A menos que se faça uma reflexão acerca dos critérios que se usam para considerar algo perceptível e, por extensão, existente no mundo, os textos de Philip Dick não farão, em princípio, sentido. Sua ontologia — talvez o melhor termo para o caso — não é aquela a que estamos acostumados e, assim, ou fazemos um esforço para reconstituir esse novo quadro (esforço que o autor jamais empreende) ou deixamos de lado suas obras como um emaranhado inconsistente de descrições, situações e personagens.
O documento discute a filosofia do conhecimento e o ceticismo. Apresenta três tipos de conhecimento e define conhecimento como uma crença verdadeira e justificada. Discute o ceticismo radical, moderado e metódico, focando nos argumentos céticos contra o conhecimento. Explica como Descartes, um cético metódico, usou a dúvida para encontrar a crença básica "penso, logo existo".
1) O documento discute os princípios filosóficos de Descartes, incluindo seu dualismo entre res cogitans (mente) e res extensa (matéria), e seu método de dúvida para alcançar certezas.
2) Afirma que Descartes priorizava o papel do sujeito conhecedor sobre o objeto conhecido, acreditando que as ideias existem dentro do sujeito, não fora dele.
3) Discute como Descartes usava a existência de Deus como uma segunda certeza após a certeza de sua pró
Filosofia da Percepção: Nas fronteiras do sentido um debate entre Austin, Aye...Cristiano Flecha
O documento discute o problema da relação entre objetos físicos e dados sensoriais segundo Russell e Berkeley. Apresenta a crítica de Austin às noções de "objeto material" e "dados sensoriais", argumentando que não podemos tomar proposições sobre percepções como evidências.
O documento discute as condições necessárias para o pensamento. Afirma que o pensamento depende de compartilhar um mundo natural com outras mentes, e que o conteúdo dos pensamentos é determinado, em parte, pela sua causa normal no mundo externo. Isso explica como alguém pode interpretar os pensamentos de outra pessoa com base no que normalmente causa suas crenças.
O racionalismo de Descartes se baseava na razão como único caminho para o conhecimento. Após duvidar de tudo, Descartes concluiu que o único fato certo era pensar, formulando sua máxima "Penso, logo existo". Ele também argumentou que a existência de Deus era evidente pela idéia de um ser perfeito. Descartes defendia a dualidade entre mente e corpo, mas sua filosofia influenciou o debate sobre a relação entre ambos que continua até hoje.
O documento discute os conceitos de racionalismo, método cartesiano e dúvida metódica de Descartes. Resume que Descartes usou a dúvida radical para questionar todas as crenças e chegar a uma certeza - o "penso, logo existo" - estabelecendo assim as bases do conhecimento a partir da razão.
Descartes procurava uma certeza filosófica que não pudesse ser contestada pelo ceticismo. Através do método do questionamento de todas as verdades aparentes, ele chegou à conclusão de que mesmo que nossos sentidos nos enganem, não podemos duvidar de que pensamos, e portanto existimos, resumida na frase "Penso, logo existo".
1) Descartes propõe construir um sistema de conhecimentos baseado em verdades indubitáveis, claras e evidentes.
2) Ele critica o sistema de conhecimentos estabelecido por ter uma base frágil e não estar racionalmente organizado.
3) Descartes pretende responder aos céticos mostrando que o conhecimento é possível a partir de uma verdade primeira e indubitável.
O documento discute a filosofia do conhecimento e o ceticismo. Apresenta três tipos de conhecimento e define conhecimento como uma crença verdadeira e justificada. Discute o ceticismo radical, moderado e metódico, focando nos argumentos céticos contra o conhecimento. Explica como Descartes, um cético metódico, usou a dúvida para encontrar a crença básica "penso, logo existo".
1) O documento discute os princípios filosóficos de Descartes, incluindo seu dualismo entre res cogitans (mente) e res extensa (matéria), e seu método de dúvida para alcançar certezas.
2) Afirma que Descartes priorizava o papel do sujeito conhecedor sobre o objeto conhecido, acreditando que as ideias existem dentro do sujeito, não fora dele.
3) Discute como Descartes usava a existência de Deus como uma segunda certeza após a certeza de sua pró
Filosofia da Percepção: Nas fronteiras do sentido um debate entre Austin, Aye...Cristiano Flecha
O documento discute o problema da relação entre objetos físicos e dados sensoriais segundo Russell e Berkeley. Apresenta a crítica de Austin às noções de "objeto material" e "dados sensoriais", argumentando que não podemos tomar proposições sobre percepções como evidências.
O documento discute as condições necessárias para o pensamento. Afirma que o pensamento depende de compartilhar um mundo natural com outras mentes, e que o conteúdo dos pensamentos é determinado, em parte, pela sua causa normal no mundo externo. Isso explica como alguém pode interpretar os pensamentos de outra pessoa com base no que normalmente causa suas crenças.
O racionalismo de Descartes se baseava na razão como único caminho para o conhecimento. Após duvidar de tudo, Descartes concluiu que o único fato certo era pensar, formulando sua máxima "Penso, logo existo". Ele também argumentou que a existência de Deus era evidente pela idéia de um ser perfeito. Descartes defendia a dualidade entre mente e corpo, mas sua filosofia influenciou o debate sobre a relação entre ambos que continua até hoje.
O documento discute os conceitos de racionalismo, método cartesiano e dúvida metódica de Descartes. Resume que Descartes usou a dúvida radical para questionar todas as crenças e chegar a uma certeza - o "penso, logo existo" - estabelecendo assim as bases do conhecimento a partir da razão.
Descartes procurava uma certeza filosófica que não pudesse ser contestada pelo ceticismo. Através do método do questionamento de todas as verdades aparentes, ele chegou à conclusão de que mesmo que nossos sentidos nos enganem, não podemos duvidar de que pensamos, e portanto existimos, resumida na frase "Penso, logo existo".
1) Descartes propõe construir um sistema de conhecimentos baseado em verdades indubitáveis, claras e evidentes.
2) Ele critica o sistema de conhecimentos estabelecido por ter uma base frágil e não estar racionalmente organizado.
3) Descartes pretende responder aos céticos mostrando que o conhecimento é possível a partir de uma verdade primeira e indubitável.
[1] Descartes pretende estabelecer novos fundamentos para o conhecimento humano, baseado nos primeiros princípios e verdades deduzidas deles em cada área científica. [2] Ele duvida de tudo o que pode ser duvidado para encontrar uma verdade indubitável, chegando à conclusão de que só pode duvidar de sua própria existência. [3] Hume argumenta que todo o conhecimento deriva da experiência, e que não há justificação para acreditar em conexões necessárias entre eventos.
