1. A alfabetização escolar tem sido alvo de controvérsias teóricas e metodológicas ao longo dos anos.
2. Novas pesquisas a partir de 1980 questionaram a visão comportamental da alfabetização e enfatizaram a importância do letramento e da consciência fonológica.
3. Existem diferentes abordagens pedagógicas para a alfabetização, como a construtivista e a cognitivista, que se baseiam em concepções teóricas distintas.
1) O documento descreve um estudo que testou a eficácia de um programa de treino de consciência fonológica em crianças pré-escolares.
2) Participaram 418 crianças pré-escolares que foram divididas aleatoriamente em grupos experimental e de controle.
3) O grupo experimental participou em um programa de treino fonológico enquanto o grupo de controle não recebeu treino. Ambos os grupos foram avaliados antes e depois.
Dificuldade de aprendizagem na escrita em crianças de escola pública oriundos...oficinadeaprendizagemace
O documento discute as dificuldades de aprendizagem na escrita de crianças de escolas públicas de classes populares. A pesquisa analisou os erros ortográficos em uma prova de ditado com 50 alunos e encontrou uma alta ocorrência de erros, indicando dificuldades na aprendizagem da escrita. As conclusões apontam que a aprendizagem da escrita é complexa e influenciada por fatores sociais, culturais e estruturais da escola.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. A consciência fonológica e as conexões entre fala e competências metalinguísticas são importantes para a aquisição inicial da leitura. A dislexia afeta o processamento fonológico e está associada a dificuldades motoras e de processamento da informação escrita. A intervenção precoce é importante para identificar e trabalhar dificuldades relacionadas à linguagem oral antes do início da escol
O documento discute a importância da consciência fonológica e do processamento fonológico na aquisição da leitura, particularmente na idade pré-escolar. Aborda também a dislexia e a necessidade de intervenção precoce para prevenir dificuldades de leitura.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como ele é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais, sendo dependente principalmente da linguagem oral. Algumas crianças possuem dificuldades específicas de aprendizagem da leitura, apesar de serem inteligentes. Investigações apontam a importância da consciência fonológica e das relações entre problemas de fala e competências metalinguísticas no desenvolvimento inicial da leitura.
Este documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. Também explora como a consciência fonológica e habilidades metalinguísticas estão relacionadas com a aquisição da leitura e como a detecção precoce de dificuldades pode ajudar a prevenir problemas futuros. Finalmente, fornece considerações sobre a importância do treino fonológico na idade pré-escolar.
O documento discute as habilidades linguísticas e de memória de trabalho que melhor preveem o reconhecimento de palavras e a compreensão da leitura. O estudo avaliou 284 estudantes brasileiros e encontrou que a compreensão auditiva, conhecimento de letras e memória de trabalho auditiva contribuem para ambos processos, enquanto a consciência fonológica contribui especificamente para o reconhecimento de palavras e o vocabulário para a compreensão da leitura.
O documento discute a complexidade da leitura e como é influenciada por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. Aponta que a consciência fonológica e habilidades metalinguísticas nas idades pré-escolares são preditores importantes de sucesso na leitura. Defende a importância do diagnóstico precoce de dificuldades e da intervenção nos jardins de infância para prevenir problemas futuros de aprendizagem da leitura.
1) O documento descreve um estudo que testou a eficácia de um programa de treino de consciência fonológica em crianças pré-escolares.
2) Participaram 418 crianças pré-escolares que foram divididas aleatoriamente em grupos experimental e de controle.
3) O grupo experimental participou em um programa de treino fonológico enquanto o grupo de controle não recebeu treino. Ambos os grupos foram avaliados antes e depois.
Dificuldade de aprendizagem na escrita em crianças de escola pública oriundos...oficinadeaprendizagemace
O documento discute as dificuldades de aprendizagem na escrita de crianças de escolas públicas de classes populares. A pesquisa analisou os erros ortográficos em uma prova de ditado com 50 alunos e encontrou uma alta ocorrência de erros, indicando dificuldades na aprendizagem da escrita. As conclusões apontam que a aprendizagem da escrita é complexa e influenciada por fatores sociais, culturais e estruturais da escola.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. A consciência fonológica e as conexões entre fala e competências metalinguísticas são importantes para a aquisição inicial da leitura. A dislexia afeta o processamento fonológico e está associada a dificuldades motoras e de processamento da informação escrita. A intervenção precoce é importante para identificar e trabalhar dificuldades relacionadas à linguagem oral antes do início da escol
O documento discute a importância da consciência fonológica e do processamento fonológico na aquisição da leitura, particularmente na idade pré-escolar. Aborda também a dislexia e a necessidade de intervenção precoce para prevenir dificuldades de leitura.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como ele é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais, sendo dependente principalmente da linguagem oral. Algumas crianças possuem dificuldades específicas de aprendizagem da leitura, apesar de serem inteligentes. Investigações apontam a importância da consciência fonológica e das relações entre problemas de fala e competências metalinguísticas no desenvolvimento inicial da leitura.
Este documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. Também explora como a consciência fonológica e habilidades metalinguísticas estão relacionadas com a aquisição da leitura e como a detecção precoce de dificuldades pode ajudar a prevenir problemas futuros. Finalmente, fornece considerações sobre a importância do treino fonológico na idade pré-escolar.
O documento discute as habilidades linguísticas e de memória de trabalho que melhor preveem o reconhecimento de palavras e a compreensão da leitura. O estudo avaliou 284 estudantes brasileiros e encontrou que a compreensão auditiva, conhecimento de letras e memória de trabalho auditiva contribuem para ambos processos, enquanto a consciência fonológica contribui especificamente para o reconhecimento de palavras e o vocabulário para a compreensão da leitura.
O documento discute a complexidade da leitura e como é influenciada por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. Aponta que a consciência fonológica e habilidades metalinguísticas nas idades pré-escolares são preditores importantes de sucesso na leitura. Defende a importância do diagnóstico precoce de dificuldades e da intervenção nos jardins de infância para prevenir problemas futuros de aprendizagem da leitura.
1) O documento discute a avaliação da leitura no 1o ano do ensino básico em Portugal, destacando a importância de se desenvolverem instrumentos para avaliar a competência leitora das crianças após um primeiro ano de ensino formal da leitura.
2) A leitura é um processo complexo que envolve a interação de vários outros processos cognitivos como a linguagem oral, a consciência fonológica e o contato prévio com a leitura.
3) É crucial avaliar se as crianças consolidaram a decodific
Reflexão individual descobrir o princípio alfabético ildaascotas
O documento discute a importância de se considerar as particularidades individuais das crianças no processo de alfabetização. A autora argumenta que é essencial desenvolver a consciência fonológica das crianças para que possam dominar o código alfabético de forma mais fácil. As atividades educativas devem proporcionar contato frequente com a linguagem escrita de forma a estimular o interesse das crianças pela leitura e escrita.
