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J U N H O 2 0 2 0 # E D I Ç Ã O 0 2
O conteúdo que
você esperava no
setor magistral
news.com.br
MAGI
PENSANDO
RÁPIDO E DEVAGAR
Andreia Assumpção
PESQUISA
Edição
DOENÇAS
NEGLIGENCIADAS
Antonio Zóboli
INFLAMMAGING
Reginalda Russo
DIETA PLANT
BASED
Dra. Graciana Neumann
MESOTERAPIA, MICROAGULHAMENTO
E PEELINGS QUÍMICOS
Marcio Guidoni
COMUNICAÇÃO
CONSCIENTE
Francieli Pagliari
Sua parceria mensal
do mercado magistral
O MERCADO
MAGISTRAL
Por Jorge Mariano
news.com.br
MAGI
Queremos agradecer aos profis-
sionais do mercado magistral
pelo acolhimento e receptividade
com a revista maginews
Em nossa edição de lançamento
da revista maginews, recebemos
diversos feedbacks positivos e de
sugestões para as próximas
edições.
Acumulamos mais de 900 visuali-
zações no slideshare e mais de 2
mil visualizações no conteúdo
enviado por e-mail.
As redes sociais também foi
motivo de grande alegria para
toda equipe, atingimos mais de 1
mil seguidores no instagram.
Continuaremos empenhados em
trazer um conteúdo de qualidade
e relevância para o mercado
magistral.
Nesta edição apresentamos 3
novos colunistas: Fabio de Matos,
Adrielle Brandão e Caio Ferreira.
Aproveito o conteúdo deste mês.
Sugestões enviem para:
maginews@jmariano.com.br
De toda equipe maginews, nosso
muito obrigado.
QUEM
SOMOS
Por Editor
Querido(a) Leitor
A Maginews é uma revista mensal
que nasce com o desejo de contri-
buir para o desenvolvimento do
mercado magistral. Reúnem
profissionais de diversas áreas do
conhecimento, apaixonados pelo
universo da farmácia de manipula-
ção. Nossa missão é desenvolver
conteúdo de qualidade, entregan-
do em cada edição: inovação,
soluções, conteúdos científico e
técnico, além de ideias que favore-
çam o gestor magistral na tomada
de decisões. Nossa visão é esta-
belecer um canal de comunicação
que conecte farmácias, médicos,
prescritores e profissionais envol-
vidos ao mercado magistral.
Nossos valores são ética, respei-
to, comprometimento, qualidade,
colaboração, integridade. Nosso
diferencial é contar com colunis-
tas que escrevem de forma livre e
independente, buscando a fundo
entender os desafios do setor
magistral, assim entregando
artigos de excelência em suas
colunas. Seja bem vindo, será um
prazer compartilhar conhecimen-
to e informação com você.
Maginews: O conteúdo que você
esperava no setor magistral.
J U N H O 2 0 2 0
E D I Ç Ã O 0 2
Por Edição
news.com.br
MAGI
O MERCADO MAGISTRAL E A COVID-19
PESQUISA DE MERCADO
A Maginews em parceria com a J Mariano
Consultoria, realizou entre os dias 06 e
13/06 uma pesquisa para mapear o enten-
der como o mercado magistral reagiu aos 3
primeiros meses de pandemia do COVID-19.
A pandemia afetou o mercado por comple-
to, alterando o comportamento de consu-
mo, além disso, o fechamento de alguns
consultórios durante a primeira onda do
COVID-19, teve impacto diretamente no
faturamento, a pesquisa apurou que 91 das
135 farmácias tiveram redução no fatura-
mento nestes 3 primeiros meses.
Foram formuladas 14 questões e enviadas
via Google forms para profissionais ligados
ao mercado magistral. Agradecemos aos
135 profissionais que responderam, os
resultados serão apresentados nesta
edição.
001
J U N H O 2 0 2 0
E D I Ç Ã O 0 2
1) Houve impacto negativo no
seu faturamento durante a
quarentena?
32,6%
67,4%
NãoSim NãoSim
Um total 124 farmácias realizaram um novo
planejamento estratégico para o ano de
2020.
2) A Pandemia de Covid-19
fez você reavaliar o
planejamento de 2020?
8,1%
91,9%
002
news.com.br
MAGI J U N H O 2 0 2 0
E D I Ç Ã O 0 2
O mês de abril se mostrou como o mês
mais complicado para grande parte das
farmácias. Março a venda de álcool gel auxi-
liou no faturamento. Maio o mercado mos-
trou uma pequena reação.
3) Qual mês sua empresa foi
mais impactada pela Pandemia
de Covid-19?
Abril MaioMarço
NãoSim
Novos planejamentos em compras foram
realizados durante o período da pandemia
para quase 75% das farmácias
4) Sua empresa alterou as
estratégias de compras durante
a Pandemia de Covid-19?
20%
20,7%
59,3%
25,2%
74,8%
79 farmácias realizam algum tipo de treina-
mento, treinamentos voltados para o atendi-
mento ao cliente, cuidados com a pandemia
entre outros.
5) Sua empresa fez algum
trabalho de capacitação dos
seus colaboradores neste
período de quarentena?
NãoSim
NãoSim
Um total de 75 Farmácias anteciparam
férias de colaboradores, para se adequarem
durante os primeiros meses de isolamento
social.
6) Sua empresa precisou dar
férias antecipadas para seus
colaboradores?
41,5%
58,5%
44,4%
55,6%
NãoSim
¼ das empresas desligaram funcionários
neste período de Pandemia
8) Sua empresa demitiu
colaboradores devido a
Pandemia de Covid-19?
NãoSim
A maior parte das farmácias direcionou
parte de seus recursos para campanhas em
redes sociais.
9) Foi investido algum recurso
em mídias digitais durante a
Pandemia de Covid-19?
NãoSim
Com a pandemia 24 empresas realizaram
novas contratações
7) Sua empresa contratou
novos colaboradores neste
período?
82,2%
17,8%
27,4%
72,6%
34,1%
65,9%
NãoSim
Embora tivéssemos a impressão que ocor-
riam muitas lives no mercado magistral,
somente 27% das farmácias estavam ativas
e utilizaram desta ferramenta para manter
contato com seus clientes e parceiros.
10) Sua empresa realizou
alguma live no período da
quarentena?
72,6%
27,4%
003
news.com.br
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004
news.com.br
MAGI J U N H O 2 0 2 0
E D I Ç Ã O 0 2
NãoSim
NãoSim
Durante a pandemia o crescimento de ferra-
mentas como Hangouts, Zoom, Microsoft
teams, foram fundamentais para dar conti-
nuidade nos trabalhos.
Muitas empresas utilizaram estas ferramen-
tas para realizar reuniões, treinamentos, wee-
bmeeting, atendimento a clientes e parceiros.
Embora o crescimento em diversos segmen-
tos fosse acentuado, no mercado magistral,
a utilização ainda é modesta e precisam
evoluir apenas 38 farmácias realizaram ativi-
dades online com os prescritores.
12) Sua empresa realizou
algum treinamento on-line
voltado para os prescritores?
Quase 99% das empresas do setor não
serão a mesma após a pandemia.
13) Sua empresa irá levar
algum aprendizado deste
período de quarentena?
NãoSim
O otimismo do mercado com a recuperação
para este ano, está próximo dos 75%. Fato
fundamental para a retomada do cresci-
mento do mercado.
A pesquisa de mercado é importante, pois
serve como auxilio para entender o cenário,
porém, a informação por si só não leva à
decisão nem ao sucesso do negócio: é
preciso escolher um curso de ação que
ajude a identificar problemas e oportunida-
des.
14) Sua empresa acredita que o
mercado irá reagir em 2020?
A pesquisa apontou que a maioria das
farmácias 76 de 135 não realizaram ações
com os prescritores neste período de pan-
demia.
11) Sua empresa realizou
algum trabalho com os
prescritores durante a
quarentena?
NãoSim
56,3%
43,7%
71,9%
28,1%
98,5%
25,2%
74,8%
005
Por Márcio Guidoni
MESOTERAPIA, MICROAGULHAMENTO
E PEELINGS QUÍMICOS
news.com.br
MAGI
Mesoterapia, microagulhamento e peelings
químicos são três técnicas diferentes
utilizadas hoje em dia para melhorar os
procedimentos estéticos visando o rejuve-
nescimento. Mesoterapia do Grego mesos
(meio) e therapeia (terapia com medicamen-
tos), utiliza injeções subcutânea ou intradér-
mica de ativos farmacêuticos ou homeopá-
ticos, bem como extratos de plantas, vitami-
nas e outros agentes bioativos diretamente
na derme ou tecido subcutâneo. As princi-
pais indicações são para desordens vascu-
lar e linfática, dor, alopecia e psoríase.
Microagulhamento, também conhecido
como Indução Percutânea de Colágeno
(IPC) ou Terapia de Indução de Colágeno
(TIC) foi descrito primariamente em 1990
como um novo método para rejuvenesci-
mento em virtude do laser ablativo. Ao invés
de injetar substâncias na pele como na
mesoterapia, o microagulhamento utiliza o
trauma físico das agulhas para promover a
regeneração do tecido. TIC é não ablativo e
não cria feridas na epiderme, permitindo um
tempo de recuperação da pele muito mais
rápido do que laser ablativo e microdermo-
abrasão. Por manter um estrato córneo
praticamente intacto, TIC pode ser usado por
todos os fototipos de pele com reduzido
risco de foto sensibilidade, infecções e
riscos de pigmentações.
Em contraste com mesoterapia e microagu-
lhamento, os Peelings Químicos são uma
modalidade tópica de aplicação de ácidos
que promovem uma injúria nos tecidos da
pele. Uma injúria controlada na epiderme e
na derme estimula a liberação de fatores de
crescimento e reverte a degeneração por
fotoenvelhecimento, melasma e acne. É
extraordinariamente imenso o número de
moléculas e combinações possíveis de
ácidos para realização de procedimentos,
proporcionando grande arsenal terapêutico
para os mais diversos distúrbios da pele.
Hoje, procedimentos estéticos não-cirúrgi-
cos têm chamado a atenção popular, pois
possibilita um tempo de recuperação relati-
vamente rápido a um custo bem baixo,
quando comparado aos métodos invasivos.
Dominando as técnicas de utilização dos
procedimentos estéticos não-cirúrgicos os
profissionais podem maximizar a eficácia e
minimizar as complicações dos tratamen-
tos.