1) A primeira prova de Descartes da existência de Deus baseia-se na ideia de um ser perfeito e infinito que necessariamente deve existir.
2) A segunda prova baseia-se na causalidade das ideias, argumentando que como seres imperfeitos temos a ideia de perfeição, deve existir um ser perfeito como causa dessa ideia.
3) A terceira prova parte da contingência do espírito humano, que não pode se garantir sozinho, indicando que algo ou alguém garante nossa existência.
Este documento discute como Descartes supera o ceticismo através da dúvida metódica. Descartes considera e exagera os argumentos cépticos sobre os sentidos, divergências de opinião e regressão infinita. Ele então propõe a dúvida hiperbólica para duvidar de tudo, exceto do pensamento ("cogito ergo sum"). Finalmente, Descartes argumenta que a existência de Deus é necessária para garantir a verdade do conhecimento, superando assim o ceticismo.
1. O documento discute o pensamento do filósofo René Descartes e seu sistema filosófico conhecido como racionalismo.
2. Descartes propôs o princípio da dúvida, questionando o que pode ser considerado verdadeiro além da certeza de que penso, logo existo.
3. Ele acreditava que a razão humana poderia alcançar o mesmo grau de certeza das ciências naturais ao se basear na dedução lógica ao invés dos sentidos.
O documento discute se o "Penso, logo existo" de Descartes é produto de uma intuição ou dedução. Afirma que Descartes via como uma intuição intelectual, não implicando premissas prévias, ao contrário do que sugeria Gassendi, que via como uma dedução silogística. O documento analisa os argumentos de Descartes e uma possível objeção de que poderia ser deduzido a partir do "princípio de substância".
O documento discute o ceticismo filosófico e sua posição de que o conhecimento não é possível de ser justificado. Apresenta os principais argumentos céticos como o da divergência de opiniões, regressão infinita e falibilidade dos sentidos, e fornece objeções a esses argumentos como a existência de certezas e consensos científicos.
1) O documento apresenta uma introdução à teoria do conhecimento, discutindo o fenômeno do conhecer e as possibilidades e origens do conhecimento. 2) Aborda como o conhecimento é um ato intencional que envolve a união entre sujeito e objeto e examina posições como o objetivismo, subjetivismo e empirismo. 3) Apresenta as possibilidades do conhecimento como dogmatismo, ceticismo, subjetivismo e empirismo.
René Descartes dedica seu livro "Princípios da Filosofia" à Princesa Isabel da Boêmia, elogiando suas qualidades intelectuais e morais exemplares. Ele destaca o excelente entendimento da princesa sobre temas filosóficos e científicos, apesar de sua juventude, e sua sabedoria perfeita decorrente de sua vontade firme de fazer o bem a despeito das adversidades.
O documento discute a natureza do conhecimento e da mente. Apresenta duas perspectivas: a monista, que defende que a mente é parte do mundo físico e reduz-se à atividade cerebral, e a dualista, que defende a existência de matéria e espírito como princípios distintos da realidade. Discute-se se os pensamentos e experiências são apenas processos bioquímicos cerebrais ou se a mente é algo mais do que a atividade neurológica.
Este documento apresenta os conteúdos e objetivos de um teste de Filosofia sobre as teorias do conhecimento de David Hume e René Descartes, incluindo: 1) o empirismo de Hume e problemas como a origem e possibilidade do conhecimento; 2) o racionalismo de Descartes, com ênfase na dúvida metódica e na descoberta do "penso, logo existo".
Resumos de Filosofia- Racionalismo e EmpirismoAna Catarina
1) O documento discute as distinções entre diferentes tipos de juízos e verdades que acompanham o debate entre racionalismo e empirismo, tais como a priori vs. a posteriori, analítico vs. sintético, necessário vs. contingente.
2) Apresenta as características da dúvida na filosofia de Descartes, incluindo ser metódica, provisória, universal, hiperbólica e voluntária.
3) Explica os diferentes níveis da aplicação da dúvida cartesiana até chegar
Descartes utiliza argumentos cépticos para refutá-los e estabelecer uma dúvida metódica como forma de superar o ceticismo. Através da dúvida de todos os sentidos e conhecimentos, Descartes chega à conclusão de que a única certeza é o pensamento através do "cogito ergo sum".
Filosofia - Ato de conhecer, Descartes, Ceticismo, CVJJoana Pinto
1. O documento descreve a teoria do conhecimento de acordo com Hartmann, incluindo que o conhecimento é uma relação entre sujeito e objeto onde o sujeito apreende as características do objeto.
2. A teoria cética argumenta que o conhecimento não é possível porque nossas crenças não são justificadas, enquanto Descartes procura provar a possibilidade do conhecimento através do método da dúvida.
3. Descartes encontra a primeira verdade indubitável no "cogito", ou seja, "penso,
1) A realidade pode ser interpretada de diferentes maneiras através de diferentes discursos como o artístico, filosófico, político, religioso e científico. Cada um oferece uma interpretação da realidade que pretende ser verdadeira.
2) As teorias científicas são consideradas bons modelos explicativos provisórios da realidade. A noção de verdade tornou-se "biodegradável" e depende do contexto.
3) A razão não é mais vista como detentora a priori de conhecimento verdadeiro
O documento apresenta os principais conceitos da epistemologia, discutindo as visões racionalista e empirista do conhecimento. Resume as teorias de Descartes, Locke e Hume sobre a origem do conhecimento e como podemos conhecer a realidade. Também aborda a síntese de Kant entre racionalismo e empirismo ao defender que o conhecimento requer tanto a experiência quanto as estruturas mentais inatas.
O documento discute as posições filosóficas de dogmatismo, ceticismo e criticismo em relação ao conhecimento humano. O dogmatismo defende a possibilidade de se alcançar a verdade absoluta, enquanto o ceticismo contesta qualquer possibilidade de conhecimento certo. O criticismo de Kant busca superar dogmatismo e ceticismo, redefinindo os limites entre razão e fé.
O documento discute critérios para distinguir teorias científicas de não científicas. Apresenta dois critérios: 1) o critério da verificabilidade, onde uma teoria é científica se suas proposições podem ser verificadas empiricamente; e 2) o critério da falsificabilidade de Popper, onde uma teoria é científica se pode ser testada e potencialmente falsificada, mas não verificada. Popper argumenta que apenas a falsificação distingue ciência de não-ciência.