O documento discute a importância do ensino da Língua Portuguesa na escola brasileira. Aponta que os estudantes têm dificuldades com leitura e escrita, levando a altos índices de repetência. Também descreve como as pesquisas educacionais nas últimas décadas levaram a novas abordagens para alfabetização que focam mais no desenvolvimento das habilidades linguísticas dos alunos.
Este documento descreve uma experiência de ensino de espanhol em uma escola técnica que abordou o tema do bullying. As atividades desenvolvidas durante um mês incluíram assistir a um filme sobre bullying, debates sobre o assunto e a produção de textos. Isso permitiu desenvolver competências linguísticas em espanhol e também discutir um problema social relevante. Os alunos se envolveram com o tema e apresentaram propostas para prevenir o bullying na escola.
Este documento discute a importância da promoção da capacidade oral (oracia) nas escolas. Apresenta o conceito de oracia e argumenta que, embora a literacia tenha recebido mais atenção, a oracia também é essencial para o desenvolvimento linguístico das crianças e sua participação na sociedade. Discute como o meio escolar pode promover a oracia e analisa a visibilidade dada à oracia nos currículos oficiais portugueses para a educação infantil e ensino básico.
1) O documento apresenta conteúdos programáticos comuns para os empregos públicos de professor de educação básica, abrangendo língua portuguesa, conhecimentos pedagógicos e legislação, e conhecimentos específicos para cada nível de ensino.
2) Os conhecimentos específicos para PEB I (ensino infantil) incluem temas como desenvolvimento infantil, brincadeiras, artes, linguagem e bibliografia de referência.
3) Os conhecimentos específicos para PEB II (
O documento discute o mito da deficiência linguística e como as pesquisas de Labov desmistificaram essa teoria. Labov mostrou que as variedades linguísticas não são inferiores, mas sim diferentes, e que as crianças das classes populares não têm deficiência, mas sim recebem estimulação verbal. A escola tende a favorecer o capital linguístico das classes dominantes, contribuindo para o fracasso escolar. A solução não está na escola, mas na eliminação das desigualdades sociais.
O documento discute três teorias sobre as relações entre linguagem e escola: 1) a teoria da deficiência linguística, que atribui o fracasso escolar dos alunos pobres a deficiências na sua linguagem; 2) a teoria das diferenças linguísticas, que vê diferenças, não deficiências, nas linguagens; 3) a teoria do capital linguístico escolarmente rentável, que argumenta que a escola reproduz as desigualdades sociais.
O documento discute a alfabetização e o ensino da língua portuguesa na escola. Aborda a importância de dar sentido ao ato de ler e escrever desde o início da escolaridade, apresentando textos diversos e contextualizados. Também destaca a necessidade de ensinar as crianças a utilizar diferentes registros e variedades da língua oral de acordo com a situação comunicativa, em vez de corrigir as falas regionais.
O documento discute a alfabetização e o ensino da língua portuguesa na escola. Aborda a importância de dar sentido ao ato de ler e escrever desde o início da escolaridade, ensinando as crianças a transitar entre o sistema alfabético e os textos. Também destaca a necessidade de ensinar os alunos a utilizar a linguagem oral de forma adequada em diferentes situações comunicativas formais e a lidar com a diversidade de dialetos da língua portuguesa.
1. O documento descreve a evolução histórica dos métodos de ensino de línguas estrangeiras, desde os primeiros métodos no século XVI até a abordagem comunicativa moderna.
2. Os principais métodos discutidos incluem o método tradicional de gramática e tradução, o método direto e a abordagem comunicativa.
3. A ascensão da linguística como ciência no século XIX influenciou o desenvolvimento de novos métodos baseados em princípios científicos.
1) O documento discute a importância de ensinar gramática na escola à luz dos avanços da linguística nas últimas décadas.
2) O autor defende que a escola deve ensinar a língua padrão, mas que o domínio da língua vai além do domínio da gramática normativa.
3) Ele argumenta que os alunos chegam à escola com grande potencial linguístico que deve ser explorado por meio de atividades significativas, e não da mera aprendizagem de terminologia.
O documento discute a necessidade de reforma no ensino de Língua Portuguesa no Brasil, citando problemas como evasão e repetência escolar. Também aborda as críticas feitas ao ensino tradicional, como desconsiderar a realidade dos alunos e excessiva ênfase na gramática normativa. Defende que as práticas de ensino devem partir do uso da linguagem pelos alunos.
Texto 05 - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDAweleslima
1) O artigo descreve uma pesquisa que construiu uma sequência didática para ensinar o gênero "tirinhas" para alunos do 2o ano do ensino fundamental.
2) A sequência didática foi desenvolvida com base no modelo proposto por Dolz, Noverraz e Schneuwly e analisou os conhecimentos prévios dos alunos sobre tirinhas através de suas produções iniciais.
3) O artigo discute a importância de se trabalhar com gêneros textuais na escola para que os alunos aprend
O documento discute a evolução do ensino de língua portuguesa no Brasil entre as décadas de 1970-2010. Analisa como as propostas curriculares foram influenciadas pelo discurso acadêmico, pedagógico e oficial ao longo do tempo, passando de uma ênfase na gramática para a comunicação e, posteriormente, o letramento. Também descreve os principais marcos como os Guias Curriculares de 1975 e a Proposta Curricular de 1986.
Alfabetização e letramento caminhos e descaminhosNaysa Taboada
1) A alfabetização e o letramento são processos distintos, mas interdependentes na aprendizagem da língua escrita.
2) Ao longo da história, a alfabetização escolar no Brasil alternou entre métodos focados no sistema de escrita ou no sentido, mas sempre priorizando a alfabetização.
3) Nos anos 80, o construtivismo trouxe uma mudança conceitual enfatizando o letramento, mas subestimou o ensino sistemático das relações fonema-grafema.
Este documento descreve as relações entre a linguística e o ensino de língua portuguesa no Brasil entre 1970-1990. Analisa como a linguística se aproximou da escola nesse período e os efeitos dessa aproximação. Destaca que na década de 1970 a linguística começou a investigar a escrita escolar e apontar problemas, enquanto na década de 1980 passou a associar escrita e oralidade e na década de 1990 propôs alternativas pedagógicas baseadas em teorias lingu
1) O artigo analisa como os discursos recentes sobre "métodos de alfabetização" pouco contribuíram para discutir porque a escola pública não tem sido eficiente em alfabetizar alunos das camadas populares.
2) O autor questiona as caracterizações divulgadas na mídia sobre métodos "construtivistas" e "fônicos", buscando identificar o que consistem em cada um e apontar suas contribuições e limites.
