Este artigo discute: 1) As interfaces entre políticas públicas neoliberais e educação, e como afetam a qualidade e acesso à educação. 2) A tensão entre projetos de sociedade e política na visão de Paulo Freire. 3) Como a política educacional de Freire busca uma consciência crítica por meio da participação social e da democracia.
Este documento discute os princípios da educação freiriana e as tensões entre projetos de sociedade e o papel da escola. Aborda como a educação deve ser um ato político de transformação e diálogo que leva os oprimidos à consciência crítica de sua situação. Também analisa como as políticas neoliberais influenciam a educação em detrimento da universalização dos direitos sociais.
Ações afirmativas e universidade no brasil prof. dr. paulo gomes limaPaulo Lima
A pesquisa problematiza as políticas de ações afirmativas como instrumento de inclusão
social à universidade brasileira. Estabelece as relações entre a reestruturação produtiva,
reforma de Estado e políticas educacionais; a educação superior no Brasil no contexto do
modo-de-produção capitalista e seus arranjos históricos de exclusão social, apontando para
a possibilidade de um terceiro olhar.
O documento discute as políticas educacionais e sua gestão ao longo das décadas de 1980 a 1990, quando organizações multilaterais como o Banco Mundial passaram a influenciar as políticas dos países periféricos. Também analisa como as reformas do Estado a partir da década de 1990 orientaram as políticas educacionais de acordo com as demandas do mercado capitalista globalizado. Por fim, aborda os desafios atuais em assegurar a democratização e a inclusão social na educação.
Este artigo discute os vínculos entre educação, trabalho e movimentos sociais. Argumenta que os movimentos sociais desempenharam um papel pedagógico importante ao ensinar os direitos sociais, especialmente o direito à educação. Também sugere que as lutas por melhores condições de vida, como moradia e saúde, contribuíram para a formação humana ao humanizar as possibilidades de existência. Conclui que esses vínculos entre educação e luta social permanecem relevantes, mesmo em tempos de desestruturação,
RELAÇÕES ENTRE O ESTADO E A ESCOLA NO BRASIL, PARTICIPAÇÃO E POLÍTICAS EDUCAC...Paulo Lima
O documento discute as relações entre Estado e escola no Brasil, a participação nas políticas educacionais e a gestão democrática. Analisa como as políticas neoliberais a partir da década de 1990 influenciaram a educação para atender aos interesses do mercado, promovendo uma participação controlada através de conselhos escolares. Questiona se a gestão democrática idealizada nos anos 1980 se mantém ou se tornou um controle estatal sobre a sociedade civil.
Este documento discute a democratização do acesso à educação básica no Brasil. Aponta que o processo de democratização da escola foi marcado por tensões entre aqueles que defendiam sua abertura a todos versus aqueles que queriam mantê-la como privilégio de elite. Também ressalta que a expansão do acesso à educação não significou necessariamente melhora na qualidade do ensino oferecido.
O documento discute como a educação atual está sendo moldada pelas forças da globalização competitiva de forma a enfraquecer seus princípios fundamentais de universalidade, igualdade e progresso. Isso está levando a uma profissionalização precoce e fragmentada da educação que produz "deficientes cívicos" em vez de cidadãos integrais, ameaçando a democracia. Deve-se retomar o debate sobre a educação para que ela possa construir uma globalização mais humana.
Este documento discute como a escola é vista sob duas perspectivas - neoliberal e gramsciana. Sob a perspectiva neoliberal, a escola serve para preparar os estudantes para o mercado de trabalho e reproduzir o sistema capitalista. Já sob a perspectiva gramsciana, a escola pode ser um espaço de luta social e emancipação, onde os estudantes desenvolvem uma consciência crítica para transformar a sociedade. O documento argumenta que, com base nos escritos de Gramsci, a escola deve servir para emancipar os estudantes, não apenas
Este documento discute os princípios da educação freiriana e as tensões entre projetos de sociedade e o papel da escola. Aborda como a educação deve ser um ato político de transformação e diálogo que leva os oprimidos à consciência crítica de sua situação. Também analisa como as políticas neoliberais influenciam a educação em detrimento da universalização dos direitos sociais.
Ações afirmativas e universidade no brasil prof. dr. paulo gomes limaPaulo Lima
A pesquisa problematiza as políticas de ações afirmativas como instrumento de inclusão
social à universidade brasileira. Estabelece as relações entre a reestruturação produtiva,
reforma de Estado e políticas educacionais; a educação superior no Brasil no contexto do
modo-de-produção capitalista e seus arranjos históricos de exclusão social, apontando para
a possibilidade de um terceiro olhar.
O documento discute as políticas educacionais e sua gestão ao longo das décadas de 1980 a 1990, quando organizações multilaterais como o Banco Mundial passaram a influenciar as políticas dos países periféricos. Também analisa como as reformas do Estado a partir da década de 1990 orientaram as políticas educacionais de acordo com as demandas do mercado capitalista globalizado. Por fim, aborda os desafios atuais em assegurar a democratização e a inclusão social na educação.
Este artigo discute os vínculos entre educação, trabalho e movimentos sociais. Argumenta que os movimentos sociais desempenharam um papel pedagógico importante ao ensinar os direitos sociais, especialmente o direito à educação. Também sugere que as lutas por melhores condições de vida, como moradia e saúde, contribuíram para a formação humana ao humanizar as possibilidades de existência. Conclui que esses vínculos entre educação e luta social permanecem relevantes, mesmo em tempos de desestruturação,
RELAÇÕES ENTRE O ESTADO E A ESCOLA NO BRASIL, PARTICIPAÇÃO E POLÍTICAS EDUCAC...Paulo Lima
O documento discute as relações entre Estado e escola no Brasil, a participação nas políticas educacionais e a gestão democrática. Analisa como as políticas neoliberais a partir da década de 1990 influenciaram a educação para atender aos interesses do mercado, promovendo uma participação controlada através de conselhos escolares. Questiona se a gestão democrática idealizada nos anos 1980 se mantém ou se tornou um controle estatal sobre a sociedade civil.
Este documento discute a democratização do acesso à educação básica no Brasil. Aponta que o processo de democratização da escola foi marcado por tensões entre aqueles que defendiam sua abertura a todos versus aqueles que queriam mantê-la como privilégio de elite. Também ressalta que a expansão do acesso à educação não significou necessariamente melhora na qualidade do ensino oferecido.
O documento discute como a educação atual está sendo moldada pelas forças da globalização competitiva de forma a enfraquecer seus princípios fundamentais de universalidade, igualdade e progresso. Isso está levando a uma profissionalização precoce e fragmentada da educação que produz "deficientes cívicos" em vez de cidadãos integrais, ameaçando a democracia. Deve-se retomar o debate sobre a educação para que ela possa construir uma globalização mais humana.
Este documento discute como a escola é vista sob duas perspectivas - neoliberal e gramsciana. Sob a perspectiva neoliberal, a escola serve para preparar os estudantes para o mercado de trabalho e reproduzir o sistema capitalista. Já sob a perspectiva gramsciana, a escola pode ser um espaço de luta social e emancipação, onde os estudantes desenvolvem uma consciência crítica para transformar a sociedade. O documento argumenta que, com base nos escritos de Gramsci, a escola deve servir para emancipar os estudantes, não apenas
1) A Educação Popular tem como objetivo permitir que as classes populares participem ativamente da história e das decisões políticas, ao invés de serem apenas representadas.
2) O autor defende a construção de uma Política Nacional de Educação Popular no Brasil, seguindo o exemplo de Paulo Freire quando ele instituiu a Educação Popular como política pública em São Paulo, mantendo um equilíbrio entre o poder público e o poder popular.
3) A Educação Popular tem uma longa história no continente americano e em outros lugares, evoluindo
A gestão escolar democrática é analisada no contexto das políticas educacionais brasileiras e do modelo societal capitalista neoliberal. A dissertação questiona se existem hoje fundamentos teóricos e condições concretas para a implementação de uma política educacional escolar democrática. Autores como Heloísa Lück, Moacir Gadotti e José Carlos Libâneo defendem a descentralização, transparência e participação como pilares da gestão democrática, porém os movimentos sociais dos anos 1970 e 1980 não alcançaram todos os seus objetivos d
Centralização e descentralização no sistema educativoPedro Barreiros
1. A centralização e descentralização não são virtudes ou defeitos em si mesmas, mas devem ser compreendidas no seu contexto histórico e social. Ambas podem contribuir para a democracia ou oligarquia.
