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do Desenvolvimento
Rural e das Pescas
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Direcção Regional
de Agricultura
do Algarve
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Noções Gerais de Rega
NOÇÕES GERAISNOÇÕES GERAIS
DE REGADE REGA
LOCALIZADA
(2ª parte)
Armindo J. G. Rosa
Patacão/Faro
(2001)
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Noções Gerais de Rega - Rega localizada
REGA LOCALIZADA
Introdução
Foi na Alemanha, em finais do século passado, e nos E U A já neste
século, que começaram as primeiras experiências utilizando tubos
porosos que se enterravam no solo, com a finalidade regar as plantas e
diminuir a evaporação.
O sistema todavia não se generalizou de imediato pois a tubagem
utilizada obstruía-se com facilidade, devido principalmente às raízes
das plantas, e resultava difícil detectar e reparar as avarias no sistema
enterrado.
Os sistemas de rega localizada mais conhecidos são os chamados gota
a gota e, tal como os conhecemos hoje, só muito mais tarde, depois da
segunda guerra mundial, se começaram a generalizar.
As primeiras tentativas bem sucedidas ocorreram em Inglaterra,
utilizando microtubos em estufas e jardins.
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Noções Gerais de Rega - Rega localizada
REGA LOCALIZADA
Introdução
Depois, já na década de sessenta, os técnicos israelitas aperfeiçoaram
os sistemas, que a partir dai, coincidindo com o desenvolvimento dos
tubos de plástico, se generalizaram um pouco por todo o mundo.
Podendo utilizar-se em variadíssimas situações, é em zonas de clima
mais seco, como o Algarve, onde a água não abunda e, não raro, tem
salinidade elevada, que estes sistemas têm tido maior incremento,
sendo hoje vulgar a sua utilização nas culturas hortofrutícolas.
Nas nossas condições, nas culturas em estufa, usam-se sistemas com
gotejadores ou fitas de rega.
Nas hortícolas de ar livre e fruteiras, em especial nos citrinos, além dos
sistemas gota a gota é igualmente comum o uso de miniasperssores.
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Noções Gerais de Rega - Rega localizada
1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA
A rega localizada consiste em colocar a água e os adubos
junto às plantas, utilizando para o efeito uma rede de tubos,
em geral de plástico, distribuídos pelo terreno a regar.
Parte destes tubos, as rampas ou tubagem de distribuição,
têm inseridos os emissores que humedecem a zona
radicular de forma lenta e pontual, infiltrando-se a água no
solo, tanto na vertical como na horizontal, o que no caso
dos gotejadores dá origem a uma zona húmida com forma
de bolbo (figura 1).
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REGA LOCALIZADA
Fig.. 1 - Bolbo húmido típico da rega gota a gotaBolbo húmido típico da rega gota a gota
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Noções Gerais de Rega - Rega localizada
1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA
A rega localizada tem bastantes vantagens, relativamente a
outros sistemas de rega.
Por vezes surgem alguns problemas, que não são propriamente
inconvenientes, derivando, na maioria das vezes, de uma
incorrecta utilização do sistema, pelo que se impõe uma
cuidada avaliação do seu funcionamento e utilização, para que
possamos tirar dele o máximo proveito.
Ao passar de um sistema de rega tradicional para um sistema
de rega localizada há que mudar também a forma de actuar.
Com estes sistemas vamos ter uma parte da zona de
crescimento das raízes permanentemente saturada de água,
intercalada com zonas muito secas, não exploradas por elas.
Isto implica que as raízes se desenvolvem menos, e nessas
manchas húmidas temos que concentrar a aplicação da água e
dos elementos nutritivos.
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Noções Gerais de Rega - Rega localizada
1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA
Assim as regas devem ser frequêntes, diárias ou cada
dois três dias, aplicando apenas as quantidades de água
correspondentes às necessidades hídricas da cultura,
dado a eficiência de rega ser muito elevada.
Esta forma de actuar, que permite regar muitas vezes
aplicando baixas dotações em cada rega, evita perdas por
evaporação e drenagem, estas últimas de temer em
especial nos solos arenosos ou pouco profundos, bem
como os problemas de asfixia radicular que por vezes
surgem nos solos mais pesados, com excesso de água e
carência de oxigénio.
Um correcto manuseamento da rega localizada implica
também uma mudança em relação à adubação, em
especial com os adubos azotados.
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Noções Gerais de Rega - Rega localizada
1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA
Assim, por principio, sempre que se rega aduba-se.
A chamada fertirrigação, ao possibilitar adubar muitas
vezes, de forma fracionada, evita a concentração de sais no
solo, as perdas por drenagem e possibilita à planta
absorver os elementos nutritivos de forma gradual, de
acordo com as exigências de cada fase do seu ciclo
cultural.
Acrescente-se ainda que a manutenção do solo, na zona de
desenvolvimento radicular, a um nível de quase saturação
diminui o esforço da planta no seu trabalho de absorção, de
água e nutrientes, devido ao baixo valor de tensão da água
retida pelo solo.
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1.1 - Vantagens da rega localizada
Comparado com outros sistemas, tanto tradicionais como
por aspersão, a rega localizada proporciona uma
significativa poupança de água, que em alguns casos
atinge os 50 % ou mesmo mais, sendo esta talvez a
característica que mais contribuiu para o grande
incremento que estes sistemas tiveram em regiões como a
nossa, onde a água é um bem a preservar visto não existir
em abundância.
Todavia muitas mais vantagens se podem obter, instalando
um bom sistema de rega localizada, sendo de destacar as
seguintes:
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1.1 - Vantagens da rega localizada
a) Vantagens comuns à generalidade dos sistemas
- Possibilidade de instalação em qualquer tipo de terreno,
tanto no que respeita à topografia como à textura ou
espessura do solo.
- Facilidade de dosificação da água e adubos a fornecer à
cultura;
- Possibilidade de realizar regas e adubações a qualquer
hora do dia e em simultâneo com outras operações tais
como podas, colheitas, tratamentos fitossanitários etc.;
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1.1 - Vantagens da rega localizada
a) Vantagens comuns à generalidade dos sistemas
- Menor tendência de aparecimento de infestantes, dado
que só se molha uma parte do solo;
- Redução da mão de obra necessária à utilização e
manutenção do sistema de rega;
- Permite utilizar equipamentos de bombagem e acessórios,
com menores potências e capacidades, visto estes
sistemas se caracterizarem por trabalhar com baixas
pressões e caudais;
- Em consequência das plantas terem, a cada instante,
satisfeitas as suas necessidades em água e nutrientes,
consegue-se aumentar a quantidade e qualidade das
produções.
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1.1 - Vantagens da rega localizada
b) Vantagens dos sistemas gota a gota
- O vento não interfere no sistema de rega, como na rega por
aspersão, e as perdas por evaporação, escorrência ou drenagem são
diminutas;
- Possibilidade de regar com águas em que o valor da condutividade é
mais elevado que o recomendado para os sistemas tradicionais ou por
aspersão e em solos com maiores índices de salinidade, devido ao
facto do solo, por estar sempre húmido, não atingir na sua solução
concentrações tão elevadas;
Isso não seria possível se o solo intercalasse, estados de secura com
a quase saturação, ou se a água molhasse a folhagem;
- Em solos com pouca permeabilidade e declive acentuado, a gota a
gota é preferível à miniaspersão, pois o baixo ritmo de descarga
diminui o escorrimento superficial.
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1.1 - Vantagens da rega localizada
c) Vantagens dos sistemas de miniaspersão
- Possibilidade de controlar o diâmetro da área
humedecida, actuando sobre a trajectória do
miniaspersor, de maneira a aumentar a área regada em
função do crescimento das plantas;
- Permite incrementar a zona de desenvolvimento das
raízes em solos arenosos;
- Em climas de inverno chuvoso e verão seco, a planta
fica menos sujeita às variações de húmidade nos solo,
que em determinadas condições podem conduzir ao
atrofiamento de algumas raízes na zona não regada;
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1.1 - Vantagens da rega localizada
c) Vantagens dos sistemas de miniaspersão
- Aquando da ocorrência de ventos aumenta a
estabilidade das plantas adultas, dado que as raízes se
estendem por uma área mais vasta do que na rega gota a
gota;
- Em situações de árvores com sistema radicular pouco
profundo, possibilita a obtenção uma maior área
molhada, que em certas situações pode ser vantajosa;
- Em dias quentes e de baixa húmidade, os
miniaspersores permitem baixar a temperatura e
aumentar a húmidade do ar.
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1.2 - Inconvenientes e problema s a resolver
Embora de pouca monta, em comparação com as
vantagens, persistem todavia alguns problemas que
devem ser levados em conta na hora de optar pela
instalação de um sistema de rega localizada.
Deste modo chama-se a atenção para o seguinte:
- Ainda hoje o preço é relativamente elevado pelo que não
se poderá aplicar a todas as culturas, nomeadamente às
extensivas, sendo de aconselhar que se estude
previamente a rentabilidade do sistema, em função da
cultura e condições especificas de cada situação;
- Os emissores podem obstruir-se por acção de partículas
físicas ou devido aos sais, contidos ou ministrados à
água, pelo que o um uso incorrecto do sistema pode
ocasionar danos irreparáveis, à cultura e ao sistema;
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1.2 - Inconvenientes e problema s a resolver
- Exigem-se equipamentos de muito boa qualidade e uma
vigilância e manutenção atentas, de modo a evitar falhas
do sistema;
- A utilização de nutrientes, com fósforo ou cálcio, exige
cuidados especiais sob pena de obstruir os emissores;
- Dificuldades com a utilização de águas turvas ou com
algas;
- Exige-se que o projecto de instalação seja bem
dimensionado pois de contrario será impossível uma
correcta homogeneidade na distribuição da água e
adubos;
- Origina concentrações elevadas de sais nas zonas de
separação do solo seco e molhado;
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1.2 - Inconvenientes e problema s a resolver
- Exige-se um bom sistema de filtragem da água e
soluções nutritivas a aplicar;
- Existe o perigo de proliferação de algumas pragas ou
doenças, na zona saturada junto aos emissores. A
tubagem e fitas de rega podem ser atacadas por ratos ou
grilos;
- Nos pomares adultos o uso de rega gota a gota, ao
localizar a água e os adubos ao longo de uma estreita
faixa, permanentemente humedecida, conduz ao
atrofiamento das raízes, diminuindo por consequência a
sua resistência e estabilidade, em dias de ventania;
- Maiores exigências em relação à qualificação dos
utilizadores.
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2 - Componentes principais de um sistema de
rega localizada
Um sistema de rega localizada consiste num conjunto de
equipamentos e acessórios que possibilitam uma
distribuição uniforme da água e adubos, a ela
incorporados.
Estes sistemas funcionam a baixas pressões, entre 0.5 e
2.5 Kg/cm2, aplicando a água ao solo de forma lenta e
pontual, formando-se nele um volume de terra húmida
com a forma de bolbo, cuja forma depende do débito do
gotejador, do tempo de rega e da textura do solo (figuras 2
e 3).
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2 - Componentes principais de um sistema de rega
localizada
Fig.. 2 - Diferentes formas do bolbo húmido, numDiferentes formas do bolbo húmido, num
mesmo solo, e para idênticosmesmo solo, e para idênticos tempos de rega, mastempos de rega, mas
com diferentes débitos do gotejadorcom diferentes débitos do gotejador
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2 - Componentes principais de um sistema de rega
localizada
Fig. 3 - Diferentes formas do bolbo húmido em função do tipo de soloDiferentes formas do bolbo húmido em função do tipo de solo
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2 - Componentes principais de um sistema de rega
localizada
Um sistema de rega localizada deve incluir os seguintes
elementos:
- Fonte de água sob-pressão
- Cabeçal de rega
- Rede de distribuição
- Emissores
- Acessórios de ligação
- Equipamentos de controle e regulação
- Elementos de segurança
- Acessórios diversos
- Equipamento para estimar as necessidades de rega
- Automatismos
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2 - Componentes principais de um sistema de rega
localizada
Fig. 4 - Cabeçal de rega localizadaCabeçal de rega localizada
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2.1) Fonte de água sob pressão
A água que vai circular na rede de distribuição necessita uma
determinada pressão.
• O valor desta pressão, depois de deduzidas as perdas de carga ou os
ganhos, devidos a desníveis do terreno, deve ser igual à pressão
exigida para o bom funcionamento dos emissores;
• Dependendo do tipo de emissor ou do débito pretendido, a pressão
pode oscilar, como referimos anteriormente, entre os 0.5 e os 2.5
Kg/cm2;
• Uma barragem ou um tanque de rega, situados numa zona elevada,
são por vezes suficientes para proporcionar a pressão exigida ao
sistema de rega;
• Se assim não for temos que instalar uma bomba que forneça a água
com as pressões e caudais exigidos para um bom funcionamento do
sistema;
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2.1 - Fonte de água sob pressão
• Neste caso podemos optar por uma eletrobomba ou por uma bomba
acionada com um motor diesel, caso não disponhamos de energia
eléctrica;
• Em qualquer das situações a escolha deve ser precedida de uma
análise cuidada, com vista a obter o máximo rendimento com um
mínimo de custos;
• Em principio, sempre que possível, é de optar por bombas acionadas
eletricamente. Estas bombas são mais limpas, de fácil manutenção e
têm um rendimento bastante elevado;
• No caso da água a bombear provir de um poço pouco profundo, ou
mesmo de um tanque não muito elevado, em geral usam-se bombas de
turbina, com impulsor fechado e eixo horizontal (foto 1).
• Se a fonte de água é um furo, situação muito comum no Algarve, o
mais aconselhável é instalar uma bomba eléctrica submersível (foto 2).
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2.1 - Fonte de água sob pressão
Foto 1 - Bomba de eixo horizontal com
impulsor fechado
Foto 2 - Bomba eléctrica
submersível
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2.1- Fonte de água sob pressão
• Caso não se disponha de energia eléctrica, podemos utilizar uma
bomba de eixo vertical (figura 5), a qual pode ser acionada por um
motor diesel, ou em caso de emergência, pelo próprio tractor da
exploração.
• Em qualquer dos casos a bomba a eleger deve ser escolhida de
acordo com o caudal e a pressão a que vamos trabalhar.
• Relativamente à pressão é bom não esquecer que esta é a soma do
valor necessário ao funcionamento dos emissores, mais as perdas
de carga na rede, mais a diferença geométrica (entre o nível da água
e o local de saída).
• Deve ainda atender-se ao rendimento da bomba, procurando que
para os valores (Q - H) escolhidos, o rendimento h seja o mais
elevado possível, já que isso é economicamente representativo,
visto que com uma menor potência de motor (W) podemos obter um
valor mais elevado de (Q * H), como facilmente se comprova pela
equação seguinte:
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2.1- Fonte de água sob pressão
Fig.. 5 - Bomba deBomba de
eixo verticaleixo vertical
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2.1 - Fonte de água sob pressão
Q * H
W = --------- onde :
270 * h
W = Potência, em cavalos vapor (C.V.)
Q = Caudal, em metros cúbicos por hora (m3 / h)
H = Pressão ou altura manométrica, em metros de coluna de água
(m.c.a.)
h = Rendimento em %
• A partir desta fórmula podemos deduzir também os valores de Q,
H e h, desde que os restantes sejam conhecidos.
• Tal facto permite não só o estudo de situações futuras, como
ainda verificar se as bombas já instaladas, estão a funcionar de
forma correcta.
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2.1 - Fonte de água sob pressão
• Assim, por exemplo, se o caudal (Q) da bomba fosse de 20 m3/h à
pressão (H) de 20 m.c.a. com um motor com 20 C.V. de potência
(W), tínhamos um rendimento (h) de apenas 7.4 %, valor
considerado demasiado baixo, uma vez que em condições normais
se deve aspirar a valores da ordem dos 70 % ou mesmo superiores.
• As bombas seleccionam-se facilmente quando se dispõe de
gráficos com as curvas de funcionamento.
• Estas curvas relacionam o caudal (Q) e a pressão (H).
• Para uma escolha mais fundamentada os catálogos devem incluir
também as curvas de rendimento (ηηηη) para cada ponto (Q * H)
escolhido.
• Igualmente é possível dispor no mesmo gráfico de uma curva, em
geral incluída na sua parte inferior, que nos indica a potência
exigida ao eixo da bomba para cada valor (Q * H), (figura 6).
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2.1 - Fonte de água sob pressão
Fig.. 6 - Curvas de funcionamento de uma bombaCurvas de funcionamento de uma bomba
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2.2 - Cabeçal de rega
Neste conjunto incluem-se vários aparelhos e
mecanismos que possibilitam a chegada da água
aos ramais de rega em condições de ser
distribuída pelos emissores.
O cabeçal deve pois possibilitar a execução de
certas operações como sejam o controle da
pressão e do caudal, a filtragem, a incorporação
de adubos e o tratamento químico da água,
sempre que isso se justifique.
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2.2 - Cabeçal de rega
Em geral só se utiliza um cabeçal de rega,
localizado normalmente à saída do furo ou
tanque.
No caso da exploração ser dividida em sectores
poderá resultar vantajoso a instalação de
cabeçais secundários em cada um deles, de modo
a melhor controlar algumas operações.
No cabeçal poderão ainda instalar-se aparelhos
que possibilitem automatizar a totalidade ou parte
das operações de rega.
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2.2.1 - Filtros
Os filtros são elementos muito importantes num sistema
de rega localizada e deles depende, em grande medida, o
êxito ou o fracasso de toda a instalação.
São eles que retêm as partículas sólidas, misturadas na
água de rega, evitando assim o entupimento dos
emissores e outros órgãos sensíveis do sistema.
