[1] O documento discute a percepção de dificuldade da matemática entre alunos com base em análise de discurso. [2] Muitos alunos, professores e a mídia repetem o pré-conceito de que "matemática é difícil", o que pode levar ao fracasso escolar. [3] No entanto, ao repetirem essa ideia, os alunos também deslocam seus sentidos e percebem aspectos úteis da matemática, como em cálculos.
[1] O documento discute a percepção de dificuldade em matemática entre alunos a partir de uma análise discursiva. [2] Historicamente, a matemática foi vista como difícil e restrita a poucos, levando ao fracasso e evasão escolar. [3] A pesquisa analisou como os alunos repetem e deslocam esse discurso pré-construído de dificuldade em matemática, revelando novos sentidos sobre a disciplina.
O problema são as fórmulas um estudo sobre os sentidos atribuídos à dificul...oficinadeaprendizagemace
1) O documento discute um estudo sobre os sentidos atribuídos à dificuldade em aprender matemática por estudantes do ensino médio.
2) A análise dos dados mostrou que os estudantes atribuem a dificuldade ao formalismo e abstração da matemática.
3) O estudo teve como base teórica a Etnomatemática e o pensamento de Foucault e Wittgenstein, permitindo questionar noções de uma linguagem e matemática universais.
Matematica é difícil um sentindo pré-construído evidenciado na fala dos alunosoficinadeaprendizagemace
O documento discute como a percepção de que "matemática é difícil" foi construída ao longo da história. A matemática era vista como um conhecimento para poucos na Grécia Antiga, reservado a sacerdotes egípcios e discípulos de Pitágoras, que passavam por provas rigorosas. Embora Platão valorizasse o ensino matemático, suas ideias também contribuíram para a visão elitista da disciplina. Esses fatores históricos ajudaram a consolidar o pré-conceito de que matem
O documento discute a criatividade e os jogos didáticos no contexto da educação matemática. Apresenta uma metodologia chamada "Do Sim até a Sala de Aula" que guia os participantes a vivenciarem um processo criativo através da criação de jogos didáticos. Discute as etapas do processo criativo e como os jogos didáticos podem ser usados para desenvolver atitudes, introduzir e fixar conteúdos, e motivar os alunos.
1) O artigo analisa as concepções sobre o construtivismo na educação e como elas nem sempre refletem as ideias originais de Piaget e Vygotsky.
2) A teoria de Piaget não foi desenvolvida para aplicação escolar, mas contribui com a ideia de que o aluno constrói conhecimento através da interação com o meio.
3) Erros são parte natural do processo de aprendizagem segundo Piaget, como momento de desequilíbrio até se alcançar um novo equilíbrio cognitivo.
Este documento discute como o ensino ostensivo, ou ensinar mostrando objetos e pronunciando palavras, pode contribuir para a comunicação em ambientes de aprendizagem gerados pelo processo de modelagem matemática. O autor argumenta que o ensino ostensivo estabelece uma ligação entre palavras e objetos que ajuda os alunos a compreender o sentido da linguagem matemática.
Este artigo discute a importância da dialogicidade no processo de ensino-aprendizagem na perspectiva de Paulo Freire. O autor relata experiências em sala de aula utilizando projetos de investigação que promovem o diálogo entre os alunos, professores e entre diferentes áreas do conhecimento, especialmente matemática e biologia. A dialogicidade é apresentada como fundamental para que os professores possam relacionar os temas trazidos pelos alunos com os conteúdos das disciplinas.
O ENSINO DE ÁLGEBRA FRENTE ÀS NOVAS CONCEPÇÕES METODOLÓGICAS DO ENSINO DE MAT...Robson S
O documento discute as influências das concepções do ensino de álgebra no Brasil ao longo do tempo. Aborda os principais obstáculos epistemológicos e didáticos no ensino de álgebra, as três concepções iniciais de ensino de álgebra no Brasil (linguística-pragmática, fundamentalista-estrutural, fundamentalista analógica), e as novas tendências metodológicas surgidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais para superar os problemas identificados no ensino de álgebra.
[1] O documento discute a percepção de dificuldade em matemática entre alunos a partir de uma análise discursiva. [2] Historicamente, a matemática foi vista como difícil e restrita a poucos, levando ao fracasso e evasão escolar. [3] A pesquisa analisou como os alunos repetem e deslocam esse discurso pré-construído de dificuldade em matemática, revelando novos sentidos sobre a disciplina.
O problema são as fórmulas um estudo sobre os sentidos atribuídos à dificul...oficinadeaprendizagemace
1) O documento discute um estudo sobre os sentidos atribuídos à dificuldade em aprender matemática por estudantes do ensino médio.
2) A análise dos dados mostrou que os estudantes atribuem a dificuldade ao formalismo e abstração da matemática.
3) O estudo teve como base teórica a Etnomatemática e o pensamento de Foucault e Wittgenstein, permitindo questionar noções de uma linguagem e matemática universais.
Matematica é difícil um sentindo pré-construído evidenciado na fala dos alunosoficinadeaprendizagemace
O documento discute como a percepção de que "matemática é difícil" foi construída ao longo da história. A matemática era vista como um conhecimento para poucos na Grécia Antiga, reservado a sacerdotes egípcios e discípulos de Pitágoras, que passavam por provas rigorosas. Embora Platão valorizasse o ensino matemático, suas ideias também contribuíram para a visão elitista da disciplina. Esses fatores históricos ajudaram a consolidar o pré-conceito de que matem
O documento discute a criatividade e os jogos didáticos no contexto da educação matemática. Apresenta uma metodologia chamada "Do Sim até a Sala de Aula" que guia os participantes a vivenciarem um processo criativo através da criação de jogos didáticos. Discute as etapas do processo criativo e como os jogos didáticos podem ser usados para desenvolver atitudes, introduzir e fixar conteúdos, e motivar os alunos.
1) O artigo analisa as concepções sobre o construtivismo na educação e como elas nem sempre refletem as ideias originais de Piaget e Vygotsky.
2) A teoria de Piaget não foi desenvolvida para aplicação escolar, mas contribui com a ideia de que o aluno constrói conhecimento através da interação com o meio.
3) Erros são parte natural do processo de aprendizagem segundo Piaget, como momento de desequilíbrio até se alcançar um novo equilíbrio cognitivo.
Este documento discute como o ensino ostensivo, ou ensinar mostrando objetos e pronunciando palavras, pode contribuir para a comunicação em ambientes de aprendizagem gerados pelo processo de modelagem matemática. O autor argumenta que o ensino ostensivo estabelece uma ligação entre palavras e objetos que ajuda os alunos a compreender o sentido da linguagem matemática.
Este artigo discute a importância da dialogicidade no processo de ensino-aprendizagem na perspectiva de Paulo Freire. O autor relata experiências em sala de aula utilizando projetos de investigação que promovem o diálogo entre os alunos, professores e entre diferentes áreas do conhecimento, especialmente matemática e biologia. A dialogicidade é apresentada como fundamental para que os professores possam relacionar os temas trazidos pelos alunos com os conteúdos das disciplinas.
O ENSINO DE ÁLGEBRA FRENTE ÀS NOVAS CONCEPÇÕES METODOLÓGICAS DO ENSINO DE MAT...Robson S
O documento discute as influências das concepções do ensino de álgebra no Brasil ao longo do tempo. Aborda os principais obstáculos epistemológicos e didáticos no ensino de álgebra, as três concepções iniciais de ensino de álgebra no Brasil (linguística-pragmática, fundamentalista-estrutural, fundamentalista analógica), e as novas tendências metodológicas surgidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais para superar os problemas identificados no ensino de álgebra.
