2. NUTRIÇÃO E METABOLISMO BACTERIANO
As bactérias se nutrem apenas
de material em solução, pela
impossibilidade de tomar
alimento por outro processo,
devido a presença da parede
rígida que envolve toda
membrana celular.
3. NUTRIÇÃO E METABOLISMO BACTERIANO
• Os nutrientes podem ser divididos em
duas classes:
1. Macronutrientes;
2. Micronutrientes.
5. NUTRIÇÃO E METABOLISMO BACTERIANO
INFLUÊNCIA DOS FATORES
AMBIENTAIS:
A tomada de nutrientes e posterior
metabolismo são influenciados por fatores
físicos e químicos dos meio ambiente.
7. OXIGÊNIO
O oxigênio pode ser
indispensável, letal ou
inoculado para as bactérias, o
que permite classificá-las em:
AERÓBIAS;
ANAERÓBIAS
8. AERÓBIAS:
- Aeróbias Estritas = exigem presença de oxigênio;
- Microaerófilas = necessitam de baixos teores de
oxigênio;
- Facultativas = utilizam o oxigênio quando
disponível, mas desenvolvem-se também na
ausência dos mesmo.
-Aerotolerantes = suportam a presença de oxigênio
apesar de não utilizarem.
ANAERÓBIAS:
- Anaeróbias estritas: não toleram oxigênio.
9. CRESCIMENTO BACTERIANO
O aumento das células depende da:
VELOCIDADE DE ACRÉSCIMOS DE
SUBSTÂNCIA
X
VELOCIDADE DE DIVISÃO DAS CÉLULAS
11. AS BACTÉRIAS PATOGÊNICAS SÃO CLASSIFICADAS EM:
PRIMÁRIAS: são capazes de causar
doenças nos indivíduos normais;
OPORTUNISTAS: causam doenças em
indivíduos com algum tipo de deficiência em
suas defesas naturais ou adquiridas.
12. O caráter da patogenicidade de uma
bactéria é conferido por duas ordens de fatores de
virulência:
FATORES DE COLONIZAÇÃO: estes conferem a
bactérias a capacidade de colonizar o indivíduo,
isto é, de proliferar e sobreviver no organismo.
FATORES DE LESÃO: são fatores que provocam
lesão no organismo (febre, inflamação e choque
séptico).
14. VIA DE TRANSMISSÃO ENDÓGENA
CONTATO DIRETO - mediato ou imediato: vetores,
poeiras, alimentos e próprio solo.
Doenças venéreas - contato direto imediato, pois
ocorre justaposição de superfície, sem a
participação de qualquer elemento intermediário.
Algumas infecções respiratórias - contato direto
mediato, pois são transmitidas por gotículas
respiratórias e perdigotos.
15. PORTAS DE ENTRADA
Pele (vetores e solos);
Mucosas (contato);
Vias aéreas superiores (gotículas e poeiras);
Via oral (alimentos);
A profilaxia das infecções bacterianas
exógenas podem ser feitas intervindo-se no nível
da fonte de infecção, vias de transmissão e no
nível do hospedeiro.
16. VIA DE TRANSMISSÃO EXÓGENA
De modo geral podem ser consideradas
oportunistas, porque quase sempre só
expressam sua atividade patogênica quando o
hospedeiro oferece condições apropriadas
como:
Pacientes hospitalizados;
Uso de antibióticos;
Imunossupressores;
Atos cirúrgicos;
Câncer e diabetes;
Uso de sondas e cateteres de demora.
17. As infecções endógenas podem
localizar-se na pele, sistema nervoso
(meningite), aparelho respiratório
(pneumonias lobares aguda), circulatório
e urinário, seios paransais (sinusite) e
ouvido (otite).
19. Os protozoários são organismos unicelulares ou
coloniais, muitas espécies são móveis e
heterotróficas, o que é considerado um caráter
animal. Os protozoários são encontrados no mar e na
água doce, e muitas espécies são parasitas.
Os protozoários são divididos em 4 Classes:
ciliados, flagelados, sarcodíneos e esporozoários. A
divisão em classes, entre os protozoários, é feita
geralmente com base no tipo ou na ausência de
estruturas locomotoras.
20. Os ciliados possuem um complexo de
organelas, especialmente como parte da película,
na camada externa da célula. Os cílios são
utilizados na natação e, em alguns organismos, na
alimentação.
Os flagelados incluem os protozoários que têm
apenas um núcleo e um ou mais flagelos,
geralmente não mais do que oito. Sua locomoção
em água é bastante rápida, e geralmente são
organismos de dimensões bastante grandes
(alguns podem ser vistos a olho nu).