Refira-se que os filtros não evitam os entupimentos de
ordem química, devidos à aplicação de alguns adubos, ou
à má qualidade da água, assunto que será tratado noutro
capítulo.
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2.2.1 - Filtros
As principais características que estes elementos devem reunir são:
- Capacidade para filtrar o caudal de água exigido pela instalação;
- Perdas de carga relativamente baixas;
- Facilidade de limpeza;
- Intervalos entre limpezas o mais longos possível;
- Baixos custos de instalação e manutenção;
Uma instalação pode necessitar de um ou mais filtros, tudo
dependendo da qualidade da água e da maior ou menor sensibilidade
dos emissores ao entupimento.
Os filtros diferenciam-se entre si, não só pela sua concepção básica,
como também pelo tipo de partículas que podem reter, pelos
materiais de que são construídos etc.., podendo agrupar-se do
seguinte modo:
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2.2.1 - Filtros
Filtros de pré-limpeza
• A pré-limpeza da água consiste num conjunto de
operações e cuidados, com vista a uma primeira
separação dos corpos estranhos existentes na água, e
realiza-se sempre antes da mesma chegar ao cabeçal de
rega;
• Assim, se a água provem de uma barragem, de um rio,
ou de um ribeiro é conveniente instalar um decantador
que faça uma primeira separação das areias, calhaus e
outros elementos grosseiros;
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2.2.1 - Filtros
Filtros de pré-limpeza
• No caso da água se armazenar em tanques é
aconselhável fazer a tomada de água um pouco acima do
fundo, e de preferência a partir de um depósito rústico
cheio de gravilha, ou outro material poroso, com
suficiente volume, para deixar correr livremente o caudal
exigido pela rede de rega;
• Este depósito deverá ser protegido com uma rede, com
possibilidade de desmontagem para limpeza;
• Também se recomenda tapar tanques e poços, para
evitar a entrada de poeiras e a formação de algas, as
quais, são de difícil eliminação e entopem rapidamente os
filtros comumente utilizados;
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2.2.1 - Filtros
Filtros hidrociclone
Estes filtros utilizam-se quando há grandes
concentrações de areias na água;
Basicamente constam de um recipiente côncavo em
forma de cone invertido (figura 7), com um orifício de
entrada e outro de saída da água;
No seu interior a água adquire um movimento rotativo,
tangencial às paredes, que dá origem a um violento
remoinho, o qual obriga as partículas sólidas, mais
pesadas, a depositar-se no fundo, onde existe um
depósito que se limpa periodicamente;
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2.2.1 - Filtros
Filtros hidrociclone
Fig. 7 - Filtro hidrociclone
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2.2.1 - Filtros
Filtros hidrociclone
São filtros que, mesmo os de menor capacidade, permitem
tratar elevados caudais possibilitando a eliminação de
mais de 95% das partículas sólidas arrastadas pela água;
Em geral são instalados antes do cabeçal de rega, logo a
seguir à bomba;
Baseados no mesmo sistema de funcionamento existem
também filtros de malha, para instalação no cabeçal de
rega, que se caracterizam por ser autolimpantes e
actuarem conjugando o efeito de hidrociclone com os de
um normal filtro de malha;
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2.2.1 - Filtros
Filtros de areia
• São constituídos por um depósito metálico, em geral
cilíndrico, em aço inox ou recoberto interiormente por um
material anticorrosivo (foto 3);
• O seu interior é formado por camadas de gravilha e areia,
de um ou mais tamanhos, segundo os modelos, actuando
a areia como elemento filtrante e a gravilha como suporte;
• A água a filtrar entra pela parte superior, atravessa as
camadas de areia e gravilha, onde ficam retidas as
partículas sólidas e sai por uma abertura na parte inferior
do depósito;
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2.2.1 - Filtros
Filtros de areia (foto 3)
EntradaEntrada
de águade água
Saída deSaída de
limpezalimpeza
Saída água filtradaSaída água filtrada
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2.2.1 - Filtros
Filtros de areia
• Para limpeza faz-se a água circular em sentido contrário,
tendo o cuidado de utilizar água limpa. Por esse motivo é
conveniente montar não um mas, no mínimo, dois filtros
de areia em paralelo e, à saída de cada um, um filtro de
malha;
• Os filtros de areia são bastante volumosos, pesados,
relativamente mais caros que os de malha ou lamelas,
além de provocarem elevadas perdas de carga;
• São no entanto absolutamente necessários no caso de
águas com elevados teores em elementos finos, algas ou
matérias orgânicas;
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2.2.1 - Filtros
Filtros de malha e lamelas
• Os filtros de malha são os mais conhecidos e utilizados, na nossa
região, aparecendo no mercado os mais variados modelos (foto 4);
• Têm o inconveniente de ser pouco efectivos quando a água contem
matéria orgânica muito fina, microorganismos e partículas de
dimensões coloidais;
• O corpo em material anticorrosivo, leva no seu interior um cartucho,
composto por uma ou mais redes de malha, formando cilindros
concêntricos de aço inox ou material plástico;
• Se existirem várias malhas, elas têm diferentes diâmetros, de
maneira a que a separação das partícula se processe por fases,
circulando a água de modo a atravessar primeiro as mais largas;
• As redes utilizadas têm geralmente malhas com diâmetros entre 30
e 200 mesh;
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2.2.1 - Filtros
Filtros de malha e lamelas (foto 4)
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2.2.1 - Filtros
Filtros de malha e lamelas
• A unidade de medida "mesh" representa a densidade de malhas por
polegada quadrada, sendo portanto as malhas tanto mais finas quanto
maior o número de "mesh".
• Assim um filtro com elevado número de "mesh", retém partículas
mais pequenas que outro com poucas mesh, mas em contrapartida
suja-se mais rapidamente que este.
• A escolha de filtros com mais ou menos malhas, depende de vários
factores, entre eles e em especial o gotejador, pelo que deverá ser
consultada a firma fornecedora sobre a densidade de malhas (nº de
mesh) mais aconselhável para cada situação.
• Na falta de mais informação, refira-se que as malhas devem ter 1/10
do tamanho dos orifícios dos emissores, ou seja se os gotejadores
tiverem orifícios de 1mm de diâmetro, o filtro deverá ser formado por
malhas com 0.1 mm (155 mesh) (Quadro I).
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2.2.1 - Filtros
Filtros de malha e lamelas
QUADRO I
Relação entre o nº de "mesh" e a dimensão das malhas
Nº de
“mesh”
10
20
30
50
75
120
155
200
450
Dimensão das
malhas (mm)
1.50
0.80
0.50
0.30
0.20
0.13
0.10
0.08
0.022
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2.2.1 - Filtros
Filtros de malha e lamelas
• Na rega localizada em geral não se utilizam filtros com mais de 155
mesh. Filtros com 200 ou mais "mesh", sujam-se rapidamente, exigindo
por isso limpezas frequêntes .
• Em geral só se usam malhas mais apertadas em casos muito
específicos e com águas bastante limpas.
• Por vezes é vantajoso que além dos filtros do cabeçal, se coloquem
filtros de menor capacidade, com malhas mais apertadas, à entrada de
cada sector, o que nos dá maiores garantias e evita limpezas tão
frequêntes dos filtros principais.
• No nosso mercado aparecem também os chamados filtros de lamelas,
em que a rede de malha é substituída por discos de plástico com
ranhuras, (foto 5).
• O seu uso é idêntico ao dos filtros de malha.
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2.2.1 - Filtros
Filtros de malha e lamelas (foto 5)
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2.2.1.1 - Instalação e utilização de filtros
Na maioria dos casos é necessário recorrer a mais que um tipo de filtro, para
uma eficaz limpeza da água de rega, sendo freqüente a combinação de filtros
de areia com filtros de malha e, por vezes, também sistemas de pré filtragem.
Os princípios básicos a ter em atenção na escolha dos filtros são os seguintes:
- Com águas de profundidade utilizar filtros de malha
- Com águas se superfície fazer uma dupla filtração, usando filtros de areia
seguidos de filtros de malha.
- No caso das águas com argilas e limo muito fino, que não ficam retidas nos
filtros de malha e só em pequenas quantidades nos de areia, será necessário
instalar sistemas de pré-filtragem para decantação das águas.
- Em águas onde seja grande a concentração de areias, antes do cabeçal,
instalar um filtro hidrociclone.
- Realizando a fertirrigação é aconselhável instalar o adubador entre o filtro de
areia e o de malha, ou instalar um pequeno filtro de malha à saída do adubador.
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2.2.1.1 - Instalação e utilização de filtros
Resumindo, a ordem de instalação dos filtros será:
1º - Sistemas de pré filtragem
2º - Filtros hidrociclone
3º - Filtros de areia
4º - Filtros de malha
5º - Filtros de malha a seguir ao adubador
• A utilização de um ou mais filtros deve ser ponderada,
caso a caso e de acordo com as necessidades, dado que
a instalação de vários tipos de filtros, se desnecessária,
só servirá para encarecer a instalação e provocar perdas
de carga na rede;
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2.2.1.1 - Instalação e utilização de filtros
• Na escolha dos filtros devemos ainda ter em atenção que os
caudais indicados para cada filtro são geralmente referidos para
águas limpas;
• O mesmo se passa em relação à perda de carga, entre a entrada e
a saída do filtro;
• Assim sendo, como norma de segurança, deve trabalhar-se não
com o caudal máximo, calculado para águas limpas, mas sim com
um caudal não superior a 50% desse valor;
• Deste modo em vez de um filtro único, que no caso de grandes
caudais seria bastante volumoso, o ideal será adquirir dois ou
mesmo mais filtros, com capacidade para filtrar o dobro do caudal
previsto, o que como também já referimos, tem a vantagem de
possibilitar a limpeza dos filtros com água limpa;
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2.2.1.2 - Manutenção e limpeza dos filtros
Filtros sujos afectam a pressão e o caudal disponíveis na rede de
rega, podendo em casos extremos levar à rotura das malhas em
alguns tipos de filtros, bem como a uma diminuição da qualidade da
água.
A frequência das limpezas depende do grau de sujidade das águas,
do volume de água a filtrar, do próprio filtro pois, como já vimos, as
malhas muito apertadas sujam-se mais rapidamente, etc...
Na prática, e caso os factores acima referidos sejam constantes ao
longo do tempo, podemos ao fim de certo período aferir qual o
número de dias ou horas, ao fim dos quais se faz a lavagem dos
filtros.
Para maior seguridade o ideal será colocar manómetros, à entrada e
à saídas dos filtros, fazendo a limpeza sempre que a diferença de
pressões, descontadas as perdas de carga relativas ao próprio filtro,
seja superior a 300 g/cm2.
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2.2.1.2 - Manutenção e limpeza dos filtros
• Na grande maioria dos casos a limpeza faz-se por inversão do
sentido da corrente, pelo que nestes casos será útil a instalação de
dois ou mais filtros em paralelo, para que a lavagem se faça sempre
com água limpa.
• Nos filtros de malha ou lamelas, ao fim de algum tempo, além
destas limpezas de rotina, é conveniente fazer uma limpeza mais
profunda lavando manualmente as redes ou discos, se necessário,
com o auxilio de uma escova.
• Refira-se também que estas operações de limpeza se podem
automatizar, utilizando para o efeito filtros autolimpantes, já
pensados com essa finalidade ou instalando no sistema válvulas
eléctricas que podem ser comandadas a partir de programadores de
rega mais ou menos sofisticados.
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2.2.2 - Adubadores
Vimos já que uma das vantagens da rega localizada
reside na possibilidade de efectuar a fertilização em
simultâneo com a rega.
Com esse objectivo instalam-se no cabeçal, ou em
distintos sectores de rega, adubadores que permitem
incorporar à água de rega os elementos nutritivos de que
as plantas carecem.
Estes equipamentos possibilitam ainda a incorporação
de fungicidas, nematodicidas, herbicidas, ácidos para
limpeza do sistema, etc.. bastando para tal que sejam
solúveis na água de rega.
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2.2.2 - Adubadores
Daqui resultam numerosos benefícios tais como:
- Distribuição uniforme e controlada de elementos
nutritivos e outros produtos incorporados à água;
- Reduzida acumulação de sais no terreno, devido às
baixas doses de adubo aplicadas em cada rega;
- Rapidez na assimilação dos elementos nutritivos pelas
plantas;
- Menores encargos em mão de obra devido ao facto
destas operações serem simultâneas à rega;
- Possibilidade de dosificar adubos, ácidos, pesticidas
etc, em proporção com o volume de água ;
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2.2.2 - Adubadores
Com vista a uma escolha cuidada, do equipamento mais
adequado a cada situação, a instalação destes
elementos, deve ser precedida de um estudo prévio que
tenha em atenção um conjunto de factores, de que
destacamos:
- Prevenir a ocorrência de corrosão do equipamento de
rega
- O método de incorporação dos adubos na água de rega
- O volume de solução fertilizante a incorporar
- A concentração da solução fertilizante
- A capacidade dos depósitos ou tanques de fertilização
- A precisão necessária das doses a injectar
- A pressão na rede de rega
- A existência ou não de electricidade
Os adubadores podem dividir-se nas seguintes classes:
- Tanques de fertilização
- Adubadores tipo Venturi
- Injectores ou dosificadores
a) - Tanques de fertilização
São constituídos por um depósito hermeticamente fechado,
no interior do qual se coloca a solução nutritiva.
• Este depósito pode ser metálico, plástico ou em fibra de
vidro e deve estar preparado para resistir a pressões até 5 a
6 kg/m2, bem como à corrosão, dos produtos (adubos,
ácidos etc..) utilizados (foto 6);
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2.2.2 - Adubadores
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2.2.2 - Adubadores
a) - Tanques de fertilização
Foto 6 - Tanque de fertilização rústicoTanque de fertilização rústico
• A instalação do adubador faz-se em paralelo, com a tubagem
principal da rede de rega, mediante uma ligação designada por "by-
passe”;
• Na maioria dos modelos existem dois tubos na parte superior;
• Um deles, que desce até ao fundo do despósito, proporciona a
entrada da água tangencialmente às paredes, provocando um
movimento de rotação que ajuda a dissolver os adubos;
• O outro tubo, que serve para saída da solução nutritiva, penetra
apenas alguns centímetros no interior do depósito;
•A saída de mais ou menos adubo consegue-se fechando, mais ou
menos a torneira do "by-passe", intercalada entre a entrada e a saída
do adubador;
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2.2.2 - Adubadores
a) - Tanques de fertilização
• Alguns fabricantes fazem acompanhar o adubador de um gráfico
onde, entrando com a diferença de pressão, à entrada e à saída do
depósito, se calcula a quantidade de solução fertilizante incorporada
à água de rega;
• A colocação de um corante ou adubos que vão colorir a solução
nutritiva e um tubo de plástico transparente à saída, também ajudam a
reconhecer o momento em que todo o adubo foi incorporado à água
de rega;
• Outro processo mais rigoroso consiste em medir a condutividade da
água e ir verificando, até que as medições efetuadas depois da saída
do adubador voltem ao valor inicial;
• Estes adubadores são fáceis de utilizar mas são pouco rigorosos,
dado que a concentração de adubo na água de rega vai diminuindo ao
longo da mesma, não sendo por isso possível uma aplicação
uniforme dos adubos.
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2.2.2 - Adubadores
a) - Tanques de fertilização
Nos adubadores que utilizam o principio de Venturi, a água entra num
tubo, que sofre um estrangulamento, imediatamente antes do ponto de
ligação à tubagem de aspiração da solução fertilizante (figura 8 );.
• Este estrangulamento, dá origem a uma elevação da pressão à entrada
e a um abaixamento à saída, que provoca a sucção do liquido contido
no depósito;
• A sucção dos adubos pode ser doseada, variando o diâmetro do
estrangulamento, e é tanto maior quanto mais elevado o caudal que
passa no Venturi;
• Os modelos mais simples e económicos, não têm depósito
incorporado, e consistem numa peça compacta, em forma de cruzeta,
que se intercala na tubagem principal, reunindo numa só unidade todos
os elementos de regulação e controlo necessários para provocar o
efeito de Venturi .
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2.2.2 - Adubadores
b) - Adubadores Venturi
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2.2.2 - Adubadores
b) - Adubadores Venturi
Rede rega
Solução
Mãe
1) Torneira
2) Válvula de retenção
3) Filtro
Figura 8 - Esquema adubador Venturi
• Os modelos que permitem maior rigor dispõem de um depósito para
os adubos, onde se insere depois o Venturi, com dispositivos que
possibilitam estabelecer diferentes concentrações de adubo na água
de rega (foto7);
• Como inconvenientes, apontam-se o facto de provocarem elevadas
perdas de carga e exigirem, para um funcionamento correcto,
caudais relativamente elevados;
• Também se aponta a exigência de adubos líquidos, ou sólidos bem
dissolvidos e sem impurezas, sob pena de se entupirem com
frequência, impedindo a sucção.
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2.2.2 - Adubadores
b) - Adubadores Venturi
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2.2.2 - Adubadores
b) - Adubadores Venturi
Foto 7 - Adubador Venturi, com depósitoAdubador Venturi, com depósito
incorporadoincorporado
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2.2.2 - Adubadores
c) - Injectores ou dosificadores
Estes adubadores utilizam o sistema de bombas injectoras, mediante
as quais se pode regular com precisão o caudal da solução nutritiva a
injectar na rede de rega.
Ao contrário dos tanques de fertilização e de alguns modelos venturi,
os injectores de adubo, não trazem depósito incorporado, podendo
adaptar-se a qualquer recipiente, resistente à acção corrosiva dos
produtos a utilizar, e cuja capacidade depende do volume da solução a
injectar.
Dentro das bombas injectoras temos as que funcionam com pequenos
motores eléctricos e permitem injectar a solução fertilizante a débito
constante, independentemente do débito na rede principal.