2. No século XVIII surgiu a ideia de que o Estado deveria zelar pela instrução pública. Isto levou a uma tendência para a criação de sistemas educativos integrados, nacionais, homogéneos e controlados centralmente nos séculos XIX e XX.
3. Esta tendência não foi resultado
Este documento discute a democratização da escola no contexto da disputa entre projetos de educação democrática e cidadã versus projetos de submissão da escola à mercantilização. Apresenta como a globalização e a hegemonia do mercado afetam as concepções de democracia, cidadania e educação, e como as políticas educacionais têm sido influenciadas por uma gestão tecnocrática e empresarial em detrimento de uma gestão democrática.
O neoliberalismo defende a não participação do estado na economia e vê o mercado como central. Ele influenciou a educação para atrelá-la ao mercado de trabalho e aos interesses empresariais, tornando a escola um transmissor de ideologia neoliberal e um mercado para produtos culturais. A LDB de 1996 reformou a educação brasileira nessa direção neoliberal de responsabilizar a escola mas ser vaga em direitos.
Este artigo discute a situação atual da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, fazendo uma análise retrospectiva das políticas educacionais ao longo do século XX. A educação de adultos se tornou objeto de políticas educacionais nos anos 1940, com iniciativas como a Campanha Nacional de Educação de Adultos de 1947. Nos anos 1960, experiências como as de Paulo Freire introduziram um paradigma de educação popular e conscientizadora. Nos anos 1970, o programa Mobral promoveu a alfabetização em massa, porém de forma centralizada.
02 batista, maria do socorro xavier. os movimentos sociais cultivando uma edu...Albano Goes Souza
O documento discute a relação entre educação popular, movimentos sociais e educação do campo. Argumenta que os movimentos sociais cultivam uma educação popular do campo que promove a emancipação através do diálogo e da conscientização crítica. Aponta que a educação no campo é precária e não atende as necessidades dos camponeses. Defende que os movimentos sociais lutam por uma política pública de educação do campo que seja de qualidade e respeite as especificidades rurais.
Este documento discute a avaliação no ensino superior, comparando-a à avaliação na educação básica e analisando diferentes modelos universitários. Primeiro, apresenta brevemente os três papéis da universidade contemporânea e como o ensino universitário atual foca na formação profissional. Em seguida, descreve modelos universitários como o napoleônico, humboldtiano e norte-americano, e como eles influenciam a avaliação de acordo com suas finalidades. Por fim, defende que a avaliação no ensino superior deve consider
O documento discute o impacto das políticas neoliberais na educação a distância no Brasil. A autora argumenta que o paradigma neoliberal prioriza a educação como preparação para o mercado de trabalho e que a educação a distância é vulnerável a ser moldada de acordo com esse modelo mecanicista e mercantilizado. A autora também defende que a educação a distância deve lutar contra esses controles corporativos para não se tornar uma ferramenta de servidão.
Este documento resume um livro sobre a desmotivação dos professores. Analisa como as políticas neoliberais e as pressões do mercado têm afetado negativamente o sistema educativo e o trabalho dos professores, levando à sua desmotivação. Discute também como as constantes reformas educativas ignoram a opinião dos professores e como a falta de autonomia curricular contribui para a sua frustração.
O documento discute a gestão democrática na educação brasileira, abordando seus princípios na Constituição Federal e na LDB e a importância da participação da comunidade escolar. Também reflete sobre como construir a gestão democrática entre sujeitos e instâncias de participação de forma a promover a emancipação através da educação.
A autora critica políticos que não valorizam os profissionais da educação e não dialogam com eles sobre melhorias. Gestores públicos ainda seguem modelos autoritários em vez de democráticos, negando direitos como salários dignos e materiais adequados. É necessário repensar o papel desses gestores e o tipo de educação e sociedade que queremos para as crianças.
1) O documento discute a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Brasil como uma nova abordagem inovadora para a educação profissional e tecnológica.
2) Os Institutos Federais oferecem cursos técnicos integrados ao ensino médio, licenciaturas, graduações tecnológicas, especializações, mestrados e doutorados focados em pesquisa aplicada e inovação tecnológica.
3) Essa estrutura verticalizada permite que professores
O documento discute os ideais liberais de educação de acordo com pensadores como Locke, Rousseau e Condorcet. Eles defendiam que a educação deveria estar a serviço do indivíduo, revelando seus talentos, e não de classes ou crenças. Isso levaria à ascensão social baseada em mérito, não origem. O documento também discute como esses ideais influenciaram as propostas de educação pública, gratuita e igualitária no Brasil.
O documento discute a educação brasileira e como ela tem adotado principalmente dois modelos de desenvolvimento: a Atualização Histórica e a Aceleração Evolutiva. Ambos modelos tratam a educação como prioridade para formação de mão-de-obra para o mercado, sem priorizar a dimensão subjetiva da cidadania. Além disso, o método cartesiano tem sido hegemônico na abordagem do conhecimento na educação brasileira.
Lima, aranda e lima estado e politicas educacionaisMariclei2011
O documento discute as relações entre Estado, políticas educacionais e escola no Brasil, abordando como essas dimensões foram influenciadas por organismos multilaterais e adotaram uma lógica neoliberal ao longo do tempo. Discutem-se também conceitos de participação, política educacional e gestão democrática da escola, destacando os limites impostos pelo sistema capitalista à participação mais ampla na formulação de políticas.
APOSTILA DE ESTRUTURA E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.docDalaPereiradeAlmeida
O documento discute as reformas de ensino no Brasil ao longo do século XX. Apresenta que a educação reflete o perfil da sociedade, podendo ser reprodutora ou transformadora. Também reconhece que o Estado deve considerar todas as classes na formulação de políticas, apesar de estar submetido aos interesses do capital em controlar a maioria da população.
A construção historico social da infancia e as politicas públicas da ed infantilSimoneHelenDrumond
O documento discute a construção histórica da infância e o papel das políticas públicas de educação infantil. Apresenta diferentes concepções de infância ao longo do tempo e como elas são desiguais entre crianças ricas e pobres. Também analisa como as políticas públicas podem consolidar a educação infantil para promover o desenvolvimento das crianças.
A construção historico social da infancia e as politicas públicas da ed infan...SimoneHelenDrumond
O documento discute a construção histórica da infância e as políticas públicas de educação infantil no Brasil. Apresenta como a modernidade contribuiu para a concepção da criança como ser distinto e importante, embora experiências de infância variem entre classes sociais. Também analisa como as políticas públicas podem promover o desenvolvimento das crianças de forma igualitária.
CORTELLA, Mario Sergio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológico...LUANASILVAARAUJOMART
Essa obra tem o objetivo de demonstrar que o conhecimento é uma construção cultural e que a escola tem um comprometimento político, de caráter ao mesmo tempo conservador e inovador. Inicia com uma visão sobre o conhecimento para a seguir rebater a ideia de que o conhecimento seja uma “descoberta”. Em continuação, volta sua atenção para a escola e suas práticas, enfatizando o sentido social do trabalho pedagógico e acenando com a possibilidade do conhecimento como ferramenta da liberdade e do poder de convivência entre iguais.
O que significa ser humano?
Um passeio pelas nossas origens
Cultura: o mundo humano
Conhecimentos e valores: fronteiras da não neutralidade
O documento discute a educação, definindo-a como um processo de formação do indivíduo pela sociedade. Apresenta conceitos de educação de acordo com diferentes autores e discute seus fins e papel na sociedade ocidental contemporânea, abordando temas como a relação entre educação e capitalismo.
Este documento discute as ideias de Paulo Freire sobre inclusão e diversidade na educação. Argumenta que, embora Freire e a perspectiva de inclusão sejam teorias diferentes, existem congruências significativas entre elas. Especificamente, destaca que Freire entendia a importância de incluir os excluídos na escola e promover uma educação que respeite as diferenças individuais.
1) A Educação Popular tem como objetivo permitir que as classes populares participem ativamente da história e das decisões políticas, ao invés de serem apenas representadas.
2) O autor defende a construção de uma Política Nacional de Educação Popular no Brasil, seguindo o exemplo de Paulo Freire quando ele instituiu a Educação Popular como política pública em São Paulo, mantendo um equilíbrio entre o poder público e o poder popular.
3) A Educação Popular tem uma longa história no continente americano e em outros lugares, evoluindo
A gestão escolar democrática é analisada no contexto das políticas educacionais brasileiras e do modelo societal capitalista neoliberal. A dissertação questiona se existem hoje fundamentos teóricos e condições concretas para a implementação de uma política educacional escolar democrática. Autores como Heloísa Lück, Moacir Gadotti e José Carlos Libâneo defendem a descentralização, transparência e participação como pilares da gestão democrática, porém os movimentos sociais dos anos 1970 e 1980 não alcançaram todos os seus objetivos d
Centralização e descentralização no sistema educativoPedro Barreiros
1. A centralização e descentralização não são virtudes ou defeitos em si mesmas, mas devem ser compreendidas no seu contexto histórico e social. Ambas podem contribuir para a democracia ou oligarquia.
