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PISM I
Professor Rodolfo Alves Pereira
Graduado em História, Pós-graduado em Ciências Humanas (UJF),
Mestrando em História (PPGH-Universo, Niterói-RJ)
A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE GREGA
▪ Conjunto de sociedades que se
desenvolveu nos Balcãs.
▪ Povos de origem indo-
europeia, distribuíram a partir
de 2000 a. C. no sudoeste da
Europa e ilhas dos mares Jônico
e Egeu.
▪ Os habitantes da região se
autodenominavam Helenos.
Expansão grega pela orla do Mediterrâneo
Períodos da história da Grécia Antiga
▪ Período Creto-Micênico (XX-XII a. C.).
▪ Ilha de Creta: um dos primeiros centros da cultura helênica.
▪ Cnossos: era a base de um império marítimo comercial.
▪ Sociedade cretense também é chamada de minoica, em homenagem ao rei Minos, figura lendária
associada ao mito do Minotauro.
▪ O palácio, complexa construção com várias salas interligadas, era sede do governo e da
administração em Creta.
▪ Por volta de 1450 a. C. os núcleos cretenses foram destruídos. Duas hipóteses: grande erupção
vulcânica ou invasão dos gregos de Micenas.
▪ Micenas (1600 a.C.) foi fundada pelos aqueus. Economia: baseada na agricultura, comércio e
navegação. A exemplo, de Creta, os aqueus também construíam palácios.
▪ 1150 a. C.: Micenas se desintegrou devido à alterações climáticas que prejudicaram a agricultura e
também pela invasão dos dórios.
Período Homérico (XII – VIII a. C.)
▪ Surgimento de novas formas de laços sociais e culturais.
▪ Derrocada da administração palaciana: desaparecimento de registros escritos e das
atividades mercantis.
▪ Pequenos núcleos urbanos e formação de grupos agropastoris (Economia
coletivista).Comunidades baseadas nos laços de parentescos (genos).
▪ Oikos: estruturava-se em torno do genos. Compreendia terras, casas, ferramentas,
armas, gado. O trabalho era realizado por membros dos genos e escravos.
Produziam vinho, óleo, fiavam e teciam.
▪ O oikos era liderado por um chefe político e religioso – pater familias. Contava com
assembleias de guerreiros, proprietários e monarcas.
▪ Aedo: poeta e cantor. Era responsável pela transmissão da memória e do
conhecimento. Exemplo: Ilíada e Odisseia, atribuídas à Homero e datadas do século
VIII a. C.
Responda!
Arqueologia e História
Período Arcaico (VIII – V a. C.)
▪ Época em que as pólis (cidade-estado) se desenvolveram, espalhadas, pela
região dos Bálcãs.
▪ A pólis era uma instituição política independente.
▪ Diferente do período Creto-micênico, no qual o palácio era o centro da vida
social, a partir do século VIII a. C. as praças das assembleias, as ágoras,
passaram a desempenhar essa função.
▪ ÁGORA: praça pública, lugar onde as pessoas que tinham direitos se
reuniam para tomar decisões coletivas. A palavra se tornou um instrumento
político, de debate e discussão.
▪ As dimensões do sagrado, o politeísmo, coexistiam com o racionalismo, a
lógica, a retórica e o desenvolvimento das práticas políticas.
Responda! (ENEM, 2015)
Atenas x Esparta: as principais póleis
gregas
▪ Atenas: berço da democracia.
▪ Cidade comercial, seu poderio
era originário do comércio
marítimo.
▪ Pólis cosmopolita, por onde
circulavam poetas, filósofos e
artistas, além de negociantes
estrangeiros.
▪ Esparta: cidade-quartel. A
guerra era vital para a cidade,
bem como a manutenção de
seu exército. Governada por
dois reis e um conselho de
anciãos.
▪ A economia de Esparta
baseava-se na exploração dos
povos vizinhos, hilotas.
▪ Os hilotas eram escravos do
Estado, que provinham o
sustento da pólis.
O caminho para a democracia
Sócrates (470-399 a. C.): Utilizou o método crítico da indagação (maiêutica).
Reconhecer sua própria ignorância era uma forma de aprimorar suas virtudes;
Seu lema era “conhece-te a ti mesmo”; o conhecimento era a condição da
sabedoria.Criticava os costumes e as ideias preestabelecidas.
Platão (428-348 a. C.): Discípulo de Sócrates. Criou a Academia de Platão,
para educar e formar bons líderes. Desenvolveu a teoria acerca do mundo das
ideias. Nessa concepção, as coisas sensíveis são sombras das ideias. Somente
através da compreensão seria possível descobrir a verdade das ideias.
Aristóteles (384-322 a. C.): Foi discípulo de Platão. Colocou como problema
da filosofia a explicação dos fenômenos e da realidade natural. Foi notável
pelo emprego do método do silogismo, que articula duas premissas com um
termo em comum. Elas resultam em uma sentença categórica. Exemplo:
“Todo home é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal”.
Guerras Médicas
▪ Batalhas travadas entre gregos e
persas pelo domínio do leste do
Mediterrâneo, por volta de 500
a. C.
▪ Os persas chegaram a dominar
várias poleis da Grécia, mas elas
se rebelaram por volta de 499 a.
C. o que deu início a uma série de
batalhas entre os dois povos, por
cerca de 50 anos.
▪ Em 449 a. C. os gregos e os
persas selaram um acordo de
paz.
A batalha de Maratona
▪ Maratona era o nome de uma
planície da Grécia antiga. Lá,
em 490 a.C., houve uma
batalha violenta entre os
atenienses e os persas, que
queriam dominar a cidade-
estado de Atenas.
