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Prof. Alexandre Alves
ÁFRICA
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA
ÁFRICA
• O continente africano é
formado por 53 países, limita-se,
a oeste, pelo oceano Atlântico;
a leste, pelo oceano Índico; ao
norte, pelo mar Mediterrâneo; e
a nordeste, pelo mar Vermelho.
O território africano distribui-se
pelos quatro hemisférios do
planeta Terra, e está
compreendido em apenas
duas zonas climáticas: a zona
intertropical (equatorial e
tropical norte e sul) e
temperada do norte e do sul.
A ORIGEM DO CONTINENTE AFRICANO
• Deriva Continental
• É o nome de uma teoria, também conhecida como Teoria Tectônica de Placas que trata do
movimento dos continentes pelo globo terrestre. Afirma tal teoria que as terras emersas do nosso
planeta vêm se movimentando desde sua consolidação, e continuam tal deslocamento, em grande
parte influência da ação no núcleo incandescente da Terra. Assim, as posições que os continentes e
ilhas do planeta ocupam hoje no mapa eram e serão bem diferentes da configuração que
apresentam hoje, ou seja, os continentes estão à deriva pelo oceano, em movimento sem direção
determinada.
• No período carbonífero na era Paleozóica, há aproximadamente 250 milhões de anos, a Terra não
possuía uma configuração como a atual, naquele momento não existia separação entre os
continentes como conhecemos hoje, por exemplo, as Américas eram divididas da África pelo Oceano
Atlântico. Nesse período, havia uma única massa continental, denominada de Pangéia, e existiam
também mares rasos chamados de epicontinentais (massa continental cercada por um único oceano,
esse denominado de Pantalassa).
• As placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da Terra, ou seja,
a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em constante movimentação (se
movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou se aproximar umas das outras.
GEOLOGIA DA ÁFRICA
• O continente africano é constituído por um grande escudo cristalino, apresenta altitudes modestas, com
um relevo predominante planáltico, bastante desgastado pela erosão. Na região noroeste do continente,
encontramos a Cadeia Montanhosa do Atlas, o ponto culminante desse conjunto montanhoso é o Tbukal,
com 4.165m. Ao sul da Cadeia do Atlas, o relevo tem uma forma de um grande planalto, com altitudes
variando em 450m, trata-se do famoso deserto do Saara, com mais de 8.5 milhões de Km², equivalente ao
tamanho do Brasil. E ao sul o deserto de Kalahar.
CLIMA E VEGETAÇÃO
• Em função das temperaturas médias anuais elevadas na maior parte da África, suas regiões climáticas
estão baseadas principalmente na quantidade e distribuição sazonal de chuvas. Cerca de ¾ do
continente são recobertos por climas tropicais, enquanto o restante recebe influência do clima
subtropical, mediterrâneo e temperado. No alto das montanhas ocorrem climas frios.
• As linhas imaginárias do Trópico de Câncer, Equador e Trópico de Capricórnio que atravessam a África
formam uma espécie de simetria. O Equador atravessa a parte central do continente e o divide de
maneira que os climas que aparecem no norte do país em direção do Equador se repetem no hemisfério
sul de maneira invertida. A África é o único continente que ocupa parte de todos os quatro hemisférios
• Clima Equatorial/Tropical Úmido – Floresta
O clima Equatorial existe em apenas uma parte relativamente pequena da África. Ele ocorre em um
trecho de 1.100 km de largura ao longo da linha do Equador, terminando em terras altas da África
Oriental e Central. A vegetação correspondente é a latifoliada, com grande biodiversidade. A maior
parte das florestas da África é tropical. Elas cobrem menos de um décimo do continente e ocorrem
onde as chuvas são mais fortes ao longo do ano.
• Tropical Típico - Savanas e Estepes
O clima Tropical Típico representa uma alternância entre uma estação seca (primavera-verão) e outra
chuvosa (outono-inverno). Com duração de seis meses, o período seco é o clima com características
mais distintas. As savanas cobrem, aproximadamente, um terço do continente e são áreas onde a
cobertura do solo é formada principalmente por campos. Eles são, no entanto, pontilhados por bosques,
árvores dispersas, ou arbustos, dependendo da duração da estação seca.
