O documento discute as diferentes estratégias de leitura (logográfica, alfabética e ortográfica) e como elas se desenvolvem. Também descreve o Teste de Competência de Leitura de Palavras e Pseudopalavras, que analisa as habilidades de leitura usando essas estratégias. Os resultados do estudo mostraram que crianças disléxicas têm dificuldades fonológicas, lendo piores pseudopalavras do que palavras.
O documento discute os principais métodos de alfabetização e suas características. Os métodos são categorizados de acordo com três aspectos: ponto de partida (analítico ou sintético), unidade de análise entre fala e escrita (global, silábico ou fônico), e tipo de estimulação (multissensorial ou tradicional). Brevemente, o método fônico foca nas correspondências grafofônicas enquanto o método global foca na identificação visual das palavras.
O documento discute as habilidades linguísticas e de memória de trabalho que melhor preveem o reconhecimento de palavras e a compreensão da leitura. O estudo avaliou 284 estudantes brasileiros e encontrou que a compreensão auditiva, conhecimento de letras e memória de trabalho auditiva contribuem para ambos processos, enquanto a consciência fonológica contribui especificamente para o reconhecimento de palavras e o vocabulário para a compreensão da leitura.
A influência da escolaridade na lateralização inter hemisférica da linguagemoficinadeaprendizagemace
Este documento discute a influência da escolaridade na lateralização cerebral da linguagem. O estudo comparou crianças pré-escolares, do 2o e 4o ano do ensino fundamental em tarefas de escuta dicótica usando estímulos verbais e não-verbais. Os resultados mostraram uma diminuição progressiva da assimetria entre os ouvidos à medida que a escolaridade aumentava, sugerindo que a escolarização pode atenuar as diferenças de lateralização e melhorar a capacidade de orientar a atenção.
Dificuldade de aprendizagem na escrita em crianças de escola pública oriundos...oficinadeaprendizagemace
O documento discute as dificuldades de aprendizagem na escrita de crianças de escolas públicas de classes populares. A pesquisa analisou os erros ortográficos em uma prova de ditado com 50 alunos e encontrou uma alta ocorrência de erros, indicando dificuldades na aprendizagem da escrita. As conclusões apontam que a aprendizagem da escrita é complexa e influenciada por fatores sociais, culturais e estruturais da escola.
1) O estudo analisou a influência da consciência fonológica no desenvolvimento da escrita em 57 crianças pré-escolares.
2) 30 crianças receberam 10 sessões de estimulação fonológica, enquanto 27 não receberam intervenção.
3) Após a intervenção, as crianças estimuladas mostraram maior evolução nos níveis de escrita e consciência fonológica em comparação ao grupo controle.
O documento discute a importância da consciência fonológica e do processamento fonológico na aquisição da leitura, particularmente na idade pré-escolar. Aborda também a dislexia e a necessidade de intervenção precoce para prevenir dificuldades de leitura.
Fun+º+áes neuropsicol+¦gicas em crian+ºas com dif leit escritaMalu Aguiar
O estudo comparou o desempenho em tarefas neuropsicológicas de crianças de 2a série com dificuldades de leitura e escrita com dois grupos: um de 2a série competente e outro de 1a série de mesmo nível de leitura. As crianças com dificuldade tiveram desempenho pior no processamento fonológico e linguagem oral do que as de 2a série competente, mas semelhante às de 1a série, sugerindo atraso no desenvolvimento dessas habilidades.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como ele é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais, sendo dependente principalmente da linguagem oral. Algumas crianças possuem dificuldades específicas de aprendizagem da leitura, apesar de serem inteligentes. Investigações apontam a importância da consciência fonológica e das relações entre problemas de fala e competências metalinguísticas no desenvolvimento inicial da leitura.
O documento discute os principais métodos de alfabetização e suas características. Os métodos são categorizados de acordo com três aspectos: ponto de partida (analítico ou sintético), unidade de análise entre fala e escrita (global, silábico ou fônico), e tipo de estimulação (multissensorial ou tradicional). Brevemente, o método fônico foca nas correspondências grafofônicas enquanto o método global foca na identificação visual das palavras.
O documento discute as habilidades linguísticas e de memória de trabalho que melhor preveem o reconhecimento de palavras e a compreensão da leitura. O estudo avaliou 284 estudantes brasileiros e encontrou que a compreensão auditiva, conhecimento de letras e memória de trabalho auditiva contribuem para ambos processos, enquanto a consciência fonológica contribui especificamente para o reconhecimento de palavras e o vocabulário para a compreensão da leitura.
A influência da escolaridade na lateralização inter hemisférica da linguagemoficinadeaprendizagemace
Este documento discute a influência da escolaridade na lateralização cerebral da linguagem. O estudo comparou crianças pré-escolares, do 2o e 4o ano do ensino fundamental em tarefas de escuta dicótica usando estímulos verbais e não-verbais. Os resultados mostraram uma diminuição progressiva da assimetria entre os ouvidos à medida que a escolaridade aumentava, sugerindo que a escolarização pode atenuar as diferenças de lateralização e melhorar a capacidade de orientar a atenção.
Dificuldade de aprendizagem na escrita em crianças de escola pública oriundos...oficinadeaprendizagemace
O documento discute as dificuldades de aprendizagem na escrita de crianças de escolas públicas de classes populares. A pesquisa analisou os erros ortográficos em uma prova de ditado com 50 alunos e encontrou uma alta ocorrência de erros, indicando dificuldades na aprendizagem da escrita. As conclusões apontam que a aprendizagem da escrita é complexa e influenciada por fatores sociais, culturais e estruturais da escola.
1) O estudo analisou a influência da consciência fonológica no desenvolvimento da escrita em 57 crianças pré-escolares.
2) 30 crianças receberam 10 sessões de estimulação fonológica, enquanto 27 não receberam intervenção.
3) Após a intervenção, as crianças estimuladas mostraram maior evolução nos níveis de escrita e consciência fonológica em comparação ao grupo controle.
O documento discute a importância da consciência fonológica e do processamento fonológico na aquisição da leitura, particularmente na idade pré-escolar. Aborda também a dislexia e a necessidade de intervenção precoce para prevenir dificuldades de leitura.
Fun+º+áes neuropsicol+¦gicas em crian+ºas com dif leit escritaMalu Aguiar
O estudo comparou o desempenho em tarefas neuropsicológicas de crianças de 2a série com dificuldades de leitura e escrita com dois grupos: um de 2a série competente e outro de 1a série de mesmo nível de leitura. As crianças com dificuldade tiveram desempenho pior no processamento fonológico e linguagem oral do que as de 2a série competente, mas semelhante às de 1a série, sugerindo atraso no desenvolvimento dessas habilidades.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como ele é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais, sendo dependente principalmente da linguagem oral. Algumas crianças possuem dificuldades específicas de aprendizagem da leitura, apesar de serem inteligentes. Investigações apontam a importância da consciência fonológica e das relações entre problemas de fala e competências metalinguísticas no desenvolvimento inicial da leitura.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. A consciência fonológica e as conexões entre fala e competências metalinguísticas são importantes para a aquisição inicial da leitura. A dislexia afeta o processamento fonológico e está associada a dificuldades motoras e de processamento da informação escrita. A intervenção precoce é importante para identificar e trabalhar dificuldades relacionadas à linguagem oral antes do início da escol
Este documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. Também explora como a consciência fonológica e habilidades metalinguísticas estão relacionadas com a aquisição da leitura e como a detecção precoce de dificuldades pode ajudar a prevenir problemas futuros. Finalmente, fornece considerações sobre a importância do treino fonológico na idade pré-escolar.
O documento discute a complexidade da leitura e como é influenciada por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. Aponta que a consciência fonológica e habilidades metalinguísticas nas idades pré-escolares são preditores importantes de sucesso na leitura. Defende a importância do diagnóstico precoce de dificuldades e da intervenção nos jardins de infância para prevenir problemas futuros de aprendizagem da leitura.
1) O documento descreve um estudo que testou a eficácia de um programa de treino de consciência fonológica em crianças pré-escolares.
2) Participaram 418 crianças pré-escolares que foram divididas aleatoriamente em grupos experimental e de controle.
3) O grupo experimental participou em um programa de treino fonológico enquanto o grupo de controle não recebeu treino. Ambos os grupos foram avaliados antes e depois.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. A consciência fonológica e as habilidades de linguagem oral são importantes preditores do sucesso na leitura. Há a necessidade de identificação precoce de dificuldades e intervenção para promover o desenvolvimento da linguagem e competências metalinguísticas em crianças.