Guerra do Peloponeso
▪ Opôs a Liga de Delos e a Liga do
Peloponeso..
▪ Os conflitos ocorreram entre 461
a. C. e 445 a. C. (Primeira Guerra
do Peloponeso).
▪ Segunda Guerra do Peloponeso
(415 a. C. a 404 a. C.): vitória de
Esparta.
▪ As guerras enfraqueceram as
poleis gregas. A hegemonia
espartana durou pouco, devido à
expansão de Tebas e ao domínio
macedônico.
A filosofia
▪ Nasceu na Grécia entre os séculos VI e IV a. C. A filosofia exerceu
forte influência para o desenvolvimento da Ciência. Vejamos os
principais filósofos gregos:
Sócrates (470-399 a. C.): Utilizou o método crítico da indagação
(maiêutica). Reconhecer sua própria ignorância era uma forma de
aprimorar suas virtudes; Seu lema era “conhece-te a ti mesmo”; o
conhecimento era a condição da sabedoria. Criticava os costumes
e as ideias preestabelecidas.
Platão (428-348 a. C.): Discípulo de Sócrates. Criou a Academia de
Platão, para educar e formar bons líderes. Desenvolveu a teoria
acerca do mundo das ideias. Nessa concepção, as coisas sensíveis
são sombras das ideias. Somente através da compreensão seria
possível descobrir a verdade das ideias.
Aristóteles (384-322 a. C.): Foi discípulo de Platão. Colocou como
problema da filosofia a explicação dos fenômenos e da realidade
natural. Foi notável pelo emprego do método do silogismo, que
articula duas premissas com um termo em comum. Elas resultam
em uma sentença categórica. Exemplo: “Todo home é mortal.
Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal”.
O período macedônico (III-II a. C.)
▪ Filipe II, rei da Macedônia, conquistou toda a região da Grécia em 338 a. C.
▪ Filipe foi sucedido por seu filho, Alexandre, que continuou o processo de
expansão territorial, formando um grande império. Ele dominou a Ásia Menor,
Egito e Mesopotâmia. Por onde passava fundava uma cidade – Alexandria.
▪ Com a morte de Alexandre, em 323 a. C. a unidade do império foi abalada e o
território foi dividido por seus generais. Houve três dinastias: ptolemaicos, no
Egito; selêucidas, na Ásia; antigônidas, na Macedônia.
▪ Cultura Helenística: intercâmbio cultural entre a cultura dos gregos e dos povos
dominados, como os persas, por exemplo. Incentivo de casamento entre os
dois povos; Cidades com traços caracteristicamente gregos foram fundadas no
continente asiático; Difusão e fusão cultural de elementos das cultura do
Ocidente e do Oriente pelo império de Alexandre – idioma, teatro, filosofia,
arte, arquitetura.
Língua e cultura: algumas heranças
deixadas pelos antigos gregos
▪ Alfabeto: os gregos aprimoraram o alfabeto a partir do contato
com os fenícios, povo que vivia na região correspondente ao atual
Líbano.
▪ Jogos Olímpicos: realizados de quatro em quatro anos, reunia
representantes das poleis para homenagear Zeus.
▪ Pensamento filosófico e racional: serviu como base para a
renascença e o iluminismo.
▪ Teatro: as tragédias e comédias gregas inspiraram várias peças
teatrais no mundo contemporâneo.
▪ Literatura. Fábulas de Esopo, parábolas que promoviam reflexões
sobre o espírito humano.
Revisão
As origens de Roma
▪ Roma foi fundada por volta do século VIII a. C. A região era
habitada por grupos de camponeses e pastores.
▪ Norte-Sul da Península Itálica: havia cidades gregas e
etruscas que influenciaram os romanos.
▪ A exemplo dos gregos, os romanos eram politeístas, isto
é, acreditavam em vários deuses (ver quadro sobre
Deuses greco-romanos).
▪ Elite romana – patrícios: proprietários de terras.
Detentores do poder político e militar.
▪ Plebeus: pequenos proprietários, maioria da população
romana.
▪ Clientes: dependiam da prestação de serviços prestados
aos patrícios.
▪ Escravos: eram obtidos após as batalhas ou por dívidas.
▪ Os etruscos, povo proveniente da Ásia Menor, expandiu
seu território e dominou Roma, estabelecendo a
Monarquia.
Quadro comparativo: Deus greco-romanos
República romana (VI-I a. C.)
▪ A República foi implantada após a derrubada da monarquia pelos patrícios.
O Senado passou a exercer o poder.
▪ Os senadores eram vitalícios, aconselhavam as assembleias subordinadas,
mas não exercia função legislativa. A principal atribuição do Senado era o
controle das finanças públicas e a política exterior.
▪ Plebeus: sofriam escravização por dívidas, discriminação nos tribunais,
proibição de casamento com patrícios, ausência de representação política
e de um código escrito de leis.
▪ Com as lutas e protestos, os plebeus foram conquistando lentamente
direitos, entre os séculos V-IV a. C. Assim, os plebeus se tornaram cidadãos,
o que fortaleceu os elos sociais, identitários e o poderio militar romano.
(Ver organograma “Conquista plebeias”).
Conquistas plebeias
Início do séculoV a. C.:Tribunos da Plebe – indivíduos investidos de poderes para proteger
dos direitos da plebe.
450 a. C.: Lei das DozeTábuas: código de leis escritas que concedia aos plebeus alguma
proteção contra sentenças lavradas pelos patrícios.
445 a. C.: Lei Canuleia: permitia a formalização do casamento entre patrícios e plebeus.
367 a. C.: Leis Licínias: eliminaram a escravização por dívidas.
