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Estado Islâmico e a Questão
dos Refugiados da Síria
Aula 03
Prof. Munís Pedro (IFTM) – Projeto Interdisciplinar
Estado Islâmico (Daesh)
O Estado Islâmico, sob outros nomes, foi um grupo dentro da al-
Qaeda, que dela se separou em 2014, tornando-se independente
Entre as fases do grupo o mesmo foi chamado de Tawhid wal-
Jihad (Monoteísmo e Jihad), al-Qaeda no Iraque (AQI) e Conselho
Shura Mujahidin
O surgimento do Estado Islâmico está ligado às trajetórias de,
pelo menos, quatro homens: Abu Musabi al-Zarqawi (seu
fundador); Osama bin Laden (fundador da al-Qaeda); Abdullah
Yusuf Azzam (clérigo que escreveu manifesto aos mujahidin); e
Ayman al-Zawahiri (emir egípcio que substituiu bin Laden no
comando da al-Qaeda)
Abu Musabi al-Zarqawi (1966-2006)
 Jordaniano, inicialmente Zarqawi era um criminoso comum,
sendo preso bem jovem. Sua mãe o matriculou num colégio
religioso. Lá se transformou em um fundamentalista
 Foi lutar no Afeganistão para expulsar os comunistas soviéticos da terra
sagrada. Nessa viagem conheceu Zawahiri (pediatra egípcio, foi um dos
primeiros a misturar salafismo e takfirismo) e Osama bin Laden
 Devido ao envolvimento com atentados, foi preso em 1994 em Swaqa.
A prisão aprimorou seu fundamentalismo, tornando-o brutal. Na
cadeia, conseguiu poder e influência e recrutou vários jihadistas
 Quando o rei jordaniano (Abdullah I) deu anistia aos presos políticos,
Zarqawi foi solto em 1999 sem cumprir a pena integral
 Ao sair da prisão, Zarqawi foge para o Afeganistão e reencontra bin
Laden
 Bin Laden financiou Zarqawi para ser comandante de um campo de
treinamento no deserto do Afeganistão, formando a célula Tawhid wal-
Jihad. Foi ele quem formou os dois idealizadores do atentado do 11 de
setembro
Osama bin Laden (1957-2011)
 17º filho de um milionário saudita do ramo da construção civil. A
família bin Laden era parceira dos EUA
 Morou no Líbano, onde fez ensino médio e tinha uma vida de
ostentação
 Teve dois professores decisivos: Mohamed Qutb, irmão de Sayyid
Qutb (teórico da Irmandade Muçulmana e um dos idealizadores da
jihad mundial) e Abdullah Yusuf Azzam
 Conheceu Azzam na Universidade de Engenharia que fez na Arábia
Saudita. Resolveu financiar jihadistas para expulsar soviéticos do
Afeganistão com ajuda dos EUA, através da CIA. Em 1988 junto com
seu ex-professor Azzam, fundou a al-Qaeda
 Depois da Guerra do Golfo (Iraque vs. Kuwait), no início dos anos 90,
se desentendeu com a família real saudita por conta da ocupação
americana nas terras sagradas (Meca e Medina), tornando-se
adversário do governo dos EUA
Zarqawi e a atuação da
Tawhid wal-Jihad
 Assim que os EUA entraram em guerra no Afeganistão, Zarqawi fugiu
levando e recrutando pelo caminho centenas de jihadistas para lutarem no
Iraque (contra “inimigos distantes” e “inimigos próximos”)
 Chamado de xeique dos chacinadores, Zarqawi notabilizou-se por matar e
atormentar a população xiita, acreditando provocar uma guerra civil que
levaria os sunitas a recuperarem o poder perdido na região – instigar
reação violenta para aliados adormecidos se integrarem à guerra
 Começou a praticar decapitações televisionadas devido à repercussão no
Ocidente
 Na Primeira Batalha de Fallujah, os drones americanos mataram apenas 14
agentes da Tawhid wal-Jihad, porém vários civis (com isso a rede aumentou
sua força e apelo popular, responsabilizando os EUA)
 Zarqawi transmitiu seu voto de lealdade a bin Laden e a rede passou a se
chamar al-Qaeda no Iraque (AQI) e criou o Conselho Shura Mujahidin
 Desaparecido desde a Segunda Batalha de Fallujah, Zarqawi foi morto em
2006 por um drone a 14km de uma base americana em Bagdá
Estado Islâmico e os dois
Baghdadis
O Conselho Shura Mujahidin apontou o egípcio Abu Ayyub al-