Desenvolvimento dos-perfis-cognitivo-e-alfabetico-de-criancas-portuguesas-com...neliamaciel
Este estudo longitudinal comparou o progresso cognitivo e alfabético de crianças portuguesas com dislexia e sem dislexia. As crianças com dislexia tiveram desempenhos significativamente piores nas provas fonológicas e alfabéticas. Embora os dois grupos tenham progredido na mesma proporção na maioria das medidas, as crianças com dislexia evoluíram menos na deteção fonémica e não evoluíram na leitura de pseudopalavras.
O documento discute a importância do método de alfabetização fônica e construtivismo na educação de crianças com dislexia. Aborda os sintomas da dislexia, a importância do diagnóstico precoce e como métodos fônicos e construtivistas podem ajudar no desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita dessas crianças.
O documento discute quatro perturbações da comunicação: 1) Perturbação da articulação verbal caracterizada por dificuldades na produção de sons; 2) Perturbação específica da linguagem expressiva caracterizada por vocabulário limitado e dificuldades de construção de frases; 3) Perturbação específica da linguagem receptiva e expressiva com dificuldades tanto de compreensão quanto de expressão; 4) Gaguez caracterizada por alterações na fluência e cadência da fala.
FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL NA PREVENÇÃO DO RUÍDOPaula Paulinha
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre a relação entre memória de trabalho, consciência fonológica e hipótese de escrita em alunos de pré-escola e primeira série. O estudo avaliou 90 alunos quanto a essas habilidades utilizando testes de memória de trabalho, consciência fonológica e análise da hipótese de escrita. Os resultados mostraram que o desempenho nessas habilidades está relacionado à idade, maturidade e nível de escolaridade dos alunos.
Este documento discute as perturbações específicas de linguagem em contexto escolar. [1] Aborda conceitos como comunicação, linguagem oral e escrita, e fala, [2] descreve perturbações específicas de linguagem, incluindo problemas de linguagem oral e escrita, e [3] fornece referências bibliográficas sobre o tópico.
A informatica-como-instrumento-de-intervencao-pedagogica-em-criancas-com-disl...Malu Aguiar
O documento discute como a informática pode ser usada como uma ferramenta de intervenção pedagógica para crianças com dislexia. A dislexia é definida como um distúrbio de aprendizagem que afeta a leitura devido a dificuldades no processamento fonológico. Softwares educacionais podem estimular as capacidades necessárias para desenvolver a leitura em crianças disléxicas, fornecendo uma alternativa para professores e psicopedagogos.
Este documento discute as perturbações específicas de linguagem em contexto escolar. [1] Aborda conceitos como comunicação, linguagem oral e escrita, e fala, [2] descreve perturbações específicas de linguagem, incluindo problemas de linguagem oral e escrita, e [3] fornece referências bibliográficas sobre o tópico.
Este documento fornece informações sobre a consciência fonológica para professores. Discute (1) o que é a consciência fonológica e suas unidades relevantes; (2) a relação entre oralidade e escrita; e (3) como treinar a consciência fonológica. Inclui também propostas de atividades para desenvolver esta capacidade nos alunos.
O Conhecimento Da Lingua Desenv Consciencia Fonologica Pdf[1]SILVANA Fernandes
Este documento fornece informações sobre a consciência fonológica para professores. Discute o que é a consciência fonológica e como ela se desenvolve, desde a consciência silábica até a consciência fonêmica. Também fornece exemplos de atividades para estimular o desenvolvimento da consciência fonológica em alunos.
Brincadeira e educação considerações a partir da perspectiva histórico-cult...oficinadeaprendizagemace
O documento discute a função psicológica da brincadeira no desenvolvimento infantil a partir da perspectiva histórico-cultural. A brincadeira é vista como essencial para a criança ampliar suas possibilidades de abstração e auto-regulação do comportamento através de regras simbólicas. O desenvolvimento é compreendido como um processo histórico-cultural no qual a cultura e as interações sociais mediadas por símbolos moldam a constituição do sujeito.
[1] O documento discute a percepção de dificuldade da matemática entre alunos com base em análise de discurso. [2] Muitos alunos, professores e a mídia repetem o pré-conceito de que "matemática é difícil", o que pode levar ao fracasso escolar. [3] No entanto, ao repetirem essa ideia, os alunos também deslocam seus sentidos e percebem aspectos úteis da matemática, como em cálculos.
1) O documento discute o papel do brincar no processo de aprendizagem e desenvolvimento da subjetividade de crianças.
2) Uma oficina com brincadeiras foi realizada com professores e alunos com dificuldades de aprendizagem para explorar como o brincar pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.
3) A conclusão é que o brincar deve ser visto como constituinte do desenvolvimento do sujeito e de sua subjetividade.
A influência da escolaridade na lateralização inter hemisférica da linguagemoficinadeaprendizagemace
Este documento discute a influência da escolaridade na lateralização cerebral da linguagem. O estudo comparou crianças pré-escolares, do 2o e 4o ano do ensino fundamental em tarefas de escuta dicótica usando estímulos verbais e não-verbais. Os resultados mostraram uma diminuição progressiva da assimetria entre os ouvidos à medida que a escolaridade aumentava, sugerindo que a escolarização pode atenuar as diferenças de lateralização e melhorar a capacidade de orientar a atenção.
Este documento descreve várias atividades lúdicas e educativas para crianças utilizando objetos simples. Apresenta 23 atividades diferentes com instruções detalhadas sobre como realizá-las e seus possíveis benefícios para o desenvolvimento infantil.
O problema são as fórmulas um estudo sobre os sentidos atribuídos à dificul...oficinadeaprendizagemace
1) O documento discute um estudo sobre os sentidos atribuídos à dificuldade em aprender matemática por estudantes do ensino médio.
2) A análise dos dados mostrou que os estudantes atribuem a dificuldade ao formalismo e abstração da matemática.
3) O estudo teve como base teórica a Etnomatemática e o pensamento de Foucault e Wittgenstein, permitindo questionar noções de uma linguagem e matemática universais.
Dias, simone trevizan. a importância do lúdico. campinas, unicamp (2006).oficinadeaprendizagemace
Este documento é um memorial apresentado por Simone Trevizan Dias para conclusão do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Campinas. No trabalho, a autora faz uma reflexão sobre sua trajetória de formação, destacando a importância do lúdico no desenvolvimento infantil de acordo com Piaget e Vygotsky. Ela também descreve como aplica esses conhecimentos em sua prática docente na educação infantil.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. A consciência fonológica e as conexões entre fala e competências metalinguísticas são importantes para a aquisição inicial da leitura. A dislexia afeta o processamento fonológico e está associada a dificuldades motoras e de processamento da informação escrita. A intervenção precoce é importante para identificar e trabalhar dificuldades relacionadas à linguagem oral antes do início da escol
Este documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. Também explora como a consciência fonológica e habilidades metalinguísticas estão relacionadas com a aquisição da leitura e como a detecção precoce de dificuldades pode ajudar a prevenir problemas futuros. Finalmente, fornece considerações sobre a importância do treino fonológico na idade pré-escolar.
O documento discute a complexidade da leitura e como é influenciada por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. Aponta que a consciência fonológica e habilidades metalinguísticas nas idades pré-escolares são preditores importantes de sucesso na leitura. Defende a importância do diagnóstico precoce de dificuldades e da intervenção nos jardins de infância para prevenir problemas futuros de aprendizagem da leitura.
1) O documento descreve um estudo que testou a eficácia de um programa de treino de consciência fonológica em crianças pré-escolares.
2) Participaram 418 crianças pré-escolares que foram divididas aleatoriamente em grupos experimental e de controle.
3) O grupo experimental participou em um programa de treino fonológico enquanto o grupo de controle não recebeu treino. Ambos os grupos foram avaliados antes e depois.
O documento discute a complexidade do processo de leitura e como é influenciado por fatores linguísticos, cognitivos e sociais. A consciência fonológica e as habilidades de linguagem oral são importantes preditores do sucesso na leitura. Há a necessidade de identificação precoce de dificuldades e intervenção para promover o desenvolvimento da linguagem e competências metalinguísticas em crianças.
Desenvolvimento dos-perfis-cognitivo-e-alfabetico-de-criancas-portuguesas-com...neliamaciel
Este estudo longitudinal comparou o progresso cognitivo e alfabético de crianças portuguesas com dislexia e sem dislexia. As crianças com dislexia tiveram desempenhos significativamente piores nas provas fonológicas e alfabéticas. Embora os dois grupos tenham progredido na mesma proporção na maioria das medidas, as crianças com dislexia evoluíram menos na deteção fonémica e não evoluíram na leitura de pseudopalavras.
