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Como podemos representar o tempo histórico?
A cronologia, palavra derivada do grego (chronos, tempo + logos,
estudo), é a ciência auxiliar da História que tem por objetivo estabelecer
as datas e a ordem dos acontecimentos históricos, agrupando-os numa
sequência lógica, do acontecimento mais antigo para o mais recente, ou
do mais recente para o mais antigo.
A cronologia (a sequência de um conjunto de acontecimentos ordenados
por datas) pode ser representada numa barra ou friso
cronológico.
Tempo histórico
No friso cronológico podemos observar a sequência de datas, e
podemos distinguir vários períodos de tempo:
− o tempo curto: o acontecimento, que ocorre em pouco tempo;
− o tempo médio ou conjuntura: o período mais alargado em que se
verificam certas características que refletem um momento que se
prolonga durante vários anos ou até décadas;
− o tempo de longa duração ou estrutura: o acontecimento que se
desenvolve durante um período de maior duração, que pode abranger
um século, vários séculos ou até milénios;
− o tempo cíclico: é o tempo dos acontecimentos ou fenómenos que se
repetem de forma cíclica ou periódica, nomeadamente crises
económicas, crises demográficas, por exemplo, que se repetem
ciclicamente, ao longo de várias épocas.
Como utilizamos o tempo e o espaço no estudo da História?
A cronologia: o friso cronológico
Os frisos (ou barras) cronológicas são linhas de tempo que representam os
acontecimentos ou eventos ao longo de uma escala graduada para podermos
visualizar a ordem cronológica em que os acontecimentos representados
ocorreram.
Num friso cronológico podemos destacar dois conceitos
importantes da História:
‐ o acontecimento breve num tempo curto;
‐ o período ou época da História - um espaço de tempo mais
longo, situado entre duas datas, que são escolhidas para
marcar a divisão das épocas pelo historiador.
O historiador escolhe datas que marcaram as grandes mudanças
políticas, culturais, religiosas, económicas e sociais.
A identificação dos séculos é muito importante, pois os acontecimentos
do passado desenvolvem-se, muitas vezes, durante longos períodos de
tempo que abrangem um ou mais séculos.
O século é um período de 100 anos.
Um período de 25 anos designa-se, muitas vezes, como “um
quarto de século” ou “um quartel”.
Um período de 50 anos designa-se como “primeira metade do
século” ou “segunda metade do século”.
Uma década é um período de 10 anos.
Como podemos distinguir o tempo longo da história?
Exemplo
A noção de período histórico
A definição de período histórico é o resultado de uma reflexão do
historiador sobre permanências e mutações nos modos de vida das
sociedades, num determinado espaço e tempo:
‐ A Época Clássica ou Antiguidade Clássica: o modelo clássico
na cultura e na arte; na filosofia e nas ideias; na vida económica e
social.
‐ A Idade Média ou Época Medieval: reis e reinos; senhorios,
castelos e camponeses; Igreja e cultura; cidades e comerciantes;
cavaleiros e burgueses.
‐ A Idade Moderna ou Época Moderna: mudança e abertura
do mundo, do Homem e do conhecimento da
Natureza, novos povos e culturas.
QUAIS OS PERÍODOS HISTÓRICOS QUE VAMOS ESTUDAR NO
PRIMEIRO ANO DO ENSINO SECUNDÁRIO?
Como visualizamos o espaço histórico?
O mapa histórico
Os mapas utilizados em História representam um espaço
em que se situam, ou se localizam, os acontecimentos
históricos.
Os mapas permitem situar as informações, as temáticas
e os fenómenos históricos no tempo e no espaço. Para a
leitura do mapa deverá utilizar a legenda.
A legenda é o conjunto de sinais e de cores que permite
a leitura e a interpretação do mapa: com setas; linhas;
pontos de forma variada…
O título do mapa dá a conhecer o assunto, o tema, o fenómeno
que nele se representa, delimitando igualmente o tempo que a
representação abrange.
A interpretação do mapa deve ser acompanhada de outros
documentos que permitem contextualizar e dar significado ao
que está representado.
As plantas de cidades ou lugares são também importantes no
conhecimento e até na reconstituição dos espaços antigos, de
modo a apreciar a evolução dos espaços e a sua ocupação pelo
Homem ao longo dos tempos. É o caso das plantas das cidades
antigas, ou da Idade Média em que se pode reconhecer, por
exemplo, os espaços, o traçado das ruas e as muralhas.
Como visualizamos o espaço histórico?