2. No século XVIII surgiu a ideia de que o Estado deveria zelar pela instrução pública. Isto levou a uma tendência para a criação de sistemas educativos integrados, nacionais, homogéneos e controlados centralmente nos séculos XIX e XX.
3. Esta tendência não foi resultado
Este documento discute a democratização da escola no contexto da disputa entre projetos de educação democrática e cidadã versus projetos de submissão da escola à mercantilização. Apresenta como a globalização e a hegemonia do mercado afetam as concepções de democracia, cidadania e educação, e como as políticas educacionais têm sido influenciadas por uma gestão tecnocrática e empresarial em detrimento de uma gestão democrática.
O neoliberalismo defende a não participação do estado na economia e vê o mercado como central. Ele influenciou a educação para atrelá-la ao mercado de trabalho e aos interesses empresariais, tornando a escola um transmissor de ideologia neoliberal e um mercado para produtos culturais. A LDB de 1996 reformou a educação brasileira nessa direção neoliberal de responsabilizar a escola mas ser vaga em direitos.
Este artigo discute a situação atual da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, fazendo uma análise retrospectiva das políticas educacionais ao longo do século XX. A educação de adultos se tornou objeto de políticas educacionais nos anos 1940, com iniciativas como a Campanha Nacional de Educação de Adultos de 1947. Nos anos 1960, experiências como as de Paulo Freire introduziram um paradigma de educação popular e conscientizadora. Nos anos 1970, o programa Mobral promoveu a alfabetização em massa, porém de forma centralizada.
02 batista, maria do socorro xavier. os movimentos sociais cultivando uma edu...Albano Goes Souza
O documento discute a relação entre educação popular, movimentos sociais e educação do campo. Argumenta que os movimentos sociais cultivam uma educação popular do campo que promove a emancipação através do diálogo e da conscientização crítica. Aponta que a educação no campo é precária e não atende as necessidades dos camponeses. Defende que os movimentos sociais lutam por uma política pública de educação do campo que seja de qualidade e respeite as especificidades rurais.
Este documento discute a avaliação no ensino superior, comparando-a à avaliação na educação básica e analisando diferentes modelos universitários. Primeiro, apresenta brevemente os três papéis da universidade contemporânea e como o ensino universitário atual foca na formação profissional. Em seguida, descreve modelos universitários como o napoleônico, humboldtiano e norte-americano, e como eles influenciam a avaliação de acordo com suas finalidades. Por fim, defende que a avaliação no ensino superior deve consider
O documento discute o impacto das políticas neoliberais na educação a distância no Brasil. A autora argumenta que o paradigma neoliberal prioriza a educação como preparação para o mercado de trabalho e que a educação a distância é vulnerável a ser moldada de acordo com esse modelo mecanicista e mercantilizado. A autora também defende que a educação a distância deve lutar contra esses controles corporativos para não se tornar uma ferramenta de servidão.
Este documento resume um livro sobre a desmotivação dos professores. Analisa como as políticas neoliberais e as pressões do mercado têm afetado negativamente o sistema educativo e o trabalho dos professores, levando à sua desmotivação. Discute também como as constantes reformas educativas ignoram a opinião dos professores e como a falta de autonomia curricular contribui para a sua frustração.
O documento discute a gestão democrática na educação brasileira, abordando seus princípios na Constituição Federal e na LDB e a importância da participação da comunidade escolar. Também reflete sobre como construir a gestão democrática entre sujeitos e instâncias de participação de forma a promover a emancipação através da educação.
A autora critica políticos que não valorizam os profissionais da educação e não dialogam com eles sobre melhorias. Gestores públicos ainda seguem modelos autoritários em vez de democráticos, negando direitos como salários dignos e materiais adequados. É necessário repensar o papel desses gestores e o tipo de educação e sociedade que queremos para as crianças.
1) O documento discute a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Brasil como uma nova abordagem inovadora para a educação profissional e tecnológica.
2) Os Institutos Federais oferecem cursos técnicos integrados ao ensino médio, licenciaturas, graduações tecnológicas, especializações, mestrados e doutorados focados em pesquisa aplicada e inovação tecnológica.
3) Essa estrutura verticalizada permite que professores
O documento discute os ideais liberais de educação de acordo com pensadores como Locke, Rousseau e Condorcet. Eles defendiam que a educação deveria estar a serviço do indivíduo, revelando seus talentos, e não de classes ou crenças. Isso levaria à ascensão social baseada em mérito, não origem. O documento também discute como esses ideais influenciaram as propostas de educação pública, gratuita e igualitária no Brasil.
O documento discute a educação brasileira e como ela tem adotado principalmente dois modelos de desenvolvimento: a Atualização Histórica e a Aceleração Evolutiva. Ambos modelos tratam a educação como prioridade para formação de mão-de-obra para o mercado, sem priorizar a dimensão subjetiva da cidadania. Além disso, o método cartesiano tem sido hegemônico na abordagem do conhecimento na educação brasileira.
Lima, aranda e lima estado e politicas educacionaisMariclei2011
O documento discute as relações entre Estado, políticas educacionais e escola no Brasil, abordando como essas dimensões foram influenciadas por organismos multilaterais e adotaram uma lógica neoliberal ao longo do tempo. Discutem-se também conceitos de participação, política educacional e gestão democrática da escola, destacando os limites impostos pelo sistema capitalista à participação mais ampla na formulação de políticas.
APOSTILA DE ESTRUTURA E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.docDalaPereiradeAlmeida
O documento discute as reformas de ensino no Brasil ao longo do século XX. Apresenta que a educação reflete o perfil da sociedade, podendo ser reprodutora ou transformadora. Também reconhece que o Estado deve considerar todas as classes na formulação de políticas, apesar de estar submetido aos interesses do capital em controlar a maioria da população.
A construção historico social da infancia e as politicas públicas da ed infantilSimoneHelenDrumond
O documento discute a construção histórica da infância e o papel das políticas públicas de educação infantil. Apresenta diferentes concepções de infância ao longo do tempo e como elas são desiguais entre crianças ricas e pobres. Também analisa como as políticas públicas podem consolidar a educação infantil para promover o desenvolvimento das crianças.
A construção historico social da infancia e as politicas públicas da ed infan...SimoneHelenDrumond
O documento discute a construção histórica da infância e as políticas públicas de educação infantil no Brasil. Apresenta como a modernidade contribuiu para a concepção da criança como ser distinto e importante, embora experiências de infância variem entre classes sociais. Também analisa como as políticas públicas podem promover o desenvolvimento das crianças de forma igualitária.
CORTELLA, Mario Sergio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológico...LUANASILVAARAUJOMART
Essa obra tem o objetivo de demonstrar que o conhecimento é uma construção cultural e que a escola tem um comprometimento político, de caráter ao mesmo tempo conservador e inovador. Inicia com uma visão sobre o conhecimento para a seguir rebater a ideia de que o conhecimento seja uma “descoberta”. Em continuação, volta sua atenção para a escola e suas práticas, enfatizando o sentido social do trabalho pedagógico e acenando com a possibilidade do conhecimento como ferramenta da liberdade e do poder de convivência entre iguais.
O que significa ser humano?
Um passeio pelas nossas origens
Cultura: o mundo humano
Conhecimentos e valores: fronteiras da não neutralidade
O documento discute a educação, definindo-a como um processo de formação do indivíduo pela sociedade. Apresenta conceitos de educação de acordo com diferentes autores e discute seus fins e papel na sociedade ocidental contemporânea, abordando temas como a relação entre educação e capitalismo.
Este documento discute as ideias de Paulo Freire sobre inclusão e diversidade na educação. Argumenta que, embora Freire e a perspectiva de inclusão sejam teorias diferentes, existem congruências significativas entre elas. Especificamente, destaca que Freire entendia a importância de incluir os excluídos na escola e promover uma educação que respeite as diferenças individuais.
