O documento descreve o nacionalismo e imperialismo na Europa no século XIX. Aborda as revoluções liberais de 1830 e 1848, a Primavera dos Povos de 1848, a unificação da Alemanha, Itália e outros estados europeus no período, e o crescimento do imperialismo europeu na África e Ásia na segunda metade do século XIX.
2. PRIMAVERA DOS POVOS E NACIONALISMO
EUROPA – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX
Revoluções liberais de 1830 e 1848 se ligavam ao nacionalismo e demandavam, entre
outras pautas, maior participação na esfera política
• Processo de levante das camadas populares
mais baixas
• Relação entre desigualdade social e
desenvolvimento do capitalismo industrial
• Situação de fome devido crise agrícola foi
estopim para revoltas em diversos países da
Europa – A Primavera dos Povos (1848)
• Nacionalismo: um aglutinador de forças
• Reconfiguração de formas de governo e
surgimento de novos Estados; afastamento
político da Igreja; e sufrágio universal
3. Revolução de 1848: combatentes populares enfrentam as tropas francesas
em Paris. Em 24 de fevereiro daquele ano, foi proclamada a Segunda
República, na França.
Retorno dos Bourbons – relação de poder conflituosa
entre nobreza e burguesia
• Carlos X – tentativa de retomada do absolutismo (1830)
• Luís Filipe de Orleans – “O Rei Burguês”
Segunda República Francesa (1848-1852) – grupos
políticos não conseguem entrar em um consenso
• Republicanos x Socialistas
• “Jornadas de julho” – manifestações de trabalhadores
contrários às medidas conservadoras
• 1848 – criação da nova Constituição Francesa e eleição
de Luís Napoleão, com apoio popular
NACIONALISMO FRANCÊS
4. 18 DE BRUMÁRIO – A VOLTA DO IMPÉRIO FRANCÊS (1852-1870)
Caricatura ridicularizando Napoleão III,
como uma figura minúscula diante do mito
Napoleão I, o “verdadeiro Bonaparte”.
Gravura publicada no jornal Puppet show,
século XIX. Biblioteca Nacional da França,
Paris, França.
• Parlamento francês toma medidas conservadoras, restringindo o
sufrágio universal e proibindo greves
• 1851-52 – Luís Napoleão dá golpe de Estado e cria uma nova
Constituição, restabelecendo o Império e lhe dando amplos
poderes
• Participação na unificação da Itália: conflito com a Áustria
• França declara guerra à Prússia (Guerra Franco-Prussiana) e sai
do conflito com uma derrota humilhante
• 1870 – Napoleão III é deposto do cargo: criação da Terceira
República Francesa
NACIONALISMO FRANCÊS
5. Prússia – grande líder da unificação alemã
(produção industrial e força militar)
• Zollverein – união aduaneira entre os
reinos germânicos (1834)
• Kaiser Guilherme I – projeto de
unificação germânica (1861)
• Primeiro-ministro Otto Von Bismarck –
unificação a ferro e sangue
Guerra dos Ducados (1864);
Guerra Austro-prussiana (1867);
Guerra Franco-prussiana (1870-1871)
início do Segundo Reich
UNIFICAÇÃO ALEMÃ (1871)
6. Risorgimento – movimento político de caráter liberal e
favorável à unificação dos reinos italianos
• Processo comandado pelo Rei Vitor Emanuel II
(Piemonte-Sardenha) e pelo seu primeiro-ministro, o
Conde de Cavour
• Aliança com Napoleão III – guerra contra a Áustria-
Hungria
• Giuseppi Garibaldi – promove a unificação na parte sul da
Península Itálica
• Papa Pio IX se põe contra a unificação italiana e se declara
prisioneiro do Vaticano (Questão Romana)
Spoiler: Será resolvida em 1929, por Mussolini e Papa Pio XI,
no Tratado de Latrão (Concordata de São João Latrão)
UNIFICAÇÃO ITALIANA (1870-71)
7. Execução de membros do grupo revolucionário anarquista em São Petersburgo,
Rússia, em 15 de abril de 1881. Gravura em madeira inglesa do século XIX, de
autor desconhecido.
Rússia – nação atrasada e semifeudal
• Sociedade agrária, praticamente sem indústrias
Czar Alexandre II – inicia processo de
industrialização na Rússia com multinacionais
francesas e inglesas
• Acentuadas transformações sociais e econômicas
• Rápida formação de uma classe operária
Consequência – crítica ao czar e ao Absolutismo
MONARQUIA RUSSA
8. IMPERIALISMO
O NEOCOLONIALISMO
Os esforços de
ocidentalização: a gravura,
feita originalmente na
Alemanha, mostra como
deveria ser a vida animal
antes e depois da conquista
alemã na África, ao final do
século XIX. Do ponto de vista
ocidental, a “selvageria”
estava sendo controlada por
meio da ordem e da
disciplina. Cartum de autoria
desconhecida, 1896.
• Matéria-prima e mercados consumidores:
efeitos da industrialização
• Regiões da África e Ásia ficam à mercê das
nações imperialistas
• Inglaterra e França – principais nações
imperialistas (também Bélgica, Holanda,
depois Alemanha e Itália; EUA no Caribe e
Japão em partes da Ásia)
• Surgimento de teorias raciais, eugenia e
darwinismo social – inferioridade do asiático
e do negroide (A. Gobineau e F. Galton)
Entre 1876 e 1914,
cerca de um quarto da
superfície continental
do globo foi
distribuído ou
redistribuído, como
colônia, entre meia
dúzia de Estados.
Erick Hobsbawm, A
era dos impérios, p. 91
9. Fonte: OVERY, Richard. A História Completa do Mundo. Rio de Janeiro: Reader’s Digest,
2009. p. 270-271; CALDINI, V; ÍSOLA, L. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2009.
