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Prof.	
  Filipe	
  Campelo	
  
                   Xavier	
  da	
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                        Junho/2010	
  




tribos	
  de	
  consumo	
  no	
  
 mercado	
  de	
  running	
  
o	
  que	
  é	
  uma	
  comunidade?	
  
comunidade	
  

sensação de
pertencer ao grupo


espaço de partilha


interrelações íntimas
a um grupo social
comunidades	
  virtuais
                                                                   	
  



“agregações	
  sociais	
  que	
  surgem	
  na	
  Internet	
  quando	
  um	
  certo	
  
numero	
  de	
  pessoas	
  conduz	
  discussões	
  públicas	
  por	
  um	
  período	
  
de	
  tempo	
  longo	
  o	
  suficiente,	
  com	
  grau	
  de	
  senNmento	
  humano,	
  
para	
  formar	
  redes	
  de	
  relacionamento	
  pessoais	
  no	
  
ciberespaço”	
  (Rheingold,	
  1993,	
  p.6)	
  
Tribo	
  é	
  	
  

       Um grupo de indivíduos que não são necessariamente homogêneos

       Mas estão interligados pela mesma subjetividade (paixão)

       E são capazes de ter ação coletiva, de curta duração, porém intensa
tribos	
  x	
  segmentos
                                                        	
  



                    segmento	
  

Ser um grupo de pessoas semelhantes (mesmas características)

   Que não necessariamente estão conectadas entre si


             E incapazes de ações coletivas
trevo	
  tribal
              	
  
lógica	
  do	
  markeNng	
  tribal
                                                   	
  




segmentos	
  de	
  
                                          tribos	
  de	
  fãs	
  
consumidores	
  




                        Efeito	
  
                      feedback     	
  
vantagens
                                                                                   	
  


                           marca	
  como	
  mito	
  global	
  

           marca	
  torna-­‐se	
  como	
  expressão	
  de	
  idenNdade	
  



tribos	
  de	
  marca	
  tem	
  maior	
  potencial	
  de	
  construção	
  de	
  marca	
  que	
  
                         qualquer	
  forma	
  de	
  comunicação.	
  


      tribos	
  de	
  marca	
  geram	
  níveis	
  superiores	
  de	
  lealdade	
  
problemas
                                                   	
  



   marginalidade	
  desejada            	
  
      tribo	
  abandonada       	
  
lealdade	
  a	
  marca	
  exacerbada         	
  
             Mac	
  x	
  PC	
  
   dificuldade	
  de	
  controle      	
  
regra	
  markeNng	
  tribal
                                                                     	
  



     “Não	
  é	
  questão	
  de	
  tentar	
  influenciar	
  diretamente	
  os	
  
consumidores,	
  mas	
  de	
  proporcionar	
  apoio	
  para	
  que	
  interajam	
  
entre	
  si	
  através	
  das	
  aNvidades	
  da	
  comunidade,	
  gerando	
  maior	
  
                            engajamento	
  e	
  lealdade”   	
  

                                               Algensheimer, Dholakia & Hermann (2005)
ferramentas
                                                                   	
  



•  Co-­‐design	
  
•  Rituais	
  (objetos,	
  locais,	
  vestuário	
  de	
  adoração)	
  
•  Ícones	
  e	
  ídolos	
  
comunidades	
  virtuais	
  de	
  marca	
  


“enNdades	
  sociais	
  que	
  servem	
  apenas	
  para	
  conectar	
  posiNvamente	
  as	
  marcas	
  
aos	
  consumidores	
  como	
  forma	
  de	
  expressão	
  da	
  lealdade	
  ao	
  consumo	
  e	
  da	
  
própria	
  legiNmidade	
  da	
  marca	
  (Kozinets,	
  1999;	
  Muniz	
  e	
  O’Guinn,	
  2001,	
  