287 a. C.: Lei Hortênsia: permitia a aprovação de leis pelas assembleias da plebe, de onde
se originou o termo plebiscito.
Conquistas e expansão romanas
▪ Península itálica: Roma não confiscou terras e nem escravizou os povos,
procurando obter sua lealdade. Os derrotados mantinham governo próprio e
contribuíam com soldados e tributos.
▪ Outros povos conquistados recebiam a cidadania – total ou parcial. A ideia era
transformar inimigos em aliados.
▪ Batalhas com Cartago (Guerras Púnicas): permitiu a Roma assumir o controle sobre
o Mediterrâneo Ocidental. Roma crescia e prosperava devido às conquistas e a
ampliação do comércio. Isso se refletia na cultura romana como, por exemplo, nos
banquetes, promovidos em casas luxuosas, decoradas com obras de arte, as quais
possuíam escravos, criados, cozinheiros e professores para os filhos das elites.
▪ Os escravos trazidos para a península trabalhavam como artesãos, criados
domésticos e, em maior número, na agricultura e na mineração. A maioria deles foi
fixada na Itália, sul da Gália e Espanha.
▪ Expansão cultural: costumes e direito romano e idioma: o latim.
O banquete (VEYNE, Paul (org.) Historia da vida privada: do
império romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das Letras,
1989. v. 1. p. 181-184).
Cena de banquete, afresco
romano, Casa dos amantes,
Pompeia, século I a. C. (detalhe).
“O banquete era muito mais que um banquete,
e esperavam-se considerações gerais, temas
elevados, recapitulações de atos pessoais; se o
dono da casa tem um filósofo doméstico ou um
preceptor dos filhos, ordena-lhe que tome a
palavra; os interlúdios musicais (com danças e
cantos), executados por profissionais
contratados para a ocasião, podem dar mais
vida à festa. O banquete constitui uma
manifestação social equivalente ao prazer de
beber – ou até maior – e por isso inspirou um
gênero literário, o do “banquete”, em que os
homens de cultura, filósofos ou eruditos
(grammatici), abordam temas elevados.”
A continuidade das conquistas
▪ Ao longo do século II a. C., Roma
estabeleceu sua hegemonia e
controle direto sobre a maior parte
das regiões mediterrâneas.
▪ As regiões conquistadas se tornavam
províncias, devendo enviar tributos e
soldados para Roma.
▪ Os dirigentes romanos usufruíam de
comidas sofisticadas e exóticas,
tecidos luxuosos e pedras preciosas.
▪ A arte e a literatura também eram um
deleite para os romanos. A presença
de mestres gregos na capital do
império enriquecia o quadro
intelectual de Roma.
Formação dos latifúndios
▪ Os patrícios compravam pequenas e médias propriedades agrícolas
dos soldados, que envolvidos na guerra não tinham condições de
manter a produção.
▪ Os patrícios também ocuparam as terras públicas do Estado (ager
publicus). As guerras permitiram a montagem do sistema escravista
nos latifúndios, mais conflitos geravam mais escravos.
▪ Os pequenos proprietários empobrecidos se dirigiam para a cidade
de Roma, eles nada possuíam, apenas sua prole (Proletário). No
século I a. C. Roma contava com 750 mil habitantes.
Uma tentativa de reforma agrária
▪ As tensões sociais decorrentes da concentração de terras levaram os irmãos
Tibério e Caio Graco a propor uma reforma agrária, no século II a. C. O
projeto retomava a antiga lei que limitava a utilização de terras públicas a
312 acres por cidadão romano.
“Os homens que combatem e morrem pela Itália têm o ar, a luz e mais nada [...].
Lutam e perecem para sustentar a riqueza e o luxo de outro, mas embora sejam
chamados senhores do mundo, não têm um único torrão de terra que seja seu.”
(ANDERSON, Perry. Tibério Graco. In: Passagem da Antiguidade ao Feudalismo.
São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 60).
▪ A proposta não agradou o Senado e os irmãos e ambos foram assassinados,
junto com seus seguidores.
Revisão
A República em Crise
▪ Tensões sociais entre a Plebe e os Patrícios, os quais desejavam a
manutenção de seus privilégios.
▪ Política do pão e circo: manipulação das massas pelos demagogos através
da distribuição de alimentos e realização de espetáculos, como as lutas no
Coliseu, para entreter a plebe.
▪ As conquistas fortaleceram o poder dos generais, os quais contavam com a
lealdade de seus soldados, e ameaçavam a República.
▪ Em 60 a. C., um triunvirato, formado pelos generais Júlio Cesar, Pompeu e
Crasso, assumiu o poder. César se desentendeu com o Senado e em 44 a. C.
se proclamou ditador vitalício, mas acabou assassinado pelos senadores.
▪ Roma estava em Guerra Civil e novo triunvirato foi formado por Marco
Antônio, Lépido e Otávio. Em 31 a. C., Otávio derrotou as tropas de Marco
Antônio e tornou-se o primeiro imperador romano.
Alto império (I-III d. C.)
▪ O Senado foi submetido ao poder imperial.
▪ Otávio recebeu o título de Augusto (divino).
▪ Intensificação do pão e circo. Estabelecimento de feriados,
festividades, competições e representação de passagens históricas
(romanização dos povos conquistados).
▪ Pax romana: diminuição da expansão territorial. As fronteiras se
estabilizaram. Pacificação das províncias, de revoltas e de rebeliões.
Baixo império (III- V d. C.)
▪ Roma se tornou a mais importante cidade do Mediterrâneo, com 1 milhão de
habitantes (cerca de ¼ destes eram escravizados).