J U N H O 2 0 2 0
E D I Ç Ã O 0 2
006
MESOTERAPIA
A principal linha de tratamento da mesotera-
pia é a aplicação injetáveis de vitaminas,
homeopatia, enzimas e ativos farmacêuti-
cos. Um estudo clínico, com 6 pacientes
utilizando aplicações injetáveis de multivita-
minas e ácido hialurônico na região periorbi-
tal durante 3 meses apresentaram significa-
tiva redução das rugas e melhora da hidrata-
ção tecidual. Houve aumento significativo
da produção de colágeno tipo I e III e dimi-
nuição da atividade das metaloproteinases
de matriz (MMP-1), enzima responsável
pela renovação e degradação da matriz
extracelular. Todavia, o Ácido Hialurônico
sendo o ativo chave na mesoterapia, outros
agentes lipolíticos são utilizados no trata-
mento de gordura localizada. Os mais
comuns são: fosfatidilcolina e o ácido deoxi-
cólico, que atuam em sinergia estimulando
a quebra de triglicerídeos em ácidos graxos
e glicerol. Em especial o ácido deoxicólico
atua como um “detergente” desintegrando a
membrana celular dos adipócitos. Eventual-
mente as membranas dos lisossomos
acabam se rompendo liberando seu conteú-
do enzimático, como hidrolases, promoven-
do lise celular. O ácido deoxicólico tem se
mostrado um agente não específico com
comportamento tóxico, afetando adipóci-
tos, células musculares esqueléticas, quera-
tinócitos e fibroblastos. O risco de infecções
é relatado como sendo uma das principais
complicações deste procedimento. Eventos
adversos menos comuns reportados como:
edema, eritema local, dor pós-injeção.
MICROAGULHAMENTO
Em contraste da mesoterapia, o microagu-
lhamento usa um trauma para promover
modificação tecidual. Esta técnica promove
mais ações regenerativas, induzindo a cica-
trização dos tecidos, mediado por um
processo inflamatório de baixo grau, o que
aumenta a deposição de colágeno e elasti-
na. Os dispositivos usados no microagulha-
mento permitem ajustes no tamanho e no
grau de penetração das agulhas na pele,
formando microlesões que se fecham quase
que imediatamente, tempo suficiente para
permeação dos ativos incorporados no
procedimento. Esta técnica também é cha-
mada de Drug Delivery. Logo após a penetra-
ção das agulhas, um processo de cicatriza-
ção das microlesões é iniciado com ativação
das plaquetas pelos queratinócitos e fibro-
blastos residente, mediados pelo PDGF
(Fator de crescimento derivado das plaque-
tas). Nas primeiras 24 horas após procedi-
mento a fase inflamatória se inicia com a
presença de neutrófilos quimiotaticamente
atraídos para os locais da lesão, promoven-
do a remoção de debris celular e reciclando a
matriz extracelular. Na fase proliferativa
macrófagos liberam outros fatores de cres-
cimentos, tais como: FGF (Fatores de cresci-
mento fibroblástico) TGF-beta (Fator de
crescimento transformador do tipo beta),
que estimulam os fibroblastos a produzirem
mais matriz extracelular: fibras de colágeno,
fibras de elastina, glicosaminoglicanas
(ácido hialurônico). Após aproximadamente
21 dias a fase final de remodelagem do
tecido chega ao fim, com uma pele mais rica
em proteínas e glicosaminoglicanas. À essa
técnica pode-se incorporar outros ativos
como: Ácido hialurônico de baixo peso mole-
cular, Vitamina C, Vitamina E, Peptídeos,
antioxidantes com intuito de potencializar os
efeitos benéficos.
(Paciente
após sessão
de microagu-
lhamento.
Repare nas
homogenei-
dades do
eritema
promovida
pela penetra-
ção das
agulhas.)
news.com.br
MAGI J U N H O 2 0 2 0
E D I Ç Ã O 0 2
007
PEELING QUÍMICO
Os ácidos sem dúvidas são os produtos
mais utilizados na pele para o rejuvenesci-
mento facial, com adeptos fiéis desde os
anos de 1950 e 1960. Devido a grandes
variedades de ácidos disponíveis os peeling
não são mais exclusivamente para trata-
mento de rejuvenescimento, mas utilizados
nos mais diversos distúrbios estéticos,
como melasma, acne e rosácea. Os Peelin-
gs Químicos são classificados de acordo
com sua profundidade:
guinte devendo ser utilizados por profissio-
nais treinados na técnica e perícia, trazem
resultados mais rápidos, porém os riscos de
efeitos adversos aumentam, são eles: Ácido
Tricloacético (ATA) 25 a 50%, Ácido glicólico
70% e Fenol 88%.
Peeling superficiais e muito superficiais são
os mais usados pelos profissionais da estéti-
ca, pois apresentam bons resultados com
mínimo de desconforto para o paciente. Os
mais comuns são: Ácido salicílico 10%, Pee-
ling de Jesnner e Jesnner modificado, Ácido
glicólico 30%, Ácido mandélico 30%, Ácido
retinóico 5%, Ácido pirúvico 25%. Ácidos
com efeitos mais profundos, e por conse-
news.com.br
MAGI J U N H O 2 0 2 0
E D I Ç Ã O 0 2
PROFUNDIDADE EFEITO EX. DE ÁCIDO
Muito
superficial
Ação apenas
no estrato
córneo
Ácido
Glicólico
20% pH 3,5
Superficial
Estrato córneo
e leve ação
na camada
granulosa
Ácido
Mandélico
40% pH 2,0
Médio
Ação até
a junção
dermo-
epidérmica
Ácido
Tricloroacético
50%
Profundo
Podendo
chegar até
a derme
papilar
Fenol 88%
Referências Bibliográficas
1.Atiyeh BS, Ibrahim AE, Dibo SA. Cosmetic meso-
therapy:between scientificevidence, science fiction,
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short- and long-term side effects of carbon dioxide-
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baster skin after carbon dioxide laser resurfacin-
gwith histologic correlation. DermatolSur-
g1998;24(6):633–6.
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Acnescarring treatment using skin needling. Clin
ExpDermatol 2009;34:874–9.
10. Fife D. Practical evaluation and management
ofatrophic acne scars: tips for the general dermato-
logist.J ClinAesthetDermatol2011;4:50–7.
Por Marcio Guidoni
Dr. em Farmácia
(027) 99986-5700
008
news.com.br
MAGI
Ao ler esse título, você caro leitor deve estar
se perguntando: mas será que é mesmo a
melhor hora de pensar em algo assim?
Alguns de vocês devem já estar com funcio-
nários afastados pelo Covid-19, as voltas
com uma série de precauções para manter
um ambiente seguro para atender presen-
cialmente seus pacientes, muitos tendo que
aprender a lidar com novas tecnologias, que
convenhamos não são tão novas assim,
mas ainda assustam a muitos como o
Instagram e Facebook, fora o uso massivo
de Whatsapp, cursos via Zoom e a criação
de conteúdos relevantes para lives, lutando
para manter seus negócios vivos, num
momento onde a renda do brasileiro não
está caindo. Está despencando.
Sim, isso não é segredo. É o que mais se
ouve diariamente nos mais de 90 dias em
que dura a quarentena. E por que, logo agora
colocar mais uma tarefa nesse balaio?
Porque pasmem tem empresas que estão
conseguindo se reinventar com sucesso e
até mesmo lucrar, apesar do cenário aterra-
dor. E esse sucesso não vem de nenhuma
fórmula mágica ou iniciativa escusa. Vem
do fato de que muitas farmácias de manipu-
lação resolveram viver na plenitude o texto
da Lei 13021/2014 que diz textualmente no
art. 3 que diz que a “Farmácia é uma unida-
de de prestação de serviços destinada
aprestar assistência farmacêutica, assistên-
cia à saúde e orientaçãosanitária individual
e coletiva, na qual se processe a manipula-
ção e/oudispensação de medicamentos
magistrais, oficinais, farmacopeicos ouin-
dustrializados, cosméticos, insumos farma-
cêuticos, produtosfarmacêuticos e correla-
tos” e aliá-lo as resoluções 585 e 586 de
2013 do CFF e a resolução 661 de 2018 do
CFF com forma de driblar a queda do recei-
tuário gerado pelos prescritores por conta
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Por Kennya Macedo
A IMPORTÂNCIA DA FIGURA DO
FARMACÊUTICO PRESCRITOR EM
TEMPOS DE PANDEMIA
009
news.com.br
MAGI
da pandemia e de se estabelecer junto aos
seus prescritores usuais e, principalmente
perante a seus clientes, também como um
gerador de prescrições.
Muitos colegas venceram o medo de serem
que considerados concorrentes de seus
prescritores, que não se sustenta, pelo fato
puro e simples de que os âmbitos de atua-
ção de cada profissão estão bem delinea-
dos, ou seja, o que cada profissional da
saúde pode ou não pode fazer enquanto
prescritor está bem esclarecido nas resolu-
ções de seus conselhos de classe e, portan-
to, esses colegas que agora se apresentam
como farmacêuticos-prescritores estão se
tornando referência em seus estabeleci-
mentos não mais apartados da clínica ou
tão somente aviadores das fórmulas que
recebem, mas como colegas na atuação
clínica, junto a outros profissionais da
saúde, criando uma verdadeira equipe multi-
disciplinar e trocando cada vez mais conhe-
cimento e expertise em prol da saúde dos
pacientes.
E se há um momento onde troca de conhe-
cimento na área da saúde se faz necessário
é esse onde uma série de informações
desencontradas e equivocadas vindas de
todos os lugares faz com que os pacientes,
tomados pelo desespero que uma circuns-
tância tão aguda quanto uma pandemia
pode ser, esqueçam de vez da racionalidade
essencial para o uso de medicamentos,
para dizer o mínimo.
E quais são os passos nessa nova jornada?
O primeiro passo de todos que o profissio-
nal deve dar é conhecer e entender a legisla-
ção que tem a função de amparar e parame-
trizara atividade do farmacêutico neste
campo. Vale a pena citar aqui trechos
importantes da resolução 586/13 que regu-
lamenta a prescrição farmacêutica e que
afirma que “o ato da prescrição farmacêuti-
ca constitui prerrogativa do farmacêutico
legalmente habilitado e registrado no CRF
de sua jurisdição”. E em que lugar esse
profissional está mais presente e é mais
atuante do que na farmácia de manipula-
ção? O espaço está lá. Basta usá-lo com
sabedoria e transformar o conhecimento
em ação e converter essa ação em sucesso.
