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Projeto Geração de Renda Para as Comunidades do Pantanal
Boletim Informativo |cptsocialms.blogspot.com.br | janeiro/setembro de 2015 | nº 3, Ano 2 |
e transformamos realidades!
Compartilhamos saberes...
Página 2
Os produtos da marca Sabores do Pantanal foram
comercializados em domicílios, feiras semanais
que acontecem na cidade e na Feira do Produtor,
que funciona 2 vezes ao mês, organizada pela
prefeituradeCorumbá.
Foram comercializados: farinha de mandioca,
farinha de bocaiuva, cana descascada, mamão,
O que é necessário para se mudar
uma realidade? Alguém disse que
antes de tudo é preciso conhecê-la,
compreendê-la. E para quê se muda
uma realidade? Isso depende.
Depende da realidade e de quem
desejamudá-la.
Em se tratando das seis
Comunidades Tradicionais do
Pantanal do Paiaguás, consideraremos
mudar para melhorar e melhorar
porque se precisa superar o
sobreviver, ou seja, o viver mesmo
que em condições adversas e sem
meios ou recursos. Sobreviver
significa lutar pelo mínimo, pelas
necessidades básicas, é viver no limite.
No limite da fome, da sede, da solidão,
do desamparo, da exclusão, da
fragilidade.É umvivervulnerável.
Solidária e conhecedora da
realidade dessas comunidades
tradicionais, às margens do Rio
Taquari, há mais de 30 anos, a
Comissão Pastoral da Terra, da
Diocese de Cor umbá (MS),
configurou-se, por meio do Projeto
Geração de Renda, um agente
transformador derealidades.
Realidades que agora possuem água
para consumo humano, moradia um
pouco mais digna, acesso a alguns
meios de transporte terrestres e
a q u á t i c o s , p r o d u ç ã o e
comercialização alimentícia e
organização comunitária.
Nos dois anos de execução do
Projeto, as ações da CPT estimularam
e reforçaram o protagonismo de 175
famílias, compartilhando com
crianças, jovens, homens e mulheres,
c o n h e c i m e n t o s e s a b e r e s .
Fornecendo-lhes meios para que
conquistem uma renda mais estável e
uma vida mais digna. Para que
produzam e comercializem produtos
nativos e cultivados, para que deixem
apenas de lutar por sobrevivência e
passem à vivência, ao bem viver, ao
viverpara vencer.
Só que o trabalho não acaba aqui.
As comunidades precisam ainda de
melhor infraestrutura e logística como
estradas, escolas, unidadesdesaúde. O
ir e vir às comunidades, uma
problemática constante, em razão do
alto custo das passagens de lancha,
frete e combustível, poderia ser
solucionado por meio de um
transporte público ou subsidiado. Até
melhores oportunidades de geração
de renda são necessárias. Iniciativas
quedevemadvirdo poderpúblico.
O que está ao alcance da CPT tem
sido feito, ano após ano, mas muito
ainda está por fazer. A busca pela
felicidade e garantia de direitos
continua.
limão, pimenta, melado, rapadura, abóbora, doces
de diferentes tipos, laranja, mamão e maracujá em
compotaseembarra,entreoutrosprodutos.
Os resultados foram positivos e possibilitaram
a experiência da geração de renda entre os
membros das Comunidades que participaram das
vendas.
Editorial
Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal
Equipe:
Amélia Zanella
Bruna Mabel
Linda Inês
Maria de Fátima
Maria de Lourdes
Thiago Castro
Vanderlei da Conceição
Pe. Pascoal Forin
As imagens são do Arquivo da Comissão Pastoral da Terra
Jornalista responsável: Ana Carolina Monteiro DRT/MS 031
A Comissão Pastoral da Terra, ligada à
Diocese de Corumbá, foi criada em 1987,
durante o período de ditadura militar, para
defender os direitos dos trabalhadores rurais
assentados nas terras do município de
Corumbá (MS). Após anos de ocupação e
luta, ampliou o seu trabalho em resposta às
demandas levantadas pelos grupos de
mulheres da periferia urbana e pelas
comunidades tradicionais do Pantanal do
Paiaguás. Colocando-se ao lado desses povos
no processo de luta pela terra e pela
melhoria das condições de vida, por meio de
novos projetos de formação e geração de
renda. A CPT também tem desenvolvido
atividades evangelizadoras em todas as
comunidades daquela região.
