1. O documento discute a falta de uma estratégia anticapitalista efetiva e as falhas dos partidos políticos em representar os interesses do povo. 2. A vitória do mercado se baseou na barbárie, incluindo guerras, invasões e regimes cleptocratas. 3. Classes políticas e capitalistas compartilham o objetivo de manter os salários baixos e os impostos altos para garantir o crescimento do PIB, em detrimento dos trabalhadores.
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
Vivem-se tempos em que se chama democracia a uma rotatividade de gangs políticos que parasitam os orçamentos; em que a precariedade no trabalho e na vida campeia perante sindicatos amorfos; em que uma gripe ...
Centro e periferias na europa – a dinâmica das desigualdades desde 1990 (1)GRAZIA TANTA
A globalização é tão velha como a Humanidade e a sua aceleração pelo capitalismo gerou imensas desigualdades. Nenhuma luta social ou política de combate às desigualdades tem seriedade ou validade se não tiver como objetivo último, o fim do capitalismo.
1 – Síntese da evolução recente do capitalismo
2 – As alternativas possíveis para estados periféricos
3 - A formação de desigualdades na Europa – 1
4 - A formação de desigualdades na Europa – 2
5 – Notas para uma solução
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
O grande problema chama se capitalismo e não globalizaçãoGRAZIA TANTA
Há quem considere que a globalização tem de ser cavalgada pelo capitalismo e quem entenda que o nacionalismo deve substituir a globalização, aceitando o capitalismo. Duas vias, um só vencedor, o capital
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
Vivem-se tempos em que se chama democracia a uma rotatividade de gangs políticos que parasitam os orçamentos; em que a precariedade no trabalho e na vida campeia perante sindicatos amorfos; em que uma gripe ...
Centro e periferias na europa – a dinâmica das desigualdades desde 1990 (1)GRAZIA TANTA
A globalização é tão velha como a Humanidade e a sua aceleração pelo capitalismo gerou imensas desigualdades. Nenhuma luta social ou política de combate às desigualdades tem seriedade ou validade se não tiver como objetivo último, o fim do capitalismo.
1 – Síntese da evolução recente do capitalismo
2 – As alternativas possíveis para estados periféricos
3 - A formação de desigualdades na Europa – 1
4 - A formação de desigualdades na Europa – 2
5 – Notas para uma solução
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
O grande problema chama se capitalismo e não globalizaçãoGRAZIA TANTA
Há quem considere que a globalização tem de ser cavalgada pelo capitalismo e quem entenda que o nacionalismo deve substituir a globalização, aceitando o capitalismo. Duas vias, um só vencedor, o capital
Para um novo paradigma político; a re criação da democraciaGRAZIA TANTA
Sumário
1 - Civilização ou barbárie? Democracia ou ditadura dos “mercados”?
2 – Democracia de mercado
3 - Reforço da pulsão anti-democrática em curso
4 – Entre os pides, qual o pior? O que dá porrada ou o “compreensivo”?
5 – Qual a função do Estado?
6 - O papel das ideologias
7 - O partido
8 – Como construir uma alternativa?
Paródia na paróquia – a eleição presidencial GRAZIA TANTA
Sumário
1 – Democracia, sim; palhaçada não!
2 - As figuras de Presidente da República (PR) no atual regime
3 - O crescente desinteresse pela eleição presidencial… e não só…
4 – A inutilidade de um cargo marcado por saudosismo monárquico
5 – Que filosofia e instrumentos para a construção da democracia?
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
A actual fascização dos poderes, brota, sob formas descuidadas e enganosas, de uma “informação” que se propaga, com superficialidades ou mentiras e, aceites por gente acéfala, com vidas precárias, desatentos manipulados pela grande maioria dos media que, na sua grande maioria, são infectas lixeiras. Ninguém se deverá admirar se a escalada militar conduzir a uma guerra devastadora na Europa, tomada como arena de treino do Pentágono.
Um internacionalismo do século xxi, contra o capitalismo e o nacionalismo (1)GRAZIA TANTA
Carlos Taibo sintetiza a questão que se nos coloca, hoje. Ou ganhamos a consciência de que temos de sair urgentemente do capitalismo, regressando a lógicas de cooperação, solidariedade e apoio mútuo; ou entra-se num caminho de salve-se quem puder, com guerras, pobreza acentuada, desdém para com as alterações climáticas, com regimes fascistas e genocidas.
Sumário
1 - Uma (des)ordem económica e política
2 - A globalização é um processo
2.1 - Como o capitalismo vem cavalgando a globalização
2.2 - A instituição de um estado de excepção generalizado
3 - Os grandes promotores do desastre
3.1 - As ameaças vindas das classes políticas
4 – A leitura do contexto.
4.1 - As alternativas possíveis e as desejáveis
4.2 – O desenvolvimento do espirito do fascismo
4.3 – Um novo internacionalismo, precisa-se!