Há trechos que são importantes de ser
ressaltados nessas resoluções para que o
profissional compreenda o tamanho do que
se tem a explorar, ainda mais no contexto
atual. O art. 5º da resolução 586/13 diz que
“O farmacêutico poderá realizar a prescri-
ção de medicamentos e outros produtos
comfinalidade terapêutica, cuja dispensa-
ção não exija prescrição médica, incluindo
medicamentosindustrializados e prepara-
ções magistrais - alopáticos ou dinamiza-
dos -, plantas medicinais, drogas vegetais
eoutras categorias ou relações de medica-
mentos que venham a ser aprovadas pelo
órgão sanitário federal paraprescrição do
farmacêutico” e o art. 7º da resolução
661/18 voltado principalmente a suplemen-
tos alimentares diz que “O farmacêutico
poderá prescrever suplementos alimenta-
res, alimentos para fins especiais, chás,pro-
dutos apícolas, alimentos com alegações de
propriedade funcional ou de saúde, medica-
mentos isentos deprescrição e as prepara-
ções magistrais formuladas com nutrientes,
compostos bioativos isolados de alimentos,
probióticos e enzimas...”.
Vale lembrar que esses pacientes estão
sempre no seu estabelecimento. Eles possi-
velmente seguem sua farmácia nas redes
sociais. Eles provavelmente já entendem e
enxergam o seu valor como profissional
capaz de auxiliá-lo e orientá-lo corretamente
sobre aspectos relacionados ao uso de
medicamentos.
Existe uma chance grande de que eles já
tenham pedido auxílio em dúvidas relacio-
nadas ao uso ou não de um suplemento
relacionado a imunidade por exemplo. Com
tudo isso o que será que falta para que você
em seu estabelecimento dê esse passo para
ocupar seu lugar como mais uma fonte
geradora de prescrições?
J U N H O 2 0 2 0
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010
news.com.br
MAGI
Já pensou de verdade a respeito? Lembre-
-se que o famoso novo normal está cada
vez mais distante. Sem uma vacina e com
todas as incertezas que cercam essa pan-
demia, a prevenção quase sempre relegada
a um segundo plano ganhou papel principal
na vida das pessoas. É inegável o aumento
de prescrições com micronutrientes, vitami-
nas e antioxidantes voltados para imunida-
de. E é você o profissional que pode estar
capitaneando essa mudança de um univer-
so que se focava em tratar o problema insta-
lado e que agora se volta com força total
para a prevenção. Há uma oportunidade
enorme se abrindo.
Nunca é demais dizer que, para exercer com
excelência a atividade de farmacêutico-
-prescritor é necessário estar embasado em
evidências científicas e literatura pertinente.
Ou seja, para tanto, o material disponibiliza-
do pelo fornecedor na grande maioria das
vezes não será suficiente quer seja pelo viés
comercial quer seja por muitas vezes não se
aprofundar na necessidade que a atividade
de um prescritor exige. Estudar é essencial.
Sempre foi e agora mais ainda.
E se por um acaso seu atendimento presen-
cial estiver prejudicado pela pandemia e
você estiver operando quase que exclusiva-
mente de maneira digital, saiba que ferra-
mentas como o Zoom permitem inclusive a
gravação da sessão realizada. Ou seja, não
há por que não se dar ao menos a chance de
pensar a respeito de um atendimento como
prescritor pois há a chance de interagir
mesmo sem a presença do paciente, miti-
gando o risco para ambos.
Mas sabemos que muitos podem não se
sentir seguros o suficiente para começar a
prescrever apesar de todas essas evidên-
cias. Mesmo para esses existem cursos de
especialização em Farmácia Clínica com
ênfase em prescrição farmacêutica, inclusi-
ve EAD. Antes da pandemia, o CRF-SP inclu-
sive realizava cursos de prescrição farma-
cêutica em suas regionais.
Não há como fugir senhores. Temos que
nos posicionar e ocupar nossos lugares.
Temos a legislação que nos norteia, temos
a população que demanda, temos a atuação
como empresa que exige arrojo, dedicação
e reinvenção.
Prevenir será o verdadeiro ‘novo normal’.
Pense nisso.
Nas referências vão além das legislações,
links de especializações e outros materiais
de interesse.
Referências:
RESOLUÇÃO DO CFF 585 DE 29/08/13. Regula-
menta as atribuições clínicas do farmacêutico e
dá outras providências. Disponível em: <
http://www.cff.org.br/userfiles/file/resoluco-
es/585.pdf>. Acesso em 11 jan 20.
RESOLUÇÃO DO CFF 586 DE 29/08/13. Regula a
prescrição farmacêutica e dá outras providências.
Disponível em: < http://www.cff.org.br/userfiles/fi-
le/resolucoes/586.pdf>. Acesso em 11 jan 20.
RESOLUÇÃO DO CFF 661 DE 25/10/18. Dispõe
sobre o cuidado farmacêutico relacionado a suple-
mentos alimentares e demais categorias de
alimentos na farmácia comunitária, consultório
farmacêutico e estabelecimentos comerciais de
alimentos e dá outras providências. Disponível em:
< http://www.in.gov.br/materia/-/asset_pu-
b l i s h e r / K u j r w 0 T Z C 2 M b / -
content/id/47986175/do1-2018-10-31-resolucao-
n-661-de-25-de-outubro-de-2018-47986059>.
Acesso em 11 jan 20.
https://ipog.edu.br/curso/curso-de-consulta-e-
-prescricao-farmaceutica/
https://www.oswaldocruz.br/pos/sip/sip_cur-
so.asp?id_curso=517&promo=&chave=
https://www.ictq.com.br/pos-graduacao/i-
t e m / 1 0 7 - p o s - g r a d u a c a o -
-em-farmacia-clinica-e-prescricao-farmaceutica-a
ulas-praticas
https://www.crfsp.org.br/comissoes/565-plantas-
- m e d i c i n a i s - e -
-fitoterapicos/acoes/8467-cartilha-de-plantas-me
dicinais-e-fitoterapicos.html
Por Kennya Macedo
Doutora em Farmacêutica
(011) 96193-4732
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Por Dra. Graciana Neumann
AFINAL, O QUE É A DIETA PLANT BASED?
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MAGI
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Ao pensar em dieta Plant based, talvez surja
em sua mente o veganismo e o vegetaria-
nismo, e isso não explica claramente sobre
essa dieta e sua linha de conduta. A WHOLE
FOOD PLANT BASED DIET (nome completo
em inglês) significa “Dieta à base de alimen-
tos vegetais inteiros”.
É uma dieta baseada em vegetais e cereais
integrais, não contendo alimentos processa-
dos e sem ou baixo consumo de derivados
de origem animal.
Um estilo de vida da whole food plant based
diet (WFPB) é simplesmente um retorno à
alimentos integrais, sabores ricos e saúde
natural.
Apesar de o termo correto ser em inglês eu
falo muito em “alimentação baseada em
plantas”, e a partir do nome simplesmente é
possível pensar no veganismo, mas ela não
é definida apenas pelo que elimina. Uma
dieta WFPB é definida também pelo que
enfatiza: uma grande variedade de alimen-
tos integrais.
Na prática, são alimentos que não tiveram
nenhum tipo de processo de fabricação,
sendo igual ao que encontramos na nature-
za, ou que apenas passaram por processos
de limpeza, remoção de partes não comestí-
veis ou indesejáveis, separação, secagem e
outros processos similares que não envol-
vam a adição de sal, açúcar, óleos, gorduras
ou outras substâncias ao alimento original.
Alimentos processados ou ultra processa-
dos, por outro lado, não estão incluídos em
uma dieta Plant Based. Isto significa evitar
produtos de cereais altamente refinados
(por exemplo, arroz branco, farinha branca),
alimentos fabricados pela indústria conten-
do açúcar e adicionados ou edulcorantes
artificiais (por exemplo, açúcar de confeitei-
ro, xarope de milho com alto teor de fructo-
se, suco de caixa) e alimentos contendo
gordura adicionada.
O Guia Alimentar para a População Brasilei-
ra ressalta: “Faça de alimentos in natura ou
minimamente processados a base de sua
alimentação”. E sugere uma alimentação
baseada em plantas e de reduzido consumo
de carnes como uma alimentação nutricio-
nalmente balanceada, saborosa, cultural-
mente apropriada e promotora de um siste-
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news.com.br
MAGI
ma alimentar socialmente e ambiental
mente sustentável.
A Plant Based diet é baseada em trabalhos e
estudos que indicam a correlação entre a
ingestão excessiva da proteína animal e o
desenvolvimento de doenças crônicas,
como diabetes, hipertensão, doenças cardí-
acas, auto imunes e até câncer. Os mais
importantes ‘guidelines’ internacionais
como a ADA, American Dietetic Association
classificam essa dieta como segura, equili-
brada e preventiva contra as doenças cita-
das.
O que comer na plant based diet?
• Frutas
• Vegetais
• Tubérculos (ex.:batata, mandioca, inhame,
batata-doce, cará)
• Leguminosas (ex.: feijões, grão de bico,
lentilha, amendoim)
• Cereais integrais (ex.:arroz, trigo, quinoa)
• Oleaginosas (ex.:castanhas, macadâmia,
pistache, nozes)
• Sementes
• Cogumelos
P.S: como a dieta não é restritiva, você pode
comer derivados de origem animal, e,
sempre que possível, dê preferência aos
alimentos orgânicos.
Porque a dieta Plant Based não é
considerada uma alimentação
vegana?
A alimentação vegana é a exclusão de
produtos de origem animal da dieta, mas
pode incluir alimentos processados e ultra
processados. Apesar de percebermos um
aumento de produtos com apelo natural
(sem conservantes, não geneticamente
modificado, orgânicos), também existe um
aumento de produtos alimentícios veganos
nas prateleiras dos supermercados. Como
todo produto industrializado, possui em
seus ingredientes conservantes, estabilizan-
tes, que aumentam o tempo de prateleira e
permitem que sejam estocados, por outro
lado podem trazer prejuízos à saúde.
Algumas marcas apenas retiram os produ-
tos de origem animal presente anteriormen-
te ou reformulam para uma versão vegana,
o que não quer dizer que sendo vegano é
saudável e deve estar presente diariamente
no nosso prato.
Benefícios da plant based diet
Esse tipo de dieta vai além da alimentação,
envolve sustentabilidade, saúde, nutrição e
criatividade. Todos os alimentos, em con-
junto, fornecem uma alimentação equilibra-
da e que garantem todos os nutrientes
necessários. Além da nutrição e da saúde,
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MAGI J U N H O 2 0 2 0
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a dieta Plant Based diminui muito o impacto
no meio ambiente. A agropecuária utiliza
mais de 90% da água doce do mundo, 1/3
deste total é utilizado para a produção de
ração animal. O maior benefício dessa dieta
é o equilíbrio entre você e o planeta.
Cuidados
Os principais cuidados em uma dieta a base
de plantas são em relação as proteínas,
cálcio e vitamina B12. Em uma dieta bem
planejada e equilibrada, o teor de proteínas e
de cálcio pode ser facilmente atingido,
porém, é preciso estar atento aos níveis de
vitamina B12, podendo ser necessário a
suplementação, por isso é sempre importan-
te consultar um nutricionista.
