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Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal 
Boletim Informativo |cptsocialms.blogspot.com.br |Dezembro de 2014 | nº 2, Ano 1 | 
Etapa de muitas realizações 
Objetivo Geral do Projeto: 
Promover a geração de renda e melhorar as 
condições de bem viver das 06 comunidades 
tradicionais da região do Pantanal do 
Paiaguás (Corixão, Cedro, Cedrinho, 
Limãozinho, São Domingos e Bracinho) no 
município de Corumbá, Estado de Mato 
Grosso do Sul, Centro-Oeste brasileiro, por 
meio do acompanhamento na produção, 
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produtos nativos e cultivados localmente. 
Na Comunidade Cedro, Beatriz e Vicente já têm água 
Cultivando em parceria 
com a natureza Página 2 
Os núcleos e as carroças 
Página 2 
Oficinas de adubação, 
defensivo natural e irrigação 
Página 3 
Com quantas telhas se faz 
um telhado novo? Página 3 
Parceria entre CPT e 
Marinha realiza curso de 
piloteiro Página 3 
Prestação de contas: até onde 
chegamos Página 4 
Áreas Temáticas Trabalhadas 
Habitação e água 
Agricultura 
Transporte 
Geração de renda 
Organização comunitária 
Continuam as ações do Projeto 
para facilitar o acesso das famílias 
pantaneiras à água. Em um ano de 
trabalho 63 poços manuais já foram 
construídos, pouco mais de 40% da 
meta, o que significa cerca de 300 
pessoas beneficiadas com acesso à 
água para consumo humano, uso 
doméstico e irrigação de quintais 
produtivos. Até setembro de 2015, 
o Projeto deseja contemplar 156 
famílias com poços de manilhas. 
Apesar das dificuldades de 
transporte das manilhas para 
confecção dos poços, muitas 
famílias fizeram o sacrifício e 
conseguiram transportar em carro 
de boi, barco de alumínio ou em 
trator cedido por fazendas da 
r e g i ã o. A Fa z e n d a N a z a r é 
colaborou com o transporte para as 
Comunidades Cedro e Limãozinho 
e o proprietário da Fazenda Saipan 
se sensibilizou com as condições da 
Colônia São Domingos e de uma 
família da Comunidade Bracinho. 
O senhor Ivo Soares Castelo e 
s u a e s p o s a , D o n a M a t i l d e, 
moradores da Comunidade Cedro, 
declararam o quanto suas vidas 
mudaram com o poço de manilhas. 
“Pegava água na baía para uso da 
casa e animais no cavalo a 2 km de 
distância. Água cheia de sapo. 
Tomava banho à tarde, lavava 
roupa uma vez na semana. Tinha de 
levar na cabeça a pé, esperar a roupa 
secar para voltar, ficava o dia todo 
na baía. Com o poço mudou, agora 
temos água na porta de casa 
facilitou nossa vida, tenho até 
horta”, comemora senhor Ivo. 
Para acelerar o andamento do 
projeto e a construção dos poços, a 
Comissão Pastoral da Terra e as 
c o mu n i d a d e s s o l i c i t a r a m à 
Prefeitura de Corumbá (MS) a 
abertura de estradas e o transporte 
de manilhas do porto até os sítios, 
mas não foram atendidas, o que os 
obrigou a buscar seus direitos e 
s o l i c i t a r a i n t e r v e n ç ã o d o 
Ministério Público Federal - MPF. 
O MPF convocou as duas partes 
para dialogar, mas não houve 
a c o r d o . N ã o h a v e n d o 
entendimento entre as partes 
envolvidas, o MPF propôs o Termo 
de Ajustamento de Conduta 
(TAC), por meio do qual, até 30 de 
setembro de 2014, a Prefeitura 
deveria melhorar as condições das 
estradas das Comunidades Cedro, 
Colônia São Domingos e Bracinho, 
além de transportar 800 manilhas 
do porto até os sítios, contudo, até 
o momento, o TAC não foi 
cumprido. Cabe agora ao MPF 
e x e c u t a r o T e r m o e à s 
Comunidades esperar que as 
providências cabíveis sejam de fato 
adotadas.
