O livro analisa como a língua portuguesa é usada como instrumento de poder e preconceito social no Brasil. A norma culta é ditada por aqueles com poder para julgar o que é certo ou errado, e é diferente da língua falada pela maioria dos brasileiros. Isso gera frustração e baixa autoestima nas classes menos privilegiadas.
Variação linguística e preconceito na fala do ex-presidente Lula.UENP
Há muito o ensino de língua portuguesa, no Brasil, está restrito ao estudo
da variedade escrita da língua, sem considerar a oralidade e toda a sua importância no
cotidiano dos alunos. Desse modo, temos enraizado uma perspectiva reducionista em
relação à variação lingüística, pois não a tomamos como objeto de pesquisa em sala de
aula, contribuindo para uma noção preconceituosa da língua. Como todos os
brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está isento de apresentar, em
sua linguagem, variações de cunho estilístico e social. Porém, devido ao cargo de
prestígio que assume, tem sido severamente criticado por não apresentar, em
momentos de fala espontânea, um português conforme as normas arbitrariamente
estabelecidas. Balizado na Sociolingüística, o presente trabalho teve como objetivo
principal analisar as variações lingüísticas existentes no discurso do atual presidente
do Brasil, bem como o de verificar o preconceito lingüístico que o envolve. Por meio
das análises efetuadas, foi possível verificar que a linguagem humana é, inerentemente,
heterogênea e variável, demonstrando-se assim até mesmo na figura ilustre de nosso
governante.
Os caminhos da variação léxico‑semântica no Brasil, em Portugal e em MoçambiqueAlexandre António Timbane
O léxico é a face mais evidente da língua e varia ou muda sob
influência de variáveis sociais. A pesquisa discute a variação léxico-semântica na lusofonia – com especial atenção para o Brasil, Portugal e Moçambique –buscando, através da análise de corpora escritos, explicar as complexidades da língua como entidade coletiva, além de demonstrar como a variação léxico-
semântica participa na mudança. Analisando os neologismos nos Jornais “Verdade” (Moçambique), “O Liberal” (Brasil) e “Destak” (Portugal) baseando-se no Houaiss (2009), como corpus de exclusão, observaram-se diferenças lexicais
nos três países lusófonos. Concluiu-se que cada palavra ganha significado dentro da cultura; há necessidade de elaboração de dicionários para cada variedade do português, pois nenhum dicionário atende plenamente aos consulentes da lusofonia.
Toda a variação/mudança é incentivada/motivada pela cultura, pela tradição, pelo desenvolvimento econômico, tecnológico e político que se apresenta em cada lugar geográfico. A imprensa escrita lusófona consolida a criatividade lexical.
Variação linguística e preconceito na fala do ex-presidente Lula.UENP
Há muito o ensino de língua portuguesa, no Brasil, está restrito ao estudo
da variedade escrita da língua, sem considerar a oralidade e toda a sua importância no
cotidiano dos alunos. Desse modo, temos enraizado uma perspectiva reducionista em
relação à variação lingüística, pois não a tomamos como objeto de pesquisa em sala de
aula, contribuindo para uma noção preconceituosa da língua. Como todos os
brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está isento de apresentar, em
sua linguagem, variações de cunho estilístico e social. Porém, devido ao cargo de
prestígio que assume, tem sido severamente criticado por não apresentar, em
momentos de fala espontânea, um português conforme as normas arbitrariamente
estabelecidas. Balizado na Sociolingüística, o presente trabalho teve como objetivo
principal analisar as variações lingüísticas existentes no discurso do atual presidente
do Brasil, bem como o de verificar o preconceito lingüístico que o envolve. Por meio
das análises efetuadas, foi possível verificar que a linguagem humana é, inerentemente,
heterogênea e variável, demonstrando-se assim até mesmo na figura ilustre de nosso
governante.
Os caminhos da variação léxico‑semântica no Brasil, em Portugal e em MoçambiqueAlexandre António Timbane
O léxico é a face mais evidente da língua e varia ou muda sob
influência de variáveis sociais. A pesquisa discute a variação léxico-semântica na lusofonia – com especial atenção para o Brasil, Portugal e Moçambique –buscando, através da análise de corpora escritos, explicar as complexidades da língua como entidade coletiva, além de demonstrar como a variação léxico-
semântica participa na mudança. Analisando os neologismos nos Jornais “Verdade” (Moçambique), “O Liberal” (Brasil) e “Destak” (Portugal) baseando-se no Houaiss (2009), como corpus de exclusão, observaram-se diferenças lexicais
nos três países lusófonos. Concluiu-se que cada palavra ganha significado dentro da cultura; há necessidade de elaboração de dicionários para cada variedade do português, pois nenhum dicionário atende plenamente aos consulentes da lusofonia.
Toda a variação/mudança é incentivada/motivada pela cultura, pela tradição, pelo desenvolvimento econômico, tecnológico e político que se apresenta em cada lugar geográfico. A imprensa escrita lusófona consolida a criatividade lexical.