IDENTIDADES DOCENTES NA ABORDAGEM NARRATIVA. PROCESOS DE SOCIALIZACION PROFES...ProfessorPrincipiante
Este trabalho é fruto de reflexões narrativas de professores formadores que
atuam no programa Projovem Urbano e rede pública, leituras de textos de pensadores
que estudam e pesquisam a partir do referencial teórico metodológico de abordagens
narrativas, pensadores da área das ciências da educação, sociologia, filosofia e de
minhas percepções enquanto pesquisador participante do Grupo de Estudos e
Pesquisas em Política e Formação Docente: Ensino Fundamental e Superior.
Pretendo apontar algumas evidências que me levam a acreditar que o movimento de
resignificação do ser professor que se processa no interior do diálogo intersubjetivo, se
mostra como um campo narrativo de legitimações inter-educativas que constitui-se
mapas de epistémês para uma ciência docente. Este entendimento não se expressa
para mim num horizonte hipotético, mas trata-se da própria dinâmica narrativa que
sempre se exterioriza impregnada de sentidos resignificados e resignificantes
permanentes por isto o titulo Evidências de Epistêmés na Abordagem Narrativa.
Esta construção é parte do trabalho de mestrado que venho desenvolvendo intitulado
Formação dos Professores e Rede Pública, Através das Narrativas, Trajetórias e
Percursos, orientado pela Profª. Dra Filomena Maria de Arruda Monteiro do PPGE - Linha de Pesquisa: Organização Escolar, Formação e Práticas Pedagógicas - da
Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.
Palavras Chaves: evidências ;epitémê ;resignificação ;narrativas e intersubjetividade.
DOCÊNCIA NA PRISÃO: PROFESSORES DUPLAMENTE INICIANTES, APRENDENDO COM OS PARE...ProfessorPrincipiante
As reflexões apresentadas neste texto são resultado de observações a partir de
experiências educativas com professores iniciantes e experientes, em espaços de
privação de liberdade, e investigações anteriores sobre o papel da escola na prisão, onde
se buscou compreender a cilada posta entre o real punitivo da prisão e o ideal educativo
da educação escolar. Partindo da premissa de que a educação emancipa os indivíduos, o
professor se coloca como elemento essencial dessa emancipação, visto ser a sala de
aula, espaço onde os aprisionados encontram possibilidade de (re)construção da
identidade forjada pelas rotinas e normas próprias do sistema carcerário. Nesse sentido,
pensar a inserção profissional na docência na prisão, nos leva à compreensão da
complexidade desse processo, visto ser o professor duplamente iniciante na tarefa
educativa, onde aprende com os pares, com o contexto e o aluno. Faz-se necessário
considerar em sua inserção, que aprenda os códigos do contexto e avalie as motivações
peculiares dos indivíduos em privação de liberdade, uma vez que ao lado do ensino de
conteúdos específicos, constrói com eles, um projeto de vida que lhes garanta a
possibilidade de (re)inserção social. A compreensão mais apurada do processo pela
libertação, baseada nos projetos educativos de Enrique Dussel, Ernani Maria Fiori e Paulo Freire, nos permitem pensar caminhos para o inicio da docência no espaço
prisional, dadas as suas especificidades, e o papel do professor como protagonista da
ação dialógica que liberta e une os excluídos que vivem no interior das prisões.
Este documento apresenta três evidências de epistêmê na abordagem narrativa de professores: 1) as intenções políticas dos professores expressas em seu fazer pedagógico, que constituem um campo para uma ciência política da educação; 2) a resignificação mútua entre professor e aluno no processo de ensino-aprendizagem; 3) o profissionalismo docente revelado nos diálogos sobre responsabilidades éticas e a prática reflexiva.
38105 texto do artigo-158844-1-10-20170425Nelson Kratsch
O documento resume um livro de Pedro Demo que defende a aprendizagem através da autoria, contrapondo o ensino instrucionista. O livro discute como a pesquisa e produção de conhecimento podem ser usadas para uma aprendizagem mais efetiva. A resenha elogia o livro por inspirar reflexões sobre educação no Brasil e formas de ensinar e aprender que valorizem a autonomia e produção do aluno.
O documento discute as relações na dinâmica da sala de aula, enfatizando a importância do diálogo e da participação dos alunos para o sucesso do processo de aprendizagem. Também aborda os desafios atuais como a violência fora e dentro da escola e a necessidade de apoio da família e comunidade.
Este documento descreve uma experiência educativa realizada em uma disciplina de filosofia na qual os alunos estudavam os pensamentos de Descartes e Nietzsche. A aula combinava a filosofia com a pintura em aquarela e a escrita criativa. O objetivo era explorar como esses elementos diferentes poderiam se relacionar e produzir novos modos de pensamento e existência. Fragmentos das produções dos alunos mostram como a experiência deixou marcas nos processos de subjetivação deles.
O documento discute a evolução da abordagem do ensino de texto nas escolas e propõe uma nova concepção de texto. Resume: 1) Tradicionalmente, o foco era no significado literal do texto e na transmissão de conteúdo, mas isso não desenvolvia habilidades interpretativas; 2) Teorias modernas veem o texto como um ato comunicativo complexo, não como um produto com sentido fixo; 3) Isso requer ensinar estratégias linguísticas e discursivas usadas para produzir sentidos, em vez de apenas transmitir informações
1. O documento discute a dimensão ética da aula, argumentando que uma aula é algo que professores e alunos constroem juntos através de uma relação intersubjetiva, e não algo que apenas o professor dá.
2. Defende que embora professores e alunos tenham papéis diferentes, existe uma igualdade e horizontalidade na relação, na medida em que ambos ensinam e aprendem mutuamente.
3. Aponta que ao fazer a aula, professores não apenas ensinam conteúdos, mas constroem e reconstruém
A influência da escolaridade na lateralização inter hemisférica da linguagemoficinadeaprendizagemace
Este documento discute a influência da escolaridade na lateralização cerebral da linguagem. O estudo comparou crianças pré-escolares, do 2o e 4o ano do ensino fundamental em tarefas de escuta dicótica usando estímulos verbais e não-verbais. Os resultados mostraram uma diminuição progressiva da assimetria entre os ouvidos à medida que a escolaridade aumentava, sugerindo que a escolarização pode atenuar as diferenças de lateralização e melhorar a capacidade de orientar a atenção.
[1] O documento discute a avaliação e manejo de crianças com dificuldades escolares e distúrbios de atenção. [2] Fatores médicos como deficiências sensoriais, transtornos do desenvolvimento e transtornos de aprendizagem devem ser considerados no diagnóstico diferencial de baixo desempenho escolar. [3] O tratamento medicamentoso associado a terapia multidisciplinar pode melhorar o desempenho escolar de crianças com distúrbio de déficit de atenção.
Dias, simone trevizan. a importância do lúdico. campinas, unicamp (2006).oficinadeaprendizagemace
Este documento é um memorial apresentado por Simone Trevizan Dias para conclusão do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Campinas. No trabalho, a autora faz uma reflexão sobre sua trajetória de formação, destacando a importância do lúdico no desenvolvimento infantil de acordo com Piaget e Vygotsky. Ela também descreve como aplica esses conhecimentos em sua prática docente na educação infantil.
Brincadeira e educação considerações a partir da perspectiva histórico-cult...oficinadeaprendizagemace
O documento discute a função psicológica da brincadeira no desenvolvimento infantil a partir da perspectiva histórico-cultural. A brincadeira é vista como essencial para a criança ampliar suas possibilidades de abstração e auto-regulação do comportamento através de regras simbólicas. O desenvolvimento é compreendido como um processo histórico-cultural no qual a cultura e as interações sociais mediadas por símbolos moldam a constituição do sujeito.