O documento discute a importância do método de alfabetização fônica e construtivismo na educação de crianças com dislexia. Aborda os sintomas da dislexia, a importância do diagnóstico precoce e como métodos fônicos e construtivistas podem ajudar no desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita dessas crianças.
O documento discute quatro perturbações da comunicação: 1) Perturbação da articulação verbal caracterizada por dificuldades na produção de sons; 2) Perturbação específica da linguagem expressiva caracterizada por vocabulário limitado e dificuldades de construção de frases; 3) Perturbação específica da linguagem receptiva e expressiva com dificuldades tanto de compreensão quanto de expressão; 4) Gaguez caracterizada por alterações na fluência e cadência da fala.
FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL NA PREVENÇÃO DO RUÍDOPaula Paulinha
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre a relação entre memória de trabalho, consciência fonológica e hipótese de escrita em alunos de pré-escola e primeira série. O estudo avaliou 90 alunos quanto a essas habilidades utilizando testes de memória de trabalho, consciência fonológica e análise da hipótese de escrita. Os resultados mostraram que o desempenho nessas habilidades está relacionado à idade, maturidade e nível de escolaridade dos alunos.
Este documento discute as perturbações específicas de linguagem em contexto escolar. [1] Aborda conceitos como comunicação, linguagem oral e escrita, e fala, [2] descreve perturbações específicas de linguagem, incluindo problemas de linguagem oral e escrita, e [3] fornece referências bibliográficas sobre o tópico.
A informatica-como-instrumento-de-intervencao-pedagogica-em-criancas-com-disl...Malu Aguiar
O documento discute como a informática pode ser usada como uma ferramenta de intervenção pedagógica para crianças com dislexia. A dislexia é definida como um distúrbio de aprendizagem que afeta a leitura devido a dificuldades no processamento fonológico. Softwares educacionais podem estimular as capacidades necessárias para desenvolver a leitura em crianças disléxicas, fornecendo uma alternativa para professores e psicopedagogos.
Este documento discute as perturbações específicas de linguagem em contexto escolar. [1] Aborda conceitos como comunicação, linguagem oral e escrita, e fala, [2] descreve perturbações específicas de linguagem, incluindo problemas de linguagem oral e escrita, e [3] fornece referências bibliográficas sobre o tópico.
Este documento fornece informações sobre a consciência fonológica para professores. Discute (1) o que é a consciência fonológica e suas unidades relevantes; (2) a relação entre oralidade e escrita; e (3) como treinar a consciência fonológica. Inclui também propostas de atividades para desenvolver esta capacidade nos alunos.
O Conhecimento Da Lingua Desenv Consciencia Fonologica Pdf[1]SILVANA Fernandes
Este documento fornece informações sobre a consciência fonológica para professores. Discute o que é a consciência fonológica e como ela se desenvolve, desde a consciência silábica até a consciência fonêmica. Também fornece exemplos de atividades para estimular o desenvolvimento da consciência fonológica em alunos.
Brincadeira e educação considerações a partir da perspectiva histórico-cult...oficinadeaprendizagemace
O documento discute a função psicológica da brincadeira no desenvolvimento infantil a partir da perspectiva histórico-cultural. A brincadeira é vista como essencial para a criança ampliar suas possibilidades de abstração e auto-regulação do comportamento através de regras simbólicas. O desenvolvimento é compreendido como um processo histórico-cultural no qual a cultura e as interações sociais mediadas por símbolos moldam a constituição do sujeito.
[1] O documento discute a percepção de dificuldade da matemática entre alunos com base em análise de discurso. [2] Muitos alunos, professores e a mídia repetem o pré-conceito de que "matemática é difícil", o que pode levar ao fracasso escolar. [3] No entanto, ao repetirem essa ideia, os alunos também deslocam seus sentidos e percebem aspectos úteis da matemática, como em cálculos.
1) O documento discute o papel do brincar no processo de aprendizagem e desenvolvimento da subjetividade de crianças.
2) Uma oficina com brincadeiras foi realizada com professores e alunos com dificuldades de aprendizagem para explorar como o brincar pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.
3) A conclusão é que o brincar deve ser visto como constituinte do desenvolvimento do sujeito e de sua subjetividade.
A influência da escolaridade na lateralização inter hemisférica da linguagemoficinadeaprendizagemace
Este documento discute a influência da escolaridade na lateralização cerebral da linguagem. O estudo comparou crianças pré-escolares, do 2o e 4o ano do ensino fundamental em tarefas de escuta dicótica usando estímulos verbais e não-verbais. Os resultados mostraram uma diminuição progressiva da assimetria entre os ouvidos à medida que a escolaridade aumentava, sugerindo que a escolarização pode atenuar as diferenças de lateralização e melhorar a capacidade de orientar a atenção.
Este documento descreve várias atividades lúdicas e educativas para crianças utilizando objetos simples. Apresenta 23 atividades diferentes com instruções detalhadas sobre como realizá-las e seus possíveis benefícios para o desenvolvimento infantil.
O problema são as fórmulas um estudo sobre os sentidos atribuídos à dificul...oficinadeaprendizagemace
1) O documento discute um estudo sobre os sentidos atribuídos à dificuldade em aprender matemática por estudantes do ensino médio.
2) A análise dos dados mostrou que os estudantes atribuem a dificuldade ao formalismo e abstração da matemática.
3) O estudo teve como base teórica a Etnomatemática e o pensamento de Foucault e Wittgenstein, permitindo questionar noções de uma linguagem e matemática universais.
Dias, simone trevizan. a importância do lúdico. campinas, unicamp (2006).oficinadeaprendizagemace
Este documento é um memorial apresentado por Simone Trevizan Dias para conclusão do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Campinas. No trabalho, a autora faz uma reflexão sobre sua trajetória de formação, destacando a importância do lúdico no desenvolvimento infantil de acordo com Piaget e Vygotsky. Ela também descreve como aplica esses conhecimentos em sua prática docente na educação infantil.
Dificuldades de aprendizagem na escrita e características emocionais de criançasoficinadeaprendizagemace
1) O estudo analisou as relações entre problemas emocionais e erros na escrita de 88 alunos do 2o ano do ensino fundamental. 2) Foi constatada diferença significativa nos erros de escrita entre grupos com diferentes níveis de problemas emocionais, especialmente entre os grupos com menos e mais problemas. 3) Crianças com dificuldades de aprendizagem apresentaram ansiedade, baixa autoestima e sintomas como agressividade e timidez, relacionados aos problemas emocionais e de escrita.
[1] O documento discute a avaliação e manejo de crianças com dificuldades escolares e distúrbios de atenção. [2] Fatores médicos como deficiências sensoriais, transtornos do desenvolvimento e transtornos de aprendizagem devem ser considerados no diagnóstico diferencial de baixo desempenho escolar. [3] O tratamento medicamentoso associado a terapia multidisciplinar pode melhorar o desempenho escolar de crianças com distúrbio de déficit de atenção.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
Este artigo analisa como alunos portugueses explicam seu sucesso e fracasso escolar e se essas atribuições causais diferem de acordo com gênero e ano escolar. Os resultados sugerem que alunos, independente de gênero ou ano, atribuem sucesso a esforço. Para fracasso, apontam falta de método de estudo. Com o avanço escolar, conhecimento prévio é mais associado a sucesso. Rapazes ligam mais sucesso a capacidade; meninas a esforço e conhecimento.
1) Atualmente, um dos grandes desafios da educação infantil é adaptar as práticas pedagógicas para atender às necessidades das crianças, que já estão no processo de aquisição da leitura e escrita.
2) O documento discute o papel importante que a literatura infantil pode desempenhar nesse processo, ao oferecer às crianças contato com a linguagem escrita de forma lúdica e significativa.
3) É sugerido que atividades que envolvam a leitura de histórias para crianças
1) O estudo investigou a relação entre habilidades sociais e dificuldades de escrita em crianças do ensino fundamental.
2) Foram avaliadas 202 crianças entre 7-12 anos, e os resultados sugeriram que apenas o altruísmo explicou os erros de escrita.
3) Isso indica que o aprendizado de comportamentos sociais pode melhorar o desempenho de escrita ao favorecer melhores interações no aprendizado.
1) O documento discute a evolução histórica do brinquedo na educação, desde a Grécia Antiga até o século XX. 2) Ao longo dos séculos, filósofos como Platão e Aristóteles defenderam a importância do brincar na educação das crianças. 3) No século XIX, educadores como Rousseau, Pestalozzi e Froebel incorporaram o brinquedo em suas propostas pedagógicas para a educação infantil.