O documento discute a transição da filosofia antiga para a moderna. Os modernos questionam como o conhecimento sobre a realidade é possível, colocando a filosofia no caminho da epistemologia. Isso introduz a figura do sujeito e a noção de que o mundo é representado. René Descartes estabelece o "penso, logo existo" como a primeira certeza, enquanto Jean-Jacques Rousseau defende a "sinceridade do coração" como parâmetro para a verdade.
Este documento analisa e compara duas teorias sobre a origem do conhecimento: o racionalismo e o empirismo. Discute as visões de Descartes e Hume, representantes destas teorias. Aborda também outras questões da teoria do conhecimento como a natureza, possibilidade e limites do conhecimento humano de acordo com diferentes perspectivas filosóficas como o realismo, idealismo, dogmatismo e ceticismo.
O caminho para a próxima aldeia, de Franz Kafka, uma análise epistemológicavittoriopastelli
1) O texto analisa o conto "O caminho para a próxima aldeia", de Kafka, à luz do paradoxo de Zenon sobre o movimento.
2) Argumenta que Kafka usa o paradoxo para mostrar que a razão, sozinha, é incapaz de promover ação ou compreender o movimento.
3) Discute a distinção entre viver e pensar em Kafka, mostrando que ele é incapaz de viver pois está preso à razão, ao contrário do pai.
1. O documento fornece diretrizes para redação e edição de textos, incluindo o uso de abreviaturas, adjetivos, aspas e clareza. Recomenda-se escrever frases curtas e evitar expressões vagas.
2. Deve-se atentar para formatos eletrônicos ao salvar e enviar arquivos. É importante que os textos sejam concisos para leitura em telas.
3. A ênfase deve ser dada pelo próprio texto, sem necessidade de sinais gráficos. Deve
[1] Descartes pretende estabelecer novos fundamentos para o conhecimento humano, baseado nos primeiros princípios e verdades deduzidas deles em cada área científica. [2] Ele duvida de tudo o que pode ser duvidado para encontrar uma verdade indubitável, chegando à conclusão de que só pode duvidar de sua própria existência. [3] Hume argumenta que todo o conhecimento deriva da experiência, e que não há justificação para acreditar em conexões necessárias entre eventos.
1) A primeira prova de Descartes da existência de Deus baseia-se na ideia de um ser perfeito e infinito que necessariamente deve existir.
2) A segunda prova baseia-se na causalidade das ideias, argumentando que como seres imperfeitos temos a ideia de perfeição, deve existir um ser perfeito como causa dessa ideia.
3) A terceira prova parte da contingência do espírito humano, que não pode se garantir sozinho, indicando que algo ou alguém garante nossa existência.
Este documento discute como Descartes supera o ceticismo através da dúvida metódica. Descartes considera e exagera os argumentos cépticos sobre os sentidos, divergências de opinião e regressão infinita. Ele então propõe a dúvida hiperbólica para duvidar de tudo, exceto do pensamento ("cogito ergo sum"). Finalmente, Descartes argumenta que a existência de Deus é necessária para garantir a verdade do conhecimento, superando assim o ceticismo.
1. O documento discute o pensamento do filósofo René Descartes e seu sistema filosófico conhecido como racionalismo.
2. Descartes propôs o princípio da dúvida, questionando o que pode ser considerado verdadeiro além da certeza de que penso, logo existo.
3. Ele acreditava que a razão humana poderia alcançar o mesmo grau de certeza das ciências naturais ao se basear na dedução lógica ao invés dos sentidos.
O documento discute se o "Penso, logo existo" de Descartes é produto de uma intuição ou dedução. Afirma que Descartes via como uma intuição intelectual, não implicando premissas prévias, ao contrário do que sugeria Gassendi, que via como uma dedução silogística. O documento analisa os argumentos de Descartes e uma possível objeção de que poderia ser deduzido a partir do "princípio de substância".
O documento discute o ceticismo filosófico e sua posição de que o conhecimento não é possível de ser justificado. Apresenta os principais argumentos céticos como o da divergência de opiniões, regressão infinita e falibilidade dos sentidos, e fornece objeções a esses argumentos como a existência de certezas e consensos científicos.
1) O documento apresenta uma introdução à teoria do conhecimento, discutindo o fenômeno do conhecer e as possibilidades e origens do conhecimento. 2) Aborda como o conhecimento é um ato intencional que envolve a união entre sujeito e objeto e examina posições como o objetivismo, subjetivismo e empirismo. 3) Apresenta as possibilidades do conhecimento como dogmatismo, ceticismo, subjetivismo e empirismo.
René Descartes dedica seu livro "Princípios da Filosofia" à Princesa Isabel da Boêmia, elogiando suas qualidades intelectuais e morais exemplares. Ele destaca o excelente entendimento da princesa sobre temas filosóficos e científicos, apesar de sua juventude, e sua sabedoria perfeita decorrente de sua vontade firme de fazer o bem a despeito das adversidades.
O documento discute a natureza do conhecimento e da mente. Apresenta duas perspectivas: a monista, que defende que a mente é parte do mundo físico e reduz-se à atividade cerebral, e a dualista, que defende a existência de matéria e espírito como princípios distintos da realidade. Discute-se se os pensamentos e experiências são apenas processos bioquímicos cerebrais ou se a mente é algo mais do que a atividade neurológica.
Este documento apresenta os conteúdos e objetivos de um teste de Filosofia sobre as teorias do conhecimento de David Hume e René Descartes, incluindo: 1) o empirismo de Hume e problemas como a origem e possibilidade do conhecimento; 2) o racionalismo de Descartes, com ênfase na dúvida metódica e na descoberta do "penso, logo existo".
Resumos de Filosofia- Racionalismo e EmpirismoAna Catarina
1) O documento discute as distinções entre diferentes tipos de juízos e verdades que acompanham o debate entre racionalismo e empirismo, tais como a priori vs. a posteriori, analítico vs. sintético, necessário vs. contingente.
2) Apresenta as características da dúvida na filosofia de Descartes, incluindo ser metódica, provisória, universal, hiperbólica e voluntária.
3) Explica os diferentes níveis da aplicação da dúvida cartesiana até chegar
Descartes utiliza argumentos cépticos para refutá-los e estabelecer uma dúvida metódica como forma de superar o ceticismo. Através da dúvida de todos os sentidos e conhecimentos, Descartes chega à conclusão de que a única certeza é o pensamento através do "cogito ergo sum".
Filosofia - Ato de conhecer, Descartes, Ceticismo, CVJJoana Pinto
1. O documento descreve a teoria do conhecimento de acordo com Hartmann, incluindo que o conhecimento é uma relação entre sujeito e objeto onde o sujeito apreende as características do objeto.
