SlideShare uma empresa Scribd logo
Introdução
A cultura do abacateiro tem cada vez maior
importância no Algarve. Ano após ano, as áreas
de plantação têm vindo a aumentar, dada a sua
excelente adaptação à região e às boas
perspetivas de mercado.
A seleção dos locais de plantação e de
tecnologias culturais inovadoras são aspetos
fundamentais para o êxito das plantações.
A análise foliar é o método mais adequado para
se fazer o diagnóstico do estado nutritivo do
pomar e avaliar a disponibilidade de reservas
na planta, pois permite obter informação
precisa sobre a absorção dos vários elementos
pela planta, dado que as folhas são muito
sensíveis às alterações na composição do meio
nutritivo e refletem a acumulação dos
nutrientes e a sua redistribuição em toda a
planta.
Na análise foliar realiza-se a determinação
quantitativa da concentração dos nutrientes na
folha. A partir dos resultados obtidos é possível
verificar se a árvore dispõe de uma oferta
suficiente dos nutrientes essenciais e avaliar a
disponibilidade de reservas na planta, bem
como a existência de estados de carência, de
toxicidades e de antagonismos entre os vários
nutrientes.
O teor dos nutrientes das folhas depende de
vários fatores, como idade, tipo e posição das
folhas, a combinação cultivar/porta-enxerto,
disponibilidade dos nutrientes do solo,
produção, estado fitossanitário, etc, pelo que a
colheita de folhas para análise deve ser
realizada de forma criteriosa.
Unidades de amostragem
Deve-se constituir unidades de amostragem
representativas do pomar, com homogeneidade
ao nível do tipo de solo, topografia, exposição,
variedade e porta-enxerto, idade e técnicas
culturais utilizadas.
As unidades de amostragem deverão ser
constituídas por 15 ou mais árvores de onde
serão colhidas as folhas para análise. Não
devem ser escolhidas árvores que apresentem
anormalidades vegetativas, sintomas de
doenças ou forte incidência de pragas.
Colheita das amostras
A colheita de amostras deverá realizar-se,
anualmente em setembro ou outubro por nessa
altura estabilizarem os níveis dos nutrientes
nas folhas.
Em cada árvore deverão ser colhidas, no
mínimo, 4 folhas sãs completamente
desenvolvidas, com 5 a 7 meses, de ramos não
frutíferos, terminais, da rebentação de
primavera, inseridos à mesma altura da copa,
segundo os 4 pontos cardeais.
A opção por folhas de ramos não frutíferos
justifica-se por serem mais abundantes nas
árvores e por estarem menos submetidas ao
consumo dos nutrientes pelos frutos. Os
lançamentos vegetativos suportarão a floração
e a frutificação do ano seguinte, pelo que a
determinação do conteúdo de nutrientes nas
suas folhas dá-nos uma melhor estimativa do
nível de reservas da planta.
Figura 1 – Ramos onde deverão ser colhidas as folhas
Figura 2 – Ramos com rebentação – não devem ser
colhidas amostras
A colheita das mostras deverá ser efetuada
pela manhã ou ao fim do dia. Sempre que
possível, os tratamentos fitossanitários devem
ser distanciados da época de colheita das
amostras.
As amostras devem ser colocadas em sacos
apropriados, devidamente identificados,
devendo ser entregues no laboratório num
prazo não superior a 48 horas após a colheita.
Interpretação dos resultados da análise
Os parâmetros a analisar deverão ser: azoto,
fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre,
cloro, sódio, ferro, manganês, zinco, cobre,
boro e molibdénio.
A interpretação da análise realiza-se através da
comparação dos resultados obtidos com valores
de referência estabelecidos para cada
elemento, sendo os mais utilizados os do
quadro da página seguinte.
Os valores situados no interior dos intervalos
correspondem a situações em que a nutrição é
equilibrada e não é limitante para o bom
funcionamento da planta, sendo os adequados
para o correto equilíbrio entre produção e
qualidade.
A partir dos resultados da análise foliar, dos
resultados das análises de solos e da produção
esperada pode-se elaborar um correto plano de
fertilização.
Existem outras tabelas que, entre outros
aspetos, consideram os diferentes simbiontes
entre as variedades e os porta-enxertos.
Quadro 1
Valores de referência para interpretação da análise
foliar
Nutrientes Níveis adequados
Azoto (N, %) 1,60 – 2,20
Fósforo (P, %) 0,08 – 0,25
Potássio (K, %) 0,75 – 2,00
Cálcio (Ca, %) 1,00 – 3,00
Magnésio (Mg, %) 0,25 – 0,80
Enxofre (S, %) 0,20 – 0,60
Sódio (Na, %) < 0,25
Cloro (Cl, %) < 0,25
Ferro (Fe, ppm) 50 - 200
Manganês (Mn, ppm) 30 - 250
Zinco (Zn, ppm) 30 - 100
Cobre (Cu, ppm) 5 - 15
Boro (B, ppm) 40 - 80
Molibdénio (Mo, ppm) 0,05 – 1,00 A análise foliar no Abacateiro
João M. G. Costa
José Carlos Tomás
Armindo J. G. Rosa
Outubro/2014

