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  CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

            NÉRIDSON BATISTA NERY

       PATRÍCIA VALÉRIA DE LIMA FERREIRA

           ROSANE TEXEIRA DA SILVA




EFEITOS DAS TEORIAS MOTIVACIONAIS NOS
   PROFISSIONAIS DA ÁREA CONTÁBIL




               FEIRA DE SANTANA
                      2012
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           NÉRIDSON BATISTA NERY

      PATRÍCIA VALÉRIA DE LIMA FERREIRA

          ROSANE TEXEIRA DA SILVA




EFEITOS DAS TEORIAS MOTIVACIONAIS NOS
   PROFISSIONAIS DA ÁREA CONTÁBIL




                   Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado em Ciências
                   Contábeis da Faculdade Anísio Teixeira - FAT, para a
                   disciplina: Psicologia.

                   Orientador. Profª. Camila Ferreira Oliveira




              FEIRA DE SANTANA
                     2012
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“Motivação implica fazer aquilo que é muito significativo para mim”.

                       (Frederick Herzberg)
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SUMÁRIO
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1. INTRODUÇÃO



                "O segredo da existência humana consiste não somente em viver, mas ainda

                                                encontrar o motivo para viver". (Dostoievski)



        A partir dos estudos realizados na disciplina Psicologia, podemos correlacioná-lo

ao curso de Ciências Contábeis, buscando entender as suas teorias praticadas ou visíveis

aos profissionais da área contábil, relacionamos o termo “teoria” à psicologia, com o qual

precisamos entender que este termo não se refere a uma hipótese ou uma idéia, que não

apresente uma aplicação práticas ou visíveis.

        A teoria se reflete a um conjunto de proposições, que vão sendo discutido e/ou

afirmado, a fim de ser defendido, busca explicar os fatos e oferecer princípios que possam

orientar os funcionários, neste contexto o chefe do Escritório de Contabilidade, na tomada

de ações para obtenção da solução de problemas reais ocorridos no dia-a-dia de sua

organização.

        Assim buscamos analisar e compreender a motivação humana nas organizações,

isto é uma tarefa desafiadora tanto para cientistas comportamentais, psicólogos e

administradores. Apesar da grande quantidade de teorias e hipóteses, a motivação, na

prática, continua sendo um grande desafio. Tal dificuldade se deve ao fato de haver

divergências de interpretação sobre os fatores que desencadeiam o comportamento

motivacional, já que este decorre de um processo psicológico básico de relativa

complexidade.

        Como as ações do ser humano surgem a partir das necessidades que se originam

em seu interior, e como o nível de motivação varia entre as pessoas e numa mesma pessoa

em sua história de vida, parece não ser possível englobar em um só arcabouço teórico a

explicação para a motivação humana ou, como destaca Bergamini (1997, p.38), “... não
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existe uma única teoria que seja capaz de desvendar todas as características próprias da

psicodinâmica motivacional de uma só vez”, pois o ser humano tem suas peculiaridades,

preferências, traços de personalidade e seu processo motivacional.

         O conhecimento atual a respeito da motivação demonstra que essas

pressuposições são errôneas (pessoas com pouca motivação como preguiçosas e

indolentes). A motivação funciona como o resultado da interação entre o individuo e a

situação que o envolve. As ações do ser humano surgem a partir das necessidades que se

originam em seu interior, e o nível de motivação varia entre as pessoas e numa mesma

pessoa em sua história de vida.

         A motivação humana tem sido uma das principais preocupações e desafios da gestão

organizacional moderna, e várias teorias tentam explicar o sentido desta força misteriosa que

leva as pessoas a agirem de forma a alcançar seus objetivos. O que anteriormente era apenas

um instrumento da área de recursos humanos, agora passa a fazer parte da estratégia das

empresas.

         Pode salientar que após o evento da revolução industrial e com o próprio

desenvolvimento da mesma, surge a necessidade de organizar as empresas, pois era, e, é

muito comum inclusive nos tempos atuais, o principal responsável pelas organizações,

depararem com problemas e situações que obrigam a definir objetivos; planejar as

atividades; obter e organizar recursos (dos mais variados tipos conforme a necessidade);

dirigir ou comandar pessoas; apurar e controlar resultados.

         Tais situações ou problemas são freqüentes em nosso dia-a-dia quer sejam nos

Escritórios de Contabilidade ou para os profissionais da área, pois em todos os locais onde

convivemos, deparamos com a necessidade de relacionamento e cumprimento de metas e

objetivos (profissionais e particulares), portanto estaremos sempre buscando a “melhoria

contínua” e obviamente isto resulta na elaboração e implementação de teorias
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motivacionais que serão sempre embasadas na realidade e nas necessidades ou

expectativas do momento, objetivando a obtenção de resultados favoráveis à organização.

         A Contabilidade hoje é conhecida como uma das principais ferramentas para

transformação de fatos do dia a dia das empresas, dando informações que auxiliam os

gestores nas tomadas de decisões visando o desenvolvimento das entidades, pois os

profissionais da área contábil são considerados imprescindíveis por grandes empresas que

integram o mercado financeiro.

         Sendo uma ciência a Contabilidade depende de profissionais e estudiosos, que

interagem sobre todo o processo tecnológico, filtrando as informações de acordo com a

necessidade dos administradores em cada momento da gestão empresarial, pois a partir das

informações atuais e do passado de uma empresa, é que pode se planejar as estratégias das

futuras ações que determinarão o sucesso da tomada de decisão.

         Podemos ressaltar que a visita a um profissional da área contábil, foi muito

produtivas no sentido de nos possibilitar uma visão mais ampla e realista dos efeitos

presentes das teorias motivacionais no referente local de trabalho aonde prestas serviços.

Assim com a entrevista proposta por nós, podemos reconhecer facilmente nas respostas

dadas a relação da Teoria Motivacional ao profissional da área contábil.




2. IDENTIFICAÇÃO DA PROPOSTA DE TRABALHO


2.1. OBJETIVO GERAL


         Analisar os efeitos das teorias motivacionais nos profissionais da área contábil.


2.2. OBJETIVO ESPECIFICO


* Descrever as características existentes nos profissionais da área contábil;
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* Correlacionar a Teoria Motivacional aos profissionais que prestam serviços contábeis;

* Compreender que a Psicologia Organizacional como essencial para qualquer empresa.




2.3 JUSTIFICATIVA


         O presente trabalho presa os efeitos motivacionais encontrados nos profissionais

da área contábil, ressaltando que através da referente pesquisa de campo, vários

fundamentos teóricos foram abordados, pois, se tratando da teoria motivacional encontrado

nos estudos de psicologia teremos uma visão de como essa teoria é presente.

         Através da motivação pessoal, da educação formal e do treinamento, um

indivíduo pode utilizar todo o seu potencial de forma mais eficiente, tornando-se um

profissional de destaque e realizando seus sonhos e ideais pessoais.

         A motivação dos seres humanos e a qualidade de vida no trabalho apresentam os

desafios enfrentados por uma administração moderna a fim de alcançar objetivos que

possam satisfazer essas necessidades. A partir do momento em que a preocupação com o

bem-estar das pessoas ganha espaço nas organizações, é possível conseguir melhores

resultados na busca de um ambiente de trabalho adequado para o desenvolvimento das

atividades profissionais.




2.4 METODOLOGIA


         A presente pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos

ocorridos nos profissionais da área contábil, à coleta de dados referentes ao mesmo e,

finalmente, à análise e interpretação desses dados, tem como base uma fundamentação

teórica consistente, objetivando compreender e explicar os efeitos das teorias
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motivacionais observados nos professionais da contabilidade. Objetivou-se através de

dados quantitativos e qualitativos obtidos por intermédio de entrevista, com um

profissional registrado ao conselho regional de contabilidade ao qual dentre suas funções

realiza trabalhos contábeis a uma instituição escolar do município de Feira de Santana –

Bahia. Apresenta facilidade quanto à descrição dos fatores motivacionais, permitindo a

análise das variáveis envolvidas.

        O estudo escolhido como metodologia de pesquisa, nos permite conhecer com

maior profundidade a motivação do profissional da área contábil. Os dados primários

foram coletados com observações em campo e entrevista semiestruturada com uma

contadora que prestas seus serviços a uma instituição escolar.

        Este trabalho, cujo tema é os efeitos das teorias motivacionais nos profissionais da

área contábil, fez examinarmos de maneira minuciosa as teorias motivacionais, ao qual foi

observada no dialogo e na entrevista realizada com o profissional da área contábil. No

decorrer do trabalho, descobrimos que a contadora realmente apresenta os princípios

motivacionais.

        O trabalho aborda uma análise de como estão presenciadas as teorias

motivacionais nos profissionais da área contábil, A motivação dentro de uma organização é

essencial, para que possamos sempre manter em equilíbrio tudo que nos faz obter sucesso e

vitórias. Se permanecermos com funcionários motivados, podemos ter a absoluta certeza

que consequentemente nossos clientes serão reflexos de nossos funcionários, pois estarão

adquirindo toda a motivação que temos dentro de nossa empresa.

        O método de pesquisa utilizado é o exploratório qualitativo, logo os estudos que

empregam esta metodologia podem descrever a complexidade do objeto de estudo, o

investigador; analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos

dinâmicos vividos por grupos sociais.
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3. O PERFIL DO PROFISSIONAL CONTÁBIL


         Foi-se o tempo do "guarda-livros". As funções meramente burocráticas estão

cedendo espaço para profissionais mais arrojados, que desejam aproximar informações e

utilidade gerencial.

         A globalização e a necessidade de inovações constantes levam os empregadores a

contratar pessoas pró-ativos, com senso de responsabilidade e capacidade de se manterem

atualizadas diante do caos legislativo que se verifica no Brasil. O mercado procura um

perfil dinâmico, um profissional que se atualize constantemente e seja um autodidata.

         A avalanche de informações que o governo exige das empresas é um indicativo

que não basta aprimoramento técnico, sendo necessário o contabilista compreender e

comunicar-se dentro e fora da organização, visando adaptar tais exigências. Mensalmente,

os governos federal, estaduais e municipais despejam nos diários oficiais dezenas de

decretos, regulamentos, atos administrativos, instruções normativas, etc.

         Diante de tal sobrecarga, o contabilista necessita focar situações estratégicas, estar

preparado para ser um gerente de informações. Cada vez mais é comum às empresas

consultarem os profissionais contábeis sobre composição de seus custos, para formação seu

preço de venda, análise de ponto de equilíbrio, alavancagem, análises do balanço e outras

situações gerenciais. Mas, preocupado em atender as inúmeras exigências principais e

acessórias dos fiscos, o contador às vezes não dispõe de tempo para situações que

demandam análises estratégicas, o que o tornaria, de fato, um gestor de informações.

         Os contabilistas têm tudo para serem extremamente importantes nas organizações,

pois, além de suas funções tributárias (o que, por si só, já o remetem a administrar quase

40% do faturamento de uma empresa), poderão trazer para a organização um leque de

análises, informações e ideias que podem significar a diferença entre o sucesso e o fracasso

empresarial.
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         O profissional contábil que for bem mais além que registrar os atos e fatos

administrativos certamente poderá atender essa demanda, tornando-se um contador

gerencial.

         Além de conhecimento legislativo, o contabilista precisa estar atualizado com

recursos tecnológicos da computação, e conhecer as normas contábeis, tanto nacionais

como internacionais. Novas normas seguirão, exigindo do profissional um perfil cada vez

mais autodidata para acompanhar a evolução da Ciência Contábil.

         O profissional contábil, ainda que seja difícil, pode delegar mais atribuições

rotineiras a assistentes enquanto que ele poderia certamente contribuir ativamente com

seus conhecimentos contábeis e gerenciais com os novos rumos da organização. É a

diferença para que possa projetar-se como um profissional útil e bem remunerado,

reconhecido na organização que atua.

         As questões relacionadas com a área contábil são hoje muito discutidas, devido às

novas necessidades profissionais na contabilidade, e assim, os autores de uma forma em

geral, vêm apresentando várias abordagens relacionando quais seriam as competências e

habilidades que são hoje indispensáveis para esse profissional. Pois conforme citado

anteriormente o profissional contábil está inserido em um mercado que proporciona

grandes oportunidades, sobretudo, assim como em qualquer outra profissão, competências

e habilidades devem ser buscadas e mantidas.

         Os principais fatores considerados como motivadores para a busca de melhoria no

perfil profissional dos profissionais é respectivamente: exigência do mercado,

possibilidade de melhor remuneração e possibilidade de ascensão profissional.

         Um dos objetivos dessa pesquisa era averiguar o fator motivacional para os

profissionais da contabilidades alocados em sua prestação de serviços, de um modo geral
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está no diagnóstico de um planejamento de medidas que possam ir ao encontro das

necessidades de quem trabalha, quer no nível de aspirações psicológicas.




4. MOTIVAÇÃO


        Nesta etapa do trabalho consiste na revisão da literatura, baseada nos conceitos

emitidos pelos autores acerca de motivação nas organizações.




4.1. CONCEITO E DEFINIÇÃO DE MOTIVAÇÃO



        O crescimento da economia e o ritmo imposto pelo mercado exigem, cada vez

mais, maior envolvimento e comprometimento dos colaboradores em suas atividades para

que a organização atinja a excelência mantendo-se competitiva, quesito este de

sobrevivência no atual mundo globalizado, que derruba fronteiras e promove a

internacionalização dos negócios.

        A motivação dos empregados é um dos maiores desafios da gestão de recursos

humanos nas organizações, pois essa motivação transforma o ambiente de trabalho,

levando as pessoas a desempenharem suas tarefas com eficácia e satisfação, o que é

imprescindível à sobrevivência das organizações.

        Na visão atual, pós Taylorista, as pessoas não são mais vistas como meios de

produção, mas sim como indivíduos dotados de habilidades, capacidades, destrezas e

conhecimentos necessários para administrar suas próprias tarefas, ou seja, ganhar um papel

de fundamental importância nas empresas (CHIAVENATO, 1999).

        Virtualmente, cada pessoa tem sua própria concepção sobre o que seja a

motivação. Todavia, em todas as definições, uma ou mais das seguintes palavras são
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usualmente encontradas: desejos, aspirações, metas, objetivos, estímulos, impulsos e

necessidades. Tecnicamente, o termo motivação pode ser traçado ao latim “movere”, que

significa mover, esta acepção evidencia-se na definição de Bernard Berelson & Gary A.

Steiner: “Um motivo é um estado interno que da energia, torna ativo ou move (daí

motivação) e que dirige ou canaliza o comportamento em direção a objetivos”.

         Para Maslow (1954), “O homem é um animal que deseja e que raramente alcança

um estado de completa satisfação, exceto durante um curto tempo. À medida que satisfaz

um desejo sobrevém outro que quer ocupar seu lugar, quando este é satisfeito surge outro

ao fundo. É característica do ser humano, em toda sua vida desejar sempre algo”.

         Soto (2005, p. 118) propõe que:



                        A motivação é a pressão interna surgida de uma necessidade, também interna,
                        que excitando (via eletroquímica) as estruturas nervosas, origina um estado
                        energizador que impulsiona o organismo à atividade iniciando, guiando e
                        mantendo a conduta até que alguma meta (objetivo, incentivo) seja conseguida
                        ou a resposta seja bloqueada.