Referências
[HTML] Nutritionalupdate for physicians: plant-ba-
sed diets
PJ Tuso, MH Ismail, BP Ha, C Bartolotto - The
Permanente Journal, 2013 - ncbi.nlm.nih.gov
Plant-based diets andincident CKD andkidneyfunc-
tion
H Kim, LE Caulfield, V Garcia-Larsen… - ClinicalJour-
nal of the …, 2019 - AmSocNephrol
Theoretical food andnutrientcomposition of whole-
-foodplant-based andvegan diets comparedtocur-
rentdietaryrecommendations
MC Karlsen, G Rogers, A Miki, AH Lichtenstein… -
Nutrients, 2019 - mdpi.com
Adherenceto a plant-based diet in relationto adipo-
se tissue volumes andliverfatcontent
I Ratjen, J Morze, J Enderle, M Both… - … American
Journal of …, 2020 - academic.oup.com
Guia Alimentar de dieta vegetariana para adultos :
https://www.svb.org.br/livros/guia-alimentar.pdf
Por Graciana Neumann
Mestre em envelhecimento humano
Nutricionista CRN2 - 15770D
Farmacêutica
(054) 99696-2757
Então mãos à obra:
1) Escolha o insumo
2) Defina as especialidades médicas e as nutri-
cionistas com potenciais para prescrição
3) Desenvolva o material de visitação com
sugestão de fórmula e referências bibliográfi-
cas relevantes. Lembre-se que visitas online
requerem um bom material de destaque –
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Por Patricia França
SEGMENTE A VISITAÇÃO MÉDICA COM
O SEU ESTOQUE E AUMENTE AS
SUAS RECEITAS
Sabemos que os fatores
que aceleram uma eco-
nomia são: Guerras,
Revolução e Epidemia.
Nesse sentido a Covid-
-19 fez com que
muitas empresas se
reinventassem e inovas-
sem. Principalmente
na forma de se
comunicar com os
clientes.
Pensando no sentido
de reduzir custos e
otimizar vendas na
farmácia magistral, cujo
foco está na personaliza-
ção do receituário, a visitação
médica é parte importante.
Nesse sentido pense em um
insumo dentro do seu estoque, onde você
possa fazer uma segmentação por especia-
lidades e o mesmo produto possa ser
utilizado de forma individualiza-
da dentro desse contexto.
Vamos utilizar como exem-
plo, as cápsulas do café
Nespresso que apresen-
tam diferentes opções de
sabores para um mesmo
produto “café”. A Nespresso
dividiu seus cafés em 6 dife-
rentes famílias e com alta
qualidade, um bom exemplo de
segmentação e individualização
pois o consumidor poderá tomar
café conforme a sua predileção.
Transportando o exemplo acima
para a realidade magistral, prova-
velmente você dever ter um
insumo em estoque que consegue
ser utilizado em diferentes especiali-
dades. Obviamente que a força tarefa
está em levantar evidências científicas que
ratifiquem o raciocínio farmacológico e
bioquímico.
Foco no que é importante para o prescritor
4) Treine sua equipe de vendas balcão e
visitação (alinhamento da comunicação).
Espero ter ajudo! Ótimas Vendas
Por Patricia França
Gerente de Consultoria Farmacêutica
Fórmula e Cia
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COMUNICAÇÃO CONSCIENTE
Essa prática transforma seres humanos em
benfeitores da humanidade e das empre-
sas.
Como na última edição nós chegamos à
conclusão de que para melhorarmos a
nossa saúde e a saúde da nossa economia
é necessário criarmos conexões, vamos
começar pelo começo:
nos conectando com a confiança.
A confiança é tão preciosa que deve ser à
base de quase todas as nossas ações. A
confiança é a razão pela qual assumimos
todos os tipos de compromissos, como por
exemplo, a vontade de trocar o salário que
ganhamos por mercadorias ou serviços e
até mesmo o voto em alguém que represen-
te nossos interesses. Tudo isso nos prova
que depositamos a confiança em pesso-
as/empresas conhecidas e desconhecidas a
todo momento.
Por Francieli Pagliari
Primeiro:
Confie em você.
Segundo:
Seja você.
Terceiro:
Preocupe-se
com os outros.
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1º. Confie em você
Se você nem sempre coloca fé em suas
próprias ideias ou em sua capacidade de
colocá-las em prática, por que outras pesso-
as iriam confiar em você? O motivo de
Michael Jordan ter sido um jogador de bas-
quete tão extraordinário foi que ele só
jogava a bola na cesta quando estava con-
vencido de que acertaria não deixando o
ego e a adrenalina atrapalhar seu julgamen-
to nos lances.
2º. Seja você
Quando eu digo “seja você” eu quero dizer
“seja humano”. Revele sua total humanidade
ao mundo. Deixe que todos saibam o que
você sente, pensa e sabe e, principalmente,
consigam interagir com o seu verdadeiro eu.
Como sabiamente falou Oscar Wilde “seja
você, pois todas as outras pessoas já exis-
tem”. Em termos simples, a autenticidade é
o agente mais provável que o levará ao
sucesso.
3º. Preocupe-se com os outros
Empatia. É lógico que o cotidiano atarefado
e o estresse não nos permitam olhar para
além de nossos umbigos, mas o fato é que
quando nos preocupamos com os demais,
também diminuímos nossas inseguranças e
melhoramos a qualidade de nossas intera-
ções. Muito além de teorias, o mundo, hoje,
clama por olhares mais amorosos e pelo
entendimento de histórias que não conhece-
mos.
De acordo com um estudo global da Edel-
man Trust Barometer de 2017, foi revelada a
maior queda já registrada na confiança. No
Brasil, ela caiu em empresas, ONGs e mídias.
Há muita dificuldade em ver o próximo como
alguém confiável, uma vez que a competitivi-
dade adentrou todos os setores de nossas
vidas. A concorrência estende-se do merca-
do de trabalho até as relações interpessoais,
prejudicando as interações humanas e o
afeto que deveria estar ali contido. A boa
notícia é que só é preciso uma pequena
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mudança de atitude: quando você começa a
confiar em si mesmo e expressa conscien-
temente isso para o universo.
“O seu comportamento diante de
uma situação não é algo que faz
parte da sua personalidade. É algo
que pode ser aprendido e praticado.”
Importante: nem sempre percebemos o
quão destrutivo para a própria confiabilida-
de pode ser a informação que transmitimos.
Comunicação é tudo! E comunicação cons-
ciente é mais ainda! Compreender a comu-
nicação e estar cada vez mais consciente
dela é uma forma – tão desafiante quanto
rica – de estabelecer uma relação mais
verdadeira e original consigo, com outras
pessoas e, de modo amplo, com a vastidão
da vida.
Nos últimos tempos, as empresas têm
enfrentado inúmeros problemas relaciona-
dos ao seu quadro de empregados. A falta
de confiança e a dificuldade na comunica-
ção afetam o seu andamento como um
todo.
Mas como começar a mudança? Qualifique
suas palavras. Aprenda a escutar. Permita
se corrigir. Descubra suas instabilidades.
Mantenha o equilíbrio diante do confronto.
Do contrário, a palavra se esvazia, perde o
foco e gera dúvidas e emoções, como desin-
teresse, indiferença, medo e, até, raiva.
Por fim, promover a valorização dos colabo-
radores e ajudar a aumentar a chance de a
mensagem ser ouvida e bem interpretada
traz muitos benefícios:
. Desburocratização de processos;
. Fortalecimento das relações;
. Aumenta a interação;
. Melhora a gestão pessoal do trabalho.
Portanto, as empresas precisam investir e
criar canais voltados ao diálogo, não esque-
cendo de capacitar os líderes para que eles
sejam referência nesse processo, estreitan-
do a distância e fortalecendo relacionamen-
tos.
Nós criamos realidades através da confian-
ça e comunicação e precisamos tornar estas
duas ações comuns: Confiar e Comunicar.
Para alcançar o coração vizinho, é preciso
estar consciente de si e do outro, sempre
verificando a sua intenção, o que, certamen-
te, vai refletir nos resultados gerais obtidos
pela organização, além de gerar lucros e
uma boa imagem no mercado.
Aceite o desafio, estou confiante de que vai
ficar surpreendido (a). Boas comunicações!
Por Francieli Pagliari
Gerente de Trade Marketing
(011) 98657-7250
Por Gelza Rubia
Qual a relação entre. os 6M de Ishikawa, baldes, rodos
e processos qualificados?
“PANO SUJO NÃO LIMPA”
018
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MAGI
Há pouco mais de 15 anos contratei um
colaborador para a farmácia onde trabalha-
va na época, para a função de auxiliar de
serviços gerais.
Entre as atribuições da função estavam:
limpeza da área de atendimento e escritório,
das áreas de estoque e das áreas de produ-
ção.
Com o tempo esse colaborador, de nome
Alexandre, desenvolveu outras habilidades,
passando da limpeza para atividades auxi-
liares na produção, depois controle de quali-
dade, depois pesagem de sólidos, manipula-
ção de semi-sólidos e líquidos, e por fim
atuava em todas as etapas da produção e
controle.
Conversando com ele a respeito do conheci-
mento que tinha acumulado durante seu
tempo na empresa, perguntei qual a infor-
mação mais marcante que ele recordava, a
primeira coisa que aprendeu na empresa,
relacionada ao seu desenvolvimento, e a
resposta foi: PANO SUJO NÃO LIMPA.
Após segundos de surpresa com a respos-
ta, ouvi a explicação sobre ela: quando
iniciou as atividades na limpeza, essa frase
deu a ele a direção para executar bem as
tarefas de sua responsabilidade. Antes de
iniciar a rotina de limpeza dos ambientes ele
checava todos os utensílios, os panos,
baldes, produtos das soluções sanitizantes,
para ter certeza de que tudo que fosse
necessário para a execução da tarefa
estava disponível e em condições adequa-
das ao uso. Caso ele aparecesse na área de
trabalho com um pano cinza, a “bronca” era
certa, rsrsrsr.
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MAGI
Esse critério serviu de ponto de partida para
cada nova tarefa aprendida, trazendo o
mesmo conceito de organização e excelên-
cia.
Transpondo essa experiência para o conjun-
to de operações da produção magistral, fica
bem claro que era uma aplicação prática do
sistema 6M de Ishikawa, de modo reverso,
digamos assim.
Essa ferramenta, usada para rastrear a
causa raiz de uma não-conformidade, reúne
seis condições que devem ser investigadas.
Logicamente quando estas condições são
atendidas com excelência afastamos a pos-
sibilidade de intercorrências.
O conhecido diagrama espinha de peixe
reúne os 6M que devem ser avaliados:
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A análise é feita de modo retrospectivo, a
partir do problema detectado, buscando o
ponto de origem, para iniciar o processo de
aplicação de medidas corretivas e preventi-
vas.