Página 2 Dezembro de 2014 nº 2, Ano 1 
Cultivando em parceria com a natureza 
Unidade agroflorestal na Comunidade Limãozinho 
Cultivar em parceria com a natureza. Este é 
o objetivo do trabalho desenvolvido com os 
seis viveiros, já prontos, um em cada 
comunidade, de onde saem mudas 
selecionadas para serem cultivadas ou nos 
quintais produtivos ou nas agroflorestas das 
famílias atendidas pelo Projeto. 
Este método foi adotado porque oferece 
uma diversidade de vantagens, como 
diminuição do custo de produção, 
multiplicação de plantas, facilidade na 
irrigação, controle de pragas e doenças, 
além de possibilitar uma relação sustentável 
entre meio ambiente e produção agrícola. 
O cultivo de mudas de caju, café, laranja, 
goiaba, mamão, graviola, coco em viveiros 
possibilita uma seleção rigorosa das plantas 
que serão levadas a campo, para as 
Grupo de utilização das carroças - Colônia São domingos 
‘‘O grande desafio 
neste experimento 
foi conciliar 
espécies 
companheiras 
nativas, cultivadas e 
frutíferas em uma 
mesma área, 
promovendo a 
diversificação do 
ambiente’’ 
a g r o fl o r e s t a s o u p a r a o s q u i n t a i s 
produtivos. 
Nesta etapa do Projeto são trabalhadas 
alternativas de produção agrícola para cada 
unidade agroflorestal com enfoque 
dinâmico de convivência sustentável com o 
Pantanal, melhorando a quantidade e a 
qualidade dos alimentos. 
O grande desafio neste experimento foi 
conciliar espécies companheiras nativas, 
cultivadas e frutíferas em uma mesma área, 
promovendo assim a diversificação do 
ambiente. Esta produção agroflorestal visa 
uma agricultura baseada na construção e 
compreensão de que os componentes do 
sistema interagem de forma dinâmica e 
sustentável. 
Entrega de mudas produzidas no viveiro na Comunidade Limãozinho 
Entrega de mudas produzidas no viveiro na Comunidade São Domingos 
Os núcleos e as carroças 
Na etapa de aquisição das carroças, as comunidades foram 
organizadas em núcleos de 4 a 6 moradores, escolhidos por eles 
próprios por critérios de afinidade, parentesco, ou vizinhança. 
Em seguida, foram discutidos e elaborados os termos de 
utilização das carroças e gerado um documento de compromisso 
que foi assinado pelos membros das famílias contempladas em 
cada grupo. 
O objetivo deste benefício é facilitar o transporte das pessoas e da 
produção no interior das comunidades até os portos. A carroça 
servirá como meio de transporte da matéria-prima (mamão, 
abóbora, coco, etc.) cultivada pela família até a unidade de 
fabricação dos doces. 
Foram disponibilizadas, até o momento, 20 carroças, distribuídas 
nas seis Comunidades nas seguintes quantidades: 2 no Corixão, 2 
no Cedrinho, 7 para São Domingos, 2 no Limãozinho, 4 para o 
Cedro, 3 para a Comunidade do Bracinho. As carroças foram 
levadas até os portos das Comunidades, por meio de lancha 
fretada e de lá conduzidas pelas famílias até a casa da família 
escolhida pelo grupo como responsável pela guarda da carroça. 
Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal 
Equipe: 
Amélia Zanella 
Bruna Mabel 
Linda Inês 
Maria de Fátima 
Maria de Lourdes 
Thiago Castro 
Vanderlei da Conceição 
Pe. Pascoal Forin 
As imagens são do Arquivo da Comissão Pastoral da Terra 
Jornalista responsável: Ana Carolina Monteiro DRT/MS 031 
A Comissão Pastoral da Terra da Diocese de 
Corumbá foi criada em 1987, durante o 
período de ditadura militar, para defender os 
direitos dos trabalhadores rurais assentados 
nas terras do município de Corumbá-MS. 
Após anos de ocupação e luta, ampliou o seu 
trabalho em resposta às demandas levantadas 
pelos grupos de mulheres da periferia urbana 
e pelas comunidades tradicionais do Pantanal 
do Paiaguás, colocando-se ao lado desses 
povos no processo de luta pela terra e pela 
melhoria das condições de vida, por meio de 
novos projetos de formação e geração de 
renda. A CPT também tem desenvolvido 
atividades evangelizadoras em todas as 
comunidades. 