         Portanto, a motivação é entendida como uma força que se encontra dentro de cada

pessoa e que se origina de uma carência, permanecendo até que essa carência seja saciada.

Dentro da mesma linha de pensamento, Bergamini (1997, p.83) assim se exprime:

“Entende-se, assim, que a motivação seja um impulso que venha de dentro e que tem,

portanto, suas fontes de energia no interior de cada pessoa”.

         E Casado (2002, p. 248) acrescenta:



                        Motivação é definida como um impulso à ação. Por tratar-se de impulso ou
                        necessidade, é óbvio que é originada basicamente no interior dos indivíduos.
                        Assim sendo, a fala comum “você tem que motivar seus empregados”! perde seu
                        uso prático, pois sugere algo impossível de realizar.



         Diante deste contexto, vale ressaltar, claro está que a tarefa da administração não é

a de motivar as pessoas que trabalham na organização, pois se a motivação é um processo
14


intrínseco, tal ação se torna impossível de ser realizada. Porém, a administração pode e

deve criar um ambiente motivador, propiciando a seus colaboradores a busca pela

satisfação de suas necessidades.

        A motivação é algo muito complexo dentro de cada ser humano, porque não pode

ser vista, ouvida ou tocada, somente podemos julgar quão motivada está uma pessoa

mediante a observação de seu comportamento, levando em consideração que cada pessoa

tem suas preferências, traços de personalidade e processos motivacionais distintos.

        Quando se fala em motivação, há que se falar, antes de tudo, daquilo que esta

social e/ou psicologicamente relacionado com o que motiva alguém. Nesse contexto,

vários autores procuram discutir tal conteúdo a partir da observação da teoria das relações

humanas. Dentre estes autores, destaca-se Chiavenato (1999) com sua abordagem,

buscando chegar à identificação das origens e da contextualidade em que tal teoria surgiu,

cuja ênfase esta nas pessoas ao invés da estrutura ou das tarefas, para então relacioná-la

com a sociologia e psicologia no que diz respeito à influência da sociedade industrial sobre

as pessoas.

        Analisando os estudos de Chiavenato (1999, p.89), o “o primeiro passo para se

conhecer a motivação humana é o conhecimento do que ocorre no comportamento das

pessoas”. Isso quer dizer que, um organismo pode perder seu equilíbrio em função de uma

necessidade, podendo gerar um estado de tensão/ação, insatisfações, desconforto e/ou

desequilíbrio. Assim, tal estado pode induzir uma determinada pessoa a desenvolver um

comportamento ou ação que a levem a se livrar da tensão ou desconforto. Sendo tal

comportamento eficaz, o individuo se satisfará em sua necessidade livrando da tensão

ocasionada e encontrando o estado de equilíbrio anterior, ajustando-se ao ambiente.




                     Figura 01: As etapas do ciclo motivacional, envolvendo a satisfação de uma necessidade
                                                                                   Fonte: Chiavenato (1999)
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           Como se pode observar, necessidades ou motivos não podem ser estáticos e sim,

elementos cujas forças podem encontrar uma dinâmica constante e persistente que

provoquem e influenciem o comportamento. Neste processo, o reforço positivo é capaz

Equilíbrio Interno Estimulo ou incentivo Necessidade Tensão Comportamento ou ação

Satisfação de influenciar o comportamento no sentido de torná-lo mais eficaz e eficiente no

controle e na satisfação de necessidades.

           Ainda de acordo com Chiavenato (1999), as necessidades podem ser satisfeitas,

frustradas (quando a satisfação é impedida) ou compensadas (transferidas para outro

objeto).



                                                                                FRUSTAÇÃO




                                                                                COMPENSAÇÃO

                                 Figura 02: As do ciclo motivacional, com frustração ou Compensação
                                                                            Fonte: Chiavenato (1999)



           O que Chiavenato (1999) quer dizer é que se trata de contexto temporal e

passageiro a satisfação de algumas necessidades, ou seja, a motivação humana é

compreendida por um aspecto cíclico, norteada pelas demandas das necessidades.

           Assim, quando problemas são resolvidos, o comportamento é um processo para

tanto. Diversos estudos mostram que quando se fala em motivação, basicamente estamos

falando de necessidades humanas e quem mais especificou tal processo foi Maslow, com

sua teoria sobre a hierarquização das necessidades humanas, como pode ser analisada mais

adiante.

           Mas em contraposição a essas afirmações, Chiavenato (1999), descreve a teoria

comportamental ou teoria behaviorista no ambiente de trabalho neste caso ao do
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profissional contábil como o elemento que trouxe uma nova condução para a explicação da

motivação humana, com aplicação na contabilidade, estabelecendo uma abordagem

científica da ciência do comportamento humano, todavia, o ser humano permanece no

centro das atenções, tomando o contexto organizacional com maior ênfase.

          Assim como fundamento dessa teoria, os behavioristas afirmam que o

administrador (ou contabilista) precisa ser profundo conhecedor das necessidades humanas

no intuito de melhor compreender o comportamento humano, a fim de utilizar, de forma o

equilíbrio interno, estimulo ou incentivo necessidade tensão barreira outro comportamento

derivativo, a motivação para imprimir uma melhor qualidade de vida nas organizações.

          Pode-se salientar que diante de tantos estudos acerca da psicologia organizacional

são analisadas várias teorias acerca da motivação humana, nesse sentido Douglas

McGregor desenvolveu as teorias X, Y, as quais comparam dois tipos de antagônicos de se

administrar, um tradicional, mecanicista e pragmático e outro baseado no comportamento

humano.

          De acordo com McGregor (1970), a teoria X baseia-se no contexto das decisões

ou ações do dirigente com suas convicções a respeito do comportamento humano. Deste

modo, a teoria X está embasada em três fundamentos:

          1. O ser humano não gosta intrinsecamente de trabalhar;

          2. As pessoas precisam ser coagidas, vigiadas e ameaçadas, a fim de que

trabalhem em prol dos objetivos da organização;

          3. O ser humano prefere ser dirigido, evita responsabilidades.

          Num contexto geral, esta teoria parte do princípio da mediocridade humana avessa

ao trabalho. McGregor (1970) destaca que a motivação deste tipo de ser humano está

deveras comprometida e que meros oferecimentos de recompensas não são suficientes para
17


alterar o estado de animosidade deste indivíduo, ao passo que ameaças de castigos são

mais eficientes.

         Já a teoria Y é representada por premissas elaboradas sem preconceitos a respeito

da natureza humana. McGregor (1970) descreve as características pelas quais esta teoria

foi estruturada, a saber:

         1. O ser humano não sente aversão inerente ao trabalho;

         2. Dadas as condições, o homem praticara a auto orientação e o autocontrole ao

serviço dos objetivos empenhados;

         3. O empenho em alcançar objetivos está diretamente relacionado às recompensas

atribuídas ao êxito das tarefas;

         4. O ser humano aceita e procura responsabilidades;

         5. As potencialidades intelectuais do ser humano podem ser melhores

aproveitadas.

         Assim como se pode perceber, esta teoria abrange um estilo de administração que

implica a participação e está completamente firmada nos valores humanos e sociais.

         Já a teoria X trabalha com a imposição e coerção das pessoas em função de sua

atuação profissional, ou seja, controles externos impostos às pessoas, com a finalidade de

manipular e direcionar o comportamento individual em relação à tarefa desenvolvida, a fim

de se alcançar um resultado que lhe comprove (Chiavenato, 1999).

         O ser humano, no geral, está disposto ao trabalho, à liderança, então, constitui-se

como elemento de fundamental importância no contexto organizacional, isso porque a

formação das empresas passa por um processo de aglutinação de pessoas, grupos de

indivíduos que necessitam de organização e coordenação no direcionamento de seus

potenciais e esforços individuais, em prol das metas e objetivos da organização

(Bergamini, 2006).
18


4.2. MASLOW: TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES


        Nessa teoria Maslow, relatou que todo individuo para conseguir a sua motivação

precisa primeiramente satisfazer suas necessidades seguindo essa ordem, primeiramente as

necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades

de status e autoestima e por ultimo de autorrealização.

        A hierarquia das necessidades de Maslow é reproduzida na figura seguinte:




                                           Figura 1: A hierarquia das necessidades de Maslow
                      Fonte: http://www.admtoday.com/wp-content/uploads/2007/08/piramide.gif


        O autor referido assim descreve:

            •   Necessidades fisiológicas : ar, comida, repouso, abrigo;

            •   Necessidades de segurança: proteção contra o perigo ou privação;

            •   Necessidades sociais: amizade, inclusão em grupos;

            •   Necessidades de estima: reputação, reconhecimento, autorrespeito, amor;

            •   Necessidades de autorrealização: realização do potencial, utilização plena

                dos alentos individuais, etc.
19


         A maior parte das pessoas nas sociedades com elevado padrão de vida tem suas

necessidades primárias (fisiológicas e de segurança) regularmente satisfeitas sem muito

esforço e sem muito motivacional. Neste caso, passam a predominar as necessidades

secundárias (sociais, de estima e de autorrealização).

         Contudo à medida que se desce aos níveis socioeconômicos mais baixos, as

necessidades primárias, por não serem regulares ou totalmente satisfeitas, passam a

predominar no comportamento das pessoas, como objetivos básicos que orientam as suas

ações. Assim, o indivíduo que tem fome procura algo para comer e o que se sente

ameaçado busca segurança.

         Uma necessidade satisfeita não é motivadora de comportamento. Apenas as

necessidades não satisfeitas influenciam o comportamento, dirigindo-o para objetivos

individuais.

         O indivíduo nasce com certa bagagem de necessidades fisiológicas, que são

necessidades inatas ou hereditárias. De início, seu comportamento é exclusivamente

voltado para a satisfação dessas necessidades, como fome, sede, ciclo sono – ativado, sexo,

etc.

         A partir de certa idade, o indivíduo ingressa em uma longa trajetória de

aprendizagem de novos padrões de necessidades. Surgem as necessidades de segurança,

voltadas para a proteção contra o perigo, ameaças ou privação. As necessidades de

segurança, bem como as fisiológicas, constituem as necessidades primárias do indivíduo,

voltadas para sua conservação pessoal.

S


4.2.1. NECESSIDADES FISIOLÓGICAS
20


        Segundo Maslow, homem é um animal dotado de necessidades assim que uma de

suas necessidades é satisfeita, surge outra em seu lugar. Esse processo não tem fim: é

contínuo, desde o nascimento até a morte. As necessidades do homem estão organizadas

numa série de níveis, ou numa hierarquia de valor. No nível mais baixo, mas de grande

importância quando não satisfeitas, estão às necessidades fisiológicas. O homem só busca

o pão quando não há pão. A menos que as circunstâncias sejam especiais, suas

necessidades de amor, ‘status’ e reconhecimento são inoperantes quando seu estômago está

vazio há um certo tempo. Mas quando ele come regularmente e de maneira adequada, a

fome cessa de ser motivação importante.

        O mesmo ocorre em relação às outras necessidades fisiológicas do homem: de

descanso, exercício, abrigo, proteção contra intempéries, etc. A necessidade satisfeita não

motiva comportamento. Esse é um fato de profunda significação comumente ignorado pelo

conceito tradicional de administração. Consideremos a necessidade de ar. O ar não causa

efeitos importantes de motivação sobre nosso comportamento a não ser quando ficamos

privados dele.




4.2.2. NECESSIDADES DE SEGURANÇA


        Quando as necessidades fisiológicas estão razoavelmente satisfeitas, as

necessidades localizadas no nível imediatamente superior começam a dominar o

comportamento do homem; começam a motivá-lo. Essas são as chamadas necessidades de

segurança. São necessidades de proteção contra o perigo, a ameaça, a privação. Algumas

pessoas erroneamente se referem a elas como necessidade de proteção. Entretanto, a menos

que a pessoa esteja numa relação de dependência em que há uma privação arbitrária, ela

não procura proteção.
21


        Há necessidade de ter oportunidade mais justa possível. Quando a pessoa confia

nessa oportunidade, está mais do que disposta a correr riscos. Mas quando se sente

ameaçada ou dependente, sua necessidade é de garantia de proteção. Não é preciso frisar

que as necessidades de segurança podem ter grande importância na empresa, pois é claro

que todo empregado industrial está em relação de dependência. Ações administrativas

arbitrárias, comportamentos que provoquem incerteza no empregado com respeito à sua

permanência no emprego, ou que reflitam favoritismo ou discriminação, bem como

política administrativa imprevisível, podem ser poderosos motivadores de necessidade de

segurança nas relações de emprego em todos os níveis, do operário ao vice-presidente.




4.2.3. NECESSIDADES DE RELACIONAMENTO


        Quando as necessidades fisiológicas do homem estão satisfeitas e ele não está

mais temeroso a respeito do seu bem-estar físico, suas necessidades sociais tornam-se

importante fator de motivação de seu comportamento; necessidades de participação, de

associação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade e afeto vêm à

tona.

        Na verdade, é na atuação do trabalho contábil que percebemos a sabe da

existência dessas necessidades, mas, erroneamente, acha que elas representam certa

ameaça à organização.

        Entretanto, a contabilidade, temendo a hostilidade grupal aos seus objetivos,

muitas vezes procura, com afinco, controlar e dirigir os esforços humanos em sentidos

incompatíveis com a sociabilidade e a tendência grupal dos seres humanos. Quando as

necessidades sociais do homem são assim contrariadas e, talvez, também suas necessidades

de segurança, ela comporta-se de maneira a impedir que sejam atingidos os objetivos da
22


organização. Torna-se resistente, antagônico hostil. Mas esse comportamento é

consequência e não causa.




4.2.4. NECESSIDADES DE STATUS E ESTIMA


        Acima das necessidades sociais aquelas que não motivam até que necessidades de

nível mais baixo estejam razoavelmente satisfeitas estão outras da maior importância para

a contabilidade e para o próprio homem. São as necessidades do ego, as quais pertencem às

duas classes:

            •   Necessidades relacionadas com o amor-próprio: autoconfiança, realização,

                competência, conhecimento, independência.

            •   Necessidades    relacionadas   com     a   própria   reputação:     “status”,

                reconhecimento, aprovação, respeito.

        Diversamente do que ocorre com as de nível mais baixo, essas necessidades são

raramente satisfeitas: o homem procura indefinidamente mais satisfação dessas

necessidades, assim que se tornam importantes para ele. Mas elas não surgem de maneira

significativa até que as necessidades fisiológicas, sociais e de segurança estejam

razoavelmente satisfeitas.

        A organização industrial típica oferece poucas oportunidades de satisfação dessas

necessidades egoístas para as pessoas colocadas nos níveis mais baixos da hierarquia. Os

métodos convencionais de organizar o trabalho, particularmente nas indústrias de produção

em massa, dão pouca consideração a esses aspectos da motivação. Se as práticas da

administração científica fossem preparadas com o fito específico de oposição a essas

necessidades, dificilmente poderiam atingir esse propósito melhor do que o fazem.
23


4.2.5. NECESSIDADES DE AUTORREALIZAÇÃO


         Finalmente na hierarquia das necessidades humanas há o que podemos chamar de

necessidades de autorrealização. Essas são as necessidades de cada um realizar o seu

próprio potencial, de estar em contínuo autodesenvolvimento, de ser criador no sentido

mais alto do termo.