Masri como emir da franquia. E ele disse que o grupo passaria a
se chamar “Estado Islâmico do Iraque”, escolheu o iraquiano Abu
Omar al-Baghdadi para substituir o líder morto e adotaram uma
política ambígua com relação à al-Qaeda Matriz
A dupla foi morta em 2010, escondidos no subsolo de uma casa
O substituto foi Ibrahin Awwad al-Badari (1971-), que adotou o
nome de guerra: Abu Bakr al-Baghdadi [imagem]. Foi membro da
Irmandade Muçulmana e se tornou wahhabista, defendendo
fratricídio contra xiitas. Mais intelectualizado que al-Baghdadi I,
tem doutorado em Assuntos Islâmicos
Ficou preso no Campo Bucca em 2004, lá era aplicador da sharia e
formou uma rede de contatos (foi solto em 2009 após acordo
EUA-Iraque)
Estado Islâmico entra na
Síria
Quando bin Laden morreu, aliados de Baghdadi
aproveitaram o contexto conturbado do país vizinho,
invadiram a Síria e tomaram Raqqa (“o hotel da revolução”).
Em 2013, ele tenta fundir grupo à al-Nusra sob o nome de
Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS), mas líder da
al-Nusra recusa. O chefe da al-Qaeda Matriz, Zawahiri
critica a posição e explica a geografia de cada grupo
Baghdadi não aceita e o acusa de seguir o Sykes-Picot.
Inicia-se uma guerra civil dentro da Guerra Civil e al-Qaeda
rompe com Estado Islâmico
No mesmo ano, 2013, Baghdadi se autoproclama califa do
Estado Islâmico – séquito acredita que ele é descendente da
mesma tribo do profeta Maomé, os coraixitas
Práticas comuns do Estado Islâmico:
destruição de patrimônio histórico
 Cidades, ruínas, sítios arqueológicos, monumentos e museus na Síria e no
Iraque aparecem sendo destruídos por brocas e martelos em vídeos
divulgados pelo grupo
Grande colunata de Apameia, cidade histórica do
Império Selêucita (300 a.C.), foi herança do Império
Bizantino (imagem abaixo)
Ruínas da cidade síria Palmira, fundada no
período neolítico (de 10 a 3 mil a.C.) e
localizada num oásis. O local era ponto de
parada obrigatória na chamada Rota da
Seda (tráfego Ocidente-Oriente durante a
Idade Antiga)
Práticas comuns do Estado Islâmico:
recrutamento coagido de crianças
 Coação de crianças para torturarem e matarem reféns do grupo. Estas são
treinadas e disciplinadas para comporem o exército de jihadistas
Práticas comuns do Estado Islâmico:
execução pública de homossexuais
 Conforme vídeos veiculados pelo próprio grupo, a pena para homossexuais
tem sido o lançamento de edifícios sob os olhares de dezenas de pessoas
Práticas comuns do Estado Islâmico:
crucificações
 Uma das formas de execução é a crucificação, sobretudo para cristãos
Práticas comuns do Estado Islâmico:
incinerações de pessoas vivas
 Na imagem abaixo, um piloto jordaniano é queimado dentro de uma jaula
Práticas comuns do Estado Islâmico:
decapitações
 A prática foi difundida por Zarqawi devido à repercussão no Ocidente
Práticas comuns do Estado Islâmico:
outras formas cruéis de tortura e execução
 Nas imagens, vemos homens sendo amarrados a explosivos e afogados
Práticas comuns do Estado Islâmico:
genocídio
 A minoria étnica-religiosa yazidi tem sido uma das principais vítimas
Práticas comuns do Estado Islâmico:
escravidão sexual
 O principal alvo são mulheres e meninas yazidis, curdas e cristãs. Algumas
são vendidas, outras são abusadas pelos membros do grupo
No livro Escravas do Daesh, a curda Jinan de 18 anos, conta sua
experiência no cativeiro: “Eles nos torturavam, queriam nos
converter à força. Se negávamos, éramos agredidas, presas do lado
de fora em pleno sol, obrigadas a beber água onde flutuavam ratos
mortos. Às vezes, nos submetiam a choques elétricos. Esses homens
não são humanos, só pensam em morte, em matar. Usam drogas
sem parar. Querem se vingar de todo o mundo. Afirmam que um dia
o Estado Islâmico reinará no mundo inteiro”.