EXPEDIENTE 
Padre Pascoal Forin em missa nas Comunidades 
‘‘O objetivo deste benefício é 
facilitar o transporte das pessoas e 
da produção no interior das 
comunidades até os portos. A 
carroça servirá como meio de 
transporte da matéria-prima 
(mamão, abóbora, coco, etc.) 
cultivada pela família até a unidade 
de fabricação dos doces’’
Dezembro de 2014 nº 2, Ano 1 Página 3 
Com quantas telhas se faz um telhado novo? 
A etapa da construção dos telhados 
também já foi cumprida. Inicialmente, o 
Projeto previa a contemplação de 100 
telhados para as seis comunidades, 
porém, com recursos de investimentos 
foram beneficiadas 127 famílias das 
comunidades Corixão, Cedrinho, Cedro, 
Limãozinho, Colônia São Domingos e 
Colônia Bracinho. 
Em meios às visitas da Equipe do Projeto, 
foi perguntado a alguns moradores se 
houve alguma mudança positiva em suas 
vidas com os telhados (que antes eram de 
folhas de acuri e agora são de Eternit). A 
resposta foi imediata e uma só: Sim! 
“Agora, tá melhor. Não tem mais 
morcego nem outros bicho que gosta de 
fazer moradia nas palhas. E não molha 
mais dentro de casa quando chove”, 
declarou D. Jacinta, moradora da Colônia 
são Domingos, uma das contempladas 
com o telhado novo. 
Moradia do senhor Antonio de Amorim e familia antes da chegada do Projeto 
Moradia nova do senhor Antonio de Amorim e família com recursos do 
Projeto na Colônia São Domingos 
Oficinas de adubação, defensivo natural e irrigação 
A equipe do Projeto foi às 
comunidades Bracinho, São Domingos, 
Limãozinho, Cedro, Cedrinho e 
Corixão desenvolver oficinas com 
diferentes temas, tais como: adubação 
orgânica, defensivo natural para 
controle de pragas e doenças e irrigação 
com uso racionalizado de água. 
A oficina de adubação tratou das 
vantagens e desvantagens da atividade, 
adubação alternativa e convencional, e 
defensivo natural para controle de 
pragas e doenças. Foi abordado o 
aproveitamento de produtos de origem 
animal e vegetal, com enfoque para o 
aproveitamento de matéria orgânica 
(palha, folha, estrume) que promove a 
melhoria do solo. O objetivo maior é 
motivar os agricultores, com técnicas 
que não impactem o ambiente, 
favoreçam a produção de alimentos sem 
uso de produtos químicos, contribuam 
para a diminuição do custo de produção, 
além de facilitar a irrigação e o controle 
de pragas e doenças. 
A oficina de irrigação foi proposta 
após a análise da deficiência hídrica das 
comunidades. A ideia é promover o uso 
racional de água com garrafa pet em 
sistema de gotejamento. Essa prática 
alternativa pode ser desenvolvida nas 
c o mu n i d a d e s, p o i s p r o m ove a 
sustentabilidade do local. Essa técnica é 
muito indicada para plantas frutíferas, 
pois apresenta baixo custo e baixo 
consumo de água. 
Como opção ao sal mineral comprado 
na cidade, foi ensinada na Oficina de 
defensivo natural a produção do 
vermífugo e bernicida alternativo, para 
dar condições mais acessíveis ao 
homem pantaneiro de nutrir e manter 
seu rebanho saudável. 
Oficinas ministradas pela equipe da CPT 
Parceria entre CPT e Marinha realiza curso de piloteiro 
Fruto de uma iniciativa da 
Comissão Pastoral da Terra em 
parceria com a Capitania Fluvial do 
Pantanal - Marinha do Brasil, o 
curso de piloteiros no Porto 
Sagrado, às margens do rio Taquari, 
finalmente aconteceu, entre os dias 
20 e 24 de outubro de 2014. O 
c u r s o f o i m i n i s t r a d o p e l o 
Suboficial Alexandre, Suboficial 
Costa e Sargento Washington. 
O objetivo do curso foi habilitar 
pessoas das Comunidades da 
região do Paiaguás na categoria 
t r i p u l a n t e p a r a p e q u e n a s 
embarcações propulsadas por 
motores de combustão interna, 
empregadas à navegação interior, 
n o i n t u i t o d e a t e n d e r a s 
necessidades das Comunidades, 
uma vez que o transporte é feito por 
meio dos rios Taquari, Negrinho, 
Paraguai Mirim, e Paraguai. 