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• Nestes casos as bombas são em geral de membrana, exigindo baixas
potências pois, ainda que a pressão de injecção entre 5 e 15kg/cm²,
tenha que ser sempre superior à da rede, os caudais são baixos,
variando entre os 20 a 250 l/h ;
• Nestes adubadores, é possível regular o caudal com a bomba em
marcha, actuando sobre um parafuso que roda sobre uma escala
graduada.;
• Possibilitam ainda adubar com elevada precisão e são fáceis de
automatizar.
• Têm como principal inconveniente, para lá do custo elevado, a
exigência de energia eléctrica para o seu funcionamento;
2.2.2 - Adubadores
c) - Injectores ou dosificadores
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Outros sistemas utilizam a própria pressão da água, para accionar
hidraulicamente bombas de pistões, que promovem a injecção dos
adubos.
De entre os aparelhos que funcionam por acção da água sob pressão,
damos preferência aos que injectam a solução em função do caudal.
• Nestes casos a solução fertilizante é injectada proporcionalmente ao
caudal da rede, obtendo-se a cada momento a mesma concentração de
adubo independentemente das oscilações que possam ocorrer, no
caudal ou na pressão, da rede de rega;
• Dependendo do modelo estes adubadores, que funcionam com
caudais desde 2,5 a 20 m3/h;
2.2.2 - Adubadores
c) - Injectores ou dosificadores
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• Injectam a solução fertilizante a concentrações que oscilam entre os
0.5 a 10% do caudal principal, podendo em alguns casos o mesmo
aparelho apresentar várias possibilidades de variar a concentração;
• Se o caudal for superior aos limites do doseador , podemos fazer uma
ligação em “by-pass”, mas perde-se a proporcionalidade directa e
diminui a % de solução injectada, em função do caudal na tubagem
principal;
• O custo destes aparelhos é também algo elevado e provocam perdas
de carga, no sistema, bastante acentuadas;
• Noutros modelos (figura 7) o caudal de injecção é proporcional à
pressão da água no tubo de alimentação do motor hidráulico;
2.2.2 - Adubadores
c) - Injectores ou dosificadores
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1 - Válvula de controle da pressão
2 - União rápida
3 - Filtro
4 - Paragem automática
5 - Cabeça de sucção
6 - Válvula de saída de ar
7 - Válvula manual de controle da
injecção
8 - Válvula de descarga da água
9 - Válvula de retenção
Fig. 7 - Injector de Fertilizantes
2.2.2 - Adubadores
c) - Injectores ou dosificadores
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• Nestas condições a regulação do caudal faz-se por ajuste da pressão,
numa válvula reguladora ai instalada;
• Se se desejar um caudal de injecção constante, independente da
pressão, teremos que instalar um acessório denominado regulador de
caudal;
• Nestes modelos a perda de carga é menor mas em contrapartida
necessitam expulsar para o exterior um pequeno caudal de água, que
se perde, encharcando a zona envolvente;
•Os injectores hidráulicos apresentam a vantagem de poder funcionar
em locais que não disponham de energia eléctrica.
2.2.2 - Adubadores
c) - Injectores ou dosificadores
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Quando se trabalha com adubadores proporcionais ou com
bombas injectoras é possível calcular antecipadamente,
com rigor, imensos dados que nos irão auxiliar a utilizar da
melhor maneira estes aparelhos.
Para facilidade dos cálculos, podemos socorrer-nos de
fórmulas que se podem encontrar em numerosas revistas da
especialidade.
As questões a resolver são variadas assim como variados
são os caminhos que se podem tomar para a sua resolução.
Sem querer esgotar o tema, vamos apontar algumas pistas,
escolhendo de entre as situações que no dia a dia se
deparam, algumas das que consideramos mais importantes
e frequentes.
2.2.2 - Adubadores
CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO
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Partindo da fórmula : - Ca = Cs x Ads/Vs, podemos calcular
qualquer destes valores, se considerarmos que:
- Ca = concentração de adubo na água de rega (g/l)
- Cs = concentração da solução mãe na água de rega (%)
- Ads = adubo a dissolver na solução mãe (g)
- Vs = volume da solução mãe, "água + adubo" (l)
Deste modo temos que:
. Cs = Ca x Vs / Ads
. Ads = Ca x Vs / Cs
. Vs = Cs x Ads / Ca
2.2.2 - Adubadores
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2) Supondo que desejamos uma concentração de 2.5 g/l de adubo na
água de rega e temos um adubador que injecta 1 l de solução mãe por
cada 100 l (1%) de água de rega. No caso de querermos dissolver 25 kg
de adubo, calcular qual o volume da solução mãe?
.Vs = ?
.Cs = 1 % = 1 / 100 = 0.01
.Ads = 25 Kg = 25.000 g
.Ca = 2.5 g/l
- Vs (Cs x Ads / Ca) = 25.000 x 0.01/2.5
- Vs = 100 l
RESPOSTA - A solução mãe terá um volume de 100 l, ou seja, os 25 Kg
de adubo devem ser misturados com água até perfazer 100 l.
2.2.2 - Adubadores
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2) Calcular a quantidade de adubo a incorporar em cada litro de solução
mãe, para que a água de rega fique com 2 g/l de adubo. Dispomos de
uma bomba eléctrica, regulada para injectar 200 l/hora, de solução mãe
na água de rega e o caudal de rega é de 20.000 l/hora.
.Ads = ?
.Ca = 2 g/l
.Vs = 1 l
.Cs = é um valor que podemos obter a partir do volume de solução mãe
injectado na água de rega.
Assim temos que, em cada hora, 200 l de solução mãe são misturados
em 20.000 l de água de rega. donde:
2.2.2 - Adubadores
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200 l ---------------- 20.000 l
x ---------------- 100 l
x = 1 l
Daqui se conclui que cada 100 l de água de rega recebem 1 l de solução
mãe, ou seja, o nosso valor Cs = 1 % = 0.01.
.Ads (Ca x Vs / Cs) = 2 x 1/0.01
.Ads = 200 g
RESPOSTA - Cada litro de solução mãe deve conter 200 g de adubo.
2.2.2 - Adubadores
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3) Dissolvemos 30 Kg de adubo em água, até perfazer 200 l de solução
mãe. Supondo que o caudal de rega é de 20 m3/hora e que a bomba
doseadora lhe injecta 150 l/hora de solução mãe, saber qual a
concentração do adubo na água de rega.
.Ca = ?
.Ads = 30.000 g
.Vs = 200 l
.Cs = poderia também ser calculado aplicando a fórmula :
Cs = q x 100 / Q , em que:
q = caudal da bomba injectora (l/h)
Q = Caudal na rede de rega (l/h)
2.2.2 - Adubadores
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Deste modo teríamos:
.Cs = 150*100/20.000
.Cs = 0.75 % = 0.0075
.Ca (Cs x Ads/Vs) = 0.0075*30.000/200
.Ca = 1,125 g/l
RESPOSTA - A concentração do adubo na água de rega é de
1.125 g/l
2.2.2 - Adubadores
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Outras questões se poderão colocar referem-se ao calculo
do tempo de fertilização.
Podemos então aplicar a fórmula Tf = Ads x 60/Q x Ca e
daqui deduzir os outros valores, de modo que teremos:
. Ads = Tf x Q x Ca/60
. Q = Ads x 60/(Tf x Ca)
. Ca = Ads x 60/(Tf x Q)
Onde Tf = ao tempo de fertilização (min). Os outros
elementos mantêm os significados já referidos
anteriormente.
2.2.2 - Adubadores
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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo
Para que o sistema de rega possa funcionar
correctamente é necessário que todos os emissores
debitem idênticos caudais, sendo correcto admitir
diferenças não superiores a 10%.
Assim sendo torna-se necessário controlar as pressões e
caudais, nos cabeçais principal e secundários, bem como
em diferentes sectores da rede de rega considerados
estratégicos.
Neste trabalho vamos referir alguns dos elementos que
permitem regular ou controlar esses valores, destacando
apenas aqueles que consideramos indispensáveis.
Ainda que possam ser utilizados isoladamente, para
facilidade de exposição e porque são também parte
integrante do cabeçal, passamos a referi-los desde já.
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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo
Manómetros
São pequenos aparelhos que permitem medir a pressão em diferentes
pontos da rede de rega (foto 12).
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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo
Manómetros
• No mercado aparecem diversos modelos mas para rega localizada,
trabalhando com baixas pressões, é conveniente escolher aparelhos
que tenham sensibilidade para a medição de valores da ordem dos
100 g/cm² ou menos;
• Se utilizamos manómetros com escalas de 0 - 10 Kg/cm² ou mesmo
de 0 a 6 Kg/cm², teremos grande dificuldade em determinar com
precisão valores de 0.5 a 1 Kg/cm², valores de pressão entre os quais
trabalham muitos dos sistemas de rega localizada;
• Assim será melhor escolher aparelhos com escala de 0 a 4 Kg/cm²
ou menos, onde valores de 0.5 Kg/cm² representam já uma ampla
parcela da escala, permitindo assim um rigor aceitável;
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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo
Manómetros
• Também se recomenda a utilização de manómetros com glicerina na
zona de deslocação do ponteiro, a qual funcionando como
amortecedor evita os choques bruscos do mesmo, especialmente em
pontos onde quedas ou subidas repentinas da pressão, poderão
danificar rapidamente estes aparelhos;
• O número de aparelhos a instalar numa rede de rega é variável com
a sua dimensão e esquematização;
• Deverão todavia colocar-se manómetros em todos os locais onde
seja necessário conhecer com rigor a pressão a cada momento;
• Também se pode optar por instalar vários pontos de medição onde,
dispondo de um único manómetro munido de uma agulha própria
para o efeito, se faz a verificação dos valores da pressão;
• Na maioria dos casos aconselha-se instalar manómetros, ou pontos
de medição, nos seguintes pontos:
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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo
Manómetros
À saída da bomba - de modo a conhecer a pressão no inicio
da rede de rega a cada momento.
Antes e depois dos filtros - de maneira a possamos saber não
só as perdas de carga, provocadas por estes elementos, mas também
o seu grau de sujidade.
À entrada e saída dos adubadores - estes manómetros
possibilitam saber a cada momento não só as perdas de carga,
provocadas pelos mesmos, mas também se a pressão é a indicada
para o seu correcto funcionamento.
• Estes dados são especialmente importantes no caso de adubadores
em que a concentração dos elementos nutritivos adicionados à água
de rega se calcula com base na diferença de pressão, entre a entrada
e a saída da água.
Eventualmente poderão colocar-se manómetros noutros locais, tudo
dependendo da rede em questão.
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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo
Válvulas reguladoras de pressão
São aparelhos que se intercalam no circuito com a finalidade de
regular a pressão na rede de rega (foto 13).
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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo
Válvulas reguladoras de pressão
• Estas válvulas, além de evitarem que a pressão exceda os valores
desejados, permitem de forma automática, mante-la constante, a
partir do ponto em que se encontram instaladas, ainda que a
montante possam ocorrer oscilações, dentro de valores acima do
valor escolhido;
• Existem muitas marcas e tipos, vindo uns modelos já regulados de
fábrica, e outros em que se pode regular a pressão que se deseja
obter depois da válvula;
• Deve ponderar-se se se justifica ou não a sua instalação dado que
acarretam sempre importantes perdas de carga.
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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo
Reguladores de caudal
Os reguladores de caudal são constituídos por uma pequena peça,
em metal ou em plástico, onde se insere uma membrana de borracha
com um orifício, cujo diâmetro aumenta ou deminui de acordo com a
pressão da água, de maneira a manter um caudal constante (foto 14).
• Estes acessórios, de pequeno diâmetro, em geral instalam-se à
entrada de cada linha de rega e vêm regulados para um caudal fixo
que não se pode modificar;
• Estão indicados para terrenos inclinados;
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Reguladores de caudal
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Controle dos caudais
A eficiência da rede de rega depende em muito dos meios disponíveis
para controlar a quantidade de água aplicada em cada rega.
• Em muitas ocasiões o agricultor não atua com suficiente rigor, pois
toma como base para os seus cálculos, o caudal horário que se
presume seja bombeado para a rede;
• Estes dados por sua vez são fruto de um teste de caudal, na maior
parte dos casos bastante rudimentar e efectuado uma única vez,
aquando da abertura do furo ou instalação da bomba;
• Outro método expedito, consiste em estimar o caudal com base no
débito do emissor;
• Neste caso sabendo o numero total de emissores instalados na
parcela a regar, calcula-se o tempo de rega, para que passe o volume
de água desejado;
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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo
Controle dos caudais
• Este método é todavia também pouco rigoroso, e nem sempre
possível de aplicar, dado que os emissores podem ter débitos
irregulares, devido à pressão da rede nem sempre corresponder aos
valores previstos, por haver entupimentos ou mesmo por deficiências
de fabrico e, noutras ocasiões, desconhece-se mesmo o seu débito
real.
• Em rega localizada exige-se maior precisão, dado que as regas são
em geral curtas e freqüentes, implicando na maioria dos casos a
aplicação de adubos ou pesticidas, segundo doses bastante precisas
onde a falta de rigor pode ocasionar perdas ou danos avultados.
• Nestas condições, em que se exige elevado rigor no controle da
rega, será necessário considerar a instalação de contadores de água,
semelhantes aos utilizados nas redes domésticas de abastecimento
de água (foto 15).
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Controle dos caudais
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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo
Controle dos caudais
• Em muitos casos bastará instalar um contador, no cabeçal de rega,
a partir do qual se faz todo o controle da água a aplicar. No caso de
na rede existirem vários sectores, será necessário instalar tantos
contadores quantos os sectores a regar em simultâneo.
• No mercado encontram-se vários tipos de aparelhos, a maioria dos
quais, apresenta um grau de rigor que pode ir até às décimas do litro,
suficiente portanto para o fim em vista.
• A escolha do modelo irá assim depender fundamentalmente das
necessidades de cada um, pelo que se poderá escolher desde os
adaptados para funcionar com caudais baixos, da ordem dos 2 m3/h,
até aos que possibilitam medições de 50 m3/h ou mais.
• Para o caso de redes onde o volume de água a aplicar seja
controlado por meios automatizados, além dos mecanismos normais
o contador terá ainda que dispor de um emissor de impulsos ligado
ao programador da rega.
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2.3 - Rede de distribuição
Em rega localizada praticamente só se aplicam tubos de plástico,
principalmente de polietileno e, em menor escala, os de PVC rígido.
A sua crescente utilização em substituição, de outros tipos de
tubagem, deve-se a uma série de características, de que se salienta:
- A baixa densidade;
- A boa resistência química;
- A simplicidade de instalação;
- A possibilidade de aplicar acessórios de outros materiais;
- A boa flexibilidade;
- As baixas perdas de carga;
- Os baixos custos de manutenção, quando enterradas;
- Os preços do tubo são mais baratos que os metálicos ou de
fibrocimento;
- Têm melhor resistência à corrosão e boa estabilidade.
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• Do que acima foi dito resulta que estes tubos permitem a
incorporação de adubos, ácidos, pesticidas etc., sem perigo de
danificar a tubagem;
• Além disso, ao conduzirem mal o calor, protegem melhor a água que
transportam contra as variações de temperatura, verificando-se que a
água gela com mais dificuldade numa tubagem de plástico do que
numa metálica;
• Por outro lado, ao serem mais elásticos e flexíveis, quando a água
gela podem dilatar-se mais e absorver o aumento de volume, que a
água experimenta ao congelar, pelo que em zonas onde este
problema se ponha têm a vantagem de se poderem enterrar a
menores profundidades que as tubagens clássicas, o que pressupõe
alguma economia, resultante de um menor trabalho a realizar;
2.3 - Rede de distribuição
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• No que se refere à dilatação térmica há que atender ao facto dos
plásticos terem um coeficiente de dilatação várias vezes superior ao
dos metais, factor a ter em conta na hora de projectar uma instalação.
• O PVC rígido, por exemplo, tem um coeficiente da ordem dos 0.6 -
0.8 mm/metro de longitude/10ºC de variação da temperatura. Logo,
num tubo com 100 m de PVC , ao passar de 10ºC a 30ºC, há uma
dilatação de 12 a 16 cm;
• Nos tubos de PE o alongamento ainda é maior, deformando-os, o
que obriga por vezes a instalar elásticos ou outros artifícios que
mantenham as linhas de rega esticadas, de modo a que a água não
seja aplicada em zonas fora do alcance das raízes;
• Ao serem hidraulicamente lisos os tubos de plástico, em igualdade
de outras condições, têm uma capacidade de transporte de água
claramente superior, ao contrario de outros materiais que, sendo
lisos de inicio, passado algum tempo deixam de o ser devido a
incrustações que se formam no seu interior;
2.3 - Rede de distribuição
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• Os tubos de plástico PE comercializam-se em rolos de 50 a 200 m,
dependendo do diâmetro, e os de PVC em varas de 6m, sendo o seu
manejo e transporte bastante facilitados pela leveza do material;
• Os tubos de PE, mediante a adição de 2 a 3 % de negro de fumo,
adquirem boa resistência à radiação, sendo todavia aconselhável,
sempre que possível, protege-los da luz para lhe aumentar a vida útil;
• Assim para além da protecção, sempre recomendável, quando se
armazenam será em muitos casos conveniente enterrar a tubagem no
solo, a profundidades de pelo menos 0.70 m e se possível, em
especial nos terrenos pedregosos, colocando os tubos entre duas
camadas de areia;
• Deste modo protegemos a rede de rega não só dos danos
provocados pela luz como ainda de possíveis acidentes provocados
por pedras, trabalhos de mobilização do solo, deslocações de
máquinas etc.;
2.3 - Rede de distribuição
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• Esta operação todavia também tem alguns inconvenientes como
seja a dificuldade de reparação, no caso de rupturas, e o facto de ser
uma operação sempre dispendiosa.