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de SementesNormas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes
Az. O.
 
Nutrição mineral da soja
Nutrição mineral da sojaNutrição mineral da soja
Nutrição mineral da soja
Geagra UFG
 
A-cultura-da-batata-doce.pdf
A-cultura-da-batata-doce.pdfA-cultura-da-batata-doce.pdf
A-cultura-da-batata-doce.pdf
Elton Mendes
 
08.1 preparo inicial
08.1   preparo inicial08.1   preparo inicial
08.1 preparo inicial
Romulo Vinicius Tio Rominho
 
Química e fertilidade do solo unidades
Química e fertilidade do solo  unidadesQuímica e fertilidade do solo  unidades
Química e fertilidade do solo unidadesRogger Wins
 
Adubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RPAdubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RP
Romario Gomes
 
Implantação da Cultura do Feijão
Implantação da Cultura do FeijãoImplantação da Cultura do Feijão
Implantação da Cultura do Feijão
Killer Max
 
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIROFENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
Geagra UFG
 
Fertirrigação
FertirrigaçãoFertirrigação
Fertirrigação
Gustavoif
 
Propagacão de plantas frutiferas
Propagacão de plantas frutiferasPropagacão de plantas frutiferas
Propagacão de plantas frutiferas
paisagista
 
Nutrição mineral de plantas_Fósforo (P)
Nutrição mineral de plantas_Fósforo (P)Nutrição mineral de plantas_Fósforo (P)
Nutrição mineral de plantas_Fósforo (P)
Dayenne Herrera
 
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIROMORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
Geagra UFG
 
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptxAULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
MateusGonalves85
 
Girassol Adubação Verde
Girassol Adubação VerdeGirassol Adubação Verde
Girassol Adubação Verde
Az. O.
 
Olericultura e hortaliças
Olericultura e hortaliçasOlericultura e hortaliças
Olericultura e hortaliças
Rafael Soares Dias
 
Cultura da Soja
Cultura da SojaCultura da Soja
Apresentação Colheita de Soja
Apresentação Colheita de SojaApresentação Colheita de Soja
Apresentação Colheita de Soja
Geagra UFG
 
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJAINTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
Geagra UFG
 
Identificação de plantas daninhas
Identificação de plantas daninhasIdentificação de plantas daninhas
Identificação de plantas daninhas
Geagra UFG
 

Mais procurados (20)

Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de SementesNormas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes
 
Nutrição mineral da soja
Nutrição mineral da sojaNutrição mineral da soja
Nutrição mineral da soja
 
A-cultura-da-batata-doce.pdf
A-cultura-da-batata-doce.pdfA-cultura-da-batata-doce.pdf
A-cultura-da-batata-doce.pdf
 
08.1 preparo inicial
08.1   preparo inicial08.1   preparo inicial
08.1 preparo inicial
 
Química e fertilidade do solo unidades
Química e fertilidade do solo  unidadesQuímica e fertilidade do solo  unidades
Química e fertilidade do solo unidades
 
Adubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RPAdubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RP
 
Implantação da Cultura do Feijão
Implantação da Cultura do FeijãoImplantação da Cultura do Feijão
Implantação da Cultura do Feijão
 
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIROFENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
 
Fertirrigação
FertirrigaçãoFertirrigação
Fertirrigação
 
Propagacão de plantas frutiferas
Propagacão de plantas frutiferasPropagacão de plantas frutiferas
Propagacão de plantas frutiferas
 