Participaram do curso 15 pessoas, 
dentre eles 01 morador da Fazenda São 
S e b a s t i ã o e 1 4 m o r a d o r e s d a s 
c o m u n i d a d e s , S ã o D o m i n g o s , 
Limãozinho, Cedro e Cedrinho, todos 
cadastrados no Projeto Geração de 
Renda para as Comunidades do Pantanal 
do Paiaguás, patrocinado pela Petrobras. 
Aula prática, curso de piloteiro - Rio Taquari 
Participantes reunidos atentos às orientações 
do Suboficial Alexandre 
‘‘O objetivo maior é motivar 
os agricultores a trabalhar 
com técnicas que não 
impactem o ambiente, e 
favorecem a produção de 
alimentos sem uso de 
produtos químicos, além de 
contribuir para a diminuição 
do custo de produção, obter 
facilidade na irrigação, e no 
controle de pragas e 
doenças’’ 
‘‘O objetivo do curso foi habilitar pessoas das Comunidades 
da região do Paiaguás na categoria tripulante para pequenas 
embarcações propulsadas por motores de combustão interna, 
uma vez que o transporte é feito por meio dos rios Taquari, 
Negrinho, Paraguai Mirim, e Paraguai’’ 
‘‘A etapa da construção dos 
telhados também já foi 
cumprida. Inicialmente, o 
Projeto previa a 
contemplação de 100 telhados 
para as seis comunidades, 
"porém, com recursos de 
investimentos foram beneficiadas 
127 famílias das comunidades 
Corixão, Cedrinho, Cedro, 
Limãozinho, Colônia São 
Nós sabemos! Domingos e Colônia Bracinho’’
Boletim Informativo 
Diocese de Corumbá 
Comissão Pastoral da Terra 
Rua Tiradentes, 478 
Centro - 79302-052 
Corumbá - MS 
Tel: (67) 3231- 8537 
E-mail: diocesecorumbacpt@gmail.com 
Estamos na WEB!! 
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www.cptsocialms.blogspot.com.br 
PRESTAÇÃO DE CONTAS: 
ATÉ ONDE JÁ CHEGAMOS 
Benfeitorias 
por 
Comunidades 
Poços 
prontos 
Telhados 
entregues 
Carroças 
entregues 
Rolos de 
Arame para 
Quintal 
Produtivo 
Corixão 03 15 2 20 
Cedrinho 05 10 2 22 
Cedro 13 22 4 41 
Limãozinho 01 09 2 11 
Colônia São 
28 48 7 64 
Domingos 
Colônia 
Bracinho 
13 23 3 26 
TOTAL 63 127 20 184 
Contabilizamos ainda que foram compradas 1.218 manilhas e 1.777 telhas que se 
transformaram nas benfeitorias acima. 
REALIZAÇÃO APOIO PATROCÍNIO 
COMUNITA . IMPEGNO . SERVIZIO . VOLONTARIATO 
Thiago, Fátima, Vanderlei, Bruna, Ana Carolina, Amélia, P. Pascoal, Linda Inês, Lourdes.