• Em geral numa rede o mais comum é enterrar a tubagem principal e
a totalidade ou parte da secundaria, deixando à superfície as linhas
regantes.
• Os tubos plásticos podem unir-se entre si recorrendo a acessórios
do mesmo material ou tradicionais, tais como o ferro ou o latão, os
quais serão tratados mais adiante.
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2.3 - Rede de distribuição
Dimensionamento da tubagem
A água de rega é encaminhada para as plantas por intermédio de uma
rede de distribuição que deverá ser desenhada e calculada de tal
modo que todos os emissores, duma mesma parcela, debitem
aproximadamente a mesma quantidade de água, sendo recomendado,
pela maioria dos especialistas, que as diferenças de caudal entre
emissores não exceda os 10 %, em relação ao seu caudal nominal.
Para isso é aconselhável recorrer a técnicos e firma da especialidade
no sentido de projectarem as redes de rega das hortas e pomares a
irrigar.
• De acordo com o volume de água a transportar e a pressão ou carga
necessária ao funcionamento da rede assim se utilizam tubos de
diferentes diâmetros e resistentes a pressões mais ou menos
elevadas. (Quadro IV).
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2.3 - Rede de distribuição
Dimensionamento da tubagem
QUADRO IV
Dimensões de alguns tubos de polietileno para rega localizada, produzidos
em fabricas da Região Algarvia
------------------------------------------------------------
Tubo resistente a pressões de 2 kg/cm²
------------------------------------------------------------
Diâmetro Diâmetro Diâmetro Peso Comprimento
Nominal Exterior Interior (Apróx.) dos rolos
( " ) (mm) (mm) (g/m) (m)
------------------------------------------------------------
1 " 33 28 225 50/100
1 1/4" 42 37 290 50/100
1 1/2" 50 44 415 50/100
2" 62 56 520 50/100
2 1/2" 75 69 635 6
3" 90 83 865 6
4" 110 102 1240 6
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2.3 - Rede de distribuição
Dimensionamento da tubagem
Tubo resistente a pressões de 4 kg/cm²
------------------------------------------------------------
Diâmetro Diâmetro Diâmetro Peso Comprimento
Nominal Exterior Interior (Apróx.) dos rolos
( " ) (mm) (mm) (g/m) (m)
------------------------------------------------------------
16 mm 16 13 60 200/400
1/2" 17 14 70 100/300
5/8" 20 17 90 100/300
3/4" 25 20 165 100/200
1 " 33 27 265 50/100
1 1/4" 42 36 345 50/100
1 1/2" 50 43 480 50/100
2" 62 53 760 50/100
2 1/2" 75 64 1120 50/100
3" 90 78 1440 50/100
4" 110 96 2080 50
------------------------------------------------------------
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2.3 - Rede de distribuição
Dimensionamento da tubagem
Tubo resistente a pressões de 8 kg/cm²
------------------------------------------------------------
Diâmetro Diâmetro Diâmetro Peso Comprimento
Nominal Exterior Interior (Apróx.) dos rolos
( " ) (mm) (mm) (g/m) (m)
------------------------------------------------------------
1/2" 17 13 90 100/300
5/8" 20 15 130 100/200
3/4" 25 19 195 100/200
1 " 33 25 340 50/100
1 1/4" 42 31 590 50/100
1 1/2" 50 38 775 50/100
2" 62 47 1200 50/100
2 1/2" 75 56 1820 50/100
3" 90 72 50/100
4" 110 50
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2.3 - Rede de distribuição
Dimensionamento da tubagem
• Os tubos de maior diâmetro, 2 " ou mais, em geral só se utilizam na
tubagem principal e ramais secundários;
• Estes tubos devem resistir a pressões nunca inferiores a 4 Kg/cm2;
• As linhas regantes, na maioria dos casos, utilizam tubos com
diâmetro compreendido entre a 1/2" e os 3/4", sendo em geral
suficiente tubo de 2 Kg/cm2, muito embora se possam utilizar tubos
de 4 Kg/cm2, como forma de segurança a aumentos de pressão que
possam ocorrer na rede de rega;
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2.4 - Emissores
Os emissores são os elementos que possibilitam a distribuição da
água às culturas, sendo por isso mesmo, dos componentes mais
importantes da instalação.
Para que possamos tirar o máximo partido dos emissores, sejam eles
miniaspersores, gotejadores ou fitas de rega, é necessário que
reunam, entre outras, as seguintes características:
- Trabalhem a baixas pressões, debitando caudais reduzidos, mas
constantes e pouco sensíveis às variações de pressão;
- Não se entupam com facilidade;
- Sejam compactos, de modo a não dificultar os trabalhos;
- Que sejam baratos, mas com elevada uniformidade de fabrico, de
modo a permitir uma distribuição homogênea da água e adubos pelas
parcelas a regar.
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2.4 - Emissores
• Os caudais, nos gotejadores e fitas, podem variar dos 0.5 l/h aos 10
l/h, mas os débitos mais utilizados situam-se entre os 2 a 4 l/h;
• Nos miniaspersores, os débitos são em geral mais elevados,
oscilando, dum modo geral, entre os 35 l/h e os 120 l/h;
• Alguns gotejadores trabalham a pressões inferiores a 1 Kg/cm² e, no
caso das fitas de rega há modelos que dificilmente suportam valores
superiores a 0.6 - 0.7 Kg/cm².
• Todavia sempre que possível é aconselhável trabalhar com valores
da ordem de 1 Kg/cm², em particular nos terrenos acidentados, onde
os altos e baixos do solo e as perdas de carga ao longo das linhas de
rega, são suficientes para que se perca a uniformidade de
distribuição da água.
• Nestas condições, para manter a uniformidade, o uso de muito
baixas pressões, obrigaria a encurtar os ramais de rega, ou então, a
aumentar o diâmetro do tubos o que originaria sempre um
encarecimento da instalação;
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2.4 - Emissores
• No caso dos miniaspersores as pressões de funcionamento são
sempre superiores a 1 Kg/cm², sendo os valores em redor dos 2 a 2.5
Kg/cm², os mais correntemente utilizados;
• A sensibilidade às variações de pressão está relacionada com o
regime de funcionamento hidráulico do gotejador, sendo os que
trabalham em regime laminar mais sensíveis que os que trabalham
em regime turbulento e estes últimos mais que os autorreguláveis;
• Num emissor a pressão e o caudal estão relacionados pela
expressão Q = K * Hx onde:
Q = Caudal do emissor (l/h)
K = Constante
H = Pressão (mca)
x = Expoente característico do gotejador
p
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2.4 - Emissores
• Sendo "x" um factor que permite caracterizar cada emissor, e definir
o seu regime de escoamento, podemos estabelecer a seguinte
classificação:
- Quase laminar (x = 0.7 a 0.75). Estão nestas condições os
gotejadores de circuito longo e condução rectilínea, caso dos
microtubos, em que as perdas de carga se obtêm por fricção sobre as
paredes;
- De transição (x = 0.65). São exemplo desta situação os
gotejadores de circuito longo e condução em ziguezague em que a
perda de carga se obtém por fricção sobre as paredes e por
turbulência na conduta em ziguezague;
- Turbulento (x = 0.45 a 0.50). Alguns modelos de fitas de rega
e miniaspersõres enquadram-se neste grupo;
- Ciclónico (x = 0.4). Caso de certos gotejadores que
trabalham em regime ciclónico;
- (x = 0). No caso dos gotejadores autoreguláveis em que o
caudal é constante, ou varia pouco, dentro de determinados valores
de pressão.
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2.4 - Emissores
• Para conseguir pequenos caudais são necessários orifícios de saída
também pequenos, portanto a fabricação deve ser muito precisa,
dado que pequenas diferenças no diâmetro dos orifícios podem dar
lugar a importantes variações de caudal. ;
• Os diâmetros variam de 0.3 a 1 mm, podendo em alguns modelos ir
até aos 5.5 mm;
• Quanto maiores são os diâmetros menores os riscos de obstrução,
porém o caudal é em geral também mais elevado;
• Por norma os miniaspersõres têm orifícios de saída maiores e,
nalguns casos, podem desmontar-se para limpeza;
• Querer ao mesmo tempo orifícios de saída pequenos e emissores
que não se obstruam com facilidade, são duas características de
difícil resolução e que se contrapõem;
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2.4 - Emissores
• Por esse motivo existem no mercado uma variedade imensa de
modelos, que são o reflexo da maneira mais ou menos engenhosa de
controlar estes problemas;
• Relativamente ao preço dos gotejadores, a experiência tem
demonstrado que os sistemas mais baratos, em geral são menos
rigorosos e entopem-se com facilidade, pelo que os gastos de
manutenção das instalações se elevam consideravelmente;
• Assim é nossa convicção que não se deve valorar em demasia esta
característica, ainda que tenha sempre de ter-se presente a
rentabilidade da cultura a regar, antes de se decidir por um ou outro
sistema.
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2.4 - Emissores
2.4.1 - Classificação dos emissores
A existência de um número elevado de modelos, com características
por vezes muito distintas, deu origem a diferentes maneiras de
classificar os emissores podendo, consoante os autores, tomar-se
como referência os aspectos hidráulicos ( de que já falámos), os
riscos de obstrução, o modo de fixação etc..
Assim "Veschambre e Pierre Vaysse" técnicos do CTIFL de França
no livro "memento goutte a goutte" distinguem apenas três tipos de
emissores:
* GotejadoresGotejadores, de débito inferior a 10 l/h, constituindo peças
independentes das linhas de rega sobre as quais estão inseridos
(fotos 16 a 18);
* Fitas,Fitas, com orifícios que debitam valores da mesma ordem dos
gotejadores, mas que são elas mesmas parte integrante das linhas de
rega, não podendo delas ser separadas (foto 19);
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2.4.1 - Classificação dos emissores (fotos 16 a 19)
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2.4.1 - Classificação dos emissores
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2.4.1 - Classificação dos emissores
* Difusores (Miniaspersores),Difusores (Miniaspersores), de débito superior a 10 l/h, que realizam
uma micro-aspersão localizada (foto 20);
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2.4 - Emissores
2.4.1 - Classificação dos emissores
Dentro dos miniaspersores J. Beltrão, num trabalho sobre rega
localizada considera ainda que estes emissores podem ser dinâmicosdinâmicos
(miniaspersores propriamente ditos) ou estáticosestáticos (microaspersores).
Já " José A. M. San Juan" no livro "Riego por Goteo", recorre a uma
classificação bastante mais completa, onde se considera:
** O regime de funcionamento hidráulicoO regime de funcionamento hidráulico::
- De regime laminarDe regime laminar (percurso longo e pequeno caudal);
- De regime parcialmente turbulentosDe regime parcialmente turbulentos (percurso longo e grande
caudal, gotejadores de orifício);
- Totalmente turbulentosTotalmente turbulentos (labirínticos, de saídas múltiplas);
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** A forma como tem lugar a perda de cargaA forma como tem lugar a perda de carga::
- Percurso longoPercurso longo
-- Percurso curtoPercurso curto
-- Fitas perfuradasFitas perfuradas
* A forma de fixação:A forma de fixação:
-- Em linhaEm linha (corta-se o tubo e coloca-se o gotejador)
-- Em derivaçãoEm derivação (o emissor é cravado ao tubo)
* O modo de distribuição da águaO modo de distribuição da água::
- SimplesSimples (uma saída)
- MúltiploMúltiplo
- Fitas de paredes porosasFitas de paredes porosas
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2.4 - Emissores
2.4.1 - Classificação dos emissores
** O risco de obstruçãoO risco de obstrução::
- GrandeGrande Ø< 0.7 mm
- MedianoMediano 0.7 < Ø < 1.5 mm
- DébilDébil Ø > 1.5 mm
* A forma de limpezaA forma de limpeza
- DesmontáveisDesmontáveis
-- Não desmontáveisNão desmontáveis
-- AutolimpantesAutolimpantes
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2.4 - Emissores
2.4.1 - Classificação dos emissores
* A sua regulação da pressão* A sua regulação da pressão::
- NormaisNormais
- AutorreguláveisAutorreguláveis
Neste caso, por se tratar de um trabalho especifico sobre rega gota a
gota, não vêm referidos os miniaspersores.
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2.4 - Emissores
2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento
Os emissores são fabricados para debitarem um dado caudal, em
geral variável, com a pressão de trabalho a que estão sujeitos.
Todavia, em condições de trabalho, esse valor sofre sempre uma
serie de oscilações que podem ter origem no próprio emissor ou em
condições externas.
a) Defeitos de fabrico
• Na práctica é impossível o fabrico de objectos exactamente iguais,
admitindo-se por isso determinadas margens de erro, dentro das
quais os defeitos se consideram aceitáveis;
• Assim a concepção, consoante se trate de modelos mais ou menos
difíceis de executar, é um factor que pode influir no produto final ;
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2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento
a) Defeitos de fabrico
• No caso dos emissores onde, como já referimos, os orifícios de
saída da água são diminutos, pequenas diferenças no diâmetro ou
ligeiras imperfeições, ainda que reduzidas em valor absoluto podem
representar um valor percentual bastante elevado.
• Estes problemas podem assumir maior gravidade no caso dos
gotejadores ou miniaspersores autocompensantes, onde o fluxo de
água é regulado, por intermédio de uma pequena anilha, ou
membrana, em material elástico;
• Pelo exposto se pode ver como é importante haver, posteriormente
ao processo de fabrico, um controle de qualidade que possa atestar
se a maioria dos gotejadores estão dentro das margens de tolerância
aceitáveis, garantindo assim que o material utilizado corresponde ao
que efectivamente necessitamos.
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2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento
b) Temperatura
• Também a temperatura afecta o funcionamento do emissor:
• Nuns casos o gotejador pode trabalhar em regime laminar, o qual
como é sabido, depende da viscosidade do líquido. Como a
viscosidade da água varia com a temperatura, o caudal também se vê
afectado;
• Por outro lado o material usado para fabricar os gotejadores, fitas
ou miniaspersores, pode ser afectado pelas mudanças de
temperatura que originam alterações no diâmetro dos orifícios de
saída da água, produzindo como consequência alterações ao nível
dos caudais. Esta incidência é maior nos emissores
autocompensantes.
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2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento
c) Obstrução dos emissores
• Os entupimentos, ao impedirem a saída da água, são a principal causa
da inutilização de muitos sistemas de rega localizada;
• Por vezes a obstrução é parcial e resulta duma redução do diâmetro
no orifício do emissor mas, não raras vezes, o entupimento é total;
• Em qualquer dos casos tais anomalias, caso se prolonguem,
conduzem à diminuição da produção ou mesmo à perda da cultura, a
curto ou médio prazo;
Estas obstruções produzem-se pelas seguintes causas:
- Partículas sólidas que a água leva em suspensão, algumas das quais,
por serem mais finas que a malha dos filtros, atravessam todo o
sistema de filtragem (geralmente è matéria orgânica, células de
microorganismos ou óxidos de ferro);
- Bactérias produzidas no interior dos tubos, ou então nos depósitos de
armazenamento da água.;
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- Depósitos químicos devidos à própria constituição da água ou a
precipitados dos adubos que se introduzem na rede de rega;
- Areias e algas, no caso de má escolha dos elementos filtrantes;
- Crostas que se formam no interior de algumas tubagens;
•Tem-se verificado que os entupimentos diminuem
consideravelmente se os orifícios de saída da água forem colocados
na parte superior do tubo;
• Deve-se isto ao facto de muitas partículas, com dimensão suficiente
para bloquear as saídas tenderem a depositar-se no fundo, podendo
depois sair pela extremidade final das linhas de rega, mediante
purgas periódicas. Infelizmente, na práctica, esta operação nem
sempre é fácil de executar;
2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento
c) Obstrução dos emissores
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• Quando as águas contêm certos elementos, como o cálcio e o
magnésio, por si sós, ou devido a reacções com os adubos
aplicados, podem-se formar precipitados que vão entupir os
gotejadores, as fitas e, até os miniaspersores, em que os orifícios de
saída da água têm maior diâmetro;
• Mesmo as fitas porosas, que não têm orifícios, são afectadas por
estes elementos, em especial se não estão enterradas ou debaixo de
um plástico de "paillage", em virtude da água ao evapora-se deixar
os precipitados, que a pouco e pouco vão diminuindo a sua
porosidade;
• Também as águas muito sujas com algas, areias, argilas etc., podem
ocasionar entupimentos e danos nos emissores;
2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento
c) Obstrução dos emissores
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• Nas fitas porosas temos observado que algumas argilas mais finas,
que passam pelos filtros, se depositam no interior, formando uma
película impermeável que impede a saída da água;
• Por vezes proliferam ainda microorganismos, (bactérias, fungos)
que entopem os emissores.
Nota: - Os problemas de entupimento físico dos emissores, de origem
mineral ou orgânica, solucionam-se instalando filtros adequados, de
acordo com o já referido quando tratamos este tema.
Quanto aos entupimentos de origem química e biológica também
abordamos o assunto ao falar da qualidade da água de rega.
2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento
c) Obstrução dos emissores
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de Agricultura
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Ao escolher estes elementos devemos ter em atenção os diversos
factores que nos permitem selecionar a melhor opção para cada
situação.
No caso concreto da nossa região os dois factores que, em nossa
opinião, desde logo vão condicionar a escolha do tipo de emissor a
utilizar, prendem-se com o facto da cultura se realizar ao ar livre ou
em estufa.