Como o Estado Islâmico se mantém?
 A BBC descreveu seis fontes de renda do grupo:
• Doações: há dinheiro vindo de pessoas e de instituições de caridade no
Oriente Médio, sobretudo Arábia Saudita e Catar (o intuito seria derrubar o
presidente al-Assad)
• Petróleo: o Estado Islâmico teria lucrado em 2014, 100 milhões de dólares
com venda deste produto e de derivados (entre os compradores, Turquia,
Irã e a própria Síria). Contudo ataques aéreos a refinarias têm diminuído
essa fonte
• Sequestros: teriam gerado cerca de 20 milhões de dólares em 2014
(jornalistas são principais alvos). Esta prática também serve como
propaganda
• Roubos, pilhagens e extorsões: em troca de serviço ou proteção, para
quem utiliza vias, assaltos a bancos, venda de antiguidades e roubos
diversos como gado
• Imposto sobre minorias religiosas: as opções são: aderir ao Islã, pagar este
imposto (jizya) ou execução
• Escravidão: dinheiro gerado ao vender meninas e mulheres como escravas
sexuais
E a responsabilidade de países para Estado Islâmico
chegar até aqui?
 Governos corruptos e grupos terroristas se retroalimentam
 Irã: incentivou e treinou seguidores de Zarqawi, na época, para lutar contra
exército de Saddam, no Iraque
 Iraque: Saddam Hussein ajudou a al-Qaeda no Iraque contra americanos.
Muitos ex-generais de Saddam se integraram ao EI para lutar contra
primeiro ministro iraquiano da Era Americana, al-Maliki. Este por sua vez
libertou inúmeros jihadistas
 Síria: o próprio al-Assad colaborou com seguidores de Zarqawi na época da
guerra do Iraque. Entraram neste país através da fronteira síria. Depois al-
Assad soltou inúmeros terroristas, que integram hoje Estado Islâmico
 Turquia: fez vista grossa a jihadistas para derrotar al-Assad e curdos
 EUA: Intervenção desastrosa no Iraque acirrou problemas sectários.
Historicamente tem estimulado conflitos entre facções para destituir
governos que não servem seus interesses. Retiraram tropas deixando
inúmeros armamentos nas mãos de jihadistas. E fizeram vista grossa ao
Estado Islâmico no início do conflito, para retirar al-Assad
Refugiados da Síria
 DEFINIÇÃO: “Refugiado é qualquer pessoa que por medo bem fundado de perseguição
por razões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a grupo social em particular ou
opinião política, está fora de seu país de nacionalidade e está incapaz, ou devido a tal
temor, não pode se valer da proteção de tal país; ou que não tendo nacionalidade e
estando fora do país de sua residência habitual, está incapaz, ou devido a tal temor, no
pode voltar ao país”. (Estatuto dos Refugiados assinado na Convenção de Viena em 1951)
Segundo a ONU, há 65,3 milhões de refugiados no mundo hoje
• Boa parte destes é proveniente do norte da África e Oriente Médio onde
acontecem nove guerras civis (da Nigéria ao Paquistão)
 A Síria possui 23 milhões de habitantes
• 11 milhões destes foram deslocados de suas casas
• 4,5 milhões estão em cinco países: Turquia (2,5); Líbano (1,1); Jordânia (0,6);
Iraque (0,24); e Egito (0,11)
• 13,5 milhões de sírios precisam urgentemente de assistência humanitária
Para onde
vão os
refugiados?