EXPEDIENTE
Padre Pascoal Forin em missa na Comunidade Cedro
Nos meses de maio e junho, as Comunidades receberam o
curso de Organização, Comercialização e Marketing. As
mulheres aprenderam a agregar valores à matéria-prima
utilizada no preparo dos doces e derivados visando à
comercialização nas feiras de Corumbá (MS). Foram ensinadas
técnicas de preparação e modo de fazer dos doces, embalagem,
rotulagemeorigemda produçãopara o consumidorfinal.
Cursos de Doces
Participação nas feiras de Corumbá Curso de Organização,
Comercialização e Marketing
Ao longo do ano, as Comunidades
Bracinho, São Domingos, Limãozinho,
Cedro, Cedrinho e Corixão foram
contempladas com os seguintes cursos: 1)
transformação de frutas nativas em doces
em calda; 2) doces em pedaços; 3) doces
cristalizados;e4)docesempasta.
O maior objetivo foi aperfeiçoar o
aprendizado das mulheres, promovendo,
assim, geração de renda e bem viver a
essas comunidades, por meio do
e n s i n a m e n t o d e t é c n i c a s d e
acompanhamento da produção,
transformação e comercialização de
produtosnativosecultivados.
As 280 jovens e mulheres que
participaram dos cursos, com duração de
08 horas, cada um, aprenderam sobre
higiene pessoal, do local e dos
equipamentos, esterilização no vapor,
fechamento, resfriamento e rotulagem de
vidros
A produção de doces é diversificada,
há diferentes áreas da agricultura e
plantas frutíferas de diferentes épocas do
ano quepodem seraproveitadas.
Cursos de doces realizados na Comunidade São Domingos e na Comunidade Cedro
Curso com as mulheres da Comunidade Bracinho
Feira de DomingoFeira do Produtor
Equipe CPT
‘‘O maior objetivo foi aperfeiçoar o aprendizado
das mulheres, promovendo, assim, geração de
renda e bem viver às Comunidades’’
‘‘Os resultados foram positivos e possibilitaram a
experiência da geração de renda ’’
Página 3Janeiro/Setembro de 2015 - nº 3, Ano 2
Moradias mais dignas
Transporte aquático e terrestre Poços familiares
Apenas as embarcações de pequeno
porte fazem o transporte pelos rios que
permeiam a região. O transporte por
terra, dentro das comunidades, é
demorado e o local reserva muitos
perigos, como ataques de animais
silvestres, em particular de cobras
peçonhentas e onças. Os moradores
daquela região, inclusive as crianças,
costumam andar a pé ou a cavalo, se
arriscando diariamente para chegar até
seusdestinos.
Com o intuito de facilitar o acesso e o
transporte entre as comunidades, o
Projeto adquiriu 24 carroças de tração
A ação humana interferiu no ciclo
natural de cheias e secas numa parte do
Pantanal em Mato Grosso do Sul. A área
total do impacto ambiental, somada,
equivale a três cidades de São Paulo. De
1974 a 2008, considerado o último ciclo
de cheia da região, havia água em
abundância no Pantanal do Paiaguás. As
famílias que lá viviam usavam água de
baías e corixos para consumo humano e
u s o d o m é s t i c o, a l é m d i s s o,
armazenavam água para o ano inteiro.
A partir de 2009, o que se vê são
quilômetros e quilômetros de áreas de
pura areia branca, num cenário de seca
que lembra muito o sertão árido,
obrigando as famílias a buscar
alternativas de acesso à água para
sobreviver.