• Assim, nas culturas hortícolas em estufa onde, em especial no
inverno, o excesso de humidade atmosférica pode ter nefastas
consequências ao nível do controle de algumas doenças, em que à
cabeça sobressaem as botritis, salvo casos pontuais, será
aconselhável o uso de sistemas com fitas de rega ou gotejadores;
2.4.3 - Escolha do Emissor
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• Além disso, e dado que a fase mais difícil ocorre à plantação,
quando as jovens plantas ainda não dispõem de um bom sistema
radicular, o uso destes sistemas permite estabelecer uma franja
húmida ao longo da linha de cultura que facilita o seu
desenvolvimento inicial;
• Relativamente às fitas de rega é de registar o facto da sua
manutenção não ser fácil dado que, com o uso, se entopem com
frequência tornando difícil a obtenção de caudais uniformes ao longo
das linhas de rega.
• Todavia, alguns modelos apresentam-se no mercado bastante mais
baratos que os gotejadores o que permite, em muitos casos, utilizar
as fitas uma única campanha, não se pondo então estes
inconvenientes;
• Já no caso das estufas de floricultura, onde temos culturas em
vasos, será mais aconselhável o uso de gotejadores com saídas
múltiplas, tipo esparguete, que se podem mover e deslocar para a
posição mais conveniente;
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Noções gerais de rega localizada (2ª parte)

  • 1. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega NOÇÕES GERAISNOÇÕES GERAIS DE REGADE REGA LOCALIZADA (2ª parte) Armindo J. G. Rosa Patacão/Faro (2001)
  • 2. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada REGA LOCALIZADA Introdução Foi na Alemanha, em finais do século passado, e nos E U A já neste século, que começaram as primeiras experiências utilizando tubos porosos que se enterravam no solo, com a finalidade regar as plantas e diminuir a evaporação. O sistema todavia não se generalizou de imediato pois a tubagem utilizada obstruía-se com facilidade, devido principalmente às raízes das plantas, e resultava difícil detectar e reparar as avarias no sistema enterrado. Os sistemas de rega localizada mais conhecidos são os chamados gota a gota e, tal como os conhecemos hoje, só muito mais tarde, depois da segunda guerra mundial, se começaram a generalizar. As primeiras tentativas bem sucedidas ocorreram em Inglaterra, utilizando microtubos em estufas e jardins.
  • 3. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada REGA LOCALIZADA Introdução Depois, já na década de sessenta, os técnicos israelitas aperfeiçoaram os sistemas, que a partir dai, coincidindo com o desenvolvimento dos tubos de plástico, se generalizaram um pouco por todo o mundo. Podendo utilizar-se em variadíssimas situações, é em zonas de clima mais seco, como o Algarve, onde a água não abunda e, não raro, tem salinidade elevada, que estes sistemas têm tido maior incremento, sendo hoje vulgar a sua utilização nas culturas hortofrutícolas. Nas nossas condições, nas culturas em estufa, usam-se sistemas com gotejadores ou fitas de rega. Nas hortícolas de ar livre e fruteiras, em especial nos citrinos, além dos sistemas gota a gota é igualmente comum o uso de miniasperssores.
  • 4. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA A rega localizada consiste em colocar a água e os adubos junto às plantas, utilizando para o efeito uma rede de tubos, em geral de plástico, distribuídos pelo terreno a regar. Parte destes tubos, as rampas ou tubagem de distribuição, têm inseridos os emissores que humedecem a zona radicular de forma lenta e pontual, infiltrando-se a água no solo, tanto na vertical como na horizontal, o que no caso dos gotejadores dá origem a uma zona húmida com forma de bolbo (figura 1).
  • 5. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada REGA LOCALIZADA Fig.. 1 - Bolbo húmido típico da rega gota a gotaBolbo húmido típico da rega gota a gota
  • 6. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA A rega localizada tem bastantes vantagens, relativamente a outros sistemas de rega. Por vezes surgem alguns problemas, que não são propriamente inconvenientes, derivando, na maioria das vezes, de uma incorrecta utilização do sistema, pelo que se impõe uma cuidada avaliação do seu funcionamento e utilização, para que possamos tirar dele o máximo proveito. Ao passar de um sistema de rega tradicional para um sistema de rega localizada há que mudar também a forma de actuar. Com estes sistemas vamos ter uma parte da zona de crescimento das raízes permanentemente saturada de água, intercalada com zonas muito secas, não exploradas por elas. Isto implica que as raízes se desenvolvem menos, e nessas manchas húmidas temos que concentrar a aplicação da água e dos elementos nutritivos.
  • 7. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA Assim as regas devem ser frequêntes, diárias ou cada dois três dias, aplicando apenas as quantidades de água correspondentes às necessidades hídricas da cultura, dado a eficiência de rega ser muito elevada. Esta forma de actuar, que permite regar muitas vezes aplicando baixas dotações em cada rega, evita perdas por evaporação e drenagem, estas últimas de temer em especial nos solos arenosos ou pouco profundos, bem como os problemas de asfixia radicular que por vezes surgem nos solos mais pesados, com excesso de água e carência de oxigénio. Um correcto manuseamento da rega localizada implica também uma mudança em relação à adubação, em especial com os adubos azotados.
  • 8. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA Assim, por principio, sempre que se rega aduba-se. A chamada fertirrigação, ao possibilitar adubar muitas vezes, de forma fracionada, evita a concentração de sais no solo, as perdas por drenagem e possibilita à planta absorver os elementos nutritivos de forma gradual, de acordo com as exigências de cada fase do seu ciclo cultural. Acrescente-se ainda que a manutenção do solo, na zona de desenvolvimento radicular, a um nível de quase saturação diminui o esforço da planta no seu trabalho de absorção, de água e nutrientes, devido ao baixo valor de tensão da água retida pelo solo.
  • 9. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1.1 - Vantagens da rega localizada Comparado com outros sistemas, tanto tradicionais como por aspersão, a rega localizada proporciona uma significativa poupança de água, que em alguns casos atinge os 50 % ou mesmo mais, sendo esta talvez a característica que mais contribuiu para o grande incremento que estes sistemas tiveram em regiões como a nossa, onde a água é um bem a preservar visto não existir em abundância. Todavia muitas mais vantagens se podem obter, instalando um bom sistema de rega localizada, sendo de destacar as seguintes:
  • 10. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1.1 - Vantagens da rega localizada a) Vantagens comuns à generalidade dos sistemas - Possibilidade de instalação em qualquer tipo de terreno, tanto no que respeita à topografia como à textura ou espessura do solo. - Facilidade de dosificação da água e adubos a fornecer à cultura; - Possibilidade de realizar regas e adubações a qualquer hora do dia e em simultâneo com outras operações tais como podas, colheitas, tratamentos fitossanitários etc.;
  • 11. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1.1 - Vantagens da rega localizada a) Vantagens comuns à generalidade dos sistemas - Menor tendência de aparecimento de infestantes, dado que só se molha uma parte do solo; - Redução da mão de obra necessária à utilização e manutenção do sistema de rega; - Permite utilizar equipamentos de bombagem e acessórios, com menores potências e capacidades, visto estes sistemas se caracterizarem por trabalhar com baixas pressões e caudais; - Em consequência das plantas terem, a cada instante, satisfeitas as suas necessidades em água e nutrientes, consegue-se aumentar a quantidade e qualidade das produções.
  • 12. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1.1 - Vantagens da rega localizada b) Vantagens dos sistemas gota a gota - O vento não interfere no sistema de rega, como na rega por aspersão, e as perdas por evaporação, escorrência ou drenagem são diminutas; - Possibilidade de regar com águas em que o valor da condutividade é mais elevado que o recomendado para os sistemas tradicionais ou por aspersão e em solos com maiores índices de salinidade, devido ao facto do solo, por estar sempre húmido, não atingir na sua solução concentrações tão elevadas; Isso não seria possível se o solo intercalasse, estados de secura com a quase saturação, ou se a água molhasse a folhagem; - Em solos com pouca permeabilidade e declive acentuado, a gota a gota é preferível à miniaspersão, pois o baixo ritmo de descarga diminui o escorrimento superficial.
  • 13. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1.1 - Vantagens da rega localizada c) Vantagens dos sistemas de miniaspersão - Possibilidade de controlar o diâmetro da área humedecida, actuando sobre a trajectória do miniaspersor, de maneira a aumentar a área regada em função do crescimento das plantas; - Permite incrementar a zona de desenvolvimento das raízes em solos arenosos; - Em climas de inverno chuvoso e verão seco, a planta fica menos sujeita às variações de húmidade nos solo, que em determinadas condições podem conduzir ao atrofiamento de algumas raízes na zona não regada;
  • 14. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1.1 - Vantagens da rega localizada c) Vantagens dos sistemas de miniaspersão - Aquando da ocorrência de ventos aumenta a estabilidade das plantas adultas, dado que as raízes se estendem por uma área mais vasta do que na rega gota a gota; - Em situações de árvores com sistema radicular pouco profundo, possibilita a obtenção uma maior área molhada, que em certas situações pode ser vantajosa; - Em dias quentes e de baixa húmidade, os miniaspersores permitem baixar a temperatura e aumentar a húmidade do ar.
  • 15. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1.2 - Inconvenientes e problema s a resolver Embora de pouca monta, em comparação com as vantagens, persistem todavia alguns problemas que devem ser levados em conta na hora de optar pela instalação de um sistema de rega localizada. Deste modo chama-se a atenção para o seguinte: - Ainda hoje o preço é relativamente elevado pelo que não se poderá aplicar a todas as culturas, nomeadamente às extensivas, sendo de aconselhar que se estude previamente a rentabilidade do sistema, em função da cultura e condições especificas de cada situação; - Os emissores podem obstruir-se por acção de partículas físicas ou devido aos sais, contidos ou ministrados à água, pelo que o um uso incorrecto do sistema pode ocasionar danos irreparáveis, à cultura e ao sistema;
  • 16. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1.2 - Inconvenientes e problema s a resolver - Exigem-se equipamentos de muito boa qualidade e uma vigilância e manutenção atentas, de modo a evitar falhas do sistema; - A utilização de nutrientes, com fósforo ou cálcio, exige cuidados especiais sob pena de obstruir os emissores; - Dificuldades com a utilização de águas turvas ou com algas; - Exige-se que o projecto de instalação seja bem dimensionado pois de contrario será impossível uma correcta homogeneidade na distribuição da água e adubos; - Origina concentrações elevadas de sais nas zonas de separação do solo seco e molhado;
  • 17. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 1.2 - Inconvenientes e problema s a resolver - Exige-se um bom sistema de filtragem da água e soluções nutritivas a aplicar; - Existe o perigo de proliferação de algumas pragas ou doenças, na zona saturada junto aos emissores. A tubagem e fitas de rega podem ser atacadas por ratos ou grilos; - Nos pomares adultos o uso de rega gota a gota, ao localizar a água e os adubos ao longo de uma estreita faixa, permanentemente humedecida, conduz ao atrofiamento das raízes, diminuindo por consequência a sua resistência e estabilidade, em dias de ventania; - Maiores exigências em relação à qualificação dos utilizadores.
  • 18. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2 - Componentes principais de um sistema de rega localizada Um sistema de rega localizada consiste num conjunto de equipamentos e acessórios que possibilitam uma distribuição uniforme da água e adubos, a ela incorporados. Estes sistemas funcionam a baixas pressões, entre 0.5 e 2.5 Kg/cm2, aplicando a água ao solo de forma lenta e pontual, formando-se nele um volume de terra húmida com a forma de bolbo, cuja forma depende do débito do gotejador, do tempo de rega e da textura do solo (figuras 2 e 3).
  • 19. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2 - Componentes principais de um sistema de rega localizada Fig.. 2 - Diferentes formas do bolbo húmido, numDiferentes formas do bolbo húmido, num mesmo solo, e para idênticosmesmo solo, e para idênticos tempos de rega, mastempos de rega, mas com diferentes débitos do gotejadorcom diferentes débitos do gotejador
  • 20. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2 - Componentes principais de um sistema de rega localizada Fig. 3 - Diferentes formas do bolbo húmido em função do tipo de soloDiferentes formas do bolbo húmido em função do tipo de solo
  • 21. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2 - Componentes principais de um sistema de rega localizada Um sistema de rega localizada deve incluir os seguintes elementos: - Fonte de água sob-pressão - Cabeçal de rega - Rede de distribuição - Emissores - Acessórios de ligação - Equipamentos de controle e regulação - Elementos de segurança - Acessórios diversos - Equipamento para estimar as necessidades de rega - Automatismos
  • 22. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2 - Componentes principais de um sistema de rega localizada Fig. 4 - Cabeçal de rega localizadaCabeçal de rega localizada
  • 23. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.1) Fonte de água sob pressão A água que vai circular na rede de distribuição necessita uma determinada pressão. • O valor desta pressão, depois de deduzidas as perdas de carga ou os ganhos, devidos a desníveis do terreno, deve ser igual à pressão exigida para o bom funcionamento dos emissores; • Dependendo do tipo de emissor ou do débito pretendido, a pressão pode oscilar, como referimos anteriormente, entre os 0.5 e os 2.5 Kg/cm2; • Uma barragem ou um tanque de rega, situados numa zona elevada, são por vezes suficientes para proporcionar a pressão exigida ao sistema de rega; • Se assim não for temos que instalar uma bomba que forneça a água com as pressões e caudais exigidos para um bom funcionamento do sistema;
  • 24. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.1 - Fonte de água sob pressão • Neste caso podemos optar por uma eletrobomba ou por uma bomba acionada com um motor diesel, caso não disponhamos de energia eléctrica; • Em qualquer das situações a escolha deve ser precedida de uma análise cuidada, com vista a obter o máximo rendimento com um mínimo de custos; • Em principio, sempre que possível, é de optar por bombas acionadas eletricamente. Estas bombas são mais limpas, de fácil manutenção e têm um rendimento bastante elevado; • No caso da água a bombear provir de um poço pouco profundo, ou mesmo de um tanque não muito elevado, em geral usam-se bombas de turbina, com impulsor fechado e eixo horizontal (foto 1). • Se a fonte de água é um furo, situação muito comum no Algarve, o mais aconselhável é instalar uma bomba eléctrica submersível (foto 2).
  • 25. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.1 - Fonte de água sob pressão Foto 1 - Bomba de eixo horizontal com impulsor fechado Foto 2 - Bomba eléctrica submersível
  • 26. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.1- Fonte de água sob pressão • Caso não se disponha de energia eléctrica, podemos utilizar uma bomba de eixo vertical (figura 5), a qual pode ser acionada por um motor diesel, ou em caso de emergência, pelo próprio tractor da exploração. • Em qualquer dos casos a bomba a eleger deve ser escolhida de acordo com o caudal e a pressão a que vamos trabalhar. • Relativamente à pressão é bom não esquecer que esta é a soma do valor necessário ao funcionamento dos emissores, mais as perdas de carga na rede, mais a diferença geométrica (entre o nível da água e o local de saída). • Deve ainda atender-se ao rendimento da bomba, procurando que para os valores (Q - H) escolhidos, o rendimento h seja o mais elevado possível, já que isso é economicamente representativo, visto que com uma menor potência de motor (W) podemos obter um valor mais elevado de (Q * H), como facilmente se comprova pela equação seguinte:
  • 27. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.1- Fonte de água sob pressão Fig.. 5 - Bomba deBomba de eixo verticaleixo vertical
  • 28. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.1 - Fonte de água sob pressão Q * H W = --------- onde : 270 * h W = Potência, em cavalos vapor (C.V.) Q = Caudal, em metros cúbicos por hora (m3 / h) H = Pressão ou altura manométrica, em metros de coluna de água (m.c.a.) h = Rendimento em % • A partir desta fórmula podemos deduzir também os valores de Q, H e h, desde que os restantes sejam conhecidos. • Tal facto permite não só o estudo de situações futuras, como ainda verificar se as bombas já instaladas, estão a funcionar de forma correcta.
  • 29. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.1 - Fonte de água sob pressão • Assim, por exemplo, se o caudal (Q) da bomba fosse de 20 m3/h à pressão (H) de 20 m.c.a. com um motor com 20 C.V. de potência (W), tínhamos um rendimento (h) de apenas 7.4 %, valor considerado demasiado baixo, uma vez que em condições normais se deve aspirar a valores da ordem dos 70 % ou mesmo superiores. • As bombas seleccionam-se facilmente quando se dispõe de gráficos com as curvas de funcionamento. • Estas curvas relacionam o caudal (Q) e a pressão (H). • Para uma escolha mais fundamentada os catálogos devem incluir também as curvas de rendimento (ηηηη) para cada ponto (Q * H) escolhido. • Igualmente é possível dispor no mesmo gráfico de uma curva, em geral incluída na sua parte inferior, que nos indica a potência exigida ao eixo da bomba para cada valor (Q * H), (figura 6).
  • 30. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.1 - Fonte de água sob pressão Fig.. 6 - Curvas de funcionamento de uma bombaCurvas de funcionamento de uma bomba
  • 31. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2 - Cabeçal de rega Neste conjunto incluem-se vários aparelhos e mecanismos que possibilitam a chegada da água aos ramais de rega em condições de ser distribuída pelos emissores. O cabeçal deve pois possibilitar a execução de certas operações como sejam o controle da pressão e do caudal, a filtragem, a incorporação de adubos e o tratamento químico da água, sempre que isso se justifique.
  • 32. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2 - Cabeçal de rega Em geral só se utiliza um cabeçal de rega, localizado normalmente à saída do furo ou tanque. No caso da exploração ser dividida em sectores poderá resultar vantajoso a instalação de cabeçais secundários em cada um deles, de modo a melhor controlar algumas operações. No cabeçal poderão ainda instalar-se aparelhos que possibilitem automatizar a totalidade ou parte das operações de rega.