Matematica é difícil um sentindo pré-construído evidenciado na fala dos alunosoficinadeaprendizagemace
O documento discute como a percepção de que "matemática é difícil" foi construída ao longo da história. A matemática era vista como um conhecimento para poucos na Grécia Antiga, reservado a sacerdotes egípcios e discípulos de Pitágoras, que passavam por provas rigorosas. Embora Platão valorizasse o ensino matemático, suas ideias também contribuíram para a visão elitista da disciplina. Esses fatores históricos ajudaram a consolidar o pré-conceito de que matem
Este documento discute os distúrbios de aprendizagem à luz da psicologia histórico-cultural. Argumenta-se que as funções psicológicas superiores se desenvolvem através da apropriação da cultura e que a escola desempenha um papel fundamental nesse processo. Questiona-se a atribuição de culpa aos alunos por não aprenderem, sugerindo que os problemas de aprendizagem podem refletir falhas no processo de ensino. Defende-se uma abordagem que considere fatores sociais e culturais
Este documento apresenta os resultados de uma investigação sobre as dificuldades de escrita de alunos do 4o e 6o ano do ensino básico. A autora aplicou a prova PAL 21, que inclui palavras regulares, irregulares e pseudopalavras, para avaliar as vias e estratégias de produção escrita utilizadas pelos alunos. Os resultados mostram que os alunos do 4o ano dependem mais da via sublexical enquanto os do 6o ano usam principalmente a via lexical. A autora analisa também os
(1) A história dos números começa com as primeiras formas de contagem usadas pelos homens primitivos, como marcações em ossos e pedras. (2) Os hindus, por volta do século V, criaram o sistema de numeração posicional ao desenvolver o zero para representar a ausência de unidades. (3) Esse sistema numérico indo-arábico, com o uso do zero e da posição dos algarismos para determinar o valor, tornou-se a base do sistema de numeração moderno.
Este documento discute como os jogos podem ser uma ferramenta útil para o processo de ensino-aprendizagem de crianças com TDAH. Ele argumenta que os jogos podem ajudar no desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e moral dessas crianças, trabalhando conceitos como coordenação motora e raciocínio lógico. Além disso, brincadeiras como faz de conta podem auxiliar na imaginação e aprendizagem dessas crianças.
O documento discute quatro perturbações da comunicação: 1) Perturbação da articulação verbal caracterizada por dificuldades na produção de sons; 2) Perturbação específica da linguagem expressiva caracterizada por vocabulário limitado e dificuldades de expressão; 3) Perturbação específica da linguagem receptiva e expressiva com dificuldades tanto de compreensão quanto de expressão; 4) Gaguez caracterizada por alterações na fluência e ritmo da fala.
Capovilla 2007 avaliação e intervenção em dislexia do desenvolvimentoRosalina Fialho
O documento discute a avaliação e intervenção na dislexia do desenvolvimento. Ele explica que a dislexia afeta cerca de 10-25% das crianças em idade escolar e é importante avaliar e tratar. A dislexia é caracterizada por dificuldades na decodificação de palavras isoladas devido a problemas no processamento fonológico. Há evidências de que a dislexia tem causas biológicas, cognitivas e ambientais que interagem.
Dislexia: dificuldades, características e diagnósticoRodrigo Almeida
O documento discute a dislexia, incluindo suas características, como dificuldades na leitura e escrita devido a um defeito cerebral congênito, e seu diagnóstico. A dislexia não é considerada uma doença e pode ser identificada desde a educação infantil. Embora não tenha cura, seus sintomas podem ser amenizados com o apoio adequado na escola.
As perturbações da aprendizagem como a dislexia são complexas e têm causas multifatoriais, incluindo influências genéticas e disfunções cerebrais. Embora problemas de visão possam interferir na aprendizagem, eles não são a causa principal da dislexia. O diagnóstico e tratamento eficazes requerem uma equipa multidisciplinar e o envolvimento dos pais.
1) O documento discute a eficácia da intervenção psicopedagógica em crianças com dislexia do desenvolvimento.
2) Ele apresenta evidências de que o treinamento de habilidades fonológicas por meio do Programa "Alfabetização Fônica Computadorizada" pode ser efetivo no tratamento da dislexia.
3) O documento defende que intervenções precoces e especializadas são essenciais para desenvolver as habilidades necessárias para a alfabetização de crianças com dislexia.
Alfabetização e letramento repensando a prática de ensino da línguaGraça Barros
O documento discute a alfabetização e o letramento, repensando a prática de ensino da língua. Aborda brevemente a história dos métodos de ensino da leitura e escrita, enfatizando a importância de concepções sócio-históricas que considerem a aprendizagem como fator de desenvolvimento. Também ressalta a necessidade de integrar alfabetização e letramento nos processos de ensino, articulando a linguagem escrita com a inserção do indivíduo em práticas sociais de leitura e produção
1) O estudo avaliou a competência de leitura de 805 estudantes surdos de diferentes séries escolares usando um teste de leitura de palavras.
2) Os resultados mostraram um crescimento significativo da competência de leitura ao longo das séries escolares.
3) A análise comparativa entre leitores surdos e ouvintes revelou diferenças nos processos e estratégias de leitura utilizados por cada grupo.
1) A aprendizagem da leitura começa por volta dos 6 anos com um repertório de 5000 palavras e regras gramaticais armazenadas.
2) Existem várias teorias sobre como a consciência fonética e a identificação de fonemas influenciam o sucesso na leitura.
3) É necessário que as crianças portuguesas desenvolvam competências básicas na leitura até o final da escolaridade obrigatória para terem sucesso.
Este documento descreve um estudo que testou a eficácia de um programa de treino da consciência fonológica em crianças pré-escolares. Os autores aplicaram testes iniciais de consciência fonológica em 418 crianças e dividiram-nas em grupos experimental e de controle. O grupo experimental participou de 8 sessões de treino focadas em unidades silábicas. Testes finais mostraram ganhos significativos na consciência fonológica do grupo experimental em comparação ao grupo de controle.
Este estudo relaciona o desenvolvimento da linguagem oral com a escrita em 236 crianças brasileiras. Aos 6 anos, as crianças foram divididas em grupos com base em teste de avaliação fonológica. Aos 9 anos, foram avaliadas escrita e produção textual. O grupo com aquisição fonológica incompleta cometeu mais erros na escrita, apontando a linguagem oral como fator preditivo para o desenvolvimento ortográfico.
O conhecimento da língua - desenvolver_a_consciencia_fonologicaJoão Paulo Freire
Este documento fornece informações sobre a consciência fonológica dirigidas a professores. Explica que a consciência fonológica é a capacidade de identificar e manipular unidades sonoras da fala e que seu desenvolvimento é crucial para o sucesso na leitura e escrita. Também discute como estimular esta capacidade nas crianças por meio de atividades sistemáticas.
O conhecimento da_lingua_desenv_consciencia_fonologica.pdf[1]salaberth
Este documento fornece informações sobre a consciência fonológica dirigidas a professores. Explica que a consciência fonológica é a capacidade de identificar e manipular unidades sonoras da fala e que seu desenvolvimento é crucial para o sucesso na leitura e escrita. Também fornece exemplos de atividades para treinar diferentes níveis de consciência fonológica em estudantes.
Este documento fornece informações sobre a consciência fonológica e sua importância para o aprendizado da leitura e escrita. Discute o que é consciência fonológica e como ela se desenvolve, desde a consciência de sílabas até sons individuais. Também fornece atividades para professores estimularem a consciência fonológica dos alunos.
Aprender a ler e escrever indo alem dos metodosDarlyane Barros
O documento discute os desafios do ensino da leitura e escrita no Brasil, apontando que: (1) Cerca de 40% dos alunos têm dificuldades de aprendizagem, principalmente em leitura e escrita; (2) Isso se deve a fatores sociais, como falta de oportunidades para crianças em ambientes não letrados; (3) É necessário considerar diferentes perfis de alunos e suas necessidades para melhorar os métodos de ensino.
Estrategias de suporte para os transtornos ou dificuldades de leitura e escri...EFIGÊNIA NERES
Este documento discute estratégias de apoio para transtornos de leitura e escrita. Apresenta causas comuns para dificuldades na leitura e escrita, como dislexia e disgrafia. Também fornece exemplos de atividades e programas que podem ser usados para ajudar crianças com esses transtornos, como o método VAC e estratégias baseadas em cores.
Estrategias de suporte para os transtornos ou dificuldades de leitura e escri...EFIGÊNIA NERES
O presente trabalho visa apresentar algumas estratégias de suporte e como deve ser a atuação didática e pedagógica do professor diante de crianças que apresentam dificuldades ou transtornos no desenvolvimento da leitura e escrita ou Lectoescrita.