▪ A estabilização das fronteiras afetou o mecanismo de reprodução do sistema
escravista. A demanda por escravos era grande, porém com o fim das guerras de
conquista o número de cativos reduziu.
▪ No século III houve um aumento geral dos preços, provocando queda nas atividades
mercantis. Houve diminuição no uso das moedas e recorria-se às trocas, regionalizando
as atividades produtivas.
▪ As grandes cidades e as tropas nas fronteiras sofriam com falta de abastecimento. O
quadro piorava com insurreições militares, rebeliões de escravos e camponeses e
banditismo. O período também viu a população reduzir, com queda demográfica de
20% no século I.
▪ O império estava abalado por inimigos internos e externos. Ao longo do século III, 27
imperadores se sucederam no poder, devido a golpes de Estado. As fronteiras eram
invadidas pelas tribos germânicas. A população fugia para os campos, as despesas
públicas aumentavam e a arrecadação de impostos diminuía.
Colonato
▪ O abalo do sistema escravista provocou mudanças nas relações de
trabalho, originando o colonato.
▪ Colonus: podia ser um ex-cidadão urbano que fugira das cidades e colocara-
se sob o controle de um grande proprietário de terras.
▪ Assim, o colono tornava-se um camponês e pagava dinheiro, prestava
serviços ou entregava produtos ao proprietário pelo arrendamento de um
lote de terra.
▪ A escravidão persistia, mas os proprietários tiveram que fazer concessões,
pois com o enfraquecimento do Estado ficava difícil reprimir motins e
revoltas. O declínio do escravismo e o surgimento do colonato era um
processo de transição nas relações de trabalho, o que dará origem a
relações de dependência entre proprietários e trabalhadores livres e
semilivres.
A divisão do Império Romano
▪ Em 330, o imperador Constantino transferia a capital do Império para
a cidade de Bizâncio (antiga colônia grega na parte Oriental do
império).
▪ Com o deslocamento geográfico do poder, Constantinopla se tornou
a capital do Império Oriental.
▪ A divisão do Império era reflexo do enfraquecimento do Estado,
especialmente na parte Ocidental. Houve retração do poder público e
fortalecimento dos poderes privados.
A queda do Império Romano do Ocidente
▪ Nos séculos IV e V, os povos germânicos fizeram nova invasão ao Ocidente, que estava mais
fragilizado por conta das crises.
▪ Desde o século III, o Cristianismo, estava em expansão, arregimentando número cada vez maior
de seguidores e preocupando as autoridades romanas. A doutrina causou problemas políticos e os
cristãos passaram a ser perseguidos por Roma.
▪ Em 476, o imperador Rômulo Augusto perdeu o trono para Odoacro, um comandante germânico
que antes estava à serviço de Roma.
▪ Em 493, Teodorico estabeleceu o reino ostrogodo na Itália, formando um reino germânico no
centro do antigo império.
▪ Em 313, o Édito de Milão, concedia liberdade de culto aos cristãos.
▪ Em 380, o Édito deTessalônica, tornou o cristianismo a religião oficial do Império.
▪ Em 391, os cultos pagãos foram proibidos. Os imperadores perderam o título de augusto,
passaram a governar em nome de um único Deus e tiraram proveito político do fortalecimento da
Igreja e das comunidades cristãs.
A Idade Média (V – XV)
▪ A queda do Império Romano do Ocidente, em 476, marca a
passagem da Antiguidade para a Idade Média.
▪ O poder central foi substituído por uma série de reinos germânicos.
▪ Mudanças socioeconômicas: substituição do trabalho escravo pelo
trabalho servil; ruralização da economia.
▪ Mudanças culturais: hegemonia do cristianismo e alterações na
língua, marcada por uma combinação do latim com as línguas
germânicas.
▪ A Igreja, o cristianismo e algumas características romanas e
germânicas estão na origem da Europa como entidade cultural.
Alta Idade Média – os reinos germânicos
(Séc. V – X)
▪ Na área do antigo Império Romano do Ocidente formou-se um mosaico de reinos
germânicos.
▪ A princípio, casamentos entre germânicos e romanos foram proibidos. A partir do
século VI eles tornaram-se cada vez mais frequentes, permitindo a formação de uma
aristocracia romano-germânica.
▪ O direito germânico era considerado uma dádiva dos deuses. Os chefes tribais
recorreriam às divindades para culpar ou inocentar um acusado. Prevalecia a tradição
oral e costumeira, diferente dos códigos romanos que eram escritos.
▪ Wergeld: a morte de um indivíduo poderia ser reparada por um bem a ser entregue ao
parente das vítimas. O crime não era visto como descumprimento de uma norma
pública, mas como uma ofensa particular.
▪ As leis germânicas passaram a ser redigidas em latim no século V no processo de
constituição dos reinos sob forte influência da cultura romana. Contudo, o direito
romano havia se constituído como norma para o todo o território imperial, no caso
germânico prevaleceu o critério da personalidade das leis, cada um era julgado pelas
leis de seu povo.
Revisão
A Igreja de Roma e a conversão dos
germânicos
▪ Para administrar os territórios conquistados, os povos germânicos
aproveitaram os funcionários do império e o latim.
▪ A Igreja se manteve articulada e foi fundamental para os germânicos
manterem os seus domínios. Embora eles fossem politeístas, muitos se
converteram ao cristianismo.
▪ Os francos formaram o primeiro reino germânico sob influência de Roma.
Eles se estabeleceram na Gália e foram unificados por Clóvis, batizado em
498.
▪ Com o apoio da Igreja foi possível conquistar a maior parte da Gália no
século VI. Entre os séculos V e VIII a dinastia dos merovíngios reinou sob a
Gália. Outros povos acabaram seguindo os francos, como os visigodos, os
anglo-saxões e os lombardos.