  • 33. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Os filtros são elementos muito importantes num sistema de rega localizada e deles depende, em grande medida, o êxito ou o fracasso de toda a instalação. São eles que retêm as partículas sólidas, misturadas na água de rega, evitando assim o entupimento dos emissores e outros órgãos sensíveis do sistema. Refira-se que os filtros não evitam os entupimentos de ordem química, devidos à aplicação de alguns adubos, ou à má qualidade da água, assunto que será tratado noutro capítulo.
  • 34. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros As principais características que estes elementos devem reunir são: - Capacidade para filtrar o caudal de água exigido pela instalação; - Perdas de carga relativamente baixas; - Facilidade de limpeza; - Intervalos entre limpezas o mais longos possível; - Baixos custos de instalação e manutenção; Uma instalação pode necessitar de um ou mais filtros, tudo dependendo da qualidade da água e da maior ou menor sensibilidade dos emissores ao entupimento. Os filtros diferenciam-se entre si, não só pela sua concepção básica, como também pelo tipo de partículas que podem reter, pelos materiais de que são construídos etc.., podendo agrupar-se do seguinte modo:
  • 35. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de pré-limpeza • A pré-limpeza da água consiste num conjunto de operações e cuidados, com vista a uma primeira separação dos corpos estranhos existentes na água, e realiza-se sempre antes da mesma chegar ao cabeçal de rega; • Assim, se a água provem de uma barragem, de um rio, ou de um ribeiro é conveniente instalar um decantador que faça uma primeira separação das areias, calhaus e outros elementos grosseiros;
  • 36. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de pré-limpeza • No caso da água se armazenar em tanques é aconselhável fazer a tomada de água um pouco acima do fundo, e de preferência a partir de um depósito rústico cheio de gravilha, ou outro material poroso, com suficiente volume, para deixar correr livremente o caudal exigido pela rede de rega; • Este depósito deverá ser protegido com uma rede, com possibilidade de desmontagem para limpeza; • Também se recomenda tapar tanques e poços, para evitar a entrada de poeiras e a formação de algas, as quais, são de difícil eliminação e entopem rapidamente os filtros comumente utilizados;
  • 37. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros hidrociclone Estes filtros utilizam-se quando há grandes concentrações de areias na água; Basicamente constam de um recipiente côncavo em forma de cone invertido (figura 7), com um orifício de entrada e outro de saída da água; No seu interior a água adquire um movimento rotativo, tangencial às paredes, que dá origem a um violento remoinho, o qual obriga as partículas sólidas, mais pesadas, a depositar-se no fundo, onde existe um depósito que se limpa periodicamente;
  • 38. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros hidrociclone Fig. 7 - Filtro hidrociclone
  • 39. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros hidrociclone São filtros que, mesmo os de menor capacidade, permitem tratar elevados caudais possibilitando a eliminação de mais de 95% das partículas sólidas arrastadas pela água; Em geral são instalados antes do cabeçal de rega, logo a seguir à bomba; Baseados no mesmo sistema de funcionamento existem também filtros de malha, para instalação no cabeçal de rega, que se caracterizam por ser autolimpantes e actuarem conjugando o efeito de hidrociclone com os de um normal filtro de malha;
  • 40. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de areia • São constituídos por um depósito metálico, em geral cilíndrico, em aço inox ou recoberto interiormente por um material anticorrosivo (foto 3); • O seu interior é formado por camadas de gravilha e areia, de um ou mais tamanhos, segundo os modelos, actuando a areia como elemento filtrante e a gravilha como suporte; • A água a filtrar entra pela parte superior, atravessa as camadas de areia e gravilha, onde ficam retidas as partículas sólidas e sai por uma abertura na parte inferior do depósito;
  • 41. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de areia (foto 3) EntradaEntrada de águade água Saída deSaída de limpezalimpeza Saída água filtradaSaída água filtrada
  • 42. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de areia • Para limpeza faz-se a água circular em sentido contrário, tendo o cuidado de utilizar água limpa. Por esse motivo é conveniente montar não um mas, no mínimo, dois filtros de areia em paralelo e, à saída de cada um, um filtro de malha; • Os filtros de areia são bastante volumosos, pesados, relativamente mais caros que os de malha ou lamelas, além de provocarem elevadas perdas de carga; • São no entanto absolutamente necessários no caso de águas com elevados teores em elementos finos, algas ou matérias orgânicas;
  • 43. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de malha e lamelas • Os filtros de malha são os mais conhecidos e utilizados, na nossa região, aparecendo no mercado os mais variados modelos (foto 4); • Têm o inconveniente de ser pouco efectivos quando a água contem matéria orgânica muito fina, microorganismos e partículas de dimensões coloidais; • O corpo em material anticorrosivo, leva no seu interior um cartucho, composto por uma ou mais redes de malha, formando cilindros concêntricos de aço inox ou material plástico; • Se existirem várias malhas, elas têm diferentes diâmetros, de maneira a que a separação das partícula se processe por fases, circulando a água de modo a atravessar primeiro as mais largas; • As redes utilizadas têm geralmente malhas com diâmetros entre 30 e 200 mesh;
  • 44. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de malha e lamelas (foto 4)
  • 45. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de malha e lamelas • A unidade de medida "mesh" representa a densidade de malhas por polegada quadrada, sendo portanto as malhas tanto mais finas quanto maior o número de "mesh". • Assim um filtro com elevado número de "mesh", retém partículas mais pequenas que outro com poucas mesh, mas em contrapartida suja-se mais rapidamente que este. • A escolha de filtros com mais ou menos malhas, depende de vários factores, entre eles e em especial o gotejador, pelo que deverá ser consultada a firma fornecedora sobre a densidade de malhas (nº de mesh) mais aconselhável para cada situação. • Na falta de mais informação, refira-se que as malhas devem ter 1/10 do tamanho dos orifícios dos emissores, ou seja se os gotejadores tiverem orifícios de 1mm de diâmetro, o filtro deverá ser formado por malhas com 0.1 mm (155 mesh) (Quadro I).
  • 46. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de malha e lamelas QUADRO I Relação entre o nº de "mesh" e a dimensão das malhas Nº de “mesh” 10 20 30 50 75 120 155 200 450 Dimensão das malhas (mm) 1.50 0.80 0.50 0.30 0.20 0.13 0.10 0.08 0.022
  • 47. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de malha e lamelas • Na rega localizada em geral não se utilizam filtros com mais de 155 mesh. Filtros com 200 ou mais "mesh", sujam-se rapidamente, exigindo por isso limpezas frequêntes . • Em geral só se usam malhas mais apertadas em casos muito específicos e com águas bastante limpas. • Por vezes é vantajoso que além dos filtros do cabeçal, se coloquem filtros de menor capacidade, com malhas mais apertadas, à entrada de cada sector, o que nos dá maiores garantias e evita limpezas tão frequêntes dos filtros principais. • No nosso mercado aparecem também os chamados filtros de lamelas, em que a rede de malha é substituída por discos de plástico com ranhuras, (foto 5). • O seu uso é idêntico ao dos filtros de malha.
  • 48. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1 - Filtros Filtros de malha e lamelas (foto 5)
  • 49. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1.1 - Instalação e utilização de filtros Na maioria dos casos é necessário recorrer a mais que um tipo de filtro, para uma eficaz limpeza da água de rega, sendo freqüente a combinação de filtros de areia com filtros de malha e, por vezes, também sistemas de pré filtragem. Os princípios básicos a ter em atenção na escolha dos filtros são os seguintes: - Com águas de profundidade utilizar filtros de malha - Com águas se superfície fazer uma dupla filtração, usando filtros de areia seguidos de filtros de malha. - No caso das águas com argilas e limo muito fino, que não ficam retidas nos filtros de malha e só em pequenas quantidades nos de areia, será necessário instalar sistemas de pré-filtragem para decantação das águas. - Em águas onde seja grande a concentração de areias, antes do cabeçal, instalar um filtro hidrociclone. - Realizando a fertirrigação é aconselhável instalar o adubador entre o filtro de areia e o de malha, ou instalar um pequeno filtro de malha à saída do adubador.
  • 50. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1.1 - Instalação e utilização de filtros Resumindo, a ordem de instalação dos filtros será: 1º - Sistemas de pré filtragem 2º - Filtros hidrociclone 3º - Filtros de areia 4º - Filtros de malha 5º - Filtros de malha a seguir ao adubador • A utilização de um ou mais filtros deve ser ponderada, caso a caso e de acordo com as necessidades, dado que a instalação de vários tipos de filtros, se desnecessária, só servirá para encarecer a instalação e provocar perdas de carga na rede;
  • 51. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1.1 - Instalação e utilização de filtros • Na escolha dos filtros devemos ainda ter em atenção que os caudais indicados para cada filtro são geralmente referidos para águas limpas; • O mesmo se passa em relação à perda de carga, entre a entrada e a saída do filtro; • Assim sendo, como norma de segurança, deve trabalhar-se não com o caudal máximo, calculado para águas limpas, mas sim com um caudal não superior a 50% desse valor; • Deste modo em vez de um filtro único, que no caso de grandes caudais seria bastante volumoso, o ideal será adquirir dois ou mesmo mais filtros, com capacidade para filtrar o dobro do caudal previsto, o que como também já referimos, tem a vantagem de possibilitar a limpeza dos filtros com água limpa;
  • 52. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1.2 - Manutenção e limpeza dos filtros Filtros sujos afectam a pressão e o caudal disponíveis na rede de rega, podendo em casos extremos levar à rotura das malhas em alguns tipos de filtros, bem como a uma diminuição da qualidade da água. A frequência das limpezas depende do grau de sujidade das águas, do volume de água a filtrar, do próprio filtro pois, como já vimos, as malhas muito apertadas sujam-se mais rapidamente, etc... Na prática, e caso os factores acima referidos sejam constantes ao longo do tempo, podemos ao fim de certo período aferir qual o número de dias ou horas, ao fim dos quais se faz a lavagem dos filtros. Para maior seguridade o ideal será colocar manómetros, à entrada e à saídas dos filtros, fazendo a limpeza sempre que a diferença de pressões, descontadas as perdas de carga relativas ao próprio filtro, seja superior a 300 g/cm2.
  • 53. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.1.2 - Manutenção e limpeza dos filtros • Na grande maioria dos casos a limpeza faz-se por inversão do sentido da corrente, pelo que nestes casos será útil a instalação de dois ou mais filtros em paralelo, para que a lavagem se faça sempre com água limpa. • Nos filtros de malha ou lamelas, ao fim de algum tempo, além destas limpezas de rotina, é conveniente fazer uma limpeza mais profunda lavando manualmente as redes ou discos, se necessário, com o auxilio de uma escova. • Refira-se também que estas operações de limpeza se podem automatizar, utilizando para o efeito filtros autolimpantes, já pensados com essa finalidade ou instalando no sistema válvulas eléctricas que podem ser comandadas a partir de programadores de rega mais ou menos sofisticados.
  • 54. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores Vimos já que uma das vantagens da rega localizada reside na possibilidade de efectuar a fertilização em simultâneo com a rega. Com esse objectivo instalam-se no cabeçal, ou em distintos sectores de rega, adubadores que permitem incorporar à água de rega os elementos nutritivos de que as plantas carecem. Estes equipamentos possibilitam ainda a incorporação de fungicidas, nematodicidas, herbicidas, ácidos para limpeza do sistema, etc.. bastando para tal que sejam solúveis na água de rega.
  • 55. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores Daqui resultam numerosos benefícios tais como: - Distribuição uniforme e controlada de elementos nutritivos e outros produtos incorporados à água; - Reduzida acumulação de sais no terreno, devido às baixas doses de adubo aplicadas em cada rega; - Rapidez na assimilação dos elementos nutritivos pelas plantas; - Menores encargos em mão de obra devido ao facto destas operações serem simultâneas à rega; - Possibilidade de dosificar adubos, ácidos, pesticidas etc, em proporção com o volume de água ;
  • 56. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores Com vista a uma escolha cuidada, do equipamento mais adequado a cada situação, a instalação destes elementos, deve ser precedida de um estudo prévio que tenha em atenção um conjunto de factores, de que destacamos: - Prevenir a ocorrência de corrosão do equipamento de rega - O método de incorporação dos adubos na água de rega - O volume de solução fertilizante a incorporar - A concentração da solução fertilizante - A capacidade dos depósitos ou tanques de fertilização - A precisão necessária das doses a injectar - A pressão na rede de rega - A existência ou não de electricidade
  • 57. Os adubadores podem dividir-se nas seguintes classes: - Tanques de fertilização - Adubadores tipo Venturi - Injectores ou dosificadores a) - Tanques de fertilização São constituídos por um depósito hermeticamente fechado, no interior do qual se coloca a solução nutritiva. • Este depósito pode ser metálico, plástico ou em fibra de vidro e deve estar preparado para resistir a pressões até 5 a 6 kg/m2, bem como à corrosão, dos produtos (adubos, ácidos etc..) utilizados (foto 6); M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores
  • 58. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores a) - Tanques de fertilização Foto 6 - Tanque de fertilização rústicoTanque de fertilização rústico
  • 59. • A instalação do adubador faz-se em paralelo, com a tubagem principal da rede de rega, mediante uma ligação designada por "by- passe”; • Na maioria dos modelos existem dois tubos na parte superior; • Um deles, que desce até ao fundo do despósito, proporciona a entrada da água tangencialmente às paredes, provocando um movimento de rotação que ajuda a dissolver os adubos; • O outro tubo, que serve para saída da solução nutritiva, penetra apenas alguns centímetros no interior do depósito; •A saída de mais ou menos adubo consegue-se fechando, mais ou menos a torneira do "by-passe", intercalada entre a entrada e a saída do adubador; M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores a) - Tanques de fertilização
  • 60. • Alguns fabricantes fazem acompanhar o adubador de um gráfico onde, entrando com a diferença de pressão, à entrada e à saída do depósito, se calcula a quantidade de solução fertilizante incorporada à água de rega; • A colocação de um corante ou adubos que vão colorir a solução nutritiva e um tubo de plástico transparente à saída, também ajudam a reconhecer o momento em que todo o adubo foi incorporado à água de rega; • Outro processo mais rigoroso consiste em medir a condutividade da água e ir verificando, até que as medições efetuadas depois da saída do adubador voltem ao valor inicial; • Estes adubadores são fáceis de utilizar mas são pouco rigorosos, dado que a concentração de adubo na água de rega vai diminuindo ao longo da mesma, não sendo por isso possível uma aplicação uniforme dos adubos. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores a) - Tanques de fertilização
  • 61. Nos adubadores que utilizam o principio de Venturi, a água entra num tubo, que sofre um estrangulamento, imediatamente antes do ponto de ligação à tubagem de aspiração da solução fertilizante (figura 8 );. • Este estrangulamento, dá origem a uma elevação da pressão à entrada e a um abaixamento à saída, que provoca a sucção do liquido contido no depósito; • A sucção dos adubos pode ser doseada, variando o diâmetro do estrangulamento, e é tanto maior quanto mais elevado o caudal que passa no Venturi; • Os modelos mais simples e económicos, não têm depósito incorporado, e consistem numa peça compacta, em forma de cruzeta, que se intercala na tubagem principal, reunindo numa só unidade todos os elementos de regulação e controlo necessários para provocar o efeito de Venturi . M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores b) - Adubadores Venturi
  • 62. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores b) - Adubadores Venturi Rede rega Solução Mãe 1) Torneira 2) Válvula de retenção 3) Filtro Figura 8 - Esquema adubador Venturi
  • 63. • Os modelos que permitem maior rigor dispõem de um depósito para os adubos, onde se insere depois o Venturi, com dispositivos que possibilitam estabelecer diferentes concentrações de adubo na água de rega (foto7); • Como inconvenientes, apontam-se o facto de provocarem elevadas perdas de carga e exigirem, para um funcionamento correcto, caudais relativamente elevados; • Também se aponta a exigência de adubos líquidos, ou sólidos bem dissolvidos e sem impurezas, sob pena de se entupirem com frequência, impedindo a sucção. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores b) - Adubadores Venturi
  • 64. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.2 - Adubadores b) - Adubadores Venturi Foto 7 - Adubador Venturi, com depósitoAdubador Venturi, com depósito incorporadoincorporado
  • 65. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura 2.2.2 - Adubadores c) - Injectores ou dosificadores Estes adubadores utilizam o sistema de bombas injectoras, mediante as quais se pode regular com precisão o caudal da solução nutritiva a injectar na rede de rega. Ao contrário dos tanques de fertilização e de alguns modelos venturi, os injectores de adubo, não trazem depósito incorporado, podendo adaptar-se a qualquer recipiente, resistente à acção corrosiva dos produtos a utilizar, e cuja capacidade depende do volume da solução a injectar. Dentro das bombas injectoras temos as que funcionam com pequenos motores eléctricos e permitem injectar a solução fertilizante a débito constante, independentemente do débito na rede principal.