Pelo Projeto, foram construídos 110
poços manuais de manilha e 24 de tábua,
os quais já estão fornecendo água para
consumo humano em todas as
comunidades.
O poço manual é uma alternativa
animal. Para o transporte aquático,
foram adquiridos 3 barcos de alumínio
com 6,70m de comprimento, cinco
lugares, equipados com 4 bancos,
coletes salva-vidas e motor rabeta a
diesel.
Os barcos servirão de meio de
transporte das famílias e dos produtos
transformados na unidade produtiva até
a cidade e de mercadorias da cidade para
a Comunidade. Apenas em casos de
doença, outras pessoas da Comunidade
terão acesso às embarcações para
deslocamentoatéa áreaurbana.
simples que minimiza o problema
vivenciado pelas Comunidades de falta
de água, mas a problemática da seca é
uma constante e se agrava a cada ciclo
anual.
Organização Comunitária Placas Solares
Compreendemos o conceito de
Comunidade Tradicional como um
grupo que interage diretamente,
face a face, e que é capaz de agir
coletivamente a partir destas
interações, que compartilha um
patrimônio e um pacote de
recursos, dentre eles o território,
sobre os quais são estabelecidos
direitoscoletivos.
Cientes dessa realidade é que
foram organizadas, em cada
C o m u n i d a d e , d e n t r o d o s
parâmetros de base comunitária,
o fi c i n a s d e Fo r m a ç ã o d e
Organizações Comunitárias com
as famílias participantesdo Projeto.
O objetivo foi organizar os grupos
de produção que estão inseridos na
gestão dos bens e serviços
Em meio a tantas ações concluídas
pelo Projeto Geração de Renda junto às
comunidades, houve economia de recurso.
Essa economia significativa possibilitou a
aquisição de 31 kits de energia solar,
compostos por 03 placas, 01 inversor, 01
controlador e 01 bateria. As placas solares
fotovoltaicas instaladas captam energia de
fonte inesgotável, não agridem o meio
desenvolvidos pelo Projeto.
Um importante papel dessa fase foi
dar visibilidade às Comunidades
Tradicionais do Paiaguás, uma vez que,
organizadas, elas terão condições de
comercializar seus produtos, cujas
vendas gerarão renda e lhes fortalecerão
oslaçossociais.
ambiente e são suficientes para iluminar
cinco cômodos de uma casa, além de
funcionar um freezer de 150 litros ou uma
geladeira de 240 litros. O que possibilita
estocar os produtos da unidade de
produção preparados para comercialização
e também para consumo próprio. A equipe
contemplou as famílias que fazem parte do
grupo deproduçãodecada Comunidade.
Casa do Doce
Com o intuito de dar suporte,
ampliar e sistematizar a capacidade
de produção e geração de renda das
Comunidades Tradicionais do
Paiaguás foram construídas
Unidades Produtivas chamadas de
‘Casa do Doce’.
É n e s s a s u n i d a d e s d e
transformação, instaladas dentro das
comunidades, que as frutas nativas e
cultivadas são preparadas em doces
para a comercialização.
As unidades estão equipadas com
aparatos para higienização em todo o
processo de fabricação. São de
madeira, com piso e bancadas de
cerâmica, fogão à lenha e possuem
váriosutensíliosdecozinha.
As construções, erguidas em áreas
de 24m, foram adaptadas às
condições locais, em espaços
e s c o l h i d o s e c e d i d o s p e l a s
comunidades.