• Clima Tropical Desértico - Vegetação Desértica
A África possui grandes faixas que possuem o clima desértico. Nesse clima, as faixas de temperatura são
maiores e a superfície de terra aquece e resfria rapidamente. As temperaturas durante o dia nos meses
mais quentes muitas vezes são superiores a 38 ° C e, ocasionalmente, sobem acima de 54 ° C. As médias
do mês mais frio variam entre 10 ° C e 16 ° C durante o dia. A precipitação média anual não excede 250
mm em qualquer lugar, com algumas áreas permanecendo sem chuvas durante anos. Os três maiores
desertos são o Saara, ao norte, e o Deserto da Namíbia e o Kalahari, ao sul. Os desertos como o do
Saara e o da Namíbia praticamente não possuem vegetação, exceto nos oásis (locais onde ocorrem
nascentes ou poços).
• Clima Mediterrâneo - Vegetação Mediterrânea
O clima Mediterrâneo ocorre ao longo de parte das costas norte e sul do continente africano.
Os verões secos e os invernos moderadamente chuvosos são as marcas principais desse tipo
climático. Durante o mês mais quente, a temperatura média é ligeiramente superior a 21° C
perto da costa e cerca de 27 °C no interior. As temperaturas para o mês mais frio são de
aproximadamente 10 e 16 °C, respectivamente. A vegetação é constituída por vários tipos de
arbustos e árvores pequenas, tanto perenifólias quanto decíduas. Muitas das plantas têm folhas
coriáceas e raízes profundas, que lhes permitem suportar longos verões secos.
• Polar
Nas regiões montanhosas, especialmente na África Oriental, as temperaturas são mais baixas
do que nas zonas de latitude comparável a altitudes mais baixas. Isso é particularmente
comum no Planalto da Etiópia e em algumas das montanhas da região do Rift Valley. Em áreas
de relevo acentuado em direção dos ventos úmidos, as chuvas são mais frequentes. O tipo de
vegetação depende da altitude, latitude e direção dos ventos.
• Oasis
HIDROGRAFIA
• A hidrografia da África inclui o segundo rio mais extenso do planeta, o rio Nilo. O extenso continente
possui grandes bacias hidrográficas. A maioria dos rios africanos nasce próximo aos oceanos, mas
em lugar de se dirigir diretamente a eles, corre em direção oposta, até o interior do continente e só
chega ao mar depois de fazer alguns contornos bastante externos e curiosos. O segundo maior rio
do continente africano é o rio Congo.
BREVE HISTÓRICO
ORIGENS DAS CIVILIZAÇÕES AFRICANAS: Quando falamos em África, lembramos que o Egito foi
provavelmente o primeiro Estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, com suas famosas
construções de templos, pirâmides, e palácios que estão preservados até hoje sendo atração para
pesquisadores e turistas. Os gregos e os romanos também deixaram muitas evidências de seus impérios e
das suas cidades, posteriormente tivemos a influência dos povos árabes com suas religiões e culturas
compondo a chamada “África Branca”
DOMINAÇÃO EUROPEIA: No período da expansão marítima
europeia, no século XV, os portugueses tentavam contornar a
costa africana para chegar nas Índias em busca de especiarias.
Muitas áreas da costa africana foram conquistadas e o
comércio europeu foi estendido para essas áreas.
Na África existiam muitas tribos primitivas que viviam em contato
com a natureza e não tinham tecnologia avançada. Havia
guerras entre tribos diferentes, a tribo derrotada na guerra se
tornava escrava da tribo vencedora.
No período de Colonização da América, ocorria o tráfico
negreiro, em que eram buscados negros da África para
trabalhar como escravos nas colônias como mão-de-obra,
principalmente nas plantações. Os escravos eram conseguidos
pelos europeus por negociações com as tribos vencedoras,
trocando os escravos por mercadorias de pouco valor na
Europa, como tabaco e aguardente, e levados para América
como peças (mercadorias valiosas).
Após a Revolução Industrial e a independência das colônias do
continente americano, no século XVIII, as potências europeias
começaram a dominar administrativamente várias áreas da
África e da Ásia para expandir o comércio, buscar matérias-
primas e mercado consumidor, e deslocar a mão-de-obra
desempregada da Europa.
Na colonização, a África foi dividida de acordo com os
interesses europeus, que culminou com a partilha do continente
pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885.
Tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas unidas. Após a
Segunda Guerra Mundial, as colônias na África começaram a
conquistar a independência, formando os atuais países
africanos.
DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA: As duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade
do século XX deixaram aqueles países sem condições para manterem um domínio econômico e militar nas suas
colônias. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou conta de muitos países
africanos, levou as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colônias, iniciando-se a
descolonização.