  • 66. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura • Nestes casos as bombas são em geral de membrana, exigindo baixas potências pois, ainda que a pressão de injecção entre 5 e 15kg/cm², tenha que ser sempre superior à da rede, os caudais são baixos, variando entre os 20 a 250 l/h ; • Nestes adubadores, é possível regular o caudal com a bomba em marcha, actuando sobre um parafuso que roda sobre uma escala graduada.; • Possibilitam ainda adubar com elevada precisão e são fáceis de automatizar. • Têm como principal inconveniente, para lá do custo elevado, a exigência de energia eléctrica para o seu funcionamento; 2.2.2 - Adubadores c) - Injectores ou dosificadores
  • 67. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura Outros sistemas utilizam a própria pressão da água, para accionar hidraulicamente bombas de pistões, que promovem a injecção dos adubos. De entre os aparelhos que funcionam por acção da água sob pressão, damos preferência aos que injectam a solução em função do caudal. • Nestes casos a solução fertilizante é injectada proporcionalmente ao caudal da rede, obtendo-se a cada momento a mesma concentração de adubo independentemente das oscilações que possam ocorrer, no caudal ou na pressão, da rede de rega; • Dependendo do modelo estes adubadores, que funcionam com caudais desde 2,5 a 20 m3/h; 2.2.2 - Adubadores c) - Injectores ou dosificadores
  • 68. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura • Injectam a solução fertilizante a concentrações que oscilam entre os 0.5 a 10% do caudal principal, podendo em alguns casos o mesmo aparelho apresentar várias possibilidades de variar a concentração; • Se o caudal for superior aos limites do doseador , podemos fazer uma ligação em “by-pass”, mas perde-se a proporcionalidade directa e diminui a % de solução injectada, em função do caudal na tubagem principal; • O custo destes aparelhos é também algo elevado e provocam perdas de carga, no sistema, bastante acentuadas; • Noutros modelos (figura 7) o caudal de injecção é proporcional à pressão da água no tubo de alimentação do motor hidráulico; 2.2.2 - Adubadores c) - Injectores ou dosificadores
  • 69. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura 1 - Válvula de controle da pressão 2 - União rápida 3 - Filtro 4 - Paragem automática 5 - Cabeça de sucção 6 - Válvula de saída de ar 7 - Válvula manual de controle da injecção 8 - Válvula de descarga da água 9 - Válvula de retenção Fig. 7 - Injector de Fertilizantes 2.2.2 - Adubadores c) - Injectores ou dosificadores
  • 70. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura • Nestas condições a regulação do caudal faz-se por ajuste da pressão, numa válvula reguladora ai instalada; • Se se desejar um caudal de injecção constante, independente da pressão, teremos que instalar um acessório denominado regulador de caudal; • Nestes modelos a perda de carga é menor mas em contrapartida necessitam expulsar para o exterior um pequeno caudal de água, que se perde, encharcando a zona envolvente; •Os injectores hidráulicos apresentam a vantagem de poder funcionar em locais que não disponham de energia eléctrica. 2.2.2 - Adubadores c) - Injectores ou dosificadores
  • 71. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura Quando se trabalha com adubadores proporcionais ou com bombas injectoras é possível calcular antecipadamente, com rigor, imensos dados que nos irão auxiliar a utilizar da melhor maneira estes aparelhos. Para facilidade dos cálculos, podemos socorrer-nos de fórmulas que se podem encontrar em numerosas revistas da especialidade. As questões a resolver são variadas assim como variados são os caminhos que se podem tomar para a sua resolução. Sem querer esgotar o tema, vamos apontar algumas pistas, escolhendo de entre as situações que no dia a dia se deparam, algumas das que consideramos mais importantes e frequentes. 2.2.2 - Adubadores CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO
  • 72. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura Partindo da fórmula : - Ca = Cs x Ads/Vs, podemos calcular qualquer destes valores, se considerarmos que: - Ca = concentração de adubo na água de rega (g/l) - Cs = concentração da solução mãe na água de rega (%) - Ads = adubo a dissolver na solução mãe (g) - Vs = volume da solução mãe, "água + adubo" (l) Deste modo temos que: . Cs = Ca x Vs / Ads . Ads = Ca x Vs / Cs . Vs = Cs x Ads / Ca 2.2.2 - Adubadores CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO
  • 73. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura 2) Supondo que desejamos uma concentração de 2.5 g/l de adubo na água de rega e temos um adubador que injecta 1 l de solução mãe por cada 100 l (1%) de água de rega. No caso de querermos dissolver 25 kg de adubo, calcular qual o volume da solução mãe? .Vs = ? .Cs = 1 % = 1 / 100 = 0.01 .Ads = 25 Kg = 25.000 g .Ca = 2.5 g/l - Vs (Cs x Ads / Ca) = 25.000 x 0.01/2.5 - Vs = 100 l RESPOSTA - A solução mãe terá um volume de 100 l, ou seja, os 25 Kg de adubo devem ser misturados com água até perfazer 100 l. 2.2.2 - Adubadores CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO
  • 74. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura 2) Calcular a quantidade de adubo a incorporar em cada litro de solução mãe, para que a água de rega fique com 2 g/l de adubo. Dispomos de uma bomba eléctrica, regulada para injectar 200 l/hora, de solução mãe na água de rega e o caudal de rega é de 20.000 l/hora. .Ads = ? .Ca = 2 g/l .Vs = 1 l .Cs = é um valor que podemos obter a partir do volume de solução mãe injectado na água de rega. Assim temos que, em cada hora, 200 l de solução mãe são misturados em 20.000 l de água de rega. donde: 2.2.2 - Adubadores CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO
  • 75. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura 200 l ---------------- 20.000 l x ---------------- 100 l x = 1 l Daqui se conclui que cada 100 l de água de rega recebem 1 l de solução mãe, ou seja, o nosso valor Cs = 1 % = 0.01. .Ads (Ca x Vs / Cs) = 2 x 1/0.01 .Ads = 200 g RESPOSTA - Cada litro de solução mãe deve conter 200 g de adubo. 2.2.2 - Adubadores CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO
  • 76. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura 3) Dissolvemos 30 Kg de adubo em água, até perfazer 200 l de solução mãe. Supondo que o caudal de rega é de 20 m3/hora e que a bomba doseadora lhe injecta 150 l/hora de solução mãe, saber qual a concentração do adubo na água de rega. .Ca = ? .Ads = 30.000 g .Vs = 200 l .Cs = poderia também ser calculado aplicando a fórmula : Cs = q x 100 / Q , em que: q = caudal da bomba injectora (l/h) Q = Caudal na rede de rega (l/h) 2.2.2 - Adubadores CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO
  • 77. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura Deste modo teríamos: .Cs = 150*100/20.000 .Cs = 0.75 % = 0.0075 .Ca (Cs x Ads/Vs) = 0.0075*30.000/200 .Ca = 1,125 g/l RESPOSTA - A concentração do adubo na água de rega é de 1.125 g/l 2.2.2 - Adubadores CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO
  • 78. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Fertirrega em Horticultura Outras questões se poderão colocar referem-se ao calculo do tempo de fertilização. Podemos então aplicar a fórmula Tf = Ads x 60/Q x Ca e daqui deduzir os outros valores, de modo que teremos: . Ads = Tf x Q x Ca/60 . Q = Ads x 60/(Tf x Ca) . Ca = Ads x 60/(Tf x Q) Onde Tf = ao tempo de fertilização (min). Os outros elementos mantêm os significados já referidos anteriormente. 2.2.2 - Adubadores CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO
  • 79. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Para que o sistema de rega possa funcionar correctamente é necessário que todos os emissores debitem idênticos caudais, sendo correcto admitir diferenças não superiores a 10%. Assim sendo torna-se necessário controlar as pressões e caudais, nos cabeçais principal e secundários, bem como em diferentes sectores da rede de rega considerados estratégicos. Neste trabalho vamos referir alguns dos elementos que permitem regular ou controlar esses valores, destacando apenas aqueles que consideramos indispensáveis. Ainda que possam ser utilizados isoladamente, para facilidade de exposição e porque são também parte integrante do cabeçal, passamos a referi-los desde já.
  • 80. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Manómetros São pequenos aparelhos que permitem medir a pressão em diferentes pontos da rede de rega (foto 12).
  • 81. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Manómetros • No mercado aparecem diversos modelos mas para rega localizada, trabalhando com baixas pressões, é conveniente escolher aparelhos que tenham sensibilidade para a medição de valores da ordem dos 100 g/cm² ou menos; • Se utilizamos manómetros com escalas de 0 - 10 Kg/cm² ou mesmo de 0 a 6 Kg/cm², teremos grande dificuldade em determinar com precisão valores de 0.5 a 1 Kg/cm², valores de pressão entre os quais trabalham muitos dos sistemas de rega localizada; • Assim será melhor escolher aparelhos com escala de 0 a 4 Kg/cm² ou menos, onde valores de 0.5 Kg/cm² representam já uma ampla parcela da escala, permitindo assim um rigor aceitável;
  • 82. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Manómetros • Também se recomenda a utilização de manómetros com glicerina na zona de deslocação do ponteiro, a qual funcionando como amortecedor evita os choques bruscos do mesmo, especialmente em pontos onde quedas ou subidas repentinas da pressão, poderão danificar rapidamente estes aparelhos; • O número de aparelhos a instalar numa rede de rega é variável com a sua dimensão e esquematização; • Deverão todavia colocar-se manómetros em todos os locais onde seja necessário conhecer com rigor a pressão a cada momento; • Também se pode optar por instalar vários pontos de medição onde, dispondo de um único manómetro munido de uma agulha própria para o efeito, se faz a verificação dos valores da pressão; • Na maioria dos casos aconselha-se instalar manómetros, ou pontos de medição, nos seguintes pontos:
  • 83. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Manómetros À saída da bomba - de modo a conhecer a pressão no inicio da rede de rega a cada momento. Antes e depois dos filtros - de maneira a possamos saber não só as perdas de carga, provocadas por estes elementos, mas também o seu grau de sujidade. À entrada e saída dos adubadores - estes manómetros possibilitam saber a cada momento não só as perdas de carga, provocadas pelos mesmos, mas também se a pressão é a indicada para o seu correcto funcionamento. • Estes dados são especialmente importantes no caso de adubadores em que a concentração dos elementos nutritivos adicionados à água de rega se calcula com base na diferença de pressão, entre a entrada e a saída da água. Eventualmente poderão colocar-se manómetros noutros locais, tudo dependendo da rede em questão.
  • 84. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Válvulas reguladoras de pressão São aparelhos que se intercalam no circuito com a finalidade de regular a pressão na rede de rega (foto 13).
  • 85. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Válvulas reguladoras de pressão • Estas válvulas, além de evitarem que a pressão exceda os valores desejados, permitem de forma automática, mante-la constante, a partir do ponto em que se encontram instaladas, ainda que a montante possam ocorrer oscilações, dentro de valores acima do valor escolhido; • Existem muitas marcas e tipos, vindo uns modelos já regulados de fábrica, e outros em que se pode regular a pressão que se deseja obter depois da válvula; • Deve ponderar-se se se justifica ou não a sua instalação dado que acarretam sempre importantes perdas de carga.
  • 86. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Reguladores de caudal Os reguladores de caudal são constituídos por uma pequena peça, em metal ou em plástico, onde se insere uma membrana de borracha com um orifício, cujo diâmetro aumenta ou deminui de acordo com a pressão da água, de maneira a manter um caudal constante (foto 14). • Estes acessórios, de pequeno diâmetro, em geral instalam-se à entrada de cada linha de rega e vêm regulados para um caudal fixo que não se pode modificar; • Estão indicados para terrenos inclinados;
  • 87. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Reguladores de caudal
  • 88. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Controle dos caudais A eficiência da rede de rega depende em muito dos meios disponíveis para controlar a quantidade de água aplicada em cada rega. • Em muitas ocasiões o agricultor não atua com suficiente rigor, pois toma como base para os seus cálculos, o caudal horário que se presume seja bombeado para a rede; • Estes dados por sua vez são fruto de um teste de caudal, na maior parte dos casos bastante rudimentar e efectuado uma única vez, aquando da abertura do furo ou instalação da bomba; • Outro método expedito, consiste em estimar o caudal com base no débito do emissor; • Neste caso sabendo o numero total de emissores instalados na parcela a regar, calcula-se o tempo de rega, para que passe o volume de água desejado;
  • 89. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Controle dos caudais • Este método é todavia também pouco rigoroso, e nem sempre possível de aplicar, dado que os emissores podem ter débitos irregulares, devido à pressão da rede nem sempre corresponder aos valores previstos, por haver entupimentos ou mesmo por deficiências de fabrico e, noutras ocasiões, desconhece-se mesmo o seu débito real. • Em rega localizada exige-se maior precisão, dado que as regas são em geral curtas e freqüentes, implicando na maioria dos casos a aplicação de adubos ou pesticidas, segundo doses bastante precisas onde a falta de rigor pode ocasionar perdas ou danos avultados. • Nestas condições, em que se exige elevado rigor no controle da rega, será necessário considerar a instalação de contadores de água, semelhantes aos utilizados nas redes domésticas de abastecimento de água (foto 15).
  • 90. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Controle dos caudais
  • 91. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.2.3 - Elementos de regulação e controlo Controle dos caudais • Em muitos casos bastará instalar um contador, no cabeçal de rega, a partir do qual se faz todo o controle da água a aplicar. No caso de na rede existirem vários sectores, será necessário instalar tantos contadores quantos os sectores a regar em simultâneo. • No mercado encontram-se vários tipos de aparelhos, a maioria dos quais, apresenta um grau de rigor que pode ir até às décimas do litro, suficiente portanto para o fim em vista. • A escolha do modelo irá assim depender fundamentalmente das necessidades de cada um, pelo que se poderá escolher desde os adaptados para funcionar com caudais baixos, da ordem dos 2 m3/h, até aos que possibilitam medições de 50 m3/h ou mais. • Para o caso de redes onde o volume de água a aplicar seja controlado por meios automatizados, além dos mecanismos normais o contador terá ainda que dispor de um emissor de impulsos ligado ao programador da rega.
  • 92. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.3 - Rede de distribuição Em rega localizada praticamente só se aplicam tubos de plástico, principalmente de polietileno e, em menor escala, os de PVC rígido. A sua crescente utilização em substituição, de outros tipos de tubagem, deve-se a uma série de características, de que se salienta: - A baixa densidade; - A boa resistência química; - A simplicidade de instalação; - A possibilidade de aplicar acessórios de outros materiais; - A boa flexibilidade; - As baixas perdas de carga; - Os baixos custos de manutenção, quando enterradas; - Os preços do tubo são mais baratos que os metálicos ou de fibrocimento; - Têm melhor resistência à corrosão e boa estabilidade.
  • 93. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada • Do que acima foi dito resulta que estes tubos permitem a incorporação de adubos, ácidos, pesticidas etc., sem perigo de danificar a tubagem; • Além disso, ao conduzirem mal o calor, protegem melhor a água que transportam contra as variações de temperatura, verificando-se que a água gela com mais dificuldade numa tubagem de plástico do que numa metálica; • Por outro lado, ao serem mais elásticos e flexíveis, quando a água gela podem dilatar-se mais e absorver o aumento de volume, que a água experimenta ao congelar, pelo que em zonas onde este problema se ponha têm a vantagem de se poderem enterrar a menores profundidades que as tubagens clássicas, o que pressupõe alguma economia, resultante de um menor trabalho a realizar; 2.3 - Rede de distribuição
  • 94. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada • No que se refere à dilatação térmica há que atender ao facto dos plásticos terem um coeficiente de dilatação várias vezes superior ao dos metais, factor a ter em conta na hora de projectar uma instalação. • O PVC rígido, por exemplo, tem um coeficiente da ordem dos 0.6 - 0.8 mm/metro de longitude/10ºC de variação da temperatura. Logo, num tubo com 100 m de PVC , ao passar de 10ºC a 30ºC, há uma dilatação de 12 a 16 cm; • Nos tubos de PE o alongamento ainda é maior, deformando-os, o que obriga por vezes a instalar elásticos ou outros artifícios que mantenham as linhas de rega esticadas, de modo a que a água não seja aplicada em zonas fora do alcance das raízes; • Ao serem hidraulicamente lisos os tubos de plástico, em igualdade de outras condições, têm uma capacidade de transporte de água claramente superior, ao contrario de outros materiais que, sendo lisos de inicio, passado algum tempo deixam de o ser devido a incrustações que se formam no seu interior; 2.3 - Rede de distribuição
  • 95. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada • Os tubos de plástico PE comercializam-se em rolos de 50 a 200 m, dependendo do diâmetro, e os de PVC em varas de 6m, sendo o seu manejo e transporte bastante facilitados pela leveza do material; • Os tubos de PE, mediante a adição de 2 a 3 % de negro de fumo, adquirem boa resistência à radiação, sendo todavia aconselhável, sempre que possível, protege-los da luz para lhe aumentar a vida útil; • Assim para além da protecção, sempre recomendável, quando se armazenam será em muitos casos conveniente enterrar a tubagem no solo, a profundidades de pelo menos 0.70 m e se possível, em especial nos terrenos pedregosos, colocando os tubos entre duas camadas de areia; • Deste modo protegemos a rede de rega não só dos danos provocados pela luz como ainda de possíveis acidentes provocados por pedras, trabalhos de mobilização do solo, deslocações de máquinas etc.; 2.3 - Rede de distribuição
  • 96. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada • Esta operação todavia também tem alguns inconvenientes como seja a dificuldade de reparação, no caso de rupturas, e o facto de ser uma operação sempre dispendiosa. • Em geral numa rede o mais comum é enterrar a tubagem principal e a totalidade ou parte da secundaria, deixando à superfície as linhas regantes. • Os tubos plásticos podem unir-se entre si recorrendo a acessórios do mesmo material ou tradicionais, tais como o ferro ou o latão, os quais serão tratados mais adiante. 2.3 - Rede de distribuição
  • 97. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.3 - Rede de distribuição Dimensionamento da tubagem A água de rega é encaminhada para as plantas por intermédio de uma rede de distribuição que deverá ser desenhada e calculada de tal modo que todos os emissores, duma mesma parcela, debitem aproximadamente a mesma quantidade de água, sendo recomendado, pela maioria dos especialistas, que as diferenças de caudal entre emissores não exceda os 10 %, em relação ao seu caudal nominal. Para isso é aconselhável recorrer a técnicos e firma da especialidade no sentido de projectarem as redes de rega das hortas e pomares a irrigar. • De acordo com o volume de água a transportar e a pressão ou carga necessária ao funcionamento da rede assim se utilizam tubos de diferentes diâmetros e resistentes a pressões mais ou menos elevadas. (Quadro IV).