3) O autor defende a urgência de discutir metodologias de alfabetização
1) O documento discute como o trabalho com consciência fonológica na educação infantil pode ajudar no processo de apropriação da escrita por crianças.
2) Estudos mostram que a consciência fonológica, como identificar rimas e sons de palavras, ajuda no desenvolvimento da alfabetização.
3) A pesquisa avaliou o efeito de atividades de rima e aliteração no processo de aprendizagem do sistema de escrita por crianças na educação infantil.
Este documento descreve um estudo que testou a eficácia de um programa de treino da consciência fonológica em crianças pré-escolares. Os autores aplicaram testes iniciais de consciência fonológica em 418 crianças e dividiram-nas em grupos experimental e de controle. O grupo experimental participou de 8 sessões de treino focadas em unidades silábicas. Testes finais mostraram ganhos significativos na consciência fonológica do grupo experimental em comparação ao grupo de controle.
1) A aprendizagem da leitura começa por volta dos 6 anos com um repertório de 5000 palavras e regras gramaticais armazenadas.
2) Existem várias teorias sobre como a consciência fonética e a identificação de fonemas influenciam o sucesso na leitura.
3) É necessário que as crianças portuguesas desenvolvam competências básicas na leitura até o final da escolaridade obrigatória para terem sucesso.
Este artigo apresenta os resultados de duas pesquisas sobre as práticas de ensino da leitura e escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A primeira pesquisa observou as atividades propostas em cinco séries e a segunda entrevistou alunos sobre como percebiam tais atividades. Os dados indicam que as atividades se concentravam em aspectos mecânicos da escrita e que os alunos se mostravam abertos às atividades, independentemente do nível de reflexão proporcionado.
1) O documento discute a avaliação da leitura no 1o ano do ensino básico em Portugal, destacando a importância de se desenvolverem instrumentos para avaliar a competência leitora das crianças após um primeiro ano de ensino formal da leitura.
2) A leitura é um processo complexo que envolve a interação de vários outros processos cognitivos como a linguagem oral, a consciência fonológica e o contato prévio com a leitura.
3) É crucial avaliar se as crianças consolidaram a decodific
Reflexão individual descobrir o princípio alfabético ildaascotas
O documento discute a importância de se considerar as particularidades individuais das crianças no processo de alfabetização. A autora argumenta que é essencial desenvolver a consciência fonológica das crianças para que possam dominar o código alfabético de forma mais fácil. As atividades educativas devem proporcionar contato frequente com a linguagem escrita de forma a estimular o interesse das crianças pela leitura e escrita.
O documento discute a importância do ensino da Língua Portuguesa na escola brasileira. Aponta que os estudantes têm dificuldades com leitura e escrita, levando a altos índices de repetência. Também descreve como as pesquisas educacionais nas últimas décadas levaram a novas abordagens para alfabetização que focam mais no desenvolvimento das habilidades linguísticas dos alunos.
Este documento descreve uma experiência de ensino de espanhol em uma escola técnica que abordou o tema do bullying. As atividades desenvolvidas durante um mês incluíram assistir a um filme sobre bullying, debates sobre o assunto e a produção de textos. Isso permitiu desenvolver competências linguísticas em espanhol e também discutir um problema social relevante. Os alunos se envolveram com o tema e apresentaram propostas para prevenir o bullying na escola.
Este documento discute a importância da promoção da capacidade oral (oracia) nas escolas. Apresenta o conceito de oracia e argumenta que, embora a literacia tenha recebido mais atenção, a oracia também é essencial para o desenvolvimento linguístico das crianças e sua participação na sociedade. Discute como o meio escolar pode promover a oracia e analisa a visibilidade dada à oracia nos currículos oficiais portugueses para a educação infantil e ensino básico.
1) O documento apresenta conteúdos programáticos comuns para os empregos públicos de professor de educação básica, abrangendo língua portuguesa, conhecimentos pedagógicos e legislação, e conhecimentos específicos para cada nível de ensino.
2) Os conhecimentos específicos para PEB I (ensino infantil) incluem temas como desenvolvimento infantil, brincadeiras, artes, linguagem e bibliografia de referência.
3) Os conhecimentos específicos para PEB II (
O documento discute o mito da deficiência linguística e como as pesquisas de Labov desmistificaram essa teoria. Labov mostrou que as variedades linguísticas não são inferiores, mas sim diferentes, e que as crianças das classes populares não têm deficiência, mas sim recebem estimulação verbal. A escola tende a favorecer o capital linguístico das classes dominantes, contribuindo para o fracasso escolar. A solução não está na escola, mas na eliminação das desigualdades sociais.
O documento discute três teorias sobre as relações entre linguagem e escola: 1) a teoria da deficiência linguística, que atribui o fracasso escolar dos alunos pobres a deficiências na sua linguagem; 2) a teoria das diferenças linguísticas, que vê diferenças, não deficiências, nas linguagens; 3) a teoria do capital linguístico escolarmente rentável, que argumenta que a escola reproduz as desigualdades sociais.
O documento discute a alfabetização e o ensino da língua portuguesa na escola. Aborda a importância de dar sentido ao ato de ler e escrever desde o início da escolaridade, apresentando textos diversos e contextualizados. Também destaca a necessidade de ensinar as crianças a utilizar diferentes registros e variedades da língua oral de acordo com a situação comunicativa, em vez de corrigir as falas regionais.
O documento discute a alfabetização e o ensino da língua portuguesa na escola. Aborda a importância de dar sentido ao ato de ler e escrever desde o início da escolaridade, ensinando as crianças a transitar entre o sistema alfabético e os textos. Também destaca a necessidade de ensinar os alunos a utilizar a linguagem oral de forma adequada em diferentes situações comunicativas formais e a lidar com a diversidade de dialetos da língua portuguesa.
1. O documento descreve a evolução histórica dos métodos de ensino de línguas estrangeiras, desde os primeiros métodos no século XVI até a abordagem comunicativa moderna.
2. Os principais métodos discutidos incluem o método tradicional de gramática e tradução, o método direto e a abordagem comunicativa.
3. A ascensão da linguística como ciência no século XIX influenciou o desenvolvimento de novos métodos baseados em princípios científicos.
1) O documento discute a importância de ensinar gramática na escola à luz dos avanços da linguística nas últimas décadas.
2) O autor defende que a escola deve ensinar a língua padrão, mas que o domínio da língua vai além do domínio da gramática normativa.
3) Ele argumenta que os alunos chegam à escola com grande potencial linguístico que deve ser explorado por meio de atividades significativas, e não da mera aprendizagem de terminologia.
O documento discute a necessidade de reforma no ensino de Língua Portuguesa no Brasil, citando problemas como evasão e repetência escolar. Também aborda as críticas feitas ao ensino tradicional, como desconsiderar a realidade dos alunos e excessiva ênfase na gramática normativa. Defende que as práticas de ensino devem partir do uso da linguagem pelos alunos.