AS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA DOCENTEjesse santana
As variações linguísticas constituem, junto com o português padrão, a Língua Portuguesa do Brasil, falada por mais de 190 milhões de brasileiros (IBGE, 2010). A
diversidade de linguagem presente na população contribui para a complexidade das diferentes falas. No entanto, muitas vezes, durante o ensino da língua materna, essas diferenças são desprezadas e consideradas um desvio da norma padrão.
Através de uma pesquisa de cunho investigativo, com revisão bibliográfica de autores renomados na temática, o presente artigo busca discutir as implicações das variações linguísticas no ensino da Língua Portuguesa, nos anos iniciais de escolaridade, destacando a importância do combate ao preconceito linguístico e fundamentando epistemologicamente a influência da escola na sua propagação. Buscamos definir,
ainda, os conceitos de variação linguística e de Português padrão e apresentar os fatores que influenciam o ensino da variação linguística
http://www.ipv.pt/millenium/Millenium48/6.pdf
O multilinguismo em Moçambique e as questões de interpretação forense: a (in)...Alexandre António Timbane
A língua é um dos instrumentos de comunicação mais importantes na vida dos seres
humanos. Tanto a língua de sinais como a língua oral ou escrita desempenham um papel
importante na vida da sociedade e cada modalidade está carregada de uma dosagem cultural.
No espaço lusófono, a língua da justiça - o português - é a mais privilegiada embora não sendo a língua da maioria da população principalmente em Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa (PALOP).
AS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA DOCENTEjesse santana
As variações linguísticas constituem, junto com o português padrão, a Língua Portuguesa do Brasil, falada por mais de 190 milhões de brasileiros (IBGE, 2010). A
diversidade de linguagem presente na população contribui para a complexidade das diferentes falas. No entanto, muitas vezes, durante o ensino da língua materna, essas diferenças são desprezadas e consideradas um desvio da norma padrão.
Através de uma pesquisa de cunho investigativo, com revisão bibliográfica de autores renomados na temática, o presente artigo busca discutir as implicações das variações linguísticas no ensino da Língua Portuguesa, nos anos iniciais de escolaridade, destacando a importância do combate ao preconceito linguístico e fundamentando epistemologicamente a influência da escola na sua propagação. Buscamos definir,
ainda, os conceitos de variação linguística e de Português padrão e apresentar os fatores que influenciam o ensino da variação linguística
http://www.ipv.pt/millenium/Millenium48/6.pdf
O multilinguismo em Moçambique e as questões de interpretação forense: a (in)...Alexandre António Timbane
A língua é um dos instrumentos de comunicação mais importantes na vida dos seres
humanos. Tanto a língua de sinais como a língua oral ou escrita desempenham um papel
importante na vida da sociedade e cada modalidade está carregada de uma dosagem cultural.
No espaço lusófono, a língua da justiça - o português - é a mais privilegiada embora não sendo a língua da maioria da população principalmente em Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa (PALOP).
Variação linguística em livros voltados para professores em formaçãoUENP
Variação linguística em livros voltados para professores
em formação
Resumo:
O objetivo deste trabalho é verificar o tratamento dado à variação
linguística em materiais de ensino voltados a estudantes de um curso de
Pedagogia. O corpus é composto de dois livros de formação pedagógica a
distância. Foi possível observar que ainda existe uma noção precária e às
vezes incoerente desse assunto nos materiais analisados.
Palavras-Chave: variação linguística, formação docente, material didático.
A importância da literatura no ensino de língua estrangeiraMarcelino Franca
Estimular a leitura a partir de novas narrativas literárias mais próximas a realidade dos alunos, criando um relacionamento que parte do conhecimento de mundo deles, chegando até a literatura clássica.
Como base para esta análise foram usados textos diversos, como: A semiótica da canção de Luiz Tatit (1994), artigos da revista Sonora (UNICAMP), e o artigo da Prfa Adriana Facina da Universidade Federal Fluminense entre outros.
Este é um plano de aula de língua portuguesa, destinado ao 9º ano do ensino fundamental e ensino médio, elaborado a partir de um trabalho de análise comparativa entre o Funk e o Rap brasileiros.
Este é um projeto de análise da conversação, a partir do corpus: fim de almoço em família. Sem maiores pretensões temos apenas o intuito de vermos de forma pragmática, o que até aqui aprendemos e apreendemos.
proposta curricular da educação de jovens e adultos da disciplina geografia, para os anos finais do ensino fundamental. planejamento de unidades, plano de curso da EJA- GEografia
para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
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O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
Norma Oculta relatório
1. UNIP – Universidade Paulista – Campus Vergueiro
Faculdade de Letras
Licenciatura em Línguas Portuguesa e Inglesa
CAROLLINA TORRES– B67JCB-0
JULIETTE MILLIAU – B5887E – 5
MARCEL DIAS LÚCIO – B84782-4
MARCELINO FRANÇA – B6597D – 1
MARCELO BIRRER FUJISAKI – B6827J - 2
VICTOR HUGO CRISTO– B96561-4
Analise do livro, A norma oculta: língua & poder na sociedade brasileira.