21. Os sarcodíneos incluem todos os protozoários
que se locomovem a partir de estruturas
denominadas Pseudópodos. São bastante comuns
em água doce, e o exemplo mais comum é o da
ameba (Amoeba, Entamoeba e outros gêneros).
Os esporozoários são protozoários parasitas de
invertebrados e vertebrados e alguns deles
necessitam de dois hospedeiros. Não há nenhum
tipo de estrutura de locomoção. Entre os
esporozoários causadores de doenças encontra-se o
famoso Plasmodium, que é o agente causador da
malária, o qual ataca preferencialmente eritrócitos
humanos.
23. Os fungos, que antigamente eram classificados no
Reino Mycota, são os organismos encarregados da
decomposição da matéria, ao lado das bactérias,
degradando produtos orgânicos e devolvendo carbono,
nitrogênio e outros componentes ao solo e ao ar.
Conhecem-se umas 100 mil espécies. Trata-se de
organismos de crescimento rápido e não
fotossintetizantes.
Os fungos reproduzem-se por meio de esporos.
Entre suas peculiaridades genéticas estão os
fenômenos que envolvem mutações a nível estrutural.
24. O Glicogênio é a principal reserva destes
organismos heterotróficos.
Além do papel que desempenham como
decompositores, os fungos, do ponto de vista
econômico, denotam possuir apreciável
importância como destruidores de matérias
alimentares e outros materiais orgânicos. O
grupo também inclui os fermentos, a penicilina e
outros produtores de antibióticos, os bolores de
queijo, as altamente prezadas trufas e outros
cogumelos comestíveis (champinhon, por
exemplo).
25. VÍRUS — ORGANISMOS SEM REINO DEFINIDO
Os vírus, são agentes infecciosos compostos de uma
parte central de ácido nucléico, seja RNA ou DNA, e de
uma capa protetora cuja índole é protéica. Não se
reproduzem fora das células vivas. Nos vírus providos de
DNA (DNA vírus ou Adenovírus), este entra em
competição com o DNA da célula hospedeira e assume a
direção das atividades dela. Nos vírus que encerram
RNA (RNA vírus ou Retrovírus), o qual é geralmente
formado de uma só faixa, este atua como mensageiro na
célula parasitada, associando-se aos ribossomos e
servindo como modelo para a síntese das proteínas.
26. Os Bacteriófagos são vírus que atacam bactérias, e
são geralmente mencionados simplesmente como Fagos.
O mais estudado é o Fago T4, que ataca a bactéria
Escherichia coli.
Os vírus são chamados, biologicamente, de parasitas
intracelulares obrigatórios. Isto equivale a dizer que, fora
da célula-alvo viva o vírus não tem atividade. Costuma-
se, portanto, dizer que os vírus são um meio-termo entre
a matéria bruta e os seres vivos.
Dentro da célula-alvo, os vírus replicam-se
normalmente, desempenhando, então, uma função que é
comum a todos os seres vivos (reprodução); fora dela,
alguns vírus entram em um estado chamado
"cristalizado", o que os torna estruturas inertes
semelhantes a minúsculos cristais. Nestas condições, os
vírus não têm nenhuma atividade e tornam-se
semelhantes à matéria bruta.
28. Como vimos, os microrganismos são seres que,
devido à sua alta taxa mutacional, rápido crescimento e
facilidade de colonização dos mais variados meios,
conseguiram se desenvolver abundantemente na água,
no solo, no ar, no interior de plantas e animais, e
também sobre a superfície corporal destes.
A gravidade e o número de pessoas acometidas por
uma determinada doença determinam a condição
disseminadora do agente causador. Assim, as doenças
podem ser classificadas em:
29. EPIDEMIA — doença que acomete um
grande número de pessoas, num curto
espaço de tempo, em uma determinada área
geográfica.
• Temos como exemplos as famosas
epidemias de cólera, de conjuntivite, de
hepatite, de meningite, de dengue etc.