Dificuldades de aprendizagem na escrita e características emocionais de criançasoficinadeaprendizagemace
1) O estudo analisou as relações entre problemas emocionais e erros na escrita de 88 alunos do 2o ano do ensino fundamental. 2) Foi constatada diferença significativa nos erros de escrita entre grupos com diferentes níveis de problemas emocionais, especialmente entre os grupos com menos e mais problemas. 3) Crianças com dificuldades de aprendizagem apresentaram ansiedade, baixa autoestima e sintomas como agressividade e timidez, relacionados aos problemas emocionais e de escrita.
1) O documento discute o papel do brincar no processo de aprendizagem e desenvolvimento da subjetividade de crianças.
2) Uma oficina com brincadeiras foi realizada com professores e alunos com dificuldades de aprendizagem para explorar como o brincar pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.
3) A conclusão é que o brincar deve ser visto como constituinte do desenvolvimento do sujeito e de sua subjetividade.
Este documento descreve várias atividades lúdicas e educativas para crianças utilizando objetos simples. Apresenta 23 atividades diferentes com instruções detalhadas sobre como realizá-las e seus possíveis benefícios para o desenvolvimento infantil.
A influência da escolaridade na lateralização inter hemisférica da linguagemoficinadeaprendizagemace
Este documento discute a influência da escolaridade na lateralização cerebral da linguagem. O estudo comparou crianças pré-escolares, do 2o e 4o ano do ensino fundamental em tarefas de escuta dicótica usando estímulos verbais e não-verbais. Os resultados mostraram uma diminuição progressiva da assimetria entre os ouvidos à medida que a escolaridade aumentava, sugerindo que a escolarização pode atenuar as diferenças de lateralização e melhorar a capacidade de orientar a atenção.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
Este artigo analisa como alunos portugueses explicam seu sucesso e fracasso escolar e se essas atribuições causais diferem de acordo com gênero e ano escolar. Os resultados sugerem que alunos, independente de gênero ou ano, atribuem sucesso a esforço. Para fracasso, apontam falta de método de estudo. Com o avanço escolar, conhecimento prévio é mais associado a sucesso. Rapazes ligam mais sucesso a capacidade; meninas a esforço e conhecimento.
1) Atualmente, um dos grandes desafios da educação infantil é adaptar as práticas pedagógicas para atender às necessidades das crianças, que já estão no processo de aquisição da leitura e escrita.
2) O documento discute o papel importante que a literatura infantil pode desempenhar nesse processo, ao oferecer às crianças contato com a linguagem escrita de forma lúdica e significativa.
3) É sugerido que atividades que envolvam a leitura de histórias para crianças
O documento discute as diferentes estratégias de leitura (logográfica, alfabética e ortográfica) e como elas se desenvolvem. Também descreve o Teste de Competência de Leitura de Palavras e Pseudopalavras, que analisa as habilidades de leitura usando essas estratégias. Os resultados do estudo mostraram que crianças disléxicas têm dificuldades fonológicas, lendo piores pseudopalavras do que palavras.
1) O estudo investigou a relação entre habilidades sociais e dificuldades de escrita em crianças do ensino fundamental.
2) Foram avaliadas 202 crianças entre 7-12 anos, e os resultados sugeriram que apenas o altruísmo explicou os erros de escrita.
3) Isso indica que o aprendizado de comportamentos sociais pode melhorar o desempenho de escrita ao favorecer melhores interações no aprendizado.
1) O documento discute a evolução histórica do brinquedo na educação, desde a Grécia Antiga até o século XX. 2) Ao longo dos séculos, filósofos como Platão e Aristóteles defenderam a importância do brincar na educação das crianças. 3) No século XIX, educadores como Rousseau, Pestalozzi e Froebel incorporaram o brinquedo em suas propostas pedagógicas para a educação infantil.
IDENTIDADES DOCENTES NA ABORDAGEM NARRATIVA. PROCESOS DE SOCIALIZACION PROFES...ProfessorPrincipiante
Este trabalho é fruto de reflexões narrativas de professores formadores que
atuam no programa Projovem Urbano e rede pública, leituras de textos de pensadores
que estudam e pesquisam a partir do referencial teórico metodológico de abordagens
narrativas, pensadores da área das ciências da educação, sociologia, filosofia e de
minhas percepções enquanto pesquisador participante do Grupo de Estudos e
Pesquisas em Política e Formação Docente: Ensino Fundamental e Superior.
Pretendo apontar algumas evidências que me levam a acreditar que o movimento de
resignificação do ser professor que se processa no interior do diálogo intersubjetivo, se
mostra como um campo narrativo de legitimações inter-educativas que constitui-se
mapas de epistémês para uma ciência docente. Este entendimento não se expressa
para mim num horizonte hipotético, mas trata-se da própria dinâmica narrativa que
sempre se exterioriza impregnada de sentidos resignificados e resignificantes
permanentes por isto o titulo Evidências de Epistêmés na Abordagem Narrativa.
Esta construção é parte do trabalho de mestrado que venho desenvolvendo intitulado
Formação dos Professores e Rede Pública, Através das Narrativas, Trajetórias e
Percursos, orientado pela Profª. Dra Filomena Maria de Arruda Monteiro do PPGE - Linha de Pesquisa: Organização Escolar, Formação e Práticas Pedagógicas - da
Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.
Palavras Chaves: evidências ;epitémê ;resignificação ;narrativas e intersubjetividade.
DOCÊNCIA NA PRISÃO: PROFESSORES DUPLAMENTE INICIANTES, APRENDENDO COM OS PARE...ProfessorPrincipiante
As reflexões apresentadas neste texto são resultado de observações a partir de
experiências educativas com professores iniciantes e experientes, em espaços de
privação de liberdade, e investigações anteriores sobre o papel da escola na prisão, onde
se buscou compreender a cilada posta entre o real punitivo da prisão e o ideal educativo
da educação escolar. Partindo da premissa de que a educação emancipa os indivíduos, o
professor se coloca como elemento essencial dessa emancipação, visto ser a sala de
aula, espaço onde os aprisionados encontram possibilidade de (re)construção da
identidade forjada pelas rotinas e normas próprias do sistema carcerário. Nesse sentido,
pensar a inserção profissional na docência na prisão, nos leva à compreensão da
complexidade desse processo, visto ser o professor duplamente iniciante na tarefa
educativa, onde aprende com os pares, com o contexto e o aluno. Faz-se necessário
considerar em sua inserção, que aprenda os códigos do contexto e avalie as motivações
peculiares dos indivíduos em privação de liberdade, uma vez que ao lado do ensino de
conteúdos específicos, constrói com eles, um projeto de vida que lhes garanta a
possibilidade de (re)inserção social. A compreensão mais apurada do processo pela
libertação, baseada nos projetos educativos de Enrique Dussel, Ernani Maria Fiori e Paulo Freire, nos permitem pensar caminhos para o inicio da docência no espaço
prisional, dadas as suas especificidades, e o papel do professor como protagonista da
ação dialógica que liberta e une os excluídos que vivem no interior das prisões.
Este documento apresenta três evidências de epistêmê na abordagem narrativa de professores: 1) as intenções políticas dos professores expressas em seu fazer pedagógico, que constituem um campo para uma ciência política da educação; 2) a resignificação mútua entre professor e aluno no processo de ensino-aprendizagem; 3) o profissionalismo docente revelado nos diálogos sobre responsabilidades éticas e a prática reflexiva.