O mapa histórico
Como analisamos dados históricos quantitativos?
Os gráficos
Os gráficos são também um instrumento de estudo em História,
sobretudo em temáticas relacionadas com a economia ou a demografia.
Através dos dados quantitativos podemos analisar a evolução dos
preços, da produção económica e do comércio.
Podemos igualmente analisar gráficos com indicadores da população que
apresentam os nascimentos (taxa de natalidade), os óbitos (taxa de
mortalidade) ou outros elementos para conhecer a evolução em alta, em
baixa ou a estagnação.
Outros documentos têm de ser usados para analisar os motivos ou os
fatores da evolução demográfica.
A evolução da população na França entre o século XIV e o século XV.
Como pode o historiador estudar o passado?
As fontes da História
Documentos históricos ou fontes históricas:
o que é um documento?
Documento de 1139, (assinalado a vermelho), ANTT, História de Portugal,
Verbo Juvenil.
D. Afonso
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intitula-se rei
As fontes primárias foram produzidas na época em
que ocorreram os factos ou os acontecimentos a
que se referem.
Exemplos:
‐ Fontes escritas: registos paroquiais, leis,
poemas, crónicas, documentos régios, cartas de
foral.
‐ Fontes iconográficas: obras de arte e imagens.
‐ Fontes materiais: ruínas, ossadas, pinturas,
cerâmica, armas, moedas, vestuário.
A expulsão dos demónios de
Arezzo, Giotto, século XIII.
Vaso grego, século VI.
Página da Crónica Breve de Santa Cruz de Coimbra.
Como são usadas as fontes no trabalho do historiador?
Os historiadores analisam, interpretam, criticam os documentos para
deles retirarem a informação e os dados históricos a fim de construir o
conhecimento do passado; ou seja, elaboram o estudo cientificamente
conduzido do passado humano, de forma a analisá-lo, compreendê-lo e
explicá-lo nos diversos aspetos da vida e da ação do Homem.
O historiador produz um texto historiográfico que consiste numa
interpretação do historiador sobre os documentos e testemunhos da
época que está a estudar.
Quais os campos de estudo do historiador?
Alguns exemplos:
Os processos evolutivos em História; a multiplicidade de fatores.
Exemplo:
‐ As invasões dos bárbaros fim do Império Romano.
‐ As transformações económicas do século XII-XIII desenvolvimento
da agricultura crescimento demográfico crescimento das
cidades.
‐ A crise do século XIV peste negra fomes guerras
crescimento da mortalidade recuo demográfico.
‐ A expansão marítima procura de novas terras procura de
mercadorias procura de escravos divulgação da fé cristã.
‐ A reforma religiosa críticas à Igreja Católica abusos do clero
rutura da cristandade ocidental.
Quais os campos de estudo do historiador?
Alguns exemplos:
As permutas culturais e simultaneidade de culturas.
Exemplo:
‐ Expansão do Império Romano conquista e domínio de outros
povos romanização.
‐ Invasões dos muçulmanos na península ibérica Reconquista
convívio pacífico permanência de comunidades cristãs e
permanência de muçulmanos herança muçulmana
permanência e troca de ideias, produtos, instrumentos, alimentos,
hábitos, vestuário.
Quais os campos de estudo do historiador?
Alguns exemplos:
A História nacional e a História universal – interações e especificidade
do percurso português
Exemplo:
‐ A importância do Património monumental construído: românico
e gótico; renascimento e manuelino.
‐ A importância do contributo da Arqueologia: vestígios e ruínas
romanas; pesquisa de vestígios e testemunhos do passado da
Antiguidade, da Idade Média, da Idade Moderna.
‐ O papel dos museus: conservação da memória e das obras dos
antepassados para serem testemunho e valor para o presente.
‐ A função dos arquivos: depósito e conservação de documentos
escritos, e noutros suportes, que constituem fundos documentais,
fontes fundamentais do conhecimento do passado.
Quais os campos de estudo do historiador?
Alguns exemplos:
As influências e interações entre Portugal, a Europa e o Mundo.
Exemplo:
‐ As dinastias e os casamentos: de reis, rainhas, princesas e príncipes.
‐ A circulação e divulgação da cultura: viajantes, comerciantes,
cruzados, navegadores, aventureiros, conquistadores, missionários.
‐ A circulação de ideias: comércio e comerciantes; descobrimentos e
pioneiros da expansão; religião, evangelização e missionários.
‐ As influências e interações entre Portugal e povos de outros
continentes e multiculturalismo: influências no Oriente e do
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  • 1.