Nutrição mineral de plantas_Fósforo (P)
Nutrição mineral de plantas_Fósforo (P)Nutrição mineral de plantas_Fósforo (P)
Nutrição mineral de plantas_Fósforo (P)
 
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIROMORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
 
COMPOSICAO QUIMICA DA SEMENTE
COMPOSICAO QUIMICA DA SEMENTECOMPOSICAO QUIMICA DA SEMENTE
COMPOSICAO QUIMICA DA SEMENTE
 
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptxAULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
 
Girassol Adubação Verde
Girassol Adubação VerdeGirassol Adubação Verde
Girassol Adubação Verde
 
Olericultura e hortaliças
Olericultura e hortaliçasOlericultura e hortaliças
Olericultura e hortaliças
 
Cultura da Soja
Cultura da SojaCultura da Soja
Cultura da Soja
 
Apresentação Colheita de Soja
Apresentação Colheita de SojaApresentação Colheita de Soja
Apresentação Colheita de Soja
 
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJAINTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
 
Identificação de plantas daninhas
Identificação de plantas daninhasIdentificação de plantas daninhas
Identificação de plantas daninhas
 

Semelhante a Folheto analise foliar no abacateiro

Diagnose foliar
Diagnose foliarDiagnose foliar
Diagnose foliar
Erilson Silva
 
Adubação e nutrição de planta frutiferas.pdf
Adubação e nutrição de planta frutiferas.pdfAdubação e nutrição de planta frutiferas.pdf
Adubação e nutrição de planta frutiferas.pdf
LeyserRodriguesOlive
 
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICAPRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Ana Aguiar
 
3°SÉRIE.MANEJO SOLO.AP.APRENDIZAGEM.docx
3°SÉRIE.MANEJO SOLO.AP.APRENDIZAGEM.docx3°SÉRIE.MANEJO SOLO.AP.APRENDIZAGEM.docx
3°SÉRIE.MANEJO SOLO.AP.APRENDIZAGEM.docx
CelenubiaLiraLira
 
ESTUDO DA VIABILIDADE DA PODA, NA CULTURA DO PIMENTEIRO (Capsicum annuum L.),...
ESTUDO DA VIABILIDADE DA PODA, NA CULTURA DO PIMENTEIRO (Capsicum annuum L.),...ESTUDO DA VIABILIDADE DA PODA, NA CULTURA DO PIMENTEIRO (Capsicum annuum L.),...
ESTUDO DA VIABILIDADE DA PODA, NA CULTURA DO PIMENTEIRO (Capsicum annuum L.),...
Armindo Rosa
 
Comparativos de levantamentos fitossociológicos realizados em diferentes área...
Comparativos de levantamentos fitossociológicos realizados em diferentes área...Comparativos de levantamentos fitossociológicos realizados em diferentes área...
Comparativos de levantamentos fitossociológicos realizados em diferentes área...
OZILDO1
 
diagnosefoliarprincipios_grassi.pdf
diagnosefoliarprincipios_grassi.pdfdiagnosefoliarprincipios_grassi.pdf
diagnosefoliarprincipios_grassi.pdf
AldifranRafaelMacedo
 
Programa de melhoramento genético de antúrio
Programa de melhoramento genético de antúrioPrograma de melhoramento genético de antúrio
Programa de melhoramento genético de antúrio
Rural Pecuária
 
Apr3 modulo1 - Agricultura de Precisão
Apr3 modulo1 - Agricultura de Precisão  Apr3 modulo1 - Agricultura de Precisão
Apr3 modulo1 - Agricultura de Precisão
Leandro Almeida
 
Esempenho agronômico a campo de híbridos de milho inoculados com azospirillum
Esempenho agronômico a campo de híbridos de milho inoculados com azospirillumEsempenho agronômico a campo de híbridos de milho inoculados com azospirillum
Esempenho agronômico a campo de híbridos de milho inoculados com azospirillum
Leandro Almeida
 
Informações sobre a ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar
Informações sobre a ferrugem alaranjada da cana-de-açúcarInformações sobre a ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar
Informações sobre a ferrugem alaranjada da cana-de-açúcarRural Pecuária
 
Colheita de amostras de folhas de oliveira
Colheita de amostras de folhas de oliveiraColheita de amostras de folhas de oliveira
Colheita de amostras de folhas de oliveira
FranciscoA16
 