Este processo foi geralmente antecedido por um conflito entre as "forças vivas" da colónia e a administração
colonial, (como foi o caso de algumas colónias portuguesas e da Argélia). No entanto, houve casos em que a
potência colonial, por pressões internas ou internacionais, depois de verificar se a manutenção de colónias
gerava mais prejuízos que benefícios, decidiam por sua iniciativa conceder a independência às suas colónias,
como aconteceu com várias das ex-colónias francesas e britânicas. Nestes casos, foi frequente o
estabelecimento de acordos em que a potência colonial tem privilégios no comércio e em outros aspectos da
economia e política.
APARTHEID (vida separada): A questão racial assumiu uma forma radical na África do Sul: embora os negros,
mestiços e descendentes de indianos constituíssem 86% da população, eram os brancos que detinham todo o
poder político, e somente eles gozavam de direitos civis.
A origem desse sistema, denominado apartheid, data de 1911, quando os africânderes (descendentes de
agricultores holandeses e franceses que emigraram para a África do Sul) e os britânicos estabeleceram uma
série de leis para consolidar seu domínio sobre os negros. Em 1948, a política de segregação racial foi
oficializada, criando direitos e zonas residenciais para brancos, negros, asiáticos e mestiços.
Na década de 1950, foi fundado o Congresso Nacional Africano (CNA), partido político contrário ao apartheid
na África do Sul. Em 1960, o CNA foi declarado ilegal e seu líder Nelson Mandela, condenado à prisão
perpétua. De 1958 a 1976, a política do apartheid se fortaleceu com a criação dos bantustões, apesar dos
protestos da maioria negra apesar do massacre da cidade de Soweto).
Diante de tal situação, cresceram o descontentamento e a revolta da maioria subjugada pelos brancos; os
choques tornaram-se frequentes e violentos. A comunidade internacional usou algumas formas de pressão
contra o governo sul-africano, especialmente no âmbito diplomático e econômico, no sentido de fazê-lo abolir
a instituição do apartheid.
Finalmente, em 1992, Frederik de Klerk aboliu as leis discriminatórias e libertou Mandela. Em 1994, tiveram lugar
as primeiras eleições multirraciais na África do Sul, em que o CNA ganhou a maioria, embora dando o lugar de
Vice-presidente a De Klerk; o CNA continuou a ganhar as eleições até 2009, continuando a governar.

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  • 2. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA ÁFRICA • O continente africano é formado por 53 países, limita-se, a oeste, pelo oceano Atlântico; a leste, pelo oceano Índico; ao norte, pelo mar Mediterrâneo; e a nordeste, pelo mar Vermelho. O território africano distribui-se pelos quatro hemisférios do planeta Terra, e está compreendido em apenas duas zonas climáticas: a zona intertropical (equatorial e tropical norte e sul) e temperada do norte e do sul.
  • 3. A ORIGEM DO CONTINENTE AFRICANO • Deriva Continental • É o nome de uma teoria, também conhecida como Teoria Tectônica de Placas que trata do movimento dos continentes pelo globo terrestre. Afirma tal teoria que as terras emersas do nosso planeta vêm se movimentando desde sua consolidação, e continuam tal deslocamento, em grande parte influência da ação no núcleo incandescente da Terra. Assim, as posições que os continentes e ilhas do planeta ocupam hoje no mapa eram e serão bem diferentes da configuração que apresentam hoje, ou seja, os continentes estão à deriva pelo oceano, em movimento sem direção determinada. • No período carbonífero na era Paleozóica, há aproximadamente 250 milhões de anos, a Terra não possuía uma configuração como a atual, naquele momento não existia separação entre os continentes como conhecemos hoje, por exemplo, as Américas eram divididas da África pelo Oceano Atlântico. Nesse período, havia uma única massa continental, denominada de Pangéia, e existiam também mares rasos chamados de epicontinentais (massa continental cercada por um único oceano, esse denominado de Pantalassa). • As placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da Terra, ou seja, a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em constante movimentação (se movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou se aproximar umas das outras.
  • 4.
  • 5. GEOLOGIA DA ÁFRICA • O continente africano é constituído por um grande escudo cristalino, apresenta altitudes modestas, com um relevo predominante planáltico, bastante desgastado pela erosão. Na região noroeste do continente, encontramos a Cadeia Montanhosa do Atlas, o ponto culminante desse conjunto montanhoso é o Tbukal, com 4.165m. Ao sul da Cadeia do Atlas, o relevo tem uma forma de um grande planalto, com altitudes variando em 450m, trata-se do famoso deserto do Saara, com mais de 8.5 milhões de Km², equivalente ao tamanho do Brasil. E ao sul o deserto de Kalahar.