Bagozzi	
  e	
  Dholakia,	
  2002;	
  Kozinets,	
  2002;	
  Dholakia	
  et	
  al.,	
  2004;	
  Algesheimer	
  
et	
  al.,	
  2005),	
  representando	
  uma	
  forma	
  de	
  ligação	
  baseada	
  em	
  um	
  conjunto	
  
de	
  relações	
  sociais	
  entre	
  os	
  admiradores	
  ou	
  advogados	
  de	
  uma	
  determinada	
  
marca	
  (Muniz	
  e	
  O’Guinn,	
  2001).”	
  
vinileiros	
  
Figurinhas	
  da	
  
      Copa	
  


•  Figurinhas	
  da	
  Copa	
  
•  Demanda	
  
•  “Público-­‐alvo”	
  
Harley-­‐Davidson	
  




“O	
  Harley	
  Owners	
  Group	
  é	
  muito	
  mais	
  que	
  uma	
  organização	
  de	
  motociclistas.	
  
     É	
  mais	
  de	
  um	
  milhão	
  de	
  pessoas	
  ao	
  redor	
  do	
  mundo	
  unido	
  por	
  uma	
  única	
  
     paixão:	
  fazer	
  o	
  sonho	
  Harley-­‐Davidson	
  um	
  esNlo	
  de	
  vida”	
  
“Acreditamos	
  que	
  se	
  a	
  
comunidade	
  foi	
  vibrante,	
  crescerá	
  
   e	
  atrairá	
  novos	
  membros”                 	
  
  Jim	
  McDowell,	
  vice-­‐presidente	
  Mini	
  USA	
  
comunidades	
  de	
  marca	
  


1.  Consciência	
  comparNlhada	
  (afinidades)	
  que	
  conectam	
  os	
  
    membros	
  à	
  marca	
  
2.  Rituais	
  e	
  tradições	
  que	
  caracterizam	
  seus	
  membros	
  
3.  Preservam	
  senso	
  de	
  responsabilidade	
  moral	
  entre	
  os	
  
    membros	
  



                                            MUNIZ,	
  Albert	
  &	
  O’GUINN,	
  Thomas.	
  Brand	
  
                                            Community.	
  Journal	
  of	
  Consumer	
  Research,	
  
                                            Vol.	
  27,	
  March	
  2001	
  
Comunidade	
  Apple	
  
comentários Lovemarks.com


Coloca	
  o	
  sol	
  no	
  céu...	
  
“Comer	
  Nutella	
  não	
  é	
  apenas	
  para	
  nutrir	
  meu	
  
corpo,	
  mas	
  também	
  reacende,	
  todas	
  as	
  manhãs,	
  
a	
  chama	
  interior	
  da	
  minha	
  alma.	
  O	
  simples	
  ato	
  de	
  
espalhar	
  Nutella	
  sobre	
  uma	
  faCa	
  de	
  pão	
  põe	
  o	
  sol	
  
de	
  novo	
  no	
  céu,	
  independentemente	
  do	
  que	
  o	
  
canal	
  do	
  tempo	
  diz”	
  
Enrico,	
  Itália	
  -­‐	
  20	
  Outubro	
  2007	
  

O	
  Momento	
  Nutella	
  
“Nutella	
  é	
  maravilhoso.	
  Eu	
  amo	
  isso.	
  Nós	
  a	
  
usamos	
  para	
  nos	
  alcamar	
  quando	
  as	
  coisas	
  vão	
  
mal.	
  É	
  um	
  momento	
  de	
  Nutella.	
  É	
  inconfundível!”	
  
Be9y,	
  EUA	
  –	
  25	
  Outubro	
  2007.	
  
corrida	
  de	
  rua	
  
Mercado	
  de	
  Corrida	
  de	
  Rua	
  


          3	
  milhões	
  de	
  corredores	
  no	
  país	
  
    2º	
  esporte	
  mais	
  praNcado	
  em	
  SP	
  e	
  RJ	
  
Maior	
  taxa	
  de	
  crescimento	
  entre	
  segmentos	
  de	
  
                        material	
  esporNvo	
  
                MulNplicação	
  de	
  eventos	
  
Correr:	
  por	
  que?	
  Para	
  que?	
  