A disponibilidade de nutrientes como fator de Zonação em Plantas de restinga
A disponibilidade de nutrientes como fator de Zonação em Plantas de restingaA disponibilidade de nutrientes como fator de Zonação em Plantas de restinga
A disponibilidade de nutrientes como fator de Zonação em Plantas de restinga
Jehova Lourenco
 
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃODIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
Ana Aguiar
 
Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotal...
Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotal...Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotal...
Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotal...
Alexandre Panerai
 
Artigo bioterra v14_n2_07
Artigo bioterra v14_n2_07Artigo bioterra v14_n2_07
Artigo bioterra v14_n2_07
Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Avaliação da fertilidade do solo e estado nutricional das plantas
Avaliação da fertilidade do solo e estado nutricional das plantas Avaliação da fertilidade do solo e estado nutricional das plantas
Avaliação da fertilidade do solo e estado nutricional das plantas
Leandro Araujo
 

Semelhante a Folheto analise foliar no abacateiro (20)

Diagnose foliar
Diagnose foliarDiagnose foliar
Diagnose foliar
 
Adubação e nutrição de planta frutiferas.pdf
Adubação e nutrição de planta frutiferas.pdfAdubação e nutrição de planta frutiferas.pdf
Adubação e nutrição de planta frutiferas.pdf
 
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICAPRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
 
3°SÉRIE.MANEJO SOLO.AP.APRENDIZAGEM.docx
3°SÉRIE.MANEJO SOLO.AP.APRENDIZAGEM.docx3°SÉRIE.MANEJO SOLO.AP.APRENDIZAGEM.docx
3°SÉRIE.MANEJO SOLO.AP.APRENDIZAGEM.docx
 
ESTUDO DA VIABILIDADE DA PODA, NA CULTURA DO PIMENTEIRO (Capsicum annuum L.),...
ESTUDO DA VIABILIDADE DA PODA, NA CULTURA DO PIMENTEIRO (Capsicum annuum L.),...ESTUDO DA VIABILIDADE DA PODA, NA CULTURA DO PIMENTEIRO (Capsicum annuum L.),...
ESTUDO DA VIABILIDADE DA PODA, NA CULTURA DO PIMENTEIRO (Capsicum annuum L.),...
 
Comparativos de levantamentos fitossociológicos realizados em diferentes área...
Comparativos de levantamentos fitossociológicos realizados em diferentes área...Comparativos de levantamentos fitossociológicos realizados em diferentes área...
Comparativos de levantamentos fitossociológicos realizados em diferentes área...
 
diagnosefoliarprincipios_grassi.pdf
diagnosefoliarprincipios_grassi.pdfdiagnosefoliarprincipios_grassi.pdf
diagnosefoliarprincipios_grassi.pdf
 
Programa de melhoramento genético de antúrio
Programa de melhoramento genético de antúrioPrograma de melhoramento genético de antúrio
Programa de melhoramento genético de antúrio
 
Milho
MilhoMilho
Milho
 
Apr3 modulo1 - Agricultura de Precisão
Apr3 modulo1 - Agricultura de Precisão  Apr3 modulo1 - Agricultura de Precisão
Apr3 modulo1 - Agricultura de Precisão
 
Esempenho agronômico a campo de híbridos de milho inoculados com azospirillum
Esempenho agronômico a campo de híbridos de milho inoculados com azospirillumEsempenho agronômico a campo de híbridos de milho inoculados com azospirillum
Esempenho agronômico a campo de híbridos de milho inoculados com azospirillum
 
Informações sobre a ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar
Informações sobre a ferrugem alaranjada da cana-de-açúcarInformações sobre a ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar
Informações sobre a ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar
 
abc23
abc23abc23
abc23
 
Colheita de amostras de folhas de oliveira
Colheita de amostras de folhas de oliveiraColheita de amostras de folhas de oliveira
Colheita de amostras de folhas de oliveira
 
A disponibilidade de nutrientes como fator de Zonação em Plantas de restinga
A disponibilidade de nutrientes como fator de Zonação em Plantas de restingaA disponibilidade de nutrientes como fator de Zonação em Plantas de restinga
A disponibilidade de nutrientes como fator de Zonação em Plantas de restinga
 
01
0101
01
 
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃODIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
 
Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotal...
Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotal...Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotal...
Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotal...
 