  • 98. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.3 - Rede de distribuição Dimensionamento da tubagem QUADRO IV Dimensões de alguns tubos de polietileno para rega localizada, produzidos em fabricas da Região Algarvia ------------------------------------------------------------ Tubo resistente a pressões de 2 kg/cm² ------------------------------------------------------------ Diâmetro Diâmetro Diâmetro Peso Comprimento Nominal Exterior Interior (Apróx.) dos rolos ( " ) (mm) (mm) (g/m) (m) ------------------------------------------------------------ 1 " 33 28 225 50/100 1 1/4" 42 37 290 50/100 1 1/2" 50 44 415 50/100 2" 62 56 520 50/100 2 1/2" 75 69 635 6 3" 90 83 865 6 4" 110 102 1240 6
  • 99. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.3 - Rede de distribuição Dimensionamento da tubagem Tubo resistente a pressões de 4 kg/cm² ------------------------------------------------------------ Diâmetro Diâmetro Diâmetro Peso Comprimento Nominal Exterior Interior (Apróx.) dos rolos ( " ) (mm) (mm) (g/m) (m) ------------------------------------------------------------ 16 mm 16 13 60 200/400 1/2" 17 14 70 100/300 5/8" 20 17 90 100/300 3/4" 25 20 165 100/200 1 " 33 27 265 50/100 1 1/4" 42 36 345 50/100 1 1/2" 50 43 480 50/100 2" 62 53 760 50/100 2 1/2" 75 64 1120 50/100 3" 90 78 1440 50/100 4" 110 96 2080 50 ------------------------------------------------------------
  • 100. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.3 - Rede de distribuição Dimensionamento da tubagem Tubo resistente a pressões de 8 kg/cm² ------------------------------------------------------------ Diâmetro Diâmetro Diâmetro Peso Comprimento Nominal Exterior Interior (Apróx.) dos rolos ( " ) (mm) (mm) (g/m) (m) ------------------------------------------------------------ 1/2" 17 13 90 100/300 5/8" 20 15 130 100/200 3/4" 25 19 195 100/200 1 " 33 25 340 50/100 1 1/4" 42 31 590 50/100 1 1/2" 50 38 775 50/100 2" 62 47 1200 50/100 2 1/2" 75 56 1820 50/100 3" 90 72 50/100 4" 110 50
  • 101. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.3 - Rede de distribuição Dimensionamento da tubagem • Os tubos de maior diâmetro, 2 " ou mais, em geral só se utilizam na tubagem principal e ramais secundários; • Estes tubos devem resistir a pressões nunca inferiores a 4 Kg/cm2; • As linhas regantes, na maioria dos casos, utilizam tubos com diâmetro compreendido entre a 1/2" e os 3/4", sendo em geral suficiente tubo de 2 Kg/cm2, muito embora se possam utilizar tubos de 4 Kg/cm2, como forma de segurança a aumentos de pressão que possam ocorrer na rede de rega;
  • 102. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores Os emissores são os elementos que possibilitam a distribuição da água às culturas, sendo por isso mesmo, dos componentes mais importantes da instalação. Para que possamos tirar o máximo partido dos emissores, sejam eles miniaspersores, gotejadores ou fitas de rega, é necessário que reunam, entre outras, as seguintes características: - Trabalhem a baixas pressões, debitando caudais reduzidos, mas constantes e pouco sensíveis às variações de pressão; - Não se entupam com facilidade; - Sejam compactos, de modo a não dificultar os trabalhos; - Que sejam baratos, mas com elevada uniformidade de fabrico, de modo a permitir uma distribuição homogênea da água e adubos pelas parcelas a regar.
  • 103. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores • Os caudais, nos gotejadores e fitas, podem variar dos 0.5 l/h aos 10 l/h, mas os débitos mais utilizados situam-se entre os 2 a 4 l/h; • Nos miniaspersores, os débitos são em geral mais elevados, oscilando, dum modo geral, entre os 35 l/h e os 120 l/h; • Alguns gotejadores trabalham a pressões inferiores a 1 Kg/cm² e, no caso das fitas de rega há modelos que dificilmente suportam valores superiores a 0.6 - 0.7 Kg/cm². • Todavia sempre que possível é aconselhável trabalhar com valores da ordem de 1 Kg/cm², em particular nos terrenos acidentados, onde os altos e baixos do solo e as perdas de carga ao longo das linhas de rega, são suficientes para que se perca a uniformidade de distribuição da água. • Nestas condições, para manter a uniformidade, o uso de muito baixas pressões, obrigaria a encurtar os ramais de rega, ou então, a aumentar o diâmetro do tubos o que originaria sempre um encarecimento da instalação;
  • 104. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores • No caso dos miniaspersores as pressões de funcionamento são sempre superiores a 1 Kg/cm², sendo os valores em redor dos 2 a 2.5 Kg/cm², os mais correntemente utilizados; • A sensibilidade às variações de pressão está relacionada com o regime de funcionamento hidráulico do gotejador, sendo os que trabalham em regime laminar mais sensíveis que os que trabalham em regime turbulento e estes últimos mais que os autorreguláveis; • Num emissor a pressão e o caudal estão relacionados pela expressão Q = K * Hx onde: Q = Caudal do emissor (l/h) K = Constante H = Pressão (mca) x = Expoente característico do gotejador p
  • 105. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores • Sendo "x" um factor que permite caracterizar cada emissor, e definir o seu regime de escoamento, podemos estabelecer a seguinte classificação: - Quase laminar (x = 0.7 a 0.75). Estão nestas condições os gotejadores de circuito longo e condução rectilínea, caso dos microtubos, em que as perdas de carga se obtêm por fricção sobre as paredes; - De transição (x = 0.65). São exemplo desta situação os gotejadores de circuito longo e condução em ziguezague em que a perda de carga se obtém por fricção sobre as paredes e por turbulência na conduta em ziguezague; - Turbulento (x = 0.45 a 0.50). Alguns modelos de fitas de rega e miniaspersõres enquadram-se neste grupo; - Ciclónico (x = 0.4). Caso de certos gotejadores que trabalham em regime ciclónico; - (x = 0). No caso dos gotejadores autoreguláveis em que o caudal é constante, ou varia pouco, dentro de determinados valores de pressão.
  • 106. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores • Para conseguir pequenos caudais são necessários orifícios de saída também pequenos, portanto a fabricação deve ser muito precisa, dado que pequenas diferenças no diâmetro dos orifícios podem dar lugar a importantes variações de caudal. ; • Os diâmetros variam de 0.3 a 1 mm, podendo em alguns modelos ir até aos 5.5 mm; • Quanto maiores são os diâmetros menores os riscos de obstrução, porém o caudal é em geral também mais elevado; • Por norma os miniaspersõres têm orifícios de saída maiores e, nalguns casos, podem desmontar-se para limpeza; • Querer ao mesmo tempo orifícios de saída pequenos e emissores que não se obstruam com facilidade, são duas características de difícil resolução e que se contrapõem;
  • 107. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores • Por esse motivo existem no mercado uma variedade imensa de modelos, que são o reflexo da maneira mais ou menos engenhosa de controlar estes problemas; • Relativamente ao preço dos gotejadores, a experiência tem demonstrado que os sistemas mais baratos, em geral são menos rigorosos e entopem-se com facilidade, pelo que os gastos de manutenção das instalações se elevam consideravelmente; • Assim é nossa convicção que não se deve valorar em demasia esta característica, ainda que tenha sempre de ter-se presente a rentabilidade da cultura a regar, antes de se decidir por um ou outro sistema.
  • 108. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores 2.4.1 - Classificação dos emissores A existência de um número elevado de modelos, com características por vezes muito distintas, deu origem a diferentes maneiras de classificar os emissores podendo, consoante os autores, tomar-se como referência os aspectos hidráulicos ( de que já falámos), os riscos de obstrução, o modo de fixação etc.. Assim "Veschambre e Pierre Vaysse" técnicos do CTIFL de França no livro "memento goutte a goutte" distinguem apenas três tipos de emissores: * GotejadoresGotejadores, de débito inferior a 10 l/h, constituindo peças independentes das linhas de rega sobre as quais estão inseridos (fotos 16 a 18); * Fitas,Fitas, com orifícios que debitam valores da mesma ordem dos gotejadores, mas que são elas mesmas parte integrante das linhas de rega, não podendo delas ser separadas (foto 19);
  • 109. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores 2.4.1 - Classificação dos emissores (fotos 16 a 19)
  • 110. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores 2.4.1 - Classificação dos emissores
  • 111. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores 2.4.1 - Classificação dos emissores * Difusores (Miniaspersores),Difusores (Miniaspersores), de débito superior a 10 l/h, que realizam uma micro-aspersão localizada (foto 20);
  • 112. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores 2.4.1 - Classificação dos emissores Dentro dos miniaspersores J. Beltrão, num trabalho sobre rega localizada considera ainda que estes emissores podem ser dinâmicosdinâmicos (miniaspersores propriamente ditos) ou estáticosestáticos (microaspersores). Já " José A. M. San Juan" no livro "Riego por Goteo", recorre a uma classificação bastante mais completa, onde se considera: ** O regime de funcionamento hidráulicoO regime de funcionamento hidráulico:: - De regime laminarDe regime laminar (percurso longo e pequeno caudal); - De regime parcialmente turbulentosDe regime parcialmente turbulentos (percurso longo e grande caudal, gotejadores de orifício); - Totalmente turbulentosTotalmente turbulentos (labirínticos, de saídas múltiplas);
  • 113. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores 2.4.1 - Classificação dos emissores ** A forma como tem lugar a perda de cargaA forma como tem lugar a perda de carga:: - Percurso longoPercurso longo -- Percurso curtoPercurso curto -- Fitas perfuradasFitas perfuradas * A forma de fixação:A forma de fixação: -- Em linhaEm linha (corta-se o tubo e coloca-se o gotejador) -- Em derivaçãoEm derivação (o emissor é cravado ao tubo) * O modo de distribuição da águaO modo de distribuição da água:: - SimplesSimples (uma saída) - MúltiploMúltiplo - Fitas de paredes porosasFitas de paredes porosas
  • 114. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores 2.4.1 - Classificação dos emissores ** O risco de obstruçãoO risco de obstrução:: - GrandeGrande Ø< 0.7 mm - MedianoMediano 0.7 < Ø < 1.5 mm - DébilDébil Ø > 1.5 mm * A forma de limpezaA forma de limpeza - DesmontáveisDesmontáveis -- Não desmontáveisNão desmontáveis -- AutolimpantesAutolimpantes
  • 115. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores 2.4.1 - Classificação dos emissores * A sua regulação da pressão* A sua regulação da pressão:: - NormaisNormais - AutorreguláveisAutorreguláveis Neste caso, por se tratar de um trabalho especifico sobre rega gota a gota, não vêm referidos os miniaspersores.
  • 116. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4 - Emissores 2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento Os emissores são fabricados para debitarem um dado caudal, em geral variável, com a pressão de trabalho a que estão sujeitos. Todavia, em condições de trabalho, esse valor sofre sempre uma serie de oscilações que podem ter origem no próprio emissor ou em condições externas. a) Defeitos de fabrico • Na práctica é impossível o fabrico de objectos exactamente iguais, admitindo-se por isso determinadas margens de erro, dentro das quais os defeitos se consideram aceitáveis; • Assim a concepção, consoante se trate de modelos mais ou menos difíceis de executar, é um factor que pode influir no produto final ;
  • 117. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento a) Defeitos de fabrico • No caso dos emissores onde, como já referimos, os orifícios de saída da água são diminutos, pequenas diferenças no diâmetro ou ligeiras imperfeições, ainda que reduzidas em valor absoluto podem representar um valor percentual bastante elevado. • Estes problemas podem assumir maior gravidade no caso dos gotejadores ou miniaspersores autocompensantes, onde o fluxo de água é regulado, por intermédio de uma pequena anilha, ou membrana, em material elástico; • Pelo exposto se pode ver como é importante haver, posteriormente ao processo de fabrico, um controle de qualidade que possa atestar se a maioria dos gotejadores estão dentro das margens de tolerância aceitáveis, garantindo assim que o material utilizado corresponde ao que efectivamente necessitamos.
  • 118. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento b) Temperatura • Também a temperatura afecta o funcionamento do emissor: • Nuns casos o gotejador pode trabalhar em regime laminar, o qual como é sabido, depende da viscosidade do líquido. Como a viscosidade da água varia com a temperatura, o caudal também se vê afectado; • Por outro lado o material usado para fabricar os gotejadores, fitas ou miniaspersores, pode ser afectado pelas mudanças de temperatura que originam alterações no diâmetro dos orifícios de saída da água, produzindo como consequência alterações ao nível dos caudais. Esta incidência é maior nos emissores autocompensantes.
  • 119. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento c) Obstrução dos emissores • Os entupimentos, ao impedirem a saída da água, são a principal causa da inutilização de muitos sistemas de rega localizada; • Por vezes a obstrução é parcial e resulta duma redução do diâmetro no orifício do emissor mas, não raras vezes, o entupimento é total; • Em qualquer dos casos tais anomalias, caso se prolonguem, conduzem à diminuição da produção ou mesmo à perda da cultura, a curto ou médio prazo; Estas obstruções produzem-se pelas seguintes causas: - Partículas sólidas que a água leva em suspensão, algumas das quais, por serem mais finas que a malha dos filtros, atravessam todo o sistema de filtragem (geralmente è matéria orgânica, células de microorganismos ou óxidos de ferro); - Bactérias produzidas no interior dos tubos, ou então nos depósitos de armazenamento da água.;
  • 120. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada - Depósitos químicos devidos à própria constituição da água ou a precipitados dos adubos que se introduzem na rede de rega; - Areias e algas, no caso de má escolha dos elementos filtrantes; - Crostas que se formam no interior de algumas tubagens; •Tem-se verificado que os entupimentos diminuem consideravelmente se os orifícios de saída da água forem colocados na parte superior do tubo; • Deve-se isto ao facto de muitas partículas, com dimensão suficiente para bloquear as saídas tenderem a depositar-se no fundo, podendo depois sair pela extremidade final das linhas de rega, mediante purgas periódicas. Infelizmente, na práctica, esta operação nem sempre é fácil de executar; 2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento c) Obstrução dos emissores
  • 121. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada • Quando as águas contêm certos elementos, como o cálcio e o magnésio, por si sós, ou devido a reacções com os adubos aplicados, podem-se formar precipitados que vão entupir os gotejadores, as fitas e, até os miniaspersores, em que os orifícios de saída da água têm maior diâmetro; • Mesmo as fitas porosas, que não têm orifícios, são afectadas por estes elementos, em especial se não estão enterradas ou debaixo de um plástico de "paillage", em virtude da água ao evapora-se deixar os precipitados, que a pouco e pouco vão diminuindo a sua porosidade; • Também as águas muito sujas com algas, areias, argilas etc., podem ocasionar entupimentos e danos nos emissores; 2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento c) Obstrução dos emissores
  • 122. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada • Nas fitas porosas temos observado que algumas argilas mais finas, que passam pelos filtros, se depositam no interior, formando uma película impermeável que impede a saída da água; • Por vezes proliferam ainda microorganismos, (bactérias, fungos) que entopem os emissores. Nota: - Os problemas de entupimento físico dos emissores, de origem mineral ou orgânica, solucionam-se instalando filtros adequados, de acordo com o já referido quando tratamos este tema. Quanto aos entupimentos de origem química e biológica também abordamos o assunto ao falar da qualidade da água de rega. 2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento c) Obstrução dos emissores
  • 123. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada Ao escolher estes elementos devemos ter em atenção os diversos factores que nos permitem selecionar a melhor opção para cada situação. No caso concreto da nossa região os dois factores que, em nossa opinião, desde logo vão condicionar a escolha do tipo de emissor a utilizar, prendem-se com o facto da cultura se realizar ao ar livre ou em estufa. • Assim, nas culturas hortícolas em estufa onde, em especial no inverno, o excesso de humidade atmosférica pode ter nefastas consequências ao nível do controle de algumas doenças, em que à cabeça sobressaem as botritis, salvo casos pontuais, será aconselhável o uso de sistemas com fitas de rega ou gotejadores; 2.4.3 - Escolha do Emissor
  • 124. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4.3 - Escolha do Emissor
  • 125. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4.3 - Escolha do Emissor
  • 126. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4.3 - Escolha do Emissor
  • 127. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada • Além disso, e dado que a fase mais difícil ocorre à plantação, quando as jovens plantas ainda não dispõem de um bom sistema radicular, o uso destes sistemas permite estabelecer uma franja húmida ao longo da linha de cultura que facilita o seu desenvolvimento inicial; • Relativamente às fitas de rega é de registar o facto da sua manutenção não ser fácil dado que, com o uso, se entopem com frequência tornando difícil a obtenção de caudais uniformes ao longo das linhas de rega. • Todavia, alguns modelos apresentam-se no mercado bastante mais baratos que os gotejadores o que permite, em muitos casos, utilizar as fitas uma única campanha, não se pondo então estes inconvenientes; • Já no caso das estufas de floricultura, onde temos culturas em vasos, será mais aconselhável o uso de gotejadores com saídas múltiplas, tipo esparguete, que se podem mover e deslocar para a posição mais conveniente; 2.4.3 - Escolha do Emissor
  • 128. M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega - Rega localizada 2.4.3 - Escolha do Emissor