Aquisiçao e desenvolvimento da linguagem dificuldades que podem surgir ness...Darlyane Barros
O documento discute a aquisição e desenvolvimento da linguagem desde o nascimento até os 5 anos de idade. Aborda os principais marcos como a comunicação não-verbal, a produção de sons, a estrutura de frases e o diálogo. Também menciona possíveis dificuldades que podem surgir neste processo e como afetam o desenvolvimento da criança.
Este documento apresenta um manual para diagnosticar, intervir e reeducar a dislexia, disortografia e disgrafia. O documento discute conceitos importantes sobre perturbações da aprendizagem e da leitura, e fornece detalhes sobre a avaliação e intervenção para diferentes tipos de perturbações, incluindo dislexia, discalculia, disortografia e disgrafia.
Este documento discute a dislexia, uma perturbação na aquisição da leitura. Explica que a dislexia pode ser adquirida ou de desenvolvimento e descreve os dois principais tipos: dislexia fonológica e dislexia ortográfica. Também aborda os métodos de diagnóstico da dislexia e as opções de tratamento disponíveis.
Este trabalho analisa como o jogo influencia a aprendizagem de crianças entre 0 e 6 anos. A autora observou salas de aula e aplicou questionários a professores para coletar dados sobre como as crianças aprendem através do brincar. O trabalho está dividido em três capítulos que abordam a justificativa do tema, revisão teórica sobre o desenvolvimento infantil e análise dos dados coletados.
[1] O documento discute a percepção de dificuldade em matemática entre alunos a partir de uma análise discursiva. [2] Historicamente, a matemática foi vista como difícil e restrita a poucos, levando ao fracasso e evasão escolar. [3] A pesquisa analisou como os alunos repetem e deslocam esse discurso pré-construído de dificuldade em matemática, revelando novos sentidos sobre a disciplina.
Este documento discute as dificuldades de aprendizagem, definindo-as como problemas na aprendizagem de leitura, escrita ou matemática que não são causados por deficiências sensoriais, mentais ou emocionais. Ele explica que as causas das dificuldades de aprendizagem permanecem desconhecidas na maioria dos casos e enfatiza a importância de identificá-las o mais cedo possível através da observação cuidadosa dos comportamentos da criança.
1) O documento discute a indisciplina na sala de aula e se é causada por dificuldades de aprendizagem ou desinteresse do aluno. 2) Ele analisa fatores como a estrutura da escola, relação professor-aluno e metodologias de ensino que podem contribuir para a indisciplina. 3) O documento também revisa teorias e legislações educacionais que tratam do assunto.
O documento descreve um estudo de caso sobre dois irmãos gêmeos de 5 anos e 7 meses que apresentavam dificuldades de aprendizagem e possível retardo mental. Os meninos foram submetidos a vários testes de desenvolvimento, inteligência e habilidades sociais, e entrevistas foram realizadas com a mãe e professoras. Os resultados forneceram informações sobre o desenvolvimento motor, psicológico e social dos gêmeos para auxiliar no acompanhamento do caso.
1) O artigo analisa as concepções sobre o construtivismo na educação e como elas nem sempre refletem as ideias originais de Piaget e Vygotsky.
2) A teoria de Piaget não foi desenvolvida para aplicação escolar, mas contribui com a ideia de que o aluno constrói conhecimento através da interação com o meio.
3) Erros são parte natural do processo de aprendizagem segundo Piaget, como momento de desequilíbrio até se alcançar um novo equilíbrio cognitivo.
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1. ACOLHENDO A ALFABETIZAÇÃO NOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA” – REVISTA ELETRÔNICA ISSN: 1980-7686
Equipe: Grupo Acolhendo Alunos em Situação de Exclusão Social da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e Pós-
Graduação em Educação de Jovens e Adultos da Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane. (Via Atlântica:
Perspectivas Fraternas na Educação de Jovens e Adultos entre Brasil e Moçambique). PROCESSO 491342/2005-5 – Ed. 472005 Cham.
1/Chamada. APOIO FINANCEIRO: CNPq e UNESCO
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Natureza das dificuldades de leitura em crianças
brasileiras com dislexia do desenvolvimento
Nature of reading difficulties in Brazilian children
with development dyslexia
Alessandra Gotuzo Seabra CAPOVILLA
Bruna Tonietti TREVISAN
Fernando César CAPOVILLA
Maria do Carmo Alves de REZENDE
RESUMO
Segundo uma abordagem de processamento de informação,
diferentes estratégias de leitura prevalecem em diferentes estágios,
dependendo das características da escrita. No primeiro estágio, logográfico,
prevalece a estratégia logográfica, em que o reconhecimento é limitado a
umas poucas palavras familiares e dificultado por paralexias. No segundo,
alfabético, prevalece a estratégia fonológica de decodificação grafema-
fonema, que permite a leitura de palavras novas, desde que sejam regulares
grafofonemicamente. No terceiro, ortográfico, prevalece a estratégia lexical
de reconhecimento visual direto, que permite ler palavras
grafofonemicamente irregulares, desde que sejam familiares. O Teste de
Competência de Leitura de Palavras e Pseudopalavras (TCLPP) analisa,
sistematicamente, a habilidade de usar cada estratégia. Compõe-se de sete
tipos de pares figura-escrita, i.e., uma figura associada a uma palavra ou
pseudopalavra. A tarefa é circular os pares corretos e cruzar os incorretos.
Os dois primeiros consistem de palavras grafofonemicamente regulares ou
irregulares associadas a suas correspondentes figuras. Os cinco últimos
consistem de palavras associadas a figuras diferentes, ou a pseudopalavras
de quatro tipos: pseudopalavras com pronúncia idêntica à de palavras;
pseudopalavras com aspecto similar ao de palavras; pseudopalavras com
pronúncia similar em relação à de palavras; e pseudopalavras sem
semelhança visual ou fonológica com palavras. Usando TCLPP, o estudo
analisou estratégias de leitura de 13 disléxicos, comparando-as às de 2196
normoléxicos de 1a.
-7a.
série. Resultados mostraram que as dificuldades são
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basicamente fonológicas. Disléxicos foram tão bem quanto normoléxicos na
leitura de palavras, mas significativamente pior na de pseudopalavras,
especialmente naquelas com aspecto similar ao de palavras e naquelas com
pronúncia similar à de palavras. O estudo corroborou a noção de que o
processamento fonológico é o principal quesito de leitura e escrita
alfabéticas, e que distúrbios naquele processamento são responsáveis pelas
dificuldades específicas de leitura que caracterizam a dislexia do
desenvolvimento.
Palavras-chave: Dislexia, fonologia, Português, ortografia.
ABSTRACT
According to an information processing approach, different reading
strategies prevail at different stages and depending on print characteristics.
The first stage, logographic, is marked by the prevalence of the logographic
strategy in which recognition is limited to a few familiar words and plagued
with paralexias. The second stage, alphabetical, is marked by the prevalence
of a phonological strategy, based on grapheme-phoneme decoding, which
permits reading new words, provided their spelling is regular. The third
stage, orthographic, is marked by the prevalence of a lexical strategy, based
on visual recognition, which permits reading irregularly-spelled words,
provided they are familiar. Reading Competence Test (RCT) analyzes
systematically the ability of using each strategy. RTC is made of seven
types of print-picture pairs, i.e., a print (either a word or a nonword)
associated with a picture. The task is to circle correct print-picture pairs and
to cross out incorrect ones. The former consist of either regularly-spelled
words or irregularly-spelled words associated with their corresponding
pictures. The latter consist of either words associated with unrelated
pictures, or nonwords of four types: nonwords that sound like words,
nonwords that look similar to words, nonwords that sound similar to words,
nonwords that neither sound nor look similar to words. Using RCT, this
study analyzed reading strategies used by 13 dyslexic children and
compared them to those used by 2196 1st
-7th
grade normolexic students.
Results revealed that the difficulty presented by dyslexic children is
eminently phonological: In word reading, dyslexic children performed
equivalent to normolexic children, whereas in nonword reading, they
performed significantly worse, especially for nonwords that look or sound
similar to words. The study corroborated the notion that phonological
processing is a major component of alphabetical reading and spelling, and
that phonological processing disorders are mainly responsible for the
specific reading difficulties that characterize developmental dyslexia.
Index Terms: Dyslexia, phonology, Portuguese, orthography.
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Introdução
Os distúrbios de leitura e escrita atingem, de forma severa, cerca de
10% das crianças em idade escolar. Se forem considerados também os
distúrbios leves, este percentual chega a 25% (PIÉRART, 1997). Logo, uma
das tarefas mais freqüentes de psicólogos, psicopedagogos e profissionais de
áreas afins é a avaliação de distúrbios de leitura. É essencial, portanto, que o
profissional conheça os vários tipos de distúrbios de leitura, possa conduzir
o diagnóstico diferencial entre eles e, com base neste diagnóstico, realize a
intervenção apropriada.