Artigo bioterra v14_n2_07
Artigo bioterra v14_n2_07Artigo bioterra v14_n2_07
Artigo bioterra v14_n2_07
 
Avaliação da fertilidade do solo e estado nutricional das plantas
Avaliação da fertilidade do solo e estado nutricional das plantas Avaliação da fertilidade do solo e estado nutricional das plantas
Avaliação da fertilidade do solo e estado nutricional das plantas
 

Mais de Armindo Rosa

Património varietal de fruteiras da região do Algarve
Património varietal de fruteiras da região do AlgarvePatrimónio varietal de fruteiras da região do Algarve
Património varietal de fruteiras da região do Algarve
Armindo Rosa
 
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOTAÇÕES DE REGA, EM CITRINOS...
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOTAÇÕES DE REGA, EM CITRINOS...ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOTAÇÕES DE REGA, EM CITRINOS...
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOTAÇÕES DE REGA, EM CITRINOS...
Armindo Rosa
 
Curiosidades - O Rendimento da Água na Rega das Culturas
Curiosidades - O Rendimento da Água na Rega das CulturasCuriosidades - O Rendimento da Água na Rega das Culturas
Curiosidades - O Rendimento da Água na Rega das Culturas
Armindo Rosa
 
Colecções do CEAT em Tavira
Colecções do CEAT em TaviraColecções do CEAT em Tavira
Colecções do CEAT em Tavira
Armindo Rosa
 
Contributo para o estudo taxonómico da espécie - FICUS CARICA, L.
Contributo para o estudo taxonómico da espécie - FICUS CARICA, L.Contributo para o estudo taxonómico da espécie - FICUS CARICA, L.
Contributo para o estudo taxonómico da espécie - FICUS CARICA, L.
Armindo Rosa
 
Norte / Sul
Norte  /  SulNorte  /  Sul
Norte / Sul
Armindo Rosa
 
Vinha - Colecção Ampelográfica do CEAT
Vinha - Colecção Ampelográfica do CEATVinha - Colecção Ampelográfica do CEAT
Vinha - Colecção Ampelográfica do CEAT
Armindo Rosa
 
Colecção de Figueiras do Algarve
Colecção de Figueiras do AlgarveColecção de Figueiras do Algarve
Colecção de Figueiras do Algarve
Armindo Rosa
 
Colecção de Amendoeiras do Algarve
Colecção de Amendoeiras do AlgarveColecção de Amendoeiras do Algarve
Colecção de Amendoeiras do Algarve
Armindo Rosa
 
Colecção de Alfarrobeiras do Algarve
Colecção de Alfarrobeiras do AlgarveColecção de Alfarrobeiras do Algarve
Colecção de Alfarrobeiras do Algarve
Armindo Rosa
 
Rega das Culturas / Uso <eficiente da Água
Rega das Culturas / Uso <eficiente da ÁguaRega das Culturas / Uso <eficiente da Água
Rega das Culturas / Uso <eficiente da Água
Armindo Rosa
 
Percurso sete fontes
Percurso sete fontesPercurso sete fontes
Percurso sete fontes
Armindo Rosa
 
Percurso serra e montes
Percurso serra e montesPercurso serra e montes
Percurso serra e montes
Armindo Rosa
 
Percurso amendoeira
Percurso amendoeiraPercurso amendoeira
Percurso amendoeira
Armindo Rosa
 
Relação Carbono / Azoto
Relação Carbono / AzotoRelação Carbono / Azoto
Relação Carbono / Azoto
Armindo Rosa
 
Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no...
Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no...Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no...
Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no...
Armindo Rosa
 
Mangas de Água na Produção de Melão Precoce
Mangas de Água na Produção de Melão PrecoceMangas de Água na Produção de Melão Precoce
Mangas de Água na Produção de Melão Precoce
Armindo Rosa
 
Fertirrega
Fertirrega Fertirrega
Fertirrega
Armindo Rosa
 
Plano para recuperação de drenados
Plano para recuperação de drenadosPlano para recuperação de drenados
Plano para recuperação de drenados
Armindo Rosa
 
Culturas sem solo com reutilização dos efluentes em estufa com controlo ambie...
Culturas sem solo com reutilização dos efluentes em estufa com controlo ambie...Culturas sem solo com reutilização dos efluentes em estufa com controlo ambie...
Culturas sem solo com reutilização dos efluentes em estufa com controlo ambie...
Armindo Rosa
 