Refugiados no
Brasil
 Desde o início da Guerra
Civil, o Brasil recebeu em
torno de 2.300 pessoas
oriundas da Síria
• A maior parte delas está em
São Paulo, onde a comunidade
síria já residente presta auxílio
aos que chegam
• O governo federal discute a
criação de uma nova lei de
imigração para acolhimento
humanitário
Refugiados: problemas
• Devido à quantidade de pessoas, países
não estão preparados economicamente e
socialmente para receber refugiados
 Refugiado é visto como “estranho” – alteridade
necessária
 Vigilância constante
• Irresponsabilidade de países receptores
 Violação de Carta dos Direitos Humanos: especialmente direito de crença
 Países mais ricos tem ajudado abaixo de suas capacidades (ex. Inglaterra)
 Rússia, Japão, Cingapura, Coreia do Sul e países árabes do Golfo Pérsico (Qatar,
Emirados Árabes, Arábia Saudita, Kuwait e Bahrein) não ofereceram nenhuma
vaga para refugiados
• Países ocidentais têm medo de receber jihadistas infiltrados entre
refugiados
 Hungria está construindo um muro na fronteira
Refugiados: problemas
• Inadequação de políticas públicas para
assegurar direitos de Estatuto dos Refugiados
• Pedidos de fundos pela ONU foram atendidos apenas em 61% (2015)
• Refugiados estão em bolsões de miséria
 Acampamentos lembram guetos nazistas: a população está espremida, sem
higiene, sem água potável, escassez de alimentos, falta de segurança e de
assistência social
 Atualmente 75 mil estão retidos no deserto entre Jordânia e Síria (set. 2016)
• Travessia de refugiados pelo Mediterrâneo é perigosa
 300 mil já chegaram à Europa através deste mar (166 mil na Grécia e 130 mil na
Itália)
 4 mil desapareceram ou se afogaram no caminho
 Há tráfico de seres humanos (coiotes) e viajam em embarcações frágeis [imagens]
Refugiados: travessia pelo Mar Mediterrâneo
Refugiados
Imagens de travessias de sírios e líbios
Imagem-símbolo dos
refugiados sírios:
Identificado inicialmente
como Aylan, o nome do
menino é Alan. Ele era sírio,
tinha três anos e morreu
após bote naufragar entre
Turquia e Grécia
(em setembro de 2015)
Material consultado
• ANDRADE, G.B. de. A guerra civil síria e a condição dos refugiados... Revistas de Estudos
Internacionais, n. 2, vol. 2, p. 121-138, 2011.
• ANISTIA INTERNACIONAL. Síria: os números da crise de refugiados. Publicado em 9 set. 2016.
Disponível em: https://anistia.org.br/noticias/siria-os-numeros-da-crise-de-refugiados/
• BBC. Conheça seis fontes de renda do Estado Islâmico. Publicado em 19 nov. 2015. Disponível em:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151119_financiamento_estado_islamico_lgb
• COGGIOLA, O. Islã histórico e islamismo político. Porto Alegre: Pradense, 2011.
• COSTA, P.P. Uma história da Síria no século XXI para além do sectarismo religioso. 2016. 136f.
Dissertação (mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2016.
• G1. 75.000 refugiados estão retidos em deserto entre Síria e Jordânia, diz ONG. Publicado em 15
set. 2016. Disponível em: goo.gl/nJqGz1
• EL PAÍS. Caos perto da Europa. Publicado em 7 out. 2016. Disponível em https://goo.gl/IVqnUV
• PATARO, A.C.B.; RIBEIRO, J. Direito humanitário, Foucault e refugiados sírios no Brasil. In: Anais do
XVII Encontro de História da ANPUH-Rio: entre o local e global. Campus Nova Iguaçu, ago. 2016.
• SANCHES, S.M. Nós e os outros – o fundamentalismo como sintoma de uma interação grupal
primitiva. Grupo Análise Online, Nova Série, vol. I, 2010.