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PISM MÓDULO I

  • 1. PISM I Professor Rodolfo Alves Pereira Graduado em História, Pós-graduado em Ciências Humanas (UJF), Mestrando em História (PPGH-Universo, Niterói-RJ)
  • 2. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE GREGA ▪ Conjunto de sociedades que se desenvolveu nos Balcãs. ▪ Povos de origem indo- europeia, distribuíram a partir de 2000 a. C. no sudoeste da Europa e ilhas dos mares Jônico e Egeu. ▪ Os habitantes da região se autodenominavam Helenos.
  • 3. Expansão grega pela orla do Mediterrâneo
  • 4. Períodos da história da Grécia Antiga ▪ Período Creto-Micênico (XX-XII a. C.). ▪ Ilha de Creta: um dos primeiros centros da cultura helênica. ▪ Cnossos: era a base de um império marítimo comercial. ▪ Sociedade cretense também é chamada de minoica, em homenagem ao rei Minos, figura lendária associada ao mito do Minotauro. ▪ O palácio, complexa construção com várias salas interligadas, era sede do governo e da administração em Creta. ▪ Por volta de 1450 a. C. os núcleos cretenses foram destruídos. Duas hipóteses: grande erupção vulcânica ou invasão dos gregos de Micenas. ▪ Micenas (1600 a.C.) foi fundada pelos aqueus. Economia: baseada na agricultura, comércio e navegação. A exemplo, de Creta, os aqueus também construíam palácios. ▪ 1150 a. C.: Micenas se desintegrou devido à alterações climáticas que prejudicaram a agricultura e também pela invasão dos dórios.
  • 5. Período Homérico (XII – VIII a. C.) ▪ Surgimento de novas formas de laços sociais e culturais. ▪ Derrocada da administração palaciana: desaparecimento de registros escritos e das atividades mercantis. ▪ Pequenos núcleos urbanos e formação de grupos agropastoris (Economia coletivista).Comunidades baseadas nos laços de parentescos (genos). ▪ Oikos: estruturava-se em torno do genos. Compreendia terras, casas, ferramentas, armas, gado. O trabalho era realizado por membros dos genos e escravos. Produziam vinho, óleo, fiavam e teciam. ▪ O oikos era liderado por um chefe político e religioso – pater familias. Contava com assembleias de guerreiros, proprietários e monarcas. ▪ Aedo: poeta e cantor. Era responsável pela transmissão da memória e do conhecimento. Exemplo: Ilíada e Odisseia, atribuídas à Homero e datadas do século VIII a. C.
  • 8. Período Arcaico (VIII – V a. C.) ▪ Época em que as pólis (cidade-estado) se desenvolveram, espalhadas, pela região dos Bálcãs. ▪ A pólis era uma instituição política independente. ▪ Diferente do período Creto-micênico, no qual o palácio era o centro da vida social, a partir do século VIII a. C. as praças das assembleias, as ágoras, passaram a desempenhar essa função. ▪ ÁGORA: praça pública, lugar onde as pessoas que tinham direitos se reuniam para tomar decisões coletivas. A palavra se tornou um instrumento político, de debate e discussão. ▪ As dimensões do sagrado, o politeísmo, coexistiam com o racionalismo, a lógica, a retórica e o desenvolvimento das práticas políticas.
  • 10.
  • 11. Atenas x Esparta: as principais póleis gregas ▪ Atenas: berço da democracia. ▪ Cidade comercial, seu poderio era originário do comércio marítimo. ▪ Pólis cosmopolita, por onde circulavam poetas, filósofos e artistas, além de negociantes estrangeiros. ▪ Esparta: cidade-quartel. A guerra era vital para a cidade, bem como a manutenção de seu exército. Governada por dois reis e um conselho de anciãos. ▪ A economia de Esparta baseava-se na exploração dos povos vizinhos, hilotas. ▪ Os hilotas eram escravos do Estado, que provinham o sustento da pólis.
  • 12. O caminho para a democracia Sócrates (470-399 a. C.): Utilizou o método crítico da indagação (maiêutica). Reconhecer sua própria ignorância era uma forma de aprimorar suas virtudes; Seu lema era “conhece-te a ti mesmo”; o conhecimento era a condição da sabedoria.Criticava os costumes e as ideias preestabelecidas. Platão (428-348 a. C.): Discípulo de Sócrates. Criou a Academia de Platão, para educar e formar bons líderes. Desenvolveu a teoria acerca do mundo das ideias. Nessa concepção, as coisas sensíveis são sombras das ideias. Somente através da compreensão seria possível descobrir a verdade das ideias. Aristóteles (384-322 a. C.): Foi discípulo de Platão. Colocou como problema da filosofia a explicação dos fenômenos e da realidade natural. Foi notável pelo emprego do método do silogismo, que articula duas premissas com um termo em comum. Elas resultam em uma sentença categórica. Exemplo: “Todo home é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal”.
  • 13. Guerras Médicas ▪ Batalhas travadas entre gregos e persas pelo domínio do leste do Mediterrâneo, por volta de 500 a. C. ▪ Os persas chegaram a dominar várias poleis da Grécia, mas elas se rebelaram por volta de 499 a. C. o que deu início a uma série de batalhas entre os dois povos, por cerca de 50 anos. ▪ Em 449 a. C. os gregos e os persas selaram um acordo de paz.
  • 14. A batalha de Maratona ▪ Maratona era o nome de uma planície da Grécia antiga. Lá, em 490 a.C., houve uma batalha violenta entre os atenienses e os persas, que queriam dominar a cidade- estado de Atenas.