Podemos então, como fez intuitivamente o
Alexandre, partir da verificação prévia dos
6M para assegurar um resultado excelente.
Vamos à descrição:
• Método: como a maneira como o trabalho
é realizado afeta o problema?
• Máquina: como os equipamentos utiliza-
dos no processo influenciam o problema?
• Medida: como as métricas utilizadas para
medir o desenvolvimento da atividade
influenciam o problema?
• Meio ambiente: como o meio em que a
atividade está sendo desenvolvida influen-
cia o problema?
• Material: como a qualidade e o tipo dos
materiais utilizados influenciam o proble-
ma?
• Mão de obra: como as pessoas envolvidas
na atividade influenciam o problema?
Em resumo, para cada um dos M citados,
quando agimos de forma preventiva, ou
melhor, proativa, garantindo as condições
ideais para o trabalho proposto, o resultado
certamente atenderá os requisitos de quali-
dade estabelecidos, e este modelo traz van-
tagens muito interessantes para a empresa:
Os conceitos, métodos e vantagens estão
descritos, mas a aplicação é, sempre, uma
decisão estratégica indelegável – você,
gestor, é quem decide o caminho e prepara
as condições para evoluir.
A pergunta que deve ser respondida é:
teu pano de chão está limpo?
Texto disponível em: https://pharma360.-
com.br/2020/06/22/pano-sujo-nao-limpa-qual-
-a-relacao-entre-os-6m-de-ishikawa-baldes-rodos-e-
processos-qualificados/
Por Gelza Rubia
Consultora Farmacêutica
(021) 99103-5294
Garantia de uniformidade e padroniza-
ção de processos – MÉTODO.
Máximo desempenho dos equipamen-
tos – MÁQUINA.
Geração de registros efetivos - MEDIDA
Condições ambientais estáveis – MEIO
AMBIENTE.
Especificação de insumos e critérios de
qualidade – MATERIAL
Qualificação da equipe com treinamen-
tos específicos – MÃO DE OBRA.
Por Patricia Vasconcelos
HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO
FARMACÊUTICO NO SETOR MAGISTRAL
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MAGI
Alguma vez já parou para refletir sobre qual
função na verdade é esperada de um
Farmacêutico? Consegue compreender
qual é o seu papel nesta engrenagem cha-
mada Farmácia Magistral?
Então vamos entender um pouco sobre isso
tudo.
Habilidades
O conceito de habilidade está intimamente
relacionado com a aptidão para cumprir
uma tarefa específica com um determinado
nível de destreza. Alguns sinônimos de habi-
lidade podem ser: capacidade, talento, inteli-
gência, empenho, destreza, agilidade.
Competências
A competência indica aptidão, conhecimen-
to ou capacidade em alguma área específi-
ca. A palavra “competência” está associada
à qualidade de quem é capaz de apreciar e
resolver determinado assunto ou realizar
determinada tarefa.
A competência profissional remete à ideia
de capacidade, soma de conhecimentos.
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Habilidades X Competência
Habilidades são qualidades que o profissio-
nal tem para realizar alguma atividade. São
aquelas características que podem ajudar
um profissional a desenvolver competên-
cias. Ou seja, a competência pode ser apren-
dida, já a habilidade é inata.
O que habilidades e competências tem
haver com as nossas atribuições Farmacêu-
ticas?
Para que possamos cumprir as nossas
atribuições, devemos ter desenvolvidas
nossas habilidades e principalmente nossas
competências, e para isso devemos ampliar
nossos conhecimentos.
Entãoporondedevemoscomeçar?
A primeira atitude é conhecer as regras que
regulam a nossa profissão.
• O Decreto n° 20.377 foi o primeiro regula-
mento do Brasil emancipado, versando
sobre o exercício da profissão farmacêutica
no país. Derrogado pela Lei n° 5991/73, o
decreto sancionado por Getúlio Vargas em
1931 resumia o exercício da profissão
farmacêutica.
Dessa forma, no Brasil, a atividade do profis-
sional farmacêutico está dividida em ativi-
dades privativas, ou seja, funções desempe-
nhadas exclusivamente por farmacêutico
(funções exclusivas) e, atividades não priva-
tivas, ou seja, funções desempenhadas por
outros profissionais além do farmacêutico
(funções não exclusivas).
As atribuições privativas são as que nos
importam nesse momento e referem-se a
todos os procedimentos inerentes aos
fármacos e medicamentos para uso
humano, incluindo funções de dispensação,
produção de medicamentos, execução ou
supervisão de processos e métodos farma-
cêuticos ou de natureza farmacêutica.
EnaFarmáciaMagistral,
comofunciona?
Todo o processo de manipulação de um
medicamento ou cosmético magistral é
bastante detalhado e personalizado, a fim
de garantir a qualidade do produto final, por
isso existem várias legislações que deve-
mos seguir.
LeisFederais
• 5.991/73 – Dispõe sobre o controle sanitá-
rio do comércio de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos, e da
outras providências.
• 13.021/14 – Dispõe sobre o exercício e a
fiscalização das atividades farmacêuticas.
ANVISA
• Portaria da SVS MS 344/98 – Aprova o
regulamento técnico sobre substâncias e
medicamentos sujeitos a controle especial.
• RDC 67/07 – Dispõe sobre Boas Práticas
de Manipulação de Preparações Magistrais
e Oficinais para uso humano em farmácias.
• RDC 87/08- Altera o regulamento técnico
sobre Boas praticas de manipulação em
Farmácia.
• RDC 20/11 – Dispõe sobre o controle de
medicamentos a base de substâncias clas-
sificadas como antimicrobianos, de uso sob
prescrições isoladas e associadas.
• RDC 22/14 – Dispõe sobre o SNGPC (Siste-
ma Nacional de Gerenciamento de Produtos
Controlados).
• RDC 222/18 – Regulamenta as Boas Práti-
cas de Gerenciamento dos resíduos de
Serviços de Saúde.
• RDC 275/19 – Dispõe sobre os critérios de
peticionamento de Autorização de Funcio-
namento (AFE) e de Autorização Especial
(AE) de farmácias e drogarias
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MAGI
RESOLUÇÃO-RDCNº67,DE
8DEOUTUBRODE2007
Este Regulamento Técnico fixa os requisitos
mínimos exigidos para o exercício das ativi-
dades de manipulação de preparações
magistrais e oficinais das farmácias, visan-
do à garantia de sua qualidade, segurança,
efetividade e promoção do seu uso seguro e
racional.
Existe no anexo VII o roteiro de inspeção
utilizado para uma avaliação da farmácia
em questão. Onde são avaliados pontos
Informativos, Necessários, Recomendáveis
e Imprescindíveis.
Deumaformageraloque
devemosmonitorar?
• Instalações
• Equipamentos
• Recursos humanos
• Aquisição e controle da qualidade da maté-
ria-prima, armazenamento
• Avaliação farmacêutica da prescrição
• Manipulação
• Fracionamento
• Conservação
• Transporte
• Dispensação das preparações
• Atenção farmacêutica aos usuários ou
seus responsáveis, visando à garantia de
sua qualidade, segurança, efetividade e
promoção do seu uso seguro e racional.
Podemos afirmar que a principal competên-
cia farmacêutica é:
Assistência farmacêutica: conjunto de
ações e serviços relacionadas ao medica-
mento, destinadas a apoiar as ações de
saúde demandadas por uma comunidade.
Envolve o abastecimento de medicamentos
em todas e em cada uma de suas etapas
constitutivas, a conservação e controle de
qualidade, a segurança e a eficácia terapêu-
tica dos medicamentos, o acompanhamen-
to e a avaliação da utilização, a obtenção e a
difusão de informação sobre medicamen-
tos e a educação permanente dos profissio-
nais de saúde, do paciente e da comunidade
para assegurar o uso racional de medica-
mentos.
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Atenção farmacêutica: é um modelo de
prática farmacêutica, desenvolvida no con-
texto da Assistência Farmacêutica. Compre-
ende atitudes, valores éticos, comporta-
mentos, habilidades, compromissos e
co-responsabilidades na prevenção de
doenças, promoção e recuperação da
saúde, de forma integrada à equipe de
saúde. É a interação direta do farmacêutico
com o usuário, visando uma farmacoterapia
racional e a obtenção de resultados defini-
dos e mensuráveis, voltados para a melho-
ria da qualidade de vida.
LOGO...
É de total responsabilidade do Farmacêuti-
co, garantir a qualidade do medicamento
dispensado aos pacientes.
Entãocomogarantiraqualidade
destemedicamentomanipulado?
• Ter comprometimento e responsabilidade;
• Qualificar os prestadores de serviços e os
fornecedores dos insumos e equipamentos;
• Controlar os processos da manipulação
dos medicamentos;
• Ter conhecimento dos processos e enten-
der sua importância;
• Treinar os colaboradores sempre;
• Sempre estar se atualizando.
Nas próximas edições iremos detalhar cada
etapa necessária para garantir a qualidade
do medicamento de forma técnica.
Patricia Vasconcelos
Consultora Farmacêutica e Treinamentos
(021) 97028-8533
J U N H O 2 0 2 0
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Por Reginalda Russo
INFLAMMAGING, A INFLAMAÇÃO
SILENCIOSA, MAS NÃO INVISÍVEL
news.com.br
MAGI
024
Alguns leitores poderão ficar intrigados com
este artigo pois encontrarão somente refe-
rências recentes, precisamente dos últimos
5 anos, e poderão pensar, este tema é bem
atual. De fato, o termo Inflammaging só
começou a ser utilizado a partir de 2016 por
Claudio Franceschi, mas não se enganem
imaginando tratar-se de um problema novo!
A preocupação com o envelhecimento e
com o declínio físico e mental, remonta ao
século XIII quando se pesquisava o Elixir da
Longa Vida, que era na verdade um trata-
mento para todas as doenças, mas não se
tratava nem de longe de imortalidade, uma
vez que, quem utilizava o lendário Elixir da
Longa Vida, poderia morrer de qualquer
coisa menos de doenças crônicas e infec-
ções, ficando protegidos contra essas doen-
ças mas não da morte por outras causas.
Parafraseando um médico amigo que cos-
tuma dizer que, “se chegarmos à velhice
sem ter sofrido um acidente ou um ato de
violência que nos tire a vida, certamente a
causa da morte será uma Inflamação.”(H
Maia)
E assim, seguimos aqui na tentativa de
trazer à luz alguns fatos que comprovem
esta tese e demonstrem como algumas
estratégias podem ser importantes alterna-
tivas capazes de proteger seres humanos
da Inflammaging.
“O envelhecimento é um fardo global para o
organismo humano. Healthspam nem
sempre aumenta paralelamente a Lifes-
pam.”