2. A teoria cética argumenta que o conhecimento não é possível porque nossas crenças não são justificadas, enquanto Descartes procura provar a possibilidade do conhecimento através do método da dúvida.
3. Descartes encontra a primeira verdade indubitável no "cogito", ou seja, "penso,
1) A realidade pode ser interpretada de diferentes maneiras através de diferentes discursos como o artístico, filosófico, político, religioso e científico. Cada um oferece uma interpretação da realidade que pretende ser verdadeira.
2) As teorias científicas são consideradas bons modelos explicativos provisórios da realidade. A noção de verdade tornou-se "biodegradável" e depende do contexto.
3) A razão não é mais vista como detentora a priori de conhecimento verdadeiro
O documento apresenta os principais conceitos da epistemologia, discutindo as visões racionalista e empirista do conhecimento. Resume as teorias de Descartes, Locke e Hume sobre a origem do conhecimento e como podemos conhecer a realidade. Também aborda a síntese de Kant entre racionalismo e empirismo ao defender que o conhecimento requer tanto a experiência quanto as estruturas mentais inatas.
O documento discute as posições filosóficas de dogmatismo, ceticismo e criticismo em relação ao conhecimento humano. O dogmatismo defende a possibilidade de se alcançar a verdade absoluta, enquanto o ceticismo contesta qualquer possibilidade de conhecimento certo. O criticismo de Kant busca superar dogmatismo e ceticismo, redefinindo os limites entre razão e fé.
O documento discute critérios para distinguir teorias científicas de não científicas. Apresenta dois critérios: 1) o critério da verificabilidade, onde uma teoria é científica se suas proposições podem ser verificadas empiricamente; e 2) o critério da falsificabilidade de Popper, onde uma teoria é científica se pode ser testada e potencialmente falsificada, mas não verificada. Popper argumenta que apenas a falsificação distingue ciência de não-ciência.
O documento discute a transição da filosofia antiga para a moderna. Os modernos questionam como o conhecimento sobre a realidade é possível, colocando a filosofia no caminho da epistemologia. Isso introduz a figura do sujeito e a noção de que o mundo é representado. René Descartes estabelece o "penso, logo existo" como a primeira certeza, enquanto Jean-Jacques Rousseau defende a "sinceridade do coração" como parâmetro para a verdade.
Este documento analisa e compara duas teorias sobre a origem do conhecimento: o racionalismo e o empirismo. Discute as visões de Descartes e Hume, representantes destas teorias. Aborda também outras questões da teoria do conhecimento como a natureza, possibilidade e limites do conhecimento humano de acordo com diferentes perspectivas filosóficas como o realismo, idealismo, dogmatismo e ceticismo.
O caminho para a próxima aldeia, de Franz Kafka, uma análise epistemológicavittoriopastelli
1) O texto analisa o conto "O caminho para a próxima aldeia", de Kafka, à luz do paradoxo de Zenon sobre o movimento.
2) Argumenta que Kafka usa o paradoxo para mostrar que a razão, sozinha, é incapaz de promover ação ou compreender o movimento.
3) Discute a distinção entre viver e pensar em Kafka, mostrando que ele é incapaz de viver pois está preso à razão, ao contrário do pai.
1. O documento fornece diretrizes para redação e edição de textos, incluindo o uso de abreviaturas, adjetivos, aspas e clareza. Recomenda-se escrever frases curtas e evitar expressões vagas.
2. Deve-se atentar para formatos eletrônicos ao salvar e enviar arquivos. É importante que os textos sejam concisos para leitura em telas.
3. A ênfase deve ser dada pelo próprio texto, sem necessidade de sinais gráficos. Deve
1) O documento discute os conceitos de modelos e mapas, argumentando que modelos representam aspectos selecionados de um objeto ou processo de forma simplificada e abstrata para fins de compreensão ou orientação.
2) Mapas são exemplos especiais de modelos, e devem respeitar escalas apropriadas para serem úteis, ao invés de reproduzirem literalmente o objeto mapeado como no exemplo ficcional de Borges.
3) Diferentes modelos podem representar aspectos diferentes, como itinerários de metrô versus distâncias entre esta
Este documento discute as influências do trabalho de Thomas Kuhn sobre a epistemologia das ciências naturais e seu impacto nas ciências sociais. Apresenta o modelo de desenvolvimento científico de Kuhn e como ele foi aplicado pelos cientistas sociais, destacando a rejeição de Popper e o desejo de mostrar cientificidade.
O texto apresenta as dificuldades iniciais do autor com palavras latinas como PRIMO e PAENE, mas reconhece SED e aprende DUM e SUBITO. Ainda luta com TUM, FRUSTRA e QUONDAM, mas entende IAM, ETIAM e MOX. Estuda NEQUIQUAM em vão, mas sabe SEMPER e NUNC.
1) O livro Erewhon, de Samuel Butler, é uma sátira que critica costumes ingleses através da descrição de uma sociedade isolada chamada Erewhon.
2) Em Erewhon, doenças são consideradas crimes e médicos são clandestinos. Máquinas também são proibidas desde há 500 anos por medo que substituam os humanos.
3) O livro explora temas como religião, educação e tecnologia para criticar aspectos da sociedade vitoriana inglesa do século XIX.
O documento apresenta a introdução escrita por James Murray para o Oxford English Dictionary, explicando que o vocabulário de uma língua viva como o inglês não tem fronteiras definidas e está em constante evolução, com palavras entrando e saindo do uso comum ao longo do tempo. Ele descreve o vocabulário como tendo um núcleo central de palavras comuns ligadas a outros elementos como gírias, termos técnicos e estrangeirismos, sem uma linha clara de separação. Como lexicógrafo, Murray teve que estabelecer limit
O documento discute a comunicação e como ela constrói o indivíduo. Em três frases:
A comunicação é um processo social essencial que aproxima as pessoas e promove o desenvolvimento individual através da partilha de ideias. No entanto, é necessário que a mensagem seja compreendida, considerando as diferenças culturais entre emissor e receptor. Um bom processo de comunicação envolve vários elementos como emissor, receptor, mensagem, código e feedback para garantir que a mensagem foi recebida corretamente.
O documento discute a teoria do conhecimento, abordando questões como as origens do conhecimento, as possibilidades do conhecimento da verdade, e as principais correntes filosóficas sobre o tema, como o racionalismo, empirismo e criticismo. O texto também explora a distinção entre sujeito e objeto no processo de conhecimento.