  • 15. Guerra do Peloponeso ▪ Opôs a Liga de Delos e a Liga do Peloponeso.. ▪ Os conflitos ocorreram entre 461 a. C. e 445 a. C. (Primeira Guerra do Peloponeso). ▪ Segunda Guerra do Peloponeso (415 a. C. a 404 a. C.): vitória de Esparta. ▪ As guerras enfraqueceram as poleis gregas. A hegemonia espartana durou pouco, devido à expansão de Tebas e ao domínio macedônico.
  • 16. A filosofia ▪ Nasceu na Grécia entre os séculos VI e IV a. C. A filosofia exerceu forte influência para o desenvolvimento da Ciência. Vejamos os principais filósofos gregos:
  • 17. Sócrates (470-399 a. C.): Utilizou o método crítico da indagação (maiêutica). Reconhecer sua própria ignorância era uma forma de aprimorar suas virtudes; Seu lema era “conhece-te a ti mesmo”; o conhecimento era a condição da sabedoria. Criticava os costumes e as ideias preestabelecidas. Platão (428-348 a. C.): Discípulo de Sócrates. Criou a Academia de Platão, para educar e formar bons líderes. Desenvolveu a teoria acerca do mundo das ideias. Nessa concepção, as coisas sensíveis são sombras das ideias. Somente através da compreensão seria possível descobrir a verdade das ideias. Aristóteles (384-322 a. C.): Foi discípulo de Platão. Colocou como problema da filosofia a explicação dos fenômenos e da realidade natural. Foi notável pelo emprego do método do silogismo, que articula duas premissas com um termo em comum. Elas resultam em uma sentença categórica. Exemplo: “Todo home é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal”.
  • 18. O período macedônico (III-II a. C.) ▪ Filipe II, rei da Macedônia, conquistou toda a região da Grécia em 338 a. C. ▪ Filipe foi sucedido por seu filho, Alexandre, que continuou o processo de expansão territorial, formando um grande império. Ele dominou a Ásia Menor, Egito e Mesopotâmia. Por onde passava fundava uma cidade – Alexandria. ▪ Com a morte de Alexandre, em 323 a. C. a unidade do império foi abalada e o território foi dividido por seus generais. Houve três dinastias: ptolemaicos, no Egito; selêucidas, na Ásia; antigônidas, na Macedônia. ▪ Cultura Helenística: intercâmbio cultural entre a cultura dos gregos e dos povos dominados, como os persas, por exemplo. Incentivo de casamento entre os dois povos; Cidades com traços caracteristicamente gregos foram fundadas no continente asiático; Difusão e fusão cultural de elementos das cultura do Ocidente e do Oriente pelo império de Alexandre – idioma, teatro, filosofia, arte, arquitetura.
  • 19.
  • 20. Língua e cultura: algumas heranças deixadas pelos antigos gregos ▪ Alfabeto: os gregos aprimoraram o alfabeto a partir do contato com os fenícios, povo que vivia na região correspondente ao atual Líbano. ▪ Jogos Olímpicos: realizados de quatro em quatro anos, reunia representantes das poleis para homenagear Zeus. ▪ Pensamento filosófico e racional: serviu como base para a renascença e o iluminismo. ▪ Teatro: as tragédias e comédias gregas inspiraram várias peças teatrais no mundo contemporâneo. ▪ Literatura. Fábulas de Esopo, parábolas que promoviam reflexões sobre o espírito humano.
  • 22.
  • 23.
  • 24. As origens de Roma ▪ Roma foi fundada por volta do século VIII a. C. A região era habitada por grupos de camponeses e pastores. ▪ Norte-Sul da Península Itálica: havia cidades gregas e etruscas que influenciaram os romanos. ▪ A exemplo dos gregos, os romanos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses (ver quadro sobre Deuses greco-romanos). ▪ Elite romana – patrícios: proprietários de terras. Detentores do poder político e militar. ▪ Plebeus: pequenos proprietários, maioria da população romana. ▪ Clientes: dependiam da prestação de serviços prestados aos patrícios. ▪ Escravos: eram obtidos após as batalhas ou por dívidas. ▪ Os etruscos, povo proveniente da Ásia Menor, expandiu seu território e dominou Roma, estabelecendo a Monarquia.
  • 25. Quadro comparativo: Deus greco-romanos
  • 26. República romana (VI-I a. C.) ▪ A República foi implantada após a derrubada da monarquia pelos patrícios. O Senado passou a exercer o poder. ▪ Os senadores eram vitalícios, aconselhavam as assembleias subordinadas, mas não exercia função legislativa. A principal atribuição do Senado era o controle das finanças públicas e a política exterior. ▪ Plebeus: sofriam escravização por dívidas, discriminação nos tribunais, proibição de casamento com patrícios, ausência de representação política e de um código escrito de leis. ▪ Com as lutas e protestos, os plebeus foram conquistando lentamente direitos, entre os séculos V-IV a. C. Assim, os plebeus se tornaram cidadãos, o que fortaleceu os elos sociais, identitários e o poderio militar romano. (Ver organograma “Conquista plebeias”).
  • 27.
  • 28. Conquistas plebeias Início do séculoV a. C.:Tribunos da Plebe – indivíduos investidos de poderes para proteger dos direitos da plebe. 450 a. C.: Lei das DozeTábuas: código de leis escritas que concedia aos plebeus alguma proteção contra sentenças lavradas pelos patrícios. 445 a. C.: Lei Canuleia: permitia a formalização do casamento entre patrícios e plebeus. 367 a. C.: Leis Licínias: eliminaram a escravização por dívidas. 287 a. C.: Lei Hortênsia: permitia a aprovação de leis pelas assembleias da plebe, de onde se originou o termo plebiscito.
