Este plano de ação para direção de escola pública defende uma gestão democrática e participativa, com foco na melhoria contínua da aprendizagem dos alunos. O candidato propõe fortalecer a formação docente, melhorar as instalações escolares, reduzir índices de evasão e promover a integração entre a escola e a comunidade.
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
Plano de Gestão da Escola NOSSA SENHORA AUXILIADORA (2).pdf
1. PLANO DE AÇÃO DO CANDIDATO À DIREÇÃO DE ESCOLA PÚBLICA DO
ESTADO DE PERNAMBUCO
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA NOSSA SENHORA AUXILIADORA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MUNICÍPIO: JOÃO ALFREDO
GRE: VALE DO CAPIBARIBE
CANDIDATO A GESTOR: CHARLES ADRIANO PEREIRA CERQUINHO MAT.: 250.773-0
"Há anos que as políticas educativas dos sucessivos governos têm privilegiado a mudança em
detrimento da melhoria. Ora, estes caminhos são muito distintos. O paradigma da mudança repousa na
iluminação dos detentores momentâneos do poder que, possuídos de uma divinal chama, decretam e
despacham a toda a hora as mudanças. E estas ocorrem, fatalmente, no dia decretado. Por sua vez, o
paradigma da melhoria assenta numa ação humilde, determinada e persistente de cada escola,
envolvendo, sobretudo, professores, alunos e pais que, partindo da análise das suas fragilidades e
potencialidades, ousam estabelecer e percorrer compromissos de melhoria gradual. A primeira via gera
irresponsabilidade, a segunda sustenta-se na responsabilidade."
JOAQUIM AZEVEDO.
GESTÃO 2013/2015
2. 1. APRESENTAÇÃO
Charles Adriano Pereira Cerquinho é formado em Licenciatura Plena em
Geografia com habilitação para o ensino de História pela Universidade de Pernambuco
(UPE), 2000. Ingressou na Rede Estadual de Ensino de Pernambuco como professor
efetivo de Geografia no ano de 2006, desenvolvendo um trabalho reconhecido por
toda comunidade escolar, tendo em vista estar pautado, sobretudo, no compromisso
com a aprendizagem e com a formação cidadã dos jovens deste educandário. É um
profissional bem visto por seus colegas, posto que é exemplo de assiduidade e
responsabilidade, atuando junto à equipe gestora com sugestões sempre pertinentes
para a melhoria do processo educacional. Além disso, tem boa interação com a
comunidade escolar, conquistando parcerias de micro empresários no
desenvolvimento de projetos interdisciplinares.
3. 2. INTRODUÇÃO
A gestão escolar se configura como uma atividade conjunta dos elementos
envolvidos, em que as responsabilidades e os objetivos são compartilhados de forma
conjunta. Compartilhar com a equipe e a comunidade os sonhos, as esperanças, as
dúvidas e os anseios surgidos na busca de mudança parece ser uma das formas de
construir uma nova realidade.
Eleger um conceito de educação que atenda às necessidades de formação da
sociedade atual não é coisa fácil, posto que a educação é uma atividade criadora que
envolve profundamente todos os seres humanos. Para tanto entendemos que o gestor
escolar deve ser o elo mais forte desta corrente. Sendo assim, compreendemos que
será pela integração de todas as pessoas preocupadas com a importância do papel da
escola na vida do indivíduo que o caminho será trilhado.
Assim, nosso plano de trabalho na escola, para o biênio 2013/2015, será
pautado nos princípios de gestão democrática, valorização dos profissionais da
educação, qualidade de ensino, parceria entre a escola e a comunidade, autonomia e
democratização do acesso e permanência do aluno na escola.
Pretendemos desenvolver nosso trabalho embasado em valores como:
comprometimento, pois acreditamos no potencial de nossa comunidade escolar, e com
isso buscaremos o envolvimento de todos para o sucesso de nossos alunos; inovação,
incentivando formas diversificadas para desenvolvimento de ações que favoreçam
uma aprendizagem significativa; integração escola-família-comunidade, para
alcançarmos efetivamente uma gestão participativa centrada no desenvolvimento do
aluno, buscando desenvolver suas potencialidades para o pleno exercício da
cidadania.