O documento discute as filosofias de Descartes e Kant. Resume que Descartes desenvolveu o método da dúvida para encontrar certezas, concluindo que pode duvidar de tudo exceto de sua própria existência. Kant acreditava que tanto os racionalistas quanto os empiristas estavam parcialmente certos e errados, defendendo que o conhecimento vem tanto da razão quanto da experiência.
1) O documento discute a criatividade como uma característica essencial da vida humana saudável e como viver de forma não criativa pode levar à doença.
2) A linha entre saúde mental e distúrbios como esquizofrenia é tênue, e fatores ambientais na infância podem influenciar o desenvolvimento ou perda da capacidade criativa.
3) A criatividade está presente em todas as pessoas e em todas as idades, não apenas em artistas, e deve ser estudada como parte fundamental do desenvolvimento humano ao invés de se
O documento discute a noção de realidade e supra-realidade. Afirma que nossa percepção da realidade é limitada e baseada nas imagens produzidas por nossos sentidos, não na realidade em si. Também argumenta que pensamentos "irreais" podem ter grande poder e influência, e que devemos reconhecer a realidade do mundo psíquico.
SUPORTE ESCRITO DISPONIVEL NO LINK http://www.slideshare.net/JooBastos4/trabalho-teoria-do-conhecimento-22655989
A teoria do conhecimento procura através de múltiplas teorias, solucionar as seguintes problemáticas:
1 | Natureza do conhecimento - o conhecimento será uma representação subjetiva criada pelo ser pensante? (Idealismo) ou uma imagem objetiva criada pelo sujeito que corresponde à realidade (Realismo).
2 | Possibilidade do conhecimento: É possível adquirir um conhecimento verdadeiro, objetivo e absoluto da realidade em geral (Dogmatismo) ou apenas um conhecimento ou realidade aproximada? Será que podemos conhecer umas coisas e outras não ou o conhecimento é impossível (Ceticismo)?
3 | Origem do conhecimento - será que o conhecimento têm origem na razão (Racionalismo) ou na experiência (Empirismo).
Esta última problemática, a da origem do conhecimento será aquela que iremos explicar mais exaustivamente, com o o Racionalismo em foco.
O documento apresenta uma introdução sobre o autor abordar temas religiosos sensíveis e como ele fará isso de forma subjetiva com base em sua experiência pessoal. Ele também discute como representações religiosas são imagens que se referem a realidades transcendentais e como elas mudam ao longo do tempo. O autor então introduz o livro de Jó e como ele retrata um Deus com emoções excessivas e amorais.
1) O documento discute vários problemas filosóficos relacionados à identidade pessoal, como sua caracterização, o que torna algo uma pessoa, quantas pessoas existem, e o que faz alguém permanecer o mesmo ao longo do tempo.
2) É citado o filósofo Locke e seu tratamento da identidade e diversidade no Ensaio sobre o Entendimento Humano. Locke argumenta que algo mantém sua identidade se existir no mesmo lugar e tempo.
3) O texto analisará a abordagem de Locke sobre identidade pessoal no capítulo 27 do
O documento discute os principais conceitos do empirismo, como a ideia de John Locke de "tábula rasa", na qual a mente humana é inicialmente vazia e é preenchida pelas experiências sensíveis. Também aborda as limitações do empirismo apontadas por David Hume e como ele levou o ceticismo a um nível mais radical ao duvidar da capacidade humana de alcançar conhecimento verdadeiro.
O documento discute os conceitos da física quântica e como eles desafiam nossas noções tradicionais sobre a realidade. A física quântica sugere que a realidade é constituída de possibilidades em vez de objetos sólidos e que nossas percepções e crenças influenciam o que experimentamos. Assim, segundo a física quântica, nós mesmos criamos a realidade através de nossas intenções e escolhas conscientes.
O documento discute o conceito de conhecimento como a relação entre sujeito e objeto. Aborda diferentes tipos de intuição como formas de obter conhecimento e descreve a teoria do "cogito" de Descartes como a primeira verdade indubitável. Também discute a noção de verdade, critérios de verdade e a capacidade humana de consciência e autoconhecimento.
O documento apresenta pensamentos de diversos filósofos modernos como Descartes, Pascal, Kant, Locke, Berkeley e Bacon. Resume-se que os filósofos defenderam ideias como o método racional cartesiano, a insignificância humana diante do universo, a importância da leitura e experiência na formação do conhecimento e que muitas descobertas se devem ao acaso e não à ciência.
O PROBLEMA DA IDENTIDADE PESSOAL EM LOCKE E.pptRafaelAudibert2
1) Locke defende que a identidade pessoal consiste na continuidade da consciência, não na identidade da substância.
2) Parfit critica a noção de identidade pessoal, argumentando que na sobrevivência o que importa são relações de grau, não identidade.
3) Parfit usa exemplos como divisão cerebral e fusão para mostrar que a sobrevivência pode ser "uma questão de grau", não "de um para um".
Recebi por email e, para variar, não gostei ;-)
Coloquei aqui para comentar pois acho tolice comentar um treco desses só para uma pessoa quando podemos promover um debate num canto como o Slideshare.
1. O documento discute a origem da consciência humana e da Família Galáctica da Terra, sugerindo que elas surgiram de uma fragmentação inicial de uma consciência unificada no Todo.
2. Essa fragmentação ocorreu quando parte da consciência unificada passou pelo "Prisma de Lira", um buraco branco na constelação de Lira, e se dividiu em sete frequências vibratórias representando a consciência coletiva da Família Galáctica.
3. Cada fragmento obteve con
1. O documento discute a origem da humanidade e sua possível herança galáctica. Propõe que no início todas as consciências e energias existiam unificadas como um Todo integrado, antes de se fragmentarem em dimensões e polaridades separadas como parte de um projeto consensuado.
2. Discutem-se conceitos como reencarnação, livre arbítrio e karma como parte integral deste projeto, no qual cada alma é responsável por suas ações mesmo em estado de amnésia, e onde a sabedoria pode apagar os efeitos
1. O documento discute a distinção entre consciência e matéria a partir do dualismo de Bergson, abordando questões como a natureza da consciência, da matéria e a relação entre elas.
2. A introdução apresenta o tema e sua relevância histórica, fazendo uma análise do dualismo cartesiano como referência fundamental para o pensamento posterior.
3. O dualismo cartesiano é caracterizado pela distinção radical entre pensamento (consciência) e extensão (matéria) como atributos essenciais, exclu
1. O texto descreve o método cartesiano da dúvida, no qual Descartes questiona todas as fontes de conhecimento - autoridade, experiência sensorial e razão - para encontrar a certeza.
2. Ao duvidar de tudo, Descartes chega à conclusão de que a única coisa que pode ser certa é que ele pensa, ou seja, "penso, logo existo".