         Está claro que as condições da vida moderna dão apenas oportunidades limitadas

para que essas necessidades, relativamente fracas, obtenham expressão. A privação que a

maioria das pessoas experimente com respeito a necessidades de nível inferior desvia suas

energias para a luta pela satisfação daquelas necessidades. “Assim, as necessidades de

autorrealização permanecem inativas.”




4.3.    FREDERICH HERZBERG – TEORIA DOS FATORES HIGIÊNICOS E OS

       MOTIVACIONAIS


         Segundo Herzberg, existem dois fatores que explicam o comportamento das

pessoas no trabalho: os higiênicos e os motivacionais. Fatores higiênicos localizam-se no

ambiente de trabalho. São extrínsecos às pessoas.

         Nessa categoria estão elencados: salário, benefícios sociais, condições físicas de

trabalho, modelo de gestão, relacionamento com os colegas. Os fatores higiênicos se

presentes, deixam de causar insatisfação às pessoas, mas não chegam a causar satisfação.

         Fatores motivacionais são intrínsecos. Dizem respeito aos sentimentos de

autorrealização e reconhecimento. Se presentes, causam satisfação. Se ausentes, deixam de

causar satisfação, mas não chegam a causar insatisfação.
24


4.4. DAVID MCCLELLAND: TEORIA DAS TRÊS NECESSIDADES


         McClelland tomou como base as mesmas questões que Maslow. E identificou três

necessidades: poder, afiliação e realização. Ele argumenta que não nascemos com tais

necessidades como diz Maslow, elas são adquiridas socialmente. Pode se refere a relações

com pessoas, status. Afiliação se refere a afeto e realização à autoestima e autorrealização.




4.5. TEORIA DA EXPECTATIVA E TEORIA DA EQUIDADE


         A teoria da expectativa relaciona desempenho com recompensa, acredita que se

fizer algo será reconhecido se perceber que isso não vai ocorrer deixar de fazer

determinada tarefa.

         A teoria da equidade só causa motivação se o funcionário perceber que está

havendo senso de justiça em seu ambiente de trabalho, ou seja, todos que trabalham

igualmente são recompensados iguais. Já se houver favoritismo os funcionários não

sentirão motivados




4.6. MOTIVAÇÃO INTERNA

                        “o processo de motivação interna é individual e busca o ponto de equilíbrio entre
                        a maximização do prazer e a minimização do desprazer, sendo gerenciado pela
                        mente humana de forma complexa, envolvendo conexões entre o consciente e o
                        inconsciente”. (Castro 2002, p. 86).
25




                                                             Figura 1 – Esquema de motivação
                                                                          Fonte: Castro, 2002



        Isso não significa que o ser humano não possa ser motivado. Muito pelo contrário,

até os elos emocionais inconscientes podem ser trabalhados nos indivíduos para que a

auto-estima seja maximizada, fazendo com que as pessoas gerem ações cada vez mais

motivadoras. Há vários caminhos para que isso ocorra, dos quais se destaca a motivação

externa como sendo uma das metodologias mais utilizadas para a motivação do eu de cada

indivíduo (CASTRO, 2002).




4.7. MOTIVAÇÃO EXTERNA


        A motivação externa provém de elementos ambientais exógenos que geram

estímulos e interesse para a vida das pessoas, criando causas, motivos, sentidos ou razões

para que o ser humano possa se sentir mais feliz. É bastante trabalhada nas organizações

que valorizam o ser humano como ativo diferencial para a competitividade.

        Conforme Castro (2002), o processo de motivação não é simples e exige um

programa formal com etapas e objetivos a serem alcançados, contemplando:

            •   O diagnostico da situação motivacional atual dos colaboradores da

                empresa;

            •   Um processo de desenvolvimento de mecanismos que elevem a motivação

                das pessoas;
26


            •   A criação de indicadores que possam mensurar fenômenos ligados a

                motivação e que sejam capazes de medir a tangibilidade e a subjetividade

                do assunto em questão.

         Para a consecução de um programa dessa natureza, investimentos são necessários,

tornando-se um problema para a maioria das empresas sem visão e que estão na era do

crescimento da rentabilidade pela redução de custos e, pior ainda, onde os investimentos

em ativos intangíveis são verdadeiros paradigmas.




4. 8. COMPARAÇÃO ENTRE OS MODELOS: MASLOW, HERZBERG E ALDERFER


         De acordo com Bergamini (1997), as semelhanças entre os três modelos são

evidentes, entretanto existem também importantes contrastes.

         Maslow e Alderfer centram-se nas necessidades internas do empregado, enquanto

Herzberg diferencia as condições do cargo que podem ser promovidas para a satisfação de

necessidades.

         As interpretações populares dos modelos de Maslow e Herzberg sugerem que em

sociedades modernas a maioria dos trabalhadores já satisfez suas necessidades mais baixas,

estando mais motivados por necessidades mais altas. Alderfer sugere que o fracasso na

satisfação de necessidades de relacionamento ou de crescimento irá causar interesse

renovado pelas necessidades de existência (Aquino, 1981; Azevedo, 1990; Bergamini,

1997).

         Finalmente, todos os três modelos indicam que antes de um administrador tentar

aplicar uma recompensa, seria útil descobrir qual a necessidade particular do empregado

naquele momento.
27


5. COLETA DE DADOS


         A pesquisa bibliográfica foi realizada com o auxílio de fontes tais como: livros,

monografias, dissertações, dicionário, artigos científicos e artigos eletrônicos que abordam

o tema “motivação” ou assuntos correlatos.

         Utilizou-se, na pesquisa de campo, o questionário que, de acordo com Gil (1999,

apud Colauto e Beuren, 2003), é uma técnica de investigação que permite ao pesquisador

conhecer as opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas e situações vivenciadas

pelas pessoas. Este deve conter um número mais ou menos elevado de questões, que

podem ser abertas ou fechadas.

         O questionário foi elaborado, sendo composto de cinco fatores higiênicos e cinco

fatores motivacionais. Os fatores higiênicos escolhidos são: salário, segurança, condições

de trabalho, política administrativa e relações interpessoais.

         Por sua vez os fatores motivacionais escolhidos são: crescimento, realização,

reconhecimento, responsabilidade e o trabalho em si. O modelo do questionário encontra-

se nos anexos.

         Na realização da coleta dos dados, foi feito, inicialmente, contato com a contadora

que presta seus serviços a uma instituição escolar do município de Feira de Santana,

visando explicar o objetivo da pesquisa, apresentar o questionário e sua aplicação, o qual

prontamente possibilitara o acesso para aplicação do mesmo.

         Assegura-se, ainda, que os resultados da pesquisa, para que tenham valor

científico, reúnam certas características como: coerência, consistência, originalidade e

objetividade, por um lado – as quais constituem os aspectos do critério interno da verdade -

e, por outro, a intersubjetividade, o critério externo, que deve existir no trabalho do

pesquisador que pretende contribuir cientificamente para as ciências humanas.
28


6. ANÁLISES E RESULTADOS


          Visitamos uma instituição de ensino educacional com o qual foi exposto um

questionário a uma funcionaria graduada em Ciências Contábeis, e da seguinte forma

coletamos informações de acordo com visão das Teorias Motivacionais.

          O questionário foi composto por cinco Fatores Higiênicos e cinco Motivacionais.

Os Fatores Higiênicos escolhidos são: Salário, Segurança, Condições de Trabalho, Política

Administrativa e Relações Interpessoais. Por sua vez, os Fatores Motivacionais escolhidos

são: Crescimento, Realização, Reconhecimento, Responsabilidade e o Trabalho em Si.

  FATORES HIGIÊNICOS CONTEMPLADOS NO QUESTIONÁRIO A PARTIR DA TEORIA DOS DOIS
                        FATORES DE FREDERICK HERZBERG
FATORES HIGIÊNICOS                                          DESCRIÇÃO
Segurança                  Envolveram questões como estabilidade financeira da empresa, bem como a
                           estabilidade e instabilidade de emprego.
Condições de Trabalho      Referem-se às condições físicas de trabalho, quantidade de trabalho e os
                           meios disponíveis para realização do mesmo.
Salário                    Compreende o salário, as expectativas de aumentos salariais e todos os
                           benefícios que incrementam o salário.
Relações Interpessoais     Dizem respeito à interação das pessoas, no desempenho de suas tarefas, com
                           os superiores, subordinados e colegas.
Política Administrativa    Refere-se à adequação ou inadequação da organização empresarial e de
                           gestão.
                                                                        Fonte: Herzberg, 1959, p. 44 a 49




FATORES MOTIVACIONAIS CONTEMPLADOS NO QUESTIONÁRIO A PARTIR DA TEORIA
                 DOS DOIS FATORES DE FREDERICK HERZBERG
Crescimento          Capacidade de progredir através de suas habilidades em sua profissão, além
                     da possibilidade de adquirir novas habilidades para obter crescimento
                     profissional.
Realização           Conclusão com êxito de um trabalho, soluções para problemas referentes às
                     suas atividades laborais e sucesso nos seus resultados.
Reconhecimento       Reconhecimento pela realização da tarefa, a fonte pode ser o supervisor, um
                     colega de trabalho, um cliente, o administrador, um contador ou o publico
                     em geral.
Responsabilidade     São abrangidos nesta categoria os fatores de responsabilidade e autoridade
                     atribuídos pelo próprio trabalho.
Trabalho em si        O trabalho em si, o posto do trabalho ou tarefas do trabalho.
                                                                 Fonte: Herzberg, 1959, p. 44 a 49



          Dentre dos resultados buscados na entrevista observa-se, que dentre os fatores

motivacionais, a questão que mais se revelou diz respeito à realização no trabalho.
29


         À medida que o indivíduo passa a satisfazer e a controlar suas necessidades

fisiológicas e de segurança, surgem lenta e gradativamente às necessidades secundárias:

sociais, de estima e de autorrealização. Quando o indivíduo alcança a satisfação das

necessidades sociais, surgem as necessidades de estima, e, somente quando estas são

satisfeitas surgem às necessidades de autorrealização. Isto significa que as necessidades de

estima são complementares às necessidades sociais, enquanto as autorrealização são

complementares quando os níveis mais baixos estão relativamente controlados e

relativamente satisfeitos pelo indivíduo. Nem todos os indivíduos conseguem chegar às

necessidades de autorrealização, ou mesmo ao nível das necessidades de estima. É uma

conquista individual.

         As necessidades mais elevadas percebidas no estudo não somente surgem à

medida que as mais elevadas, não somente surgem à medida que as mais baixas vão sendo

satisfeitas, mas predominam as mais baixas de acordo com a hierarquia das necessidades

traçada por Maslow. O comportamento do indivíduo é influenciado simultaneamente por

um grande número de necessidades concomitantes, porém as necessidades mais elevadas

têm uma ativação predominante em relação às necessidades, mais baixa.

         Na entrevista pode analisar que as necessidades mais baixas requerem um ciclo

motivacional relativamente rápido (comer, dormir, etc.), enquanto as necessidades mais

elevadas requerem um ciclo motivacional extremamente longo. Porém, se alguma

necessidade mais baixa deixar de ser satisfeita durante muito tempo, ela se torna

imperativa, neutralizando o efeito das necessidades mais elevadas. A privação de uma

necessidade mais baixa faz com que as energias do indivíduo se desviem para a luta pela

sua satisfação.

         Salientamos que a motivação é a chave dos resultados alcançados pelo o

entrevistado. Quantas vezes a gente se pergunta por que algumas pessoas vão mais longe,
30


avançam mais rápido e conseguem melhores resultados do que outras? Diferentes pessoas,

vivendo sob as mesmas condições, têm resultados tão variáveis quanto suas digitais. Isso é

no mínimo, muito intrigante, principalmente porque todos desejamos ser as pessoas que

dão certo. Há, sem dúvida, algum tipo de habilidade especial, talento, para a atividade que

se propõe, mas só isso não se explica.

           Não o talento, por si só não justifica os resultados. Talvez seja o esforço acima da

média, diz a entrevistada. Entretanto, aí também encontramos dificuldades em formar um

padrão. Se por um lado os mais bem sucedidos trabalham com muita persistência, e

determinação, por outro lado tem muita gente, suando a camisa que não decola na vida.

Assim, a persistência é um componente, mas não determina a vitória. Se a fórmula "talento

e persistência" não garante os melhores resultados, então o que falta? Educação? Não pode

ser, pois existiram muito semianalfabetos, que revolucionaram a história do mundo.

Einsten por exemplo, foi expulso da escola, após três meses de aula, sob a alegação dos

professores de que ele não possuía capacidade mental para o aprendizado. Justo ele, o

cientista autodidata que mais tarde influenciou a vida de toda a humanidade com sua

"teoria da relatividade". Seria ainda, a inteligência a resposta para quem quer vencer a

partida?

           Diante dos estudos e analise da entrevista, o ser humano pode ser positivo ou

negativo, ter metas, ser seta e não alvo, isto é, correr na frente para obter a vitória, afinal,

quem corre atrás se cansa e não alcança. Assim, o incentivo poderia ser a grande

diferença? O mundo nos dá o incentivo em forma de planos, trabalho, mercado,

oportunidade e família. Porém, o incentivo só é útil, se encontra uma pessoa motivada.

Motivação é a diferença que faz a diferença. É a diferença entre os que dão certo. É a

chave que abre a porta e reúne na mesma pessoa o talento, a persistência, a educação, a

inteligência e o incentivo. E essa "equipe" acaba por dar consistência à construção dos
31


nossos propósitos individuais, transformando nossos sonhos em realidade. Não existe

nenhum truque para vencer. Mais do que qualquer coisa, o que existe é uma atitude

cotidiana (Claret, 1998).

         Cada vez mais vitórias são determinadas por frações de segundos, mas há vitórias

que são dia a dia, determinadas por meses ou anos, quebrando recordes, atingindo e

superando metas, superando obstáculo (Claret, 1998). De um modo geral, as pessoas estão

reclamando de crises, situação difícil, e aguardando que alguma coisa mude para

realizarem seus sonhos. Contudo, a pessoa que temos por modelo, a pessoa positivas, não

espera saber para fazer.

         A entrevistada sabe que inteligente é quem aplica o seu conhecimento. É uma

pessoa em "movimento", que corre para atingir suas metas. É seta e não o alvo, realizando

seus propósitos porque sabe que o sucesso é, acima de tudo, de quem faz. Certo estava o

cantor Geraldo Vandré, da MPB, que dizia em sua música: "Quem sabe faz a hora, não

espera acontecer". Motivação é à base da vitória e a chave que abre as portas do seu futuro,

entrando no novo milênio com garra e persistência, com educação e inteligência, com

incentivo, e acima de tudo, uma sempre disposição em ser uma pessoa positiva, que sabe

que qualidade não começa com "algo", mas começa com "alguém", em todos os níveis, e

isso faz a diferença. Quem tem a informação sabe. Quem tem conhecimento faz. Quem

tem motivação sabe, faz e encanta as pessoas, os clientes com aquilo que faz. Quem tem

uma equipe assim, sabe que ela vale ouro.

