O documento discute a importância do crédito para o consumo das famílias e o crescimento econômico no Brasil. Apresenta como a taxa de juros ao consumidor é determinada pelas taxas básicas de juros definidas pelo Copom somadas aos spreads bancários, e como os spreads maiores nos bancos privados impactam o acesso ao crédito.
Inadimplência fecha setembro com a menor alta do ano: 3,84%SPC Brasil
Feirões de renegociação de dívidas e recebimento do 13º por aposentados e pensionistas contribuíram para o menor aumento da inadimplência desde janeiro
Inadimplência do consumidor sobe 2,83% e tem a maior alta para abril desde 2010SPC Brasil
De março para abril cerca de 600 mil consumidores foram negativados. Aumento da inflação e taxas de juros aliado à piora nos índices de emprego dificultam o pagamento das dívidas.
Inadimplência fecha setembro com a menor alta do ano: 3,84%SPC Brasil
Feirões de renegociação de dívidas e recebimento do 13º por aposentados e pensionistas contribuíram para o menor aumento da inadimplência desde janeiro
Inadimplência do consumidor sobe 2,83% e tem a maior alta para abril desde 2010SPC Brasil
De março para abril cerca de 600 mil consumidores foram negativados. Aumento da inflação e taxas de juros aliado à piora nos índices de emprego dificultam o pagamento das dívidas.
Dentre os indicadores macroeconômicos, a inflação é um dos que mais atrai a atenção da imprensa e do público. Dado o caráter persistente da inflação no País, muitas vezes, subjugam-se outras variáveis importantes para a economia nacional em prol do seu controle. Atualmente, o principal instrumento em posse do Banco Central do Brasil (BC) para administrar a variação dos preços é a taxa básica de juros.
A Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE) divulga os resultados do Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) dos municípios, das microrregiões, dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) e do Estado do Rio Grande do Sul referentes ao ano de 2015 e revisa a série histórica 2007-14. O Idese avalia a situação socioeconômica dos municípios gaúchos quanto à educação, à renda e à saúde, considerando aspectos quantitativos e qualitativos do processo de desenvolvimento.
Em 2017, a economia brasileira voltou a apresentar sinais positivos nas suas principais variáveis macroeconômicas, após dois anos nos quais o País atravessou a maior recessão de sua história. Assim, segundo o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou um crescimento de 1,0% em relação a 2016, sendo esse crescimento resultado do incremento tanto da produção agropecuária quanto das indústrias extrativas e de transformação. A inflação, por seu lado, foi significativamente reduzida, ficando, inclusive, ligeiramente abaixo da banda mínima estabelecida pelo regime de metas da inflação. Tal fato permitiu ao Banco Central reduzir substancialmente a taxa nominal de juros. Pelo lado do mercado de trabalho, verificou-se uma redução na taxa de desemprego e um incremento no número de ocupados. No setor externo, o País apresentou o seu maior superávit em dólares na balança comercial, enquanto a taxa de câmbio apresentou pequenas oscilações, em torno de R$ 3,2.
Parte das transformações da estrutura industrial do Brasil (e do Rio Grande do Sul), ao longo das últimas décadas, é vista como pertencente a um processo de desindustrialização. Tal processo caracteriza-se pela perda de participação da indústria de transformação na economia, pela diminuição do adensamento e perda de cadeias produtivas e pela ampliação de setores menos intensivos em tecnologia na estrutura industrial. Esse resultado reflete-se negativamente na capacidade da indústria em liderar e dinamizar o crescimento econômico. Para se analisar como essas mudanças se processaram no interior da indústria gaúcha, este trabalho procura mostrar a evolução da estrutura do valor da transformação industrial (VTI) como proxy do Valor Adicionado entre 2007 e 2015, classificando as indústrias em baixa, média-baixa, média-alta e alta tecnologia, conforme a Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A evolução dos indicadores do mercado de trabalho na Região mostra que a última década foi marcada pela redução das desigualdades entre mulheres e homens no âmbito laboral. A recessão que atingiu o País no biênio 2015-16, contudo, interrompeu esse processo, manifestando-se de forma mais intensa na elevação da taxa de desemprego entre as mulheres.
