaíma, /
Diana, Vênus e Urânia / Chiquinha Gonzaga Bethânia”. Em seguida, há a
montagem da cena apocalíptica, outros personagens são nomeados: “O
Diabo ali presente, / De todo banco gerente / (Conforme o cabra da peste /
Chamado Bertold Brecht)”. Por certo, o artista alude com sutileza ao
dito de Brecht acerca da ausência de diferença entre abrir um banco ou
assaltá-lo. A próxima estrofe dá conta da pompa da festa: “Tinha comida
e regalo / Tinha ladrão de cavalo / Pai-de-Santo e afetado / Padre, puta e
delegado”— mistura social tão brasileira, como registrada no poema de
Manuel Bandeira a retratar o baile de Carnaval recifense.
O mais decisivo da canção vem da constatação e do espanto com
o crescimento da Tropicália: “E a menina, meu rapaz / Cresceu depressa
demais: / Anda presa na Soltura / Circula na Quadradura / E o Sossego
ela não deixa em paz”, ao que engastalha:
Cada dia mais esperta
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A moleca desconcerta
Conserta e já desconcerta
No senso que ela retalha
Não há quem bote cangalha
(Cangalha, não).
Se você faz represália...
Ela passa a mão na genitália,
Esfrega na sua cara.
Trata-se do reconhecimento do fato de a Tropicália ter alterado o
panorama da cena cultural brasileira pelo movimento de tomar de as-
salto e expor esteticamente seus traumas residuais, como o movimento
mais inventivo e demolidor das “relíquias do Brasil”. A canção finaliza
aludindo ao imposto caráter lógico da demonstração:
Mas...
Onde a cultura vige
E o conhecimento exige
Recita noblesse oblige
Com veludo na laringe,
Castiça cantarolando
Quod erat demonstrandum,
E recebida na sala
Se trata por Tropicália.
Assim, Tom Zé representa a fecundidade, a atualidade e o suces-
so cultural da Tropicália.
Sob o inventivo título de “Tropicalea Jacta Est”, a primeira es-
trofe da canção dá o indício da erudição do músico, pois se inspira no
“Canto III” do poema Metamorfoses, de Ovídio8
, mais especificamente
na passagem em que Alceste relata ao Rei Penteu um episódio ocor-
rido com Baco. Esse trecho é aproveitado por Tom Zé para a identi-
ficação dos “pais” da Tropicália: Décio Pignatari, irmãos Campos, Zé
8
Conferir a alusão de Tom Zé em OVIDIO (Publio Ovidio Nasone). Metamorfosi. A cura di Nino Scivoletto. Roma: UTET, 2013,
Libro III, 511-733.
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Estudando Tom Zé 881
Celso. Eis como expressa o músico o enredo: “Parassápenteu escuta
cá / Parassápenteu escuta aqui / Quando Baco bicou o barco / Tinha
Pigna, Campos in / Celso Zeopardo / Matinê par’o delfim / Vi, vi, vi”. O
termo “delfim” refere-se ao poderoso ministro da ditadura militar? Ou
ao aspirante a rei nos idos tempos do Antigo Regime francês? A estrofe
funciona como refrão da canção.
Na sequência, retira-se o véu da ditadura militar para o caso de
dois criadores da Tropicália, Caetano e Gil, que, segundo Tom Zé, “so-
praram oxigênio para o cérebro da juventude empreender a viagem,
saindo da nossa emperrada Idade Média para levar o Brasil à Segunda
Revolução Industrial”. Em versos, a prisão de Gil e Caetano, ocorrida
em 1969, seguida do exílio em Londres, é relembrada: “Dois que an-
tes da cela — da ditadura / Deram a vela / da nossa aventura”. Nos
versos seguintes — “Barqueiro meu navegador / Pa-ra-rá conjectura
logo nosso primeiro / Computador / computador” — liga-se o movi-
mento Tropicália ao aparato técnico de extensão do cérebro humano.