Este artigo discute os vínculos entre educação, trabalho e movimentos sociais. Argumenta que os movimentos sociais desempenharam um papel pedagógico importante ao ensinar os direitos sociais, especialmente o direito à educação. Também sugere que as lutas por melhores condições de vida, como moradia e saúde, contribuíram para a formação humana ao humanizar as possibilidades de existência. Conclui que esses vínculos entre educação e luta social permanecem relevantes, mesmo em tempos de desestruturação,
Este documento discute a democratização da escola pública no Brasil no contexto da globalização e da mercantilização da educação. Analisa a disputa entre um projeto de educação democrático e cidadão versus um projeto de submissão da escola aos parâmetros de mercado. Argumenta que a democratização da gestão escolar e o acesso igualitário ao conhecimento são essenciais para que a escola atenda às necessidades de todos, incluindo os excluídos.
Este documento discute a democratização da escola no contexto da disputa entre projetos de educação democrática e cidadã versus projetos de submissão da escola à mercantilização. Analisa como a lógica do mercado tem influenciado as políticas educacionais e introduzido valores empresariais nas escolas, priorizando a formação de consumidores. Também examina os desafios para educadores construírem práticas democráticas diante das transformações conservadoras na educação.
Este documento discute a democratização da escola no contexto da disputa entre projetos de educação democrática e cidadã versus projetos de submissão da escola à mercantilização. Analisa como a lógica do mercado tem influenciado as políticas educacionais e introduzido valores empresariais nas escolas, priorizando a formação de consumidores. Também examina os desafios para educadores construírem práticas democráticas diante das transformações conservadoras na educação.
Este documento discute a democratização da escola pública no Brasil no contexto da globalização e da mercantilização da educação. Analisa os projetos concorrentes de educação democrática e cidadã versus a submissão da escola aos valores de mercado. Argumenta que a democratização da gestão escolar e o acesso igualitário ao conhecimento são essenciais para que a escola atenda às necessidades de todos, incluindo os excluídos.
Este documento discute o papel dos educadores sociais e as dificuldades que enfrentam no estabelecimento de sua identidade profissional. Os educadores sociais trabalham para promover a educação e inclusão social em comunidades vulneráveis. Embora seu trabalho seja importante, educadores sociais enfrentam desafios devido à nova natureza de sua profissão e necessidade de cooperar com outros profissionais.
O documento discute a sociologia da educação e como ela estuda as relações entre indivíduos na escola e como a escola é influenciada pela sociedade. Também analisa os paradigmas do consenso e do conflito na educação e como a escola pode tanto reproduzir quanto transformar a sociedade.
Freire, paulo a sombra desta mangueiramarcaocampos
Este livro apresenta as visões de mundo e valores defendidos por Paulo Freire. Ele discute conceitos como solidariedade humana, diálogo, esperança e educação progressista. Critica posições neoliberais e defende maior participação popular na política brasileira por meio de organização, liderança democrática e mobilização. A educação deve formar cidadãos capazes de questionar e transformar criticamente a realidade.
O documento discute os problemas da educação brasileira e propõe soluções como a criação de um plano integral de ensino, a escola única gratuita e laica para todos, e que o estado deve considerar a educação como função pública essencial.
O documento discute a importância do projeto político-pedagógico na escola como instrumento para conquistar autonomia e qualidade. Ele argumenta que o projeto deve ser construído coletivamente com a participação de toda a comunidade escolar e deve considerar as especificidades de cada escola. Além disso, destaca os desafios na participação dos professores no processo de elaboração do projeto político-pedagógico.
O documento discute a função social da educação e da escola ao longo da história e na sociedade capitalista atual. A educação mudou de uma função igualitária nas sociedades primitivas para uma função desigual na antiguidade com a propriedade privada. Na era capitalista, a educação é usada para treinar trabalhadores de acordo com as demandas do capital. A escola deve promover a construção do conhecimento e a participação democrática.
1) O documento apresenta um programa de disciplina sobre o Estado e os problemas sociais contemporâneos, abordando conceitos, debates teóricos e políticas públicas brasileiras.
2) A primeira unidade trata de dimensões conceituais e históricas do estudo dos problemas e políticas sociais, analisando conceitos como justiça, cidadania e o papel do Estado ao longo do tempo.
3) A segunda unidade irá estudar políticas sociais brasileiras relacionadas à educação, saúde, assistência social e mercado de trabalho.
Este documento discute as políticas públicas voltadas à alfabetização com letramento no contexto da antecipação do ingresso no ensino fundamental para seis anos e da ampliação deste para nove anos. Analisa como essas mudanças impactam a educação brasileira e se inspira em autores como Justino de Souza Jr, István Mészáros e Demerval Saviani para compreender os desafios impostos às escolas.
Semelhante a Política Educacional na perspectiva de Paulo Freire: desafios para os dias contemporâneos (20)
Education and social policies – values, concepts and practicesPaulo Lima
Este documento discute o papel da educação nas políticas sociais e comunitárias. Ele argumenta que a educação deve ser uma prioridade no desenvolvimento territorial e que promove a participação ativa e solidariedade. Ele também descreve um projeto chamado "Porto Solidário" que promoveu a cooperação entre atores locais para abordar problemas sociais.
Ciudadanía, educación y la realidad brasileña: Puntos de debate y encaminamie...Paulo Lima
Este estudio discute la ciudadanía desde una perspectiva histórica a través de un análisis crítico en cuatro secciones. La primera analiza los antecedentes históricos de la ciudadanía desde la antigüedad hasta la actualidad. La segunda distingue los elementos estructurales de la consolidación del término ciudadanía y las contradicciones de su reflexión. La tercera debate la ciudadanía en la política educativa brasileña. Finalmente, la cuarta sección analiza los desafíos y encaminamientos de la ciudadanía para la
Politicas de educação superior paulo gomes lima - revista avaliaçãoPaulo Lima
Este documento discute as políticas de educação superior no Brasil na primeira década do século XXI, como o Plano de Desenvolvimento da Educação e programas para expandir o acesso à educação superior através de novas universidades federais e institutos federais de educação tecnológica. O autor analisa até que ponto essas ações contribuíram efetivamente para a democratização do acesso considerando as contradições do sistema capitalista.
O documento discute os motivos pelos quais alunos buscam a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Alunos relatam que desejam terminar os estudos para fazer cursos técnicos ou faculdade e ter mais autoconfiança. Eles também trazem saberes do mundo prático e relacionado ao ver e fazer. Professores devem valorizar as conquistas dos alunos à medida que avançam nos estudos.
CITIZENSHIP, EDUCATION AND BRAZILIAN REALITY:Paulo Lima
Este estudio aborda la ciudadanía en una perspectiva recurrente mediante un análisis crítico reflexivo a la luz del materialismo histórico y en cuatro secciones. En la primera sección se discuten los antecedentes históricos de la ciudadanía, las limitaciones y los valores que trata con el hombre y su comprensión de la realidad. En la segunda sección, ciudadanía y contradicciones: sentidos y significados, como una dimensión caleidoscópica distinguimos los elementos estructurales de la consolidación de la ciudadanía de término, así como las contradicciones que surgen de su reflexión. Más adelante, en "la política educativa y la ciudadanía" debatir los contornos y reflexiones sobre la ciudadanía en la actualidad, finalmente, discutimos los retos y cursos de acción sobre la importancia de la ciudadanía en la educación en Brasil y viceversa. El estudio señala que el sentido de una ciudadanía correspondiente a la perspectiva democrática mejora los cursos de acción para que su aplicación de sentido a la Constitución de ciudadanos que viven y buscan el espacio social como una conquista universalizada y humanizada, ou sea si es una realidad que se construirá com basis democrática.
This survey discusses citizenship in a recurrent perspective by means of a critical-reflective analysis in the light of historical materialism and in four sections. In the first section we discuss the historical backgrounds of citizenship, the constraints and values which dealt with man and his comprehension of reality. In the second section, Citizenship and contradictions: senses and meaning, as a kaleidoscopic dimension we distinguish the structural elements of consolidation of the term citizenship, as well as the contradictions arising from its reflection. Later, in “Educational policy and citizenship” we debate the outlines and reflections on citizenship nowadays. Finally in the forth section, we problematize the challenges and courses of action on the importance of citizenship in education in Brazil and vice versa. The study points out that the sense of a citizenship corresponding to the democratic perspective improves the educational courses of action so that its implementation gives meaning to the constitution of citizens who live and claim the social space as a universalized and humanized conquest even if it is a reality to be built.
Keywords: citizenship, senses, meanings, educational policies
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...Paulo Lima
Este documento discute as interfaces entre ciência, epistemologia e pesquisa educacional. A ciência é entendida como a produção do conhecimento humano que se amplia e refaz constantemente. A epistemologia fornece ferramentas para analisar criticamente a ciência. A pesquisa educacional estuda o fenômeno da educação e como objeto em construção, reunindo contribuições científicas e epistemológicas.