3. O método cartesiano levou à ascensão da ciência moderna ao colocar a razão acima da autoridade e questionar a natureza do conhecimento.
O documento descreve a teoria das ideias de Platão e sua Alegoria da Caverna:
1) Platão acreditava que as ideias ou formas abstratas compõem a realidade fundamental, sendo objetos do verdadeiro conhecimento e imutáveis.
2) Os objetos do mundo sensível são apenas imitações imperfeitas das ideias.
3) A Alegoria da Caverna ilustra a distinção entre o mundo sensível (caverna) e o mundo inteligível (fora da caverna), acessível apenas pelo pensamento.
1) A doutrina oficial cartesiana defende que cada pessoa é composta por uma mente e um corpo distintos, sendo a mente não-espacial e privada e o corpo público e sujeito às leis físicas.
2) A teoria sustenta que cada um tem conhecimento direto apenas dos estados mentais próprios através da introspecção, enquanto os estados mentais dos outros só podem ser inferidos.
3) O autor argumenta que esta doutrina está errada em princípio e entra em conflito com o
Semelhante a "Identidade Perdida", de Philip Dick, uma análiseepistemológica (20)
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
"Identidade Perdida", de Philip Dick, uma análiseepistemológica
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Philip K. Dick (1928-1982) e a visão de mundo implicada em "Identidade Perdida" (Flow my tears, said the policeman), publicado originalmente em 1974
Vittorio Pastelli
a. uma metafísica para Dick
A menos que se faça uma reflexão acerca dos critérios que se usam para considerar algo perceptível e, por extensão, existente no mundo, os textos de Philip Dick não farão, em princípio, sentido. Sua ontologia — talvez o melhor termo para o caso — não é aquela a que estamos acostumados e, assim, ou fazemos um esforço para reconstituir esse novo quadro (esforço que o autor jamais empreende) ou deixamos de lado suas obras como um emaranhado inconsistente de descrições, situações e personagens.
O senso comum considera o mundo como constituído das coisas que "estão lá", ou seja, o mundo existe e existe sem que um observador se faça necessário. Quando saímos de casa, não acreditamos que a casa "deixa de existir" até o momento em que voltamos para ela. Pelo contrário (aliás, muito pelo contrário, se não, para que os seguros?), acreditamos que tudo, fora de nossas vistas, permanece. Se pensássemos diferentemente, viveríamos no mundo que Borges criou em "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius", no qual o idealismo é a norma. Nesse mundo, arqueólogos não descobrem objetos, criam-nos, e assim por diante.
No fim de contas, e é isso o que conta para Borges — e para Dick, como veremos adiante —, esse mundo não teria por que ser diferente do nosso. Tudo o que ocorre aqui, ocorre lá. Apenas a explicação quanto ao que existe e ao que ocorre é diferente. Borges vai mais adiante, ao mostrar que, em tal mundo, a linguagem deveria carecer de substantivos. Afinal, se não há objetos "fixos", mas apenas percepções que formam objetos somente no momento em que desejamos (e por que desejamos?. Borges não o explica), não há como existirem substantivos, que pressupõem a existência independente daquilo que nomeiam. Assim, em Uqbar não se diz "a Lua brilhou", mas "luou".
Nosso mundo é diferente, ou, melhor, descrevemo-lo de maneira diferente. Nele, tudo existe, tudo apenas espera para ser observado. Talvez essa seja uma metafísica mais assustadora que sua oposta, na qual não existe nada fora de nós que nos
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espreite.
Mas, tirando questões mais abstratas, que, de resto, não ocorrem a ninguém a não ser filósofos que as colocam para, logo em seguida, refutá-las, como se decide que determinado objeto existe de fato? Uma boa saída seria dizer que tal decisão tácita se dá pela intersecção de percepções. Uma cadeira existe à medida que vários observadores concordam que o objeto que ocupa tal e tal posição possui tais e tais características. Naturalmente, essa parlamentação toda é desnecessária: o primeiro a ver a cadeira, senta-se; os outros ficam em pé. Mas é razoável supor que as coisas se deem assim. Algo existe como tal se, tomando o conjunto de percepções de vários indivíduos, a mesma percepção estiver em todos.
Essa reflexão traz duas questões relacionadas. Uma diz respeito à anormalidade. Quem não estiver de acordo com a maioria é tido como anormal. Anormalidade que pode se traduzir em genialidade, no caso de o indivíduo desviante conseguir convencer parcela importante de seus pares (o que não quer dizer a maioria, mas os principais) de que tem razão, ou em debilidade, no caso de o indivíduo ficar isolado em sua diferença.
A outra questão diz respeito a quanto de pessoas devem partilhar uma percepção para que o objeto em questão exista. A partir do que se disse sobre o gênio, objetos podem mesmo não existir e, pouco a pouco, serem criados. Escapar dessa criação de objetos exigiria adotar a linha na qual existiriam objetos nalgum sentido "básicos", que entrariam como blocos formadores em objetos mais complexos, estes sim passíveis de interpretação. Nessa vertente, uma discussão científica sobre se determinado objeto, por exemplo, é ou não um animal, não envolveria, numa transição, a transição de um objeto a outro, mas de uma interpretação a outra do mesmo conjunto básico. Mas, seguindo a linha de Hanson e Kuhn, é impossível, na prática, separar o "ver como" do "ver que". Não existe transição de interpretação, Existe a percepção de A e, após a conversão, a percepção de B, acompanhada do fato de que B jamais fora A.
Naturalmente, nessa linha de argumentação — ou seja, objetos existem como tais a partir do fato de que um conjunto relevante de indivíduos os veja como tais —, vem a questão de quantos e quais indivíduos contam, para conferir certificado de existência a alguma coisa.
De saída, não tem sentido considerar algo como existente apenas se todos puderem vê-lo como tal. Primeiro porque é impossível, mesmo em tese, reunir todos. Segundo porque é evidente que a percepção pode ser educada e o fato de não se
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perceber alguma coisa pode significar simplesmente falta de educação específica e não falta de objeto para ver. Assim, não se pode falar em intersecção de todos os conjuntos de percepções. No outro extremo, pode ser que o objeto exista, no início, apenas porque faz parte do conjunto de percepções de um só indivíduo (o nosso gênio). Pior: se o gênio não puder transmitir seu conhecimento a outros, se ele morrer antes de dar ao mundo sua revelação, então um objeto terá existido (e existe, se o gênio deixou algum registro dele, ainda não encontrado) sem que ele faça, no momento, parte de nenhum conjunto de percepções.