Geralmente, as epidemias iniciam-se com
um Surto que posteriormente toma a forma
de uma epidemia propriamente dita;
30. ENDEMIA — doença que acomete um
número de pessoas constante, ou com
pouca oscilação, durante décadas ou
espaço de tempo superior, em uma
determinada área geográfica. As
endemias mais comuns no Brasil são a
malária, a doença de Chagas, o
amarelão e a ascaridíase, pois os
números de pessoas acometidas, em
suas regiões de ocorrência, são
constantes, ano após ano;
31. PANDEMIA — tipo de epidemia que se
dissemina rapidamente sobre várias
regiões geográficas do planeta, com
controle sanitário muito pequeno ou
nulo. Atualmente, as pandemias que
mais preocupam a população mundial
são a gripe e a AIDS. Uma pandemia
famosa do início do séc. XX foi a gripe
espanhola, que matou mais de 20
milhões de pessoas no mundo inteiro.
33. A AIDS
Como vimos, o vírus da AIDS (Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida), o HIV, é um
retrovírus. Em todos os seres vivos, o DNA
orienta a síntese de uma molécula de RNA
mensageiro. Essa molécula se dirige, então, ao
citoplasma da célula onde, com o auxílio de
ribossomos, enzimas e outras moléculas de
RNA, determina a síntese de uma proteína
específica.
Nos retrovírus ocorre o inverso, pois com o
auxílio de uma enzima típica desse grupo, o RNA
do vírus sintetiza uma molécula de DNA que se
incorpora no material genético da célula
hospedeira.
34. Deste DNA pode, então, permanecer inativo por
tempo indeterminado. A qualquer momento, porém, pode
desencadear a síntese de novas moléculas de RNA e de
proteínas da cápsula, formando novos vírus idênticos ao
original. Com o rompimento e destruição da célula, os
novos vírus se libertam, podendo, então, atacar e destruir
outras células. Assim, um número progressivamente
maior de células é destruído.
O HIV, que já se mostrou ser um vírus com
capacidade mutacional — reconhece-se várias classes de
HIV, como o HIV-I, HIV-II, HIV-III etc. — realiza seu ciclo
dentro de um grupo de glóbulos brancos especializados
na transmissão de mensagens aos produtores de
anticorpos. Esses glóbulos brancos são os Linfócitos T4.
Os linfócitos T4 são as células auxiliadoras do sistema
imunológico humano, pois transmitem a informação sobre
a presença de agentes estranhos no organismo aos
35. Estes, por sua vez, são responsáveis pela produção
de anticorpos, porém esta produção somente será feita
mediante a mensagem transmitida pelos linfócitos T4.
Assim, conclui-se facilmente que o organismo infectado
pelo HIV começa a ficar imunodepressivo (ou seja, com
uma baixa taxa de linfócitos circulantes no sangue,
reduzindo a capacidade imunitária) devido à morte
progressiva dos linfócitos T4, deixando, portanto, o
organismo infectado totalmente vulnerável a outras
infecções e doenças ditas oportunistas, causadas por
bactérias, outros vírus, fungos, protozoários etc.
Apesar de ainda não se ter a cura definitiva, a AIDS
pode ser tratada através de Coquetéis, como o AZT, por
exemplo, sendo que o paciente continua infectado,
aumentando somente sua sobrevida.
36. ANTISSEPSIA
Anti-sepsia é o método através do qual se
impede a proliferação de microrganismos em
tecidos vivos com o uso de substância químicas
(os anti-sépticos) usadas como bactericidas ou
bacteriostáticos.
Uma mesma substância química usada em
objetos inanimados será chamada de
desinfectante e quando usada em tecidos vivos
será chamada de anti-sépticos. Ex. Clorexidina e
iodopovidona.
37. As nossas mãos estão constantemente se
impregnando de germes e bactérias nas atividades
diárias, devido ao intenso contato com ambientes
contaminados. Estes microorganismos, transmitidos por
contato direto ou indireto, podem ser causadores dos
mais diversos tipos de doenças. Por isso, preocupar-se
com a higienização, mantendo as mãos limpas, é a
maneira mais prática e eficiente de evitar a cadeia de
transmissão de doenças.
A antissepsia consiste no processo utilizado para
destruir ou remover microorganismos das mãos,
utilizando produtos antissépticos. A sua utilização pode
reduzir ainda os riscos de infecção e transmissão, uma
vez que intensifica a redução de micróbios.
38. DESCONTAMINAÇÃO
É o ato de redução ou remoção dos microrganismos de
objetos inanimados por métodos quimiomecânicos,
tornando-os mais seguros de serem manuseados ou
tocados. É o que se faz quando se lava estes objetos
com água, sabão e escova.
INFECÇÃO
É uma ação exercida no organismo decorrente da
presença de agentes patogênicos, podendo ser por
bactérias, vírus, fungos ou protozoários.
39. INFECÇÃO HOSPITALAR
É uma infecção adquirida durante a
internação do paciente-cliente. Pode se
manifestar durante a internação ou mesmo
após alta hospitalar.