Mais de Armindo Rosa (20)

Património varietal de fruteiras da região do Algarve
Património varietal de fruteiras da região do AlgarvePatrimónio varietal de fruteiras da região do Algarve
Património varietal de fruteiras da região do Algarve
 
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOTAÇÕES DE REGA, EM CITRINOS...
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOTAÇÕES DE REGA, EM CITRINOS...ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOTAÇÕES DE REGA, EM CITRINOS...
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOTAÇÕES DE REGA, EM CITRINOS...
 
Curiosidades - O Rendimento da Água na Rega das Culturas
Curiosidades - O Rendimento da Água na Rega das CulturasCuriosidades - O Rendimento da Água na Rega das Culturas
Curiosidades - O Rendimento da Água na Rega das Culturas
 
Colecções do CEAT em Tavira
Colecções do CEAT em TaviraColecções do CEAT em Tavira
Colecções do CEAT em Tavira
 
Contributo para o estudo taxonómico da espécie - FICUS CARICA, L.
Contributo para o estudo taxonómico da espécie - FICUS CARICA, L.Contributo para o estudo taxonómico da espécie - FICUS CARICA, L.
Contributo para o estudo taxonómico da espécie - FICUS CARICA, L.
 
Norte / Sul
Norte  /  SulNorte  /  Sul
Norte / Sul
 
Vinha - Colecção Ampelográfica do CEAT
Vinha - Colecção Ampelográfica do CEATVinha - Colecção Ampelográfica do CEAT
Vinha - Colecção Ampelográfica do CEAT
 
Colecção de Figueiras do Algarve
Colecção de Figueiras do AlgarveColecção de Figueiras do Algarve
Colecção de Figueiras do Algarve
 
Colecção de Amendoeiras do Algarve
Colecção de Amendoeiras do AlgarveColecção de Amendoeiras do Algarve
Colecção de Amendoeiras do Algarve
 
Colecção de Alfarrobeiras do Algarve
Colecção de Alfarrobeiras do AlgarveColecção de Alfarrobeiras do Algarve
Colecção de Alfarrobeiras do Algarve
 
Rega das Culturas / Uso <eficiente da Água
Rega das Culturas / Uso <eficiente da ÁguaRega das Culturas / Uso <eficiente da Água
Rega das Culturas / Uso <eficiente da Água
 
Percurso sete fontes
Percurso sete fontesPercurso sete fontes
Percurso sete fontes
 
Percurso serra e montes
Percurso serra e montesPercurso serra e montes
Percurso serra e montes
 
Percurso amendoeira
Percurso amendoeiraPercurso amendoeira
Percurso amendoeira
 
Relação Carbono / Azoto
Relação Carbono / AzotoRelação Carbono / Azoto
Relação Carbono / Azoto
 
Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no...
Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no...Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no...
Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no...
 
Mangas de Água na Produção de Melão Precoce
Mangas de Água na Produção de Melão PrecoceMangas de Água na Produção de Melão Precoce
Mangas de Água na Produção de Melão Precoce
 
Fertirrega
Fertirrega Fertirrega
Fertirrega
 
Plano para recuperação de drenados
Plano para recuperação de drenadosPlano para recuperação de drenados
Plano para recuperação de drenados
 
Culturas sem solo com reutilização dos efluentes em estufa com controlo ambie...
Culturas sem solo com reutilização dos efluentes em estufa com controlo ambie...Culturas sem solo com reutilização dos efluentes em estufa com controlo ambie...
Culturas sem solo com reutilização dos efluentes em estufa com controlo ambie...
 