Marcos Bagno, — São Paulo: Parábola Editora, 8ª edição 2009
SÃO PAULO 2013
2. A Norma Oculta
O livro, A norma oculta: língua & poder na sociedade brasileira (2003), de Marcos Bagno
retoma a questão do preconceito lingüístico e social, já abordado no livro com o mesmo nome
“Preconceito linguístico: o que é, como se faz (1999)”.
Basicamente, com um trocadilho entre norma culta e norma oculta, ele nos aponta para duas
questões: o uso da língua como instrumento de poder e o preconceito social e econômico no
uso do mesmo. O autor começa, questionando o sentido das nomenclaturas usadas no
julgamento dos conceitos de: certo e errado, válido e inválido, de prestigio e popular, o seu
peso semântico e social, pois há quem dita e quem segue, as regras e convenções sociais.
Então, quem tem o poder de ditar as regras, teoricamente tem o poder de usá-las como bem
quiser, direito este negado aos outros usuários das mesmas regras, seja quanto a leis ou a
língua.
Tudo isto pode estar baseado num sistema ancestral, pois, o sistema de regras das línguas,
teriam sido criados a partir do exemplo de um código legal, um primeiro conjunto de regras
(im)posto em ordem e sistematizado, de novo, por quem detém o poder. Esse conjunto de
regras, é basicamente dicotômico, ou se esta certo ou errado, sem espaço para as nuances e
variações de algo vivo e evolutivo como uma língua e seus falantes. Portanto, juízes e não
doutores em línguas ditam e manipulam as regras das mesmas e o poder por detrás delas, ao
seu bel-prazer, sem considerar os falantes, antagonizando a sua intuição lingüística criando
assim, uma sensação de frustração e falta de auto-estima as classes menos abastadas e com
menor acesso a educação.
Ele diz: “ Uma coisa que sempre surpreende as pessoas que investigam a realidade lingüística
do Brasil é a grande diferença que existe entre a norma-padrão e o português brasileiro, isto
é, entre o ideal de língua “ certa”, que vigora na mentalidade das classes privilegiadas que têm
acesso à cultura letrada, e a atividade lingüística efetiva, empiricamente observável, falada e
escrita dos cidadãos brasileiros de qualquer ponto do pais.” BAGNO M. (2003) pag. 71.
Com isso, ele nos leva em uma viagem histórica pela formação da variação da língua
portuguesa falada no Brasil, do pais e seus diversos falantes, e do sistema educacional. Ele
3. nos mostra como a variações faladas aqui, não são tão diferentes da suposta norma culta ou de
prestígio vinda de Portugal, o poder de transformação das línguas, a supressão das formas de
prestigio pelas consideradas um dia variedades estigmatizadas, por meio das forças centrípeta
e centrifuga, que geram essa dinâmica. Este processo, hoje, é catalisado com a comunicação
eletrônica. A língua, este “instrumento de interação social (...), vivo e dinâmico que participa,
interfere, influi na construção e continuação de nossa sociedade, cada vez mais complexa e
multifacetada” BAGNO M. (2003) pag. 97, é determinante na criação de uma identidade
nacional, o que pode ser um risco a quem detém o poder e lucra com isso.
Outra coisa que também fica clara, é que não podemos negar a função e importância de se ter
regras que tornem possível a comunicação e o entendimento entre a maioria dos usuários de
uma língua, mas não podemos nos prender as normas e toda a carga de preconceito que vem
com a palavra, ditadas por gramáticos sem o menor conhecimento cientifico da língua, que se
prendem em pequenos exemplos pinçados em grandes obras literárias. “ Embora,
inevitavelmente, contenha em boa medida uma descrição dos fatos lingüísticos detectáveis
numa variedade muito específica da língua (a “escrita literária”), a gramática normativa é,
antes de tudo, prescrição.” (...) não se detecta nenhuma “interferência da língua falada”.
BAGNO M. (2003) pag. 157. Ele aponta para a necessidade do reconhecimento das variações
da língua, seu estudo feito de maneira cientifica, e da consideração da gramática internalizada
dos falantes, para assim, podermos criar uma metodologia de ensino mais adequado, menos
impositivo e de inclusão. Para tanto, ele cita Modern Protuguese: a Reference Grammar.
PERINI M. A. 2002 USA, gramática revolucionária, criada para ensinar português brasileiro
para estrangeiros, e que poderia ser facilmente usada para o ensino dos nativos. “ Quanto
tempo e quanto desgaste psicológico poderiam ser poupados, quanta insegurança se evitaria,
se nas escolas brasileiras (e nas gramáticas brasileiras!) toda aquela parafernália de regras
inconsistentes e incompatíveis com a nossa intuição lingüística fosse substituída pelas regras
que de fato vigoram entre nós”, na língua falada. BAGNO M. (2003) pag. 178
Por fim, Marcos Bagno, nos mostra um painel de como os falantes das variedades chamadas
por ele de estigmatizadas, são também impedidos de diversas formas ao acesso a educação,
perpetuando o circulo vicioso, de menor letramento, menor poder econômico, menor poder de
fala, menor poder de decisão. “ Essa discriminação não dita ou implícita é que configura a
norma oculta, o disfarce lingüístico de uma discriminação que é de fato, social.” BAGNO M.
(2003) pag. 193