O mundo de hoje é o produto de imensas migrações – através de invasões ou de pequenos grupos - que contribuíram para o enriquecimento da espécie humana, em termos genéticos e culturais. Falar de pátrias e estados-nação é um disparate que convém a alguns. Simbolicamente, somos todos netos da Lucy.
Sumário
1 - Imigrantes e emigrantes, todos nativos do planeta
2 - População nativa e de estrangeiros residentes
1 - A concorrência entre conferências
2 - Ataque judicial ao futebol. É a sério?
3 - O encravado Cravinho e os "casos" que, na tropa, são mais que muitos
4 - Marcelo, o Grande... e o próximo carnaval eleitoral
5 - Rendeiro e as instituições da paróquia
6 - Nota enviada a P--- sobre o militarismo e a NATO
7 – O domínio do eucaliptal
8 - Múmia falou!
9 - A reunião virtual da NATO foi um espetáculo…
10 - Medina e Moedas, a mesma luta, o mesmo lixo fedorento
Resenha de CAPITALISMO GLOBAL: HISTÓRIA ECONÔMICA E POLÍTICA DO SÉCULO XXMarcelo F. Mazzero
Resenha de CAPITALISMO GLOBAL: HISTÓRIA ECONÔMICA E POLÍTICA DO SÉCULO XX (Jeffry A. Frieden. Tradução Vivian Mannheimer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008. 573 p.)
Para uma constituição democrática com caráter de urgência – 1GRAZIA TANTA
Se a atual Constituição tem sido um brinquedo nas mãos de uns e um tabu para outros, com a imensa maioria a assistir, é tempo de criar uma democracia e uma Constituição Democrática.
Sumário
0 - Introdução
1 - Os grandes condicionantes da democracia
2 - Um sistema político que não serve os “de baixo”
2.1 - A base material da organização política de hoje
2.2 - Classe política é parasitismo
3 - Os direitos que preenchem uma democracia
Economia, capitalismo e revolta (conclusão)GRAZIA TANTA
1 - O que é a economia?*
2 - Os economicistas, os escribas do capitalismo*
3 - O mercado e a irrelevância de quem trabalha*
4 - Globalização e mercantilização
5 - Estado e hierarquia
6 - Ideias para uma saída “disto”
Para um novo paradigma político; a re criação da democraciaGRAZIA TANTA
Sumário
1 - Civilização ou barbárie? Democracia ou ditadura dos “mercados”?
2 – Democracia de mercado
3 - Reforço da pulsão anti-democrática em curso
4 – Entre os pides, qual o pior? O que dá porrada ou o “compreensivo”?
5 – Qual a função do Estado?
6 - O papel das ideologias
7 - O partido
8 – Como construir uma alternativa?
Paródia na paróquia – a eleição presidencial GRAZIA TANTA
Sumário
1 – Democracia, sim; palhaçada não!
2 - As figuras de Presidente da República (PR) no atual regime
3 - O crescente desinteresse pela eleição presidencial… e não só…
4 – A inutilidade de um cargo marcado por saudosismo monárquico
5 – Que filosofia e instrumentos para a construção da democracia?
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
A actual fascização dos poderes, brota, sob formas descuidadas e enganosas, de uma “informação” que se propaga, com superficialidades ou mentiras e, aceites por gente acéfala, com vidas precárias, desatentos manipulados pela grande maioria dos media que, na sua grande maioria, são infectas lixeiras. Ninguém se deverá admirar se a escalada militar conduzir a uma guerra devastadora na Europa, tomada como arena de treino do Pentágono.
Um internacionalismo do século xxi, contra o capitalismo e o nacionalismo (1)GRAZIA TANTA
Carlos Taibo sintetiza a questão que se nos coloca, hoje. Ou ganhamos a consciência de que temos de sair urgentemente do capitalismo, regressando a lógicas de cooperação, solidariedade e apoio mútuo; ou entra-se num caminho de salve-se quem puder, com guerras, pobreza acentuada, desdém para com as alterações climáticas, com regimes fascistas e genocidas.
Sumário
1 - Uma (des)ordem económica e política
2 - A globalização é um processo
2.1 - Como o capitalismo vem cavalgando a globalização
2.2 - A instituição de um estado de excepção generalizado
3 - Os grandes promotores do desastre
3.1 - As ameaças vindas das classes políticas
4 – A leitura do contexto.
4.1 - As alternativas possíveis e as desejáveis
4.2 – O desenvolvimento do espirito do fascismo
4.3 – Um novo internacionalismo, precisa-se!
O mundo de hoje é o produto de imensas migrações – através de invasões ou de pequenos grupos - que contribuíram para o enriquecimento da espécie humana, em termos genéticos e culturais. Falar de pátrias e estados-nação é um disparate que convém a alguns. Simbolicamente, somos todos netos da Lucy.
Sumário
1 - Imigrantes e emigrantes, todos nativos do planeta
2 - População nativa e de estrangeiros residentes
1 - A concorrência entre conferências
2 - Ataque judicial ao futebol. É a sério?