Esses limites mostram que a ideia de existência como intersecção é insustentável. Não pode ser intersecção a partir de todos e pode, no limite, ser intersecção nula.
A saída usual é considerar que, para objetos próximos (os que Quine chama de objetos de tamanho médio, a velocidade média), valem as regras da vida prática. Uma cadeira existe se todos na sala a virem como tal. Se o objeto se desviar um pouco do que se considera normalmente uma cadeira, decisões puramente práticas (para que serve? ou para que poderia vir a servir?) entrarão em cena para fechar a questão. No máximo, o novo objeto ganhará o nome de cadeira, seguido de algum adjetivo.
Para objetos distantes da vida prática, vale a opinião de especialistas. Entre esses dois domínios não existe barreira clara. Quine mostra mesmo que objetos comuns são, em certo sentido, construídos e acordados. Mas para fins práticos, existem dois núcleos distintos de objetos.
Dick propõe uma nova saída: um objeto existe se houver alguma percepção dele. Noutras palavras, existência não está ligada à ideia de intersecção, mas de união. Numa frase: tudo o que alguém percebe, existe.
Talvez, a situação do mundo real não seja muito diferente disso. Talvez o mundo real seja compatível com essa maneira de ver. Todo objeto, mesmo os médios de Quine, existem segundo uma tensão: existem se um grupo, ou se uma só pessoa, mas influente, afirma que o objeto em questão existe. Suponha um indivíduo que chegue, vestido de branco e em um bom automóvel, a uma pequena cidade. Se sua aparência estiver dentro do fenótipo da classe média e alta, ele será tido como médico. Suas ações serão todas interpretadas segundo esse ponto de partida. Se, num dia frio, ele se recusar a tomar um sorvete, isso se deverá a altas considerações e não a conselhos familiares triviais, que qualquer um ouve em casa. Mas ele pode ser apenas um paciente que se veste de branco por questões particulares (pode ter "complexo de sorveteiro") e veio se
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consultar com um grande psiquiatra que vive na cidade. O grupo da clínica psiquiátrica o vê como paciente. Ele, o objeto, é médico ou paciente? Depende de quem o estiver vendo, e da influência do grupo que emite o veredicto. No limite, mesmo o psiquiatra pode ser convencido de que o louco é, na verdade, um inspetor médico disfarçado e, assim, dependendo da negociação, o objeto se bandeia para um ou para outro grupo. Enfim , o exemplo mostra que, mesmo numa situação na qual não é exigido conhecimento profundo, um mesmo objeto pode ser visto diferentemente por grupos diferentes e, no caso de os grupos se encontrarem, não existe solução pacífica para a questão de o que seja aquele objeto ou de se ele existe (se o homem for louco, pode-se dizer que o médico não existe. Se ele for um inspetor, pode-se dizer que o louco nunca existiu, que foi uma ilusão).
Se as coisas podem ser assim (na prática, a bem da verdade, nunca o são. Apenas podem ser.), então basta que alguém muito influente perceba algo para que esse algo passe a existir. E não só para quem percebe, mas para todos os ligados a essa pessoa, pois, como dito acima, sempre está em jogo a questão do convencimento.
Contra esse pano de fundo, poder-se-ia pensar em uma droga que potencializasse essa característica. Quem a tomasse passaria a inventar coisas para si e para os outros. A questão metafísica, que só nos ocorre nas horas de depressão, sobre se existimos ou não, ganharia outra dimensão num mundo assim construído. A vida passaria a ser realmente um pesadelo. Esse é o mundo de Dick. Nele, uma droga seria capaz de pular essa fase do convencimento: se, ao tomar a droga, alguém percebe alguma coisa, então todos a percebem assim. Se a droga perde o efeito, tudo volta ao que era antes, o que não é equivalente a voltar ao normal, já que, nesse mundo, não tem mais qualquer sentido falar em situação normal.
b. enredos de ficção científica
FC é um gênero que tem por característica desperdiçar cenários. Uma trama policial, como "O gato que atravessa paredes", de Heinlein, precisa como cenário todo o universo e, como tempo de ação, toda a eternidade. Mesmo novelas menos pretensiosas abusam do direito de colocar planetas e sociedades inteiros em jogo, unicamente para decidir se A casa-se ou não com B, se A encontra ou não seu pai perdido, se A pagará ou não pelo crime de ter matado B etc., etc., etc.
Esse é um aspecto do qual se queixa Stanislaw Lem, esse descompasso entre objetivos e cenário, entre trama e suporte para trama. Lem nota que os autores de FC
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tendem a reduzir tudo a proporções caseiras. Asimov, na trilogia "Fundação", mostra como se desenvolve toda uma galáxia por séculos a fio, com os protagonistas podendo viajar de um canto a outro com naves que alcançam velocidades superiores à da luz etc., e, mesmo assim, o máximo que consegue fazer é povoar toda uma galáxia com famílias norte-americanas da década de 40. As incríveis consequências de um espaço que já não representa barreira, de um tempo que perde seu significado profundo não são de forma alguma exploradas. Tudo poderia se passar com os personagens atravessando ruas para se reunirem. Mas o toque FC exige que as ruas tenham anos-luz de largura. Logo, as faixas de pedestres têm de ser cobertas por naves espaciais que se deslocam no hiperespaço. Enfim, tudo isso são apenas nomes, nomes vazios. Nenhuma implicação mais inteligente acontece entre tecnologia e indivíduos, entre possibilidades técnicas e alterações que estas possam trazer à percepção.
Essa estreiteza justifica a crítica de Kurt Vonnegut, para quem os autores de ficção científica escrevem para adolescentes e povoam seus livros apenas com heróis adolescentes. Enfim, a FC apresenta um futuro que pode ser manejado perfeitamente por alguém do presente, sem qualquer necessidade de evolução. É curioso aqui pensar em Buck Rogers, quem, depois de um sono de 500 anos, é despertado e, em minutos, tem um plano para salvar a cidade sitiada em que se encontram seus descobridores. "Tive uma ideia", diz. E a ideia funciona. 500 anos jogados no lixo.
É nesse ponto que Dick se destaca. Ele procura fazer com que a trama aconteça entre personagens que vivem no futuro e pensam como pessoas que vivem no futuro (ou leitores que vivem em um certo tipo de mundo, de resto muito parecido com o nosso, e seguem as regras daquele mundo). Para nós, os leitores, que lemos o relatório que constitui o livro, algumas explicações das ações dos personagens parecem esquisitas, mal construídas. Mas isso se deve apenas a que elas são explicações trivialmente aceitáveis apenas para quem viva no futuro mostrado pela obra, não no nosso presente.