Nesta perspectiva, é nosso propósito garantir o fortalecimento do Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE), relacionado com o Projeto Político Pedagógico
(PPP), com o regimento Escolar e as leis que regem a educação, visando criar
condições para uma gestão democrática e participativa cujo foco seja a aprendizagem
do aluno e a valorização dos trabalhadores da Educação.
4. 3. JUSTIFICATIVA
Acreditar na escola como a instituição fundamental para o pleno
desenvolvimento de uma pessoa, comunidade, cidade e país é o norte que guia esta
proposta. Confiar no professor como ser humano/profissional capaz de promover uma
aprendizagem significativa, cultivar valores e espalhar a paz é o que impulsiona a
realização deste projeto. Desejar, almejar, sonhar, crer que todo aluno merece uma
boa formação, merece atenção e respeito diante das suas necessidades, e crer,
sobretudo, que este aluno é capaz de aprender e tornar-se um cidadão bem sucedido
através do que construiu na escola é o que tem estimulado toda a minha vida
enquanto educador, e agora, aspirante à função de gestor escolar.
A escola está inserida em um processo de busca da identidade, em que se
evidencia alto índice de evasão e repetência e baixo desempenho escolar e
acreditando ser a escola um espaço privilegiado de construção do conhecimento, a
mesma precisa acompanhar as transformações da sociedade, considerando as
diversas formas de trabalhar o pensamento humano e outras formas de organização e
convivência, onde este espaço se autoriza como contexto de aprendizagem para toda
a comunidade que com ela se relaciona.
Buscando desenvolver ações neste contexto, entendemos que através da
construção participativa do projeto político da escola, referendado na Lei de Diretrizes
e Bases da Educação e suas resoluções complementares, faz-se necessário um
movimento de integração curricular.
Acreditamos que a elaboração de um currículo participativo, flexível e
atualizado em consonância com as mudanças sócias, possibilitará a melhoria da
qualidade do ensino aprendizagem, favorecendo a permanência na escola e a
formação integral do sujeito, bem como a inclusão social para o exercício da cidadania
e do trabalho.
5. 4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Segundo Gabriel Chalita (2004), autor com o qual concordamos, a função do
gestor escolar trata-se de um cargo de liderança: sob sua responsabilidade atuam
professores, alunos, coordenadores pedagógicos, técnicos educacionais, orientadores,
funcionários em geral, famílias, membros de outras sociedades organizadas que se
relacionam com as escolas. Como gestor, seu dever é atuar como um líder
democrático que consiga fazer com que cada pessoa sob sua responsabilidade possa
dar o melhor de si. Além disso, deve intervir para que o professor se sinta motivado,
para que o aluno se sinta feliz, para que o espaço de convivência seja agradável.
Antigamente, a figura do diretor de escola estava relacionada a um certo
autoritarismo: o aluno era enviado à sua sala para ser repreendido, para ser suspenso,
para que os pais fossem chamados e sérias medidas viessem a ser tomadas. Neste
caso, havia um medo mitológico dos alunos de ser chamados pelo diretor. Em tempos
passados, havia a palmatória, cuja aplicação era prerrogativa do diretor de escola,
“técnica corretiva” que ninguém questionava. Felizmente, os tempos são outros e não
nos cabe aqui discutir se são melhores ou piores, basta que se diga que ter medo do
diretor é mito ultrapassado.
O cenário educativo atual demanda outro perfil de gestor escolar. As
instituições de educação precisam se adequar ao novo cenário mundial de que tudo se
repercute globalmente diante das possibilidades de comunicação e da internet. Além
de fomentar níveis de compromisso ético com grupos múltiplos, a própria instituição
precisa se reposicionar. Teve fim o tempo em que a escola se relacionava
exclusivamente com professores, alunos e a comunidade escolar.