A infecção hospitalar está associada
com a hospitalização ou com
procedimentos hospitalares .
40. Fatores de risco para ocorrer a infecção
a) idade
b) doenças de base
c) desnutrição
d) uso prolongado de medicamentos
e) tempo de hospitalização
f) procedimentos invasivos
g) técnica de uso e processamento de materiais
inadequados
41. Fontes ou reservatórios de microorganismos
Os microorganismos apresentam muitas
fontes ou reservatórios para desenvolver-se,
entre eles:
- o próprio organismo
- insetos
- animais
- objetos inanimados
- alimentos
42. Tipos de infecções
a) Endógena : pode ocorrer quando parte da flora
natural do paciente sofre alterações, convertendo-
se em patógenos por modificação de sua estrutura
.
Exemplo: candidíase vaginal
b ) Exógena : resulta de microorganismos externos ao
indivíduo que não fazem parte da flora natural .
Exemplo : bactérias, vírus, fungos, entre outros
43. Modos de transmissão
a) Contato : Exemplos de doenças que necessitam isolamento de
contato: Infecções por bactérias multirresistentes, Enterovirus,
Hepatite A, Herpes simples, abcessos, úlceras de decúbito, ou outras
infecções por Staphylococcus aureus cutâneo, escabíose,
Pediculose,
A transmissão por contato pode ser :
- direta: transferência física direta de um indivíduo infectado e um
hospedeiro susceptível
Exemplo: manusear um paciente infectado e logo em seguida
manipular outro sem lavar as mãos (infecção cruzada )
- indireta: contato pessoal do hospedeiro susceptível com objetos
inanimados contaminados.
Exemplo: agulhas, roupas de camas, fômites (comadres, papagaios),
entre outros.
44. b) Gotículas : o agente infeccioso entra em contato com
mucosas nasal ou oral do hospedeiro susceptível,
através de tosse ou espirro .
Exemplo: Haemophilus influenza tipo b (meningite tipo
b), Influenza (gripe).
c) Pelo ar: núcleos secos de gotículas, ou seja, resíduos
de gotículas evaporadas que permanecem suspensas
no ar, quando o indivíduo infectado espirra, fala, tosse,
etc .
Exemplo: tuberculose, sarampo.
d) por vetores: insetos, mosquitos, pulgas, carrapatos,
piolhos
e) por veículos: ítens contaminados
Exemplo: sangue, secreções, soluções, entre outros.
45. O profissional de saúde pode intervir
para evitar que as infecções se
desenvolvam ou disseminem, adotando
medidas preventivas adequadas.
O profissional exerce papel importante
para minimizar a disseminação de
infecções. Por exemplo: uma simples
lavagem das mãos.
46. SISTEMA DE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO
O objetivo básico de um sistema de
precauções e isolamento é a prevenção da
transmissão de um microorganismo de um
paciente portador, são ou doente, para outro
paciente, tanto de forma direta ou indireta.
Esta prevenção abrange medidas referentes
aos pacientes, mas também aos profissionais
de saúde:
47. Precaução Padrão
É o conjunto de técnicas que devem ser adotadas por
todos os profissionais de saúde para atendimento de
todos os pacientes, independentemente de seu
diagnóstico. Deverão ser usadas quando existir risco de
contato com sangue, fluídos corpóreos, pele não íntegra e
mucosa.
É recomendada para todas as situações,
independente da presença ou ausência de doença
transmissível comprovada.
Os materiais que compões o conjunto de precauções
padrão são:
- luvas de procedimentos
- avental de manga longa, descartável ou não
- máscaras simples
- óculos protetor
48. Isolamento
Entende-se por isolamento o estabelecimento de
barreiras físicas de modo a reduzir a transmissão dos
microrganismos de um indivíduo para outro.
a ) Isolamento reverso : este isolamento é estabelecido para
proteger das infecções um indivíduo
imunocomprometido.
Materiais :
Quarto privado
Luvas de procedimentos
Máscara comum
Avental de manga longa
49. b) Isolamento para transmissão por via aérea ou
gotículas:
• Quarto privado
Caso não seja possível dar um quarto a cada doente, junte
doentes com a mesma doença
Use máscara N95 se o doente tem tuberculose em fase
contagiosa
C) Isolamento por transmissão por contato
• Quarto privado. Se não for possível, agrupe os doentes por
doença.
Use sempre luvas de procedimentos; lave as mãos antes e
depois de retirar as luvas.