38105 texto do artigo-158844-1-10-20170425Nelson Kratsch
O documento resume um livro de Pedro Demo que defende a aprendizagem através da autoria, contrapondo o ensino instrucionista. O livro discute como a pesquisa e produção de conhecimento podem ser usadas para uma aprendizagem mais efetiva. A resenha elogia o livro por inspirar reflexões sobre educação no Brasil e formas de ensinar e aprender que valorizem a autonomia e produção do aluno.
O documento discute as relações na dinâmica da sala de aula, enfatizando a importância do diálogo e da participação dos alunos para o sucesso do processo de aprendizagem. Também aborda os desafios atuais como a violência fora e dentro da escola e a necessidade de apoio da família e comunidade.
Este documento descreve uma experiência educativa realizada em uma disciplina de filosofia na qual os alunos estudavam os pensamentos de Descartes e Nietzsche. A aula combinava a filosofia com a pintura em aquarela e a escrita criativa. O objetivo era explorar como esses elementos diferentes poderiam se relacionar e produzir novos modos de pensamento e existência. Fragmentos das produções dos alunos mostram como a experiência deixou marcas nos processos de subjetivação deles.
O documento discute a evolução da abordagem do ensino de texto nas escolas e propõe uma nova concepção de texto. Resume: 1) Tradicionalmente, o foco era no significado literal do texto e na transmissão de conteúdo, mas isso não desenvolvia habilidades interpretativas; 2) Teorias modernas veem o texto como um ato comunicativo complexo, não como um produto com sentido fixo; 3) Isso requer ensinar estratégias linguísticas e discursivas usadas para produzir sentidos, em vez de apenas transmitir informações
1. O documento discute a dimensão ética da aula, argumentando que uma aula é algo que professores e alunos constroem juntos através de uma relação intersubjetiva, e não algo que apenas o professor dá.
2. Defende que embora professores e alunos tenham papéis diferentes, existe uma igualdade e horizontalidade na relação, na medida em que ambos ensinam e aprendem mutuamente.
3. Aponta que ao fazer a aula, professores não apenas ensinam conteúdos, mas constroem e reconstruém
A influência da escolaridade na lateralização inter hemisférica da linguagemoficinadeaprendizagemace
Este documento discute a influência da escolaridade na lateralização cerebral da linguagem. O estudo comparou crianças pré-escolares, do 2o e 4o ano do ensino fundamental em tarefas de escuta dicótica usando estímulos verbais e não-verbais. Os resultados mostraram uma diminuição progressiva da assimetria entre os ouvidos à medida que a escolaridade aumentava, sugerindo que a escolarização pode atenuar as diferenças de lateralização e melhorar a capacidade de orientar a atenção.
[1] O documento discute a avaliação e manejo de crianças com dificuldades escolares e distúrbios de atenção. [2] Fatores médicos como deficiências sensoriais, transtornos do desenvolvimento e transtornos de aprendizagem devem ser considerados no diagnóstico diferencial de baixo desempenho escolar. [3] O tratamento medicamentoso associado a terapia multidisciplinar pode melhorar o desempenho escolar de crianças com distúrbio de déficit de atenção.
Dias, simone trevizan. a importância do lúdico. campinas, unicamp (2006).oficinadeaprendizagemace
Este documento é um memorial apresentado por Simone Trevizan Dias para conclusão do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Campinas. No trabalho, a autora faz uma reflexão sobre sua trajetória de formação, destacando a importância do lúdico no desenvolvimento infantil de acordo com Piaget e Vygotsky. Ela também descreve como aplica esses conhecimentos em sua prática docente na educação infantil.
Brincadeira e educação considerações a partir da perspectiva histórico-cult...oficinadeaprendizagemace
O documento discute a função psicológica da brincadeira no desenvolvimento infantil a partir da perspectiva histórico-cultural. A brincadeira é vista como essencial para a criança ampliar suas possibilidades de abstração e auto-regulação do comportamento através de regras simbólicas. O desenvolvimento é compreendido como um processo histórico-cultural no qual a cultura e as interações sociais mediadas por símbolos moldam a constituição do sujeito.
Dificuldades de aprendizagem na escrita e características emocionais de criançasoficinadeaprendizagemace
1) O estudo analisou as relações entre problemas emocionais e erros na escrita de 88 alunos do 2o ano do ensino fundamental. 2) Foi constatada diferença significativa nos erros de escrita entre grupos com diferentes níveis de problemas emocionais, especialmente entre os grupos com menos e mais problemas. 3) Crianças com dificuldades de aprendizagem apresentaram ansiedade, baixa autoestima e sintomas como agressividade e timidez, relacionados aos problemas emocionais e de escrita.
1) O documento discute o papel do brincar no processo de aprendizagem e desenvolvimento da subjetividade de crianças.
2) Uma oficina com brincadeiras foi realizada com professores e alunos com dificuldades de aprendizagem para explorar como o brincar pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.
3) A conclusão é que o brincar deve ser visto como constituinte do desenvolvimento do sujeito e de sua subjetividade.
Este documento descreve várias atividades lúdicas e educativas para crianças utilizando objetos simples. Apresenta 23 atividades diferentes com instruções detalhadas sobre como realizá-las e seus possíveis benefícios para o desenvolvimento infantil.
A influência da escolaridade na lateralização inter hemisférica da linguagemoficinadeaprendizagemace
Este documento discute a influência da escolaridade na lateralização cerebral da linguagem. O estudo comparou crianças pré-escolares, do 2o e 4o ano do ensino fundamental em tarefas de escuta dicótica usando estímulos verbais e não-verbais. Os resultados mostraram uma diminuição progressiva da assimetria entre os ouvidos à medida que a escolaridade aumentava, sugerindo que a escolarização pode atenuar as diferenças de lateralização e melhorar a capacidade de orientar a atenção.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
Este artigo analisa como alunos portugueses explicam seu sucesso e fracasso escolar e se essas atribuições causais diferem de acordo com gênero e ano escolar. Os resultados sugerem que alunos, independente de gênero ou ano, atribuem sucesso a esforço. Para fracasso, apontam falta de método de estudo. Com o avanço escolar, conhecimento prévio é mais associado a sucesso. Rapazes ligam mais sucesso a capacidade; meninas a esforço e conhecimento.
1) Atualmente, um dos grandes desafios da educação infantil é adaptar as práticas pedagógicas para atender às necessidades das crianças, que já estão no processo de aquisição da leitura e escrita.
2) O documento discute o papel importante que a literatura infantil pode desempenhar nesse processo, ao oferecer às crianças contato com a linguagem escrita de forma lúdica e significativa.
3) É sugerido que atividades que envolvam a leitura de histórias para crianças
O documento discute as diferentes estratégias de leitura (logográfica, alfabética e ortográfica) e como elas se desenvolvem. Também descreve o Teste de Competência de Leitura de Palavras e Pseudopalavras, que analisa as habilidades de leitura usando essas estratégias. Os resultados do estudo mostraram que crianças disléxicas têm dificuldades fonológicas, lendo piores pseudopalavras do que palavras.
1) O estudo investigou a relação entre habilidades sociais e dificuldades de escrita em crianças do ensino fundamental.
2) Foram avaliadas 202 crianças entre 7-12 anos, e os resultados sugeriram que apenas o altruísmo explicou os erros de escrita.
3) Isso indica que o aprendizado de comportamentos sociais pode melhorar o desempenho de escrita ao favorecer melhores interações no aprendizado.