De acordo com as informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), no ano de 2017 os efeitos da crise ainda se fizeram sentir sobre o mercado de trabalho, a despeito da lenta recuperação observada nos demais indicadores de atividade econômica. O nível ocupacional continuou reduzindo-se, ainda que em ritmo menor do que observado no ano anterior, a taxa de desemprego total apresentou nova elevação, e o rendimento médio real de ocupados e assalariados manteve a trajetória de redução observada nos dois anos anteriores.
Em 2017, de acordo com as informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), o mercado de trabalho regional apresentou comportamento adverso pelo terceiro ano consecutivo. A taxa de desemprego total registrou crescimento e o nível ocupacional, retração, com a diminuição de 58 mil pessoas ocupadas. O rendimento médio real dos ocupados e dos assalariados manteve trajetória de redução,
comportamento também verificado nos últimos dois anos.
Os Indicadores de Fluxo da Educação Superior, publicados em janeiro deste ano pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), permitem um mapeamento da trajetória acadêmica do aluno brasileiro do ensino superior no período de 2010 a 2015, o chamado acompanhamento longitudinal. A construção dos indicadores é feita a partir dos dados do Censo da Educação Superior, pesquisa estatística que coleta informações de instituições, cursos, alunos e docentes, além de outros dados que permitem mensurar as características da educação superior no Brasil.
Durante os meses de verão, os municípios do Litoral Norte do RS recebem veranistas e turistas provenientes, principalmente, de outras cidades do Estado. Assim, durante esse período, é necessária uma adaptação na aplicação de recursos públicos e privados, tendo em vista o incremento significativo da população total da região.
Com base nessa necessidade, o presente relatório apresenta uma metodologia que permite estimar a série histórica mensal da população total dos municípios do Litoral Norte do Estado, além de realizar estimativas para finais de semana e feriados durante o verão, apresentando os resultados obtidos.
Um fato estilizado do período após o “grande colapso do comércio” de 2009 e a recuperação de curto prazo de 2010-11 é a “desaceleração do comércio global”. Conforme o gráfico abaixo, no período entre 2000 e 2007 o volume do comércio mundial de bens cresceu em média 6,3% ao ano, enquanto, no intervalo 2012-16, essa variação caiu para 2,2% ao ano.
Municípios industriais foram os mais afetados em ano de crise
A Fundação de Economia e Estatística (FEE) e as demais instituições estaduais, em conjunto e sob a coordenação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgam o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios para 2015 (Referência 2010).
Histórico
A série do PIB dos municípios do Rio Grande do Sul foi elaborada por uma metodologia própria da FEE até o ano de 1998. A partir de 1999, as estimativas passaram a ser desenvolvidas em conjunto pela FEE e pelos demais órgãos estaduais de estatística, sob a coordenação do IBGE.
No terceiro trimestre de 2017, contra igual trimestre do ano anterior, o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul apresentou variação nula (0,0%). Esse desempenho foi inferior ao observado no País (1,4%) para o mesmo período. Em sua composição, o Valor Adicionado Bruto (VAB) caiu 0,1%, e os impostos líquidos subiram 0,3%. No Brasil, o VAB apresentou variação positiva de 1,2%, e os impostos líquidos cresceram 2,5%. Entre as grandes atividades, a indústria do Estado apresentou queda (-2,2%), enquanto, no Brasil, cresceu 0,4%. A agropecuária gaúcha apresentou variação negativa no terceiro trimestre (6,6%), enquanto, no País, cresceu 9,1%. Já os serviços totais apresentaram variação positiva de 1,6% no Estado, enquanto, na economia brasileira, essa atividade apresentou crescimento de 1,0%.
Apresentação do Informe da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre para o mês de outubro.
Confira o conteúdo completo em https://www.fee.rs.gov.br/ped/taxa-de-desemprego-aumenta/
Os primeiros sete meses deste ano tiveram um saldo de apenas 262 empregos adicionais no mercado de trabalho formal do Rio Grande do Sul, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Essa virtual estagnação representa o prolongamento — vale dizer, a incapacidade de reação — frente à severa crise econômica, cujos efeitos eclodiram, na esfera ocupacional, no ano de 2015. Nesse ano, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), também do Ministério do Trabalho, 103,3 mil postos de trabalho com registro formal foram eliminados no Estado — redução de 3,3%, que interrompeu uma trajetória de mais de 10 anos de crescimento. Entre o final de 2004 e o de 2014, o estoque de empregos formais no mercado gaúcho havia-se elevado 41,8%, com uma expansão de 916 mil postos de trabalho.