11.Relações entre o administrativo e o pedagógico na prática do gestor escola...Paulo Lima
Este documento discute as relações entre o administrativo e o pedagógico na gestão escolar. Apresenta três perspectivas: 1) conflito funcional entre as atividades-meio (administrativo) e atividades-fim (pedagógico); 2) interconexão entre os dois campos; 3) abordagem multirreferencial que vê a administração sob duas lentes. Defende a necessidade de coerência entre meios e fins na gestão escolar.
10.Autonomia, ética e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes LimaPaulo Lima
1) O documento discute os âmbitos da autonomia da escola pedagógica e administrativa de acordo com a LDB.
2) A ética é apresentada como eixo transversal das incumbências da educação escolar e da gestão escolar.
3) A autonomia, ética e gestão escolar são discutidas no sentido de identificar a identidade profissional do gestor educacional.
8. Relação entre gestão escolar, movimentos sociais e educação popular - Prof...Paulo Lima
O documento discute a evolução histórica da educação no Brasil em três fases: 1) fase agroexportadora com educação elitista e centralizada; 2) fase urbano-industrial com expansão gradual da escola de forma autoritária; 3) a partir de 1970, movimentos sociais exigem escola para todos de forma democrática, criticando o processo de exclusão.
7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes LimaPaulo Lima
O documento discute as dificuldades enfrentadas pelos professores brasileiros, como a indisciplina dos alunos, falta de infraestrutura adequada e violência. Aponta que manter a disciplina e despertar a atenção dos estudantes são os maiores desafios para os professores. Defende que um ambiente escolar mais harmonioso é crucial para melhorar o ensino.
6. Gestão curricular e coordenação pedagógicaPaulo Lima
O documento discute o planejamento pedagógico-curricular nas escolas. Apresenta os principais elementos que compõem o projeto pedagógico como a concepção de educação, os objetivos, a organização curricular e as práticas de gestão. Também aborda a elaboração do currículo e sua implementação no contexto escolar.
5.Gestão escolar e formação de educadores - Prof. Dr. Paulo Gomes LimaPaulo Lima
O documento discute a gestão escolar e formação de educadores no Brasil a partir da década de 1990, período em que as políticas educacionais passaram a ser influenciadas pelo neoliberalismo. A reforma do Estado brasileiro visava adequar o país aos padrões do mercado globalizado, priorizando uma educação que formasse trabalhadores para a nova economia. Isso incluiu a profissionalização da gestão escolar e mudanças na formação de educadores de acordo com as diretrizes do Banco Mundial.
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes LimaPaulo Lima
O documento discute políticas educacionais e gestão escolar no Brasil. Primeiro, define políticas educacionais e descreve as esferas de competência normativa. Segundo, detalha os fundamentos legais da gestão escolar na Constituição e na LDB. Terceiro, analisa como as políticas educacionais e a gestão escolar foram impactadas pelo modo de produção capitalista no Brasil.
3. Gestão escolar democrática e gestão escolar participativa - Prof. Dr. Paul...Paulo Lima
O documento discute a história da gestão escolar no Brasil, desde o período colonial até as décadas de 1970 e 1980. A gestão era inicialmente centralizada e autoritária, mas passou a ser questionada por movimentos sociais que exigiam uma escola democrática para todos. A Constituição de 1988 e a LDB estabeleceram a gestão democrática como princípio, com a participação de professores e comunidade na escola.
2. Relações entre atividades meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. ...Paulo Lima
O documento discute o conceito de atividades-meio e atividades-fim no contexto educacional, destacando que as atividades-meio devem servir para apoiar as atividades-fim ligadas diretamente ao processo de ensino-aprendizagem. Também aborda a importância da coerência entre meios e fins na administração educacional.
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados msPaulo Lima
Este artigo analisou as políticas educacionais no município de Dourados - MS, referentes à
tentativa de reorganização curricular no período de 1997 a 2005, considerando
respectivamente os governos municipais do PMDB e PT.
Tendencias paradigmaticas na pesquisa educacional prof. dr. paulo gomes limaPaulo Lima
Este documento é a dissertação de mestrado de Paulo Gomes Lima defendida na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas em 2001. O trabalho analisa as tendências paradigmáticas presentes na pesquisa educacional, abordando os paradigmas quantitativo, qualitativo, dialético e da complexidade. A metodologia utilizada envolveu a análise de dissertações e teses defendidas na referida faculdade.
1. diferentes concepções de gestão escolarPaulo Lima
Este documento discute as diferentes concepções de gestão escolar ao longo do tempo nos EUA e Brasil, desde a influência da administração científica até propostas mais democráticas e participativas. Aborda temas como eficiência, eficácia, valores e participação social.
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Política Educacional na perspectiva de Paulo Freire: desafios para os dias contemporâneos
1. Laplage em Revista (Sorocaba), vol. 01, n.01, jan.-abr. 2015, p.115-124 ISSN:2446-6220
Política educacional na perspectiva de Paulo Freire:
desafios para os dias contemporâneos
Educational pocies to Paulo Freire: confrontation to the contemporary days
Política educativa en la perspectiva del Paulo Freire: retos para la actualidad
Paulo Gomes Lima
Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba
RESUMO
O presente artigo discute algumas interfaces das políticas públicas na perspectiva neoliberal e as implicações para a
educação, a tensão entre os projetos de sociedade e a política e educação em Paulo Freire. A política educacional
em Paulo Freire tem um caráter problematizador, político e dialético, visto que propõe o rompimento da consciência
ingênua e o despertamento para a consciência crítica por meio do chamamento dos atores sociais para elencar e
delinear, não somente as necessidades, mas a possibilidade concreta de universalização da educação como direito
de todos em sentido pleno, da democracia na sociedade como condição para a existência de uma escola democrática
e da justiça social como manifestação efetiva no combate a qualquer tipo de perversidade que desqualifica e coisifica
o homem como objeto manipulável do capital.
Palavras-chave: Política educacional. Paulo Freire. Papel da escola.
ABSTRACT
This article discusses some interfaces of public policies in neoliberal perspective and its implications for education,
the tension between the projects of politics and society and education in Paulo Freire. The educational policy in Paulo
Freire has a problematic character, political and dialectical, as proposed by the breaking of naive consciousness and
awakening to the critical conscience through the call of social actors to list and outline, not only needs, but the
concrete possibility of universalization of education as a right for all in the full sense, democracy in society as a
condition for the existence of a democratic school and social justice as effective manifestation in combating any kind
of perversity that disqualifies and objectifies the man as an object handle by the capital.
Keywords: Educational Policy. Paulo Freire. Role of the school.
RESUMEN
Este artículo aborda algunas interfaces de las políticas públicas en la perspectiva neoliberal y sus implicaciones para
la educación, la tensión entre los proyectos de sociedad, política y educación de Paulo Freire. La política educativa
de Paulo Freire tiene un carácter de delimitación de problemas, político y dialéctico, ya que propone la alteración
de la consciencia ingenua y el despertar de la consciencia crítica a través de la convocatoria de los actores sociales
para enlistar y delinear no solamente las necesidades, sino la posibilidad concreta de universalizar la educación como
un derecho para todos en el pleno sentido, la democracia en la sociedad como condición para la existencia de una
escuela democrática y de justicia social como manifestación efectiva en la lucha contra cualquier tipo de mal que
descalifique y deshumanice al hombre como objeto manipulable del capital.
Palabras-clave: Política Educativa. Paulo Freire. Papel de la escuela.
2. LIMA, P.G. 116
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Introdução
omo observado em texto de minha autoria no Jornal Cruzeiro do Sul da Cidade de Sorocaba
(LIMA, 2013) a educação como ato político requer posicionamentos quer seja na discussão e
implementação de políticas, quer em suas reorientações, ainda que de pequeno vulto, como às
vezes acontece no interior de uma escola pública e que não descaracteriza a sua importância.
A luta política intensa e que confere ao homem a consciência de sua atuação na história requererá
também não somente a equidade no acesso, mas a igualdade de condições e qualidade da escola que
não admite uma educação dualista e que sabe, para atingir esse estágio deverá denunciar, reunir forças
e envidar esforços para que as bases da pseudodemocracia sejam minadas.
A começar pela escola que se tem o que ou quais encaminhamentos poderiam ser pensados? As
políticas públicas para a educação têm paralelamente buscado discutir educação de qualidade sem
destoar do esforço por uma sociedade não excludente? Em nível organizacional a escola, como instituição
educadora também da população extramuros tem conclamado todos os seus pares para
encaminhamentos de suas aspirações? Em que medida a escola tem cumprido o seu papel de formação
de sujeitos realmente críticos frente à sociedade atual?