Na sequência, surge a ironia ao “disco de Sinatra” referido em Panis
et Circensis, dado emblemático da colonização cultural norte-america-
na como uma das “relíquias do Brasil”. Tom Zé declama: “No disco
de Sinatra a viagem começa no século VIII... Mas voltamos aos anos
60”. Prossegue cantando: “Era urgente / sair da tunda / Levar a gente /
para a Segunda Revolução Industrial / Pa-ra-rá capacitados para a
nova folia: Tecnologia / Tecnologia”, uma explícita retomada da crítica
tropicalista ao desenvolvimento, sob bases desiguais e combinadas, in-
tencionado pelo ISEB nos anos 50 do século passado.
A seguir há a citação de duas canções pré-tropicalistas, uma de
Gilberto Gil e a outra de Caetano Veloso, ambas reveladas em festivais
musicais dos anos 1960: “Domingo no parque sem documento / Com
Juliana-vegando contra o vento”. Por essa bela fusão de versos que im-
pulsiona o movimento interno da Tropicália, passa-se a “Saímos da
nossa Idade Média nessa nau / Diretamente para a era do pré-sal”. Está
traçado o arco entre o passado e presente da Tropicália. Tom Zé conti-
nua, agora com a homenagem nominal ao poeta e jornalista Torquato
Neto ao retomar a citação de outra canção do disco Panis et Circensis, re-
fazendo versos e aprofundando a desmontagem da cultura brasileira:
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“Torquato Neto / do Piauí / Pinta no verso / do céu daqui / Aquela
manhã que se inicia / Desfolha a bandeira e renuncia / Puta filia / Puta
filia”. Os versos parafraseiam a canção “Geléia Geral”, de Gilberto Gil
e Torquato Neto, em que se ouve: “Um poeta desfolha a bandeira / E
a manhã tropical se inicia”. Ele conclui: “Bandeiras no mastro / novo
repasto / Mas cada gentio / trazia no cio / A fome das feras / naquele
jejum / Mas havia quimeras / de coca com rum / Pra cada um / pra
cada um”. Assim, atualiza-se o mote com alusões e metáforas acerca
da invenção da Tropicália, movida para a compreensão e a catarse da
cultura brasileira no tempo da ditadura e do atual.
A música “Marcha-Enredo da Creche Tropical” surge acompa-
nhada de um gráfico auxiliar no encarte do disco, que explica a natu-
reza da sofisticada educação que “os meninos bahianos” receberam na
Creche Tropical, uma vez que não somente Caetano e Gilberto Gil, mas
todos os circundantes da Tropicália nasceram no mesmo local onde
prevalecia a mesma cultura oral moçárabe. De acordo com Tom Zé
(2012), ”esta cultura se instalou com as primeiras bandeiras que saí-
ram de São Paulo para aquela região em 1576 e, conforme Euclides
da Cunha e Pedro Taques, ali permaneceram por questões mesológi-
cas”. Câmara Cascudo, Euclides da Cunha e Pedro Taques mostram
como, em séculos de miscigenação do colonizador com o indígena e
o negro, aqueles moradores — ainda que analfabetos e submetidos a
uma pobreza extrema — conservaram a rica cultura dos antepassados,
mantida como pentimento sobreposto às suas manifestações populares:
danças dramáticas, “rimas de três séculos” (segundo Tom Zé, improvi-
sos em estilo provençal), conversas noturnas ao pé do fogão e festas do
lugar.
A estrofe central da canção concentra parte da tese do enredo do
nome do disco e do título:
Ela entra e sai do sertão, ai Deus
Ai Deus nos dá descontínuo rincão
Perdida por lá, a cultura oral, oh mal
Testemunha vai lá — um tal
De Euclides da Cunha, unha, unha a a
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Lá... é quando ele cunha
Moeda que trinca na unha
E a língua um dia
Na creche, senhora, poder, magia
Naquele mundão
O falar da gente assegura
Na mansa doçura.