         A valorização humana hoje é fator decisivo numa empresa, onde atrás dessa

situação a empresa desenvolve suas atividades alcançando seus objetivos e metas. Partindo

deste pressuposto pode ser analisado que dentro de uma organização a construção de

objetivos e comprometimentos faz com que as pessoas trabalhem melhor quando aceitam e

acreditam nos objetivos e tendem a resistir aos objetivos que são impostos a elas. O
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esclarecimento das prioridades de objetivos como expectativas que fixam como clara e

quais os objetivos que devem ser alcançados e por quê. Logo recompense o alcance de

objetivos. Não deixe passar despercebido o alcance de um objetivo, e recompense pública

e abertamente as pessoas que fizeram um bom desempenho. Faça valer a pena o bom

trabalho para as pessoas.

        Com a teoria da equidade pudemos perceber que todo funcionário faz

comparações, especialmente quando recebe recompensas visíveis e públicas, como

aumentos salariais, promoções, gratificações, elogios, etc. Pode-se prever antecipadamente

as iniquidades negativas, desde que se localize as referencias de comparação. Comunique a

cada individuo a sua avaliação pessoal da recompensa e do desempenho sobre o qual está

você baseada e os pontos de comparação que você considera apropriados. Mostrando a sua

equidade a ele.

        Com o reconhecimento que tanto a entrevistadora comenta em nosso dialogo pode

perceber que a sua satisfação sempre faz realizar seu belo trabalho, logo o efeito

multiplicador é o aumento deste alencado a teoria da expectância, que é a

instrumentalidade e a valência para criar altos níveis de motivação entre os subordinados

através da oferta de certas recompensas pelo trabalho.

        Pode-se salientar que no dialogo a repeito da carga horária da entrevistadora

corresponde a oito horas diárias, se este profissional da área contábil fosse submetido a

uma flexibilização do horário de trabalho é uma maneira de melhorar o desempenho e a

satisfação dos empregados.

        As aplicações das teorias motivacionais para os profissionais da área contábil, esta

em analise com uma contadora de uma instituição de ensino da cidade de Feira de Santana

– Bahia, não se restringe somente a recompensas monetárias, enriquecimento de tarefas,

modificações da semana de trabalho e na modificação de comportamento. Elas vão além
33


dessas medidas. Assim para exercer uma boa motivação é preciso que o gestor deva saber

incentivar a participação ativa das pessoas nos processos decisórios, nomeações em

público para aumentar a visibilidade das pessoas; reconhecimento público do bom

desempenho e do alcance de resultados; estimulo instituição da organização; estimulo à

autorrealização pessoal; atitude positiva dentro da organização. Com todas essa

ferramentas, certamente o gestor poderá ter mais condições de motivar e entusiasmar as

pessoas. Pessoas com garra e vontade de vencer requerem boa dose de motivação




7. CONSIDERAÇÕES FINAIS


        Entender a motivação da funcionária entrevistada é tarefa uma desafiadora para

cientistas comportamentais, psicólogos e administradores. Apesar das diversas teorias e

hipóteses, a motivação, na prática, continua sendo um grande desafio. Tal dificuldade se

deve ao fato de haver divergências de interpretação sobre os fatores que desencadeiam o

comportamento motivacional, já que este decorre de um processo psicológico básico de

relativa complexidade.

        Como as ações do ser humano surgem a partir das necessidades que se originam

em seu interior, e como o nível de motivação varia entre as pessoas e numa mesma pessoa

em sua história de vida, parece não ser possível englobar em um só arcabouço teórico a

explicação para a motivação humana ou, como destaca Bergamini (1997, p.38), “... não

existe uma única teoria que seja capaz de desvendar todas as características próprias da

psicodinâmica motivacional de uma só vez”, pois o ser humano tem suas peculiaridades,

preferências, traços de personalidade e seu processo motivacional.
34


           No estudo foi analisado a teoria de Herzberg (1959) ao qual afirma que os fatores

que influenciam a produção de satisfação profissional são desligados e distintos dos fatores

que levam à insatisfação profissional.

           Exatamente para responder a esta importante indagação elaborou-se e aplicou-se

questionário indagando acerca de variantes higiênicas e motivacionais.com a pesquisa

desenvolvida foi possível identificar os fatores higiênicos e motivacionais existentes na

profissional da área contábil. Assim foi possível verificar até que ponto a contadora está

motivada em seu ambiente de trabalho.

           Apresenta-se neste trabalho as conclusões obtidas nesta pesquisa sobre a

motivação no trabalho, bem como a interferência de cada um dos fatores analisados, sejam

eles motivacionais ou higiênicos.

           Nos fatores higiênicos, quanto à variável Segurança, constata-se que com as

afirmações relacionadas à estabilidade financeira e de emprego. Questionada sobre a

justeza de sua remuneração e adequação ao mercado, discordou sobre a política em seu

ambiente de trabalho a este respeito, demonstrando sua satisfação.

           Assim, segundo Herzberg, como o salário é um fator de manutenção que causa

desmotivação quando não é satisfatório, o autor da teoria nos diz que o desapontamento no

salário possui mais impacto como ato de injustiça do que como uma perda do próprio

salário.

           No tocante à variável política administrativa, foi questionado sobre as normas do

ambiente de trabalho, suas atribuições e a orientação da chefia quanto às dificuldades

técnicas de seu trabalho, a respondente apresentou quase nenhuma insatisfação.

           Já no que concerne às condições de trabalho, indagados sobre as condições

ambientais, isto é, temperatura ambiente, nível de ruído, disposição dos móveis, limpeza,

mobiliário, material de expediente e informatização, a profissional da área contábil
35


respondeu de maneira satisfatória. A propósito, Frederick Herzberg enfatiza que a melhoria

no oferecimento desvantagens destes fatores serve apenas para combater qualquer

empecilho que possa afetar a formação de atitudes positivas em relação ao trabalho; porém,

se estes fatores deterioram-se a um nível abaixo do que é considerado aceitável pelo

trabalhador, em seguida ocorrerá à insatisfação.

         Aspecto interessante percebido nos resultados da presente pesquisa refere-se à

variável relações interpessoais, pois nota-se com clareza que o relacionamento entre os

colegas e os gerentes é adequado.

         Com os fatores motivacionais, no que diz respeito ao quesito crescimento, ou seja,

perguntados sobre oportunidade de crescimento e desenvolvimento no escritório, através

de palestras e cursos de atualização, a pesquisada, em sua expressiva, demonstrou que as

necessidades desta variável estão sendo insatisfeitas, declarando-se desmotivada.

         Já a respeito do quesito realização, felicidade com a conclusão de tarefa

desafiadora e realização no trabalho, conclui-se, com bastante nitidez, confirma sua

satisfação e motivação, a entrevistada.

         Para Herzberg, os que procuram motivação ficam muito satisfeitos com a

realização e possuem sentimentos positivos em relação ao trabalho e à vida em geral. A

realização no trabalho é a melhor recompensa que o trabalhador pode ter, pois dela advém

uma importante fonte de autoestima, que gera satisfação e prazer.

         Quanto ao reconhecimento, elogios por trabalho bem feito e a contribuição do

trabalho para os resultados globais, na instituição de ensino aonde a contadora presta

serviços é apresentado satisfatório.

         O reconhecimento é muito importante para os colaboradores e deve ser enfatizado

pela empresa de diversas maneiras, pois é um ato de justiça, de aprovação, que confirma a

realização bem-sucedida e o valor individual.
36


         No fator responsabilidade, participação e autonomia na tomada de decisões sobre

assuntos referentes ao trabalho, os escritórios apresentaram a menor pontuação. Nesta

variável está deixando a desejar, haja vista na satisfação desta necessidade. Este fator,

como é sabido, desafia o indivíduo, na sua capacidade profissional, relacionando-se

diretamente com a sua autoexpressão. A responsabilidade encoraja a pessoa a abraçar

inteiramente o que está fazendo, puxa à atividade e permite que sinta um maior senso de

vontade, diminuindo o senso de alienação.

         No que se refere ao quesito trabalho em si o conhecimento da importância da

tarefa que realiza e oportunidade e condições de realização de tarefas compatíveis com

interesse e conhecimentos, caracteriza satisfatório e, consequentemente, motivada.

         Se o objetivo for motivar as pessoas para o trabalho, Herzberg sugere a ênfase nos

fatores associados com o trabalho em si ou com os resultados que dele advêm. O trabalho

provido de significado gera, antes de qualquer coisa, vontade para realizá-lo e prazer em

realizá-lo.

         Portanto, destaca-se que a motivação é intrínseca, mas o ambiente favorável para

o seu desenvolvimento pode ser proporcionado pela instituição de ensino em que a

contadora presta serviços, ao investirem, cada vez mais, na capacidade inovadora dos

funcionários e ao propiciarem um ambiente favorável ao pleno desenvolvimento da

criatividade.

         De     acordo   com   Herzberg,    quando   os   colaboradores   assumem     mais

responsabilidades apresentam um nível de comprometimento maior tanto com suas tarefas

quanto com as metas e objetivos da empresa.

         Quando o ambiente de trabalho oferece oportunidades ricas para a satisfação das

necessidades de motivação, seus trabalhadores apresentam hábitos de procura de

motivação.
37


        Em contrapartida, quando o ambiente é pobre em oportunidades motivacionais o

trabalhador torna-se propenso a valorizar os fatores higiênicos, elevando os custos e

diminuindo a qualidade dos serviços prestados.

        Apesar de ser um elemento abstrato no ambiente de trabalho, a motivação dos

empregados é fator fundamental para o sucesso da organização. Deve-se, então, atendê-la,

sob pena de que todo o esforço, quer na atualização tecnológica, quer na busca de novos

clientes, no esforço de modernização de processos produtivos, ou no aumento da

competitividade e da lucratividade do negócio, seja frustrado por um tratamento

inadequado da motivação de seus colaboradores.

        Um elogio do administrador, empresário, etc., para com seu funcionário, de forma

com que ele perceba que o crescimento da corporação é também o seu crescimento, é um

impulso extraordinário para que faça um trabalho de alta qualidade. Empregados

motivados pela competência procuram o domínio do trabalho, o desenvolvimento das

atividades de resolução de problemas e esforçam-se em ser inovadores. Em geral executam

um bom trabalho devido à satisfação interior que sentem ao fazerem isso. As pessoas

motivadas pela competência também esperam um trabalho de alta qualidade daqueles com

quem interagem e podem tornar-se impacientes caso o seu trabalho saia com um nível

inferior. Sua preocupação com a qualidade do trabalho é tão grande que a quantidade da

produção e a importância dos relacionamentos humanos ficam em segundo plano.

        Se uma organização qualquer tiver os objetivos dos trabalhadores diferentes do da

empresa, das duas uma, ou a empresa esta política e organizacionalmente desorganizada e

carente de maiores recursos ou o trabalhador esta desajustado ou infeliz.

        A partir deste estudo espera-se concluir que as questões propostas no objetivo

tenham sido respondidas.
38


8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS


AQUINO, Cléber Pinheiro D. G. Administração de Recursos Humanos: Uma
introdução. São Paulo. Atlas, 1981.

AZEVEDO, Ivayr T. Recursos humanos nas Organizações. In: Executivo. Porto Alegre:
v.1, n.3, 1990.

BERGAMINI, C. W. Psicologia Aplicada à Administração de empresas. 4 ed. São
Paulo: Atlas, 2006.

BERGAMINI, Cecília Whaitaker. Liderança: administração do sentido.1ª ed. Atlas. São
Paulo, 1994.

BERGAMINI, Cecília Whaitaker. Motivação das Organizações. 4ª ed. Atlas. São Paulo,
1997.

CASADO, T. A motivação e o trabalho. In. FLEURY, M.T.L. As pessoas na
organização. São Paulo: Ed. Gente, 2002.

CASTRO, Alfredo Pires de C. Manual de gestão de pessoas e equipes: Estratégias e
tendências. São Paulo: Gente, 2002.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas
organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

CLARET, Martin. A essência da Motivação. Ed. Martin Claret, 1998.

COLAUTTO, Romualdo Douglas; BEUREN, Ilse Maria. Coleta, análise e interpretação
dos dados. In: BEUREN, Ilse Maria. (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em
contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003.

HERZBERG, Frederick; MAUSNER, Bernard; SNYDERMAN, Barbara Bloch. The
motivation to work. 2.ed. New York: John Willey & Sons Inc., 1959.

MASLOW, Abraham H. Motivation and Personality. New York: Longman, 1987.

SOTO, Eduardo. Comportamento organizacional: o impacto das emoções. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2002.
39


MCGREGOR, D. Os aspectos humanos da empresa. Lisboa: Clássica. 1970.

Site: http://www.admtoday.com/wp-content/uploads/2007/08/piramide.gif. Acessado
no dia 12 de Nov. de 2012.

Site:      http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/contador_gerencial.htm.
Acessado no dia 12 de Nov. de 2012.




        ANEXOS
40




                                    PESQUISA DE CAMPO

                EFEITOS DAS TEORIAS MOTIVACIONAIS NOS
                    PROFISSIONAIS DA ÁRÉA CONTÁBIL

O presente questionário e perguntas é um instrumento de coleta que deverá ser utilizado
para avaliar a motivação somente dos contadores que trabalham no escritório de
Contabilidade, na qualidade de funcionário e não de sócio. Todas as informações serão
utilizadas somente para fins de pesquisa. O questionário não é um teste de conhecimento;
não existem respostas certas ou erradas. O anonimato dos respondentes será mantido e
agradecemos sua valiosa colaboração. Assinale com um X a alternativa que melhor reflete
sua realidade em relação a seu trabalho.

N°   Questões                                Concordo    Discordo    Porque?
01   O escritório    possui   estabilidade                           ________________________
     financeira.                                                     ________________________

02   As condições ambientais físicas                                 ________________________
     (temperatura ambiente, nível de                                 ________________________
     ruído, disposição dos móveis,                                   ________________________
     limpeza, mobiliário, material de                                ________________________
     expediente, etc) do local de trabalho                           ________________________
     são boas.
03   O escritório tem investido no seu                               ________________________
     crescimento profissional, através de                            ________________________
     cursos e palestras de atualização.
04   Fico feliz quando concluo uma                                   ________________________
     tarefa desafiadora.                                             ________________________

05   Recebo elogios por um trabalho bem                              ________________________
     feito.                                                          ________________________

06   Tenho oportunidade de crescimento                               ________________________
     e desenvolvimento profissional no                               ________________________
     escritório.
07   Minha remuneração é justa em                                    ________________________
     relação ao trabalho que faço                                    ________________________

08   Tenho participação na tomadas de                                ________________________
     decisões de meu setor.                                          ________________________

09   Posso decidir sobre os assuntos que                             ________________________
     afetam diretamente o meu trabalho.                              ________________________

10   Tenho conhecimento da importância                               ________________________
41


      de cada tarefa que realizo.                                   ________________________

11    Meu chefe informa sobre a                                     ________________________
      contribuição do meu trabalho para os                          ________________________
      resultados do setor.
12    Tenho oportunidades e condições de                            ________________________
      realizar tarefas compatíveis com                              ________________________
      meus conhecimentos e interesses
13    Meu supervisor sabe delegar                                   ________________________
      responsabilidades                                             ________________________

14    Realizo-me no trabalho.                                       ________________________
                                                                    ________________________

15    Os programas de softwear atendem                              ________________________
      as necessidades para a realização do                          ________________________
      trabalho.
16    Minha remuneração está de acordo                              ________________________
      com a praticada no mercado.                                   ________________________

17    Conheço as normas do escritório e                             ________________________
      minhas atribuições, em meu setor,                             ________________________
      estão bem definidas.
18    A chefia entende as dificuldades                              ________________________
      técnicas do meu trabalho e me                                 ________________________
      orienta na sua execução e                                     ________________________
      aprimoramento.
19    Sinto-me tranquilo e seguro quanto a                          ________________________
      minha permanência no escritório.                              ________________________

20    Posso contar com ajuda de colegas                             ________________________
      para    solução   de   problemas                              ________________________
      inesperados.