Texto 05 - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDAweleslima
1) O artigo descreve uma pesquisa que construiu uma sequência didática para ensinar o gênero "tirinhas" para alunos do 2o ano do ensino fundamental.
2) A sequência didática foi desenvolvida com base no modelo proposto por Dolz, Noverraz e Schneuwly e analisou os conhecimentos prévios dos alunos sobre tirinhas através de suas produções iniciais.
3) O artigo discute a importância de se trabalhar com gêneros textuais na escola para que os alunos aprend
O documento discute a evolução do ensino de língua portuguesa no Brasil entre as décadas de 1970-2010. Analisa como as propostas curriculares foram influenciadas pelo discurso acadêmico, pedagógico e oficial ao longo do tempo, passando de uma ênfase na gramática para a comunicação e, posteriormente, o letramento. Também descreve os principais marcos como os Guias Curriculares de 1975 e a Proposta Curricular de 1986.
Alfabetização e letramento caminhos e descaminhosNaysa Taboada
1) A alfabetização e o letramento são processos distintos, mas interdependentes na aprendizagem da língua escrita.
2) Ao longo da história, a alfabetização escolar no Brasil alternou entre métodos focados no sistema de escrita ou no sentido, mas sempre priorizando a alfabetização.
3) Nos anos 80, o construtivismo trouxe uma mudança conceitual enfatizando o letramento, mas subestimou o ensino sistemático das relações fonema-grafema.
Este documento descreve as relações entre a linguística e o ensino de língua portuguesa no Brasil entre 1970-1990. Analisa como a linguística se aproximou da escola nesse período e os efeitos dessa aproximação. Destaca que na década de 1970 a linguística começou a investigar a escrita escolar e apontar problemas, enquanto na década de 1980 passou a associar escrita e oralidade e na década de 1990 propôs alternativas pedagógicas baseadas em teorias lingu
1) O artigo analisa como os discursos recentes sobre "métodos de alfabetização" pouco contribuíram para discutir porque a escola pública não tem sido eficiente em alfabetizar alunos das camadas populares.
2) O autor questiona as caracterizações divulgadas na mídia sobre métodos "construtivistas" e "fônicos", buscando identificar o que consistem em cada um e apontar suas contribuições e limites.
3) O autor defende a urgência de discutir metodologias de alfabetização
1) O documento discute como o trabalho com consciência fonológica na educação infantil pode ajudar no processo de apropriação da escrita por crianças.
2) Estudos mostram que a consciência fonológica, como identificar rimas e sons de palavras, ajuda no desenvolvimento da alfabetização.
3) A pesquisa avaliou o efeito de atividades de rima e aliteração no processo de aprendizagem do sistema de escrita por crianças na educação infantil.
Este documento descreve um estudo que testou a eficácia de um programa de treino da consciência fonológica em crianças pré-escolares. Os autores aplicaram testes iniciais de consciência fonológica em 418 crianças e dividiram-nas em grupos experimental e de controle. O grupo experimental participou de 8 sessões de treino focadas em unidades silábicas. Testes finais mostraram ganhos significativos na consciência fonológica do grupo experimental em comparação ao grupo de controle.
1) A aprendizagem da leitura começa por volta dos 6 anos com um repertório de 5000 palavras e regras gramaticais armazenadas.
2) Existem várias teorias sobre como a consciência fonética e a identificação de fonemas influenciam o sucesso na leitura.
3) É necessário que as crianças portuguesas desenvolvam competências básicas na leitura até o final da escolaridade obrigatória para terem sucesso.
Este artigo apresenta os resultados de duas pesquisas sobre as práticas de ensino da leitura e escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A primeira pesquisa observou as atividades propostas em cinco séries e a segunda entrevistou alunos sobre como percebiam tais atividades. Os dados indicam que as atividades se concentravam em aspectos mecânicos da escrita e que os alunos se mostravam abertos às atividades, independentemente do nível de reflexão proporcionado.
1. O documento resume um livro que analisa o processo de aquisição da leitura e escrita por crianças, contestando métodos tradicionais de ensino.
2. Ele descreve as conclusões do livro, incluindo que a aprendizagem começa antes do que a escola imagina, seguindo caminhos não suspeitos.
3. Também discute os diferentes níveis de aprendizagem identificados pelas autoras e as implicações pedagógicas do livro.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. A consciência fonológica e as habilidades de linguagem oral são importantes preditores do sucesso na leitura. Há a necessidade de identificação precoce de dificuldades e intervenção para promover o desenvolvimento da linguagem e competências metalinguísticas em crianças.
Este documento discute o ensino de gramática nas escolas. Primeiro, destaca a importância de se clarificar o conceito de gramática, já que existem diferentes abordagens e concepções sobre o assunto. Segundo, examina os objetivos do ensino de gramática e as concepções de linguagem que sustentam diferentes teorias gramaticais. Terceiro, considera qual o público-alvo para o qual o ensino de gramática é direcionado.
O documento discute conceitos importantes relacionados ao processo de alfabetização, como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, alfabetização, letramento, consciência fonológica e realismo nominal. O Pacto busca alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade através da formação de professores. A alfabetização envolve ler e escrever, enquanto o letramento considera o contexto social. A consciência fonológica é essencial para a alfabetização.
ENSINO TRADICIONAL X CONSTRUTIVISTA: A PERSPECTIVA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZ...christianceapcursos
1) O documento faz um resumo histórico dos métodos de alfabetização no Brasil desde a antiguidade até os dias atuais, comparando o método tradicional com o construtivista.
2) Analisa como cada método aborda o processo de ensino e aprendizagem, com foco na relação professor-aluno e na importância do método construtivista para a alfabetização.
3) Discute a formação inadequada de professores no Brasil e a necessidade de repensar a educação com base em teorias construt
Alfabetização e letramento caminhos e descaminhosNaysa Taboada
1) O documento discute os conceitos de alfabetização e letramento e como eles se relacionam. 2) A alfabetização refere-se à aquisição do sistema de escrita, enquanto o letramento refere-se ao desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e escrita em contextos sociais. 3) Embora distintos, alfabetização e letramento são interdependentes e indissociáveis, com a alfabetização ocorrendo no contexto do letramento.
1) O documento discute a importância da avaliação contínua no processo de alfabetização para identificar dificuldades de aprendizagem e melhorar o ensino.
2) Também ressalta a necessidade de definir metas de ensino claras para cada ano do ciclo de alfabetização.
3) A avaliação deve respeitar a heterogeneidade dos alunos e ter como objetivo potencializar sua aprendizagem ao longo dos três anos.
1) O documento discute as perspectivas teóricas e práticas atuais de alfabetização e a possibilidade de alfabetizar crianças aos seis anos de idade no 1o ano do ensino fundamental.