  • 2. Como podemos representar o tempo histórico? A cronologia, palavra derivada do grego (chronos, tempo + logos, estudo), é a ciência auxiliar da História que tem por objetivo estabelecer as datas e a ordem dos acontecimentos históricos, agrupando-os numa sequência lógica, do acontecimento mais antigo para o mais recente, ou do mais recente para o mais antigo. A cronologia (a sequência de um conjunto de acontecimentos ordenados por datas) pode ser representada numa barra ou friso cronológico.
  • 3. Tempo histórico No friso cronológico podemos observar a sequência de datas, e podemos distinguir vários períodos de tempo: − o tempo curto: o acontecimento, que ocorre em pouco tempo; − o tempo médio ou conjuntura: o período mais alargado em que se verificam certas características que refletem um momento que se prolonga durante vários anos ou até décadas; − o tempo de longa duração ou estrutura: o acontecimento que se desenvolve durante um período de maior duração, que pode abranger um século, vários séculos ou até milénios; − o tempo cíclico: é o tempo dos acontecimentos ou fenómenos que se repetem de forma cíclica ou periódica, nomeadamente crises económicas, crises demográficas, por exemplo, que se repetem ciclicamente, ao longo de várias épocas.
  • 4. Como utilizamos o tempo e o espaço no estudo da História?
  • 5. A cronologia: o friso cronológico Os frisos (ou barras) cronológicas são linhas de tempo que representam os acontecimentos ou eventos ao longo de uma escala graduada para podermos visualizar a ordem cronológica em que os acontecimentos representados ocorreram.
  • 6. Num friso cronológico podemos destacar dois conceitos importantes da História: ‐ o acontecimento breve num tempo curto; ‐ o período ou época da História - um espaço de tempo mais longo, situado entre duas datas, que são escolhidas para marcar a divisão das épocas pelo historiador.
  • 7. O historiador escolhe datas que marcaram as grandes mudanças políticas, culturais, religiosas, económicas e sociais. A identificação dos séculos é muito importante, pois os acontecimentos do passado desenvolvem-se, muitas vezes, durante longos períodos de tempo que abrangem um ou mais séculos. O século é um período de 100 anos. Um período de 25 anos designa-se, muitas vezes, como “um quarto de século” ou “um quartel”. Um período de 50 anos designa-se como “primeira metade do século” ou “segunda metade do século”. Uma década é um período de 10 anos.
  • 8. Como podemos distinguir o tempo longo da história? Exemplo A noção de período histórico A definição de período histórico é o resultado de uma reflexão do historiador sobre permanências e mutações nos modos de vida das sociedades, num determinado espaço e tempo: ‐ A Época Clássica ou Antiguidade Clássica: o modelo clássico na cultura e na arte; na filosofia e nas ideias; na vida económica e social. ‐ A Idade Média ou Época Medieval: reis e reinos; senhorios, castelos e camponeses; Igreja e cultura; cidades e comerciantes; cavaleiros e burgueses. ‐ A Idade Moderna ou Época Moderna: mudança e abertura do mundo, do Homem e do conhecimento da Natureza, novos povos e culturas.
  • 9. QUAIS OS PERÍODOS HISTÓRICOS QUE VAMOS ESTUDAR NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO SECUNDÁRIO?
  • 10. Como visualizamos o espaço histórico? O mapa histórico Os mapas utilizados em História representam um espaço em que se situam, ou se localizam, os acontecimentos históricos. Os mapas permitem situar as informações, as temáticas e os fenómenos históricos no tempo e no espaço. Para a leitura do mapa deverá utilizar a legenda. A legenda é o conjunto de sinais e de cores que permite a leitura e a interpretação do mapa: com setas; linhas; pontos de forma variada…
  • 11. O título do mapa dá a conhecer o assunto, o tema, o fenómeno que nele se representa, delimitando igualmente o tempo que a representação abrange. A interpretação do mapa deve ser acompanhada de outros documentos que permitem contextualizar e dar significado ao que está representado. As plantas de cidades ou lugares são também importantes no conhecimento e até na reconstituição dos espaços antigos, de modo a apreciar a evolução dos espaços e a sua ocupação pelo Homem ao longo dos tempos. É o caso das plantas das cidades antigas, ou da Idade Média em que se pode reconhecer, por exemplo, os espaços, o traçado das ruas e as muralhas. Como visualizamos o espaço histórico? O mapa histórico
  • 12.