                                       PERGUNTAS


01 Como é feito o controle de suas tarefas realizadas?

02 Existe trabalho em grupo? Um depende do outro para executar suas funções?

03 Qual a carga horária de trabalho?

04 A valorização humana hoje é fator decisivo numa empresa, onde atrás dessa situação a

empresa desenvolve suas atividades alcançando seus objetivos e metas. No seu ponto de

vista de que forma você visualiza essa valorização na empresa.
42


05 Na condição de membro dessa empresa é necessário que tenha harmonia entre os

funcionários e que cada uma seja reconhecido pelo serviço prestado a entidade?

06 Ao avaliar a rotina de cada colaborador, é possível identificar quando algo não está

satisfazendo, ou seja, quando há uma zona de desconforto entre os funcionários? (por

algum motivo, salário, estrutura)

07 Como funcionário você concorda que a empresa lhe dar o suporte necessário a cerca das

principais necessidades que o trabalhador precisa ter?

08 Na sua opinião, a que se deve o sucesso da empresa?

09 Como você se sente trabalhando nesta empresa?

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  • 1. 1 CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS NÉRIDSON BATISTA NERY PATRÍCIA VALÉRIA DE LIMA FERREIRA ROSANE TEXEIRA DA SILVA EFEITOS DAS TEORIAS MOTIVACIONAIS NOS PROFISSIONAIS DA ÁREA CONTÁBIL FEIRA DE SANTANA 2012
  • 2. 2 NÉRIDSON BATISTA NERY PATRÍCIA VALÉRIA DE LIMA FERREIRA ROSANE TEXEIRA DA SILVA EFEITOS DAS TEORIAS MOTIVACIONAIS NOS PROFISSIONAIS DA ÁREA CONTÁBIL Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis da Faculdade Anísio Teixeira - FAT, para a disciplina: Psicologia. Orientador. Profª. Camila Ferreira Oliveira FEIRA DE SANTANA 2012
  • 3. 3 “Motivação implica fazer aquilo que é muito significativo para mim”. (Frederick Herzberg)
  • 5. 5 1. INTRODUÇÃO "O segredo da existência humana consiste não somente em viver, mas ainda encontrar o motivo para viver". (Dostoievski) A partir dos estudos realizados na disciplina Psicologia, podemos correlacioná-lo ao curso de Ciências Contábeis, buscando entender as suas teorias praticadas ou visíveis aos profissionais da área contábil, relacionamos o termo “teoria” à psicologia, com o qual precisamos entender que este termo não se refere a uma hipótese ou uma idéia, que não apresente uma aplicação práticas ou visíveis. A teoria se reflete a um conjunto de proposições, que vão sendo discutido e/ou afirmado, a fim de ser defendido, busca explicar os fatos e oferecer princípios que possam orientar os funcionários, neste contexto o chefe do Escritório de Contabilidade, na tomada de ações para obtenção da solução de problemas reais ocorridos no dia-a-dia de sua organização. Assim buscamos analisar e compreender a motivação humana nas organizações, isto é uma tarefa desafiadora tanto para cientistas comportamentais, psicólogos e administradores. Apesar da grande quantidade de teorias e hipóteses, a motivação, na prática, continua sendo um grande desafio. Tal dificuldade se deve ao fato de haver divergências de interpretação sobre os fatores que desencadeiam o comportamento motivacional, já que este decorre de um processo psicológico básico de relativa complexidade. Como as ações do ser humano surgem a partir das necessidades que se originam em seu interior, e como o nível de motivação varia entre as pessoas e numa mesma pessoa em sua história de vida, parece não ser possível englobar em um só arcabouço teórico a explicação para a motivação humana ou, como destaca Bergamini (1997, p.38), “... não
  • 6. 6 existe uma única teoria que seja capaz de desvendar todas as características próprias da psicodinâmica motivacional de uma só vez”, pois o ser humano tem suas peculiaridades, preferências, traços de personalidade e seu processo motivacional. O conhecimento atual a respeito da motivação demonstra que essas pressuposições são errôneas (pessoas com pouca motivação como preguiçosas e indolentes). A motivação funciona como o resultado da interação entre o individuo e a situação que o envolve. As ações do ser humano surgem a partir das necessidades que se originam em seu interior, e o nível de motivação varia entre as pessoas e numa mesma pessoa em sua história de vida. A motivação humana tem sido uma das principais preocupações e desafios da gestão organizacional moderna, e várias teorias tentam explicar o sentido desta força misteriosa que leva as pessoas a agirem de forma a alcançar seus objetivos. O que anteriormente era apenas um instrumento da área de recursos humanos, agora passa a fazer parte da estratégia das empresas. Pode salientar que após o evento da revolução industrial e com o próprio desenvolvimento da mesma, surge a necessidade de organizar as empresas, pois era, e, é muito comum inclusive nos tempos atuais, o principal responsável pelas organizações, depararem com problemas e situações que obrigam a definir objetivos; planejar as atividades; obter e organizar recursos (dos mais variados tipos conforme a necessidade); dirigir ou comandar pessoas; apurar e controlar resultados. Tais situações ou problemas são freqüentes em nosso dia-a-dia quer sejam nos Escritórios de Contabilidade ou para os profissionais da área, pois em todos os locais onde convivemos, deparamos com a necessidade de relacionamento e cumprimento de metas e objetivos (profissionais e particulares), portanto estaremos sempre buscando a “melhoria contínua” e obviamente isto resulta na elaboração e implementação de teorias
  • 7. 7 motivacionais que serão sempre embasadas na realidade e nas necessidades ou expectativas do momento, objetivando a obtenção de resultados favoráveis à organização. A Contabilidade hoje é conhecida como uma das principais ferramentas para transformação de fatos do dia a dia das empresas, dando informações que auxiliam os gestores nas tomadas de decisões visando o desenvolvimento das entidades, pois os profissionais da área contábil são considerados imprescindíveis por grandes empresas que integram o mercado financeiro. Sendo uma ciência a Contabilidade depende de profissionais e estudiosos, que interagem sobre todo o processo tecnológico, filtrando as informações de acordo com a necessidade dos administradores em cada momento da gestão empresarial, pois a partir das informações atuais e do passado de uma empresa, é que pode se planejar as estratégias das futuras ações que determinarão o sucesso da tomada de decisão. Podemos ressaltar que a visita a um profissional da área contábil, foi muito produtivas no sentido de nos possibilitar uma visão mais ampla e realista dos efeitos presentes das teorias motivacionais no referente local de trabalho aonde prestas serviços. Assim com a entrevista proposta por nós, podemos reconhecer facilmente nas respostas dadas a relação da Teoria Motivacional ao profissional da área contábil. 2. IDENTIFICAÇÃO DA PROPOSTA DE TRABALHO 2.1. OBJETIVO GERAL Analisar os efeitos das teorias motivacionais nos profissionais da área contábil. 2.2. OBJETIVO ESPECIFICO * Descrever as características existentes nos profissionais da área contábil;
  • 8. 8 * Correlacionar a Teoria Motivacional aos profissionais que prestam serviços contábeis; * Compreender que a Psicologia Organizacional como essencial para qualquer empresa. 2.3 JUSTIFICATIVA O presente trabalho presa os efeitos motivacionais encontrados nos profissionais da área contábil, ressaltando que através da referente pesquisa de campo, vários fundamentos teóricos foram abordados, pois, se tratando da teoria motivacional encontrado nos estudos de psicologia teremos uma visão de como essa teoria é presente. Através da motivação pessoal, da educação formal e do treinamento, um indivíduo pode utilizar todo o seu potencial de forma mais eficiente, tornando-se um profissional de destaque e realizando seus sonhos e ideais pessoais. A motivação dos seres humanos e a qualidade de vida no trabalho apresentam os desafios enfrentados por uma administração moderna a fim de alcançar objetivos que possam satisfazer essas necessidades. A partir do momento em que a preocupação com o bem-estar das pessoas ganha espaço nas organizações, é possível conseguir melhores resultados na busca de um ambiente de trabalho adequado para o desenvolvimento das atividades profissionais. 2.4 METODOLOGIA A presente pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos ocorridos nos profissionais da área contábil, à coleta de dados referentes ao mesmo e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, tem como base uma fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar os efeitos das teorias
  • 9. 9 motivacionais observados nos professionais da contabilidade. Objetivou-se através de dados quantitativos e qualitativos obtidos por intermédio de entrevista, com um profissional registrado ao conselho regional de contabilidade ao qual dentre suas funções realiza trabalhos contábeis a uma instituição escolar do município de Feira de Santana – Bahia. Apresenta facilidade quanto à descrição dos fatores motivacionais, permitindo a análise das variáveis envolvidas. O estudo escolhido como metodologia de pesquisa, nos permite conhecer com maior profundidade a motivação do profissional da área contábil. Os dados primários foram coletados com observações em campo e entrevista semiestruturada com uma contadora que prestas seus serviços a uma instituição escolar. Este trabalho, cujo tema é os efeitos das teorias motivacionais nos profissionais da área contábil, fez examinarmos de maneira minuciosa as teorias motivacionais, ao qual foi observada no dialogo e na entrevista realizada com o profissional da área contábil. No decorrer do trabalho, descobrimos que a contadora realmente apresenta os princípios motivacionais. O trabalho aborda uma análise de como estão presenciadas as teorias motivacionais nos profissionais da área contábil, A motivação dentro de uma organização é essencial, para que possamos sempre manter em equilíbrio tudo que nos faz obter sucesso e vitórias. Se permanecermos com funcionários motivados, podemos ter a absoluta certeza que consequentemente nossos clientes serão reflexos de nossos funcionários, pois estarão adquirindo toda a motivação que temos dentro de nossa empresa. O método de pesquisa utilizado é o exploratório qualitativo, logo os estudos que empregam esta metodologia podem descrever a complexidade do objeto de estudo, o investigador; analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais.
  • 10. 10 3. O PERFIL DO PROFISSIONAL CONTÁBIL Foi-se o tempo do "guarda-livros". As funções meramente burocráticas estão cedendo espaço para profissionais mais arrojados, que desejam aproximar informações e utilidade gerencial. A globalização e a necessidade de inovações constantes levam os empregadores a contratar pessoas pró-ativos, com senso de responsabilidade e capacidade de se manterem atualizadas diante do caos legislativo que se verifica no Brasil. O mercado procura um perfil dinâmico, um profissional que se atualize constantemente e seja um autodidata. A avalanche de informações que o governo exige das empresas é um indicativo que não basta aprimoramento técnico, sendo necessário o contabilista compreender e comunicar-se dentro e fora da organização, visando adaptar tais exigências. Mensalmente, os governos federal, estaduais e municipais despejam nos diários oficiais dezenas de decretos, regulamentos, atos administrativos, instruções normativas, etc. Diante de tal sobrecarga, o contabilista necessita focar situações estratégicas, estar preparado para ser um gerente de informações. Cada vez mais é comum às empresas consultarem os profissionais contábeis sobre composição de seus custos, para formação seu preço de venda, análise de ponto de equilíbrio, alavancagem, análises do balanço e outras situações gerenciais. Mas, preocupado em atender as inúmeras exigências principais e acessórias dos fiscos, o contador às vezes não dispõe de tempo para situações que demandam análises estratégicas, o que o tornaria, de fato, um gestor de informações. Os contabilistas têm tudo para serem extremamente importantes nas organizações, pois, além de suas funções tributárias (o que, por si só, já o remetem a administrar quase 40% do faturamento de uma empresa), poderão trazer para a organização um leque de análises, informações e ideias que podem significar a diferença entre o sucesso e o fracasso empresarial.
  • 11. 11 O profissional contábil que for bem mais além que registrar os atos e fatos administrativos certamente poderá atender essa demanda, tornando-se um contador gerencial. Além de conhecimento legislativo, o contabilista precisa estar atualizado com recursos tecnológicos da computação, e conhecer as normas contábeis, tanto nacionais como internacionais. Novas normas seguirão, exigindo do profissional um perfil cada vez mais autodidata para acompanhar a evolução da Ciência Contábil. O profissional contábil, ainda que seja difícil, pode delegar mais atribuições rotineiras a assistentes enquanto que ele poderia certamente contribuir ativamente com seus conhecimentos contábeis e gerenciais com os novos rumos da organização. É a diferença para que possa projetar-se como um profissional útil e bem remunerado, reconhecido na organização que atua. As questões relacionadas com a área contábil são hoje muito discutidas, devido às novas necessidades profissionais na contabilidade, e assim, os autores de uma forma em geral, vêm apresentando várias abordagens relacionando quais seriam as competências e habilidades que são hoje indispensáveis para esse profissional. Pois conforme citado anteriormente o profissional contábil está inserido em um mercado que proporciona grandes oportunidades, sobretudo, assim como em qualquer outra profissão, competências e habilidades devem ser buscadas e mantidas. Os principais fatores considerados como motivadores para a busca de melhoria no perfil profissional dos profissionais é respectivamente: exigência do mercado, possibilidade de melhor remuneração e possibilidade de ascensão profissional. Um dos objetivos dessa pesquisa era averiguar o fator motivacional para os profissionais da contabilidades alocados em sua prestação de serviços, de um modo geral
  • 12. 12 está no diagnóstico de um planejamento de medidas que possam ir ao encontro das necessidades de quem trabalha, quer no nível de aspirações psicológicas. 4. MOTIVAÇÃO Nesta etapa do trabalho consiste na revisão da literatura, baseada nos conceitos emitidos pelos autores acerca de motivação nas organizações. 4.1. CONCEITO E DEFINIÇÃO DE MOTIVAÇÃO O crescimento da economia e o ritmo imposto pelo mercado exigem, cada vez mais, maior envolvimento e comprometimento dos colaboradores em suas atividades para que a organização atinja a excelência mantendo-se competitiva, quesito este de sobrevivência no atual mundo globalizado, que derruba fronteiras e promove a internacionalização dos negócios. A motivação dos empregados é um dos maiores desafios da gestão de recursos humanos nas organizações, pois essa motivação transforma o ambiente de trabalho, levando as pessoas a desempenharem suas tarefas com eficácia e satisfação, o que é imprescindível à sobrevivência das organizações. Na visão atual, pós Taylorista, as pessoas não são mais vistas como meios de produção, mas sim como indivíduos dotados de habilidades, capacidades, destrezas e conhecimentos necessários para administrar suas próprias tarefas, ou seja, ganhar um papel de fundamental importância nas empresas (CHIAVENATO, 1999). Virtualmente, cada pessoa tem sua própria concepção sobre o que seja a motivação. Todavia, em todas as definições, uma ou mais das seguintes palavras são