• WEISS, M.; HASSAN, H. Estado islâmico: desvendando o exército do terror. São Paulo: Seoman,
2015.

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Conflitos na Síria (03): Estado Islâmico e a questão dos refugiados

  • 1. Estado Islâmico e a Questão dos Refugiados da Síria Aula 03 Prof. Munís Pedro (IFTM) – Projeto Interdisciplinar
  • 2. Estado Islâmico (Daesh) O Estado Islâmico, sob outros nomes, foi um grupo dentro da al- Qaeda, que dela se separou em 2014, tornando-se independente Entre as fases do grupo o mesmo foi chamado de Tawhid wal- Jihad (Monoteísmo e Jihad), al-Qaeda no Iraque (AQI) e Conselho Shura Mujahidin O surgimento do Estado Islâmico está ligado às trajetórias de, pelo menos, quatro homens: Abu Musabi al-Zarqawi (seu fundador); Osama bin Laden (fundador da al-Qaeda); Abdullah Yusuf Azzam (clérigo que escreveu manifesto aos mujahidin); e Ayman al-Zawahiri (emir egípcio que substituiu bin Laden no comando da al-Qaeda)
  • 3. Abu Musabi al-Zarqawi (1966-2006)  Jordaniano, inicialmente Zarqawi era um criminoso comum, sendo preso bem jovem. Sua mãe o matriculou num colégio religioso. Lá se transformou em um fundamentalista  Foi lutar no Afeganistão para expulsar os comunistas soviéticos da terra sagrada. Nessa viagem conheceu Zawahiri (pediatra egípcio, foi um dos primeiros a misturar salafismo e takfirismo) e Osama bin Laden  Devido ao envolvimento com atentados, foi preso em 1994 em Swaqa. A prisão aprimorou seu fundamentalismo, tornando-o brutal. Na cadeia, conseguiu poder e influência e recrutou vários jihadistas  Quando o rei jordaniano (Abdullah I) deu anistia aos presos políticos, Zarqawi foi solto em 1999 sem cumprir a pena integral  Ao sair da prisão, Zarqawi foge para o Afeganistão e reencontra bin Laden  Bin Laden financiou Zarqawi para ser comandante de um campo de treinamento no deserto do Afeganistão, formando a célula Tawhid wal- Jihad. Foi ele quem formou os dois idealizadores do atentado do 11 de setembro
  • 4. Osama bin Laden (1957-2011)  17º filho de um milionário saudita do ramo da construção civil. A família bin Laden era parceira dos EUA  Morou no Líbano, onde fez ensino médio e tinha uma vida de ostentação  Teve dois professores decisivos: Mohamed Qutb, irmão de Sayyid Qutb (teórico da Irmandade Muçulmana e um dos idealizadores da jihad mundial) e Abdullah Yusuf Azzam  Conheceu Azzam na Universidade de Engenharia que fez na Arábia Saudita. Resolveu financiar jihadistas para expulsar soviéticos do Afeganistão com ajuda dos EUA, através da CIA. Em 1988 junto com seu ex-professor Azzam, fundou a al-Qaeda  Depois da Guerra do Golfo (Iraque vs. Kuwait), no início dos anos 90, se desentendeu com a família real saudita por conta da ocupação americana nas terras sagradas (Meca e Medina), tornando-se adversário do governo dos EUA
  • 5. Zarqawi e a atuação da Tawhid wal-Jihad  Assim que os EUA entraram em guerra no Afeganistão, Zarqawi fugiu levando e recrutando pelo caminho centenas de jihadistas para lutarem no Iraque (contra “inimigos distantes” e “inimigos próximos”)  Chamado de xeique dos chacinadores, Zarqawi notabilizou-se por matar e atormentar a população xiita, acreditando provocar uma guerra civil que levaria os sunitas a recuperarem o poder perdido na região – instigar reação violenta para aliados adormecidos se integrarem à guerra  Começou a praticar decapitações televisionadas devido à repercussão no Ocidente  Na Primeira Batalha de Fallujah, os drones americanos mataram apenas 14 agentes da Tawhid wal-Jihad, porém vários civis (com isso a rede aumentou sua força e apelo popular, responsabilizando os EUA)  Zarqawi transmitiu seu voto de lealdade a bin Laden e a rede passou a se chamar al-Qaeda no Iraque (AQI) e criou o Conselho Shura Mujahidin  Desaparecido desde a Segunda Batalha de Fallujah, Zarqawi foi morto em 2006 por um drone a 14km de uma base americana em Bagdá