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Geração de Renda Pantanal projeto comunidades

  • 1. Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal Boletim Informativo |cptsocialms.blogspot.com.br |Dezembro de 2014 | nº 2, Ano 1 | Etapa de muitas realizações Objetivo Geral do Projeto: Promover a geração de renda e melhorar as condições de bem viver das 06 comunidades tradicionais da região do Pantanal do Paiaguás (Corixão, Cedro, Cedrinho, Limãozinho, São Domingos e Bracinho) no município de Corumbá, Estado de Mato Grosso do Sul, Centro-Oeste brasileiro, por meio do acompanhamento na produção, transformação e comercialização dos produtos nativos e cultivados localmente. Na Comunidade Cedro, Beatriz e Vicente já têm água Cultivando em parceria com a natureza Página 2 Os núcleos e as carroças Página 2 Oficinas de adubação, defensivo natural e irrigação Página 3 Com quantas telhas se faz um telhado novo? Página 3 Parceria entre CPT e Marinha realiza curso de piloteiro Página 3 Prestação de contas: até onde chegamos Página 4 Áreas Temáticas Trabalhadas Habitação e água Agricultura Transporte Geração de renda Organização comunitária Continuam as ações do Projeto para facilitar o acesso das famílias pantaneiras à água. Em um ano de trabalho 63 poços manuais já foram construídos, pouco mais de 40% da meta, o que significa cerca de 300 pessoas beneficiadas com acesso à água para consumo humano, uso doméstico e irrigação de quintais produtivos. Até setembro de 2015, o Projeto deseja contemplar 156 famílias com poços de manilhas. Apesar das dificuldades de transporte das manilhas para confecção dos poços, muitas famílias fizeram o sacrifício e conseguiram transportar em carro de boi, barco de alumínio ou em trator cedido por fazendas da r e g i ã o. A Fa z e n d a N a z a r é colaborou com o transporte para as Comunidades Cedro e Limãozinho e o proprietário da Fazenda Saipan se sensibilizou com as condições da Colônia São Domingos e de uma família da Comunidade Bracinho. O senhor Ivo Soares Castelo e s u a e s p o s a , D o n a M a t i l d e, moradores da Comunidade Cedro, declararam o quanto suas vidas mudaram com o poço de manilhas. “Pegava água na baía para uso da casa e animais no cavalo a 2 km de distância. Água cheia de sapo. Tomava banho à tarde, lavava roupa uma vez na semana. Tinha de levar na cabeça a pé, esperar a roupa secar para voltar, ficava o dia todo na baía. Com o poço mudou, agora temos água na porta de casa facilitou nossa vida, tenho até horta”, comemora senhor Ivo. Para acelerar o andamento do projeto e a construção dos poços, a Comissão Pastoral da Terra e as c o mu n i d a d e s s o l i c i t a r a m à Prefeitura de Corumbá (MS) a abertura de estradas e o transporte de manilhas do porto até os sítios, mas não foram atendidas, o que os obrigou a buscar seus direitos e s o l i c i t a r a i n t e r v e n ç ã o d o Ministério Público Federal - MPF. O MPF convocou as duas partes para dialogar, mas não houve a c o r d o . N ã o h a v e n d o entendimento entre as partes envolvidas, o MPF propôs o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), por meio do qual, até 30 de setembro de 2014, a Prefeitura deveria melhorar as condições das estradas das Comunidades Cedro, Colônia São Domingos e Bracinho, além de transportar 800 manilhas do porto até os sítios, contudo, até o momento, o TAC não foi cumprido. Cabe agora ao MPF e x e c u t a r o T e r m o e à s Comunidades esperar que as providências cabíveis sejam de fato adotadas.
  • 2. Página 2 Dezembro de 2014 nº 2, Ano 1 Cultivando em parceria com a natureza Unidade agroflorestal na Comunidade Limãozinho Cultivar em parceria com a natureza. Este é o objetivo do trabalho desenvolvido com os seis viveiros, já prontos, um em cada comunidade, de onde saem mudas selecionadas para serem cultivadas ou nos quintais produtivos ou nas agroflorestas das famílias atendidas pelo Projeto. Este método foi adotado porque oferece uma diversidade de vantagens, como diminuição do custo de produção, multiplicação de plantas, facilidade na irrigação, controle de pragas e doenças, além de possibilitar uma relação sustentável entre meio ambiente e produção agrícola. O cultivo de mudas de caju, café, laranja, goiaba, mamão, graviola, coco em viveiros possibilita uma seleção rigorosa das plantas que serão levadas a campo, para as Grupo de utilização das carroças - Colônia São domingos ‘‘O grande desafio neste experimento