1) O documento discute a evolução histórica do brinquedo na educação, desde a Grécia Antiga até o século XX. 2) Ao longo dos séculos, filósofos como Platão e Aristóteles defenderam a importância do brincar na educação das crianças. 3) No século XIX, educadores como Rousseau, Pestalozzi e Froebel incorporaram o brinquedo em suas propostas pedagógicas para a educação infantil.
O documento discute os principais métodos de alfabetização e suas características. Os métodos são categorizados de acordo com três aspectos: ponto de partida (analítico ou sintético), unidade de análise entre fala e escrita (global, silábico ou fônico), e tipo de estimulação (multissensorial ou tradicional). Brevemente, o método fônico foca nas correspondências grafofônicas enquanto o método global foca na identificação visual das palavras.
Dificuldade de aprendizagem na escrita em crianças de escola pública oriundos...oficinadeaprendizagemace
O documento discute as dificuldades de aprendizagem na escrita de crianças de escolas públicas de classes populares. A pesquisa analisou os erros ortográficos em uma prova de ditado com 50 alunos e encontrou uma alta ocorrência de erros, indicando dificuldades na aprendizagem da escrita. As conclusões apontam que a aprendizagem da escrita é complexa e influenciada por fatores sociais, culturais e estruturais da escola.
Este documento discute os distúrbios de aprendizagem à luz da psicologia histórico-cultural. Argumenta-se que as funções psicológicas superiores se desenvolvem através da apropriação da cultura e que a escola desempenha um papel fundamental nesse processo. Questiona-se a atribuição de culpa aos alunos por não aprenderem, sugerindo que os problemas de aprendizagem podem refletir falhas no processo de ensino. Defende-se uma abordagem que considere fatores sociais e culturais
Este documento apresenta os resultados de uma investigação sobre as dificuldades de escrita de alunos do 4o e 6o ano do ensino básico. A autora aplicou a prova PAL 21, que inclui palavras regulares, irregulares e pseudopalavras, para avaliar as vias e estratégias de produção escrita utilizadas pelos alunos. Os resultados mostram que os alunos do 4o ano dependem mais da via sublexical enquanto os do 6o ano usam principalmente a via lexical. A autora analisa também os
(1) A história dos números começa com as primeiras formas de contagem usadas pelos homens primitivos, como marcações em ossos e pedras. (2) Os hindus, por volta do século V, criaram o sistema de numeração posicional ao desenvolver o zero para representar a ausência de unidades. (3) Esse sistema numérico indo-arábico, com o uso do zero e da posição dos algarismos para determinar o valor, tornou-se a base do sistema de numeração moderno.
Este documento discute como os jogos podem ser uma ferramenta útil para o processo de ensino-aprendizagem de crianças com TDAH. Ele argumenta que os jogos podem ajudar no desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e moral dessas crianças, trabalhando conceitos como coordenação motora e raciocínio lógico. Além disso, brincadeiras como faz de conta podem auxiliar na imaginação e aprendizagem dessas crianças.
1) O documento reflete sobre as dificuldades de aprendizagem da matemática, discutindo fatores como o pré-conceito de que matemática é difícil, a capacitação inadequada de professores e a metodologia tradicional com ênfase no cálculo.
2) Muitos alunos têm dificuldades na aprendizagem da matemática devido a fatores como o conceito pré-formado de que a disciplina é difícil, a formação insuficiente de professores e o uso de metodologias tradicionais com foco excessivo em
O documento discute a importância de se conhecer os alunos do ensino superior. Apresenta diversas características que podem variar entre os alunos, como idade, personalidade e origem socioeconômica. Também discute tipologias de alunos propostas por pesquisadores e enfatiza a necessidade de se estabelecer um diálogo entre professores e alunos para promover a aprendizagem.
O documento discute as dificuldades de professores e alunos em ensinar e aprender matemática, respectivamente, devido à falta de integração entre a língua portuguesa e a matemática. Muitos professores apontam que os alunos têm dificuldades em interpretar enunciados matemáticos e resolver problemas devido a problemas de leitura e escrita. O documento defende uma maior aproximação entre esses dois campos do conhecimento.
O documento discute as dificuldades de aprendizagem, definindo-as como problemas de aprendizagem em alunos com quociente intelectual, ambiente sócio-familiar e saúde normais. Argumenta que tais dificuldades são complexas e influenciadas por fatores do aluno, professor e currículo, e que uma abordagem individualizada e compreensiva é necessária.
O filme retrata as dificuldades de um professor em ensinar alunos de origens diversas em uma escola da periferia francesa, mostrando os desafios de fazer com que alunos desinteressados aprendam e as barreiras enfrentadas pelo professor no exercício de sua profissão. O documento analisa os temas abordados pelo filme e faz críticas à representação de um aluno "problemático" e aos momentos de falta de profissionalismo do professor retratado.
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Atps fundamentos sociológicos da educação pronta 1keulene1989
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Algumas implicações do desrespeito docente pelo saber matemático discenteAndréa Thees
Este documento descreve uma observação de uma situação ocorrida em uma sala de aula de matemática onde uma aluna pede ajuda ao professor para entender seu erro em uma questão de prova. O professor se recusa a explicar o erro da aluna, deixando-a frustrada. Posteriormente, a observadora dialoga com a aluna e analisa como a atitude do professor pode afetar negativamente o desenvolvimento e aprendizagem da aluna.
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Desinteresse e problemas de interpretação no ensino de História: Professor, ...Emerson Mathias
1) O documento discute os desafios no ensino de história, como o desinteresse dos alunos e dificuldades de interpretação de texto.
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[1] O documento discute as causas do insucesso escolar, incluindo fatores individuais dos alunos, como origem socioeconômica e deficiências, e fatores externos como a gestão escolar, expectativas dos professores e falta de materiais adequados. [2] Vários fatores são apontados como contribuintes para o insucesso escolar, como o meio socioeconômico, a gestão curricular, a organização escolar e as expectativas dos professores. [3] O insucesso escolar pode ter consequências neg
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...ProfessorPrincipiante
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O documento discute três modelos pedagógicos e seus pressupostos epistemológicos: 1) A pedagogia diretiva é fundamentada no empirismo, onde o professor transmite conhecimento ao aluno como uma "tabula rasa"; 2) A pedagogia não-diretiva baseia-se no apriorismo, onde o aluno aprende por si só com base em conhecimento inato; 3) Uma terceira abordagem relacional é proposta, mas não detalhada.
Fernando Becker - Modelos pedagógicos e modelos epistemológicosMarcelo Sabbatini
O documento discute três modelos pedagógicos e seus respectivos pressupostos epistemológicos: 1) A pedagogia diretiva é fundamentada no empirismo, onde o professor transmite conhecimento ao aluno como uma "tabula rasa"; 2) A pedagogia não-diretiva se baseia no apriorismo, onde o aluno aprende por si só com base em conhecimento inato; 3) Uma terceira abordagem relacional é proposta, mas não detalhada.
O documento discute três modelos pedagógicos e seus pressupostos epistemológicos: 1) Pedagogia diretiva baseada na epistemologia empirista de que o conhecimento é transmitido pelo professor; 2) Pedagogia não-diretiva baseada no apriorismo de que o aluno aprende sozinho; 3) Uma terceira abordagem relacional é proposta, mas não detalhada.
O documento descreve situações de indisciplina em uma sala de aula, como alunos desrespeitosos e desinteressados. Também discute possíveis causas para a indisciplina, como falta de limites em casa, e estratégias que professores podem usar para promover a disciplina, como diálogo, respeito e estabelecimento de regras claras.