Se o espaço da gestão democrática é o norteamento das políticas educacionais e vice-versa, como
esse espaço pode e deve ser construído para pelo menos aproximar e desdobrar o despertamento da
consciência ingênua para uma consciência crítica? Que concepção de democracia e projeto de sociedade
podemos alcançar em meio à uma sociedade dividida em classes e pautadas pela hegemonia de uma
politics (política domínio) que faz valer a sua orientação ideológica?
À luz do pensamento de Paulo Freire essas questões assumem importância central quando o
desdobramento de uma consciência reflexiva se processo no reconhecimento do posicionamento que
precisa ser assumido nos enfrentamentos dos interesses sociais, daí ser importante educar como prática
da liberdade e para a liberdade.
A grande responsabilidade da educação como ato político num país que se quer democrático é
propiciar a homens e mulheres os instrumentos necessários para o seu auto-entendimento e
entendimento coletivo de que a sua existência é mobilizada por condições específicas que não se afastam
da dimensão política e ao mesmo tempo são elas criadas e modificadas por eles como atores sociais,
construtores de sua autoprodução.
O presente texto traz à discussão um olhar sobre a regulação das políticas públicas na perspectiva
neoliberal e as implicações para a educação, a tensão entre os projetos de sociedade e a política e
educação em Paulo Freire como encaminhamentos e enfrentamentos para a consecução de uma política
educacional que melhor se aproxime da perspectiva democrática. O termo “aproximação democrática”
nesse espaço justifica-se por se entender que a democracia em seu sentido pleno somente pode se
efetivada quando houver de fato uma sociedade democrática, sustentada pelos eixos do equilíbrio entre
discurso, ação e legitimação da vontade coletiva.
As políticas públicas na perspectiva neoliberal e as implicações para
a educação
Há uma inter-relação intrínseca entre o Estado e o capitalismo, portanto, entre o desenvolvimento
da economia e o desenho das políticas públicas, fixando-se os marcos dos interesses geradores e
“apaziguadores” dos conflitos de classes como lados de uma mesma moeda. Isto implica dizer que como
norteador das políticas públicas o Estado age na regulação dos conflitos, mas ele mesmo os gera quando
C
3. .
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naturaliza as regras de reprodução do próprio capital, onde de um lado elabora-se a ideia de que a
vontade de todos é levada a cabo, quando em realidade, as condições econômicas são as delimitadoras
das tomadas de decisão e, consequentemente, justifica-se que os arranjos adotados correspondem ao
benefício da totalidade. Para lembrarmos as temáticas ou bordões encampados pelo governo Dilma –
“Brasil, um país de todos” ou “País rico é pais sem pobreza”.
O que é de fato curioso é que este de “todos” pretende em discurso se aplicar a todos os
brasileiros pobres ou não, no sentido de fazer valer uma imparcialidade do bem comum, para o qual, o
Estado deveria ser norteado. Como observamos noutra oportunidade (LIMA, 2012), em nenhum
momento a dimensão explícita da expropriação do direito e controle ideológico fora evidenciada nas
proposições de políticas públicas no mundo e muito menos no Brasil, particularmente às políticas
educacionais, caminho esse bem característico da doutrinação do metabolismo do capital, que implicita
seus interesses, sem modificar a base de sua teoria social, veiculando a necessidade de um mundo mais
inclusivo e solidário e, por isso, difundindo a ênfase da responsabilização social, por um lado e por outro
justificando medidas pontuadas pelo mercado para “erradicação de crises” e benefício das economias
mundiais.
Agindo o Estado dessa maneira, o neoliberalismo não pretende eliminar o Estado e suas ações,
tendo em vista que o seu papel de regulação pode pender entre o social e o econômico, mas o último (o
econômico), metamorfoseado por ações de resistência e controle tem atingido sempre implícita e
explicitamente as suas orientações entre o dito e o feito, logo a dimensão da regulação se faz pelos
interesses defendidos pelo mercado e dessa forma ocorre de maneira cada vez mais interiorizada a
expropriação da força de trabalho. A demanda educacional seguirá orientada por esta lógica, na formação
de um homem determinado para uma sociedade condicionadora de interesses da internacionalização do
capital.
Sobre esse aspecto Lima (2007) enfatiza que a escola tem acompanhado o movimento histórico
da reprodução das desigualdades sociais, e o que é pior, muitas vezes reproduzindo-as em seu próprio
seio, por meio de uma educação formal distanciada da crítica da própria sociedade, da crítica da
conscientização da ideologia em sentido restrito, da crítica da inculcação de determinismos, que embora
não naturais e não legítimos, são assumidos como comuns e convenientes, norteando a vida escolar e
controlando o seu desdobramento, tornando homens e mulheres seres previsíveis numa lógica perversa
e alienadora.
Acompanhamos estarrecidos (Lima, 2012) que, todo o “empenho” por massificação da educação,
quer Básica, quer do Ensino Superior, por meio de ações afirmativas ou outros paliativos, não diminui as
desigualdades sociais e nem tão pouco promove horizontalmente o direito de acesso, permanência,
humanização e democratização de oportunidades.
A ambivalência de discursos nas políticas públicas de educação, apropriando-se do ideário da
solidariedade universal, defende que a civilização humana alcançou tamanho grau de reflexão sobre o
futuro da humanidade, que não se justifica um quociente de poder desigual, entretanto, o que de fato
ocorre é que estrutura do referido mapeamento do metabolismo do capital não prima e nem é esse o
seu objetivo pela superação das desigualdades de classe e a universalização plena dos direitos sociais,
muito menos dos educacionais, dada a sua disposição de hegemonia, compassada pela lógica do
mercado, como pode ser observado no quadro a seguir:
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QUADRO 1
MAPA ESTRUTURAL DAS SOCIEDADES CAPITALISTAS
COMPONENTES
ELEMENTARES
ESPAÇOS
ESTRUTURAIS
Unidade de
prática social
Forma
institucional
Mecanismo de
poder
Forma de direito Modo de
racionalidade
Espaço doméstico Sexos e
gerações
Família,
casamento e
parentesco
Patriarcado Direito
doméstico
Maximização
da
efectividade
Espaço da produção Classe Empresa Exploração Direito da
produção
Maximização
do lucro
Espaço da cidadania Indivíduo Estado Dominação Direito
territorial
Maximização
da lealdade
Espaço mundial Nação Contratos,
acordos e Org.
Internacionais
Troca desigual Direito
sistêmico
Maximização
da eficácia.
Fonte: Sousa Santos (1999:125)
Sabemos que no quadro atual das políticas públicas, não existe isenção nas intencionalidades do
capital e do Estado como agente que fornece as condições necessárias para a sua retroalimentação,
mesmo em meio à uma difundida sociedade democrática onde, em tese, todos deveriam ter acesso às
condições das produções materiais da humanidade, entretanto, se diz que o “acesso ao mínimo” dos
bens e serviços são as condições contratualizadas para o exercício da cidadania. Como afirmava Paulo
Freire “que democracia é esta” que cerceia a “[...] dor a dor de milhões de famintos, de renegados, de
proibidos de ler a palavra, e mal lendo o seu mundo [...]” são levados a crer que não possuem
competência para discernir o melhor para as suas próprias vidas (FREIRE, 2001).
A esse respeito, destacamos em Lima (2010), que para Paulo Freire um dos pontos importantes
da educação para o povo e com o povo é a percepção de que não existe ninguém mais culto que o outro,
embora o processo de aquisição da cultura institucionalizada seja diferenciado. Freire não acredita numa
pedagogia, nem em nenhuma transformação revolucionária feita para as massas populares, mas sim com
e pelo povo e com o cuidado de trata-lo como tal. Diz que é necessária uma postura humilde do educador
para o exercício consciente de sua ação interventiva no processo pedagógico, mas não humildade de
fazer favor, de pura tática, uma vez que é fundamental respeitar o princípio de que a dimensão educativa
é um processo coletivo, no qual o educador tem que apropriar-se dos mecanismos pedagógicos de
expressão e explicitação das lutas, das dúvidas, das incertezas, com senso crítico para a problematização
e transformação da realidade.
Essa tarefa não é simples ou algo dado da noite para o dia, é um processo que sempre necessitará
um exercício de direito à voz, de compartilhar as vozes e ter as correspondentes representações em
certos níveis de poder. Esse encaminhamento se alia ao olhar gramsciano que não ignora os arranjos
sociais impostos, mas a partir do exercício do espaço do direito, busca ultrapassar a noção e a vivência
de uma cidadania forjada ou pseudocidadania.