foi conciliar espécies companheiras nativas, cultivadas e frutíferas em uma mesma área, promovendo a diversificação do ambiente’’ a g r o fl o r e s t a s o u p a r a o s q u i n t a i s produtivos. Nesta etapa do Projeto são trabalhadas alternativas de produção agrícola para cada unidade agroflorestal com enfoque dinâmico de convivência sustentável com o Pantanal, melhorando a quantidade e a qualidade dos alimentos. O grande desafio neste experimento foi conciliar espécies companheiras nativas, cultivadas e frutíferas em uma mesma área, promovendo assim a diversificação do ambiente. Esta produção agroflorestal visa uma agricultura baseada na construção e compreensão de que os componentes do sistema interagem de forma dinâmica e sustentável. Entrega de mudas produzidas no viveiro na Comunidade Limãozinho Entrega de mudas produzidas no viveiro na Comunidade São Domingos Os núcleos e as carroças Na etapa de aquisição das carroças, as comunidades foram organizadas em núcleos de 4 a 6 moradores, escolhidos por eles próprios por critérios de afinidade, parentesco, ou vizinhança. Em seguida, foram discutidos e elaborados os termos de utilização das carroças e gerado um documento de compromisso que foi assinado pelos membros das famílias contempladas em cada grupo. O objetivo deste benefício é facilitar o transporte das pessoas e da produção no interior das comunidades até os portos. A carroça servirá como meio de transporte da matéria-prima (mamão, abóbora, coco, etc.) cultivada pela família até a unidade de fabricação dos doces. Foram disponibilizadas, até o momento, 20 carroças, distribuídas nas seis Comunidades nas seguintes quantidades: 2 no Corixão, 2 no Cedrinho, 7 para São Domingos, 2 no Limãozinho, 4 para o Cedro, 3 para a Comunidade do Bracinho. As carroças foram levadas até os portos das Comunidades, por meio de lancha fretada e de lá conduzidas pelas famílias até a casa da família escolhida pelo grupo como responsável pela guarda da carroça. Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal Equipe: Amélia Zanella Bruna Mabel Linda Inês Maria de Fátima Maria de Lourdes Thiago Castro Vanderlei da Conceição Pe. Pascoal Forin As imagens são do Arquivo da Comissão Pastoral da Terra Jornalista responsável: Ana Carolina Monteiro DRT/MS 031 A Comissão Pastoral da Terra da Diocese de Corumbá foi criada em 1987, durante o período de ditadura militar, para defender os direitos dos trabalhadores rurais assentados nas terras do município de Corumbá-MS. Após anos de ocupação e luta, ampliou o seu trabalho em resposta às demandas levantadas pelos grupos de mulheres da periferia urbana e pelas comunidades tradicionais do Pantanal do Paiaguás, colocando-se ao lado desses povos no processo de luta pela terra e pela melhoria das condições de vida, por meio de novos projetos de formação e geração de renda. A CPT também tem desenvolvido atividades evangelizadoras em todas as comunidades. EXPEDIENTE Padre Pascoal Forin em missa nas Comunidades ‘‘O objetivo deste benefício é facilitar o transporte das pessoas e da produção no interior das comunidades até os portos. A carroça servirá como meio de transporte da matéria-prima (mamão, abóbora, coco, etc.) cultivada pela família até a unidade de fabricação dos doces’’
  • 3. Dezembro de 2014 nº 2, Ano 1 Página 3 Com quantas telhas se faz um telhado novo? A etapa da construção dos telhados também já foi cumprida. Inicialmente, o Projeto previa a contemplação de 100 telhados para as seis comunidades, porém, com recursos de investimentos foram beneficiadas 127 famílias das comunidades Corixão, Cedrinho, Cedro, Limãozinho, Colônia São Domingos e Colônia Bracinho. Em meios às visitas da Equipe do Projeto, foi perguntado a alguns moradores se houve alguma mudança positiva em suas vidas com os telhados (que antes eram de folhas de acuri e agora são de Eternit). A resposta foi imediata e uma só: Sim! “Agora, tá melhor. Não tem mais morcego nem outros bicho que gosta de fazer moradia nas palhas. E não molha mais dentro de casa quando chove”, declarou D. Jacinta, moradora da Colônia são Domingos, uma das contempladas com o telhado novo. Moradia do senhor Antonio de Amorim e familia antes da chegada do Projeto Moradia nova do senhor Antonio de Amorim e família com recursos do Projeto na Colônia São Domingos Oficinas de adubação, defensivo natural e irrigação A equipe do Projeto foi às comunidades Bracinho, São Domingos, Limãozinho, Cedro, Cedrinho e