2) A pesquisa analisou as práticas de alfabetização de uma professora e a aprendizagem de 15 alunos de 6-7 anos no que se refere ao ensino do sistema de escrita alfabética.
3) Os resultados indicaram que a maioria dos alunos atingiu níveis mais avançados de apropri
Este estudo relaciona o desenvolvimento da linguagem oral com a escrita em 236 crianças brasileiras. Aos 6 anos, as crianças foram divididas em grupos com base em teste de avaliação fonológica. Aos 9 anos, foram avaliadas escrita e produção textual. O grupo com aquisição fonológica incompleta cometeu mais erros na escrita, apontando a linguagem oral como fator preditivo para o desenvolvimento ortográfico.
Este artigo discute como as crianças adquirem a linguagem falada e escrita, com foco no papel da consciência linguística. Os autores argumentam que a fala e a escrita estão constantemente interagindo na construção da representação mental da linguagem na criança. Eles também discutem como a escrita pode interferir na produção oral da criança, baseando-se nos Modelos Multirrepresentacionais que enfatizam a natureza dinâmica e variável da aquisição da linguagem.
O documento discute a importância do método de alfabetização fônica e construtivismo na educação de crianças com dislexia. Aborda os sintomas da dislexia, a importância do diagnóstico precoce e como métodos fônicos e construtivistas podem ajudar no desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita dessas crianças.
O documento resume o livro "Psicogênese da Língua Escrita" de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, que descreve como crianças constroem seu entendimento da escrita ao longo de vários níveis. Ele também discute como a obra revolucionou a compreensão sobre alfabetização e influenciou as abordagens pedagógicas no Brasil.
1) O documento discute a abordagem dos gêneros textuais nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental.
2) A autora realiza uma revisão teórica sobre gêneros textuais e suas implicações para o ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa.
3) Ela analisa como os PCN's abordam o trabalho com gêneros textuais e destaca a importância dessa abordagem para estimular a participação crítica dos alunos.
Este documento discute os processos cognitivos envolvidos na leitura e como eles afetam o sucesso escolar. Primeiramente, destaca a importância do domínio da língua materna na escola e como as habilidades de leitura e escrita são cruciais para o aprendizado em todas as disciplinas. Em seguida, explica que a leitura e produção de texto envolvem processos cognitivos diferentes para a linguagem oral e escrita. Por fim, descreve os diferentes níveis linguísticos (fonológico, morfoló
1) O documento discute fatores importantes para a aprendizagem de línguas estrangeiras por crianças, como idade, tempo de exposição e interação significativa.
2) É investigada a opinião de pais sobre esses fatores e são indicadas contribuições psicopedagógicas para enriquecer o processo de ensino.
3) A interação significativa entre professor e aluno é apontada como fator chave para resultados positivos na aprendizagem de línguas por crianças.
O documento discute a evolução da Linguística Aplicada. Inicialmente focada na aplicação de teorias linguísticas, tornou-se uma disciplina autônoma e interdisciplinar, preocupada com questões de uso da linguagem em contextos reais. Nos últimos anos, passou a enfatizar estudos críticos e a atuar como agente de transformação social.
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O documento discute os direitos das crianças e adolescentes à educação e dignidade de acordo com a Constituição Brasileira. Também menciona a importância de desenvolver as faculdades psíquicas, intelectuais e morais por meio da educação e de tratar todas as pessoas, especialmente crianças e adolescentes, com respeito e civilidade.
1) O documento discute pontuação e tipos de frases como declarativas, interrogativas, exclamativas e imperativas.
2) Ele fornece exemplos de cada tipo de frase e pede para classificar frases dadas.
3) O leitor é instruído a transformar frases afirmativas em negativas e fornecer frases usando sinônimos.
Este documento anuncia uma seleção pública simplificada para formar um banco de professores temporários para atender necessidades das escolas estaduais. A seleção consistirá em prova escrita de conhecimentos gerais e específicos da disciplina, e de títulos. Os professores selecionados poderão lecionar diversas disciplinas como Matemática, Física, Química, entre outras.
Este documento anuncia uma seleção pública simplificada para formar um banco de professores temporários para atender necessidades das escolas estaduais. A seleção consistirá em prova escrita de conhecimentos gerais e específicos da disciplina, e de títulos. Os professores selecionados poderão lecionar várias disciplinas como Matemática, Física, Química, entre outras.
O Simpósio Internacional sobre os 150 Anos de Freud, que ocorrerá na Unicamp entre 24 e 26 de agosto, reunirá especialistas brasileiros e franceses para debater a atualidade do pensamento freudiano e seus desafios atuais, como o diálogo com as neurociências. O coordenador Mário Costa Pereira destaca a relevância duradoura das ideias de Freud sobre o inconsciente e o conflito entre desejos e controles sociais, ainda que as neuroses clássicas não sejam mais comuns.
O documento apresenta 17 questões de raciocínio lógico sobre diversos temas como probabilidade, geometria, aritmética e lógica proposicional. As questões envolvem analisar afirmações, interpretar gráficos, calcular valores numéricos e identificar conclusões válidas baseadas em premissas fornecidas.
O documento discute as teorias pedagógicas da educação a distância, abordando: 1) Diferentes perspectivas sobre o uso das tecnologias no ensino, incluindo visões críticas e visões que defendem seu potencial igualitário; 2) Duas abordagens pedagógicas na EaD - instrucionista e construcionista - contrastando como cada uma envolve o aluno e o professor; 3) A influência da teoria behaviorista no desenvolvimento de softwares educacionais iniciais e a proposta construcionista de envolver alunos na resolução
A criança pergunta a Deus sobre como será sua vida na Terra. Deus explica que um anjo especial irá cuidar da criança, ensinando-a a falar, rezar e protegê-la. Quando a criança pergunta o nome do anjo, Deus responde que será chamado de "Mãe".
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A Agenda 21 na Escola propõe uma educação que ensine os alunos a valorizarem as relações com o meio ambiente e a cooperação, em contraste com o sistema capitalista individualista atual. O documento descreve um processo para desenvolver e implementar um plano de ação sustentável na escola através da consulta popular e aprovação da comunidade escolar, com o objetivo de tornar a escola mais sustentável.
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Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
1. 1
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: REFLETINDO SOBRE AS ATUAIS
CONTROVÉRSIAS
Lúcia Lins Browne Rego
Ao longo dos anos a alfabetização escolar tem sido alvo de inúmeras controvérsias
teóricas e metodológicas, exigindo que a escola e, sobretudo, aqueles profissionais que
lidam com o desafio de alfabetizar se posicionem em relação às mesmas, o que certamente
terá conseqüências para as práticas pedagógicas que irão adotar.
