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Universidade Federal Fluminense
Niterói, 21 de Março de 2011
Professor: José Rodrigues
Aluna: Erika de Carvalho Dias


Resenha sobre o documentário “Pro dia nascer feliz”

         João Jardim abordaem “ Pro dia nascer feliz” com uma linguagem fantástica e acessível,
com extrema maestria e aguçada capacidade de representar a realidade da educação no Brasil,
perpassando por distintas facetas, desde a escola publica à particular, aos pobres e ricos, e
realçando a discrepância também presente entre periferia e centro, como do Sertão Nordestino
até as elites paulistas e cariocas. Apresenta através dos relatos de professores e alunos as
dificuldades encontradas por ambos, e o retrato social da escola, que acaba traduzindo o perfil
comportamental e a postura adquirida por ambos.

         Trata-se de um documentário que mexe com os nossos sentimentose nos faz (re)concluir
a magnitude de desigualdades ao qual o Brasil está fadado a conviver, e nos coloca questões
fatídicas em respeito ao rumo que a educação vem seguindo, principalmente por defasagem na
formação familiar e descaso governamental com a educação como um todo, que vem
descarrilhando junto uma série de questões, como a violência, o tráfico de drogas, a gravidez na
adolescência etc.

        Aos professores como pudemosobservar, estão sujeitos a educar em condições
precárias, como no caso da escola de Manari em Pernambuco, por falta de verba, materiais e
merenda, e no exemplo das escolas de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro e de Itaquaquecetuba
em são Paulo, onde a violência é algo perturbador e constante, além da falta de estímulo, pelo
desinteresse dos alunos, que não levam a sério seus estudos, gerando indisciplina para os dois
lados.

         Pudemos perceber uma discrepância imensa entre os perfis dos alunos, esta diferença
resume-se a abismo social e econômico que é característicoem nosso país, onde convivemos
com pessoas que possuem maiores condições e os que estão a mercê dos programas
governamentais, e além disso não conseguem se qualificar de uma forma apropriada para chegar
ao ponto de competir com os que são mais preparados e logicamente possuem um poder
aquisitivo superior.

        Como vimos, em Pernambuco crianças deixa m de ir a escola porque não existe
transporte para todos e as crianças não teriam, logicamente, condições de andar muitos
quilômetros ou bancar de seus bolsos um transporte diário. Nesta situação, o quadro que
encontramos é muitas vezes de encontrar crianças que não possuem sonhos, pois a realidade não
vos concede a chance. Viram crianças desesperançosas, e que consomem seu tempo trabalhando
e perdendo a chance de ter um futuro melhor.

        Vimos o exemplo de Valéria, menina de 13 anos, moradora de Manari-PE, que possui
vontade de estudar, aprecia a leitura, num nível que nem os professores acreditam na hipótese
desta escrever redações que vão além do esperado naquela comunidade. Para ela, certamente, tal
fato é desanimador, porque não a estimula a querer sempre produzir mais, fica fadada a ter
apenas o seu próprio incentivo. Outro caso mostrado foi na escola de Valéria, em Inajá-PE, onde
cursa formação de professores, onde muitos professores faltam, alguns mandam um
representante, outros nem isso. Não cumprem com o seu compromisso, e ainda avaliam todos os
alunos como se fossem todos iguais, e os atribuem a mesma nota. A realidade é bem cruel, além
da precária infraestrutura e da desmotivação por ambas partes, a pobreza se faz presente.
Conforme relato de uma professora, algumas alunas vêm estudar da mesma forma que se fosse a
um baile, levam os livros, mas sequer entram na escola, ficam paquerando e namorando.

        Em Duque de Caxias-RJ, pudemos visualizar uma outra realidade, pois a escola se
localiza a poucos metros de uma “boca de fumo”, o que acaba incluindo questões complicadas
como o tráfico de drogas, violência e indisciplina. Foi posto em foco o caso de um aluno,
Deivison Douglas, de 16 anos, irreverente, comunicativo, mas também indisciplinado, e com
comportamentos por vezes violentos e inapropriados. O mesmo deveria ficar em dependência
em algumas matérias, porém a decisão dos professores é que não se retenha o aluno, pois a
mesma dependência não resolve nada na opinião deles. Dessa forma, a qualidade do ensino só
tende a cair, e ocorre uma diminuição das repetências, mas o que não significa um progresso na
educação, mas sim uma completa maquiagem. Ao mesmo tempo, os discentes sabem que serão
aprovados, corroborando com os índices crescentes do governo.