Foto: Nikemedia
Foto: Nikemedia
agentes	
  

•    Assessorias	
  esporNvas	
  e	
  grupos	
  de	
  corrida	
  
•    Organização	
  de	
  eventos	
  
•    Fabricantes	
  de	
  equipamentos	
  esporNvos	
  
•    Produtos	
  acessórios	
  (alimentos,	
  gadgets)	
  
•    Midia	
  especializada	
  
•    Operadoras	
  de	
  turismo	
  
assessorias	
  


Organização	
  de	
  grupos	
  de	
  corrida	
  
Customização	
  atendimento	
  (planilhas	
  de	
  treino)	
  
Serviços	
  de	
  apoio	
  (hidratação,	
  alongamento,	
  cronometragem)	
  
IdenNdade	
  como	
  grupo	
  (uniformes)	
  
Tendas	
  em	
  compeNções	
  
Viagens	
  para	
  provas	
  em	
  outras	
  regiões	
  	
  
assessorias	
  esporNvas	
  




Que	
  estou	
  fazendo	
  
         aqui?	
  
provas	
  




•    número	
  crescente	
  de	
  parNcipantes	
  
•    provas	
  temaNzadas	
  
•    feira	
  de	
  experiências	
  
•    kits	
  como	
  atraNvos	
  
 material	
  esporNvo	
  



•  calçados	
  esporNvos	
  
•  vestuário	
  e	
  acessórios	
  
•  equipamentos	
  eletrônicos	
  (frequencímetros,	
  GPS)	
  
nike	
  plus	
  	
  
por	
  que	
  esse	
  mercado	
  é	
  diferente?	
  	
  
porque	
  seu	
  consumo	
  é	
  diferente	
  

               adesão à prática ocasionada gerada pelo grupo



o estímulo ao pertencimento proporciona motivação e continuidade na atividade



    eventos, grupos/assessorias e marcas esportivas constroem espírito de
                       grupo em um esporte individual

       vínculos fortes e emocionais entre a comunidade de praticantes
fantasia	
  de	
  atleta	
  
fantasia	
  literal
                                                                                         	
  
Iniciantes	
  
Tênis	
  Nike,	
  camiseta	
  algodão,	
  meia	
  cano	
  longo,	
  
sem	
  boné	
  e	
  frequencímetro	
  	
  




LIMA (2009)
                                                                                      Iniciados
                                                                                              	
  
fantasia	
  subjeNva	
  
Iniciantes	
  
•    Serem	
  percebidas	
  como	
  pessoas	
  
     saudáveis	
  e	
  aNvas	
  	
  
•    Corrida	
  é	
  um	
  meio	
  
•    Valorizam	
  marcas	
  pelo	
  status	
  e	
  presNgio,	
  
     caráter	
  estéNco	
  
•    Querem	
  deixar	
  de	
  ser	
  vistos	
  como	
  
     principiante	
  (via	
  vestuário).	
  Tentarão	
  
     parecer	
  corredores	
                                       Iniciados	
  
                                                                   •    Saudáveis,	
  aNvas,	
  disciplinadas	
  e	
  movidas	
  
                                                                        a	
  desafios	
  
                                                                   •    Corrida	
  é	
  um	
  meio	
  e	
  um	
  fim	
  
                                                                   •    Valorizam	
  marcas	
  exclusivas	
  pela	
  
                                                                        performance	
  
                                                                   •    Querem	
  ser	
  percebidos	
  como	
  experientes,	
  
                                                                        exigentes,	
  que	
  superam	
  desafios	
  

LIMA (2009)
Performance                          Performance




idenNdade	
      posicionamento           imagem	
  


 Que a marca é           Como a marca é percebida pelo usuário
  ou quer ser
Foto: Nikemedia
Reação da Nike???
bibliografia	
  
ALGESHEIMER,	
  R.;	
  DHOLAKIA,	
  U.M.;	
  HERMANN,	
  A.	
  The	
  social	
  influence	
  of	
  brand	
  community:	
  Evidence	
  
   from	
  European	
  car	
  clubs.	
  Journal	
  of	
  MarkeCng,	
  69(3),	
  2005.	
  