  • 29. Conquistas e expansão romanas ▪ Península itálica: Roma não confiscou terras e nem escravizou os povos, procurando obter sua lealdade. Os derrotados mantinham governo próprio e contribuíam com soldados e tributos. ▪ Outros povos conquistados recebiam a cidadania – total ou parcial. A ideia era transformar inimigos em aliados. ▪ Batalhas com Cartago (Guerras Púnicas): permitiu a Roma assumir o controle sobre o Mediterrâneo Ocidental. Roma crescia e prosperava devido às conquistas e a ampliação do comércio. Isso se refletia na cultura romana como, por exemplo, nos banquetes, promovidos em casas luxuosas, decoradas com obras de arte, as quais possuíam escravos, criados, cozinheiros e professores para os filhos das elites. ▪ Os escravos trazidos para a península trabalhavam como artesãos, criados domésticos e, em maior número, na agricultura e na mineração. A maioria deles foi fixada na Itália, sul da Gália e Espanha. ▪ Expansão cultural: costumes e direito romano e idioma: o latim.
  • 30.
  • 31. O banquete (VEYNE, Paul (org.) Historia da vida privada: do império romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. v. 1. p. 181-184). Cena de banquete, afresco romano, Casa dos amantes, Pompeia, século I a. C. (detalhe). “O banquete era muito mais que um banquete, e esperavam-se considerações gerais, temas elevados, recapitulações de atos pessoais; se o dono da casa tem um filósofo doméstico ou um preceptor dos filhos, ordena-lhe que tome a palavra; os interlúdios musicais (com danças e cantos), executados por profissionais contratados para a ocasião, podem dar mais vida à festa. O banquete constitui uma manifestação social equivalente ao prazer de beber – ou até maior – e por isso inspirou um gênero literário, o do “banquete”, em que os homens de cultura, filósofos ou eruditos (grammatici), abordam temas elevados.”
  • 32. A continuidade das conquistas ▪ Ao longo do século II a. C., Roma estabeleceu sua hegemonia e controle direto sobre a maior parte das regiões mediterrâneas. ▪ As regiões conquistadas se tornavam províncias, devendo enviar tributos e soldados para Roma. ▪ Os dirigentes romanos usufruíam de comidas sofisticadas e exóticas, tecidos luxuosos e pedras preciosas. ▪ A arte e a literatura também eram um deleite para os romanos. A presença de mestres gregos na capital do império enriquecia o quadro intelectual de Roma.
  • 33. Formação dos latifúndios ▪ Os patrícios compravam pequenas e médias propriedades agrícolas dos soldados, que envolvidos na guerra não tinham condições de manter a produção. ▪ Os patrícios também ocuparam as terras públicas do Estado (ager publicus). As guerras permitiram a montagem do sistema escravista nos latifúndios, mais conflitos geravam mais escravos. ▪ Os pequenos proprietários empobrecidos se dirigiam para a cidade de Roma, eles nada possuíam, apenas sua prole (Proletário). No século I a. C. Roma contava com 750 mil habitantes.
  • 34. Uma tentativa de reforma agrária ▪ As tensões sociais decorrentes da concentração de terras levaram os irmãos Tibério e Caio Graco a propor uma reforma agrária, no século II a. C. O projeto retomava a antiga lei que limitava a utilização de terras públicas a 312 acres por cidadão romano. “Os homens que combatem e morrem pela Itália têm o ar, a luz e mais nada [...]. Lutam e perecem para sustentar a riqueza e o luxo de outro, mas embora sejam chamados senhores do mundo, não têm um único torrão de terra que seja seu.” (ANDERSON, Perry. Tibério Graco. In: Passagem da Antiguidade ao Feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 60). ▪ A proposta não agradou o Senado e os irmãos e ambos foram assassinados, junto com seus seguidores.
  • 36. A República em Crise ▪ Tensões sociais entre a Plebe e os Patrícios, os quais desejavam a manutenção de seus privilégios. ▪ Política do pão e circo: manipulação das massas pelos demagogos através da distribuição de alimentos e realização de espetáculos, como as lutas no Coliseu, para entreter a plebe. ▪ As conquistas fortaleceram o poder dos generais, os quais contavam com a lealdade de seus soldados, e ameaçavam a República. ▪ Em 60 a. C., um triunvirato, formado pelos generais Júlio Cesar, Pompeu e Crasso, assumiu o poder. César se desentendeu com o Senado e em 44 a. C. se proclamou ditador vitalício, mas acabou assassinado pelos senadores. ▪ Roma estava em Guerra Civil e novo triunvirato foi formado por Marco Antônio, Lépido e Otávio. Em 31 a. C., Otávio derrotou as tropas de Marco Antônio e tornou-se o primeiro imperador romano.
  • 37.
  • 38. Alto império (I-III d. C.) ▪ O Senado foi submetido ao poder imperial. ▪ Otávio recebeu o título de Augusto (divino). ▪ Intensificação do pão e circo. Estabelecimento de feriados, festividades, competições e representação de passagens históricas (romanização dos povos conquistados). ▪ Pax romana: diminuição da expansão territorial. As fronteiras se estabilizaram. Pacificação das províncias, de revoltas e de rebeliões.