        Em Itaquaquecetuba-SP, em uma escola de periferia (conforme dito por uma professora
“periferia da periferia”),o dinheiro aparece com um entrave para a realização de atividades
culturais e a falta constante dos professores desmotiva os alunos e os deixa ociosos. Várias
opiniões foram importantes entre os professores, dentre eles me recordo de uma dizendo que o
professor perdeu a sua dignidade, pois precisa aceitar tudo na sala de aula; outra observação foi
ao se referir esta escola de hoje está vivendo aos moldes do século passado, pois a realidade dos
alunos é outra, e este sistema precisa se adequar a esta realidade. Como ela mesmo disse “lá fora
é muito mais interessante”, e é verdade, pois a estrutura física e organizacional do espaço
escolar por si só já demostra que está defasada.

         Em uma outra escola abordada no documentário, localizada em São Paulo, em Alto de
Pinheiros, bairro de classe média alta, pudemos verificar uma outra realidade das expostas até
então no filme. Primeiramente porque se trata de uma colégio particular, então nota-se que o
perfil do alunado é diferente dos abordados.Logo no inicio da entrevista com alguns alunos,
percebemos que os mesmos possuem um senso critico apurado e tentam tratar esta questão da
desigualdade, como uma questão de falta de oportunidade. Estudam uma carga horária mais
puxada e almejam garantir a entrada para uma boa faculdade, nem que para isso seja necessário
o auxílio de professor particular. A família pode se dizer mais presente na formação de seus
filhos, se não for pelo lado da atenção, mas pelo lado material e financeiro. Pude perceber que
os problemas destes adolescentes são bem diferentes dos que observamos até então, são, na
verdade, criados por dúvidas em relação a vida, de onde viemos, pra onde vamos, ou seja,
fatores de ordem filosófica.

        Na periferia de São Paulo, em um colégio estadual, uma questão que foi bastante
discutida foi a violência que os alunos estão expostos, de maneira direta ou indireta, através da
família ou na escola com os alunos. Em meio a estes assuntos, a gravidez na adolescência
também mereceu destaque, no caso da menina Rita que engravidou aos 18 anos, parou de
estudar e só veio a retornar dois a nos depois, fazendo com que o sonho de uma faculdade fosse
ficado cada vez mais em segundo plano.

        Em uma realidade bem mais obscura, também na periferia de São Paulo, foi exposto o
fato de uma menina ter matado uma adolescente dentro da escola, por motivos que não
poderemos nunca entender. O que é surpreendente é que não se arrependeu, disse ainda que só
adiantou o que um dia iria acontecer, e ainda o tempo que ficará reclusa em casa de menores é
um tempo muito curto, coisa que passa rápido. Outro fato abordado foi o desvio de
comportamento de adolescentes, que ingressam na vida de crimes, assaltos, por influência de
amigos ou pela falta de estrutura familiar. Isso a partir do primeiro momento que acontece, se
torna um vicio, e depois sair dessa realidade vai se tornando cada vez mais difícil. E a escola
está a mercê de acolher toda esta clientela, sem distinção, e os professores ficam nessa difícil
tarefa que é tentar ao menos fazer com que os alunos se interessem em aprender. Mas nem
sempre conseguem,muitas vezes se desmotivam e seguem sua profissão sem dedicação e
comprometimento.

          Enfim, o que nos resta dizer é que o trabalho do educador se torna a cada dia mais
difícil e menos valorizado. É o reflexo de como este governo investe neste setor, de como a
família está deixando tudo sob responsabilidade da escola, se esquecendo de transmitir
cordialidade, respeito e normas básicas para se viver em harmonia com a sociedade. É preciso
que ocorra uma verdadeira revolução na educação, desde a base até o ultimo patamar, para que
ao menos nossos netos ou bisnetos possam vir a vislumbrar de mais esperança e paz, e poder
traduzir todas as qualidades existentes em nosso cotidiano, fazendo nascer um mundo melhor
para se viver. Conforme as últimas imagens do filme ficam com as crianças a nossa espera em
dias melhores.