3 - O encravado Cravinho e os "casos" que, na tropa, são mais que muitos
4 - Marcelo, o Grande... e o próximo carnaval eleitoral
5 - Rendeiro e as instituições da paróquia
6 - Nota enviada a P--- sobre o militarismo e a NATO
7 – O domínio do eucaliptal
8 - Múmia falou!
9 - A reunião virtual da NATO foi um espetáculo…
10 - Medina e Moedas, a mesma luta, o mesmo lixo fedorento
Resenha de CAPITALISMO GLOBAL: HISTÓRIA ECONÔMICA E POLÍTICA DO SÉCULO XXMarcelo F. Mazzero
Resenha de CAPITALISMO GLOBAL: HISTÓRIA ECONÔMICA E POLÍTICA DO SÉCULO XX (Jeffry A. Frieden. Tradução Vivian Mannheimer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008. 573 p.)
Para uma constituição democrática com caráter de urgência – 1GRAZIA TANTA
Se a atual Constituição tem sido um brinquedo nas mãos de uns e um tabu para outros, com a imensa maioria a assistir, é tempo de criar uma democracia e uma Constituição Democrática.
Sumário
0 - Introdução
1 - Os grandes condicionantes da democracia
2 - Um sistema político que não serve os “de baixo”
2.1 - A base material da organização política de hoje
2.2 - Classe política é parasitismo
3 - Os direitos que preenchem uma democracia
Economia, capitalismo e revolta (conclusão)GRAZIA TANTA
1 - O que é a economia?*
2 - Os economicistas, os escribas do capitalismo*
3 - O mercado e a irrelevância de quem trabalha*
4 - Globalização e mercantilização
5 - Estado e hierarquia
6 - Ideias para uma saída “disto”
O golem espreita, sob o nome de fascismoGRAZIA TANTA
A democracia cada vez está mais afastada da "democracia representativa, ou de mercado. Não há democracia onde preponderam os interesses do sistema financeiro, das multinacionais, por ação/inação das classe políticas. A democracia, precisa ser reconstruída, a partir da base
O plano real e a globalização dos donos do mundoCarlosJoseSach
O plano real foi elaborado para destruir a capacidade empresarial brasileira, a fim de reduzir a soberania Nacional. Para tanto, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi um fantoche nas mãos de Bill Clinton, Tony Blair, reis e rainhas da Europa, ligados ao Clube Bilderberg, fundado em 1954, ao temível CFR “Council on Foreign Relations”, fundado em 1921, ao CT “Comissão Trilateral”, fundada em 1973, ao Clube de Roma, ao da Távola Redonda, e outros tantos, todos controlados por famílias detentoras de poder, como os Rockfeller, os Rothschild, os Ford, Soros, e tantas outras, poderosas, donas do dinheiro e do poder, que sabem muito bem o que querem e quais os objetivos para o domínio financeiro total. Bill Clinton e Tony Blair foram e são marionetes do Clube Bilderberg, uma verdadeira máfia de controle da economia mundial, que quer a todo custo implantar um Governo Mundial Único no planeta, a fim de que eles possam controlar tudo e todos, e para isso manipulam o FMI, o Banco Mundial, a ONU, a OMC, a OTAN, a UNESCO, as Agências Avaliadoras de Crédito “aquelas de dão notas aos países” e muitas ONGs, na pura intenção da escravização total dos seres humanos. Assim caminha a humanidade! E o Brasil não poderia ter ficado fora do roteiro deles, na globalização, tendo como principal cabeça ponte o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, verdadeiro capacho dos seus nefandos intentos.
Um internacionalismo do século xxi, contra o capitalismo e o nacionalismo (3)GRAZIA TANTA
Uma vez que o capitalismo vem dispensando as nações, é tempo de dispensar o capitalismo, de construir redes rizomáticas globais, com alicerces locais, assentes no conhecimento mútuo e em práticas democráticas de decisão. Tempo de praticar a escalada que começa na indignação, passa pelo protesto, pela mobilização, pela organização, pela desobediência até se chegar à revolta.
4 – A leitura do contexto.
4.1 - As alternativas possíveis e as desejáveis
4.2 – O desenvolvimento do espírito do fascismo
4.3 – Um novo internacionalismo, precisa-se!
Sobre a democracia - a democracia e a sua usurpação 1a parte-GRAZIA TANTA
Sumário
1- Um contexto civilizacional para mudança urgente
2- Estado não rima com democracia
3- Exemplos democráticos na Antiguidade
Ciro, o Grande, rei dos persas
A democracia ateniense
4 - Factores de neutralização da participação democrática
Capitalismo de mercado e capitalismo de estadoGRAZIA TANTA
No capitalismo comum, das economias ditas de mercado, as oligarquias estatais constituem um funcionalismo ao serviço do engrandecimento do capital privado, que decide sobre a redistribuição; No capitalismo de Estado esse funcionalismo assume o poder, apropria-se do rendimento gerado e decide e subalterniza o capital privado.