  • 6. Estado Islâmico e os dois Baghdadis O Conselho Shura Mujahidin apontou o egípcio Abu Ayyub al- Masri como emir da franquia. E ele disse que o grupo passaria a se chamar “Estado Islâmico do Iraque”, escolheu o iraquiano Abu Omar al-Baghdadi para substituir o líder morto e adotaram uma política ambígua com relação à al-Qaeda Matriz A dupla foi morta em 2010, escondidos no subsolo de uma casa O substituto foi Ibrahin Awwad al-Badari (1971-), que adotou o nome de guerra: Abu Bakr al-Baghdadi [imagem]. Foi membro da Irmandade Muçulmana e se tornou wahhabista, defendendo fratricídio contra xiitas. Mais intelectualizado que al-Baghdadi I, tem doutorado em Assuntos Islâmicos Ficou preso no Campo Bucca em 2004, lá era aplicador da sharia e formou uma rede de contatos (foi solto em 2009 após acordo EUA-Iraque)
  • 7. Estado Islâmico entra na Síria Quando bin Laden morreu, aliados de Baghdadi aproveitaram o contexto conturbado do país vizinho, invadiram a Síria e tomaram Raqqa (“o hotel da revolução”). Em 2013, ele tenta fundir grupo à al-Nusra sob o nome de Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS), mas líder da al-Nusra recusa. O chefe da al-Qaeda Matriz, Zawahiri critica a posição e explica a geografia de cada grupo Baghdadi não aceita e o acusa de seguir o Sykes-Picot. Inicia-se uma guerra civil dentro da Guerra Civil e al-Qaeda rompe com Estado Islâmico No mesmo ano, 2013, Baghdadi se autoproclama califa do Estado Islâmico – séquito acredita que ele é descendente da mesma tribo do profeta Maomé, os coraixitas
  • 8. Práticas comuns do Estado Islâmico: destruição de patrimônio histórico  Cidades, ruínas, sítios arqueológicos, monumentos e museus na Síria e no Iraque aparecem sendo destruídos por brocas e martelos em vídeos divulgados pelo grupo Grande colunata de Apameia, cidade histórica do Império Selêucita (300 a.C.), foi herança do Império Bizantino (imagem abaixo) Ruínas da cidade síria Palmira, fundada no período neolítico (de 10 a 3 mil a.C.) e localizada num oásis. O local era ponto de parada obrigatória na chamada Rota da Seda (tráfego Ocidente-Oriente durante a Idade Antiga)
  • 9. Práticas comuns do Estado Islâmico: recrutamento coagido de crianças  Coação de crianças para torturarem e matarem reféns do grupo. Estas são treinadas e disciplinadas para comporem o exército de jihadistas
  • 10. Práticas comuns do Estado Islâmico: execução pública de homossexuais  Conforme vídeos veiculados pelo próprio grupo, a pena para homossexuais tem sido o lançamento de edifícios sob os olhares de dezenas de pessoas
  • 11. Práticas comuns do Estado Islâmico: crucificações  Uma das formas de execução é a crucificação, sobretudo para cristãos
  • 12. Práticas comuns do Estado Islâmico: incinerações de pessoas vivas  Na imagem abaixo, um piloto jordaniano é queimado dentro de uma jaula
  • 13. Práticas comuns do Estado Islâmico: decapitações  A prática foi difundida por Zarqawi devido à repercussão no Ocidente
  • 14. Práticas comuns do Estado Islâmico: outras formas cruéis de tortura e execução  Nas imagens, vemos homens sendo amarrados a explosivos e afogados
  • 15. Práticas comuns do Estado Islâmico: genocídio  A minoria étnica-religiosa yazidi tem sido uma das principais vítimas
  • 16. Práticas comuns do Estado Islâmico: escravidão sexual  O principal alvo são mulheres e meninas yazidis, curdas e cristãs. Algumas são vendidas, outras são abusadas pelos membros do grupo No livro Escravas do Daesh, a curda Jinan de 18 anos, conta sua experiência no cativeiro: “Eles nos torturavam, queriam nos converter à força. Se negávamos, éramos agredidas, presas do lado de fora em pleno sol, obrigadas a beber água onde flutuavam ratos mortos. Às vezes, nos submetiam a choques elétricos. Esses homens não são humanos, só pensam em morte, em matar. Usam drogas sem parar. Querem se vingar de todo o mundo. Afirmam que um dia o Estado Islâmico reinará no mundo inteiro”.