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Este documento discute as dificuldades de aprendizagem, definindo-as como problemas na aprendizagem de leitura, escrita ou matemática que não são causados por deficiências sensoriais, mentais ou emocionais. Ele explica que as causas das dificuldades de aprendizagem permanecem desconhecidas na maioria dos casos e enfatiza a importância de identificá-las o mais cedo possível através da observação cuidadosa dos comportamentos da criança.
1) O documento discute a indisciplina na sala de aula e se é causada por dificuldades de aprendizagem ou desinteresse do aluno. 2) Ele analisa fatores como a estrutura da escola, relação professor-aluno e metodologias de ensino que podem contribuir para a indisciplina. 3) O documento também revisa teorias e legislações educacionais que tratam do assunto.
O documento descreve um estudo de caso sobre dois irmãos gêmeos de 5 anos e 7 meses que apresentavam dificuldades de aprendizagem e possível retardo mental. Os meninos foram submetidos a vários testes de desenvolvimento, inteligência e habilidades sociais, e entrevistas foram realizadas com a mãe e professoras. Os resultados forneceram informações sobre o desenvolvimento motor, psicológico e social dos gêmeos para auxiliar no acompanhamento do caso.
Dificuldades de aprendizagem e retardo mental: estudo de caso
Como as crianças interpretam a matemática na escola
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A INTERPRETAÇÃO DA MATEMÁTICA NA ESCOLA, NO DIZER DOS ALUNOS: ressonâncias do sentido de "dificuldade"
Marisa Rosâni Abreu da Silveira
Mestre em Educação pela UFRGS
Orientadora: Prof. (a) Dr. (a) Regina Maria Varini Mutti
Data da defesa: 13 de abril de 2000.
Palavras-chave: Ensino e Aprendizagem de Matemática; Análise de Discurso; Heterogeneidade.
Um dos grandes problemas educacionais da atualidade é o fracasso escolar, ocasionado pelo desempenho insatisfatório do estudante em algumas áreas do conhecimento que resulta na repetência do aluno na série e muitas vezes por conseqüência, na sua evasão da escola. O aluno sentindo-se fracassado e impedido de seguir adiante os seus estudos, já que ser reprovado significa, no próprio dicionário, não ser aprovado por "falta de preparo ou capacidade", prefere abandonar a escola do que, quem sabe, atestar novamente esta incapacidade no ano letivo seguinte.
Valendo-se da tríade "ler, escrever e contar", a Matemática ocupa o lugar das disciplinas que mais reprova o aluno na escola. A justificativa que a comunidade escolar dá a esta "incapacidade" do aluno com esta área do conhecimento é que "Matemática é difícil" e o senso comum confere-lhe o aval. Como Matemática é considerada útil, o aluno não pode passar para a série seguinte sem atestar seu conhecimento na disciplina e desta forma aceita-se inclusive que o aluno seja reprovado apenas em Matemática, nem que seja por décimos para atingir a média instituída pela escola onde estuda.
O fato de a Matemática reprovar significativamente o aluno na escola ser aceito sem contestações pela comunidade escolar, nos leva a fazer algumas reflexões sobre o fracasso do aluno nesta disciplina, levando em conta a justificativa de que "Matemática é difícil".
Para contribuir com o ensino e a aprendizagem da Matemática, a pesquisa se propôs analisar as formulações discursivas dos alunos quando
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falam desta dificuldade, bem como os fatos históricos que contribuíram para que este pré-construído que diz "Matemática é difícil" e por conseqüência "Matemática é para poucos" mantivesse seus resquícios ao longo do tempo, manifestado, assim por toda comunidade escolar e pela mídia. A re- significação do pré-construído é uma nova interpretação da dificuldade da matemática, mas que mesmo mostrando facetas diferentes, corrobora com a sua manutenção.
A busca de subsídios no referencial teórico da Análise de Discurso Francesa para guiar estas reflexões, se justifica pelo fato de que para analisar este pré-construído, é preciso oportunizar a palavra ao aluno, já que ele é o sujeito mais afetado por esta dificuldade.
Michel Pêcheux (1997) se preocupou com a produção de sentidos através das enunciações do sujeito, levando em conta um sujeito interpretante, valorizando a construção social e histórica de sentidos, que estão inseridos no interdiscurso, no qual este se filia. É por meio da língua que este sujeito do discurso re-significa, pois ao carregar sentidos prontos, reconhece e estranha as próprias palavras, quando percebe a presença de palavras que não são suas, que carregam sentidos alheios.
Busquei os elementos para este acesso ao “outro” no discurso, em Jacqueline Authier-Revuz (1998), que analisa através das marcas lingüísticas a representação deste “outro”, apoiando-se no dialogismo de Bakhtin e em Lacan. Ela postula os conceitos de heterogeneidade constitutiva e de heterogeneidade mostrada, na análise da enunciação.
A Análise de Discurso que é disciplina de entremeio entre a Lingüística, o Marxismo e a Psicanálise oferece suporte metodológico para entendermos como o estudante insere-se neste discurso que fala da Matemática. Portanto, a investigação na sala de aula tornou-se necessária para perceber o modo como o aluno lida com esse imaginário de dificuldades com a Matemática e buscar uma análise discursiva de seus pronunciamentos.
Este sujeito na posição de aprendente e na condição de sujeito que estuda e não aprende, mostra este discurso outro nas suas formulações discursivas.
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As marcas lingüísticas encontradas no corpus analisado deixaram rastros para se perceber a interpretação da Matemática na escola no dizer dos alunos, bem como as ressonâncias do sentido de dificuldade, atestando desta forma o outro que lhe constitui, pois ao repetir o que já ouviu falar da disciplina retira do interdiscurso o que está impregnado na memória do dizer. Este já-dito sofre alterações de sentidos, pois o sujeito aluno é falado enquanto fala, mas também tem desejos que manifestam-se quando faz a sua interpretação da disciplina.
A manutenção ou desestabilização do pré-construído no interdiscurso depende de continuarmos aceitando, reproduzindo o já-dito sem questionamento ou interrogarmos a veracidade desta expressão consolidada e banalizada em diferentes vozes.
Como "Matemática é difícil" é uma expressão naturalizada, já que circula no discurso do senso comum e no discurso acadêmico, procurei analisar o que se repete, o que ressoa e aponta para a heterogeneidade mostrada e constitutiva nos sujeitos deste discurso.
O aluno que está inserido no interdiscurso acaba reconhecendo estas vozes e passa a ser seu porta voz, atestando também esta heterogeneidade. Porém, ao internalizar vozes outras, vozes que não são suas, modifica e acrescenta outros sentidos dados à Matemática.
Este discurso pré-construído que foi re-significado ao longo da história encontrou ecos nas diferentes vozes analisadas, representando verdades cristalizadas, já que parece não poder ser contemplado com um olhar diferente. "Matemática não é difícil" é difícil ser dito.
Para os professores da disciplina, Matemática precisa tornar-se fácil, o que pressupõe que ela seja difícil. Estes identificam na voz do aluno que ela é chata, misteriosa, assusta, causa pavor, medo diante da sua dificuldade e vergonha por não aprendê-la. Como resultado de tantos sentimentos ruins que esta disciplina proporciona ao aluno, somado ao bloqueio em não dominar sua linguagem e não ter acesso ao seu conhecimento, vem o sentimento de ódio pela matemática. Ódio, porque ela é difícil.