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdfGRAZIA TANTA
1 - O que é historicamente a Ucrânia?
2 - O discreto papel dos EUA na manipulação da classe política ucraniana
3 - A demografia da Ucrânia; um país de …sucesso
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.docGRAZIA TANTA
Os países com grandes saldos positivos no comércio externo são a Alemanha, a China e a Rússia; os que acumulam grandes deficits são os EUA e o seu acólito Grã-Bretanha
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdfGRAZIA TANTA
1 – MRS em seu esplendor no último 10 de junho
2 – A deificação de Portugal é uma elevação sem conteúdo
3 – O habitual verbo oco de MRS
4 - MRS e a arraia-miúda
5 – Periferia geográfica e de conhecimento
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdfGRAZIA TANTA
0 – Preâmbulo
1 - Agricultura, floresta e pesca
2 - Indústrias extrativas, transformadoras, produção e distribuição eletricidade, gás…
3 – Construção
4 - Comércio por grosso, retalho, transportes, alojamento
5 – Informação e comunicação
6 – Actividades financeiras e de seguros
7 – Actividades imobiliárias
8 – Actividades de consultoria, científicas e técnicas, administrativas e serviços de apoio
9 - Administração Pública, Defesa, Educação, Atividades de saúde humana e apoio social
10 - Actividades artísticas, de espectáculos, recreativas e outras de serviços, dos agregados domésticos e de organizações e entidades extraterritoriais
Sumário
1 - O BideNato em construção
2 - A Europa do futuro
3 - A decadência europeia tem a cara de von der Leyen
4 - As mudanças geopolíticas das últimas décadas
0 – Introduction
1 – Without an economy, there is no thriving military power
2 - US military proliferation on the planet
2.1 - East and Oceania
2.2 – Europe
2.3 - Middle East
2.4 – Africa
2.5 – America
3 – USA, a fated evildoer
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdfGRAZIA TANTA
1 – Sem economia não há poder militar pujante
2 - A proliferação militar dos EUA no planeta
2.1 - Oriente e Oceânia
2.2 - Europa
2.3 – Médio Oriente
2.4 – África
2.5 – América
3 – EUA, um predestinado malfeitor
Speculative electricity prices in the EUGRAZIA TANTA
Summary
1 - Electricity prices in the EU - 2016 (2nd semester) and 2021 (1st semester)
2 – The tax puncture widens the inequalities inserted in the prices
3 - Remuneration and electricity prices
Os especulativos preços da energia elétrica na ueGRAZIA TANTA
1 - Preços da energia elétrica na UE – 2016 (2º semestre) e 2021 (1º semestre)
2 – A punção fiscal amplia as desigualdades inseridas nos preços
3 - Remunerações e preços da eletricidade
Human beings, servants of the financial systemGRAZIA TANTA
1 - The uncontrolled expansion of the financial system
2 - The power and size of the financial sector
3 - Financial sector liabilities and their evolution
4 - Financial liabilities and minimum wages
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
1 – A expansão descontrolada do sistema financeiro
2 - O poder e a dimensão do sector financeiro
3 - Os passivos do sector financeiro e a sua evolução
4 - Passivos financeiros e salários mínimos
As últimas eleições autárquicas. observações e comparaçõesGRAZIA TANTA
Sumário
1 – Rotina eleitoral típica em democracia de mercado
2 - Os campeonatos autárquicos recentes
3 - Generalidades sobre o último campeonato autárquico
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
Porque não há uma estratégia popular anticapitalista
1. Grazia.tanta@gmail.com 7/02/2021 1
Porque não há uma estratégia anticapitalista?
Sumário
1- O fim da História ou o eterno retorno?
2– A vitória do mercado assentou-se na barbárie
3 – Os objetivos comuns entre classes políticas e capitalistas
4 - Sobre o chamado socialismo
5 – Para uma estratégia de sobrevivência e de mudança
((((((((((o))))))))))
1 - O fim da História ou o eterno retorno?
Os gangs partidários, em geral, conservadores e reacionários, mesmo quando adoptam
siglas e propósitos formalmente interessantes para a plebe são, em regra, direcionados
para suplantar a concorrência e, muito menos para cumprirem os anseios da multidão,
do eleitorado. Os nomes que ostentam, vindos de tempos longínquos, perdem todo o
seu significado ideológicoe programático, em função do afunilamento promovidopelo
neoliberalismo, tão bem definido pela baronesa Thatcher – There is No Alternative -ou,
por Fukuyama – “O Fim da História e o Último Homem”. Está claro, que em ambos os
casos estava a conclusão de que o capitalismo seria um retorno ao paraíso, embora os
danos colaterais, como guerras e pandemias, nunca tenham abandonado o terreno e a
Humanidade.