2
Casa do Doce na Comunidade Limãozinho
Dona Olga e senhor Alexandre na Comunidade CedrinhoBarco conquistado para Comunidade Limãozinho
Reunião na Comunidade Bracinho
Carroça do grupo da Comunidade São Domingos
Poço de Dona Jacinta da Colônia São Domingos
Inicialmente, a meta de distribuição de
telhados para as famílias das comunidades
do Paiaguás era de 100 kits, porém, o Projeto
se superou e conseguiu beneficiar mais 27
famílias
Com o auxílio do Projeto, a tradicional
moradia coberta com folhas de acuri foi
substituída por uma com cobertura de
Eternit. A família beneficiada com as telhas
pôde cobrir dois cômodos, numa área de
28m. Essa estrutura é modesta, mas trouxe
resultados importantes, como a melhora da
higienização doméstica e o aumento do
confortofamiliar.
Para a moradora da comunidade
Bracinho, Joselina Pessoa da Costa, o
telhado novo para sua família ‘‘melhorou
muito’’ sua qualidade de vida, ‘‘hoje não
existem mais ratos e morcegos sobre o
telhado da casa e diminuiu o risco de
contaminação da saúde”, além disso, com o
telhado novo “podemos coletar água da
chuva para usodoméstico”.
2
‘‘o Projeto se superou e conseguiu
beneficiar mais 27 famílias’’
Casa da dona Aurea e do senhor Felicio - Comunidade Cedrinho
Casa da dona Aracilda e do senhor Antonio - Comunidade Corixão
Benfeitorias
por
Comunidades
Poços
prontos
Telhados
prontos
Carroças
entregues
Rolos de
Arame para
Quintal
Produtivo
Corixão 14 15 3 32
Cedrinho 10 10 2 22
Cedro 24 22 5 66
Limãozinho 09 09 2 13
Colônia São
Domingos
49 48 9 128
Colônia
Bracinho
28 23 3 76
TOTAL 134 127 24 337
Contabilizamos também a aquisição de 1.218 manilhas e 1.777 telhas que se
transformaram nas benfeitorias acima.
Boletim Informativo
Diocese de Corumbá
Comissão Pastoral da Terra
Rua Tiradentes, 478
Centro - 79302-052
Corumbá - MS
Tel: (67) 3231- 8537
E-mail: diocesecorumbacpt@gmail.com
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www.cptsocialms.blogspot.com.br
Da esq. para dir: Thiago, Linda Inês, Lourdes,Ana Carolina, Fátima, P. Pascoal, Vanderlei,Amélia.
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Geração de renda para comunidades do Pantanal

  • 1. Projeto Geração de Renda Para as Comunidades do Pantanal Boletim Informativo |cptsocialms.blogspot.com.br | janeiro/setembro de 2015 | nº 3, Ano 2 | e transformamos realidades! Compartilhamos saberes...
  • 2. Página 2 Os produtos da marca Sabores do Pantanal foram comercializados em domicílios, feiras semanais que acontecem na cidade e na Feira do Produtor, que funciona 2 vezes ao mês, organizada pela prefeituradeCorumbá. Foram comercializados: farinha de mandioca, farinha de bocaiuva, cana descascada, mamão, O que é necessário para se mudar uma realidade? Alguém disse que antes de tudo é preciso conhecê-la, compreendê-la. E para quê se muda uma realidade? Isso depende. Depende da realidade e de quem desejamudá-la. Em se tratando das seis Comunidades Tradicionais do Pantanal do Paiaguás, consideraremos mudar para melhorar e melhorar porque se precisa superar o sobreviver, ou seja, o viver mesmo que em condições adversas e sem meios ou recursos. Sobreviver significa lutar pelo mínimo, pelas necessidades básicas, é viver no limite. No limite da fome, da sede, da solidão, do desamparo, da exclusão, da fragilidade.