Conforme descrito por Grégoire (1997), o distúrbio específico de
leitura é geralmente chamado de dislexia nos países de língua francesa e de
distúrbio de leitura (reading disability) nos países de língua inglesa. Apesar
das divergências quanto ao nome da síndrome, há uma razoável
concordância sobre sua definição. Segundo a World Federation of
Neurologists (1968), dislexia do desenvolvimento é o distúrbio em que a
criança, apesar de ter acesso à escolarização regular, falha em adquirir as
habilidades de leitura, escrita e soletração que seriam esperadas, de acordo
com seu desempenho intelectual. Segundo a definição do National Institute
of Health americano, a dislexia é “um dos vários tipos de distúrbios de
aprendizagem. É um distúrbio específico de linguagem de origem
constitucional e caracterizado por dificuldades em decodificar palavras
isoladas, geralmente refletindo habilidades de processamento fonológico
deficientes. Essas dificuldades em decodificar palavras isoladas são
freqüentemente inesperadas em relação à idade e outras habilidades
cognitivas e acadêmicas, elas não são resultantes de um distúrbio geral do
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desenvolvimento ou de problemas sensoriais.” (THE ORTON DYSLEXIA
SOCIETY, 1995, p. 2).
Para diagnosticar a dislexia do desenvolvimento, deve ser excluída a
presença de alguns outros distúrbios. Segundo Tallal et al. (1997), a dislexia
caracteriza-se por um distúrbio na linguagem expressiva e/ou receptiva que
não pode ser atribuído a atraso geral do desenvolvimento, distúrbios
auditivos, lesões neurológicas importantes (como paralisia cerebral e
epilepsia) ou distúrbios emocionais.
Além da dislexia do desenvolvimento, anteriormente descrita, há a
dislexia adquirida, também denominada de alexia. Nas dislexias adquiridas,
a perda da habilidade de leitura é devida a uma lesão cerebral específica e
ocorre após o domínio da leitura pelo indivíduo. Nas dislexias do
desenvolvimento, ao contrário, não há uma lesão cerebral evidente, e a
dificuldade já surge durante a aquisição da leitura pela criança. A divisão
clássica dos tipos de dislexia foi feita com base nos quadros de dislexia
adquirida, e baseia-se em qual etapa, ao longo do processamento de
informação, está afetada (MORAIS, 1995). De acordo com Frith (1985),
este processamento da informação escrita pode ocorrer por meio de três
estratégias: a logográfica, a alfabética e a ortográfica.
Na primeira delas, a logográfica, a leitura e a escrita ainda são
incipientes, pois se caracterizam pelo uso de pistas contextuais e não-
lingüísticas. Sem estas pistas, o reconhecimento não é possível. As cores, o
fundo e a forma das palavras são algumas das pistas utilizadas para a leitura
logográfica. Nesta estratégia, o leitor relaciona a palavra com seu contexto
específico e a palavra é tratada como um desenho. Um exemplo dessa
estratégia é a leitura dos rótulos mais comuns no dia-a-dia do leitor.
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A segunda estratégia, a alfabética, com o desenvolvimento da rota
fonológica, implica o conhecimento das correspondências entre letras e
fonemas, durante a codificação e a decodificação. Aqui, a palavra não é
mais tratada como um desenho e sim como um encadeamento de unidades
menores (letras ou sons) que, unidas, resultam em uma unidade maior e com
significado (a palavra). Assim, nesta estratégia, o leitor é capaz de converter
o som em escrita (e vice-versa), conseguindo ler e escrever palavras novas e
pseudopalavras.
Num primeiro momento, a leitura alfabética pode ser sem
compreensão porque, apesar da conversão letra-som, o significado não é
alcançado, visto que os recursos centrais de atenção e memória estão
totalmente voltados à tarefa de decodificação grafo-fonêmica. Num segundo
momento, com a automatização da decodificação, o leitor consegue ter
acesso ao significado.
Finalmente, na estratégia ortográfica, os níveis lexical e morfêmico
são reconhecidos diretamente, sem a necessidade de conversão fonológica,
de modo que a leitura caracteriza-se pelo processamento visual direto das
palavras. Nesta etapa, a partir da representação ortográfica, a criança tem
acesso direto ao sistema semântico. Ou seja, o leitor já possui um léxico
mental ortográfico, podendo relacionar a palavra escrita diretamente ao seu
significado, fazendo uma leitura competente. Torna-se possível a leitura de
palavras irregulares.
Tais estratégias não são mutuamente excludentes e podem coexistir
simultaneamente no leitor e no escritor competentes. A estratégia a ser
utilizada, em qualquer dado momento, depende do tipo de item a ser lido ou
escrito, sendo influenciada pelas características psicolingüísticas dos itens,
tais como lexicalidade, freqüência, regularidade grafo-fonêmica e
comprimento (CAPOVILLA; CAPOVILLA, 2000b, MORAIS, 1995).
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Como anteriormente descrito, a divisão dos tipos de dislexia foi feita
com base nos quadros de dislexia adquirida, e baseia-se em qual etapa está
afetada, ao longo do processamento de informação, por meio das três
estratégias de leitura (MORAIS, 1995). Os principais quadros são:
Dislexia visual. Há distúrbios na análise visual das palavras. Os erros
de leitura mostram uma semelhança visual entre a escrita da palavra
pronunciada e a da palavra alvo. Por exemplo, diante de “bandagem” ler
“bobagem”.
Dislexia de negligência. Os distúrbios também estão no sistema de
análise visual, e o leitor consistentemente ignora partes das palavras,
geralmente deixando de ler a parte inicial.
Leitura letra-a-letra. Há distúrbios no reconhecimento global de
palavras, ou seja, no processamento paralelo das letras. A leitura é feita
corretamente somente após a soletração (em voz alta ou não) de cada letra.
Há dificuldade com letras cursivas, pois a separação das letras é menos
evidente, sendo mais fácil ler palavras escritas em letra de fôrma.
Dislexia atencional. Há dificuldades na codificação das posições das
letras nas palavras, mas a identificação paralela das letras está preservada.
Assim, pode haver migrações de letras dentro de uma mesma palavra ou,
principalmente, de uma palavra a outra durante a leitura de frases.
Dislexia fonológica. Há dificuldades na leitura pela estratégia
alfabética, que faz uso do processamento fonológico. Porém, a leitura
visual-direta pela estratégia ortográfica está preservada. Logo, há
dificuldades na leitura de pseudopalavras e palavras desconhecidas, mas a
leitura de palavras familiares é adequada. Representa cerca de 67% dos
quadros disléxicos (BODER, 1973).
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Dislexia morfêmica ou semântica. Há dificuldades na leitura pela
estratégia ortográfica, sendo a leitura feita principalmente pela estratégia
alfabética. Logo, há dificuldades na leitura de palavras irregulares e longas,
com regularizações. Representa cerca de 10% dos quadros disléxicos.
Esta divisão, feita inicialmente a partir dos quadros de dislexias
adquiridas, tem sido aplicada também às dislexias do desenvolvimento,
especialmente a distinção entre a dislexia fonológica e a dislexia morfêmica,
ou seja, o distúrbio alfabético e o distúrbio ortográfico (STANOVICH;
SIEGEL; GOTTARDO, 1997). Porém, os achados mais recentes sobre os
tipos de dislexia têm sido mais negativos que positivos, ou seja, há cada vez
menos evidências de que as dislexias do desenvolvimento tenham, de fato,
diferentes tipos com padrões de leitura distintos entre si. Ao contrário, as
pesquisas têm sugerido que as dislexias do desenvolvimento caracterizam-
se, basicamente, pelos distúrbios na leitura alfabética, e não pelos distúrbios
na leitura ortográfica. A dislexia morfêmica seria mais o resultado de um
atraso geral da leitura do que de um padrão desviante. Será abordado, a
seguir, um dos estudos que confirmam tal suposição.
Stanovich, Siegel e Gottardo (1997) avaliaram 68 crianças disléxicas
em tarefas de leitura de palavras irregulares (i.e., com relações entre letra e
som imprevisíveis, como táxi) e de pseudopalavras. Enquanto a leitura de
palavras irregulares só pode ser feita corretamente pela rota lexical, a leitura
de pseudopalavras só pode ser feita corretamente pela rota fonológica. Com
base nos resultados, as crianças foram divididas em três grupos: disléxicas
fonológicas (que apresentavam pobre leitura de pseudopalavras mas boa
leitura de palavras irregulares), disléxicas morfêmicas (boa leitura de
pseudopalavras mas pobre leitura de palavras irregulares) e disléxicas mistas
(leitura similar em ambas as tarefas).