Gilberto Freyre, em Casa Grande & Senzala (1933), escreveu que a
língua portuguesa fora adocicada, mais bem sonorizada e modalizada
pelas escravas no trato com as crianças, filhos dos senhores de enge-
nho, perdendo certa rudeza original. Na estrofe seguinte, observa-se
a quebra pela alfabetização e o reconhecimento em Guimarães Rosa:
“Outra cosmovisão: pensar é pão / Depois em Rosa eu vi — ali dá, dali
vem / Prosa que li — ali dá, dali vem”. Em seguida, a canção relembra a
expulsão dos incréus, como em romance de cavalaria, e o retorno de D.
Sebastião, que povoa o imaginário português e também o imaginário
poético de Fernando Pessoa em Mensagem (1934). A música da canção
é belíssima, humorada, dançante: um deus dança nela.
Na canção que dá título ao disco, “Tropicália lixo lógico”, Tom Zé
explora a criação progressiva do lixo lógico, seu recolhimento no hipo-
tálamo e o vazamento para o córtex de Caetano e Gil quando excitado
pelo efeito do “gatilho disparador”. Pelos versos, após o largo elogio da
cultura moçárabe, retrata o choque do conhecimento letrado e lógico
do pensar aos moldes de “Aristotes”. Ressaldo que: “Aprendemos a jo-
gá-lo / No poço do hipotalo / Mas o lixo, duarteiro / O córtex invadiu: /
Caegitano entorta rocha / Capinante agiu”. “Duarteiro” é um termo
inventado que une as palavras “do” e “artista”; “Caegitano” refere-se
a Caetano e cigano, que na esfera da cultura moçárabe faz sentido; e
“Capinante” indica o mágico apelido poético para o músico e médico
Capinam. A canção contém a tese do disco, cuja análise demanda um
ensaio específico.
A faixa “NYC Subway Poetry Departament” toma de emprésti-
mo o ready-made do aviso aos passageiros que o metrô de Nova York
repete em cada estação, solicitando que os passageiros se afastem das
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portas: “Stand clear of the closing doors”. O aviso é repetido em tom
grave, num crescente quase severo. O forte da canção é o ritmo marca-
do pela repetição de duas linhas aliterativas que se confluem em clear/
closing e stand/doors. Pendula o tema marcuseano da “grande recusa”,
que, de certa forma, está latente e praticamente audível na canção pela
observação cotidiana das contradições da ordem político-social sob
“novas formas de controle”. Contudo, o resultado da audição da mú-
sica é a memória rediviva do tema marcuseano na linha política atual
do “Ocupe NYC”, de par com o emperramento da luta de classes e o
esgarçamento da classe operária.
Em “Apocalipsom B (O começo no palco do fim)”, confessa Tom
Zé que a concepção da canção deve-se a plágio de ideia do poeta Yeats,
precisamente do poema “A segunda vinda” (“The second coming”) e,
tomado de liberdade poética, operou a transposição para a manjedou-
ra, como berço da criança, para Amarassu (montagem com os nomes
das cidades de Santo Amaro da Purificação, cidade natal de Caetano
Veloso, e de Ituaçu, na Chapada Diamantina, onde Gilberto Gil passou
a infância). Eis verso de aparência enigmática: “Na manjedouramaras-
su / Nascer”. Note-se a inspiração advinda da poesia concreta, com
remissão também a versos experimentais de Caetano em canções dos
anos 70 e 80 do século passado. A canção é, praticamente, uma síntese
de todo tema do disco.
No disco Tropicália Lixo Lógico, a tese defendida é destilada por
meio das letras, valorizadas pela qualidade musical criativa e inovado-
ra. É, certamente, o disco mais experimental de Tom Zé. Tanto assim
que a fábrica de discos, depois de receber a masterização, devolveu-a
dizendo que era impossível fabricar algo tão cheio de erros. “Ora, esses
‘erros’ eram justamente o mais precioso artifício de composição que
eu produzi em todos estes anos”9
, afirma Tom Zé no encarte do disco.