  • 39. Baixo império (III- V d. C.) ▪ Roma se tornou a mais importante cidade do Mediterrâneo, com 1 milhão de habitantes (cerca de ¼ destes eram escravizados). ▪ A estabilização das fronteiras afetou o mecanismo de reprodução do sistema escravista. A demanda por escravos era grande, porém com o fim das guerras de conquista o número de cativos reduziu. ▪ No século III houve um aumento geral dos preços, provocando queda nas atividades mercantis. Houve diminuição no uso das moedas e recorria-se às trocas, regionalizando as atividades produtivas. ▪ As grandes cidades e as tropas nas fronteiras sofriam com falta de abastecimento. O quadro piorava com insurreições militares, rebeliões de escravos e camponeses e banditismo. O período também viu a população reduzir, com queda demográfica de 20% no século I. ▪ O império estava abalado por inimigos internos e externos. Ao longo do século III, 27 imperadores se sucederam no poder, devido a golpes de Estado. As fronteiras eram invadidas pelas tribos germânicas. A população fugia para os campos, as despesas públicas aumentavam e a arrecadação de impostos diminuía.
  • 40.
  • 41. Colonato ▪ O abalo do sistema escravista provocou mudanças nas relações de trabalho, originando o colonato. ▪ Colonus: podia ser um ex-cidadão urbano que fugira das cidades e colocara- se sob o controle de um grande proprietário de terras. ▪ Assim, o colono tornava-se um camponês e pagava dinheiro, prestava serviços ou entregava produtos ao proprietário pelo arrendamento de um lote de terra. ▪ A escravidão persistia, mas os proprietários tiveram que fazer concessões, pois com o enfraquecimento do Estado ficava difícil reprimir motins e revoltas. O declínio do escravismo e o surgimento do colonato era um processo de transição nas relações de trabalho, o que dará origem a relações de dependência entre proprietários e trabalhadores livres e semilivres.
  • 42. A divisão do Império Romano ▪ Em 330, o imperador Constantino transferia a capital do Império para a cidade de Bizâncio (antiga colônia grega na parte Oriental do império). ▪ Com o deslocamento geográfico do poder, Constantinopla se tornou a capital do Império Oriental. ▪ A divisão do Império era reflexo do enfraquecimento do Estado, especialmente na parte Ocidental. Houve retração do poder público e fortalecimento dos poderes privados.
  • 43. A queda do Império Romano do Ocidente ▪ Nos séculos IV e V, os povos germânicos fizeram nova invasão ao Ocidente, que estava mais fragilizado por conta das crises. ▪ Desde o século III, o Cristianismo, estava em expansão, arregimentando número cada vez maior de seguidores e preocupando as autoridades romanas. A doutrina causou problemas políticos e os cristãos passaram a ser perseguidos por Roma. ▪ Em 476, o imperador Rômulo Augusto perdeu o trono para Odoacro, um comandante germânico que antes estava à serviço de Roma. ▪ Em 493, Teodorico estabeleceu o reino ostrogodo na Itália, formando um reino germânico no centro do antigo império. ▪ Em 313, o Édito de Milão, concedia liberdade de culto aos cristãos. ▪ Em 380, o Édito deTessalônica, tornou o cristianismo a religião oficial do Império. ▪ Em 391, os cultos pagãos foram proibidos. Os imperadores perderam o título de augusto, passaram a governar em nome de um único Deus e tiraram proveito político do fortalecimento da Igreja e das comunidades cristãs.
  • 44. A Idade Média (V – XV) ▪ A queda do Império Romano do Ocidente, em 476, marca a passagem da Antiguidade para a Idade Média. ▪ O poder central foi substituído por uma série de reinos germânicos. ▪ Mudanças socioeconômicas: substituição do trabalho escravo pelo trabalho servil; ruralização da economia. ▪ Mudanças culturais: hegemonia do cristianismo e alterações na língua, marcada por uma combinação do latim com as línguas germânicas. ▪ A Igreja, o cristianismo e algumas características romanas e germânicas estão na origem da Europa como entidade cultural.
  • 45. Alta Idade Média – os reinos germânicos (Séc. V – X) ▪ Na área do antigo Império Romano do Ocidente formou-se um mosaico de reinos germânicos. ▪ A princípio, casamentos entre germânicos e romanos foram proibidos. A partir do século VI eles tornaram-se cada vez mais frequentes, permitindo a formação de uma aristocracia romano-germânica. ▪ O direito germânico era considerado uma dádiva dos deuses. Os chefes tribais recorreriam às divindades para culpar ou inocentar um acusado. Prevalecia a tradição oral e costumeira, diferente dos códigos romanos que eram escritos. ▪ Wergeld: a morte de um indivíduo poderia ser reparada por um bem a ser entregue ao parente das vítimas. O crime não era visto como descumprimento de uma norma pública, mas como uma ofensa particular. ▪ As leis germânicas passaram a ser redigidas em latim no século V no processo de constituição dos reinos sob forte influência da cultura romana. Contudo, o direito romano havia se constituído como norma para o todo o território imperial, no caso germânico prevaleceu o critério da personalidade das leis, cada um era julgado pelas leis de seu povo.
  • 46.
  • 48. A Igreja de Roma e a conversão dos germânicos ▪ Para administrar os territórios conquistados, os povos germânicos aproveitaram os funcionários do império e o latim. ▪ A Igreja se manteve articulada e foi fundamental para os germânicos manterem os seus domínios. Embora eles fossem politeístas, muitos se converteram ao cristianismo. ▪ Os francos formaram o primeiro reino germânico sob influência de Roma. Eles se estabeleceram na Gália e foram unificados por Clóvis, batizado em 498. ▪ Com o apoio da Igreja foi possível conquistar a maior parte da Gália no século VI. Entre os séculos V e VIII a dinastia dos merovíngios reinou sob a Gália. Outros povos acabaram seguindo os francos, como os visigodos, os anglo-saxões e os lombardos.