No Brasil, durante décadas predominou a discussão acerca da eficácia dos métodos
de alfabetização, gerando-se confrontos entre os chamados métodos sintéticos e analíticos
chegando-se a uma combinação de ambos nos chamados métodos analítico- sintéticos como
é o caso da palavração. Para prevenir as inevitáveis diferenças individuais na aprendizagem
inicial da leitura e da escrita e evitar os eventuais fracassos que os métodos em si não eram
capazes de contornar, elegeu-se um conjunto de pré-requisitos para uma alfabetização bem
sucedida, privilegiando-se principalmente uma maturidade dos aspectos perceptuais e
motores aliada a um domínio da linguagem oral.
Toda esta tradição estava vinculada a uma concepção de alfabetização segundo a
qual, a aprendizagem inicial da leitura e da escrita tinha como foco fazer o aluno chegar ao
reconhecimento das palavras garantindo-lhe o domínio das correspondências fonográficas.
No máximo, buscou-se assegurar, de acordo com algumas abordagens, que este saber se
desenvolvesse num universo de palavras que fossem significativas para o aluno no seu meio
cultural, como nas famosas cartilhas regionais. Mas de uma maneira geral, tratava-se de
uma visão comportamental da aprendizagem que era considerada de natureza cumulativa,
baseada na cópia, na repetição e no reforço. A grande ênfase era nas associações e na
memorização das correspondências fonográficas, pois se desconhecia a importância de a
criança desenvolver a sua compreensão do funcionamento do sistema de escrita alfabética e
de saber usá-lo desde o início em situações reais de comunicação.
A partir de 1980 a alfabetização escolar no Brasil começou a passar por novos
questionamentos, porém desta feita o foco das discussões era a emergência de novas
2. 2
concepções de alfabetização, baseadas em resultados de pesquisas na área da psicologia
cognitiva e da psicolingüística que apontavam para a necessidade de se compreender o
funcionamento dos sistemas alfabéticos de escrita e de se saber utilizá-lo em situações reais
de comunicação escrita, prevenindo-se desde o início da alfabetização o chamado
analfabetismo funcional.
Com a divulgação das pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita (Ferreiro e
Teberosky 1986) o enfoque construtivista tornou-se, sem dúvida, um dos mais influentes na
elaboração de novas propostas de alfabetização, pois além de revelar a evolução conceitual
por que passam as crianças até compreenderem como funciona o nosso sistema de escrita,
incorporou a idéia defendida por Goodmann (1967) e Smith (1971) de que ler e escrever
são atividades comunicativas e que devem, portanto, ocorrer através de textos reais onde o
leitor ou escritor lança mão de seus conhecimentos da língua por se tratar de uma
estrutura integrada, na qual os aspectos sintáticos, semânticos e fonológicos interagem
para que se possa atribuir significado ao que está graficamente representado nos textos
escritos.
A importância das práticas sociais de leitura e escrita também teve o suporte dos
estudos que no âmbito da lingüística, da sociolingüística e da psicolingüística enfatizaram
as diferenças entre as modalidades língua oral e língua escrita e demonstraram como muitas
crianças se apropriavam da linguagem escrita através do contato com diferentes gêneros
textuais, explorando através de suas interações com adultos alfabetizados a leitura e a
produção de textos, mesmo antes de estarem alfabetizadas de forma convencional enquanto
que outras, apesar de alfabetizadas, apresentavam uma ausência de domínio da linguagem
utilizada nas formas escritas de comunicação. ( Rego 1986, 1988; Abaurre 1986; Kato
1987).
Um estudo longitudinal conduzido em Bristol (Wells 1986) mostrou, de forma
contundente, a importância das experiências com a leitura de histórias para crianças de pré-
escolar para o posterior sucesso escolar das crianças com a leitura e a escrita. Aquelas
crianças, cujos pais liam regularmente e exploravam conjuntamente com elas os textos
narrativos, não só aprenderam a ler com mais facilidade como revelaram-se excelentes
escritores no término do ensino fundamental. Os resultados obtidos neste estudo levaram o
autor a salientar aquelas variáveis que do ponto de vista sócio-cultural seriam mediadoras
3. 3
das diferenças de desempenho na escola, pondo em destaque a leitura em voz alta pelo
adulto e as experiências precoces com livros.
Neste período emergiu também um vasto corpo de pesquisas que investigavam a
relação entre o desenvolvimento de uma capacidade para refletir sobre as unidades sonoras
das palavras e as diferenças individuais na aprendizagem inicial da leitura e da escrita em
sistemas alfabéticos de escrita ( Carraher e Rego 1980, 1984, Cardoso- Martins 1990).
No entanto, na literatura científica internacional as relações entre esta capacidade
denominada de consciência fonológica e a aprendizagem da leitura e da escrita tem sido
objeto de muitas controvérsias. Para alguns pesquisadores a capacidade de refletir sobre
fonemas é uma conseqüência da exposição à aprendizagem de sistemas alfabéticos de
escrita, pois sendo o fonema uma unidade abstrata, as escritas alfabéticas só poderiam ser
aprendidas através do ensino explícito sobre essas unidades e sua relação com as letras do
alfabeto. Entre os defensores desta posição estão os pesquisadores do grupo de Bruxelas
cujas investigações focaram principalmente em comparações entre adultos alfabetizados e
analfabetos ( Morais, Cary, Alegria e Bertelson 1979; Morais, Cluytens, Alegria e Content
1989) e em estudos de treinamento (Content , Kolinsky, Morais e Bertelson (1986) para
ensinar crianças de 4 a 5 anos a segmentar fonemas. Estes estudos tiveram resultados
pouco consistentes em relação às crianças mais novas, uma vez que em tais treinamentos
se partia do pressuposto de que seria possível ensinar sobre fonemas independentemente do
nível evolutivo do aprendiz.
O argumento do grupo de Bruxelas está centrado no fonema, mas há outras
dimensões da consciência fonológica como, por exemplo, as segmentações intra-silábicas,
envolvendo o fonema inicial e a rima e a segmentação silábica. A capacidade para
segmentar e, sobretudo, para categorizar essas unidades, percebendo semelhanças e
diferenças entre as mesmas, se desenvolve antes de a criança se tornar alfabetizada e seria
preditora do sucesso na aprendizagem posterior da leitura e da escrita ( Bradley e Bryant
1987, Goswami e Bryant 1990).
Os resultados emergentes destas pesquisas foram até certo ponto desconsiderados
pelos defensores da abordagem psicogenética, pois estes pesquisadores embora reconheçam
que as crianças desenvolvem capacidades metafonológicas, isto é, se tornam capazes de
refletir sobre os segmentos sonoros das palavras (Ferreiro 2004), argumentam que a
4. 4
grande maioria dos estudos que investigaram a consciência fonológica e a sua conexão
com a aquisição da língua escrita ignoraram o processo evolutivo descrito na psicogênese
da língua escrita e que seria através da atividade de escrita e da busca por fazer
corresponder a segmentação oral com a segmentação gráfica que ocorreria a tomada de
consciência dos elementos sonoros da palavra e o desenvolvimento da consciência
fonológica.