É umvivervulnerável. Solidária e conhecedora da realidade dessas comunidades tradicionais, às margens do Rio Taquari, há mais de 30 anos, a Comissão Pastoral da Terra, da Diocese de Cor umbá (MS), configurou-se, por meio do Projeto Geração de Renda, um agente transformador derealidades. Realidades que agora possuem água para consumo humano, moradia um pouco mais digna, acesso a alguns meios de transporte terrestres e a q u á t i c o s , p r o d u ç ã o e comercialização alimentícia e organização comunitária. Nos dois anos de execução do Projeto, as ações da CPT estimularam e reforçaram o protagonismo de 175 famílias, compartilhando com crianças, jovens, homens e mulheres, c o n h e c i m e n t o s e s a b e r e s . Fornecendo-lhes meios para que conquistem uma renda mais estável e uma vida mais digna. Para que produzam e comercializem produtos nativos e cultivados, para que deixem apenas de lutar por sobrevivência e passem à vivência, ao bem viver, ao viverpara vencer. Só que o trabalho não acaba aqui. As comunidades precisam ainda de melhor infraestrutura e logística como estradas, escolas, unidadesdesaúde. O ir e vir às comunidades, uma problemática constante, em razão do alto custo das passagens de lancha, frete e combustível, poderia ser solucionado por meio de um transporte público ou subsidiado. Até melhores oportunidades de geração de renda são necessárias. Iniciativas quedevemadvirdo poderpúblico. O que está ao alcance da CPT tem sido feito, ano após ano, mas muito ainda está por fazer. A busca pela felicidade e garantia de direitos continua. limão, pimenta, melado, rapadura, abóbora, doces de diferentes tipos, laranja, mamão e maracujá em compotaseembarra,entreoutrosprodutos. Os resultados foram positivos e possibilitaram a experiência da geração de renda entre os membros das Comunidades que participaram das vendas. Editorial Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal Equipe: Amélia Zanella Bruna Mabel Linda Inês Maria de Fátima Maria de Lourdes Thiago Castro Vanderlei da Conceição Pe. Pascoal Forin As imagens são do Arquivo da Comissão Pastoral da Terra Jornalista responsável: Ana Carolina Monteiro DRT/MS 031 A Comissão Pastoral da Terra, ligada à Diocese de Corumbá, foi criada em 1987, durante o período de ditadura militar, para defender os direitos dos trabalhadores rurais assentados nas terras do município de Corumbá (MS). Após anos de ocupação e luta, ampliou o seu trabalho em resposta às demandas levantadas pelos grupos de mulheres da periferia urbana e pelas comunidades tradicionais do Pantanal do Paiaguás. Colocando-se ao lado desses povos no processo de luta pela terra e pela melhoria das condições de vida, por meio de novos projetos de formação e geração de renda. A CPT também tem desenvolvido atividades evangelizadoras em todas as comunidades daquela região. EXPEDIENTE Padre Pascoal Forin em missa na Comunidade Cedro Nos meses de maio e junho, as Comunidades receberam o curso de Organização, Comercialização e Marketing. As mulheres aprenderam a agregar valores à matéria-prima utilizada no preparo dos doces e derivados visando à comercialização nas feiras de Corumbá (MS). Foram ensinadas técnicas de preparação e modo de fazer dos doces, embalagem, rotulagemeorigemda produçãopara o consumidorfinal. Cursos de Doces Participação nas feiras de Corumbá Curso de Organização, Comercialização e Marketing Ao longo do ano, as Comunidades Bracinho, São Domingos, Limãozinho, Cedro, Cedrinho e Corixão foram contempladas com os seguintes cursos: 1) transformação de frutas nativas em doces em calda; 2) doces em pedaços; 3) doces cristalizados;e4)docesempasta. O maior objetivo foi aperfeiçoar o aprendizado das mulheres, promovendo, assim, geração de renda e bem viver a essas comunidades, por meio do e n s i n a m e n t o d e t é c n i c a s d e acompanhamento da produção, transformação e comercialização de produtosnativosecultivados. As 280 jovens e mulheres que participaram dos cursos, com duração de 08 horas, cada um, aprenderam sobre