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Tais crianças foram, então, comparadas a 44 crianças-controle não-
disléxicas. Ambos os grupos tinham o mesmo nível de leitura, ou seja, foi
controlado o efeito da exposição à leitura e as possíveis conseqüências que
tal exposição poderia ter sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças.
Assim, enquanto as crianças disléxicas freqüentavam a 3a
. série, as crianças
não-disléxicas freqüentavam da 1ª à 2ª série.
Quando os resultados das crianças disléxicas foram comparados aos
resultados das crianças não-disléxicas com mesmo nível de leitura, mas
idade cronológica inferior, foi observado que:
a. os disléxicos morfêmicos apresentaram um padrão de leitura
bastante similar ao padrão das crianças-controle mais novas em
idade cronológica, mas com mesmo nível de leitura. Ou seja, os
disléxicos morfêmicos tinham mais um atraso na leitura do que
um desvio;
b. os disléxicos fonológicos apresentaram, de fato, um padrão
desviante. Seus desempenhos não foram similares aos de crianças
mais jovens. Ao contrário, enquanto sua leitura lexical foi
significativamente superior à do grupo controle mais jovem, sua
leitura fonológica foi significativamente inferior. Ou seja, apesar
do escore geral ter sido o mesmo entre o grupo controle e o grupo
de disléxicos fonológicos, a distribuição dos escores foi diferente.
Além do desempenho em leitura, os disléxicos morfêmicos
apresentaram desempenhos semelhantes ao grupo controle mais jovem em
habilidades de consciência fonológica, processamento sintático e memória
de trabalho. Por outro lado, os disléxicos fonológicos tiveram desempenhos
rebaixados em relação às crianças de mesmo nível de leitura nestas três
habilidades.
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Este estudo sugere, portanto, que a dislexia fonológica é, realmente,
um padrão desviante de leitura, enquanto a dislexia morfêmica parece ser
mais um atraso na leitura, apresentando um padrão consistente com um
nível de leitura menos desenvolvido. Os disléxicos fonológicos parecem ter,
na verdade, um processamento fonológico alterado, que não pode ser
simplesmente devido à falta de exposição à leitura.
Outro achado do estudo é que grande parte dos disléxicos apresenta
um perfil misto, isto é, apresentam dificuldades significativas em ambas as
rotas fonológica e lexical. Porém, essa proporção de disléxicos mistos é
maior com crianças jovens (27,9%) do que com crianças mais velhas
(9,8%), sendo que os disléxicos jovens mistos podem evoluir para disléxicos
fonológicos quando mais velhos. Tal evolução provavelmente ocorre porque
essas crianças conseguem desenvolver habilidades de leitura lexical, com
estratégias de reconhecimento visual, diminuindo, portanto, suas
dificuldades com palavras irregulares de alta freqüência.
Sumariando, há uma diversidade de quadros disléxicos que podem
ocorrer, e há evidências de que os problemas alfabéticos são os mais
freqüentes entre os disléxicos de ortografias alfabéticas. Neste contexto, a
presente pesquisa teve como objetivo verificar, em crianças disléxicas
brasileiras, quais são as estratégias de leitura mais comprometidas.
Conforme o arrazoado teórico anteriormente exposto, visto que a língua
portuguesa possui uma ortografia razoavelmente transparente, seria
esperado que o principal comprometimento de crianças disléxicas ocorresse
na leitura alfabética.
1 Método
1.1 Participantes
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Participaram do presente estudo 13 crianças com diagnóstico de
dislexia, sem especificação de tipo, e 2196 crianças sem tal diagnóstico,
cursando da 1ª à 7ª série do ensino fundamental de escolas públicas e
particulares do estado de São Paulo.
1.2 Instrumento
1.2.1 Teste de Competência de Leitura Silenciosa
O Teste de Competência de Leitura Silenciosa - TeCoLeSi
(CAPOVILLA et al, 2004) é um instrumento neuropsicológico e
psicométrico para a avaliação da competência de leitura silenciosa. Ele
possui oito tentativas de treino e 70 de teste, cada qual com um par
composto de uma figura e de um item escrito. A tarefa da criança é circular
os pares figura-escrita corretos e marcar com um X os pares figura-escrita
incorretos.
Existem sete tipos de pares, distribuídos aleatoriamente ao longo do
teste, com dez itens de teste para cada tipo de par. Eles são: 1. palavras
corretas regulares, como FADA, sob a figura de uma fada; 2. palavras
corretas irregulares, como TÁXI, sob a figura de um táxi; 3. palavras com
incorreção semântica, como TREM, sob a figura de um ônibus; 4.
pseudopalavras com trocas visuais, como CAEBÇA, sob a figura de cabeça; 5.
pseudopalavras com trocas fonológicas, CANCURU, sob a figura de um
canguru; 6. pseudopalavras homófonas, PÁÇARU, sob a figura de um
pássaro; e 7. pseudopalavras estranhas, como RASSUNO, sob a figura de uma
mão.
Os pares figura-escrita compostos de palavras corretas regulares e
irregulares devem ser aceitas, enquanto que as de incorreção semântica ou
de pseudopalavras devem ser rejeitadas. O padrão de erros em cada tipo de
item pode ser indicativo sobre quais estratégias de leitura a criança usa e
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em quais ela tem dificuldade. Assim, conforme descrito por Capovilla e
Capovilla (2004):
– erro na aceitação de palavras corretas irregulares pode indicar
dificuldade com o processamento lexical, ou falta dele;
– erro na rejeição de pseudopalavras homófonas pode indicar a
mesma dificuldade com o processamento lexical, ou falta dele,
num nível ainda mais acentuado, com uso exclusivo da rota
fonológica;
– erro na rejeição de pseudopalavras com trocas fonológicas poderia
indicar a mesma falta de recurso ao léxico, mas com o agravante
de dificuldades com o processamento fonológico;
– erro na rejeição de palavras semanticamente incorretas poderia
indicar falta de acesso ao léxico semântico;
– erro na rejeição de pseudopalavras com trocas visuais poderia
indicar dificuldade com o processamento fonológico, e recurso à
estratégia de leitura logográfica; e
– finalmente, erro na rejeição de pseudopalavras estranhas poderia
indicar sérios problemas de leitura.
Devido às relações intrínsecas ao Teste de Competência de Leitura
Silenciosa, ou seja, entre os sete tipos de pares figura-escrita, este
instrumento permite uma checagem interna das conclusões e uma certa
validação cruzada das evidências fornecidas em cada tipo de par figura-
escrita.
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1.3 Procedimento
O TeCoLeSi foi aplicado individualmente às 13 crianças com
diagnóstico de dislexia. Às 1200 crianças sem o diagnóstico de dislexia, o
instrumento foi aplicado coletivamente, em sala de aula.
2 Resultados e discussão
Foi conduzida Análise de Covariância, tendo como fator o grupo
(disléxicos e não-disléxicos), como covariante a série escolar, e como
variáveis dependentes os escores médios em cada subteste e total no
TeCoLeSi. A Tabela 1, a seguir, sumaria os resultados encontrados. De
forma sucinta, as análises conduzidas evidenciaram que as crianças
disléxicas apresentaram um escore total levemente inferior ao das crianças
não-disléxicas, com F(1, 2206) = 4,01, p < 0,045. No entanto, a análise da
freqüência de acerto em cada subteste do Teste de Competência de Leitura
Silenciosa revelou que o desempenho dos disléxicos foi semelhante aos dos
não-disléxicos na leitura de palavras, porém inferior na leitura de
pseudopalavras, especialmente nas pseudopalavras com trocas fonológicas
ou visuais.
Tabela 1. Escores médios e erros-padrão entre parênteses no TeCoLeSi
total e em cada subteste para o grupo de crianças disléxicas e não disléxicas.
