O documento descreve o Programa de Integração da Mãe e da Criança (PIM), incluindo seus objetivos, metodologia, estrutura e impactos. O PIM visa orientar famílias, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade, para promover o desenvolvimento integral de crianças de até 6 anos de idade por meio de visitas domiciliares.
Modelos de gestão e atenção à Primeira Infância no Brasil
1.
2. MARCOS LEGAIS
Brasil Carinhoso (2012): PIM como modelo de Visita Domiciliar
Plano Nacional de Educação – Meta 01 (2014) - Implementação, em caráter complementar, de
programas de orientação e apoio às famílias, por meio da articulação das áreas da educação, saúde
e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até 03 anos de idade.
PNAISC (2015): Eixo de Promoção e Acompanhamento do Crescimento e do Desenvolvimento
Integral. Caderneta da Criança
Marco Legal da Primeira Infância (2016): PIM como um dos modelos de Visita Domiciliar
.
Compõe os Projetos Prioritários do Governo do RS
Responde a diversos compromissos
4. Política Pública de Ação
socioeducativa voltada ao
fortalecimento das competências
das famílias para a atenção e
cuidado com gestantes e crianças
menores de 6 anos de idade,
prioritariamente aquelas que se
encontram em situação de risco
e vulnerabilidade social.
O QUE É O PIM?
OBJETIVO
Orientar as famílias, A
PARTIR DE SUA CULTURA E
EXPERIÊNCIAS, para que
promovam o
desenvolvimento INTEGRAL
de suas crianças, desde a
gestação até os seis de
idade.
5. •Promoção de Direitos
• Cuidado
• Proteção
• Educação
• Socialização
• Protagonismo
familiar
• Autoestima
•Quebra do ciclo da
pobreza/violencia
O QUE
ISSO GERA:
Articulação da
rede de serviços
FORA
DO DOMICÍLIO
DENTRO
DO DOMICÍLIO
Estimulação do
Desenvolvimento
Infantil
Fortalecimento
de vínculos
familiares
Identificação de
necessidades
QUE SERVIÇOS SÃO OFERECIDOS?
6. INTEGRALIDADE
Execução: Prefeituras Municipais
Secretaria da
Saúde /CRS
Secretaria do
Desenvolvimento
Social, Trabalho,
Justiça e Direitos
Humanos / CRAS
Gabinete de
Políticas
Sociais
Secretaria da
Cultura, Turismo,
Esporte e Lazer
Secretaria da
Educação /CRE
GRUPO GESTOR ESTADUAL
INTERDISCIPLINAR E INTERSECRETARIAS
ÁREAS DA CIÊNCIAÁREAS DA CIÊNCIA
INTERDISCIPLINARIDADE
•Produção de conhecimento/
instrumentos
7. ESTRUTURA E
FUNÇÕES DA EQUIPE
Coordena, capacita, assessora
monitora, avalia
e articula junto à
Rede Estadual
Coordena, capacita,
monitora, avalia e
articula junto à
Rede Municipal
Capacitam, apóiam e avaliam
os Visitadores e articulam junto
à Rede nas Comunidades
Orientam, acompanham e
avaliam as Famílias, Gestantes
e Crianças sobre o DPI
Atenção Básica em Saúde / Proteção Social Básica / Educação / Cultura
Rede de Serviços
12. ABORDAGEM DO BRINCAR NO PIM
O PIM, ao fazer uso da ludicidade como meio de
viabilização de suas atividades junto às famílias e suas
crianças, coloca o brincar como expoente máximo em sua
forma de abordagem informal.
Mais que a utilização do brinquedo enquanto objeto
na realização de atividades, através de brincadeiras, o
brincar no PIM assume uma outra dimensão, maior e
potencialmente transformadora. Neste sentido, inclui
fundamentalmente uma atitude interior que, por sua
vez, implica em uma disponibilidade para a constituição
do imaginário de cada ser humano, de sua capacidade
criativa, sua aposta na vida e no viver apreendendo o
mundo, de forma enriquecedora.
Através desta abordagem se pode desvelar a
singularidade de cada sujeito, marcado por sua história e
vivências, abrindo então espaço para desenvolver-se. O
brincar é uma ação inata do ser humano e se faz presente
por toda a vida. Nada mais natural, então, que utilizar o
brincar como ponte de acesso para promoção do
desenvolvimento humano.
