O Candeeiro - Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas nº 1327
A comunidade de Pombinhas situada na serra do município de Pedra Branca (CE), distante 36 km da sede, é uma localidade de difícil acesso em virtude do sobe e desce de ladeiras, característico da geografia da região, que tem influência direta nas condições de vida de seus habitantes, principalmente com relação ao abastecimento de água, por não haver condições apropriadas para a construção de açude com grande capacidade de armazenamento.
Tecnologias Sociais Comunitárias - ONG Ambiente em FocoRicardo Zylbergeld
Primeira versão da apresentação do projeto do Grupo de Trabalho em Tecnologias Sociais Comunitárias - ONG Instituto Ambiente em Foco (www.institutoaf.org.br/tsc) - Piracicaba - SP - Brasil
Tecnologias Sociais Comunitárias - ONG Ambiente em FocoRicardo Zylbergeld
Primeira versão da apresentação do projeto do Grupo de Trabalho em Tecnologias Sociais Comunitárias - ONG Instituto Ambiente em Foco (www.institutoaf.org.br/tsc) - Piracicaba - SP - Brasil
slid : gestão ambiental
tema: cisternas de placas
combate a seca no semi-árido nordestino
uma forma de amenizar o sofrimento e buscar soluções para uma melhor gestão dos recursos hídricos oferecidos
slid : gestão ambiental
tema: cisternas de placas
combate a seca no semi-árido nordestino
uma forma de amenizar o sofrimento e buscar soluções para uma melhor gestão dos recursos hídricos oferecidos
No Cáritas Em Ação desse trimestre:
- Dois anos após o rompimento da Barragem algodões, famílias de Cocal da Estação lutam por um recomeço
- Cáritas Diocesanas realizam atividades pelo 18 de maio
- Milhares de pessoas participam da VII Caminhada da Solidariedade e da Paz em Picos
- Bom Jesus realiza III Festa do Mel
- Preparativos para 12ª Romaria da Terra e da Água
- Lei Reconhece Utilidade Pública da Cáritas Diocesana de Floriano
- Abertas as inscrições para o Prêmio Odair Firmino
- São Raimundo nonato em defesa do Meio Ambiente.
Boa Leitura!
Esta edição do Leme aborda a preocupante questão da privatização das águas públicas no Brasil.
Publicação do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) http://www.cppnac.org.br/
As lutas e conquistas da Associação de Mulheres da Comunidade Belo Monte em S...CDDH-AC
Apresentamos neste boletim, a trajetória do grupo de mulheres da comunidade Belo Monte em Senador Pompeu (CE), que com coragem e determinação, superou preconceitos e conquistou projetos que beneficiam a comunidade.
O Candeeiro - Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas nº 1987
Na localidade Barra do Serrote município de Piquet Carneiro, o agricultor Rivanildo Alves dos Santos conhecido por "Neném do Mandala", mantém
produção agroecológica no sistema Mandala.
João Bosco, um agricultor exemplo de determinaçãoCDDH-AC
O Candeeiro - Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas nº 1986
Um exemplo de coragem, determinação, força de vontade de trabalhar que vem do Sítio Timbaúba, município de Senador Pompeu (CE). João Bosco da Silva, 62 anos, com muita vitalidade e cheio de sonhos, produz frutas e verduras em sua propriedade às margens do Açude Patu.
O casal Ricardo Aprígio e Antônia Alencar colhem os frutos do trabalho e dedi...CDDH-AC
O Candeeiro - Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas nº 1985
Na pequena propriedade à margem do Açude Patu, na comunidade Carnaúba, Senador Pompeu (CE), o casal Ricardo Aprígio da Silva e Antônia Alencar da Silva tira o sustento e ainda dá para investir na manutenção das atividades agrícolas.
Grupo de caretinhas fortalece identidade cultural no SemiáridoCDDH-AC
O Candeeiro - Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas nº 1984
O distrito Engenheiro José Lopes, município de Senador Pompeu, região centro do Estado do Ceará, tem a tradição dos caretas que é bem antiga na comunidade. Grupo de homens mascarados com roupas rudimentares ou coloridas, que saem de casa em casa pedindo prendas para o círculo dos caretas que acontece no sábado de Aleluia à noite.
REISADO DE CARETAS DO SÃO JOAQUIM FORTALECE VÍNCULO COM O SEMIÁRIDOCDDH-AC
O Candeeiro - Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas nº 1325
No distrito de São Joaquim, município de Senador Pompeu, Estado do Ceará, um grupo de agricultores mantém a tradição de reisado de caretas há mais de 55 anos. É uma atração esperada pelas pessoas da comunidade, durante todo o ano.
proposta curricular da educação de jovens e adultos da disciplina geografia, para os anos finais do ensino fundamental. planejamento de unidades, plano de curso da EJA- GEografia
para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a paz e fazer o bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Mobilização comunitária resulta em superação de problemas e acesso às tecnologias sociais
1. Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 7 • nº 1327
Novembro/2013
Mobilização comunitária resulta em superação
de problemas e acesso às tecnologias sociais
A comunidade de Pombinhas situada na serra do município de Pedra Branca (CE),
distante 36 km da sede, é uma localidade de difícil acesso em virtude do sobe e desce de
ladeiras, característico da geografia da região, que tem influência direta nas condições de
vida de seus habitantes, principalmente com relação ao abastecimento de água, por não
haver condições apropriadas para a construção de açude com grande capacidade de
armazenamento.