Essa característica acaba dotando o autor de duas leituras diferentes. Se se quiser, uma dada narração pode ser lida como um conto policial. Se não, como uma genuína peça de ficção científica. A popularidade do autor repousa nessa possibilidade de dupla leitura. Afinal, não se deve esperar que o público de FC distinga bons de maus enredos, tramas mais e menos profundas. Dick sabe preencher suas especulações com muita ação, e ação trivial, do tipo que os leitores de FC apreciam. Talvez, além dos contatos metafísicos, Dick tenha outro ponto em comum com Borges: é mais festejado
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que entendido.
Mas isso não nos deve levar a pensar que Dick é um construtor inteiramente consciente de seus artifícios. Basta ler o texto "De onde é que tiro minhas histórias", para ver que ele apenas coloca no papel coisas que para ele parecem naturais, encadeamentos exóticos que lhe parecem perfeitamente lógicos. É claro que a contrapartida dessa reflexão é que esta reconstrução possa ser vista apenas como a caridosa tentativa de salvar um autor confessadamente medíocre, criador de narrativas pobres de encadeamento e consistência. Mas, mesmo que seja assim, mesmo que essa seja apenas uma visão piedosa, o Dick reconstruído aparece como uma grande autor...
c. identidade perdida
A ação se desenvolve em 1988, 14 anos portanto no futuro, com relação à época de publicação da novela.
Os EUA são parte de um estado policial mundial. Não se fala em política. Existem apenas as pessoas que vivem normalmente, desenvolvendo-se em suas respectivas atividades, imersas num estado onde o controle sobre o cidadão é total. Mas a ninguém ocorre que tal situação é opressiva. A liberdade é um conceito que depende de época. Para esses norte-americanos do futuro, poder exercer uma atividade, ganhar a vida, divertir-se, é tudo o que se espera que o Estado forneça.
Anos antes da ação, houve uma guerra civil, movida principalmente por estudantes (cinco anos antes, dez mil foram mortos, por ordens militares, na Universidade Stanford). Agora, as universidades são campos de concentração, onde estudantes incógnitos se escondem sob os escombros do que restou dos prédios de antes. São talvez menos campos de concentração que zonas livres. A polícia os mantêm cercados, impedidos de sair, e faz vista grossa para a eventual ajuda que recebem do exterior. Punição, nesse meio, é ser mandado para campos de trabalhos forçados.
É nessa Los Angeles, de 30 milhões de habitantes, a maior cidade dos EUA, que Jason Taverner mantém um show de TV muito popular. Um dia, ao terminar o show e tomar seu carro voador, é chamado por uma ex-amante, que pede para vê-lo com urgência. Vai ao encontro dela e é atacado com uma arma que se constitui de uma gelatina com tentáculos. Esta se crava no peito de Taverner e os tentáculos começam a comê-lo por dentro.
Acorda não num hospital, como imaginara, mas num quarto de hotel mal frequentado. Percebe que está sem seus documentos e sabe que, se sair à rua sem eles,
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será inexoravelmente preso. Cidadania é igual a poder provar à polícia, a qualquer momento, que se é um homem cadastrado. Só isso.
Pede então ao porteiro do hotel que o leve a algum falsificador de documentos. Ele chega a uma moça meio louca que lhe faz um conjunto completo. Mas ela diz que é, na verdade, da polícia, que faz o que faz para poder ter seu namorado libertado e que a polícia a paga para falsificar documentos para potenciais criminosos a fim de poder persegui-los e prender seus cúmplices. Simpatiza com Taverner e retira os microtransmissores de seus novos documentos.
Mas isso não o impede de ir parar numa delegacia e de ter seus documentos presos para exame posterior. Aí entra o general Felix Buckman, que dirige a polícia de Los Angeles e se interessa por acaso por Taverner. Buckman tem uma irmã com quem mantém uma relação incestuosa, irmã que, apesar de gêmea, é a antítese de Felix: Alys é louca, desordenada, um feixe de sensações preso num eterno presente. Quando Taverner sai do prédio da polícia, Alys o leva para a casa dela e lhe oferece uma droga. Ele a toma e se sente mal. Quando vai procurar por Alys, ela está morta. Ele a vê como um esqueleto.
Taverner foge e, estranho, começa a notar que sua identidade volta. Começa a ser reconhecido na rua, as pessoas lhe pedem autógrafos etc., coisa que ontem sequer imaginava. Vive a tarde do segundo dia de sua vida de estranheza, que começara no hotel sujo, na manhã anterior. Vai para a casa da namorada, que no dia anterior não fora capaz de reconhecê-lo e lá fica sabendo que Alys está morta (que a alucinação foi apenas quanto à aparência do cadáver).
Buckman acusa Taverner da morte, mesmo sabendo que ele não é o culpado, que Alys morreu de overdose de uma nova droga. Taverner é pego e Felix vai para casa. No caminho, sente a necessidade de falar com alguém, de ser percebido. Abraça um estranho.
Dick coloca um epílogo inteiramente ad hoc, para mostrar qual o destino dos personagens: Taverner é liberado da acusação, Felix se aposenta etc.
A explicação da trama está em que Alys, tendo acesso às novas drogas experimentadas pela polícia, ingeriu uma dose de KR-3. Quando ela a tomou, fez com que Taverner passasse para um novo universo de percepção, no qual ele não existia como Jason Taverner, o famoso cantor e apresentador de TV. Todos os que participam do universo de Taverner passam com ele. Quando Alys morre, Taverner volta ao universo
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em que é conhecido, seus discos, antes em branco, começam a tocar, as pessoas o reconhecem, sua ficha reaparece nos arquivos policiais. O peso dessa explicação é o que, no fim de contas, apavora Buckman, e o leva a procurar um estranho qualquer na rua. Quer ter certeza de que existe, de que não vive o sonho de outro, a viagem de alguém mais que tomou KR-3 e o transformou num policial. A existência dessa droga destrói por completo o universo, contamina tudo o que existe, e o que não existe também. A simples existência disso faz com que identidade se torne algo sem sentido. E essa sensação é profundamente vivida pelos personagens da novela, não é apenas um suporte para uma história policial. Nisso está a grandeza de Dick.
Autores citados:
Philip Dick - Identidade Perdida
W. V.O. Quine - Word and Object
Jorge Luis Borges - Ficções
Isaac Asimov - Fundação
Kurt Vonnegut - Vários (ele faz crítica à FC em seus livros sempre que usa o personagem Kilgore Trout)
Stanislaw Lem - Microworlds