Quanto a guerras, os Balcãs foram o cenário onde o “democrata” Clinton exercitou o
músculo, aproveitando-seda fraqueza da Rússia, criando micro-estados, devidamente
armados com armas americanas, nas ruínas da Jugoslávia; com esta última, desdobrada
em sete estados-nação, com a integração de alguns, na UE e na NATO; com os dois
únicos de população maioritariamente católica, a beneficiar da bênção papal. A
humilhação de Mogadishio em 1993 e os sangrentos atentados às embaixadas de
Nairobi e Dar-es-Salam em 1998, estamparam-se na cara de Clinton; poderiam ser
apenas fait-divers mas, não foram.
A História afinal, prosseguia.
No seguimento do 11 de setembro, Bush avança sobre o Afeganistão, sem os
resultados transformadores desejados que culminaram, sem glória, com a retirada
quase total, patrocinada por Trump, vinte anos depois; nesse período, inicia-se naquele
país um tempo de investimentos chineses, paquistaneses e indianos mas, com o
2. Grazia.tanta@gmail.com 7/02/2021 2
negócio da papoila em mãos americanas. A incorporação de mercenários portugueses,
e a presença de dois conhecidos elementos, impropriamente fardados, é a
demonstração da transformação da invasão ocidental, em palhaçada.
Dois anos depois (2003) foi a invasão e destruição do Iraque com a focagem na captura
de Saddam e a segmentação do país entre zonas ou entidades curdas, xiitas e sunitas;
uma ação que irá deixar na História a qualidade dos promotores da operação – Bush,
Blair e Aznar, com Durão a servir à mesa, nos Açores. Seguiu-se a intervenção ocidental
na Líbia, em 2011, com o alto patrocínio de Obama, detentor do prémio nobel da paz
dois anos antes; e a divisão do petróleo entre os parceiros invasores. Que terão olhado,
indiferentes ao assassínio de Kadhafi, depois de sodomizado pela soldadesca.
Nesse ímpeto foram enquadradas as “primaveras árabes” no âmbito do qual Mubarak
foi deposto, substituído por Morsi, ligado à Irmandade Muçulmana que ganhou as
eleições no Egipto, e, de imediato, aprisionado e substituído por um impoluto
democrata, o general al-Sisi, pronto a tudo para receber o apoio dos sultões e da
entidade sionista.
Nesse plano enquadrava-se o derrube do regime sírio, para evitar a formação de um
eixo xiita, do Irão ao Mediterrâneo; e, para tal, foi canalizado um apoio financeiro ao
ISIS, por parte dos sultões da região, parcialmente aplicado na compra de material de
guerra aos empórios norte-americanos do armamento. As sequelas são conhecidas –
fragmentação do Iraque, continuidade da guerra no norte da Síria e – nem tudo é mau
– a criação em Rojava de um projeto de democracia direta; tudo isto, provocando um
enorme fluxo de refugiados na direção da Europa.
E, para terminar este esboço, o desabar do estado líbio facilitou a desestruturação e a
guerra nos países do Sahel que certamente (?) o apoio ocidental irá …evitar.
A internet e as tecnologias de informação, sendo neutras politicamente, integram-se
em qualquer prática, como os ábacos antigos. Claro que aceleram os ritmos das
transações e da prática de patifarias, a despeito das prédicas de angélicos
ambientalistas que entendem ser possível convencer os capitalistas a contemplar o
3. Grazia.tanta@gmail.com 7/02/2021 3
equilíbrio ambiental e a qualidade de vida no planeta. Os devotos cristãos antigos
tiveram como continuadores gente tão amante de Deus como S. Shenufe, os papas
Bórgia e, bem mais tarde, o papa Wojtyla; sem esquecer o “ecologista” Joshka Fischer,
cúmplice no bombardeamento da Sérvia, enquanto jantava tofu.
Afinal a História continua. Vigora a habitual e milenar sequência do saque, da guerra,
das desigualdades, das oligarquias, das migrações e da pobreza, geradas por minorias
de ricos, banqueiros, especuladores, seus crentes e mercenários, para além das várias e
pouco estimáveis estirpes que enformam as classes políticas; neste momento,
desastrados gestores dos efeitos da pandemia. E, suficientemente estúpidos para
acharem ser despiciendo ajudar os antigos povos colonizados no combate ao vírus
que… há muito tempo descobriu que a Terra é redonda
2 – A vitória do mercado assentou-se na barbárie
Pululam por aí, siglas muito distintas, formalmente, para os partidos – socialistas,
sociais-democratas, liberais, democratas, trabalhistas, conservadores, democratas-
cristãos, anticapitalistas, comunistas, ecologistas, verdes, radicais, republicanos1
…
embora muitos se limitem apenas a ser vigaristas, corruptos e mentirosos. O número
de siglas partidárias que por aí circulam tenderá a rivalizar com o número de…
coronavírus, à solta.
No mundo ocidental, a invenção da economia de mercado apresentou-se como o
zénite da felicidade humana; e, dali costumam sair os benfeitores que a vêm aplicando,
no quadro do colonialismo e do neocolonialismo; do modelo keynesiano, como na
coprologia neoliberal.