  • 6. CLIMA E VEGETAÇÃO • Em função das temperaturas médias anuais elevadas na maior parte da África, suas regiões climáticas estão baseadas principalmente na quantidade e distribuição sazonal de chuvas. Cerca de ¾ do continente são recobertos por climas tropicais, enquanto o restante recebe influência do clima subtropical, mediterrâneo e temperado. No alto das montanhas ocorrem climas frios. • As linhas imaginárias do Trópico de Câncer, Equador e Trópico de Capricórnio que atravessam a África formam uma espécie de simetria. O Equador atravessa a parte central do continente e o divide de maneira que os climas que aparecem no norte do país em direção do Equador se repetem no hemisfério sul de maneira invertida. A África é o único continente que ocupa parte de todos os quatro hemisférios
  • 7. • Clima Equatorial/Tropical Úmido – Floresta O clima Equatorial existe em apenas uma parte relativamente pequena da África. Ele ocorre em um trecho de 1.100 km de largura ao longo da linha do Equador, terminando em terras altas da África Oriental e Central. A vegetação correspondente é a latifoliada, com grande biodiversidade. A maior parte das florestas da África é tropical. Elas cobrem menos de um décimo do continente e ocorrem onde as chuvas são mais fortes ao longo do ano. • Tropical Típico - Savanas e Estepes O clima Tropical Típico representa uma alternância entre uma estação seca (primavera-verão) e outra chuvosa (outono-inverno). Com duração de seis meses, o período seco é o clima com características mais distintas. As savanas cobrem, aproximadamente, um terço do continente e são áreas onde a cobertura do solo é formada principalmente por campos. Eles são, no entanto, pontilhados por bosques, árvores dispersas, ou arbustos, dependendo da duração da estação seca. • Clima Tropical Desértico - Vegetação Desértica A África possui grandes faixas que possuem o clima desértico. Nesse clima, as faixas de temperatura são maiores e a superfície de terra aquece e resfria rapidamente. As temperaturas durante o dia nos meses mais quentes muitas vezes são superiores a 38 ° C e, ocasionalmente, sobem acima de 54 ° C. As médias do mês mais frio variam entre 10 ° C e 16 ° C durante o dia. A precipitação média anual não excede 250 mm em qualquer lugar, com algumas áreas permanecendo sem chuvas durante anos. Os três maiores desertos são o Saara, ao norte, e o Deserto da Namíbia e o Kalahari, ao sul. Os desertos como o do Saara e o da Namíbia praticamente não possuem vegetação, exceto nos oásis (locais onde ocorrem nascentes ou poços).
  • 8. • Clima Mediterrâneo - Vegetação Mediterrânea O clima Mediterrâneo ocorre ao longo de parte das costas norte e sul do continente africano. Os verões secos e os invernos moderadamente chuvosos são as marcas principais desse tipo climático. Durante o mês mais quente, a temperatura média é ligeiramente superior a 21° C perto da costa e cerca de 27 °C no interior. As temperaturas para o mês mais frio são de aproximadamente 10 e 16 °C, respectivamente. A vegetação é constituída por vários tipos de arbustos e árvores pequenas, tanto perenifólias quanto decíduas. Muitas das plantas têm folhas coriáceas e raízes profundas, que lhes permitem suportar longos verões secos. • Polar Nas regiões montanhosas, especialmente na África Oriental, as temperaturas são mais baixas do que nas zonas de latitude comparável a altitudes mais baixas. Isso é particularmente comum no Planalto da Etiópia e em algumas das montanhas da região do Rift Valley. Em áreas de relevo acentuado em direção dos ventos úmidos, as chuvas são mais frequentes. O tipo de vegetação depende da altitude, latitude e direção dos ventos. • Oasis
  • 9. HIDROGRAFIA • A hidrografia da África inclui o segundo rio mais extenso do planeta, o rio Nilo. O extenso continente possui grandes bacias hidrográficas. A maioria dos rios africanos nasce próximo aos oceanos, mas em lugar de se dirigir diretamente a eles, corre em direção oposta, até o interior do continente e só chega ao mar depois de fazer alguns contornos bastante externos e curiosos. O segundo maior rio do continente africano é o rio Congo.