  • 13. Como analisamos dados históricos quantitativos? Os gráficos Os gráficos são também um instrumento de estudo em História, sobretudo em temáticas relacionadas com a economia ou a demografia. Através dos dados quantitativos podemos analisar a evolução dos preços, da produção económica e do comércio. Podemos igualmente analisar gráficos com indicadores da população que apresentam os nascimentos (taxa de natalidade), os óbitos (taxa de mortalidade) ou outros elementos para conhecer a evolução em alta, em baixa ou a estagnação. Outros documentos têm de ser usados para analisar os motivos ou os fatores da evolução demográfica.
  • 14. A evolução da população na França entre o século XIV e o século XV.
  • 15. Como pode o historiador estudar o passado? As fontes da História Documentos históricos ou fontes históricas: o que é um documento?
  • 16.
  • 17. Documento de 1139, (assinalado a vermelho), ANTT, História de Portugal, Verbo Juvenil. D. Afonso Henriques intitula-se rei
  • 18. As fontes primárias foram produzidas na época em que ocorreram os factos ou os acontecimentos a que se referem. Exemplos: ‐ Fontes escritas: registos paroquiais, leis, poemas, crónicas, documentos régios, cartas de foral. ‐ Fontes iconográficas: obras de arte e imagens. ‐ Fontes materiais: ruínas, ossadas, pinturas, cerâmica, armas, moedas, vestuário. A expulsão dos demónios de Arezzo, Giotto, século XIII. Vaso grego, século VI. Página da Crónica Breve de Santa Cruz de Coimbra.
  • 19. Como são usadas as fontes no trabalho do historiador? Os historiadores analisam, interpretam, criticam os documentos para deles retirarem a informação e os dados históricos a fim de construir o conhecimento do passado; ou seja, elaboram o estudo cientificamente conduzido do passado humano, de forma a analisá-lo, compreendê-lo e explicá-lo nos diversos aspetos da vida e da ação do Homem. O historiador produz um texto historiográfico que consiste numa interpretação do historiador sobre os documentos e testemunhos da época que está a estudar.
  • 20. Quais os campos de estudo do historiador? Alguns exemplos: Os processos evolutivos em História; a multiplicidade de fatores. Exemplo: ‐ As invasões dos bárbaros fim do Império Romano. ‐ As transformações económicas do século XII-XIII desenvolvimento da agricultura crescimento demográfico crescimento das cidades. ‐ A crise do século XIV peste negra fomes guerras crescimento da mortalidade recuo demográfico. ‐ A expansão marítima procura de novas terras procura de mercadorias procura de escravos divulgação da fé cristã. ‐ A reforma religiosa críticas à Igreja Católica abusos do clero rutura da cristandade ocidental.
  • 21. Quais os campos de estudo do historiador? Alguns exemplos: As permutas culturais e simultaneidade de culturas. Exemplo: ‐ Expansão do Império Romano conquista e domínio de outros povos romanização. ‐ Invasões dos muçulmanos na península ibérica Reconquista convívio pacífico permanência de comunidades cristãs e permanência de muçulmanos herança muçulmana permanência e troca de ideias, produtos, instrumentos, alimentos, hábitos, vestuário.
  • 22. Quais os campos de estudo do historiador? Alguns exemplos: A História nacional e a História universal – interações e especificidade do percurso português Exemplo: ‐ A importância do Património monumental construído: românico e gótico; renascimento e manuelino. ‐ A importância do contributo da Arqueologia: vestígios e ruínas romanas; pesquisa de vestígios e testemunhos do passado da Antiguidade, da Idade Média, da Idade Moderna. ‐ O papel dos museus: conservação da memória e das obras dos antepassados para serem testemunho e valor para o presente. ‐ A função dos arquivos: depósito e conservação de documentos escritos, e noutros suportes, que constituem fundos documentais, fontes fundamentais do conhecimento do passado.
  • 23. Quais os campos de estudo do historiador? Alguns exemplos: As influências e interações entre Portugal, a Europa e o Mundo. Exemplo: ‐ As dinastias e os casamentos: de reis, rainhas, princesas e príncipes. ‐ A circulação e divulgação da cultura: viajantes, comerciantes, cruzados, navegadores, aventureiros, conquistadores, missionários. ‐ A circulação de ideias: comércio e comerciantes; descobrimentos e pioneiros da expansão; religião, evangelização e missionários. ‐ As influências e interações entre Portugal e povos de outros continentes e multiculturalismo: influências no Oriente e do Ocidente; influências da Europa, da África e da América; influências recebidas na Europa do Oriente, da América e da África.