E.S. Chambers e A.N. Akbar
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Envelhecimento e Adaptação
O envelhecimento é caracterizado por um
processo de adaptação morfofuncional, que
afeta sistemas fisiológicos de forma variá-
vel e dependente de uma complexa intera-
ção entre genética, epigenética, ambiente e
eventos aparentemente aleatórios.
É um fenômeno complexo, objeto de intensa
pesquisa e pode se manifestar por altera-
ções em todos os níveis, desde moleculares
até os sistemas mais complexos. Estas
manifestações globais foram recentemente
modeladas em 7 principais padrões bási-
cos:
• Declínio da adaptação ao estresse;
• Perda da proteostase;
• Alterações epigenéticas desfavoráveis;
• Desgaste de células-tronco;
• Comunicação intercelular prejudicada;
• Imunosenescência;
• Inflamação.
Um aprofundamento nos mecanismos de
envelhecimento biológico leva à ideia de que
todos estes padrões se cruzam entre si e
estão intrinsecamente ligados.
Quando essas interações dinâmicas condu-
zem a um remodelamento de mecanismos
e sistemas relacionados ao envelhecimento,
podem proporcionar a chance de se atingir
um limite extremo de vida humana em um
estado de saúde plena. Esta teoria se reflete
no número crescente de centenários longe-
vos e saudáveis, e parece significar que o
processo de envelhecimento e o desenvolvi-
mento das doenças degenerativas são de
certa forma processos separados e inde-
pendentes, porém que compartilham um
conjunto básico de mecanismos biológi-
cos.(6)
Os centenários são notáveis, não somente
devido a suas longas vidas, mas também
porque eles comprimem a morbidade nos
últimos momentos de suas vidas, por isso
tem sido estudados e propostos como um
modelo de envelhecimento bem sucedido e
extraordinário.
Do ponto de vista clínico, centenários não
escapam do declínio fisiológico ou das
doenças e síndromes relacionadas ao enve-
lhecimento, mas a manifestação desses
processos ocorre de forma tão lenta que
equilibra sua capacidade intrínseca de
responder ao estresse, ou seja, uma profun-
da capacidade de resiliência.(7)
Em contrapartida, o desequilíbrio entre
mecanismos estressores e alívio de estres-
se, resultam em um acúmulo de danos não
reparados. Como resultado, encontram-se a
suscetibilidade a doenças, o declínio funcio-
nal, a redução na capacidade de recupera-
ção e resistência ao estresse e instabilidade
na saúde.(1)
A preservação da função física e cognitiva é
hoje o principal foco de pesquisa na área da
gerontologia, mas é importante reconhecer
que o atingimento deste objetivo requer
profundo conhecimento dos mecanismos
moleculares, celulares e fisiológicos que
determinam essas alterações funcionais.(1)
Neste contexto, envelhecimento biológico é
caracterizado por um processo de inflama-
ção crônica, em nível subclínico, este status
pro-inflamatório tem um papel importante e
muito tem se estudado e publicado para
demonstrar que, no envelhecimento, os
indivíduos tendem a desenvolver este
estado, que passou a receber o nome de
Inflammaging.
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026
“Inflammaging é um fenômeno
crônico e um fator de risco alta-
mente significativo para morbida-
de e mortalidade.”
B. Fougere
Inflamação: de Proteção Imunoló-
gica a Chave de Doenças Crônicas
Em situação fisiológica normal, a inflama-
ção é essencial para a manutenção da
saúde e da vida, pois é responsável por
mediar a luta do organismo contra agres-
sões e invasões. Tem papel essencial no
processo de reparação e manutenção de
órgãos e sistemas.
Após um trauma ou processo infeccioso,
inicia-se uma resposta inflamatória local,
em nível celular.
Mediadores celulares, como macrófagos e
monócitos, são mobilizados para o local da
reação, como uma resposta imunológica
inata presente em todos os mamíferos.
Estas células produzem e liberam mediado-
res moleculares, como IL-6 e TNF-alfa,
responsáveis pela progressão da resposta a
nível sistêmico, utilizando a corrente circula-
tória para abranger outros órgãos e siste-
mas.
Esta cascata inflamatória é deflagrada com
o objetivo de destruir patógenos invasores,
iniciar os processos de reparação tecidual e
promover a recuperação da homeostase.
Como um processo agudo, tem um meca-
nismo próprio de auto-resolução.(5)
A inflamação que é transitória, aflorando
quando é necessária e desaparecendo por
seus próprios mecanismos de resolução,
não terá maiores consequências. Porém,
quando o processo inflamatório se prolon-
ga, seja em decorrência de um desequilíbrio
imunológico ou porque o gatilho que defla-
grou a cascata inflamatória não foi bloquea-
do, poderá causar danos que eventualmente
se manifestarão como doenças.(1)
O envelhecimento é caracterizado por um
estado pro-inflamatório, embora o exato
mecanismo que deflagra esta inflamação
ainda não é totalmente compreendido.(1)
Este estado de inflamação crônica correla-
cionada com o envelhecimento, que muitas
vezes é chamada de Inflammaging, é um
poderoso fator de risco para ocorrência,
progressão e complicações de muitas doen-
ças crônicas degenerativas, incluindo: obe-
sidade, Diabetes tipo II, doenças cardiovas-
culares, sarcopenia, osteoporose, doenças
neurodegenerativas e câncer.(1,5)
Um sinal característico do envelhecimento
na presença de inflamação crônica subclíni-
ca, é a elevação sérica das interleucinas IL-6
e IL-8, de TNF-alfa e de PCR, reconhecidos
biomarcadores inflamatórios. O aumento
destes marcadores pode ocorrer em adul-
tos saudáveis e na ausência da manifesta-
ção clínica de doenças inflamatórias, porém
já são preditivos maior fragilidade no enve-
lhecimento.(1,3)
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027
Inflammaging: Inflamação e En-
velhecimento
O termo Inflammaging foi proposto pela
primeira vez por Claudio Franceschi (2016)
e é um estado de inflamação crônica subclí-
nica observada durante o processo de enve-
lhecimento.(3)
Segundo Franceschi (2016), Inflammaging
está centrada no macrófago, envolve teci-
dos, órgãos e sistemas, incluindo a micro-
biota intestinal, e é caracterizada pelo com-
plexo balanço entre respostas pró e anti-in-
flamatórias.
Com base na literatura, argumenta-se que a
maior fonte de estímulo inflamatório é
representada por moléculas endógenas
deslocadas ou alteradas resultando em
danos ou morte de células ou de organelas
celulares, reconhecidas por receptores no
sistema imune inato.(4)
Enquanto a produção dessas células é
aumentada com o envelhecimento, sua
degradação e eliminação pelo proteossoma
via autofagia e/ou mitofagia declina
progressivamente.(4)
Este processo auto reativo ou autoimune
alimenta o estabelecimento ou progressão
das doenças crônicas que aceleram e
propagam o processo de envelhecimento
local e sistêmico. Consequentemente,
Inflammaging pode ser considerado o prin-
cipal gatilho das doenças crônicas relacio-
nadas ao envelhecimento e portanto, o alvo
das estratégias de prevenção à estas doen-
ças.(4)
Inflammaging está associada ao aumento
do risco de mortalidade em adultos saudá-
veis e ao declínio na função cognitiva e o
contrário, índices mais baixos de citocinas
inflamatórias estão correlacionados a bom
estado de saúde, longevidade e risco reduzi-
do de morte.(3)
Notavelmente, Inflammaging é caracteriza-
da por aspectos peculiares, de caráter crôni-
co, sistêmico e de baixo grau, podendo
permanecer por certo tempo como um
processo inflamatório subclínico.
Assim, mesmo que o índice de progressão
de Inflammaging seja reconhecido como a
principal força impulsionadora do envelheci-
mento e um dos principais fatores de risco
de morbidade e mortalidade entre adultos, o
conhecimento atual do seu agente causal
permanece incompleto e sua determinação
clínica ainda não é padronizada e nem tam-
pouco é uma unanimidade cientifica.
Mesmo que biomarcadores inflamatórios
possam ser identificados, sua investigação
não é amplamente e unanimemente reco-
mendada como prática de rotina clínica.(6)
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Reduzindo Inflammaging e Preve-
nindo Doenças
Dentre as estratégias para redução de
Inflammaging e prevenção de doenças
crônicas degenerativas, fármacos que
possam suprimir células senescentes, ou
que eliminem fenótipo secretório associado
a senescência (SASP) possibilitam a redu-
ção da inflamação crônica.
Estratégias anti-inflamatórias e de neutrali-
zação de citocinas pró inflamatórias, como
a IL-6 e o TNF-alfa são muito assertivas para
melhorar a função imune adaptativa e a
resposta anti-inflamatória, prevenindo a
imunossenescência e Inflammaging.(3)
E lembrando que qualquer estratégia para
minimizar os efeitos da Inflammaging e das
doenças associadas, deve ser acompanha-
da por intervenções no estilo de vida que
incluam ajustes nutricionais de macro e
micronutrientes e prática de atividade física
regular e bem orientada.
Dentre os suplementos nutricionais encon-
trados naturalmente, fontes vegetais de poli-
fenóis são consideradas potenciais agentes
anti-inflamatórios e antienvelhecimento,
devido a sua capacidade de modular fatores
evolutivos relativos ao envelhecimento,
como danos oxidativos, inflamação, senes-
cência celular e autofagia.
Alguns compostos vêm ganhando a aten-
ção dos pesquisadores devido a sua habili-
dade de expandir a expectativa de vida. Mais
recentemente, alguns tem sido propostos
como senolíticos protetores contra doenças
degenerativas como câncer, doenças
cardiovasculares e neurodegenerativas. (8)
Ingredientes ativos de origem vegetal são
utilizados a centenas de anos na prevenção
e tratamento de distúrbios e doenças huma-
nas. Especialmente, nos últimos anos,
muitos esforços têm sido promovidos para
descobrir e tornar estes ingredientes ainda
mais ativos e especialmente mais seguros.
Neste cenário, um ingrediente ativo tem se
destacado por apresentar forte sinergia em
sua composição e potencial anti-inflamató-
rio e antioxidante, capaz de modular os
complexos processos envolvidos na defla-
gração da cascata inflamatória, tema exten-
samente abordado neste artigo. Desta
forma, controlando a produção e liberação
de marcadores bioquímicos, pivôs do
processo inflamatório e do estresse oxidati-
vo. a associação especialmente desenvolvi-
da neste novo ingrediente fitoterápico, deno-
minado Miodesin™, tem chamado a aten-
ção.