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Desigualdades na Educação Brasileira

  • 1. Universidade Federal Fluminense Niterói, 21 de Março de 2011 Professor: José Rodrigues Aluna: Erika de Carvalho Dias Resenha sobre o documentário “Pro dia nascer feliz” João Jardim abordaem “ Pro dia nascer feliz” com uma linguagem fantástica e acessível, com extrema maestria e aguçada capacidade de representar a realidade da educação no Brasil, perpassando por distintas facetas, desde a escola publica à particular, aos pobres e ricos, e realçando a discrepância também presente entre periferia e centro, como do Sertão Nordestino até as elites paulistas e cariocas. Apresenta através dos relatos de professores e alunos as dificuldades encontradas por ambos, e o retrato social da escola, que acaba traduzindo o perfil comportamental e a postura adquirida por ambos. Trata-se de um documentário que mexe com os nossos sentimentose nos faz (re)concluir a magnitude de desigualdades ao qual o Brasil está fadado a conviver, e nos coloca questões fatídicas em respeito ao rumo que a educação vem seguindo, principalmente por defasagem na formação familiar e descaso governamental com a educação como um todo, que vem descarrilhando junto uma série de questões, como a violência, o tráfico de drogas, a gravidez na adolescência etc. Aos professores como pudemosobservar, estão sujeitos a educar em condições precárias, como no caso da escola de Manari em Pernambuco, por falta de verba, materiais e merenda, e no exemplo das escolas de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro e de Itaquaquecetuba em são Paulo, onde a violência é algo perturbador e constante, além da falta de estímulo, pelo desinteresse dos alunos, que não levam a sério seus estudos, gerando indisciplina para os dois lados. Pudemos perceber uma discrepância imensa entre os perfis dos alunos, esta diferença resume-se a abismo social e econômico que é característicoem nosso país, onde convivemos com pessoas que possuem maiores condições e os que estão a mercê dos programas governamentais, e além disso não conseguem se qualificar de uma forma apropriada para chegar ao ponto de competir com os que são mais preparados e logicamente possuem um poder aquisitivo superior. Como vimos, em Pernambuco crianças deixa m de ir a escola porque não existe transporte para todos e as crianças não teriam, logicamente, condições de andar muitos quilômetros ou bancar de seus bolsos um transporte diário. Nesta situação, o quadro que encontramos é muitas vezes de encontrar crianças que não possuem sonhos, pois a realidade não vos concede a chance. Viram crianças desesperançosas, e que consomem seu tempo trabalhando e perdendo a chance de ter um futuro melhor. Vimos o exemplo de Valéria, menina de 13 anos, moradora de Manari-PE, que possui vontade de estudar, aprecia a leitura, num nível que nem os professores acreditam na hipótese desta escrever redações que vão além do esperado naquela comunidade. Para ela, certamente, tal fato é desanimador, porque não a estimula a querer sempre produzir mais, fica fadada a ter apenas o seu próprio incentivo. Outro caso mostrado foi na escola de Valéria, em Inajá-PE, onde cursa formação de professores, onde muitos professores faltam, alguns mandam um
  • 2. representante, outros nem isso. Não cumprem com o seu compromisso, e ainda avaliam todos os alunos como se fossem todos iguais, e os atribuem a mesma nota. A realidade é bem cruel, além da precária infraestrutura e da desmotivação por ambas partes, a pobreza se faz presente. Conforme relato de uma professora, algumas alunas vêm estudar da mesma forma que se fosse a um baile, levam os livros, mas sequer entram na escola, ficam paquerando e namorando. Em Duque de Caxias-RJ, pudemos visualizar uma outra realidade, pois a escola se localiza a poucos metros de uma “boca de fumo”, o que acaba incluindo questões complicadas como o tráfico de drogas, violência e indisciplina. Foi posto em foco o caso de um aluno, Deivison Douglas, de 16 anos, irreverente, comunicativo, mas também indisciplinado, e com comportamentos por vezes violentos e inapropriados. O mesmo deveria ficar em dependência em algumas matérias, porém a decisão dos professores é que não se retenha o aluno, pois a mesma dependência não resolve nada na opinião deles. Dessa forma, a