  • 17. Como o Estado Islâmico se mantém?  A BBC descreveu seis fontes de renda do grupo: • Doações: há dinheiro vindo de pessoas e de instituições de caridade no Oriente Médio, sobretudo Arábia Saudita e Catar (o intuito seria derrubar o presidente al-Assad) • Petróleo: o Estado Islâmico teria lucrado em 2014, 100 milhões de dólares com venda deste produto e de derivados (entre os compradores, Turquia, Irã e a própria Síria). Contudo ataques aéreos a refinarias têm diminuído essa fonte • Sequestros: teriam gerado cerca de 20 milhões de dólares em 2014 (jornalistas são principais alvos). Esta prática também serve como propaganda • Roubos, pilhagens e extorsões: em troca de serviço ou proteção, para quem utiliza vias, assaltos a bancos, venda de antiguidades e roubos diversos como gado • Imposto sobre minorias religiosas: as opções são: aderir ao Islã, pagar este imposto (jizya) ou execução • Escravidão: dinheiro gerado ao vender meninas e mulheres como escravas sexuais
  • 18. E a responsabilidade de países para Estado Islâmico chegar até aqui?  Governos corruptos e grupos terroristas se retroalimentam  Irã: incentivou e treinou seguidores de Zarqawi, na época, para lutar contra exército de Saddam, no Iraque  Iraque: Saddam Hussein ajudou a al-Qaeda no Iraque contra americanos. Muitos ex-generais de Saddam se integraram ao EI para lutar contra primeiro ministro iraquiano da Era Americana, al-Maliki. Este por sua vez libertou inúmeros jihadistas  Síria: o próprio al-Assad colaborou com seguidores de Zarqawi na época da guerra do Iraque. Entraram neste país através da fronteira síria. Depois al- Assad soltou inúmeros terroristas, que integram hoje Estado Islâmico  Turquia: fez vista grossa a jihadistas para derrotar al-Assad e curdos  EUA: Intervenção desastrosa no Iraque acirrou problemas sectários. Historicamente tem estimulado conflitos entre facções para destituir governos que não servem seus interesses. Retiraram tropas deixando inúmeros armamentos nas mãos de jihadistas. E fizeram vista grossa ao Estado Islâmico no início do conflito, para retirar al-Assad
  • 19. Refugiados da Síria  DEFINIÇÃO: “Refugiado é qualquer pessoa que por medo bem fundado de perseguição por razões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a grupo social em particular ou opinião política, está fora de seu país de nacionalidade e está incapaz, ou devido a tal temor, não pode se valer da proteção de tal país; ou que não tendo nacionalidade e estando fora do país de sua residência habitual, está incapaz, ou devido a tal temor, no pode voltar ao país”. (Estatuto dos Refugiados assinado na Convenção de Viena em 1951) Segundo a ONU, há 65,3 milhões de refugiados no mundo hoje • Boa parte destes é proveniente do norte da África e Oriente Médio onde acontecem nove guerras civis (da Nigéria ao Paquistão)  A Síria possui 23 milhões de habitantes • 11 milhões destes foram deslocados de suas casas • 4,5 milhões estão em cinco países: Turquia (2,5); Líbano (1,1); Jordânia (0,6); Iraque (0,24); e Egito (0,11) • 13,5 milhões de sírios precisam urgentemente de assistência humanitária
  • 21. Refugiados no Brasil  Desde o início da Guerra Civil, o Brasil recebeu em torno de 2.300 pessoas oriundas da Síria • A maior parte delas está em São Paulo, onde a comunidade síria já residente presta auxílio aos que chegam • O governo federal discute a criação de uma nova lei de imigração para acolhimento humanitário