As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), para o mês de julho de 2017, mostram elevação do nível ocupacional e redução da taxa de desemprego. O rendimento médio real referente ao mês de junho de 2017 diminuiu para o total de ocupados, os assalariados e os trabalhadores autônomos.
A partir da nova série de dados do Produto Interno Bruto dos municípios, é possível analisar o desempenho das atividades econômicas dos municípios gaúchos desde 2002 até o dado mais recente, de 2014. Neste trabalho, identifica-se qual foi a atividade de maior participação no Valor Adicionado em cada um dos 497 municípios, e, a partir disso, quais mudanças ocorreram nesse período. As atividades foram classificadas em 36 diferentes grupos, tendo sido a agropecuária aberta em 14; a indústria, em 12 (sendo nove na transformação) e os serviços foram abertos em 10. Optou-se por excluir a administração pública da análise.
Conforme abordado na Carta de Conjuntura de fevereiro deste ano, a análise dos dados da Pesquisa de Inovação (Pintec), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o triênio 2012-14, sinalizou a estagnação dos principais indicadores de inovação no Brasil e no Rio Grande do Sul. Os dados, divulgados em dezembro de 2016, foram coletados entre julho de 2015 e agosto de 2016. Nas empresas industriais, maior grupo da amostra, as taxas de inovação (produto e processo) e a taxa de intensidade inovativa (razão entre os gastos em atividades de inovação e a receita líquida de vendas) praticamente se mantiveram nos níveis do triênio anterior (2009-11).
Este segundo Informe Especial analisa a inserção da população jovem, de 15 a 29 anos, no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). A conjuntura adversa da economia brasileira, nos últimos dois anos, tem-se refletido na deterioração dos indicadores de mercado de trabalho. Nesse sentido, busca-se compreender como a crise econômica tem atingido os jovens da RMPA em termos de: níveis de emprego, desemprego e rendimentos.
Com base nos dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMPA), este Informe Especial contempla a evolução demográfica e da força de trabalho jovem, a transição da escola para o trabalho, a inserção ocupacional, os rendimentos e os níveis de desemprego para esse segmento populacional no período de 2000 a 2016, com destaque para este último ano.
1. O Longo Caminho entre o
Copom e o Consumidor
Bruno Paim
Núcleo de Estudos de Política Econômica
Centro de Estudos Econômicos e Sociais
FEE
2. Estrutura
• Papel do Consumo das Famílias para o crescimento
• Importância do Crédito
• Esgotamento do canal: Endividamento x Comprometimento
• Taxa de Juros ao Consumidor
– Taxa Básica
– Spread bancário
• Spread bancário em 2016
• Importância dos bancos públicos
3. Importância do Crédito
-10,0%
-5,0%
0,0%
5,0%
10,0%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Contribuição dos componentes da demanda para o crescimento
do PIB
Consumo das Famílias Consumo da APU Formação Bruta de Capital Fixo
Variação de Estoques Exportações Líquidas PIB
Fonte dos dados brutos: IBGE
• Papel do Consumo das Famílias para o crescimento
12. Fonte: FMI
• Problema é o comprometimento da renda com serviço da dívida?