9
Eis os erros apontados pela“fábrica”para cada faixa do disco:
“Quando a masterização foi para o fabricante do cd, recebemos um aviso de que havia muitos‘erros’e‘defeitos’no disco:
01-Toques de celular no final
02- Fx termina abruptamente / Ruídos de boca
03- Fx termina abruptamente / Ruídos no final
04- Fx termina abruptamente / Ruídos no final
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Estudando Tom Zé 885
No ano de 1970, Roberto Schwarz publicou o artigo “Notas sobre
a cultura e a política do Brasil: 1964-1969”10
, em que classificava o mo-
vimento Tropicália de “dialética sem síntese”. Passados 45 anos, acaso
o trabalho Tropicália lixo lógico de Tom Zé aponta para a possibilidade
de realização da pouco esperada síntese ou ainda não? Esgotou-se a
necessidade de tal expectação? Se as respostas não parecem óbvias, a
Tropicália continua na parada de sucesso. Afinal, se “o Brasil não é para
principiantes”, guardada devida proporção, a Tropicália também não.
Referências
CHAACHOO, A. La Música Andalusí Al-Ála: historia, concepto y teoria musi-
cal. Córdoba: Almuzara, 2011.
FAVARETTO, C. Tropicália: alegoria, alegria. São Paulo: Kairós, 1978.
FAVARETTO, C.A invenção de Hélio Oiticica. São Paulo: Edusp, 1992. (Texto e
Arte, 6).
FUENTES, A. G. de. Las Jarchas Mozárabes: forma y significado. Barcelona:
Crítica, 1994.
MANZANO, R. F.; SIMÓN, E. S. (Org.).Música y Poesía del Sur de Al-Andalus.
Granada; Sevilla: Lunwerg, 1995.
05- Fx termina abruptamente /Vozes no final
06- Fx termina com corte no fade out.
07- Risadas no final
08- Fx termina abruptamente / Apitos no final
09- Fx termina abruptamente /Toca e para 3 vezes /Vozes no final
10- Instrumento no final
11- Fx termina abruptamente / Instrumento no final
12- Fx termina abruptamente
13- Barulhos de boca / Estalo em 0:36
14- Fx termina abruptamente / Índios no fim
15- Fx termina abruptamente
16- OK.
Com a presente sugestão de:‘Favor conferir’”(Informações retiradas do release do disco, escrito porTom Zé).
10
Cf. SCHWARZ, 1970, p. 37-63, 1978, p. 61-87.
20. Rev. Filos., Aurora, Curitiba, v. 26, n. 39, p. 867-886, jul./dez. 2014
VALVERDE, A. J. R.886
PEDRAJAS, R.J. Historia de los mozárabes en Al Ándalus: mozárabes y musulma-
nes en Al Ándalus – ¿relaciones de convivencia?, ¿o de antagonismo y lucha?
Córdoba: Almuzara, 2013.
OVIDIO [Publio Ovidio Nasone]. Metamorfosi. A cura di Nino Scivoletto.
Roma: UTET, 2013.
SCHWARZ, R. O Pai de Família e outros estudos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
SCHWARZ, R. Remarques sur la culture et la politique au Brésil : 1964-1969.
Les Temps Modernes, n. 288, p. 37-63, juil. 1970.
SCHWARZ, R. Corações Veteranos. Rio de Janeiro: Frenezi, 1974.
TOM ZÉ. Coisa de estrangeiro falando coisa do Brasil, esse tipo de coisa na qual
a gente se sente uma coisa. O Estado de São Paulo, 9 maio 1999. Caderno 2.
TOM ZÉ. Tropicália lixo lógico. Produtor: Daniel Maia. São Paulo: Tom Zé, 2012.
1 CD. Acompanha encarte.
VELOSO, C. Alegria, alegria. Rio de Janeiro: Pedra Q Ronca, 1977.
VELOSO, C. Desde que o samba é samba. Intérpretes: Caetano Veloso e
Gilberto Gil. In: VELOSO, C.; GIL, G. Tropicália 2. [s.l.]: WEA, 1993. 1 CD.
VELOSO, C. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
VELOSO, C. “Lixo Lógico” Parte I. Jornal O Globo, 05 ago. 2012.
WOOLF, V. O valor do riso e outros ensaios. Trad. Leonardo Fróes. São Paulo:
Cosac Naify, 2014.
Recebido: 05/10/2014
Received: 10/05/2014
Aprovado: 28/10/2014
Approved: 10/28/2014