Embora haja evidências para a existência de uma conexão entre o desenvolvimento
da consciência fonológica e a psicogênese da escrita em crianças falantes do inglês ( Rego
1991) do espanhol ( Vernon Calderón e Alvorado 2001) e, recentemente, do português
(Morais e Leite 2005) não podemos ignorar os resultados de dois estudos clássicos de
intervenção que demonstraram os benefícios de uma estimulação precoce da consciência
fonológica na aprendizagem da leitura e da escrita.
O primeiro deles foi conduzido por Bradley e Bryant (1983) e envolveu um grupo
de 65 crianças inglesas cujo desempenho em tarefas que exigiam reflexão sobre as
diferenças e semelhanças entre os sons iniciais e finais das palavras aos cinco anos de
idade, era muito precário. As crianças foram divididas em quatro grupos: dois
experimentais e dois de controle. Entre os 6 e 7 anos as crianças dos grupos experimentais
participaram de atividades de estímulo à consciência fonológica. No primeiro grupo
experimental as crianças foram apenas ensinadas a categorizar os sons iniciais e finais das
palavras quanto à sua semelhança enquanto que no segundo grupo além desse tipo de
estímulo elas foram ensinadas acerca das relações entre esses sons e as letras. Nos grupos
controle não houve estimulação à consciência fonológica: um deles seguiu a metodologia
normal da escola enquanto que o segundo recebeu um treinamento que consistia em
classificar palavras em famílias semânticas. Os resultados demonstraram que as crianças
que participaram das atividades de estímulo à consciência fonológica tiveram desempenho
superior em leitura e escrita, comparativamente aos demais grupos e que esta diferença foi
significativa para o grupo que foi ensinado sobre as relações entre os sons e a escrita das
palavras alvo.
O segundo tipo de evidência vem de um estudo conduzido na Dinamarca por
Lundberg, Frost e Petersen (1988). O estudo envolveu crianças de pre-escolar que foram
submetidas a um amplo programa de estímulo à consciência fonológica através de jogos e
5. 5
brincadeiras que se iniciavam com unidades maiores como rimas e sílabas e desciam até o
nível do fonema. Este grupo de intervenção, após uma ano de participação no programa,
demonstrou desempenho significativamente superior não só em tarefas de consciência
fonológica como em leitura e escrita comparativamente a outro grupo de pré-escolares que
embora no início do estudo tivesse demonstrado capacidades metafonológicas mais
desenvolvidas, não foram submetidos ao programa de intervenção pedagógica em apreço.
Os pesquisadores avaliaram também os conhecimentos de matemática de ambos os grupos
não tendo sido constatadas diferenças entre os mesmos quanto a esta área de conhecimento.
Se concebermos que o desenvolvimento da consciência fonológica é mera
conseqüência da aprendizagem da leitura e da escrita ou da evolução psicogenética da
criança a nossa postura pedagógica será a de que não necessitaremos de atividades
específicas que estimulem esse tipo de reflexão, porém se considerarmos que o
desenvolvimento da consciência fonológica é um facilitador da evolução psicogenética e da
aprendizagem da leitura e da escrita transformaremos este tipo de reflexão num alvo
pedagógico durante o processo de alfabetização.
Portanto, as pesquisas emergentes a partir de 1980 e as concepções teóricas
adotadas deram margem à proposição de modelos pedagógicos diferenciados de
alfabetização: alguns com ênfase muito forte no processo de letramento: uso de práticas de
leitura e escrita na sala de aula e outros que consideraram a necessidade de atividades
específicas de alfabetização e que reconheceram a importância de acatar os resultados
oriundos da literatura que investigou o impacto do estímulo à consciência fonológica sobre
a aprendizagem de escritas alfabéticas.
A proposta construtivista influenciada pelas pesquisas de Ferreiro e Teberosky
(1986) e pelos modelos de leitura propostos por Goodmann (1967) e Smith (1971) defende
uma alfabetização contextualizada e significativa através da transposição didática das
práticas sociais da leitura e da escrita para a sala de aula e considera a descoberta do
princípio alfabético como uma conseqüência da exposição aos usos da leitura e da escrita
que devem ocorrer de uma forma reflexiva a partir da apresentação de situações problema
nas quais os alunos revelem espontaneamente as suas hipóteses e sejam levados a pensar
sobre a escrita, cabendo ao professor o papel de intervir de forma a tornar mais efetiva esta
reflexão.
6. 6
Nesta perspectiva, a alfabetização dar-se-ia através de uma profunda imersão das
crianças nas práticas sociais de leitura e escrita, descartando-se qualquer tipo de atividade
didática que não estivessem vinculadas a essas práticas. Para Teberosky (1994) a formação
de um vocabulário estável de palavras a partir dessas práticas seria o principal referencial
da criança para a descoberta do sistema alfabético, uma vez que esta dar-se-ia a partir dos
conflitos vivenciados pela criança entre a sua concepção original de escrita e a escrita
convencional dos nomes. Para os adeptos desta corrente, não haveria necessidade de estudo
sistemático das correspondências som-grafia nem de atividades de estímulo à consciência
fonológica uma vez que esta seria uma conseqüência da própria evolução conceitual da
criança em face de uma aprendizagem reflexiva da leitura e da escrita.
Esta foi a proposta que se incorporou aos Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental e aos Referenciais Curriculares para a Educação Infantil.
Recentemente, Morais e Kolinsky (2004) e um grupo de pesquisadores brasileiros
contestaram a proposta construtivista, retirando do foco inicial da alfabetização a
importância das práticas sociais de leitura e escrita e definindo como objetivo inicial da
alfabetização o domínio do sistema alfabético mediante uma metodologia voltada para o
ensino explícito das correspondências entre fonemas e grafemas inclusive de regras
ortográficas contextuais. A proposta se baseia em modelos cognitivistas de processamento
da informação na leitura de orientação ascendente, segundo os quais o reconhecimento
automático de palavras é o fator que melhor explica a compreensão na leitura. Este modelo
tem sido defendido por autores como Gough e Tunmer 1980, Perfetti ( 1985), Stanovich
(1980) entre outros, para os quais o uso de pistas contextuais na leitura é uma estratégia
compensatória característica dos leitores ineficientes.
Subjacente a esta proposta há um retorno explícito ao método fônico e a um modelo
de alfabetização restrito ao reconhecimento de palavras, onde prevalece o ensino direto,
independentemente dos níveis conceituais da criança, ou seja , da sua compreensão acerca
do sistema alfabético de escrita. Para esta proposta as diferenças entre língua oral e língua
escrita e os usos que fazemos da comunicação escrita também são irrelevantes.