BAGOZZI,	
  R.P.;	
  DHOLAKIA,	
  U.M.	
  IntenNonal	
  social	
  acNon	
  in	
  virtual	
  communiNes.	
  Journal	
  of	
  InteracCon	
  
   MarkeCng,	
  16(2),	
  2002.	
  
COVA,	
  B.;	
  et	
  al.	
  (Orgs.).	
  Consumer	
  tribes.	
  New	
  York:	
  Elsevier,	
  2007.	
  
DHOLAKIA,	
  U.;	
  BAGOZZI,	
  R.P.;	
  PEARO,	
  L.K.	
  A	
  social	
  influence	
  model	
  of	
  consumer	
  parNcipaNon	
  in	
  
   network	
  and	
  small-­‐group-­‐based	
  virtual	
  community.	
  InternaConal	
  Journal	
  of	
  Research	
  MarkeCng,	
  
   21,	
  2004.	
  
KOZINETS,	
  R.V.	
  Netnography:	
  Doing	
  ethnographic	
  research	
  online.	
  Sage,	
  2009.	
  
KOZINETS,	
  R.V.	
  Click	
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  connect.	
  Journal	
  of	
  AdverCsing	
  Research,	
  2006,	
  46(3).	
  
KOZINETS,	
  R.V.	
  The	
  field	
  behind	
  the	
  screen.	
  Journal	
  of	
  MarkeCng	
  Research,	
  39(1),	
  2002.	
  
LIMA,	
  Renata.	
  Fantasia	
  de	
  atleta	
  no	
  imaginário	
  dos	
  corredores	
  amadores.	
  Relatório	
  de	
  pesquisa.	
  
   h9p://brandinsights.com.br/pagina/728.	
  	
  Arquivo	
  extraído	
  em	
  10	
  de	
  dezembro	
  de	
  2009.	
  
MAFFESOLI,	
  	
  M.	
  O	
  tempo	
  das	
  tribos.	
  Rio	
  de	
  Janeiro:	
  Forense	
  Universitária,	
  2006.	
  	
  
MUNIZ,	
  Albert	
  &	
  O’GUINN,	
  Thomas.	
  Brand	
  Community.	
  Journal	
  of	
  Consumer	
  Research,	
  Vol.	
  27,	
  March	
  
   2001	
  
RHEINGOLD,	
  H.	
  The	
  virtual	
  community.	
  Reading:	
  Addison-­‐Wesley,	
  1993.	
  

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Tribos e mercado de corrida de rua