qualidade do ensino só tende a cair, e ocorre uma diminuição das repetências, mas o que não significa um progresso na educação, mas sim uma completa maquiagem. Ao mesmo tempo, os discentes sabem que serão aprovados, corroborando com os índices crescentes do governo. Em Itaquaquecetuba-SP, em uma escola de periferia (conforme dito por uma professora “periferia da periferia”),o dinheiro aparece com um entrave para a realização de atividades culturais e a falta constante dos professores desmotiva os alunos e os deixa ociosos. Várias opiniões foram importantes entre os professores, dentre eles me recordo de uma dizendo que o professor perdeu a sua dignidade, pois precisa aceitar tudo na sala de aula; outra observação foi ao se referir esta escola de hoje está vivendo aos moldes do século passado, pois a realidade dos alunos é outra, e este sistema precisa se adequar a esta realidade. Como ela mesmo disse “lá fora é muito mais interessante”, e é verdade, pois a estrutura física e organizacional do espaço escolar por si só já demostra que está defasada. Em uma outra escola abordada no documentário, localizada em São Paulo, em Alto de Pinheiros, bairro de classe média alta, pudemos verificar uma outra realidade das expostas até então no filme. Primeiramente porque se trata de uma colégio particular, então nota-se que o perfil do alunado é diferente dos abordados.Logo no inicio da entrevista com alguns alunos, percebemos que os mesmos possuem um senso critico apurado e tentam tratar esta questão da desigualdade, como uma questão de falta de oportunidade. Estudam uma carga horária mais puxada e almejam garantir a entrada para uma boa faculdade, nem que para isso seja necessário o auxílio de professor particular. A família pode se dizer mais presente na formação de seus filhos, se não for pelo lado da atenção, mas pelo lado material e financeiro. Pude perceber que os problemas destes adolescentes são bem diferentes dos que observamos até então, são, na verdade, criados por dúvidas em relação a vida, de onde viemos, pra onde vamos, ou seja, fatores de ordem filosófica. Na periferia de São Paulo, em um colégio estadual, uma questão que foi bastante discutida foi a violência que os alunos estão expostos, de maneira direta ou indireta, através da família ou na escola com os alunos. Em meio a estes assuntos, a gravidez na adolescência também mereceu destaque, no caso da menina Rita que engravidou aos 18 anos, parou de estudar e só veio a retornar dois a nos depois, fazendo com que o sonho de uma faculdade fosse ficado cada vez mais em segundo plano. Em uma realidade bem mais obscura, também na periferia de São Paulo, foi exposto o fato de uma menina ter matado uma adolescente dentro da escola, por motivos que não
  • 3. poderemos nunca entender. O que é surpreendente é que não se arrependeu, disse ainda que só adiantou o que um dia iria acontecer, e ainda o tempo que ficará reclusa em casa de menores é um tempo muito curto, coisa que passa rápido. Outro fato abordado foi o desvio de comportamento de adolescentes, que ingressam na vida de crimes, assaltos, por influência de amigos ou pela falta de estrutura familiar. Isso a partir do primeiro momento que acontece, se torna um vicio, e depois sair dessa realidade vai se tornando cada vez mais difícil. E a escola está a mercê de acolher toda esta clientela, sem distinção, e os professores ficam nessa difícil tarefa que é tentar ao menos fazer com que os alunos se interessem em aprender. Mas nem sempre conseguem,muitas vezes se desmotivam e seguem sua profissão sem dedicação e comprometimento. Enfim, o que nos resta dizer é que o trabalho do educador se torna a cada dia mais difícil e menos valorizado. É o reflexo de como este governo investe neste setor, de como a família está deixando tudo sob responsabilidade da escola, se esquecendo de transmitir cordialidade, respeito e normas básicas para se viver em harmonia com a sociedade. É preciso que ocorra uma verdadeira revolução na educação, desde a base até o ultimo patamar, para que ao menos nossos netos ou bisnetos possam vir a vislumbrar de mais esperança e paz, e poder traduzir todas as qualidades existentes em nosso cotidiano, fazendo nascer um mundo melhor para se viver. Conforme as últimas imagens do filme ficam com as crianças a nossa espera em dias melhores.