  • 13. 13 usualmente encontradas: desejos, aspirações, metas, objetivos, estímulos, impulsos e necessidades. Tecnicamente, o termo motivação pode ser traçado ao latim “movere”, que significa mover, esta acepção evidencia-se na definição de Bernard Berelson & Gary A. Steiner: “Um motivo é um estado interno que da energia, torna ativo ou move (daí motivação) e que dirige ou canaliza o comportamento em direção a objetivos”. Para Maslow (1954), “O homem é um animal que deseja e que raramente alcança um estado de completa satisfação, exceto durante um curto tempo. À medida que satisfaz um desejo sobrevém outro que quer ocupar seu lugar, quando este é satisfeito surge outro ao fundo. É característica do ser humano, em toda sua vida desejar sempre algo”. Soto (2005, p. 118) propõe que: A motivação é a pressão interna surgida de uma necessidade, também interna, que excitando (via eletroquímica) as estruturas nervosas, origina um estado energizador que impulsiona o organismo à atividade iniciando, guiando e mantendo a conduta até que alguma meta (objetivo, incentivo) seja conseguida ou a resposta seja bloqueada. Portanto, a motivação é entendida como uma força que se encontra dentro de cada pessoa e que se origina de uma carência, permanecendo até que essa carência seja saciada. Dentro da mesma linha de pensamento, Bergamini (1997, p.83) assim se exprime: “Entende-se, assim, que a motivação seja um impulso que venha de dentro e que tem, portanto, suas fontes de energia no interior de cada pessoa”. E Casado (2002, p. 248) acrescenta: Motivação é definida como um impulso à ação. Por tratar-se de impulso ou necessidade, é óbvio que é originada basicamente no interior dos indivíduos. Assim sendo, a fala comum “você tem que motivar seus empregados”! perde seu uso prático, pois sugere algo impossível de realizar. Diante deste contexto, vale ressaltar, claro está que a tarefa da administração não é a de motivar as pessoas que trabalham na organização, pois se a motivação é um processo
  • 14. 14 intrínseco, tal ação se torna impossível de ser realizada. Porém, a administração pode e deve criar um ambiente motivador, propiciando a seus colaboradores a busca pela satisfação de suas necessidades. A motivação é algo muito complexo dentro de cada ser humano, porque não pode ser vista, ouvida ou tocada, somente podemos julgar quão motivada está uma pessoa mediante a observação de seu comportamento, levando em consideração que cada pessoa tem suas preferências, traços de personalidade e processos motivacionais distintos. Quando se fala em motivação, há que se falar, antes de tudo, daquilo que esta social e/ou psicologicamente relacionado com o que motiva alguém. Nesse contexto, vários autores procuram discutir tal conteúdo a partir da observação da teoria das relações humanas. Dentre estes autores, destaca-se Chiavenato (1999) com sua abordagem, buscando chegar à identificação das origens e da contextualidade em que tal teoria surgiu, cuja ênfase esta nas pessoas ao invés da estrutura ou das tarefas, para então relacioná-la com a sociologia e psicologia no que diz respeito à influência da sociedade industrial sobre as pessoas. Analisando os estudos de Chiavenato (1999, p.89), o “o primeiro passo para se conhecer a motivação humana é o conhecimento do que ocorre no comportamento das pessoas”. Isso quer dizer que, um organismo pode perder seu equilíbrio em função de uma necessidade, podendo gerar um estado de tensão/ação, insatisfações, desconforto e/ou desequilíbrio. Assim, tal estado pode induzir uma determinada pessoa a desenvolver um comportamento ou ação que a levem a se livrar da tensão ou desconforto. Sendo tal comportamento eficaz, o individuo se satisfará em sua necessidade livrando da tensão ocasionada e encontrando o estado de equilíbrio anterior, ajustando-se ao ambiente. Figura 01: As etapas do ciclo motivacional, envolvendo a satisfação de uma necessidade Fonte: Chiavenato (1999)
  • 15. 15 Como se pode observar, necessidades ou motivos não podem ser estáticos e sim, elementos cujas forças podem encontrar uma dinâmica constante e persistente que provoquem e influenciem o comportamento. Neste processo, o reforço positivo é capaz Equilíbrio Interno Estimulo ou incentivo Necessidade Tensão Comportamento ou ação Satisfação de influenciar o comportamento no sentido de torná-lo mais eficaz e eficiente no controle e na satisfação de necessidades. Ainda de acordo com Chiavenato (1999), as necessidades podem ser satisfeitas, frustradas (quando a satisfação é impedida) ou compensadas (transferidas para outro objeto). FRUSTAÇÃO COMPENSAÇÃO Figura 02: As do ciclo motivacional, com frustração ou Compensação Fonte: Chiavenato (1999) O que Chiavenato (1999) quer dizer é que se trata de contexto temporal e passageiro a satisfação de algumas necessidades, ou seja, a motivação humana é compreendida por um aspecto cíclico, norteada pelas demandas das necessidades. Assim, quando problemas são resolvidos, o comportamento é um processo para tanto. Diversos estudos mostram que quando se fala em motivação, basicamente estamos falando de necessidades humanas e quem mais especificou tal processo foi Maslow, com sua teoria sobre a hierarquização das necessidades humanas, como pode ser analisada mais adiante. Mas em contraposição a essas afirmações, Chiavenato (1999), descreve a teoria comportamental ou teoria behaviorista no ambiente de trabalho neste caso ao do
  • 16. 16 profissional contábil como o elemento que trouxe uma nova condução para a explicação da motivação humana, com aplicação na contabilidade, estabelecendo uma abordagem científica da ciência do comportamento humano, todavia, o ser humano permanece no centro das atenções, tomando o contexto organizacional com maior ênfase. Assim como fundamento dessa teoria, os behavioristas afirmam que o administrador (ou contabilista) precisa ser profundo conhecedor das necessidades humanas no intuito de melhor compreender o comportamento humano, a fim de utilizar, de forma o equilíbrio interno, estimulo ou incentivo necessidade tensão barreira outro comportamento derivativo, a motivação para imprimir uma melhor qualidade de vida nas organizações. Pode-se salientar que diante de tantos estudos acerca da psicologia organizacional são analisadas várias teorias acerca da motivação humana, nesse sentido Douglas McGregor desenvolveu as teorias X, Y, as quais comparam dois tipos de antagônicos de se administrar, um tradicional, mecanicista e pragmático e outro baseado no comportamento humano. De acordo com McGregor (1970), a teoria X baseia-se no contexto das decisões ou ações do dirigente com suas convicções a respeito do comportamento humano. Deste modo, a teoria X está embasada em três fundamentos: 1. O ser humano não gosta intrinsecamente de trabalhar; 2. As pessoas precisam ser coagidas, vigiadas e ameaçadas, a fim de que trabalhem em prol dos objetivos da organização; 3. O ser humano prefere ser dirigido, evita responsabilidades. Num contexto geral, esta teoria parte do princípio da mediocridade humana avessa ao trabalho. McGregor (1970) destaca que a motivação deste tipo de ser humano está deveras comprometida e que meros oferecimentos de recompensas não são suficientes para
  • 17. 17 alterar o estado de animosidade deste indivíduo, ao passo que ameaças de castigos são mais eficientes. Já a teoria Y é representada por premissas elaboradas sem preconceitos a respeito da natureza humana. McGregor (1970) descreve as características pelas quais esta teoria foi estruturada, a saber: 1. O ser humano não sente aversão inerente ao trabalho; 2. Dadas as condições, o homem praticara a auto orientação e o autocontrole ao serviço dos objetivos empenhados; 3. O empenho em alcançar objetivos está diretamente relacionado às recompensas atribuídas ao êxito das tarefas; 4. O ser humano aceita e procura responsabilidades; 5. As potencialidades intelectuais do ser humano podem ser melhores aproveitadas. Assim como se pode perceber, esta teoria abrange um estilo de administração que implica a participação e está completamente firmada nos valores humanos e sociais. Já a teoria X trabalha com a imposição e coerção das pessoas em função de sua atuação profissional, ou seja, controles externos impostos às pessoas, com a finalidade de manipular e direcionar o comportamento individual em relação à tarefa desenvolvida, a fim de se alcançar um resultado que lhe comprove (Chiavenato, 1999). O ser humano, no geral, está disposto ao trabalho, à liderança, então, constitui-se como elemento de fundamental importância no contexto organizacional, isso porque a formação das empresas passa por um processo de aglutinação de pessoas, grupos de indivíduos que necessitam de organização e coordenação no direcionamento de seus potenciais e esforços individuais, em prol das metas e objetivos da organização (Bergamini, 2006).
  • 18. 18 4.2. MASLOW: TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES Nessa teoria Maslow, relatou que todo individuo para conseguir a sua motivação precisa primeiramente satisfazer suas necessidades seguindo essa ordem, primeiramente as necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades de status e autoestima e por ultimo de autorrealização. A hierarquia das necessidades de Maslow é reproduzida na figura seguinte: Figura 1: A hierarquia das necessidades de Maslow Fonte: http://www.admtoday.com/wp-content/uploads/2007/08/piramide.gif O autor referido assim descreve: • Necessidades fisiológicas : ar, comida, repouso, abrigo; • Necessidades de segurança: proteção contra o perigo ou privação; • Necessidades sociais: amizade, inclusão em grupos; • Necessidades de estima: reputação, reconhecimento, autorrespeito, amor; • Necessidades de autorrealização: realização do potencial, utilização plena dos alentos individuais, etc.
  • 19. 19 A maior parte das pessoas nas sociedades com elevado padrão de vida tem suas necessidades primárias (fisiológicas e de segurança) regularmente satisfeitas sem muito esforço e sem muito motivacional. Neste caso, passam a predominar as necessidades secundárias (sociais, de estima e de autorrealização). Contudo à medida que se desce aos níveis socioeconômicos mais baixos, as necessidades primárias, por não serem regulares ou totalmente satisfeitas, passam a predominar no comportamento das pessoas, como objetivos básicos que orientam as suas ações. Assim, o indivíduo que tem fome procura algo para comer e o que se sente ameaçado busca segurança. Uma necessidade satisfeita não é motivadora de comportamento. Apenas as necessidades não satisfeitas influenciam o comportamento, dirigindo-o para objetivos individuais. O indivíduo nasce com certa bagagem de necessidades fisiológicas, que são necessidades inatas ou hereditárias. De início, seu comportamento é exclusivamente voltado para a satisfação dessas necessidades, como fome, sede, ciclo sono – ativado, sexo, etc. A partir de certa idade, o indivíduo ingressa em uma longa trajetória de aprendizagem de novos padrões de necessidades. Surgem as necessidades de segurança, voltadas para a proteção contra o perigo, ameaças ou privação. As necessidades de segurança, bem como as fisiológicas, constituem as necessidades primárias do indivíduo, voltadas para sua conservação pessoal. S 4.2.1. NECESSIDADES FISIOLÓGICAS
  • 20. 20 Segundo Maslow, homem é um animal dotado de necessidades assim que uma de suas necessidades é satisfeita, surge outra em seu lugar. Esse processo não tem fim: é contínuo, desde o nascimento até a morte. As necessidades do homem estão organizadas numa série de níveis, ou numa hierarquia de valor. No nível mais baixo, mas de grande importância quando não satisfeitas, estão às necessidades fisiológicas. O homem só busca o pão quando não há pão. A menos que as circunstâncias sejam especiais, suas necessidades de amor, ‘status’ e reconhecimento são inoperantes quando seu estômago está vazio há um certo tempo. Mas quando ele come regularmente e de maneira adequada, a fome cessa de ser motivação importante. O mesmo ocorre em relação às outras necessidades fisiológicas do homem: de descanso, exercício, abrigo, proteção contra intempéries, etc. A necessidade satisfeita não motiva comportamento. Esse é um fato de profunda significação comumente ignorado pelo conceito tradicional de administração. Consideremos a necessidade de ar. O ar não causa efeitos importantes de motivação sobre nosso comportamento a não ser quando ficamos privados dele. 4.2.2. NECESSIDADES DE SEGURANÇA Quando as necessidades fisiológicas estão razoavelmente satisfeitas, as necessidades localizadas no nível imediatamente superior começam a dominar o comportamento do homem; começam a motivá-lo. Essas são as chamadas necessidades de segurança. São necessidades de proteção contra o perigo, a ameaça, a privação. Algumas pessoas erroneamente se referem a elas como necessidade de proteção. Entretanto, a menos que a pessoa esteja numa relação de dependência em que há uma privação arbitrária, ela não procura proteção.
  • 21. 21 Há necessidade de ter oportunidade mais justa possível. Quando a pessoa confia nessa oportunidade, está mais do que disposta a correr riscos. Mas quando se sente ameaçada ou dependente, sua necessidade é de garantia de proteção. Não é preciso frisar que as necessidades de segurança podem ter grande importância na empresa, pois é claro que todo empregado industrial está em relação de dependência. Ações administrativas arbitrárias, comportamentos que provoquem incerteza no empregado com respeito à sua permanência no emprego, ou que reflitam favoritismo ou discriminação, bem como política administrativa imprevisível, podem ser poderosos motivadores de necessidade de segurança nas relações de emprego em todos os níveis, do operário ao vice-presidente. 4.2.3. NECESSIDADES DE RELACIONAMENTO Quando as necessidades fisiológicas do homem estão satisfeitas e ele não está mais temeroso a respeito do seu bem-estar físico, suas necessidades sociais tornam-se importante fator de motivação de seu comportamento; necessidades de participação, de associação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade e afeto vêm à tona. Na verdade, é na atuação do trabalho contábil que percebemos a sabe da existência dessas necessidades, mas, erroneamente, acha que elas representam certa ameaça à organização. Entretanto, a contabilidade, temendo a hostilidade grupal aos seus objetivos, muitas vezes procura, com afinco, controlar e dirigir os esforços humanos em sentidos incompatíveis com a sociabilidade e a tendência grupal dos seres humanos. Quando as necessidades sociais do homem são assim contrariadas e, talvez, também suas necessidades de segurança, ela comporta-se de maneira a impedir que sejam atingidos os objetivos da
  • 22. 22 organização. Torna-se resistente, antagônico hostil. Mas esse comportamento é consequência e não causa. 4.2.4. NECESSIDADES DE STATUS E ESTIMA Acima das necessidades sociais aquelas que não motivam até que necessidades de nível mais baixo estejam razoavelmente satisfeitas estão outras da maior importância para a contabilidade e para o próprio homem. São as necessidades do ego, as quais pertencem às duas classes: • Necessidades relacionadas com o amor-próprio: autoconfiança, realização, competência, conhecimento, independência. • Necessidades relacionadas com a própria reputação: “status”, reconhecimento, aprovação, respeito. Diversamente do que ocorre com as de nível mais baixo, essas necessidades são raramente satisfeitas: o homem procura indefinidamente mais satisfação dessas necessidades, assim que se tornam importantes para ele. Mas elas não surgem de maneira significativa até que as necessidades fisiológicas, sociais e de segurança estejam razoavelmente satisfeitas. A organização industrial típica oferece poucas oportunidades de satisfação dessas necessidades egoístas para as pessoas colocadas nos níveis mais baixos da hierarquia. Os métodos convencionais de organizar o trabalho, particularmente nas indústrias de produção em massa, dão pouca consideração a esses aspectos da motivação. Se as práticas da administração científica fossem preparadas com o fito específico de oposição a essas necessidades, dificilmente poderiam atingir esse propósito melhor do que o fazem.