  • 1. Prof.  Filipe  Campelo   Xavier  da  Costa   h9p:// filipecampelo.wordpress.com/   Junho/2010   tribos  de  consumo  no   mercado  de  running  
  • 2. o  que  é  uma  comunidade?  
  • 3. comunidade   sensação de pertencer ao grupo espaço de partilha interrelações íntimas a um grupo social
  • 4. comunidades  virtuais   “agregações  sociais  que  surgem  na  Internet  quando  um  certo   numero  de  pessoas  conduz  discussões  públicas  por  um  período   de  tempo  longo  o  suficiente,  com  grau  de  senNmento  humano,   para  formar  redes  de  relacionamento  pessoais  no   ciberespaço”  (Rheingold,  1993,  p.6)  
  • 5. Tribo  é     Um grupo de indivíduos que não são necessariamente homogêneos Mas estão interligados pela mesma subjetividade (paixão) E são capazes de ter ação coletiva, de curta duração, porém intensa
  • 6. tribos  x  segmentos   segmento   Ser um grupo de pessoas semelhantes (mesmas características) Que não necessariamente estão conectadas entre si E incapazes de ações coletivas
  • 8. lógica  do  markeNng  tribal   segmentos  de   tribos  de  fãs   consumidores   Efeito   feedback  
  • 9. vantagens   marca  como  mito  global   marca  torna-­‐se  como  expressão  de  idenNdade   tribos  de  marca  tem  maior  potencial  de  construção  de  marca  que   qualquer  forma  de  comunicação.   tribos  de  marca  geram  níveis  superiores  de  lealdade  
  • 10. problemas   marginalidade  desejada   tribo  abandonada   lealdade  a  marca  exacerbada   Mac  x  PC   dificuldade  de  controle  
  • 11. regra  markeNng  tribal   “Não  é  questão  de  tentar  influenciar  diretamente  os   consumidores,  mas  de  proporcionar  apoio  para  que  interajam   entre  si  através  das  aNvidades  da  comunidade,  gerando  maior   engajamento  e  lealdade”   Algensheimer, Dholakia & Hermann (2005)
  • 12. ferramentas   •  Co-­‐design   •  Rituais  (objetos,  locais,  vestuário  de  adoração)   •  Ícones  e  ídolos  
  • 13. comunidades  virtuais  de  marca   “enNdades  sociais  que  servem  apenas  para  conectar  posiNvamente  as  marcas   aos  consumidores  como  forma  de  expressão  da  lealdade  ao  consumo  e  da   própria  legiNmidade  da  marca  (Kozinets,  1999;  Muniz  e  O’Guinn,  2001,   Bagozzi  e  Dholakia,  2002;  Kozinets,  2002;  Dholakia  et  al.,  2004;  Algesheimer   et  al.,  2005),  representando  uma  forma  de  ligação  baseada  em  um  conjunto   de  relações  sociais  entre  os  admiradores  ou  advogados  de  uma  determinada   marca  (Muniz  e  O’Guinn,  2001).”  
  • 15. Figurinhas  da   Copa   •  Figurinhas  da  Copa   •  Demanda   •  “Público-­‐alvo”  
  • 16. Harley-­‐Davidson   “O  Harley  Owners  Group  é  muito  mais  que  uma  organização  de  motociclistas.   É  mais  de  um  milhão  de  pessoas  ao  redor  do  mundo  unido  por  uma  única   paixão:  fazer  o  sonho  Harley-­‐Davidson  um  esNlo  de  vida”  
  • 17. “Acreditamos  que  se  a   comunidade  foi  vibrante,  crescerá   e  atrairá  novos  membros”   Jim  McDowell,  vice-­‐presidente  Mini  USA  
  • 18. comunidades  de  marca   1.  Consciência  comparNlhada  (afinidades)  que  conectam  os   membros  à  marca   2.  Rituais  e  tradições  que  caracterizam  seus  membros   3.  Preservam  senso  de  responsabilidade  moral  entre  os   membros   MUNIZ,  Albert  &  O’GUINN,  Thomas.  Brand   Community.  Journal  of  Consumer  Research,   Vol.  27,  March  2001  
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 23.
  • 24.
  • 25. comentários Lovemarks.com Coloca  o  sol  no  céu...   “Comer  Nutella  não  é  apenas  para  nutrir  meu   corpo,  mas  também  reacende,  todas  as  manhãs,   a  chama  interior  da  minha  alma.  O  simples  ato  de   espalhar  Nutella  sobre  uma  faCa  de  pão  põe  o  sol   de  novo  no  céu,  independentemente  do  que  o   canal  do  tempo  diz”   Enrico,  Itália  -­‐  20  Outubro  2007   O  Momento  Nutella   “Nutella  é  maravilhoso.  Eu  amo  isso.  Nós  a   usamos  para  nos  alcamar  quando  as  coisas  vão   mal.  É  um  momento  de  Nutella.  É  inconfundível!”   Be9y,  EUA  –  25  Outubro  2007.  