higiene pessoal, do local e dos equipamentos, esterilização no vapor, fechamento, resfriamento e rotulagem de vidros A produção de doces é diversificada, há diferentes áreas da agricultura e plantas frutíferas de diferentes épocas do ano quepodem seraproveitadas. Cursos de doces realizados na Comunidade São Domingos e na Comunidade Cedro Curso com as mulheres da Comunidade Bracinho Feira de DomingoFeira do Produtor Equipe CPT ‘‘O maior objetivo foi aperfeiçoar o aprendizado das mulheres, promovendo, assim, geração de renda e bem viver às Comunidades’’ ‘‘Os resultados foram positivos e possibilitaram a experiência da geração de renda ’’
  • 3. Página 3Janeiro/Setembro de 2015 - nº 3, Ano 2 Moradias mais dignas Transporte aquático e terrestre Poços familiares Apenas as embarcações de pequeno porte fazem o transporte pelos rios que permeiam a região. O transporte por terra, dentro das comunidades, é demorado e o local reserva muitos perigos, como ataques de animais silvestres, em particular de cobras peçonhentas e onças. Os moradores daquela região, inclusive as crianças, costumam andar a pé ou a cavalo, se arriscando diariamente para chegar até seusdestinos. Com o intuito de facilitar o acesso e o transporte entre as comunidades, o Projeto adquiriu 24 carroças de tração A ação humana interferiu no ciclo natural de cheias e secas numa parte do Pantanal em Mato Grosso do Sul. A área total do impacto ambiental, somada, equivale a três cidades de São Paulo. De 1974 a 2008, considerado o último ciclo de cheia da região, havia água em abundância no Pantanal do Paiaguás. As famílias que lá viviam usavam água de baías e corixos para consumo humano e u s o d o m é s t i c o, a l é m d i s s o, armazenavam água para o ano inteiro. A partir de 2009, o que se vê são quilômetros e quilômetros de áreas de pura areia branca, num cenário de seca que lembra muito o sertão árido, obrigando as famílias a buscar alternativas de acesso à água para sobreviver. Pelo Projeto, foram construídos 110 poços manuais de manilha e 24 de tábua, os quais já estão fornecendo água para consumo humano em todas as comunidades. O poço manual é uma alternativa animal. Para o transporte aquático, foram adquiridos 3 barcos de alumínio com 6,70m de comprimento, cinco lugares, equipados com 4 bancos, coletes salva-vidas e motor rabeta a diesel. Os barcos servirão de meio de transporte das famílias e dos produtos transformados na unidade produtiva até a cidade e de mercadorias da cidade para a Comunidade. Apenas em casos de doença, outras pessoas da Comunidade terão acesso às embarcações para deslocamentoatéa áreaurbana. simples que minimiza o problema vivenciado pelas Comunidades de falta de água, mas a problemática da seca é uma constante e se agrava a cada ciclo anual. Organização Comunitária Placas Solares Compreendemos o conceito de Comunidade Tradicional como um grupo que interage diretamente, face a face, e que é capaz de agir coletivamente a partir destas interações, que compartilha um patrimônio e um pacote de recursos, dentre eles o território, sobre os quais são estabelecidos direitoscoletivos. Cientes dessa realidade é que foram organizadas, em cada C o m u n i d a d e , d e n t r o d o s parâmetros de base comunitária, o fi c i n a s d e Fo r m a ç ã o d e Organizações Comunitárias com as famílias participantesdo Projeto. O objetivo foi organizar os grupos de produção que estão inseridos na gestão dos bens e serviços Em meio a tantas ações concluídas pelo Projeto Geração de Renda junto às comunidades, houve economia de recurso. Essa economia significativa possibilitou a aquisição de 31 kits de energia solar, compostos