Importância do Crédito
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
2016Q1 2016Q3 2016Q3 2016Q3 2016Q2 2016Q2 2016Q3 2016Q3 2016Q3 2016Q3
Noruega Austrália Portugal Suécia Itália Brasil Romênia Rússia Belarus Tanzânia
%
Perfil da Dívida das Famílias
Dívida das Famílias / PIB Serviço da Dívida / Renda
13. Importância do Crédito
Fonte: Banco Central
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
jan/12
mar/12
mai/12
jul/12
set/12
nov/12
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
jan/15
mar/15
mai/15
jul/15
set/15
nov/15
jan/16
mar/16
mai/16
jul/16
set/16
nov/16
Endividamento
Endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional em relação à renda acumulada dos últimos doze meseS
Endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional exceto crédito habitacional em relação à renda acumulada
dos últimos doze meses
14. Importância do Crédito
Fonte: Banco Central
0
5
10
15
20
25
jan/12
mar/12
mai/12
jul/12
set/12
nov/12
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
jan/15
mar/15
mai/15
jul/15
set/15
nov/15
jan/16
mar/16
mai/16
jul/16
set/16
nov/16
Comprometimento da Renda
Comprometimento de renda das famílias com o serviço da dívida
Comprometimento de renda das famílias com o serviço da dívida exceto crédito habitacional
15. Importância do Crédito
Fonte: Banco Central
30%
35%
40%
45%
50%
55%
60%
65%
70%
jan/12
mar/12
mai/12
jul/12
set/12
nov/12
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
jan/15
mar/15
mai/15
jul/15
set/15
nov/15
jan/16
mar/16
mai/16
jul/16
set/16
nov/16
Juros e Amortização no Comprometimento da Renda
Comprometimento de renda das famílias com juros da dívida
Comprometimento de renda das famílias com amortização da dívida
16. Taxa de Juros ao consumidor
Do que é constituída?
-
Taxa Básica
de Juros
Custo Administrativo
Impostos Inadimplência
Lucros
Spread
Bancário
Taxa de Juros ao Consumidor
17. Taxa Básica de Juros (Selic)
Por que é importante?
- Definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom)
- Representa o piso do custo de tomada por parte dos bancos
- Taxa de captação dos bancos.
10,79
7,25
11,02
14,25 14,00
-
5,00
10,00
15,00
jan/12
abr/12
jul/12
out/12
jan/13
abr/13
jul/13
out/13
jan/14
abr/14
jul/14
out/14
jan/15
abr/15
jul/15
out/15
jan/16
abr/16
jul/16
out/16
Taxa de juros - Meta Selic definida pelo Copom - %a.a. -
Média do Mês
Fonte: Banco Central
18. Taxa de Juros ao consumidor
Do que é constituída?
Fonte: Banco Central (apresentação Ilan Goldfajn, 07/02/2017)
19. Taxa de Juros ao consumidor
Do que é constituída?
Fonte: Banco Central (apresentação Ilan Goldfajn, 07/02/2017)
20. Spread Bancário
Por que é importante?
- Diferença entre o custo de captação do banco e o que ele
cobra para emprestar;
10
15
20
25
30
35
jan/12
mar/12
mai/12
jul/12
set/12
nov/12
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
jan/15
mar/15
mai/15
jul/15
set/15
nov/15
jan/16
mar/16
mai/16
jul/16
set/16
nov/16
p.p
Spread médio das operações de crédito - Pessoas físicas
Fonte: Banco Central
21. Spread Bancário
Por que é importante?
- Diferença entre o custo de captação do banco e o que ele
cobra para emprestar;
10
15
20
25
30
35
jan/12
mar/12
mai/12
jul/12
set/12
nov/12
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
jan/15
mar/15
mai/15
jul/15
set/15
nov/15
jan/16
mar/16
mai/16
jul/16
set/16
nov/16
p.p
Spread médio das operações de crédito - Pessoas físicas
Fonte: Banco Central
32. TÍTULO (CX ALTA, FONTE 28)
Subtítulo (Cx. Baixa, fonte 24)
- Item 1 (Cx. Baixa, fonte 20)
- Item 2 (Cx. Baixa, fonte 20)
O longo caminho entre o BC e o consumidor
Em momento de redução da taxa Selic:
- Não se pode contar com os bancos públicos para
reduzir spread.
- Até que ponto a queda na taxa Selic servirá para
reduzir o spread?
33. NEPE/CEES/FEE
Apresentador:
Bruno Paim (Pesquisador em Economia/FEE)
bpaim@fee.tche.br
Fundação de Economia e Estatística
Siegfried Emanuel Heuser
Rua Duque de Caxias, 1691
Centro Histórico, Porto Alegre
CEP: 90010-283
(51) 3216.9000