No entanto, temos que ter cautela com a polêmica estabelecida entre alfabetização e
letramento a partir das propostas que descrevemos sumariamente acima. Poderíamos de
certa forma antecipar que uma prática pedagógica focada principalmente no estudo das
7. 7
correspondências fonográficas não seria suficiente para produzir uma alfabetização de
qualidade, uma vez que a leitura e a escrita são ferramentas culturais praticamente
inexistentes nas famílias de uma considerável maioria das crianças que freqüentam muitas
das nossas escolas públicas, dado o nível de escolaridade dos seus familiares. Portanto, as
práticas sociais de leitura e escrita teriam que ser enfocadas do ponto de vista pedagógico,
sob pena de tornar a aprendizagem da leitura e da escrita pouco significativa para a criança,
privando-a do acesso a formas de comunicação que só aparecem nos textos escritos.
Se por um lado, não podemos descartar a importância das práticas sócio-culturais
da leitura e a apropriação da língua escrita enquanto forma de comunicação, temos que
considerar que também é um fato incontestável, que só a partir da descoberta do princípio
alfabético e das convenções ortográficas formamos um leitor e escritor autônomo.
Portanto, temos defendido uma proposta pedagógica que dê suporte ao pleno
desenvolvimento desses dois aspectos envolvidos na aprendizagem da leitura e da escrita
desde o início da escolaridade, distribuindo o tempo pedagógico de forma equilibrada e
individualizada entre atividades que estimulem esses dois componentes: a língua através de
seus usos sociais e o sistema de escrita através de atividades que estimulem a consciência
fonológica e evidencie de forma mais direta para a criança as relações existentes entre as
unidades sonoras da palavra e sua forma gráfica (Ver Rego 1986, 1988).
É preciso ter em mente que a grande maioria das nossas crianças só ingressam na
escola após os seis anos de idade. Portanto, não há porque protelar o desenvolvimento de
um leitor mais autônomo em nome de um prolongado processo de letramento, se há
evidências na literatura científica de que atividades que estimulam de forma mais
sistemática o desenvolvimento da consciência fonológica afetam positivamente a
aprendizagem da leitura e da escrita, sobretudo quando esta estimulação vem associada à
palavra escrita através de jogos e atividades especificamente dirigidas para tal.
No Brasil, foram poucos os estudos que se preocuparam em investigar
empiricamente os efeitos produzidos pelas inovações pedagógicas introduzidas na
alfabetização de crianças a partir de 1980. Para tal, seria necessário comparar as
habilidades de leitura e escrita desenvolvidas por crianças submetidas a diferentes
metodologias de alfabetização. Um dos estudos pioneiros nessa direção foi produzido por
Rego e Dubeux (1994). Este estudo comparou grupos de crianças de duas escolas públicas
8. 8
submetidas a metodologias de alfabetização diferenciadas. As escolas estavam situadas no
mesmo bairro e em ambas as escolas havia oferta de pré-escolar, isto é, as crianças
ingressavam aos quatro anos de idade. Na escola 1 as crianças de pré-escolar não estavam
expostas a atividades de leitura e escrita, apenas se cuidava de trabalhar a tradicional
prontidão para a alfabetização através de atividades de coordenação motora e de
discriminação visual e auditiva. Não havia livros nem experiências com leitura e escrita. Na
escola 2 foi realizada uma intervenção pedagógica que alterou a forma como se trabalhava
a preparação para a alfabetização e a alfabetização propriamente dita. A intervenção
pedagógiga estruturou-se em torno de três eixos: leitura diária de histórias desde o início da
pré-escola, atividades de escrita de palavras que as crianças estavam interessadas em
aprender e atividades de estímulo à consciência fonológica através de jogos que
evidenciavam as semelhanças e as diferenças sonoras entre as palavras. Na escola 1, 80%
das crianças concluíram a pré-escola sem estabelecer relações entre as letras e os sons nas
palavras enquanto que na escola 2 apenas 25% das crianças permaneceram neste nível de
desempenho. Na escola 1 , embora no final da primeira série 90% das crianças tivessem
atingido o nível alfabético de escrita apenas 2% delas conseguiram ler e compreender um
pequeno texto e 18% conseguiram produzir um pequeno texto. Além disso, 43% das
crianças que estavam matriculadas no início do ano abandonaram a escola antes do final do
ano letivo. Na escola 2 apenas 5% das crianças concluíram a primeira série no nível pré-
silábico, isto é, sem estabelecer relações entre letras e sons, enquanto o percentual de
evasão foi de 10%. A grande maioria das crianças se encontravam no nível alfabético
(65%) e destas 35% produziam textos e 20% liam com compreensão. Portanto, a qualidade
do desempenho em leitura e escrita das crianças que haviam atingido o nível alfabético era
significativamente superior ao observado na escola 1.
Num estudo semelhante, porém metodologicamente mais rigoroso, Nunes (1995)
comparou o desempenho em leitura e escrita de grupos de crianças de classe média alta
alfabetizadas por diferentes metodologias: a que tradicionalmente focava no aprendizado
das correspondências fonográficas adotada pela Escola A e a que conciliava atividades de
alfabetização e letramento, enfatizando o trabalho com leitura e produção de texto, usada
na Escola B. As comparações efetuadas por Nunes demonstraram uma superioridade das
crianças da Escola B na produção de texto e uma maior relação entre leitura e compreensão
9. 9
de texto nesta escola. As crianças da escola A embora demonstrassem um maior
conhecimento da ortografia no reconhecimento e na escrita de palavras não apresentaram
desempenho superior em compreensão e produção de textos.
Nos dois estudos acima mencionados, as escolas inovadoras estavam vivenciando
uma metodologia de natureza mista em que havia tanto atividades de letramento como
atividades de alfabetização propriamente dita. Não havia ascendência do letramento sobre
a alfabetização nem vice-versa. Há, portanto, alguma evidência dos efeitos benéficos que
uma abordagem mais abrangente da alfabetização tem sobre a qualidade do desempenho
inicial das crianças em leitura e escrita. São estudos desta natureza, que poderão dar o
suporte empírico necessário à posição defendida por Soares (2004) e que nos parece
bastante sensata quando afirma que:
“Alfabetizar letrando ou letrar alfabetizando pela integração e pela articulação das
várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita é sem dúvida o
caminho para superação dos problemas que vimos enfrentando nesta etapa da
escolarização; descaminhos serão tentativas de voltar a privilegiar esta ou aquela faceta
como se fez no passado, como se faz hoje, sempre resultando no reiterado fracasso da
escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo ao mundo da escrita.”
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