Miodesin™, já tem apresentado notável
resposta clínica, reportada em recentes
publicações (9,10), na redução da dor pélvi-
ca associada a endometriose e miomatose
uterina, confirmando o papel central da
inflamação na patogênese das doenças
pélvicas ginecológicas e sustentando o
papel de fitoterápicos anti-inflamatórios
para o tratamentos destas patologias.
Em recente estudo publicado na Oxidative
Medicine and Cellular Longevity(11) foi
demonstrado, de forma inédita, o mecanis-
mo de ação pelo qual Miodesin™, que é um
fitocomplexo rico em alcaloides oxindólicos,
flavonoides e carotenóides, é capaz de redu-
zir biomarcadores inflamatórios, como as
Interleucinas, TNF-alfa (fator de necrose
tumoral), quimiocinas e NO (óxido nítrico)
em diferentes linhagens celulares (querati-
nócitos, condrócitos e macrófagos).
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Este estudo é o primeiro a demonstrar as
propriedades imunomoduladoras, antioxi-
dantes, anti-inflamatórias de Miodesin™.
Miodesin™ reduziu significativamente a
secreção de citocinas TNF-alfa, IL-6, IL-8 e
IL-1B; e das quimiocinas CCL2, CCL3 e CCL5
especialmente em macrófagos, principais
células mobilizadas na resposta imunológi-
ca e na defragração da cascata inflamatória
subsequente.(11)
Foram observadas redução da expressão
do fator de transcrição nuclear NF-kB e das
enzimas pró-inflamatórias COX-1, COX-2,
PLA2 e iNOS.(11)
Estes resultados indicam que Miodesin™
apresenta propriedades anti-inflamatórias,
através da regulação da expressão ou
secreção de importantes marcadores infla-
matórios celulares e sistêmicos, inibindo a
hiperativação de condrócitos, queratinóci-
tos e macrófagos. Os resultados observa-
dos indicam que não ocorreram alterações
significativas na metilação de DNA celular,
demonstrando sua segurança epigenéti-
ca.(11)
Considerando que a modulação de NF-kB é
considerada um importante alvo na terapia
anti-inflamatória e que a compreensão atual
destes aspectos podem gerar futuras estra-
tégias para o desenvolvimento de novas
abordagens terapêuticas, a expectativa
então, é de abrir espaço para novos estudos
sobre Inflammaging, possibilitando ampliar
Healthspam para os seres humanos através
do desenvolvimento de novos compostos
ativos como Miodesin™.
Referências Bibliográficas
(1) Bektas A., Schurman S.H., Sem R., et al.; Aging,
Inflammation and the Environment; Exp Gerontol.
2018 May; 105: 10–18.
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Effect of vaginal Miodesin™ in Pentravan™ on the
response to progestin therapy in patients with
deep endometriosis and adenomyosis; Journal of
Clinical Review & Case Reports, 2019,vol. 3, no. 7,
pp. 1–5.
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Activity of Miodesin™: Modulation of Inflammatory
Markers and Epigenetic Evidence; Oxidative Medi-
cine and Cellular Longevity; Volume 2020, Article
ID 6874260, 11 pages https://doi.or-
g/10.1155/2020/6874260
Por Reginalda Russo
Farmacêutica
(011) 97481-3560
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MAGI J U N H O 2 0 2 0
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VAMOS FALAR DE DOENÇAS
NEGLIGENCIADAS?
O momento em que vivemos traz à luz diver-
sos questionamentos como seres huma-
nos, como sociedade e como atores da
ciência. São esses momentos que, através
da modificação dos centros e da perda dos
eixos, nos levam a refletir sobre o quanto
ainda precisamos crescer nos aspectos
supracitados.
Desde o início da minha carreira científica,
me deparei com um grupo de doenças cha-
madas “Doenças Negligenciadas” que, já de
forma léxica, entendemos que são aquelas
doenças que não são dadas a devida impor-
tância. Doenças negligenciadas são, em sua
maioria, aquelas causadas por parasitas,
como a Leishmaniose, Esquistossomose,
Doença de Chagas, Malária, entre outras,
que apresentam elevada taxa de mortalida-
de e levam ao fim centenas de vidas todos
os anos.
Por sete anos, trabalhei com pesquisa
básica e aplicada na criação de testes rápi-
dos de diagnóstico e desenvolvimento de
novos alvos terapêuticos para Leishmanio-
se. A Leishmaniose é endêmica em 76
países no mundo, a maioria deles países em
desenvolvimento, sendo que na América
Latina 90% dos casos estão concentrados
no Brasil. A doença pode se manifestar de
duas formas: a cutânea, que pode ser con-
centrada ou difusa, levando desde uma
ferida tópica local até mesmo a perda de
tecido cartilaginoso e deformações, e a
visceral, forma mais grave da doença que
atinge os órgãos internos e pode levar a
morte.
Dados da OMS e Ministério da Saúde do
Brasil relatam que, em média, cerca de 3500
novos casos de Leishmaniose visceral são
registrados no Brasil anualmente, com uma
taxa de letalidade que vem aumentando nos
Por Antonio Zóboli
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MAGI J U N H O 2 0 2 0
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últimos anos e já ultrapassa 7,1%. Fazendo
um comparativo com o novo Corona vírus,
dados amplamente divulgados pela OMS
mostram uma letalidade do COVID-19 de
2,7% nos EUA, 12,3% na Itália e 4,2% no
Brasil, até abril de 2020. Isso nos mostra
que doenças como a Leishmaniose visceral
estão entre as que mais causam mortes no
Brasil.
É importante salientar que a Leishmaniose,
tanto cutânea quanto visceral, tem trata-
mento. Talvez por isso não tenha tanta
evidência no cenário epidemiológico nacio-
nal. Entretanto, este tratamento é obsoleto e
data da década de 80, utilizando drogas
antimoniais, em primeira escolha, que são
altamente cardio e hepatotóxicas, ou em
outros casos com Anfotericina B, que
também não exclui sua toxicidade hepática
e renal, apesar do esforço da farmácia de
manipulação na elaboração da “segunda
arte”, para melhorar e personalizar alguns
desses tratamentos.
E porquê, mesmo assim, essas doenças são
negligenciadas? Por que não existem novas
abordagens de tratamento? Por que ainda
existe uma alta letalidade desta doença que
tem tratamento? Pelo simples fato de que
os investimentos em pesquisa para as
mesmas são diminutos.Durante todo o
tempo em que estive na pesquisa de
Leishmaniose, em instituições de prestígio
como a UFV e a FIOCRUZ, os grupos de pes-
quisa em que trabalhei eram batalhadores
em fazer ciência com pouquíssimo dinheiro
e obter resultados de ponta, que muito me
orgulho.
Por se tratar de doenças que não afetam os
grandes centros econômicos, que não estão
constantemente na mídia ou que fazem
parte de um universo social determinado,
nossas pesquisas sofrem cortes consecuti-
vos de investimentos e, a cada dia, se
tornam mais esquecidas pelos detentores
do poder econômico.
É chegada a hora de tornar a ciência o novo
parâmetro de evolução nacional. É necessá-
rio que, não somente em tempos de pande-
mia, a ciência receba a atenção e o investi-
mento necessário, não só para as doenças
negligenciadas, mas para todas aquelas des-
cobertas que salvam vidas, que melhoram a
qualidade de vida e elevam a soberania
socioeconômica de um país que produz
ciência e tecnologia e não fica refémdo novo
tipo de dominação estrangeira através da
tecnologia.
Por Antonio Zóboli
Consultor Técnico na Empresa LEMMA
Supply
(11) 95093-0889
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Por Andreia Assumpção
PENSANDO RÁPIDO E DEVAGAR
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MAGI
O livro do israelense Daniel Kahneman
encanta ao explicar como
funciona o cérebro, a capaci-
dade do pensamento, separan-
do o em duas formas: uma
intuitiva, rápida e emocional,
outra lenta, deliberativa e
lógica. Com isto, é viável justifi-
car como nossas decisões pes-
soais e profissionais ocorrem,
sendo possível entender; por
exemplo, como funcionam as
nossas decisões de compras -
incluindo aquelas que ocorrem
por impulso.
Quando fui apresentada ao livro estava
no banco do Mestrado em Administração
de Empresas e logo de início fiquei encanta-
da com o autor: um psicólogo naturalizado
americano que ganhou um
Prêmio Nobel de Economia. Uau!
Ele obteve destaque por seu traba-
lho em Finanças Comportamen-
tais, porque, para o autor, emoções
e intuições tem igual ou maior
importância que simples análises
gráficas ou numéricas. Ao que
parece as nossas tomadas de deci-
sões estão pautadas por incerte-
zas, fazendo o julgamento humano
e a ciência econômica se integrar
através do psique.
Nessa leitura logo de cara nos
deparamos com dicas úteis para a
vida pessoal e para os negócios; o
livro divide os pontos de vista em dois
news.com.br
MAGI
033
sistemas de pensamento - os sistemas rápi-
dos e os lentos.
O sistema 1 – rápido - é um modo de
pensar baseado na emoção e na reação
subconsciente. Esse tipo de pensamento
ocorre rapidamente, geralmente chamado
de instinto, e por vez pode ser impraticável e
falho. O Sistema 2– lento - é um modo de
pensar pautado no pensamento lento e
deliberado e em uma abordagem mais
lógica. Ao entender como e por que os dois
sistemas afetam a tomada de decisões e as
novas experiências, é possível aprender a
tomar melhores decisões e criar novas
formas de pensar com base no raciocínio.
E obviamente o meu, o seu, modo de pensar
sofre influências – os chamados viés – algo
que se repetem de forma previsível em
circunstâncias particulares; ocorrendo silen-
ciosamente em nossas cabeças.
E só para exemplificar é algo como o pen-
sando rápido diz: “Eu preciso de mantimen-
tos, vou ao supermercado” e o lado pensan-
do devagar, pondera: “Eu não vou tentar lem-
brar o que comprar, então vou escrever uma
lista de compras”. Mas ainda assim, por
sermos pensadores racionais e sofrermos
intervenções nos nossos pensamentos que
nem sempre estamos cientes, o melhor
mesmo é irmos as compras de alimentos
em horários distantes das refeições; porque
se estivermos com fome – bem na hora do
almoço ou jantar – podemos comprar enco-
rajados pela ansiedade causada pela fome.
E como você sabe o quanto você deve pagar
por algo? Para descobrir isso, você precisa-
rá de algum tipo de referência. O preço só
será considerado caro ou barato se existir
outra opção para criar relatividade ou servir
de comparação. Imagine a seguinte situa-
ção: você entra em uma loja e vê uma
camisa, checa o preço da etiqueta que é R$
290,00, o vendedor o aborda e diz que a
camisa agora custa apenas R$ 140,00. Você
talvez nem precise da camisa, mas um des-
conto de R$ 150,00 parece realmente um
grande negócio. Será mesmo? Ou o que
funcionou aqui foi o efeito de ancoragem?