  • 10. BREVE HISTÓRICO ORIGENS DAS CIVILIZAÇÕES AFRICANAS: Quando falamos em África, lembramos que o Egito foi provavelmente o primeiro Estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, com suas famosas construções de templos, pirâmides, e palácios que estão preservados até hoje sendo atração para pesquisadores e turistas. Os gregos e os romanos também deixaram muitas evidências de seus impérios e das suas cidades, posteriormente tivemos a influência dos povos árabes com suas religiões e culturas compondo a chamada “África Branca”
  • 11. DOMINAÇÃO EUROPEIA: No período da expansão marítima europeia, no século XV, os portugueses tentavam contornar a costa africana para chegar nas Índias em busca de especiarias. Muitas áreas da costa africana foram conquistadas e o comércio europeu foi estendido para essas áreas. Na África existiam muitas tribos primitivas que viviam em contato com a natureza e não tinham tecnologia avançada. Havia guerras entre tribos diferentes, a tribo derrotada na guerra se tornava escrava da tribo vencedora. No período de Colonização da América, ocorria o tráfico negreiro, em que eram buscados negros da África para trabalhar como escravos nas colônias como mão-de-obra, principalmente nas plantações. Os escravos eram conseguidos pelos europeus por negociações com as tribos vencedoras, trocando os escravos por mercadorias de pouco valor na Europa, como tabaco e aguardente, e levados para América como peças (mercadorias valiosas). Após a Revolução Industrial e a independência das colônias do continente americano, no século XVIII, as potências europeias começaram a dominar administrativamente várias áreas da África e da Ásia para expandir o comércio, buscar matérias- primas e mercado consumidor, e deslocar a mão-de-obra desempregada da Europa. Na colonização, a África foi dividida de acordo com os interesses europeus, que culminou com a partilha do continente pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885. Tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas unidas. Após a Segunda Guerra Mundial, as colônias na África começaram a conquistar a independência, formando os atuais países africanos.
  • 12. DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA: As duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade do século XX deixaram aqueles países sem condições para manterem um domínio econômico e militar nas suas colônias. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou conta de muitos países africanos, levou as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colônias, iniciando-se a descolonização. Este processo foi geralmente antecedido por um conflito entre as "forças vivas" da colónia e a administração colonial, (como foi o caso de algumas colónias portuguesas e da Argélia). No entanto, houve casos em que a potência colonial, por pressões internas ou internacionais, depois de verificar se a manutenção de colónias gerava mais prejuízos que benefícios, decidiam por sua iniciativa conceder a independência às suas colónias, como aconteceu com várias das ex-colónias francesas e britânicas. Nestes casos, foi frequente o estabelecimento de acordos em que a potência colonial tem privilégios no comércio e em outros aspectos da economia e política. APARTHEID (vida separada): A questão racial assumiu uma forma radical na África do Sul: embora os negros, mestiços e descendentes de indianos constituíssem 86% da população, eram os brancos que detinham todo o poder político, e somente eles gozavam de direitos civis. A origem desse sistema, denominado apartheid, data de 1911, quando os africânderes (descendentes de agricultores holandeses e franceses que emigraram para a África do Sul) e os britânicos estabeleceram uma série de leis para consolidar seu domínio sobre os negros. Em 1948, a política de segregação racial foi oficializada, criando direitos e zonas residenciais para brancos, negros, asiáticos e mestiços. Na década de 1950, foi fundado o Congresso Nacional Africano (CNA), partido político contrário ao apartheid na África do Sul. Em 1960, o CNA foi declarado ilegal e seu líder Nelson Mandela, condenado à prisão perpétua. De 1958 a 1976, a política do apartheid se fortaleceu com a criação dos bantustões, apesar dos protestos da maioria negra apesar do massacre da cidade de Soweto). Diante de tal situação, cresceram o descontentamento e a revolta da maioria subjugada pelos brancos; os choques tornaram-se frequentes e violentos. A comunidade internacional usou algumas formas de pressão contra o governo sul-africano, especialmente no âmbito diplomático e econômico, no sentido de fazê-lo abolir a instituição do apartheid. Finalmente, em 1992, Frederik de Klerk aboliu as leis discriminatórias e libertou Mandela. Em 1994, tiveram lugar as primeiras eleições multirraciais na África do Sul, em que o CNA ganhou a maioria, embora dando o lugar de Vice-presidente a De Klerk; o CNA continuou a ganhar as eleições até 2009, continuando a governar.