No campo da política há a considerar nesse processo criativo, intervenções
militares, golpes de estado, guerras, invasões, regimes de oligarcas cleptocratas e,
em tempos mais recentes, as sanções pessoais, popularizadas ad nauseam pelo
paquiderme Pompeo…que os deuses o mantenham fora da ribalta! De modo mais
educado, surgiram os produtos resultantes de eleições que são, ora Dupont, ora
Dupond, chamando-se a essas portas giratórias, alternância democrática ou
democracia de mercado. Para uma imagemmais prosaica, se preferirem, procurem
as diferenças em café adoçado com açúcar branco ou açúcar amarelo.
O modelo oligárquico aplicado à economia dá pelo nome de economia de
mercado; nasceu da pilhagem colonial, do trabalhoescravo, da pirataria (por vezes,
sob o nome enobrecido de corso) e, mais tarde, da proletarização dos
camponeses, emigrados para as cidades; os seus beneficiários chamam-se
capitalistas, nome edulcorado, posteriormente, para empresários. Por seu turno, o
trabalho passou a ser desempenhado por gente em funções precárias, a termo,
1 Em Pela, na Macedónia, no tempo de Filipe, pai de Alexandre, a nomenclatura política era mais simples –azuis e verdes
4. Grazia.tanta@gmail.com 7/02/2021 4
“independentes”, subcontratados, à experiência, estagiários, estendendo-se ao
cenário urbano como algo equiparado ao trabalho à jorna, para as funções
exercidas no campo. E que vivem em regime de alternância, entre o desemprego e
o exercício de trabalhos de merda, na designação do precocemente falecido, David
Graeber.
3 – Os objetivos comuns entre classes políticas e capitalistas
Politicamente, as classes políticas e os capitalistas têm um objetivo comum; a utilização
do produto do saque fiscal e a domesticação da plebe… para que o PIB cresça; e, que
as empresas invistam, que o capital externo se instale… para que o PIB cresça. Como
em todos os países2
esse objetivo está presente, há que criar uma fiscalidade
“competitiva” e preços do trabalho, tambémcompetitivos… para que o PIB cresça. Uma
ladainha pouco diversificada, monótona e que acaba por se fixar no consciente e no
inconsciente dos mainatos.
Os principais partidos são os gestores do produto do saque fiscal e os garantes da
mansidão do trabalho; os restantes grupos são as damas de honor que emolduram o
cortejo e lhe dão um falso aspecto democrático.
I partiti politici si dividono in grandi e piccoli.
I grandi mentono e rubano. I piccoli desiderano soprattutto di
crescere. - Emmanuel de Straznik
Dentro de cada partido desenvolvem-sehierarquias, frações em permanente luta entre
si, com grupos em constituição e outros, em perda de influência, no âmbito da qual os
interesses dos grupos sociais que procuram representar, perde relevância. Conta,
sobretudo, o poder interno e a capacidade de captação de fundos no exterior, sendo
de toda a importância o estabelecimento de relações íntimas e prolongadas com
empresários. Os programas políticos são repositórios de frases tão ocas como
consensuais que não possam provocar dissidências e que alarguem as abrangências.
Esta prática é o que Robert Michels designou, há mais de cem anos, a lei de ferro dos
partidos; uma vez que é o seu cumprimento que assegura a perpetuidade da
instituição. A instituição inspiradora foi o SPD alemão.
Os partidos políticos não agem por amor ao próximo mas, para manterem sob pressão,
os rendimentos e os direitos de assalariados, desempregados e pensionistas, com a
justificação do deficit, da dívida, da conjuntura, das obrigações vindas de Bruxelas, de
cheias, incêndios, etc; em contrapartida, como é evidente, procedem discretamente, ao
seu auto-abastecimento. Não há crescimento do PIB que não contemple contenção
para os rendimentos de trabalhadores e ex-trabalhadores; e, se o PIB estagna ou
2 https://grazia-tanta.blogspot.com/2020/03/o-salariado-na-europa-1_10.html
https://grazia-tanta.blogspot.com/2020/08/a-evolucao-da-riqueza-na-europa-200019.html
https://grazia-tanta.blogspot.com/2020/06/salarios-e-impostos-sua-evolucao-no.html
5. Grazia.tanta@gmail.com 7/02/2021 5
regride, já se sabe quem serão os sacrificados. Dizo povo que, “quem parte e reparte é
tolo se, não ficar com a melhor parte”.
Na hierarquia do patronato, as estirpes mais elevadas articulam-se com os partidos no
poder para a partilha do bolo fiscal; para a produçãolegislativa susceptível de favorecer
a acumulação de capital; para a criação de um ambiente mediático que promova o
sacrifício, para que o “país” se não afunde; e, para a geração do ambiente mediático e
social que obrigue os assalariados a aceitar maior carga fiscal e trabalho mais barato. O
Estado é o mediador da redistribuição, a peneira que separa e colhe as pepitas de ouro,
deixando a areia ir na corrente e depositar-se no fundo do rio.