  • 23. 23 4.2.5. NECESSIDADES DE AUTORREALIZAÇÃO Finalmente na hierarquia das necessidades humanas há o que podemos chamar de necessidades de autorrealização. Essas são as necessidades de cada um realizar o seu próprio potencial, de estar em contínuo autodesenvolvimento, de ser criador no sentido mais alto do termo. Está claro que as condições da vida moderna dão apenas oportunidades limitadas para que essas necessidades, relativamente fracas, obtenham expressão. A privação que a maioria das pessoas experimente com respeito a necessidades de nível inferior desvia suas energias para a luta pela satisfação daquelas necessidades. “Assim, as necessidades de autorrealização permanecem inativas.” 4.3. FREDERICH HERZBERG – TEORIA DOS FATORES HIGIÊNICOS E OS MOTIVACIONAIS Segundo Herzberg, existem dois fatores que explicam o comportamento das pessoas no trabalho: os higiênicos e os motivacionais. Fatores higiênicos localizam-se no ambiente de trabalho. São extrínsecos às pessoas. Nessa categoria estão elencados: salário, benefícios sociais, condições físicas de trabalho, modelo de gestão, relacionamento com os colegas. Os fatores higiênicos se presentes, deixam de causar insatisfação às pessoas, mas não chegam a causar satisfação. Fatores motivacionais são intrínsecos. Dizem respeito aos sentimentos de autorrealização e reconhecimento. Se presentes, causam satisfação. Se ausentes, deixam de causar satisfação, mas não chegam a causar insatisfação.
  • 24. 24 4.4. DAVID MCCLELLAND: TEORIA DAS TRÊS NECESSIDADES McClelland tomou como base as mesmas questões que Maslow. E identificou três necessidades: poder, afiliação e realização. Ele argumenta que não nascemos com tais necessidades como diz Maslow, elas são adquiridas socialmente. Pode se refere a relações com pessoas, status. Afiliação se refere a afeto e realização à autoestima e autorrealização. 4.5. TEORIA DA EXPECTATIVA E TEORIA DA EQUIDADE A teoria da expectativa relaciona desempenho com recompensa, acredita que se fizer algo será reconhecido se perceber que isso não vai ocorrer deixar de fazer determinada tarefa. A teoria da equidade só causa motivação se o funcionário perceber que está havendo senso de justiça em seu ambiente de trabalho, ou seja, todos que trabalham igualmente são recompensados iguais. Já se houver favoritismo os funcionários não sentirão motivados 4.6. MOTIVAÇÃO INTERNA “o processo de motivação interna é individual e busca o ponto de equilíbrio entre a maximização do prazer e a minimização do desprazer, sendo gerenciado pela mente humana de forma complexa, envolvendo conexões entre o consciente e o inconsciente”. (Castro 2002, p. 86).
  • 25. 25 Figura 1 – Esquema de motivação Fonte: Castro, 2002 Isso não significa que o ser humano não possa ser motivado. Muito pelo contrário, até os elos emocionais inconscientes podem ser trabalhados nos indivíduos para que a auto-estima seja maximizada, fazendo com que as pessoas gerem ações cada vez mais motivadoras. Há vários caminhos para que isso ocorra, dos quais se destaca a motivação externa como sendo uma das metodologias mais utilizadas para a motivação do eu de cada indivíduo (CASTRO, 2002). 4.7. MOTIVAÇÃO EXTERNA A motivação externa provém de elementos ambientais exógenos que geram estímulos e interesse para a vida das pessoas, criando causas, motivos, sentidos ou razões para que o ser humano possa se sentir mais feliz. É bastante trabalhada nas organizações que valorizam o ser humano como ativo diferencial para a competitividade. Conforme Castro (2002), o processo de motivação não é simples e exige um programa formal com etapas e objetivos a serem alcançados, contemplando: • O diagnostico da situação motivacional atual dos colaboradores da empresa; • Um processo de desenvolvimento de mecanismos que elevem a motivação das pessoas;
  • 26. 26 • A criação de indicadores que possam mensurar fenômenos ligados a motivação e que sejam capazes de medir a tangibilidade e a subjetividade do assunto em questão. Para a consecução de um programa dessa natureza, investimentos são necessários, tornando-se um problema para a maioria das empresas sem visão e que estão na era do crescimento da rentabilidade pela redução de custos e, pior ainda, onde os investimentos em ativos intangíveis são verdadeiros paradigmas. 4. 8. COMPARAÇÃO ENTRE OS MODELOS: MASLOW, HERZBERG E ALDERFER De acordo com Bergamini (1997), as semelhanças entre os três modelos são evidentes, entretanto existem também importantes contrastes. Maslow e Alderfer centram-se nas necessidades internas do empregado, enquanto Herzberg diferencia as condições do cargo que podem ser promovidas para a satisfação de necessidades. As interpretações populares dos modelos de Maslow e Herzberg sugerem que em sociedades modernas a maioria dos trabalhadores já satisfez suas necessidades mais baixas, estando mais motivados por necessidades mais altas. Alderfer sugere que o fracasso na satisfação de necessidades de relacionamento ou de crescimento irá causar interesse renovado pelas necessidades de existência (Aquino, 1981; Azevedo, 1990; Bergamini, 1997). Finalmente, todos os três modelos indicam que antes de um administrador tentar aplicar uma recompensa, seria útil descobrir qual a necessidade particular do empregado naquele momento.
  • 27. 27 5. COLETA DE DADOS A pesquisa bibliográfica foi realizada com o auxílio de fontes tais como: livros, monografias, dissertações, dicionário, artigos científicos e artigos eletrônicos que abordam o tema “motivação” ou assuntos correlatos. Utilizou-se, na pesquisa de campo, o questionário que, de acordo com Gil (1999, apud Colauto e Beuren, 2003), é uma técnica de investigação que permite ao pesquisador conhecer as opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas e situações vivenciadas pelas pessoas. Este deve conter um número mais ou menos elevado de questões, que podem ser abertas ou fechadas. O questionário foi elaborado, sendo composto de cinco fatores higiênicos e cinco fatores motivacionais. Os fatores higiênicos escolhidos são: salário, segurança, condições de trabalho, política administrativa e relações interpessoais. Por sua vez os fatores motivacionais escolhidos são: crescimento, realização, reconhecimento, responsabilidade e o trabalho em si. O modelo do questionário encontra- se nos anexos. Na realização da coleta dos dados, foi feito, inicialmente, contato com a contadora que presta seus serviços a uma instituição escolar do município de Feira de Santana, visando explicar o objetivo da pesquisa, apresentar o questionário e sua aplicação, o qual prontamente possibilitara o acesso para aplicação do mesmo. Assegura-se, ainda, que os resultados da pesquisa, para que tenham valor científico, reúnam certas características como: coerência, consistência, originalidade e objetividade, por um lado – as quais constituem os aspectos do critério interno da verdade - e, por outro, a intersubjetividade, o critério externo, que deve existir no trabalho do pesquisador que pretende contribuir cientificamente para as ciências humanas.
  • 28. 28 6. ANÁLISES E RESULTADOS Visitamos uma instituição de ensino educacional com o qual foi exposto um questionário a uma funcionaria graduada em Ciências Contábeis, e da seguinte forma coletamos informações de acordo com visão das Teorias Motivacionais. O questionário foi composto por cinco Fatores Higiênicos e cinco Motivacionais. Os Fatores Higiênicos escolhidos são: Salário, Segurança, Condições de Trabalho, Política Administrativa e Relações Interpessoais. Por sua vez, os Fatores Motivacionais escolhidos são: Crescimento, Realização, Reconhecimento, Responsabilidade e o Trabalho em Si. FATORES HIGIÊNICOS CONTEMPLADOS NO QUESTIONÁRIO A PARTIR DA TEORIA DOS DOIS FATORES DE FREDERICK HERZBERG FATORES HIGIÊNICOS DESCRIÇÃO Segurança Envolveram questões como estabilidade financeira da empresa, bem como a estabilidade e instabilidade de emprego. Condições de Trabalho Referem-se às condições físicas de trabalho, quantidade de trabalho e os meios disponíveis para realização do mesmo. Salário Compreende o salário, as expectativas de aumentos salariais e todos os benefícios que incrementam o salário. Relações Interpessoais Dizem respeito à interação das pessoas, no desempenho de suas tarefas, com os superiores, subordinados e colegas. Política Administrativa Refere-se à adequação ou inadequação da organização empresarial e de gestão. Fonte: Herzberg, 1959, p. 44 a 49 FATORES MOTIVACIONAIS CONTEMPLADOS NO QUESTIONÁRIO A PARTIR DA TEORIA DOS DOIS FATORES DE FREDERICK HERZBERG Crescimento Capacidade de progredir através de suas habilidades em sua profissão, além da possibilidade de adquirir novas habilidades para obter crescimento profissional. Realização Conclusão com êxito de um trabalho, soluções para problemas referentes às suas atividades laborais e sucesso nos seus resultados. Reconhecimento Reconhecimento pela realização da tarefa, a fonte pode ser o supervisor, um colega de trabalho, um cliente, o administrador, um contador ou o publico em geral. Responsabilidade São abrangidos nesta categoria os fatores de responsabilidade e autoridade atribuídos pelo próprio trabalho. Trabalho em si O trabalho em si, o posto do trabalho ou tarefas do trabalho. Fonte: Herzberg, 1959, p. 44 a 49 Dentre dos resultados buscados na entrevista observa-se, que dentre os fatores motivacionais, a questão que mais se revelou diz respeito à realização no trabalho.
  • 29. 29 À medida que o indivíduo passa a satisfazer e a controlar suas necessidades fisiológicas e de segurança, surgem lenta e gradativamente às necessidades secundárias: sociais, de estima e de autorrealização. Quando o indivíduo alcança a satisfação das necessidades sociais, surgem as necessidades de estima, e, somente quando estas são satisfeitas surgem às necessidades de autorrealização. Isto significa que as necessidades de estima são complementares às necessidades sociais, enquanto as autorrealização são complementares quando os níveis mais baixos estão relativamente controlados e relativamente satisfeitos pelo indivíduo. Nem todos os indivíduos conseguem chegar às necessidades de autorrealização, ou mesmo ao nível das necessidades de estima. É uma conquista individual. As necessidades mais elevadas percebidas no estudo não somente surgem à medida que as mais elevadas, não somente surgem à medida que as mais baixas vão sendo satisfeitas, mas predominam as mais baixas de acordo com a hierarquia das necessidades traçada por Maslow. O comportamento do indivíduo é influenciado simultaneamente por um grande número de necessidades concomitantes, porém as necessidades mais elevadas têm uma ativação predominante em relação às necessidades, mais baixa. Na entrevista pode analisar que as necessidades mais baixas requerem um ciclo motivacional relativamente rápido (comer, dormir, etc.), enquanto as necessidades mais elevadas requerem um ciclo motivacional extremamente longo. Porém, se alguma necessidade mais baixa deixar de ser satisfeita durante muito tempo, ela se torna imperativa, neutralizando o efeito das necessidades mais elevadas. A privação de uma necessidade mais baixa faz com que as energias do indivíduo se desviem para a luta pela sua satisfação. Salientamos que a motivação é a chave dos resultados alcançados pelo o entrevistado. Quantas vezes a gente se pergunta por que algumas pessoas vão mais longe,
  • 30. 30 avançam mais rápido e conseguem melhores resultados do que outras? Diferentes pessoas, vivendo sob as mesmas condições, têm resultados tão variáveis quanto suas digitais. Isso é no mínimo, muito intrigante, principalmente porque todos desejamos ser as pessoas que dão certo. Há, sem dúvida, algum tipo de habilidade especial, talento, para a atividade que se propõe, mas só isso não se explica. Não o talento, por si só não justifica os resultados. Talvez seja o esforço acima da média, diz a entrevistada. Entretanto, aí também encontramos dificuldades em formar um padrão. Se por um lado os mais bem sucedidos trabalham com muita persistência, e determinação, por outro lado tem muita gente, suando a camisa que não decola na vida. Assim, a persistência é um componente, mas não determina a vitória. Se a fórmula "talento e persistência" não garante os melhores resultados, então o que falta? Educação? Não pode ser, pois existiram muito semianalfabetos, que revolucionaram a história do mundo. Einsten por exemplo, foi expulso da escola, após três meses de aula, sob a alegação dos professores de que ele não possuía capacidade mental para o aprendizado. Justo ele, o cientista autodidata que mais tarde influenciou a vida de toda a humanidade com sua "teoria da relatividade". Seria ainda, a inteligência a resposta para quem quer vencer a partida? Diante dos estudos e analise da entrevista, o ser humano pode ser positivo ou negativo, ter metas, ser seta e não alvo, isto é, correr na frente para obter a vitória, afinal, quem corre atrás se cansa e não alcança. Assim, o incentivo poderia ser a grande diferença? O mundo nos dá o incentivo em forma de planos, trabalho, mercado, oportunidade e família. Porém, o incentivo só é útil, se encontra uma pessoa motivada. Motivação é a diferença que faz a diferença. É a diferença entre os que dão certo. É a chave que abre a porta e reúne na mesma pessoa o talento, a persistência, a educação, a inteligência e o incentivo. E essa "equipe" acaba por dar consistência à construção dos
  • 31. 31 nossos propósitos individuais, transformando nossos sonhos em realidade. Não existe nenhum truque para vencer. Mais do que qualquer coisa, o que existe é uma atitude cotidiana (Claret, 1998). Cada vez mais vitórias são determinadas por frações de segundos, mas há vitórias que são dia a dia, determinadas por meses ou anos, quebrando recordes, atingindo e superando metas, superando obstáculo (Claret, 1998). De um modo geral, as pessoas estão reclamando de crises, situação difícil, e aguardando que alguma coisa mude para realizarem seus sonhos. Contudo, a pessoa que temos por modelo, a pessoa positivas, não espera saber para fazer. A entrevistada sabe que inteligente é quem aplica o seu conhecimento. É uma pessoa em "movimento", que corre para atingir suas metas. É seta e não o alvo, realizando seus propósitos porque sabe que o sucesso é, acima de tudo, de quem faz. Certo estava o cantor Geraldo Vandré, da MPB, que dizia em sua música: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer". Motivação é à base da vitória e a chave que abre as portas do seu futuro, entrando no novo milênio com garra e persistência, com educação e inteligência, com incentivo, e acima de tudo, uma sempre disposição em ser uma pessoa positiva, que sabe que qualidade não começa com "algo", mas começa com "alguém", em todos os níveis, e isso faz a diferença. Quem tem a informação sabe. Quem tem conhecimento faz. Quem tem motivação sabe, faz e encanta as pessoas, os clientes com aquilo que faz. Quem tem uma equipe assim, sabe que ela vale ouro. A valorização humana hoje é fator decisivo numa empresa, onde atrás dessa situação a empresa desenvolve suas atividades alcançando seus objetivos e metas. Partindo deste pressuposto pode ser analisado que dentro de uma organização a construção de objetivos e comprometimentos faz com que as pessoas trabalhem melhor quando aceitam e acreditam nos objetivos e tendem a resistir aos objetivos que são impostos a elas. O
  • 32. 32 esclarecimento das prioridades de objetivos como expectativas que fixam como clara e quais os objetivos que devem ser alcançados e por quê. Logo recompense o alcance de objetivos. Não deixe passar despercebido o alcance de um objetivo, e recompense pública e abertamente as pessoas que fizeram um bom desempenho. Faça valer a pena o bom trabalho para as pessoas. Com a teoria da equidade pudemos perceber que todo funcionário faz comparações, especialmente quando recebe recompensas visíveis e públicas, como aumentos salariais, promoções, gratificações, elogios, etc. Pode-se prever antecipadamente as iniquidades negativas, desde que se localize as referencias de comparação. Comunique a cada individuo a sua avaliação pessoal da recompensa e do desempenho sobre o qual está você baseada e os pontos de comparação que você considera apropriados. Mostrando a sua equidade a ele. Com o reconhecimento que tanto a entrevistadora comenta em nosso dialogo pode perceber que a sua satisfação sempre faz realizar seu belo trabalho, logo o efeito multiplicador é o aumento deste alencado a teoria da expectância, que é a instrumentalidade e a valência para criar altos níveis de motivação entre os subordinados através da oferta de certas recompensas pelo trabalho. Pode-se salientar que no dialogo a repeito da carga horária da entrevistadora corresponde a oito horas diárias, se este profissional da área contábil fosse submetido a uma flexibilização do horário de trabalho é uma maneira de melhorar o desempenho e a satisfação dos empregados. As aplicações das teorias motivacionais para os profissionais da área contábil, esta em analise com uma contadora de uma instituição de ensino da cidade de Feira de Santana – Bahia, não se restringe somente a recompensas monetárias, enriquecimento de tarefas, modificações da semana de trabalho e na modificação de comportamento. Elas vão além