14. Modalidade Individual: Casas das famílias
- Famílias com crianças 0-3 anos (semanal)
- Gestantes (quinzenal)
Modalidade Grupal : Espaços na Comunidade
- Famílias com crianças 4-6 anos (semanal)
- Gestantes (mensal)
Reunião Comunitária: Espaços na Comunidade
– Gestantes e famílias (mensal)
MODALIDADES DE ATENÇÃO
16. DIMENSÕES E GANHOS DO
DESENVOLVIMENTO HUMANO
• Fortalecimento dos vínculos familiares e promoção de relacionamentos sociais
saudáveis.
• Redução dos índices de evasão e repetência escolar.
• Melhoria do desempenho escolar.
• Alcance de níveis mais elevados de ensino.
• Acesso a salários mais altos na fase adulta.
• Empoderamento das mulheres no planejamento sexual e reprodutivo. Paternidade
participativa
• Qualificação das condições de pré-natal, parto e puerpério e consequente redução da
mortalidade materna e infantil.
• Melhoria nos indicadores de saúde da população.
• Redução da ocorrência de castigo físico como disciplinador e de outras violências
contra as crianças.
• Redução da delinquência e da criminalidade na adolescência e fase adulta.
• Redução do consumo de álcool e outras drogas na adolescência e fase adulta.
• Redução da Desigualdade social e promoção da inclusão social
•Quebra do Ciclo da Pobreza/Violência/...
A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO
GANHOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
17. CURRÍCULO
AMPLO E SEMI
ESTRUTURADO
ROTINA DE
TRABALHO:ESPAÇO DE
ESCUTA
ESTUDO
DE CASO
PLANEJA-
MENTO e
AVALIAÇÃO
ESTRUTURA E SUPORTE DA VISITA
FORMAÇÃO
INICIAL E
CONTINUADA
SI COM
RELATÓRIOS
SOBRE DI
ACOMPANHA-
MENTO
DE CAMPO
ROTEIRO
DE VISITA
GUIAS DE
ORIENTAÇÃO
SEMANAL e
COM DURAÇÂO
DE 1 HORA
19. LUDICIDADE / BRINCAR
LUDICIDADE COMO TECNOLOGIA
DE INTERVENÇÃO
CRIANÇA
Linguagem
Convivência
em grupo
Apropriação
do mundo
Incentivo à
descoberta, a
criatividade, o
pensamento crítico,
a autonomia, a
autoconfiança
Enriquecimento
e desafio
ao potencial
infantil
Integração
cultural
Introjeção e
subjetivação de
regras do meio
social
Auxílio à criança a
decidir, escolher,
perder, ganhar,
comandar
FAMÍLIA
20. LUDICIDADE / BRINCAR
Potencialização
do aprendizado
mútuo
adulto/criança
Potencialização
das
intervenções
Promoção da
criatividade,
exploratória,
espontaneidade,
autoestima
Possibilidade
de vivenciar e
transpor
dificuldades
Resgate da
memória
emocional do
adulto
FAMÍLIA
VISITADOR
ANÇA
LUDICIDADE COMO TECNOLOGIA
DE INTERVENÇÃO
22. LUDICIDADE/BRINCAR
FAMÍLIA
CRIANÇA
VISITADOR
A ludicidade e o brincar
promovem o crescimento
emocional e social,
humanizam as relações,
fortalecem os vínculos
afetivos, o prazer, a
espontaneidade, promovem
o conhecimento das
possibilidades e limites de
cada um.
Forte inexistência em
cenário de risco e
vulnerabilidade. Quebra e
ressignifica.