• Obtenção de matérias-primas
• Obtenção de mão de obra barata
• Obtenção de novos mercados
consumidores
• Expansão da cultura europeia
• Expansão das religiões europeias
• Criação de indústrias multinacionais
em territórios da África e da Ásia
PRINCIPAIS OBJETIVOS DO IMPERIALISMO
10. Oficial britânico, na Índia de 1900, servido por criados indianos. A imagem simboliza a dominação,
em todos os aspectos, dos europeus sobre os povos nativos. Uma rigorosa segregação impedia
que até mesmo indianos das castas privilegiadas frequentassem clubes britânicos.
• Contatos econômicos desde o século
XVIII: algodão, chá e ópio
• Política de domínio britânico tornou-se
mais agressivo a partir do século XIX
• Apoio de lideranças locais (rajás e
marajás) e do exército de sipaios
• Incentivou a sociedade de castas -
maior divisão entre os nativos
• Início da ocidentalização da Índia
(1830) e Doutrina da Vacância (1848)
• Revolta dos Sipaios (1857) – tentativa
de reação indiana
IMPERIALISMO NA ÍNDIA: “A JOIA DO IMPÉRIO”
Os ingleses compravam dos indianos algodão, chá, trigo, ópio e outras matérias-primas. A existência de
minas de carvão e ferro na Índia aumentava sua importância para a economia britânica. A Índia tornou-se
um vice-reino da Grã--Bretanha e assim permaneceu até meados do século XX.
ANTES DA CORRIDA IMPERIALISTA...
11. A guerra dos Ashanti, fotografia de 1896 (Costa do Ouro): o invasor britânico equipado com
metralhadora Maxim, a primeira metralhadora automática. Museu do Homem, Paris, França.
• Comércio de escravizados entre reinos
europeus e reinos africanos desde o
século XVI
• Presença de missionários europeus na
África
• Missões científicas
• Contatos monopolistas entre chefes
locais e empresários europeus
• França – administração governamental
direta
• Inglaterra – presença de companhias de
comércio e indústrias
A PARTILHA DA ÁFRICA
12. Egito
• Domínio territorial desde o século XIX
• Algodão
• Canal de Suez
• Profundo endividamento egípcio com a Inglaterra
• 1882 – conquista inglesa sobre o Egito
África do Sul
• Originalmente um território holandês (bôeres)
• Inglaterra se interessa pelo território – minas de ouro
• Guerra dos Bôeres – conflito entre colonos holandeses e
ingleses (1899)
• Inglaterra domina território
IMPERIALISMO: INGLESES NA ÁFRICA
13. • Reunião para decidir a partilha
da África (1884)
• Colonização da África se
adentra para o interior
• Rios Congo e Níger –
principais focos de interesse
• Inglaterra e França – dominam
a maior parte das terras
africanas
• Portugal – mantém seus antigos
territórios coloniais na África
IMPERIALISMO: A CONFERÊNCIA DE BERLIM
14. Fontes: OVERY, Richard. A História completa do mundo. Rio de Janeiro: Reader’s Digest,
2009. p. 270-271; CALDINI, V.; ÍSOLA, L. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2009.
• Das feitorias no séc. XVI (Macau); à grande
presença europeia século XIX
• Relações tensas entre o imperador chinês e os
europeus – vários conflitos
Primeira e Segunda Guerra do Ópio
• Controle sobre produção, distribuição e venda
pelos ingleses
• Tratado de Nanquim (1842) e Tratado de
Tientsin (1858)
Guerra Sino-Japonesa (1894)
• Japão controla a região da Manchúria e a
Península da Coréia
Guerra dos Boxers (1900)
• Nacionalismo anti-imperialista sai derrotado
IMPERIALISMO: CHINA
15. A modernização do Japão incluiu a instalação de uma expressiva rede ferroviária. Na imagem,
a primeira estrada de ferro no Japão, ligando as cidades de Tóquio e Yokohama, inaugurada
em 1872. Xilogravura japonesa (moku hanga) de autoria desconhecida, século XIX.
1854 – Japão é forçado a abrir seus portos
para atividade comercial com o ocidente
Era Meiji (1867-1912) – processo de
modernização do Japão
• Contato político com outras nações
europeias
• Rápido processo de industrialização
• Estado atua como grande incentivador
da modernização japonesa
• Adoção de certos hábitos ocidentais
IMPERIALISMO JAPONÊS
16. Passagem do primeiro barco rebocador pelo Canal do Panamá, fotografia de 1913.
Final do Século XIX – Estados Unidos se tornaram grande
potência industrial
• Interesses econômicos e geopolíticos nos territórios da
América Latina
• Expansão territorial – anexação de territórios no oeste
americano
• Guerra contra o México – anexação do Texas, Novo
México e Califórnia
• Cuba – principal foco de interesses dos Estados Unidos –
Emenda Platt
Big Stick e Corolário Roosevelt – Estados Unidos deixam
claro que interviriam diretamente nos países latino-
americanos caso atendesse aos seus interesses
OS ESTADOS UNIDOS NA CORRIDA IMPERIALISTA
17. REFERÊNCIAS
Slides produzidos por:
Munís Pedro Alves
Mestre em história (UFU)
Prof. do Instituto Federal do Triângulo Mineiro
Contato
E-mail: munhoz.munis@gmail.com
Site: www.youtube.com/diacronico
CARNEIRO, H. Drogas: história do proibicionismo. São Paulo:
Autonomia Literária, 2019.
VAINFAS, R. et. al. História 3. Ensino Médio. São Paulo:
Saraiva, 2016.