Folheto analise foliar no abacateiro

  • 1. Introdução A cultura do abacateiro tem cada vez maior importância no Algarve. Ano após ano, as áreas de plantação têm vindo a aumentar, dada a sua excelente adaptação à região e às boas perspetivas de mercado. A seleção dos locais de plantação e de tecnologias culturais inovadoras são aspetos fundamentais para o êxito das plantações. A análise foliar é o método mais adequado para se fazer o diagnóstico do estado nutritivo do pomar e avaliar a disponibilidade de reservas na planta, pois permite obter informação precisa sobre a absorção dos vários elementos pela planta, dado que as folhas são muito sensíveis às alterações na composição do meio nutritivo e refletem a acumulação dos nutrientes e a sua redistribuição em toda a planta. Na análise foliar realiza-se a determinação quantitativa da concentração dos nutrientes na folha. A partir dos resultados obtidos é possível verificar se a árvore dispõe de uma oferta suficiente dos nutrientes essenciais e avaliar a disponibilidade de reservas na planta, bem como a existência de estados de carência, de toxicidades e de antagonismos entre os vários nutrientes. O teor dos nutrientes das folhas depende de vários fatores, como idade, tipo e posição das folhas, a combinação cultivar/porta-enxerto, disponibilidade dos nutrientes do solo, produção, estado fitossanitário, etc, pelo que a colheita de folhas para análise deve ser realizada de forma criteriosa. Unidades de amostragem Deve-se constituir unidades de amostragem representativas do pomar, com homogeneidade ao nível do tipo de solo, topografia, exposição, variedade e porta-enxerto, idade e técnicas culturais utilizadas. As unidades de amostragem deverão ser constituídas por 15 ou mais árvores de onde serão colhidas as folhas para análise. Não devem ser escolhidas árvores que apresentem anormalidades vegetativas, sintomas de doenças ou forte incidência de pragas. Colheita das amostras A colheita de amostras deverá realizar-se, anualmente em setembro ou outubro por nessa altura estabilizarem os níveis dos nutrientes nas folhas. Em cada árvore deverão ser colhidas, no mínimo, 4 folhas sãs completamente desenvolvidas, com 5 a 7 meses, de ramos não frutíferos, terminais, da rebentação de primavera, inseridos à mesma altura da copa, segundo os 4 pontos cardeais. A opção por folhas de ramos não frutíferos justifica-se por serem mais abundantes nas árvores e por estarem menos submetidas ao consumo dos nutrientes pelos frutos. Os lançamentos vegetativos suportarão a floração e a frutificação do ano seguinte, pelo que a determinação do conteúdo de nutrientes nas suas folhas dá-nos uma melhor estimativa do nível de reservas da planta. Figura 1 – Ramos onde deverão ser colhidas as folhas Figura 2 – Ramos com rebentação – não devem ser colhidas amostras
  • 2. A colheita das mostras deverá ser efetuada pela manhã ou ao fim do dia. Sempre que possível, os tratamentos fitossanitários devem ser distanciados da época de colheita das amostras. As amostras devem ser colocadas em sacos apropriados, devidamente identificados, devendo ser entregues no laboratório num prazo não superior a 48 horas após a colheita. Interpretação dos resultados da análise Os parâmetros a analisar deverão ser: azoto, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, cloro, sódio, ferro, manganês, zinco, cobre, boro e molibdénio. A interpretação da análise realiza-se através da comparação dos resultados obtidos com valores de referência estabelecidos para cada elemento, sendo os mais utilizados os do quadro da página seguinte. Os valores situados no interior dos intervalos correspondem a situações em que a nutrição é equilibrada e não é limitante para o bom funcionamento da planta, sendo os adequados para o correto equilíbrio entre produção e qualidade. A partir dos resultados da análise foliar, dos resultados das análises de solos e da produção esperada pode-se elaborar um correto plano de fertilização. Existem outras tabelas que, entre outros aspetos, consideram os diferentes simbiontes entre as variedades e os porta-enxertos. Quadro 1 Valores de referência para interpretação da análise foliar Nutrientes Níveis adequados Azoto (N, %) 1,60 – 2,20 Fósforo (P, %) 0,08 – 0,25 Potássio (K, %) 0,75 – 2,00 Cálcio (Ca, %) 1,00 – 3,00 Magnésio (Mg, %) 0,25 – 0,80 Enxofre (S, %) 0,20 – 0,60 Sódio (Na, %) < 0,25 Cloro (Cl, %) < 0,25 Ferro (Fe, ppm) 50 - 200 Manganês (Mn, ppm) 30 - 250 Zinco (Zn, ppm) 30 - 100 Cobre (Cu, ppm) 5 - 15 Boro (B, ppm) 40 - 80 Molibdénio (Mo, ppm) 0,05 – 1,00 A análise foliar no Abacateiro João M. G. Costa José Carlos Tomás Armindo J. G. Rosa Outubro/2014