Estes professores também reconhecem que não são todos os alunos que odeiam matemática, já que existem os talentosos, porém estes são
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poucos. Uma professora citou inclusive a seleção natural. A Matemática na perspectiva desta professora pode banir com os fracos. Já para outro professor, estes alunos são fracos ou não têm aptidão para a Matemática. O que não é muito diferente para o professor de Matemática no filme "O preço do desafio" produzido pela Warner Bros, quando diz aos seus alunos que esta disciplina é a grande niveladora e que Matemática ama-se ou odeia-se.
O sentido de que Matemática seleciona os mais inteligentes pelos professores tem ressonância do sentido "não entre quem não souber geometria" para Platão. A seleção natural referida pela professora, também encontra ressonância de sentido no candidato expulso que se retirava envergonhado do Instituto Pitágoras. Esta vergonha perante a incapacidade de aprender matemática, mencionada por professores e alunos, tem suas origens na própria história da matemática.
Como o pré-construído é ilocalizável, não podemos atribuir a Pitágoras ou a Platão a origem deste discurso, nem tampouco aos primeiros calculistas que detinham conhecimentos matemáticos com exclusividade para obter poder e prestígio. A Matemática, para Pitágoras e Platão, tinha caráter religioso. Platão também diz que "Deus sempre geometriza", mostrando o caráter ideal da Matemática e supondo um mundo de idéias puras.
Os professores de Matemática do Ensino Médio manifestaram o sentido de jogar a culpa do fracasso dos alunos nas professoras de séries iniciais, pelo fato de estarem despreparadas e por optarem pelo curso de magistério por não gostar de matemática e para fugir dela. Este sentido de empurrar a culpa longe de si, faz emergir o sentido de que ensinar Matemática também é para poucos, e que recai novamente no pré-construído, pois ensinar uma disciplina considerada difícil dá status ao professor, conforme pesquisa feita, e que me parece, o professor de matemática procura manter.
A mídia para cativar seus leitores também repete o pré-construído, ressaltando através das falas dos diferentes sujeitos a quem deu voz.
Textos com enunciados: "A eterna dificuldade com a matemática", "a histórica dificuldade enfrentada por professores e estudantes no ensino da ciência dos números", "o mito de que a matemática é disciplina difícil", "o mito de que só aprende matemática quem é inteligente" e "o mito de que
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matemática é difícil e feita para alguns iluminados" fazem emergir a identificação de muitos leitores com esta problemática na escola.
O mito assinala para o sentido histórico da dificuldade da Matemática, sua origem quem sabe, nos primeiros ensinamentos, nas primeiras reprovações de quem estuda e não aprende, em oposição ao inteligente e ao iluminado. A eterna dificuldade aponta para um caminho sem saída.
Após a polêmica prova de Matemática de um vestibular da UFRGS, um professor entrevistado diz: "Matemática é sempre assim. É a prova mais difícil" mostrando a ressonância do mito da dificuldade, já que "é sempre assim", denota o sentido que não pode ser diferente, pois está consolidado, é um a priori que não se questiona.
A mídia adverte os alunos que a Matemática causa: calafrios, terror, pânico, medo e dor, como também assusta e tortura. A Matemática também é caricaturada por bichos maus: bicho-papão, bicho feio e bicho de sete cabeças. Os sentidos que emergem destes bichos recaem novamente no pré-construído, pois Matemática sendo difícil pode ser representada pelo: bicho-papão que dá medo, o bicho feio que assusta e o bicho de sete cabeças que tortura.
A desmistificação do bicho papão proposto pela mídia recai novamente no mito. Desmistificar o mito, o mito da dificuldade. A Matemática não apenas representa bichos maus, como também o diabo, o diabo dos números também é matéria para jornal.
Já a Revista do PROVÃO do Ministério de Educação (1999, p. 47) aponta para uma saída dizendo que "As dores de cabeça que a Matemática "ainda" provoca ganharam um remédio". Bichos maus, mito, sentimentos ruins e como não bastaria, provoca também dor física, a dor de cabeça. "Ainda provoca" remete ao passado e que faz parte do presente, apontando novamente para o mito e para a histórica dificuldade.
Como o caminho para o conhecimento da Matemática parece sem saída, a mídia acrescenta que alguns estudantes preferem escapar da Matemática, assim como a professora citada anteriormente que também disse que as professoras das séries iniciais procuram o curso de magistério para fugir da Matemática.
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O sentido da fuga toma sentido, pois se o caminho é sem saída e cheio de bichos maus, a única alternativa é desviar da disciplina.
A mídia não conta apenas estórias ruins da Matemática, pois ela reconhece os que não querem escapar dela; os gênios, os que gostam de desafios, como o garotão nota dez, um dos classificados na Olimpíada Internacional de Matemática que inclusive almoçou com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
As informações da Matemática não param por aí, pois o "complicado universo da Matemática" pode ser visto em CD-Rom. Na rua os estudantes podem saber que existe "Matemática mais fácil" visualizando o outdoor do KUMON e desde tenra idade a criança pode ser presenteada com o brinquedo "Matemática fácil". Todas estas mensagens recaem no pré-construído que diz que "Matemática é difícil". O complicado universo da Matemática aponta diretamente, já Matemática mais fácil ou Matemática fácil traz o implícito que Matemática é difícil.
O estudante bombardeado por todas estas informações, o que pode pensar da Matemática? O que a Matemática reserva na sua memória? Como este aluno interpreta este saber instituicionalizado como difícil? Por que a Matemática é considera difícil e não outra disciplina em seu lugar? Não seria porque a Matemática é considerada útil? Mas é útil para quem?
Estas perguntas em suspensão nortearam a análise do que diz o aluno em situações de aprendizagem da Matemática na escola.
O aluno, ao interpretar este sentido de dificuldade concedido à Matemática repete-o, porém desloca-o, produzindo outros sentidos de acordo com o acervo de sua memória (Pêcheux, 1999) e da sua experiência como aluno.
Os alunos, ao repetirem o pré-construído, parafraseiam-no, assinalando o que pode ser dito da Matemática, porém nestes dizeres, novos sentidos surgem, abrindo desta forma um espaço para deslocamentos e rupturas. Nesta polissemia nas formulações discursivas dos alunos percebe-se o conflito entre o que pode e que não pode ser dito da disciplina.
Matemática é importante assinala o sentido que aponta diretamente para a heterogeneidade constitutiva do sujeito-aluno. "A matemática é
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supervalorizada por muitos professores, supervisores, administradores e pelos próprios alunos.", diz um pesquisador em Educação Matemática. O aluno fala desta importância porque já ouviu falar dela, daí repete. Matemática é questão de segurança social, disse um professor. Matemática é importante para contabilizar os gastos, diz o senso comum. O aluno diz que é importante para saber calcular o troco no supermercado e porque a Matemática de uma série é pré requisito para a série seguinte. Diz que é importante, mas não sabe explicar para que é importante.
Matemática é útil no sentido de que a matemática deveria servir ao cotidiano, emerge nas formulações discursivas dos alunos. A Matemática é importante porque é útil e é útil porque é importante, expressam redundâncias que parece se completarem, mas que justificam-se apenas com os cálculos aritméticos. O aluno fica confuso e não sabe explicar esta utilidade que ouve falar.
Matemática é chata, disse o aluno, chatemática, disse um professor de Geografia, na condição de ex-aluno, Má-temática ou temática má, foi o trocadilho usado por uma pesquisadora em Educação. Estas expressões concordam com a publicação literária "Meu pavor a números" do folclorista e escritor Luiz Carlos Barbosa Lessa. As formulações discursivas expressam a insatisfação que a Matemática causa no aluno, já que "chata", na linguagem usual, representa algo desagradável, que causa aborrecimento e incomoda.