LUDICIDADE COMO TECNOLOGIA
DE INTERVENÇÃO
23. SAÚDE MENTAL INFANTIL
Bebê
Dependência
do outro
para existir
Humanos
Seres de
relação
Investimento
Emocional
Constituição
psíquica e
cerebral do
Sujeito
Neurociência
Cérebro é
um órgão
social
Qualidade das
relações iniciais
Impacta a longo
prazo na Saúde
Mental
Apego adequado
Imuniza o bebê
contra adversidades
(reduz stress
tóxico)
Patologias
mentais
Vulnerabilidade
nos primeiros
anos
Habilidades
Emocionais
Hábitos Mentais
Produtividade
27. SUPERVISÃO
GTE
Central/ CRE /
CRS / CRAS
Consultores e
Servidores
REGIÃO/TEMATICO
Capacita/
Instrumentos
Visita Local
FAMÍLIA
Gestante ou
Cuidador +
Criança
GTM
10h
Reunião Semanal
Rede (Saúde /
Educação /
Assistência Social)
Capacita
Monitora SisPIM
MONITOR
Até 8 Visitadores
(20h)
Cadastro no SisPIM
Reunião Semanal
Acompanhamento
Capacita/Avalia
temáticas de reforço
VISITADOR
Até 20 famílias
Atendimento
Semanal domiciliar
ou grupal
ESCUTA (PRESENCIAL + REGISTRO)
MONITORAMENTO / AVALIAÇÃO
28. RISCO E VULNERABILIDADE SOCIAL
Risco é usado pelos epidemiologistas em associação
a grupos e populações, a vulnerabilidade refere-se
aos indivíduos e às suas suscetibilidades ou
predisposições a respostas ou consequências
negativas.
“Vulnerabilidade Social é a incapacidade da família
em responder adequadamente, em tempo hábil, a
eventos inesperados de ordem ambiental ou social,
como por exemplo inundações, perda de emprego e
renda pelo(s) adulto(s) da família, doença do
responsável ou inadequações temporárias da
residência e sua acessibilidade”. Furtado 2013
Contudo, os fatores de risco que incidem sobre a
vida deles não se restringem aos problemas da
exclusão social, mas envolvem também os
relacionamentos entre crianças e adultos, que
ocorrem tanto no espaço público quanto no
privado. Daí a necessidade de considerar não
apenas os problemas de inserção social, mas de
pensar a socialização e sua relações familiares.
29. Carga
horária
semanal
Nº de Famílias
Valor do
Incentivo
Financeiro (R$)
20h 14 famílias 500,00
30h 17 famílias 750,00
40h 20 famílias 1.000,00
INCENTIVO ESTADUAL
Portaria 578/2013
BASE DE CÁLCULO
Número de Visitadores X Carga horária semanal dos
Visitadores = Nº de Famílias previstas para atendimento
INCENTIVO FINANCEIRO
30. CUSTO DO PROGRAMA PER CAPITA
CRIANÇA E GESTANTE
Custo (Estado + Municípios) Ano Mês
Total R$ 886,76 R$ 73,90
37. LINHA DO TEMPO DO PIM
2003
2016
CRIAÇÃO
ADAPTAÇÃO
METODOLÓGICA
CONSOLIDAÇÃO
IMPLANTAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO AVALIAÇÃO
MONITORAMENTO
38. Celep
EDI
UFPel
200520122015
54% das famílias acredita que o PIM auxilia na orientação de como
brincar com a criança
Pais mais presentes na vida escolar das crianças
Evidência forte de redução no número de mortes por diarreia
52% acredita que o programa apresenta alternativas para estímulo
ao desenvolvimento integral
Celep
2010
97% das famílias acredita que participação no PIM modificará o
modo de tratar os filhos
87% PIM favorece para entender melhor o DPI e a atender as
necessidades afetivas dos filhos
Redução da vulnerabilidade para aprendizagem em crianças
nascidas de mães com baixo nível escolaridade
FGV
2014
87% Se sente mais fortalecida para cuidar e educar suas crianças
após entrar no PIM
82% Avalia que o PIM melhora a relação com a rede de serviços
Evidência de redução em hospitalizações por bronquite
AVALIAÇÕES REALIZADAS
39. O EDI avalia a prontidão das crianças para aprender quando elas entram na
escola, examinando cinco áreas-chave do desenvolvimento infantil:
Bem-estar físico
Desenvolvimento social
Desenvolvimento emocional
Linguagem e habilidades cognitivas
Habilidades de comunicação e conhecimentos gerais
AVALIAÇÃO – EDI (2012)
O PLANO AMOSTRAL
AVALIAÇÃO DO PIM EM RELAÇÃO À PRONTIDÃO ESCOLAR
EM CRIANÇAS DE 5 A 6 ANOS – UNIVERSIDADE MCMASTER
08 municípios 423 crianças PIM 231 crianças Grupo Controle
Crianças de 4 a 6 anos em seu 1º ano de escola
40. AVALIAÇÃO – EDI (2012)
Pais mais presentes na vida escolar das crianças
Maior impacto no desenvolvimento das
crianças que participaram do PIM durante 02
anos
Redução da vulnerabilidade para a aprendizagem,
especialmente entre os meninos
Redução da vulnerabilidade para a aprendizagem em
crianças nascidas de mães com baixo nível de escolaridade
RESULTADOS
AVALIAÇÃO DO PIM EM RELAÇÃO À PRONTIDÃO ESCOLAR
EM CRIANÇAS DE 5 A 6 ANOS – UNIVERSIDADE MCMASTER
41. AVALIAÇÃO – FGV (2014)
DIMENSÃO QUANTITATIVA DA PESQUISA
AVALIAÇÃO PARA MELHORIA DA RELAÇÃO
CUSTO-EFETIVIDADE, QUALIFICAÇÃO E EXPANSÃO DO PIM
1.600 famílias entrevistadas
39 municípios
Aspecto: percepção das Famílias atendidas pelo PIM
42. Possui alto grau de confiança no PIM 80%
Avalia como ótimo ou bom o serviço 93%
Se sente mais fortalecida para cuidar e
educar suas crianças após entrar no PIM 87%
Considera que o PIM favorece o
desenvolvimento das crianças 94%
Avalia o PIM como importante ou muito
importante para sua família 96%
AVALIAÇÃO – FGV (2014)
RESULTADOS
43. Considera que a participação no PIM mudou seu
relacionamento com a criança 85%
Considera que o Visitador sempre responde as suas dúvidas
com clareza 91%
Realiza as atividades propostas pelo PIM durante a semana 79%
Avalia que o PIM melhora os cuidados com a saúde das
gestantes e crianças 92%
Avalia que o PIM melhora a relação com a Rede de Serviços 82%
AVALIAÇÃO – FGV (2014)
RESULTADOS
44. AVALIAÇÃO DO BID
A qualidade dos programas de visitação domiciliar na América Latina:
Análise de 7 países realizada no preparo para a publicação
Desenvolvimento nas Américas 2015
Jamaica: Home Visit Program
Brasil: Primeira Infância Melhor
Peru: Cuna Más
Nicarágua: Programa de Acompañamiento a la Política de Primera Infancia
Equador: Programa Creciendo con Nuestros Hijos
Bolívia: Consejo de Salud Rural Andino – Home Visit Program
Panamá: Programa Atención Integral de la Niñez
https://publications.iadb.org/handle/11319/7817
45. AVALIAÇÃO DO BID
4 4
3.7 3.6
3.3
Criança participa
ativamente
Participação Geral e Ambiente
Cuidador participa
ativamente
Empenho do visitador
em promover a participação
e colaboração
Ambiente geral
da visita
2.7
3.6
3.1
2.5
3.2
3.3
3.8
3.6
3.3
2.8
3.2
3.8
2.9
3.2
2.8
País1
Brasil(PIM)
País2
País3
País4
País1
Brasil(PIM)
País2
País3
País4
País1
Brasil(PIM)
País2
País3
País4
País1
Brasil(PIM)
País2
País3
País4
46. AVALIAÇÃO DO BID
2.7
3.8 3.7 3.8
3
Atividades e Métodos: Ensino
Preparação do
visitador para a visita
Uso adequado do
manual do programa
pelo visitador
Visitador utiliza
materiais/atividades
apropriados para a
idade
Visitador promove
ativamente o
desenvolvimento da
linguagem durante a
visita
3
3.4
2.8
3.8
4
3.9
3.6
3
3.2
3.8
3.3
2
2.3
País1
Brasil(PIM)
País2
País3
País4
País1
Brasil(PIM)
País2
País3
País4
País1
Brasil(PIM)
País2
País3
País4
JPaís1
Brasil(PIM)
País2
País3
País4
50. TV
Jornal Nacional
Rede Globo
Jornal Hoje
Rede Globo
Jornal do Almoço
RBS TV
First Steps
BBC World News
Jornal da TVE
TVE
Canal de Notícias
UPFTV
Canal Saúde na Estrada
TV Piratini
Jornal da Vida
Rede Vida
G1
UCSTV