por 03 placas, 01 inversor, 01 controlador e 01 bateria. As placas solares fotovoltaicas instaladas captam energia de fonte inesgotável, não agridem o meio desenvolvidos pelo Projeto. Um importante papel dessa fase foi dar visibilidade às Comunidades Tradicionais do Paiaguás, uma vez que, organizadas, elas terão condições de comercializar seus produtos, cujas vendas gerarão renda e lhes fortalecerão oslaçossociais. ambiente e são suficientes para iluminar cinco cômodos de uma casa, além de funcionar um freezer de 150 litros ou uma geladeira de 240 litros. O que possibilita estocar os produtos da unidade de produção preparados para comercialização e também para consumo próprio. A equipe contemplou as famílias que fazem parte do grupo deproduçãodecada Comunidade. Casa do Doce Com o intuito de dar suporte, ampliar e sistematizar a capacidade de produção e geração de renda das Comunidades Tradicionais do Paiaguás foram construídas Unidades Produtivas chamadas de ‘Casa do Doce’. É n e s s a s u n i d a d e s d e transformação, instaladas dentro das comunidades, que as frutas nativas e cultivadas são preparadas em doces para a comercialização. As unidades estão equipadas com aparatos para higienização em todo o processo de fabricação. São de madeira, com piso e bancadas de cerâmica, fogão à lenha e possuem váriosutensíliosdecozinha. As construções, erguidas em áreas de 24m, foram adaptadas às condições locais, em espaços e s c o l h i d o s e c e d i d o s p e l a s comunidades. 2 Casa do Doce na Comunidade Limãozinho Dona Olga e senhor Alexandre na Comunidade CedrinhoBarco conquistado para Comunidade Limãozinho Reunião na Comunidade Bracinho Carroça do grupo da Comunidade São Domingos Poço de Dona Jacinta da Colônia São Domingos Inicialmente, a meta de distribuição de telhados para as famílias das comunidades do Paiaguás era de 100 kits, porém, o Projeto se superou e conseguiu beneficiar mais 27 famílias Com o auxílio do Projeto, a tradicional moradia coberta com folhas de acuri foi substituída por uma com cobertura de Eternit. A família beneficiada com as telhas pôde cobrir dois cômodos, numa área de 28m. Essa estrutura é modesta, mas trouxe resultados importantes, como a melhora da higienização doméstica e o aumento do confortofamiliar. Para a moradora da comunidade Bracinho, Joselina Pessoa da Costa, o telhado novo para sua família ‘‘melhorou muito’’ sua qualidade de vida, ‘‘hoje não existem mais ratos e morcegos sobre o telhado da casa e diminuiu o risco de contaminação da saúde”, além disso, com o telhado novo “podemos coletar água da chuva para usodoméstico”. 2 ‘‘o Projeto se superou e conseguiu beneficiar mais 27 famílias’’ Casa da dona Aurea e do senhor Felicio - Comunidade Cedrinho Casa da dona Aracilda e do senhor Antonio - Comunidade Corixão
  • 4. Benfeitorias por Comunidades Poços prontos Telhados prontos Carroças entregues Rolos de Arame para Quintal Produtivo Corixão 14 15 3 32 Cedrinho 10 10 2 22 Cedro 24 22 5 66 Limãozinho 09 09 2 13 Colônia São Domingos 49 48 9 128 Colônia Bracinho 28 23 3 76 TOTAL 134 127 24 337 Contabilizamos também a aquisição de 1.218 manilhas e 1.777 telhas que se transformaram nas benfeitorias acima. Boletim Informativo Diocese de Corumbá Comissão Pastoral da Terra Rua Tiradentes, 478 Centro - 79302-052 Corumbá - MS Tel: (67) 3231- 8537 E-mail: diocesecorumbacpt@gmail.com Estamos na WEB!! cptsocialms.webnode.com www.cptsocialms.blogspot.com.br Da esq. para dir: Thiago, Linda Inês, Lourdes,Ana Carolina, Fátima, P. Pascoal, Vanderlei,Amélia. PRESTAÇÃO DE CONTAS: HORA DE FINALIZAR COMUNITA . IMPEGNO . SERVIZIO . VOLONTARIATO REALIZAÇÃO APOIO PATROCÍNIO