4 - Sobre o chamado socialismo
Há mais de 10 anos quando começámos a escrever e atuar contra “isto” - o regime
político e económico em Portugal que, sinteticamente, designamos por regime pos-
fascista - houve vocábulos que nos recusámos a incluir no nosso discurso, para não
alimentar o atávico conservadorismo reinante. Um desses vocábulos, pelo seu vasto e
diversificado conteúdo, foi o termo socialismo como definidor de uma realidade
salvítica, para o tempo de hoje.
O socialismo foi pensado como fórmula libertadora face ao capitalismo que bem
conhecemos e, cuja existência pesa sobremaneira nos ombros da esmagadora maioria
dos entes humanos. O socialismo, foi uma reivindicação incontornável, mítica e
salvítica, em defesa do qual milhões de pessoas generosas se sacrificaram para virem
depois a sofrer, na pele, os efeitos de uma prática que conduziu à supremacia de outro
desastre, que bem conhecemos – o capitalismo. E mais, esses desastres contribuíram
sobremaneira para manter o capitalismo fora da lixeira da História.
Em 1917, a Revolução Soviética reivindicava uma mudança coperniciana para a vida
económica, política, social, para as mulheres e para os povos e nações oprimidas; e que
Maiakovsky referiria num poema, com o orgulho sentido na apresentação, no exterior,
do seu passaporte vermelho.
Porém, elevação ao poder, em nome do socialismo, de grupos de burocratas sem
escrúpulos e de mão pesada; de sacerdotes laicos defensores de um pensamento
único; e de chefes supremos e incontestáveis, teve um primeiro momento assinalável
em Berlim, em 15/01/1919 quando Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht e milhares de
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trabalhadores foram assassinados pelos “sociais-democratas”(o SPD atual), de Ebert,
tendo como braço executivo uma tropa, ressabiada, sentida como mal derrotada na
guerra de 1914/18. Desse massacre viriam a despontar, poucos anos depois, maiores
bestialidades, maiores desgraças, protagonizadas por Hitler - em nome do seu
nacional-socialismo, racista, assassino e concentracionário.
Porém, em 1920, os milicianos ucranianos de Makhno, contrários aos princípios
estatizantes e hierárquicos seguidos por Lenin, depois de terem combatido em
conjunto os restos do exército czarista, foram vítimas de uma sanguinária perseguição
dirigida por Trotsky, habitual executor do trabalho sujo, mais ou menos encomendado
por Lenin. E a que Stalin, deu continuidade, nos anos trinta, provocando a morte de
milhões de pobres camponeses ucranianos.
Em 1921, foi também em nome do socialismo que Trotsky, respaldado por Lenin e
Stalin, promoveu o massacre de Kronstadt, assassinando milhares dos que haviam,
pouco tempo antes, protagonizado a Revolução de Outubro; e, na boleia autoritária,
aceleraram a criaçãode um estado totalitário, persecutório, assassino, em favor de uma
casta de burocratas, executores acéfalos de leis particularmente severas.
Após a morte de Lenin, o poder veio a transitar para Stalin que eliminou a concorrência
da ocasião e, de outras posteriores, reais ou fictícias, durante uns trinta anos,
continuando a designar-se socialismo ao modelo político e económico, onde se inseriu
o tristemente célebre, Gulag.
Com o fim do regime, em 1991, as referências ao socialismo na Rússia desapareceram;
tal como na China acontecera, gradualmente, pouco depois da morte de Mao, em
1976. Note-se que, no último caso, a realidade “socialista” foi transfigurada a tal ponto
pelo regime que, nos anos 70, intelectuais da craveira de Charles Bettelheim ou de Joan
Robinson, economista do Labour, foram completamente enganados pelo que lhes
havia sido mostrado na China; Onde, curiosamente, o poder continua monopolizado
pelo PCC, mesmo que concomitante com um modelo económico claramente
capitalista.
Esses falhanços e volte-faces oportunistas, conduziram ao domínio atual de
reacionarismos mais extremados, correspondendo à maior agressividade do
capitalismo dominante, de caráter financeiro. Por outro, desarmaram ideologicamente
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as esquerdas tradicionais e os sindicatos, incapazes de um discurso alternativo e,
pondo em prática um constante e reacionário recuo, de desarmamento ideológico,
numa lógica de seguidismo… uma palavra que, em inglês, tem uma expressão mais
eloquente, tailism, ir na cauda.
A conciliação de políticas reacionárias com rótulos de esquerda conduziu à derrota do
Syriza, na Grécia, em 2015, num quadro com a capitulação das “esquerdas”; e ao
gradual recuo do peso eleitoral do Podemos, acocorado em torno de um Iglésias,
devotado crente no populismo de Laclau. A estagnação eleitoral da esquerda
portuguesa sobressai com apresentação, ultimamente, do mesmo volume de votos do
que nos anos setenta, mesmo que a população inscrita para votar tenha aumentado 3
M de pessoas no mesmo período; e que, se perfila, obediente, a marchar à ordens do
sargento Costa, em tudo o que é essencial para ele.