TeCoLeSi Não-Disléxicos Disléxicos
Total 0,863 (0,002) 0,803 (0,030)
CR 0,924 (0,003) 0,923 (0,037)
CI 0,836 (0,004) 0,848 (0,049)
VS 0,958 (0,002) 0,963 (0,028)
VV 0,877 (0,004) 0,751 (0,047)
VF 0,792 (0,005) 0,616 (0,059)
PH 0,696 (0,005) 0,539 (0,068)
PE 0,968 (,002) 0,981 (0,026)
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Assim, analisando o desempenho de ambos os grupos no TeCoLeSi
e em cada um de seus subtestes, evidencia-se que:
a. Não houve diferença significativa entre ambos os grupos nas
palavras corretas regulares (CR), com p = 0,98. Tal fato pode ser
explicado pela possibilidade das palavras corretas regulares serem
lidas por qualquer uma das três estratégias de leitura: logográfica,
alfabética ou ortográfica;
b. Não houve diferença significativa entre os grupos nas palavras
corretas irregulares (CI), com p = 0,81. Interessante observar, no
entanto, que apesar de diferença não significativa, o grupo
disléxico obteve desempenho superior ao grupo não disléxico
neste subteste. Vale lembrar que as palavras irregulares podem ser
lidas corretamente pelas estratégias logográfica ou ortográfica,
mas, se fossem lidas pela alfabética, seriam ocasionados erros de
regularização. Deste modo, este resultado pode ser indicativo de
que as estratégias logográfica ou lexical encontram-se
preservadas nestes sujeitos;
c. Não houve diferença entre os grupos nas palavras com incorreção
semântica (VS), com p = 0,84, o que pode sugerir adequado
acesso ao léxico semântico. É interessante observar que as
palavras com incorreção semântica também podem ser lidas por
qualquer uma das três estratégias, dentre logográfica, alfabética e
ortográfica;
d. Diferenças significativas entre os grupos foram encontradas nas
pseudopalavras com trocas visuais (VV), com F(1, 2206) = 7,28,
p = 0,007, tendo o grupo disléxico desempenho inferior ao grupo
não-disléxico. Este padrão de desempenho sugere dificuldade
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com o processamento fonológico, uma vez que, se realizasse a
decodificação grafofonêmica, o indivíduo perceberia as trocas
visuais sem maiores dificuldades. Além das possíveis dificuldades
com o processamento fonológico, este padrão indica recurso à
estratégia logográfica de leitura, através de um reconhecimento
visual global de palavras visualmente semelhantes;
e. Diferenças significativas entre os grupos disléxico e não-disléxico
foram observadas nas pseudopalavras com trocas fonológicas
(VF), F(1, 2206) = 9,01, p = 0,003, com o grupo disléxico
apresentando desempenho inferior ao grupo não-disléxico. Tal
achado sugere dificuldade ou falta de recurso ao léxico, uma vez
que a leitura por processamento visual direto e a comparação do
item escrito com sua representação pré-armazenada no léxico
ortográfico deveria mostrar-se eficiente na rejeição deste tipo de
item; tal padrão pode ser indicativo, também, de dificuldades no
processamento fonológico, pois o leitor aceita as trocas
fonológicas como corretas;
f. Diferenças significativas foram encontradas entre os grupos para
as pseudopalavras homófonas (PH), com F(1, 2206) = 5,35, p =
0,021, com o grupo disléxico apresentando desempenho inferior
ao do grupo não-disléxico. No geral, dificuldades na rejeição das
pseudopalavras homófonas podem ser tomadas como indicativo
de dificuldades no processamento lexical, com uso exclusivo do
processamento fonológico. No entanto, uma análise mais
cuidadosa evidencia que o escore do grupo disléxico, neste item
específico, aproxima-se muito da faixa de acertos ao acaso.
Somado a este fato, pode-se tomar o desempenho do mesmo
grupo em outros subtestes (VV, VF) do instrumento então
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utilizado, como indicativo de uma leitura por similaridade visual;
e
g. Por fim, não houve diferença significativa entre ambos os grupos
avaliados nas pseudopalavras estranhas (PE), com p = 0,62. Tal
fato é corroborado pela possibilidade de uso de qualquer
estratégia de leitura (logográfica, alfabética ou ortográfica) na
leitura de tais itens.
Desta forma, e considerando o padrão de desempenho do grupo
disléxico em cada subteste do Teste de Competência de Leitura Silenciosa,
como descrito até então, pode-se observar nestes sujeitos um padrão de
leitura visual global, com bom desempenho nas palavras corretas (regulares
e irregulares), mas se deixando enganar por trocas sutis que mantenham o
mesmo aspecto geral do item escrito, o que poderia ser facilmente
identificado através de um adequado processo de decodificação grafo-
fonêmica ou através do acesso ao léxico ortográfico. Ou seja, as crianças
disléxicas da presente amostra estão fazendo uso, basicamente, da estratégia
de leitura logográfica, sem uso competente das estratégias alfabética ou
ortográfica.
Considerações finais
Sumariando, as crianças disléxicas apresentaram um escore total
levemente inferior ao das crianças não-disléxicas. A análise dos escores
específicos em cada subteste revelou que o desempenho dos disléxicos foi
semelhante aos dos não-disléxicos na leitura de palavras, mas inferior na
leitura de pseudopalavras, especialmente daquelas que envolviam trocas
fonológicas ou visuais.
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Portanto, os resultados obtidos sugerem que a dificuldade das
crianças disléxicas é especialmente evidente quando a leitura não pode ser
feita unicamente pela estratégia logográfica, mas é necessário usar a
decodificação ou o reconhecimento ortográfico, visto que o item a ser lido,
por ser uma pseudopalavra, não faz parte do vocabulário visual cotidiano da
criança.
Tal padrão de leitura é compatível com o arrazoado teórico
anteriormente descrito sobre o desenvolvimento das estratégias de leitura.
Ou seja, como as crianças apresentam grande dificuldade com o
processamento fonológico, permanecem num estilo basicamente logográfico
de leitura, sem conseguir dominar a leitura alfabética e, conseqüentemente,
avançar para a leitura ortográfica.
Os resultados apresentados no presente capítulo corroboram
evidências oriundas de outros estudos (e.g. CAPOVILLA; CAPOVILLA,
2000a, 2000b, 2004), os quais indicam que as dificuldades em leitura e
escrita se devem, em grande parte, a problemas iniciais de processamento
fonológico. Estudos brasileiros têm mostrado que tais dificuldades podem
ser significativamente diminuídas com a incorporação precoce de atividades
fônicas logo no início da alfabetização (CAPOVILLA, 2003).
Neste sentido, este estudo estende sua relevância à implementação
de procedimentos interventivos, uma vez que tais dados podem ainda
auxiliar o desenvolvimento de procedimentos de intervenção que visem à
prevenção e ao tratamento das dislexias, tornando-os mais eficazes ao
trabalharem com as dificuldades subjacentes a tais problemas.
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Autores
Alessandra Gotuzo Seabra Capovilla
Doutora e Pós-Doutorada em Psicologia Experimental pela Universidade de
São Paulo
Docente, pesquisadora e orientadora do Programa de Pós-Graduação Stricto
Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco
Telefone: (11) 4534-8040, fax: (11) 4524-1933
Rua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45 – Itatiba – SP – 13251-040
acapovil@usp.br
Bruna Tonietti Trevisan
Bolsista do Programa de Iniciação Científica da Universidade São Francisco
Telefone: (11) 4534-8040, fax: (11) 4524-1933
Rua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45 – Itatiba – SP – 13251-040
bru.trevisan@ig.com.br
Fernando César Capovilla
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University, EUA; Livre-
Docente em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo
Docente, pesquisador e orientador do Mestrado e Doutorado em Psicologia
Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Instituto de Psicologia – Universidade de São Paulo
Telefone: (11) 3091-4001
Av. Prof. Mello Moraes 1721 – São Paulo – SP – 05508-900.
capovilla@usp.br
19. Sede da Edição: Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – Av da Universidade, 308 - Bloco A, sala 111 – São Paulo – SP
– Brasil – CEP 05508-040. Grupo de pesquisa: Acolhendo Alunos em situação de exclusão social e escolar: o papel da instituição
escolar.
Parceria: Centro de Recursos em Educação Não-Formal de Jovens e Adultos – CRENF – FacEd – UEM – Prédio da Faculdade de Letras
e Ciências Sociais – Segundo Piso - Gabinete 303 – Campus Universitário Maputo, Moçambique, África
Setembro de 2006 – Março de 2007 – Ano I – Nº. 001
Maria do Carmo Alves de Rezende
Bolsista do Programa de Iniciação Científica da Universidade São Francisco
Telefone: (11) 4534-8040, fax: (11) 4524-1933
Rua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45 – Itatiba – SP – 13251-040
carmenrez@ig.com.br
Como citar este artigo:
CAPOVILLA, Alessandra Gotuzo Seabra et al. Natureza das dificuldades
de leitura em crianças brasileiras com dislexia do desenvolvimento.
Revista ACOALFAplp: Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua
portuguesa, São Paulo, ano 1, n. 1, 2006. Disponível em:
<http://www.acoalfaplp.net>. Publicado em: setembro de 2006.