  • 22. Refugiados: problemas • Devido à quantidade de pessoas, países não estão preparados economicamente e socialmente para receber refugiados  Refugiado é visto como “estranho” – alteridade necessária  Vigilância constante • Irresponsabilidade de países receptores  Violação de Carta dos Direitos Humanos: especialmente direito de crença  Países mais ricos tem ajudado abaixo de suas capacidades (ex. Inglaterra)  Rússia, Japão, Cingapura, Coreia do Sul e países árabes do Golfo Pérsico (Qatar, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Kuwait e Bahrein) não ofereceram nenhuma vaga para refugiados • Países ocidentais têm medo de receber jihadistas infiltrados entre refugiados  Hungria está construindo um muro na fronteira
  • 23. Refugiados: problemas • Inadequação de políticas públicas para assegurar direitos de Estatuto dos Refugiados • Pedidos de fundos pela ONU foram atendidos apenas em 61% (2015) • Refugiados estão em bolsões de miséria  Acampamentos lembram guetos nazistas: a população está espremida, sem higiene, sem água potável, escassez de alimentos, falta de segurança e de assistência social  Atualmente 75 mil estão retidos no deserto entre Jordânia e Síria (set. 2016) • Travessia de refugiados pelo Mediterrâneo é perigosa  300 mil já chegaram à Europa através deste mar (166 mil na Grécia e 130 mil na Itália)  4 mil desapareceram ou se afogaram no caminho  Há tráfico de seres humanos (coiotes) e viajam em embarcações frágeis [imagens]
  • 24. Refugiados: travessia pelo Mar Mediterrâneo
  • 25. Refugiados Imagens de travessias de sírios e líbios
  • 26. Imagem-símbolo dos refugiados sírios: Identificado inicialmente como Aylan, o nome do menino é Alan. Ele era sírio, tinha três anos e morreu após bote naufragar entre Turquia e Grécia (em setembro de 2015)
  • 27. Material consultado • ANDRADE, G.B. de. A guerra civil síria e a condição dos refugiados... Revistas de Estudos Internacionais, n. 2, vol. 2, p. 121-138, 2011. • ANISTIA INTERNACIONAL. Síria: os números da crise de refugiados. Publicado em 9 set. 2016. Disponível em: https://anistia.org.br/noticias/siria-os-numeros-da-crise-de-refugiados/ • BBC. Conheça seis fontes de renda do Estado Islâmico. Publicado em 19 nov. 2015. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151119_financiamento_estado_islamico_lgb • COGGIOLA, O. Islã histórico e islamismo político. Porto Alegre: Pradense, 2011. • COSTA, P.P. Uma história da Síria no século XXI para além do sectarismo religioso. 2016. 136f. Dissertação (mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. • G1. 75.000 refugiados estão retidos em deserto entre Síria e Jordânia, diz ONG. Publicado em 15 set. 2016. Disponível em: goo.gl/nJqGz1 • EL PAÍS. Caos perto da Europa. Publicado em 7 out. 2016. Disponível em https://goo.gl/IVqnUV • PATARO, A.C.B.; RIBEIRO, J. Direito humanitário, Foucault e refugiados sírios no Brasil. In: Anais do XVII Encontro de História da ANPUH-Rio: entre o local e global. Campus Nova Iguaçu, ago. 2016. • SANCHES, S.M. Nós e os outros – o fundamentalismo como sintoma de uma interação grupal primitiva. Grupo Análise Online, Nova Série, vol. I, 2010. • WEISS, M.; HASSAN, H. Estado islâmico: desvendando o exército do terror. São Paulo: Seoman, 2015.