A educação não pode fazer tudo, não é remidora, nem o antídoto para as correções das
desigualdades sociais, em específico no foco que são propostas as políticas educacionais de cunho
neoliberal; entretanto, pode constituir-se num instrumento de provocação e desvelamento para a
aprendizagem do homem como sujeito de sua própria história, de seu próprio destino. Sob esse olhar:
[...] na medida em que nos tornamos capazes de transformar o mundo, de dar nome
às coisas, de perceber, de inteligir, de decidir, de escolher, de valorar, de, finalmente,
5. .
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eticizar o mundo, o nosso mover-nos nele e na história vem envolvendo
necessariamente sonhos por cuja realização nos batemos. Daí então, que a nossa
presença no mundo, implicando escolha e decisão, não seja uma presença neutra
(grifos do autor) (FREIRE, 2000).
Se a luta por uma sociedade autenticamente democrática passa pela denúncia do jogo político,
se a utopia de delinear um futuro diferenciado com justiça social é a busca constante por e para a
libertação, por que é que ainda não houve uma mobilização com vulto significativo para que isso se
concretizasse? Que tensões emperram a busca e paralisam as tentativas de desenvolvimento de uma
consciência crítica para a libertação de homens e mulheres do jugo do capital? Que revoluções são
necessárias para que a assunção do papel de atores sociais seja efetivada? Tais questões serão debatidas
a seguir.
Tensões entre os projetos de sociedade e o papel da escola
Cremos que seja de entendimento de grande parte de estudiosos da área educacional de que as
políticas públicas são orientadas por um conjunto de relações e interesses. Muito embora prevaleça a
diretriz da política domínio (Politcs), isto é, das prerrogativas apontadas pela ideologia do governo
revestido de Estado, as influências e pressões de parte da sociedade por meio de suas manifestações,
mediadas por representações, tem alcançado impactos entre o processo de elaboração e a agenda de
sua implementação.
Entretanto, seria muita ingenuidade não problematizar o fato de que uma educação
universalizante, humanizante e democratizante em si, somente é pauta de discussão em nível de projeção
ideal no sistema teórico capitalista, enquanto instrumento de conservação de suas estruturas. Não há
esforço para qualquer rompimento da expropriação do homem pelo capital e a construção de uma teoria
social capaz da superação da luta de classes nessa perspectiva. Embora se tenha em mente que as
políticas públicas, particularmente as de educação, têm a incumbência de reunir todos os segmentos
sociais para a elaboração do que se pretende na totalidade social e isso até acontece, até determinado
ponto, não ocorre efetivamente a materialização de direitos comuns, o acesso à educação de qualidade,
a condição de espaços de universalização.
O arcabouço do projeto neoliberal de sociedade apresenta como resolvidos todos os problemas
e tensões sociais, uma vez que pontuadas as necessidades e reclamos da população, estabelece-se
medidas para o atendimento do mínimo, como solução perene de algo muito maior. Assim, o projeto de
sociedade e de educação prevê um conjunto de “práticas educativas” que garantam o sucesso da
proposta de “solidarização” e silenciamento dos conflitos sociais, no entanto, o processo de luta política
constituído pela busca de aprendizado das leituras de mundo possibilita outros olhares e veículos de
intervenção na realidade social e isto materizalizado na denúncia do jogo político e apreensão dos
ressignificados da participação e enfrentamento da alienação – um outro projeto, consequentemente.
Um projeto que consiste numa contra internalização provocada pela educação, por meio da
emancipação concreta da sociedade não é tarefa de um momento ou circunscrita à manifestação deste
ou daquele movimento social, deste ou daquele partido político, mas reúne a dimensão necessária de
emancipação, libertação, justiça social, humanização e universalização das construções sociais,
objetivando o rompimento definitivo com o ordenamento da teoria do sociometabolismo do capital, na
atualidade, sob a denominação de neoliberalismo e isto leva o tempo de despertamento da consciência
crítica dos atores sociais (LIMA, 2011a).
6. LIMA, P.G. 120
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Se no projeto neoliberal a escola estaria a “serviço” da legitimação da sociedade capitalista e
isso implica em afirmarmos que o saber produzido por ela passou por um processo de minimização,
negando seu papel histórico das resistências e as práticas pedagógicas perderam suas concepções
políticas, tornando-se, simplesmente, instrumentos permeados pela racionalidade técnica; em um novo
projeto de sociedade é necessário consideramos como principal papel da escola o desencadeamento da
consciência crítica do ser e estar do cidadão, dos canais e validação do que se denomina democracia.
Lima (2007) diz que por explicitar a consciência viva de um povo ou das normas estabelecidas
por ele, é que o fenômeno educacional vai se desdobrar de algumas maneiras específicas, conforme o
enfoque do arranjo social, tendo como finalidade, a emancipação do sujeito como ser histórico,
instrumentalizando-o para atuar a partir das relações estabelecidas nos acordos sociais, concordando
com as mesmas ou propondo reformulações ao longo do seu amadurecimento ou ainda, por meios
legitimamente constituídos, encaminhar formas de superação de seu desenvolvimento. A esse respeito,
enfatizamos que a “[...] existência humana, não pode ser muda, silenciosa, [...]. Existir, humanamente, é
pronunciar o mundo, é modificá-lo. [...]. Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no
trabalho, na ação-reflexão”. (FREIRE, 2005).
Cremos que a educação como prática da liberdade, isto é, capaz de levar os sujeitos a
emancipação de suas consciências, seja capaz de provocar nos atores sociais motivações para mudanças
e enfrentamentos para a coerência entre discursos políticos e efetivação, para o encaminhamento de
uma sociedade democrática, projeto anunciado na atualidade e pouco materializado. Essa diretriz de
educação e escola dialógica, problematizadora da realidade concreta dos educandos deve ter como
finalidade o privilegimento da dimensão humana, ética, como também, da dimensão técnica dos sujeitos
e que seja capaz de formar e instrumentalizar, os sujeitos nos campos das ciências naturais e sociais, mas
sobretudo para a primazia de sua vocação – de ser dono de seu destino e sujeito que se movimento na e
com a história.
Como isso é possível? Uma das respostas possíveis centra-se no não-imobilismo, na resistência
e leitura de mundo para além das ideologias em sentido restrito, ou seja, pela difusão da educação como
ato político que, como tal, não somente instrumenta os indivíduos para receberem um legado da cultura
hominizada, mas os torna protagonistas da hominização em seu processo de autoprodução (LIMA,
2011b).
Política e educação em Paulo Freire: desafios e encaminhamentos
para uma perspectiva democrática
Como destaca Lima (2011b) os limites estruturais do capital são frágeis, isso explica tanto
empenho e intensivo planejamento para o condicionamento do mundo sob essa perspectiva, que, por
sua vez, explica o porquê de sua permanência como desafio e fardo no tempo histórico, que devem se
constituir em objeto de leitura dos movimentos sociais, primando por sua superação.
Daí a necessidade da educação como ato político, uma vez que a transformação da educação para
o povo não acontecerá por meio da boa vontade das classes hegemônicas e nem mesmo das concessões
veiculadas por políticas assistencialistas e compensatórias, será fruto do protagonismo deste por meio
da participação como engajamento político. A perspectiva de participação em Paulo Freire articula o teor
de posicionamento democrático, de justiça social em seu sentido para transparente apontando que:
A primeira observação a ser feita é que a participação, enquanto exercício de voz, de
ter voz, de ingerir, de decidir em certos níveis de poder, enquanto direito de
cidadania se acha em relação direta, necessária, com a prática educativo-
7. .
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progressista, se os educadores e educadoras que a realizam são coerentes com seu
discurso. O que quero dizer é o seguinte: constitui contradição gritante, incoerência
clamorosa uma prática educativa que se pretende progressista, mas que se realiza
dentro dos modelos de tal maneira rígidos, verticais, em que não há lugar para a mais
mínima posição de dúvida, curiosidade, de crítica, de sugestão, de presença viva, com
voz, de professores e professoras que devem estar submissos aos pacotes; dos
educandos, cujo direito se resume ao dever de estudar sem indagar, sem duvidar,
submissos aos professores; dos zeladores, das cozinheiras, dos vigias que,
trabalhando na escola, são também educadores e precisam ter voz; dos pais, das
mães, que são convidados a vir à escola ou para festinhas de fim de ano ou para
receber queixas de seus filhos ou para se engajar em mutirões para o reparo do
prédio ou até para “participar” de quotas a fim de comprar material escolar... Nos
exemplos que dei, temos, de um lado, a proibição ou a inibição total da participação;
de outro, a falsa participação. (FREIRE, 2001)
Para que ocorra a libertação da situação de oprimido o mesmo tem que tomar consciência de
sua situação, porém o que ocorre é que os mesmos são enredados por uma sonolência ideológica ao
sabor de políticas públicas paliativas que os embalam para a conformação com esta situação, acabam
atribuindo esta situação ora “à vontade de Deus”, ora às crises econômicas que refletem no todo do país.