(SEDUC/PROGEPE, mod.2/2012).
Neste contexto, a figura do diretor escolar cede espaço para o papel do gestor
escolar, que influencia os resultados do processo de aprendizagem e da escola como
um todo. O gestor da atualidade sabe delegar e capacitar uma equipe de trabalho,
descentraliza questões administrativas, se responsabiliza pela liderança do processo
educativo e do posicionamento da escola na comunidade e no mundo. Enfim, é capaz
de criar condições para que a educação em valores humanos possa ocorrer de fato,
não somente como um tema transversal recomendado pelos Parâmetros Curriculares,
pelas Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos ou pelo Plano Nacional
de Educação em Direitos Humanos.
6. Diante do exposto, consciente de que todos os membros da comunidade
escolar têm direito de participar da gestão e de seu andamento, bem como da
necessidade de acompanhamento sistemático dos resultados, o que permite
reconhecer o mérito de quem obtém bons resultados e as deficiências a serem
sanadas, nosso objetivo é consolidar um trabalho através do qual este educandário
seja capaz de assegurar educação de qualidade social para todos, com inclusão e
respeito aos direitos humanos, ao exercício da cidadania e à valorização da cultura.
7. 5. AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS
ÁREAS DE INTERVENÇÃO OBJETIVOS/ METAS
GESTÃO ADMINISTRATIVA
1. Cumprir integralmente o calendário escolar;
2. Garantir a segurança e integridade física dos
alunos, professores e funcionários;
SUCESSO EDUCATIVO
3. Ter sempre o compromisso com a efetiva
aprendizagem dos alunos;
4. Elevar o índice de aprovação e reduzir os índices
de reprovação e evasão;
5. Melhorar o desempenho dos alunos em
avaliações externas, como SAEPE, ENEM e
Vestibulares.
CORPO DOCENTE
5. Fortalecer a formação continuada dos
professores através de encontros para estudo por
áreas específicas e interdisciplinares;
6. Promover reuniões para planejamento e
preparação de atividades;
DISCIPLINA/COMPORTAMENTOS
7. Diminuir o número de situações de indisciplina
dentro e fora da sala de aula;
8. Promover ações que levem a construção de uma
cultura de paz entre a escola e sua comunidade;
8. INSTALAÇÕES E
EQUIPAMENTOS
9. Garantir e melhorar a qualidade das instalações
escolares;
10. Adquirir equipamentos (a exemplo de ar
condicionado, máquina de Xerox, bebedouros) para
proporcionar um melhor conforto para alunos e
funcionários;
11. Solicitar das autoridades competentes os
reparos no prédio escolar, como pintura, reformas,
etc., sempre que se fizerem necessários;
QUESTÕES AMBIENTAIS 12. Desenvolver projetos comprometidos com a
educação ambiental e a sustentabilidade;
RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
13. Promover encontros bimestrais com os pais ou
responsáveis através de CPMs;
14. Garantir junto à comunidade escolar a
transparência e a democracia na tomada de
decisões;
ÓRGÃOS COLEGIADOS 15. Garantir a democratização e funcionamento dos
órgãos colegiados, a exemplo do Grêmio estudantil.
9. 6. FORMAS DE OPERACIONALIZAÇÃO
Pretendemos, de acordo com os princípios explicitados na introdução e no
campo teórico deste trabalho, pautar nossas ações na democratização, na gestão
participativa, contando com a colaboração do corpo docente, discente e da
comunidade escolar, inclusive no que diz respeito à administração dos recursos
financeiros, promovendo, portanto, a efetiva transparência na prestação de contas e
na tomada de decisões.
10. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. 13ª ed. rev. e atual. São
Paulo: Editora Gente, 2004.
SEDUC/PE. Construindo a excelência em gestão escolar: curso de
aperfeiçoamento. (vários módulos). Recife: Secretaria de Educação do Estado, 2012.