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Manoel de Souza Bandeira Filho, nasceu em Recife em 19 de abril e 1886- morreu no Rio de Janeiro em 13 de outubro de 1968,  foi um poeta critico literário e de arte,  Professor de literatura e tradutor brasileiro.
Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose. Para se tratar buscou repouso em Campos do Jordão, Campanha e outras localidades de clima mais ameno.
Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel. Faleceu no dia 13 de outubro de1968 com hemorragia gástrica aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Ele foi um dos poetas nacionais mais admirados, inspirando, até hoje, desde novos escritores a compositores. Aliás, o "ritmo bandeiriano" merece estudos aprofundados de ensaístas. Por vezes inspira escritores não em razão de sua temática, mas, também devido ao estilo sóbrio de escrever.
Desencanto Eu faço versos como quem chora De desalento... de desencanto... Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão... Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração. E nestes versos de angústia rouca Assim dos lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na boca. - Eu faço versos como quem morre.
O último poema Assim eu quereria o meu último poema. Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
As obras poéticas de Manoel Bandeira trazem em seu contextos um grande realismo, alem de uma forte demonstração de sentimentos cruéis. Esses dois poemas que escolhi são  nostálgicos, tristes, melancólicos, falam de morte e dos erros humanos. Fala dos amores não correspondidos de uma forma não explicita, mostra momento de angustia quem sabe  causados pela sua doença, ou por remorsos. mostram sentimentos puros e reais.
 

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Poeta brasileiro Manoel Bandeira: vida e obra melancólica

  • 1.  
  • 2. Manoel de Souza Bandeira Filho, nasceu em Recife em 19 de abril e 1886- morreu no Rio de Janeiro em 13 de outubro de 1968, foi um poeta critico literário e de arte, Professor de literatura e tradutor brasileiro.
  • 3. Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose. Para se tratar buscou repouso em Campos do Jordão, Campanha e outras localidades de clima mais ameno.
  • 4. Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel. Faleceu no dia 13 de outubro de1968 com hemorragia gástrica aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
  • 5. Ele foi um dos poetas nacionais mais admirados, inspirando, até hoje, desde novos escritores a compositores. Aliás, o "ritmo bandeiriano" merece estudos aprofundados de ensaístas. Por vezes inspira escritores não em razão de sua temática, mas, também devido ao estilo sóbrio de escrever.
  • 6. Desencanto Eu faço versos como quem chora De desalento... de desencanto... Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão... Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração. E nestes versos de angústia rouca Assim dos lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na boca. - Eu faço versos como quem morre.
  • 7. O último poema Assim eu quereria o meu último poema. Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
  • 8. As obras poéticas de Manoel Bandeira trazem em seu contextos um grande realismo, alem de uma forte demonstração de sentimentos cruéis. Esses dois poemas que escolhi são nostálgicos, tristes, melancólicos, falam de morte e dos erros humanos. Fala dos amores não correspondidos de uma forma não explicita, mostra momento de angustia quem sabe causados pela sua doença, ou por remorsos. mostram sentimentos puros e reais.
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