O que então causa aborrecimento e incomoda o aluno quando estuda Matemática? É a temática má ou o pavor aos números? O pavor aos números ou ao diabo dos números não seriam derivações do bicho papão, do bicho feio e do bicho de sete cabeças? Percebe-se desta forma que chata também deriva de difícil e que é mais um efeito do pré-construído.
"Não gosto de Matemática", diz o aluno, o professor reconhece que o aluno odeia, então o aluno também poderia dizer "odeio Matemática", mas não diz porque, talvez ache muito pesado o termo. "Ui! Matemática!" é uma expressão que já ouvi algumas vezes. Estas manifestações de repúdio assinalam a rejeição, mostrando os sentidos de protesto e revolta, com este saber que causa pânico e que para um professor filiado à Sociedade Brasileira de Educação Matemática representa "uma torre de marfim, aquela que
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simboliza o isolamento dos poetas e dos loucos (...) a torre de marfim que os alunos não desejam visitar" e que para a mídia causa inclusive "complexos de inferioridade".
O aluno, ao dizer que não gosta de Matemática, pode mostrar um desejo de poder dizer que gosta, mas que não diz porque não consegue entender sua linguagem, que é carregada de símbolos normatizados.
"Não gosto de Matemática" aponta diretamente para o pré-construído: dos bichos, do mito, do diabo e dos sentimentos ruins que os alunos demonstram não gostar ou "a torre que os alunos não desejam visitar".
O filósofo e matemático Pitágoras de Samos, que se tornou figura legendária na própria Antigüidade, pretendia com esta ciência dos números purificar seus discípulos, pois realizou uma modificação fundamental na doutrina órfica, transformando no sentido da "via de salvação das almas", onde em lugar do deus Dioniso colocou a Matemática. Já para Platão Deus sempre geometriza. Atualmente, a Matemática é vista como um diabo.
Nos processos de re-significação, ao significar o discurso do outro, o sujeito significa o próprio, alterando efeitos de sentidos, por isso é falado enquanto fala. Isto quer dizer que enquanto os professores de Matemática re- significaram o discurso de Pitágoras e de Platão, passaram pela inserção da Matemática no positivismo comtiano das escolas militares e ouviram o discurso de Malba Tahan que dizia que era mais fácil uma baleia ir à Meca em peregrinação do que uma mulher aprender Matemática, vinculando a Matemática numa problemática de gênero.
Em cada uma destas diferentes épocas, os professores ao significar o discurso do outro, significaram o próprio, dando a sua interpretação da Matemática. Assim, alteraram sentidos e a Matemática, vista antes como salvadora, hoje é vista como selecionadora.
Quando o aluno diz: "Achar x e y, que coisa mais idiota" denota o sentido de que Matemática se constitui de armadilhas sem sentido. A linguagem Matemática, objetiva e abstrata, por fechar-se em sua própria estrutura, impede que o aluno domine seu discurso, daí que sentindo-se um estrangeiro quando não consegue dialogar com seus enunciados, prefere dizer que Matemática é chata ou idiota. Como resultado de um leitor impotente, as
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variáveis que a Matemática apresenta, para o aluno, são expressas por "achar x e y, que coisa mais idiota", mas que é efeito de sentido do pré-construído "Matemática é difícil".
Matemática é difícil o sentido de complicado é o próprio pré-construído que o aluno repete. "Disciplina considerada chata, importante e difícil" já foi reconhecido por professor-pesquisador. Existe um Programa Piloto de Alfabetização Matemática após perguntar, no seu folder de propaganda "Por que as pessoas não gostam de Matemática?" apresenta uma proposta de ajuda para o professor a "des-com-pli-car a Matemática" e "despertar o prazer de aprender Matemática", ou seja, descomplicar o complicado ou descomplicar o difícil. A mídia apontou para os bichos maus e para o mito quando falou desta dificuldade.
É a ressonância do pré-construído sendo repetido e formando ecos na voz do professor, do orientador e do supervisor escolar quando confere maior destaque ao professor de Matemática no conselho de classe, da mídia quando divulga a polêmica causada pela prova difícil no vestibular, dos pais do aluno quando concordam com as notas baixas de seu filho na disciplina e, por conseqüência, na voz do próprio aluno.
"Ela tem a fama de ser ruim" é o reconhecimento do mito da dificuldade da Matemática pelo aluno e que passa a internalizar, mas que assume um sentido de provação que tem que enfrentar.
"Não adianta, não podemos fazer nada" disse uma aluna, já que sabe que este "outro" representado pela Matemática, com um discurso consolidado pela comunidade que defende sua importância e utilidade é muito eficaz. Conformada com a penúria e o sacrifício do caminho a trilhar para encontrar os bichos maus, só resta-lhe o consolo do desafio.
"Prestar muita atenção" aponta para o sentido de constante alerta ao perigo é outro efeito do pré-construído. O perigo representa estar sempre de olhos e ouvidos atentos em sala de aula, não permitindo divagações, o que para o aluno adolescente é muito comum.
Quando o aluno diz que "Matemática é fácil", sempre faz ponderações usando as adversativas "apenas..., porém..., mas...", como que um retorno ao dito. Percebe que tem que explicar por que considera fácil, já que sabe da
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existência de outros colegas que acham difícil. E neste retorno a sua própria enunciação acaba mostrando o que não é fácil e que recai novamente no pré- construído.
"A Matemática é difícil porque os professores explicam mal" aponta para o sentido de jogar a culpa no professor, assim como o professor do Ensino Médio joga a culpa para o professor das séries iniciais. Esta culpa que passa de um para outro, do aluno para o professor, do professor para o aluno, de professor para professor, da família para a escola e da escola para a família, é um jogo interminável e que me parece, não existe culpado e inocente.
Existe sim, é uma ausência de reflexão que vislumbre a possibilidade de olhar o saber matemático de forma diferente, ou seja, não como difícil, e sim como uma disciplina que possui alguns impedimentos para o acesso à aprendizagem, assim como todas as demais disciplinas.
A iniciativa de romper com este mito de dificuldade da Matemática, não está na mão das professoras de séries iniciais, nem tampouco na mão dos alunos. O necessário é tentar desestabilizar estas verdades prontas e acabadas que falam da Matemática. Não adianta apenas técnicas que facilitem o difícil. É preciso interrogar este pré-construído numa tentativa de ruptura com os seus efeitos que levam o estudante de Matemática a ojerizar a disciplina.
Não faz muito tempo que os alunos tinham que saber amontoados de fórmulas de cor, hoje muitos professores sabem que o importante é o aluno saber aplicá-las. A um tempo atrás, o estudante de Matemática tinha que decorar a tabuada, hoje o professor sabe que o importante é o aluno saber operar mentalmente, aplicando as propriedades operatórias. Isto mostra que existem formas de mudar o que é considerado iníquo quando se pretende educar, e que assinalam para novas leituras e interpretações do ensino e da aprendizagem da Matemática, pelo professor.
Desmanchar esta relação significativa que existe entre o pré-construído e os efeitos é o que aponta este trabalho. A possibilidade desta ruptura e de alterações de sentidos que emergem destes dizeres que expressam a dificuldade da Matemática, se efetua via enunciação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AUTHIER-REVUZ, Jacqueline. Palavras incertas: as não-coincidências do dizer. Campinas: Ed. da Unicamp, 1998.
PÊCHEUX, Michel. O discurso: estrutura ou acontecimento. São Paulo: Pontes, 1997.
___. Papel da memória. In : Papel da memória. Nunes, José Horta (Org.) : Campinas, Pontes, p. 49-57, 1999.