Essas falsas esquerdas veneram o Estado, não atacam o seu poder, mesmo que este se
mostre, de modo evidente, como o grande auxiliar do poder financeiro, das
multinacionais e, o principal antro da corrupção. Assim, os espetros partidários
nacionais, em regra, apresentam dois partidos ou, duas alianças de partidos, muito
semelhantes, quanto às práticas políticas, com uma rotineira rotatividade, com a
escolha saída de uma artificial crispação eleitoral, gerada pela ânsia de aceder ao
“pote”; nesse contexto, valem todas as falsidades, todas as promessas irrealizáveis, para
obter as preferências da plebe; e que esta não sinta, no momento da eleição, que a
alternância será a observada nas diferenças entre os gêmeos Dupond e Dupont.
Donde está la izquierda?
Al fondo, a la derecha3
5 - Estratégia de sobrevivência e de mudança
Coloca-se uma questão dicotómica de caráter metodológico:
a) O capitalismo é um mal, como a seca, as alterações climáticas, o covid-19, a
pobreza, as desigualdades, a desflorestação, o patriarcado e, muitos outros? É
um elemento que disputa, com os males referidos atrás, o campeonato dos
problemas que assolam a Humanidade, o meio ambiente e o planeta?
ou,
b) trata-se do elemento basilar, estrutural, que produz ou influencia fortemente
aqueles males, mostrando-se apenas inocente perante os efeitos das manchas
solares ou de uma erupção vulcânica?
O ecologismo tradicional e os partidos políticos em geral, aceitam o capitalismo, como
um dado, uma constante, como o ciclo dia/noite, mesmo que o capitalismo seja o
3 Puerta del Sol, Madrid manifestação dos Indignados, 2011
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arquiteto das potentes e versáteis estruturas económicas globais, invisíveis e
criminosas, que enquadram as nossas vidas; mesmo que essa aceitação seja anti-
histórica, tomada como um desígnio divino perante o qual só resta aceitar, rezar e ir
apanhando os cacos.
Na sua pobreza política e de ideias, no caldo insosso chamado eco-socialismo, espera-
se um surto de ética que promova a conversão dos capitalistas em benfeitores do
planeta e da Humanidade… como o famoso Gates? Esperam-se os efeitos
regeneradores de mais um abaixo-assinado, de uma petição ao governo? De uns
momentos de conversa com um mandarim? Através dos séculos tem-se esperado algo
do prometido por dúzias de evangelistas e profetas mas… onde estão os resultados?
Esperam, com paciência de Job, que um dia as classes políticas encontrem vontade,
capacidade e autonomia para colocar o capitalismo na ordem, restaurando-se, assim,
um novo e verde Eden?
Pedro pedreiro, penseiro, esperando o trem4… quem espera nunca alcança5
Entretanto, cautelarmente, essas formações, na sua generalidade, encostam-se ao
orçamento estatal para seguirem uma vida confortável. Cama fofa e prato quente, a
horas certas, caem sempre bem…
Achamos que a primeira hipótese revela inocência, reacionarismo ou, ignorância e
benevolência, tratando o mal principal – o capitalismo – como um simples concorrente
dos outros males que afligem a Humanidade e o planeta; afastando nexos de
causalidade. Na prática, trata-se da não responsabilização do capitalismo ou da
menorização, da desvalorização dos danos da sua vigência, confiando que as classes
políticas, como gestores do capital, reconstituam o tal Eden. E isso, mesmo perante a
total precarização do trabalho, o regular aparecimento de epidemias, a existência de
exércitos e polícias para defender o apartheid das classes políticas face às multidões
que se mostrem menos mansas e coniventes com aquelas; e que aceitem jornadas de
trabalho acrescidas, desemprego endémico, vivências em urbes pestilentas mas, com o
divino direito de circular sobre quatro rodas, poluindo; ao mesmo tempo que se
mantém um débito eterno para com os bancos, para garantir um tecto, o qual se pode
sumir, em qualquer momento, perante uma trivial crise de desemprego.
O papel do sistema financeiro na economia global, como nas economias nacionais e
domésticas é o maior determinante na vida de pessoas, empresas e países; e, no
entanto, muita gente tem sobre aquele uma visão incompleta e, quiçá benevolente,
porque o acesso ao crédito só raras vezes é negado; para mais, sendo tão “apelativo”
dada a vigência de taxas de juro muito baixas, ligadas a taxas de inflação igualmente
baixas.
4 Chico Buarque de Holanda
5 “Pequena Memória Pra Um Tempo SemMemória” (Gonzaguinha e LuizGonzaga)
9. Grazia.tanta@gmail.com 7/02/2021 9
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