  • 33. 33 dessas medidas. Assim para exercer uma boa motivação é preciso que o gestor deva saber incentivar a participação ativa das pessoas nos processos decisórios, nomeações em público para aumentar a visibilidade das pessoas; reconhecimento público do bom desempenho e do alcance de resultados; estimulo instituição da organização; estimulo à autorrealização pessoal; atitude positiva dentro da organização. Com todas essa ferramentas, certamente o gestor poderá ter mais condições de motivar e entusiasmar as pessoas. Pessoas com garra e vontade de vencer requerem boa dose de motivação 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Entender a motivação da funcionária entrevistada é tarefa uma desafiadora para cientistas comportamentais, psicólogos e administradores. Apesar das diversas teorias e hipóteses, a motivação, na prática, continua sendo um grande desafio. Tal dificuldade se deve ao fato de haver divergências de interpretação sobre os fatores que desencadeiam o comportamento motivacional, já que este decorre de um processo psicológico básico de relativa complexidade. Como as ações do ser humano surgem a partir das necessidades que se originam em seu interior, e como o nível de motivação varia entre as pessoas e numa mesma pessoa em sua história de vida, parece não ser possível englobar em um só arcabouço teórico a explicação para a motivação humana ou, como destaca Bergamini (1997, p.38), “... não existe uma única teoria que seja capaz de desvendar todas as características próprias da psicodinâmica motivacional de uma só vez”, pois o ser humano tem suas peculiaridades, preferências, traços de personalidade e seu processo motivacional.
  • 34. 34 No estudo foi analisado a teoria de Herzberg (1959) ao qual afirma que os fatores que influenciam a produção de satisfação profissional são desligados e distintos dos fatores que levam à insatisfação profissional. Exatamente para responder a esta importante indagação elaborou-se e aplicou-se questionário indagando acerca de variantes higiênicas e motivacionais.com a pesquisa desenvolvida foi possível identificar os fatores higiênicos e motivacionais existentes na profissional da área contábil. Assim foi possível verificar até que ponto a contadora está motivada em seu ambiente de trabalho. Apresenta-se neste trabalho as conclusões obtidas nesta pesquisa sobre a motivação no trabalho, bem como a interferência de cada um dos fatores analisados, sejam eles motivacionais ou higiênicos. Nos fatores higiênicos, quanto à variável Segurança, constata-se que com as afirmações relacionadas à estabilidade financeira e de emprego. Questionada sobre a justeza de sua remuneração e adequação ao mercado, discordou sobre a política em seu ambiente de trabalho a este respeito, demonstrando sua satisfação. Assim, segundo Herzberg, como o salário é um fator de manutenção que causa desmotivação quando não é satisfatório, o autor da teoria nos diz que o desapontamento no salário possui mais impacto como ato de injustiça do que como uma perda do próprio salário. No tocante à variável política administrativa, foi questionado sobre as normas do ambiente de trabalho, suas atribuições e a orientação da chefia quanto às dificuldades técnicas de seu trabalho, a respondente apresentou quase nenhuma insatisfação. Já no que concerne às condições de trabalho, indagados sobre as condições ambientais, isto é, temperatura ambiente, nível de ruído, disposição dos móveis, limpeza, mobiliário, material de expediente e informatização, a profissional da área contábil
  • 35. 35 respondeu de maneira satisfatória. A propósito, Frederick Herzberg enfatiza que a melhoria no oferecimento desvantagens destes fatores serve apenas para combater qualquer empecilho que possa afetar a formação de atitudes positivas em relação ao trabalho; porém, se estes fatores deterioram-se a um nível abaixo do que é considerado aceitável pelo trabalhador, em seguida ocorrerá à insatisfação. Aspecto interessante percebido nos resultados da presente pesquisa refere-se à variável relações interpessoais, pois nota-se com clareza que o relacionamento entre os colegas e os gerentes é adequado. Com os fatores motivacionais, no que diz respeito ao quesito crescimento, ou seja, perguntados sobre oportunidade de crescimento e desenvolvimento no escritório, através de palestras e cursos de atualização, a pesquisada, em sua expressiva, demonstrou que as necessidades desta variável estão sendo insatisfeitas, declarando-se desmotivada. Já a respeito do quesito realização, felicidade com a conclusão de tarefa desafiadora e realização no trabalho, conclui-se, com bastante nitidez, confirma sua satisfação e motivação, a entrevistada. Para Herzberg, os que procuram motivação ficam muito satisfeitos com a realização e possuem sentimentos positivos em relação ao trabalho e à vida em geral. A realização no trabalho é a melhor recompensa que o trabalhador pode ter, pois dela advém uma importante fonte de autoestima, que gera satisfação e prazer. Quanto ao reconhecimento, elogios por trabalho bem feito e a contribuição do trabalho para os resultados globais, na instituição de ensino aonde a contadora presta serviços é apresentado satisfatório. O reconhecimento é muito importante para os colaboradores e deve ser enfatizado pela empresa de diversas maneiras, pois é um ato de justiça, de aprovação, que confirma a realização bem-sucedida e o valor individual.
  • 36. 36 No fator responsabilidade, participação e autonomia na tomada de decisões sobre assuntos referentes ao trabalho, os escritórios apresentaram a menor pontuação. Nesta variável está deixando a desejar, haja vista na satisfação desta necessidade. Este fator, como é sabido, desafia o indivíduo, na sua capacidade profissional, relacionando-se diretamente com a sua autoexpressão. A responsabilidade encoraja a pessoa a abraçar inteiramente o que está fazendo, puxa à atividade e permite que sinta um maior senso de vontade, diminuindo o senso de alienação. No que se refere ao quesito trabalho em si o conhecimento da importância da tarefa que realiza e oportunidade e condições de realização de tarefas compatíveis com interesse e conhecimentos, caracteriza satisfatório e, consequentemente, motivada. Se o objetivo for motivar as pessoas para o trabalho, Herzberg sugere a ênfase nos fatores associados com o trabalho em si ou com os resultados que dele advêm. O trabalho provido de significado gera, antes de qualquer coisa, vontade para realizá-lo e prazer em realizá-lo. Portanto, destaca-se que a motivação é intrínseca, mas o ambiente favorável para o seu desenvolvimento pode ser proporcionado pela instituição de ensino em que a contadora presta serviços, ao investirem, cada vez mais, na capacidade inovadora dos funcionários e ao propiciarem um ambiente favorável ao pleno desenvolvimento da criatividade. De acordo com Herzberg, quando os colaboradores assumem mais responsabilidades apresentam um nível de comprometimento maior tanto com suas tarefas quanto com as metas e objetivos da empresa. Quando o ambiente de trabalho oferece oportunidades ricas para a satisfação das necessidades de motivação, seus trabalhadores apresentam hábitos de procura de motivação.
  • 37. 37 Em contrapartida, quando o ambiente é pobre em oportunidades motivacionais o trabalhador torna-se propenso a valorizar os fatores higiênicos, elevando os custos e diminuindo a qualidade dos serviços prestados. Apesar de ser um elemento abstrato no ambiente de trabalho, a motivação dos empregados é fator fundamental para o sucesso da organização. Deve-se, então, atendê-la, sob pena de que todo o esforço, quer na atualização tecnológica, quer na busca de novos clientes, no esforço de modernização de processos produtivos, ou no aumento da competitividade e da lucratividade do negócio, seja frustrado por um tratamento inadequado da motivação de seus colaboradores. Um elogio do administrador, empresário, etc., para com seu funcionário, de forma com que ele perceba que o crescimento da corporação é também o seu crescimento, é um impulso extraordinário para que faça um trabalho de alta qualidade. Empregados motivados pela competência procuram o domínio do trabalho, o desenvolvimento das atividades de resolução de problemas e esforçam-se em ser inovadores. Em geral executam um bom trabalho devido à satisfação interior que sentem ao fazerem isso. As pessoas motivadas pela competência também esperam um trabalho de alta qualidade daqueles com quem interagem e podem tornar-se impacientes caso o seu trabalho saia com um nível inferior. Sua preocupação com a qualidade do trabalho é tão grande que a quantidade da produção e a importância dos relacionamentos humanos ficam em segundo plano. Se uma organização qualquer tiver os objetivos dos trabalhadores diferentes do da empresa, das duas uma, ou a empresa esta política e organizacionalmente desorganizada e carente de maiores recursos ou o trabalhador esta desajustado ou infeliz. A partir deste estudo espera-se concluir que as questões propostas no objetivo tenham sido respondidas.
  • 38. 38 8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS AQUINO, Cléber Pinheiro D. G. Administração de Recursos Humanos: Uma introdução. São Paulo. Atlas, 1981. AZEVEDO, Ivayr T. Recursos humanos nas Organizações. In: Executivo. Porto Alegre: v.1, n.3, 1990. BERGAMINI, C. W. Psicologia Aplicada à Administração de empresas. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2006. BERGAMINI, Cecília Whaitaker. Liderança: administração do sentido.1ª ed. Atlas. São Paulo, 1994. BERGAMINI, Cecília Whaitaker. Motivação das Organizações. 4ª ed. Atlas. São Paulo, 1997. CASADO, T. A motivação e o trabalho. In. FLEURY, M.T.L. As pessoas na organização. São Paulo: Ed. Gente, 2002. CASTRO, Alfredo Pires de C. Manual de gestão de pessoas e equipes: Estratégias e tendências. São Paulo: Gente, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. CLARET, Martin. A essência da Motivação. Ed. Martin Claret, 1998. COLAUTTO, Romualdo Douglas; BEUREN, Ilse Maria. Coleta, análise e interpretação dos dados. In: BEUREN, Ilse Maria. (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003. HERZBERG, Frederick; MAUSNER, Bernard; SNYDERMAN, Barbara Bloch. The motivation to work. 2.ed. New York: John Willey & Sons Inc., 1959. MASLOW, Abraham H. Motivation and Personality. New York: Longman, 1987. SOTO, Eduardo. Comportamento organizacional: o impacto das emoções. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
  • 39. 39 MCGREGOR, D. Os aspectos humanos da empresa. Lisboa: Clássica. 1970. Site: http://www.admtoday.com/wp-content/uploads/2007/08/piramide.gif. Acessado no dia 12 de Nov. de 2012. Site: http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/contador_gerencial.htm. Acessado no dia 12 de Nov. de 2012. ANEXOS
  • 40. 40 PESQUISA DE CAMPO EFEITOS DAS TEORIAS MOTIVACIONAIS NOS PROFISSIONAIS DA ÁRÉA CONTÁBIL O presente questionário e perguntas é um instrumento de coleta que deverá ser utilizado para avaliar a motivação somente dos contadores que trabalham no escritório de Contabilidade, na qualidade de funcionário e não de sócio. Todas as informações serão utilizadas somente para fins de pesquisa. O questionário não é um teste de conhecimento; não existem respostas certas ou erradas. O anonimato dos respondentes será mantido e agradecemos sua valiosa colaboração. Assinale com um X a alternativa que melhor reflete sua realidade em relação a seu trabalho. N° Questões Concordo Discordo Porque? 01 O escritório possui estabilidade ________________________ financeira. ________________________ 02 As condições ambientais físicas ________________________ (temperatura ambiente, nível de ________________________ ruído, disposição dos móveis, ________________________ limpeza, mobiliário, material de ________________________ expediente, etc) do local de trabalho ________________________ são boas. 03 O escritório tem investido no seu ________________________ crescimento profissional, através de ________________________ cursos e palestras de atualização. 04 Fico feliz quando concluo uma ________________________ tarefa desafiadora. ________________________ 05 Recebo elogios por um trabalho bem ________________________ feito. ________________________ 06 Tenho oportunidade de crescimento ________________________ e desenvolvimento profissional no ________________________ escritório. 07 Minha remuneração é justa em ________________________ relação ao trabalho que faço ________________________ 08 Tenho participação na tomadas de ________________________ decisões de meu setor. ________________________ 09 Posso decidir sobre os assuntos que ________________________ afetam diretamente o meu trabalho. ________________________ 10 Tenho conhecimento da importância ________________________
  • 41. 41 de cada tarefa que realizo. ________________________ 11 Meu chefe informa sobre a ________________________ contribuição do meu trabalho para os ________________________ resultados do setor. 12 Tenho oportunidades e condições de ________________________ realizar tarefas compatíveis com ________________________ meus conhecimentos e interesses 13 Meu supervisor sabe delegar ________________________ responsabilidades ________________________ 14 Realizo-me no trabalho. ________________________ ________________________ 15 Os programas de softwear atendem ________________________ as necessidades para a realização do ________________________ trabalho. 16 Minha remuneração está de acordo ________________________ com a praticada no mercado. ________________________ 17 Conheço as normas do escritório e ________________________ minhas atribuições, em meu setor, ________________________ estão bem definidas. 18 A chefia entende as dificuldades ________________________ técnicas do meu trabalho e me ________________________ orienta na sua execução e ________________________ aprimoramento. 19 Sinto-me tranquilo e seguro quanto a ________________________ minha permanência no escritório. ________________________ 20 Posso contar com ajuda de colegas ________________________ para solução de problemas ________________________ inesperados. PERGUNTAS 01 Como é feito o controle de suas tarefas realizadas? 02 Existe trabalho em grupo? Um depende do outro para executar suas funções? 03 Qual a carga horária de trabalho? 04 A valorização humana hoje é fator decisivo numa empresa, onde atrás dessa situação a empresa desenvolve suas atividades alcançando seus objetivos e metas. No seu ponto de vista de que forma você visualiza essa valorização na empresa.
  • 42. 42 05 Na condição de membro dessa empresa é necessário que tenha harmonia entre os funcionários e que cada uma seja reconhecido pelo serviço prestado a entidade? 06 Ao avaliar a rotina de cada colaborador, é possível identificar quando algo não está satisfazendo, ou seja, quando há uma zona de desconforto entre os funcionários? (por algum motivo, salário, estrutura) 07 Como funcionário você concorda que a empresa lhe dar o suporte necessário a cerca das principais necessidades que o trabalhador precisa ter? 08 Na sua opinião, a que se deve o sucesso da empresa? 09 Como você se sente trabalhando nesta empresa?