Corixão desenvolver oficinas com diferentes temas, tais como: adubação orgânica, defensivo natural para controle de pragas e doenças e irrigação com uso racionalizado de água. A oficina de adubação tratou das vantagens e desvantagens da atividade, adubação alternativa e convencional, e defensivo natural para controle de pragas e doenças. Foi abordado o aproveitamento de produtos de origem animal e vegetal, com enfoque para o aproveitamento de matéria orgânica (palha, folha, estrume) que promove a melhoria do solo. O objetivo maior é motivar os agricultores, com técnicas que não impactem o ambiente, favoreçam a produção de alimentos sem uso de produtos químicos, contribuam para a diminuição do custo de produção, além de facilitar a irrigação e o controle de pragas e doenças. A oficina de irrigação foi proposta após a análise da deficiência hídrica das comunidades. A ideia é promover o uso racional de água com garrafa pet em sistema de gotejamento. Essa prática alternativa pode ser desenvolvida nas c o mu n i d a d e s, p o i s p r o m ove a sustentabilidade do local. Essa técnica é muito indicada para plantas frutíferas, pois apresenta baixo custo e baixo consumo de água. Como opção ao sal mineral comprado na cidade, foi ensinada na Oficina de defensivo natural a produção do vermífugo e bernicida alternativo, para dar condições mais acessíveis ao homem pantaneiro de nutrir e manter seu rebanho saudável. Oficinas ministradas pela equipe da CPT Parceria entre CPT e Marinha realiza curso de piloteiro Fruto de uma iniciativa da Comissão Pastoral da Terra em parceria com a Capitania Fluvial do Pantanal - Marinha do Brasil, o curso de piloteiros no Porto Sagrado, às margens do rio Taquari, finalmente aconteceu, entre os dias 20 e 24 de outubro de 2014. O c u r s o f o i m i n i s t r a d o p e l o Suboficial Alexandre, Suboficial Costa e Sargento Washington. O objetivo do curso foi habilitar pessoas das Comunidades da região do Paiaguás na categoria t r i p u l a n t e p a r a p e q u e n a s embarcações propulsadas por motores de combustão interna, empregadas à navegação interior, n o i n t u i t o d e a t e n d e r a s necessidades das Comunidades, uma vez que o transporte é feito por meio dos rios Taquari, Negrinho, Paraguai Mirim, e Paraguai. Participaram do curso 15 pessoas, dentre eles 01 morador da Fazenda São S e b a s t i ã o e 1 4 m o r a d o r e s d a s c o m u n i d a d e s , S ã o D o m i n g o s , Limãozinho, Cedro e Cedrinho, todos cadastrados no Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal do Paiaguás, patrocinado pela Petrobras. Aula prática, curso de piloteiro - Rio Taquari Participantes reunidos atentos às orientações do Suboficial Alexandre ‘‘O objetivo maior é motivar os agricultores a trabalhar com técnicas que não impactem o ambiente, e favorecem a produção de alimentos sem uso de produtos químicos, além de contribuir para a diminuição do custo de produção, obter facilidade na irrigação, e no controle de pragas e doenças’’ ‘‘O objetivo do curso foi habilitar pessoas das Comunidades da região do Paiaguás na categoria tripulante para pequenas embarcações propulsadas por motores de combustão interna, uma vez que o transporte é feito por meio dos rios Taquari, Negrinho, Paraguai Mirim, e Paraguai’’ ‘‘A etapa da construção dos telhados também já foi cumprida. Inicialmente, o Projeto previa a contemplação de 100 telhados para as seis comunidades, "porém, com recursos de investimentos foram beneficiadas 127 famílias das comunidades Corixão, Cedrinho, Cedro, Limãozinho, Colônia São Nós sabemos! Domingos e Colônia Bracinho’’
  • 4. Boletim Informativo Diocese de Corumbá Comissão Pastoral da Terra Rua Tiradentes, 478 Centro - 79302-052 Corumbá - MS Tel: (67) 3231- 8537 E-mail: diocesecorumbacpt@gmail.com Estamos na WEB!! cptsocialms.webnode.com www.cptsocialms.blogspot.com.br PRESTAÇÃO DE CONTAS: ATÉ ONDE JÁ CHEGAMOS Benfeitorias por Comunidades Poços prontos Telhados entregues Carroças entregues Rolos de Arame para Quintal Produtivo Corixão 03 15 2 20 Cedrinho 05 10 2 22 Cedro 13 22 4 41 Limãozinho 01 09 2 11 Colônia São 28 48 7 64 Domingos Colônia Bracinho 13 23 3 26 TOTAL 63 127 20 184 Contabilizamos ainda que foram compradas 1.218 manilhas e 1.777 telhas que se transformaram nas benfeitorias acima. REALIZAÇÃO APOIO PATROCÍNIO COMUNITA . IMPEGNO . SERVIZIO . VOLONTARIATO Thiago, Fátima, Vanderlei, Bruna, Ana Carolina, Amélia, P. Pascoal, Linda Inês, Lourdes.