  • 27. Mercado  de  Corrida  de  Rua   3  milhões  de  corredores  no  país   2º  esporte  mais  praNcado  em  SP  e  RJ   Maior  taxa  de  crescimento  entre  segmentos  de   material  esporNvo   MulNplicação  de  eventos  
  • 28. Correr:  por  que?  Para  que?  
  • 31. agentes   •  Assessorias  esporNvas  e  grupos  de  corrida   •  Organização  de  eventos   •  Fabricantes  de  equipamentos  esporNvos   •  Produtos  acessórios  (alimentos,  gadgets)   •  Midia  especializada   •  Operadoras  de  turismo  
  • 32. assessorias   Organização  de  grupos  de  corrida   Customização  atendimento  (planilhas  de  treino)   Serviços  de  apoio  (hidratação,  alongamento,  cronometragem)   IdenNdade  como  grupo  (uniformes)   Tendas  em  compeNções   Viagens  para  provas  em  outras  regiões    
  • 33. assessorias  esporNvas   Que  estou  fazendo   aqui?  
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. provas   •  número  crescente  de  parNcipantes   •  provas  temaNzadas   •  feira  de  experiências   •  kits  como  atraNvos  
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.  material  esporNvo   •  calçados  esporNvos   •  vestuário  e  acessórios   •  equipamentos  eletrônicos  (frequencímetros,  GPS)  
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53. por  que  esse  mercado  é  diferente?    
  • 54. porque  seu  consumo  é  diferente   adesão à prática ocasionada gerada pelo grupo o estímulo ao pertencimento proporciona motivação e continuidade na atividade eventos, grupos/assessorias e marcas esportivas constroem espírito de grupo em um esporte individual vínculos fortes e emocionais entre a comunidade de praticantes
  • 56. fantasia  literal   Iniciantes   Tênis  Nike,  camiseta  algodão,  meia  cano  longo,   sem  boné  e  frequencímetro     LIMA (2009) Iniciados  
  • 57. fantasia  subjeNva   Iniciantes   •  Serem  percebidas  como  pessoas   saudáveis  e  aNvas     •  Corrida  é  um  meio   •  Valorizam  marcas  pelo  status  e  presNgio,   caráter  estéNco   •  Querem  deixar  de  ser  vistos  como   principiante  (via  vestuário).  Tentarão   parecer  corredores   Iniciados   •  Saudáveis,  aNvas,  disciplinadas  e  movidas   a  desafios   •  Corrida  é  um  meio  e  um  fim   •  Valorizam  marcas  exclusivas  pela   performance   •  Querem  ser  percebidos  como  experientes,   exigentes,  que  superam  desafios   LIMA (2009)
  • 58. Performance Performance idenNdade   posicionamento imagem   Que a marca é Como a marca é percebida pelo usuário ou quer ser
  • 61. bibliografia   ALGESHEIMER,  R.;  DHOLAKIA,  U.M.;  HERMANN,  A.  The  social  influence  of  brand  community:  Evidence   from  European  car  clubs.  Journal  of  MarkeCng,  69(3),  2005.   BAGOZZI,  R.P.;  DHOLAKIA,  U.M.  IntenNonal  social  acNon  in  virtual  communiNes.  Journal  of  InteracCon   MarkeCng,  16(2),  2002.   COVA,  B.;  et  al.  (Orgs.).  Consumer  tribes.  New  York:  Elsevier,  2007.   DHOLAKIA,  U.;  BAGOZZI,  R.P.;  PEARO,  L.K.  A  social  influence  model  of  consumer  parNcipaNon  in   network  and  small-­‐group-­‐based  virtual  community.  InternaConal  Journal  of  Research  MarkeCng,   21,  2004.   KOZINETS,  R.V.  Netnography:  Doing  ethnographic  research  online.  Sage,  2009.   KOZINETS,  R.V.  Click  to  connect.  Journal  of  AdverCsing  Research,  2006,  46(3).   KOZINETS,  R.V.  The  field  behind  the  screen.  Journal  of  MarkeCng  Research,  39(1),  2002.   LIMA,  Renata.  Fantasia  de  atleta  no  imaginário  dos  corredores  amadores.  Relatório  de  pesquisa.   h9p://brandinsights.com.br/pagina/728.    Arquivo  extraído  em  10  de  dezembro  de  2009.   MAFFESOLI,    M.  O  tempo  das  tribos.  Rio  de  Janeiro:  Forense  Universitária,  2006.     MUNIZ,  Albert  &  O’GUINN,  Thomas.  Brand  Community.  Journal  of  Consumer  Research,  Vol.  27,  March   2001   RHEINGOLD,  H.  The  virtual  community.  Reading:  Addison-­‐Wesley,  1993.