Por muitos anos a comunidade viveu em constantes oscilações de abastecimento,
chegando a momentos de escassez de água potável para o consumo humano, problemática
comum em comunidades rurais do Semiárido cearense. O agricultor José Milton da Silva, 64
anos, mora na comunidade desde criança, é um profundo conhecedor da história de
Pombinhas. Ele falou da histórica dificuldade de acesso à água para suprir as necessidades
básicas das famílias, “era muito difícil, era de olho-d'água e das cacimbas. Tinha um açude
que meu pai construiu em costa de jumento, mas muito pequeno, no mês de outubro secava,
aí a gente ficava na água ruim, salgada”. A professora da escola da comunidade, Rizalva
Mendes Cardoso, 54 anos, também relembra o sofrimento vivido por muitos anos, “por
causa da água poluída, morreram dois filhos meus”.
Mas o povo do Semiárido, é um povo que resiste e luta, rivaliza com as intempéries do
meio e com as estruturas de dominação. O isolamento, os terrenos acidentados, os longos
períodos de estiagem não seriam motivos para não buscarem melhorias. Cansados de tanto
sofrerem por falta d'água para consumo humano e até para os animais, além de outras
demandas, os habitantes resolveram se organizar em uma Associação Comunitária que foi
fundada no ano de 1995, com o objetivo de reivindicarem direitos e a busca de melhores
condições de vida para os habitantes da comunidade.
Segundo José Milton, algumas pessoas começaram a conversar sobre a busca de
soluções para os problemas que os afligiam, ele foi um dos que mobilizaram a comunidade
para se organizar. “Desse tempo pra cá, que foi fundada essa Associação, aí veio motivando,
trabalhando junto, discutindo os
problemas, e foi juntando, e foi
trazendo alguma coisa. Aí lá se vem uma
energia, a gente foi lutando, foi
descobrindo mais alguma coisa, foi
furado uns poços profundos. A gente
conseguiu uma adutora e ficou puxando
água desse poço pra adutora. Depois a
gente construiu um açude maior, mas
apareceu uma revência. Se não fosse a
revência, o açude tirava dois anos
tranquilo. Mas só tira um ano, um ano e
pouco”, afirmou. Foi a partir da
fundação da Associação Comunitária,
que a história do abastecimento d'água
na comunidade começou a mudar.
Pedra Branca
Integrantes da Associação Comunitária de Pombinhas e representante do CDDH-AC
2. Articulação Semiárido Brasileiro – Ceará
2
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Realização Patrocínio
Mas apesar das conquistas, a comunidade continuava a sofrer com a falta d'água
para o consumo humano. Em períodos longos de estiagem, os açudes secam e a água dos
poços não serve para beber. Havia a necessidade de uma tecnologia capaz de armazenar a
água da chuva. Foi aí que em 2001, a Associação iniciou uma parceria com o Centro de
Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro (CDDH-AC), que ministrava cursos de
formação para a cidadania. O representante legal do CDDH-AC, Antônio Francisco de Lima,
disse que nesse período a entidade percebeu a problemática do abastecimento d'água, e que
o fato da Associação Comunitária ser atuante motivou o Centro a desenvolver projetos em
Pombinhas. “A Associação Comunitária de Pombinhas é como uma luz acesa. Quando a
Associação é bem organizada, atrai projetos que trazem benefícios para a comunidade”,
afirmou.
O trabalho do Centro de Defesa nos cursos de formação para a cidadania, abriu as
portas para a implementação na comunidade da tecnologia social de armazenamento d'água
da chuva para beber. A primeira Cisterna de Placas foi construída no ano de 2002. O
agricultor Antônio Mendes Sobrinho, 52 anos, atual presidente da Associação Comunitária,
conta que a conquista da primeira cisterna foi a realização de um sonho de todos. Mas não foi
suficiente para resolver o problema, “uma única cisterna não dava para atender toda a
população”.
A partir da parceria com o CDDH-AC, a comunidade foi beneficiada pelo Programa
Um Milhão de Cisternas (P1MC) da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). Hoje, na
comunidade de Pombinhas, todas as casas habitadas dispõem de
Cisterna de Placas, o que favoreceu melhoria de qualidade de vida.
“Quando minha cisterna encheu pela primeira vez, eu não parava, eu
andava, eu dava risada, graças a Deus, nunca pensei de ter água boa
na minha porta”, falou emocionada a professora Rizalva Cardoso.
As cisternas de placas foram uma importante conquista da
comunidade. “Hoje a gente vê as mudanças através da nossa
organização, porque nós sabemos que em tudo é preciso a gente se
organizar. Sem organização nós não somos nada, só podemos
conseguir alguma coisa para nossa comunidade através da união,
através da organização, na luta para o bem-estar da nossa
comunidade”, relatou a professora Rizalva Cardoso.
A história da comunidade de Pombinhas é uma história de
superação, de luta, que resultou em importantes conquistas e revela a
importância das tecnologias sociais de convivência com o Semiárido.
A Cisterna de Placa representa um ponto de partida para novas
perspectivas de convivência e tem simbologia muito forte: de
resistência, de mobilização e de articulação.