Paulo Freire, a partir de algumas indagações feitas a camponeses chilenos os fez refletir sobre a sua
própria história e a evidenciação da relação opressor-oprimido, como segue:
[...]- E o que é ser camponês?
- É não ter educação, posses, trabalhar de sol a sol sem direitos, sem
esperanças de um dia melhor.
- E por que ao camponês falta tudo isso?
-Porque Deus quer.
-E quem é Deus?
-É o pai de nós todos.
-E quem é pai aqui nesta reunião?
Quase todos de mão para cima, disseram que o eram. Olhando o grupo todo
em silêncio, me fixei num deles e lhe perguntei:
- Quantos filhos você tem?
- Três.
- Você seria capaz de sacrificar dois deles, submetendo-os a sofrimentos para
que o terceiro estudasse com vida boa, no Recife? Você seria capaz de amar
assim?
- Não!
- Se você -disse eu-, homem de carne e osso, não é capaz de fazer uma
injustiça desta, como é possível, entender que Deus o faça? Será mesmo que
Deus é o fazedor dessas coisas?
Um silêncio diferente, completamente diferente do anterior, um silêncio no
qual algo começava a ser partejado. Em seguida:
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- Não. Não é Deus o fazedor de tudo isso. É o patrão. (FREIRE, 1987)
Quando o oprimido é levado a refletir, a pensar sobre sua situação inicia-se um processo de
conscientização para então em seguida ocorrer a libertação. Pela consciência da opressão gerada no
âmbito de uma teoria social de reprodução das desigualdades são geradas lutas e posicionamentos pelas
conquistas sociais emancipadoras. Assim, quando os oprimidos libertam-se “[...] podem libertar os
opressores. Estes, enquanto classe que oprime, nem libertam, nem se libertam.” (FREIRE, 1987). A
libertação dos oprimidos consiste em um processo não individual, não existe autolibertação, porque ao
indivíduo se libertar, liberta a outros homens consigo. Sendo assim encontramos em Freire que “[...] a
libertação dos oprimidos é libertação de homens e não de ‘coisas’, e ainda que ninguém se liberte
sozinho, também não é libertação de uns feita por outros. ” (FREIRE, 1987).
Paulo Freire enxerga os homens como seres inconclusos e por serem inconclusos necessitam de
uma educação que os reconheça em sua inconclusão, logo, “Daí que seja a educação um que-fazer
permanente. Permanente na razão da inconclusão dos homens e do devenir da realidade ” (FREIRE,
1987). Freire considera a educação que não trata os homens desta forma como “educação bancária”,
porque faz de seus educandos depositários de conteúdos, os obriga a memorizá-los sem que ao menos
seja lhes dado tempo para isso, movimento próprio do autoritarismo, consequentemente não existe
reflexão emancipatória, abertura à criatividade e criticidade.
Por tratar a participação como “engajamento”, Freire nos mostra claramente que participar não
é apenas ser representado ou dizer “sim” ou “não”, trata-se de discussão, ter voz, lutar. Obviamente que
para esta participação fazer parte de nossa sociedade há que se ultrapassar muitas barreiras: a dos
interesses políticos, sistema educacional, a do medo e a do discurso das mídias. Bem sabemos que
quando um grupo resolve reivindicar, lutar por seus direitos, a sociedade e a mídia mostram-nos como
bandidos, arruaceiros, porque toda luta é permeada pela revolução. E alguns opressores aproveitando-
se destes momentos de luta tentam silenciar os que têm coragem de gritar por transparência, justiça,
solidariedade.
Paulo Freire enfatiza que temos o direito e o dever de lutar, participando sim de forma engajada,
adentrando as escolas e tantas outras instituições, lutando, e deixando os outros e outras lutarem
também. Lutar é pensar, refletir no que é melhor para nós, é querer viver dignamente, é não se conformar
com o mal, é amar o outro, libertar-se do sentimento de egoísmo, do buscar somente para si e então ser
tomado pelo buscar para si e para os outros: como afirma:
Se é possível obter água cavando o chão,
Se é possível enfeitar a casa,
Se é possível crer desta ou daquela forma,
Se é possível nos defendermos do frio ou do calor,
Se é possível desviar leitos de rios, fazer barragens,
Se é possível mudar o mundo que não fizemos, ou da natureza,
Por que não mudar o mundo que fazemos:
O da cultura, o da história, o da política? (FREIRE, 2000)
A educação como ato político somente tem sentido quando ultrapassa a esfera do simples
conhecimento da realidade e se projeto na busca por transformá-la ao mesmo tempo em que transforma
os sujeitos e suas visões de mundo. Em nível de políticas públicas e de vivências nas unidades
educacionais, a educação não pode e nem deve ser trabalhada e vivida por meio de manifestações
individualizadas como promotoras do ideal igualitário e democrático na solidarização do capitalismo, ao
contrário, se entendida como processo que promove a emancipação do sujeito deve ser planejada e
desenvolvida num contexto da consciência coletiva, dos anseios sociais e políticos.
9. .
123 Política educacional na perspectiva de Paulo Freire: desafios para os dias contemporâneos
Laplage em Revista (Sorocaba), vol. 01, n.01, jan.-abr. 2015, p. 115-124 ISSN:2446-6220
Considerações finais
A educação tem acompanhado o movimento histórico da reprodução das desigualdades sociais,
e o que é pior, muitas vezes reproduzindo-as em seu próprio seio, por meio de um formalismo distanciado
da crítica da própria sociedade, da conscientização sobre a ideologia em sentido restrito, da crítica da
inculcação de determinismos, que embora não naturais e não legítimos, são assumidos como comuns e
convenientes, norteando a vida escolar e controlando o seu desdobramento por meio de políticas
públicas e recortadamente as educacionais.
A política educacional na perspectiva de Paulo Freire deve ser elaborada com vistas a propiciar
reflexão da realidade e o chamamento dos atores sociais para elencar e delinear, não somente as
necessidades, mas a possibilidade concreta de universalização da educação como direito de todos em
sentido pleno, da democracia na sociedade como condição para a existência de uma escola democrática
e da justiça social como manifestação efetiva no combate a qualquer tipo de perversidade que
desqualifica e coisifica o homem como objeto manipulável do capital.
Esse delineamento não é fruto de um eixo abstrato e intangível das pessoas, pois é construído por
elas, não pode ser conferido como bondade da política-domínio, uma vez que se fortalece na
susbstantividade do “todos” para “todos” mesmo, na condição de que quando o oprimido se liberta do
opressor, liberta também o opressor. Na atualidade a busca por esse espaço e concretização dessa escola
se faz presente na denúncia do jogo político, na busca pela superação da dualidade da educação e da
permanente vigilância no e do posicionamento político-dialético, que se aprende pela vivência e
intervenção no mundo.
E finalmente com Lima (2010, p.30) concluímos que o posicionamento dialético permite ao ator
social “ler” o mundo de uma maneira não-linearizada, isto é, analisa os “ditos” e os “contraditos” da
história do homem e da educação, assim à medida que conhece a realidade, identifica os elementos
necessários para a contestação de posturas e a ratificação de explicações do mundo e do homem em seu
processo de constituição. No âmbito político os posicionamentos são analisados tendo em vista a
finalidade social do objeto de estudo: se estão sendo alcançadas ou não; se há a reivindicação dos direitos
simultaneamente aos deveres do cidadão, se no processo da vida social e escolar há ou não ênfase para
o desenvolvimento de espaços democráticos. Ambos, político e dialético são interfaces de uma
sensibilização de uma leitura de mundo e da palavra que devem ser efetuadas tendo em vista os desafios
da escola contemporânea, que não são poucos. Tais desafios perpassam o interesse de toda a sociedade
e que a escola, como instituição educadora não pode ficar alheia.
Referências
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Cortez, 1999.
Docente do Departamento de Ciências Humanas e Educação (DCHE) e do Programa de Pós-Graduação em Educação
da Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba. E-mail: paulolima@ufscar.br.
Recebido em 10/04/2015
Aprovado em 30/04/2015