Assim como as boas primeiras impressões
tendem a colorir positivamente as impres-
sões negativas posteriores e, inversamente
é verdadeiro;o primeiro a expressar sua
opinião em uma reunião pode “estimular” as
opiniões de outras pessoas. Ou uma lista de
adjetivos positivos que descrevem uma
pessoa influencia a forma como interpreta-
mos adjetivos negativos que vêm depois na
lista. Somos assim...
Essas são algumas das abordagens do
Daniel Kahneman nesse livro apaixonante. E
esse é o convite que a MAGI NEWS quer te
fazer em julho!
Ao aplicar esse conceito em vendas, será
possível pautar na oferta da solução ao
cliente, no atendimento como experiência
única, na customização do serviço, trans-
crevendo para aplicações práticas no dia a
dia do Comercial.
Diminuindo a velocidade e desenvolvendo
as habilidades para usar esses dois modos
de pensar juntos, é possível criar uma abor-
dagem para experiências e tomadas de
decisão que usem lógica e intuição de
maneira eficaz; uma vez que a emoção
afeta a decisão.
E que a pandemia vivida por todos nós,
aplicando mudanças no comportamento,
por muita das vezes impostas, seja um
momento de repensar o novo, considerando
que podemos ir lento e rápido.
Por Andreia Assumpção
Mestre Administração, gestora Empresarial
Enfermeira
(011) 94164-3865
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Por Fabio de Matos
AUMENTAR O FATURAMENTO É
POSSÍVEL NO MERCADO DE HOJE?
034
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MAGI
Hoje em dia, com a correria do dia-a-dia,
muitas são as farmácias que tem boas
idéias, que querem implantar novas ações e
investir em alternativas, mas que esbarram
na falta de tempo, na falta do profissional
para implantar tal idéia ou ação, não é
mesmo? E por conta disso abandonam
sonhos e projetos.
Mas existe uma máxima no mundo dos
negócios que diz: Quanto mais se trabalha,
menos tempo se tem em pensar como
ganhar dinheiro!
Mas espere um pouco, eu trabalho justa-
mente para ganhar dinheiro, então como
fica essa situação? Na verdade, no mundo
corporativo, ganhar dinheiro é encontrar
alternativas de atrair novos clientes, fidelizar
os atuais e melhorar a qualidade e produtivi-
dade dos colaboradores.
Agora responda… Qual foi a última vez que
você levou uma idéia adiante para melhorar
o desempenho da empresa, dos colabora-
dores, ferramentas para aumentar as
vendas? Hoje, ontem, ano passado?
Sem novas idéias, a empresa enferruja,
perde o brilho, a força, se tornando mais
uma na multidão. Nessas horas é importan-
te olhar o mercado e avaliar… Por que as
empresas de telefonia celular investem
tanto em comunicação e novos planos?
Elas já detêm milhões de clientes… A idéia é
nunca se acomodar, para não ser engolida
por outra empresa.
Pensando assim, faça o seguinte exercício.
Imagine que hoje vai abrir uma nova farmá-
cia ao lado da sua; Seus clientes estão satis-
feitos o bastante para comprar com você ao
invés de, movidos pela novidade, conhece-
rem o concorrente e serem seduzidos pela
qualidade, competência, inovação, tirando
assim um cliente, até ontem “fiel”? Ou, por
tudo que você faz, desenvolve e apresenta
para ele, ele só entraria para conhecer, mas
continuaria comprando em sua farmácia?
Se sua farmácia está preparada para esse
teste, parabéns…
Agora, se você tem alguma dúvida, é hora de
começar a correr!
“O mais difícil na mudança é a
existência de um desejo sincero
de mudar!”
(Júlio Ribeiro)
Texto disponivel em:
https://pharma360.com.br/blog/
Por Fabio de Matos
Consultor magistral
@fabiomagistral
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COMUNICAÇÃO E MARKETING EM
TEMPOS DE PANDEMIA
O momento não é de abandonar as estraté-
gias de comunicação e marketing, por isso,
devemos estar atentos para manter a cone-
xão com seu público e gerar relevância em
valor de marca. Algumas empresas já toma-
ram medidas como trocar de logo, produzir
conteúdo explicando os processos de higie-
ne, alterar a embalagem do produto e
mudança no direcionamento de campanhas
que já estavam sendo veiculadas.
Estamos vivenciando o fechamento físico
do comércio e de serviços não essenciais,
isso reforçou a necessidade da presença
digital para os negócios, como medida para
atenuar os impactos do distanciamento
social nos negócios.
Marketing de Conteúdo
Gerar conteúdo é uma das formas de atrair
público e gerar relevância em um processo
de longo prazo, mesmo assim, muitos cami-
nham na contra mão e afirmar não ter tempo
para investir em conteúdo.
Compartilhar ideias e novas formas de con-
sumo, podem ser a saída para os tempos de
isolamento. Novas atividades que ganharam
espaço como: Exercício em casa, lazer com
a família, espaço com home office, equipa-
mento para uso em vídeo chamadas e
outras formas de melhorar a qualidade de
vida em tempos de confinamento.
Na medida em que o consumidor entender a
nova necessidade gerada com a vida em
casa, ele vai aderir à solução e adotar em
seus hábitos de consumo.
Por Caio Ferreira
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news.com.br
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Serviço de entrega
Os serviços de entrega ganhavam espaço
com a comodidade e o acesso a diferentes
formas de tecnologia, tivemos o surgimento
de empresas especializadas em entregas
como Ifood, Ubereats, Rappi, Loggi e outras.
A revista Pequenas Empresas e Grandes
Negócios publicou em seu portal um estudo
que se aprofunda nas entregas em momen-
to de pandemia. Segundo estudo do Institu-
to Locomotiva, as compras feitas por meio
de aplicativos cresceram 30% no Brasil,
durante o primeiro mês de isolamento
social.
A pesquisa foi feita ouvindo 1.131 consumi-
dores com idade igual ou superior a 16
anos. O questionário foi aplicado em 72
cidades de todos os estados brasileiros, nos
dias 14 e 15 de abril.
Busque soluções para estar mais próximo
ao cliente, utilizar um sistema de entregas
eficaz de acordo com sua atuação pode ser
um diferencial competitivo nesse momento.
Comunique por suas redes sociais e impul-
sione a informação para chegar a seus
clientes e público potencial.
Canais de vendas
Marcas precisam se adaptar para comercia-
lizar no mundo digital para não ficar para
trás, novos comportamentos das marcas
precisam ter sistemas para mudar no ritmo
em que o mercado está avançando.
As redes sociais já são utilizadas para entre-
tenimento, estreitar relacionamentos, infor-
mar e vender. Invista em relacionamento
com estratégia no Facebook, Instagram e
Linkedin. Compartilhar estudos, informa-
ções e soluções podem ser uma forma de
atrair seu cliente.
Comece a vender pelo WhatsApp, utilize a
ferramenta para negociar e fechar negócios
à distância, além de manter um canal aberto
para compartilhar conteúdo. Ainda não
temos previsão para o fim da quarentena e
isso reforça a importância do relacionamen-
to.
Estude o seu segmento de mercado e procu-
re levar seu conhecimento para seu público
que hoje está conectado, entenda como
funciona a criação de anúncios online e
esteja pronto para a demanda.
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news.com.br
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Colaboradores
É necessário um esforço coletivo para
garantir a segurança física, emocional e
financeira dos colaboradores. O momento
pede cooperação e teremos um diferencial
em empresas onde a equipe estiver mais
engajada, desta forma, algumas medidas
podem ser tomadas para reduzir os impac-
tos do momento:
1. Comunicar com clareza os planos, metas e
necessidades da empresa nesse período. A
transparência sempre foi uma aliada e deve
ser mantida em momentos de crise.
2. Respeitar os protocolos e recomendações
da Organização Mundial da Saúde para quem
precisa estar presencialmente em seu local de
trabalho.
3. Adequar a forma de trabalho para manter a
produtividade no home office, medidas que
podem influenciar no desempenho e devem
ser avaliadas dentro das possibilidades.
a. Disponibilizar o computador e acessórios
como mouse, teclado, microfone e fone de
ouvido;
b. Nem todas as casas estão preparadas
para a atuação de escritório, por isso, enviar
a cadeira e suporte para elevação do note-
book pode ser o diferencial no desgaste
físico da equipe;
c. Acesso ao CRM para gestão das deman-
das internas e contato com o cliente, man-
tendo toda a programação para seguimento
aos processos da empresa;
d. Servidor com acesso via VPN (rede priva-
da virtual) para fácil acesso a informações
que estejam centralizadas na empresa;
e. Quando possível, disponibilizar a mesma
linha telefônica para o colaborador para uso
em casa. Assim, mantém o mesmo canal de
contato com clientes e seguimos com o
monitoramento em caso de PABX em
nuvem;
f. Rotina de contato com a equipe para
acompanhar a performance e discutir novas
estratégias dentro das experiências indivi-
duais de atuação;
g. Rotina de conversa com o setor de recur-
sos humanos para entender a adaptação
nesse novo método de atuação, além de
acompanhar a saúde mental da equipe;
h. Estimular momentos de integração da
equipe, para manter a proximidade da equipe
e estimular colaboração;
4. Manter rotina, com horários para trabalho e
intervalos. Isso ajuda na organização e gestão
do tempo;
5. Invista tempo em capacitação de sua equipe,
é o momento de aproveitar para adquirir novos
conhecimentos e se desenvolver.
Momento de manter um relaciona-
mento sério com o cliente
Muitos consumidores buscam uma fonte
confiável de informações, é necessário
investir em relacionamento e conteúdo de
qualidade para gerar confiança. O consumo
de mídia vem se expandindo via dispositivos
móveis e a indústria está criando soluções
para atender preferências pessoais do seu
público.
Diante dos acontecimentos, as empresas
serão cobradas por posicionamento, tornan-
do mais importante um alinhamento com
seu público. Nesse ambiente, será exigida a
transparência com valores, missão e posi-
cionamento da marca.
As marcas que deixarem de comunicar
durante a crise, terá maior dificuldade para
retomar o contato com seu público e neces-
sitará de um maior esforço de comunicação
e vendas para voltar a atingir os resultados.
Não é o momento de cortar o investimento
em comunicação, devemos ajustar a forma
de interagir com o público.
Mantenha os esforços em comunicação e
marketing, isso o posicionará como empre-
sa socialmente relevante. Empatia será
necessária, ir além de mensagens promocio-
nais e entender a necessidade de todos os
envolvidos.
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news.com.br
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Colaboradores
É necessário um esforço coletivo para garan-
tir a segurança física, emocional e financeira
dos colaboradores. O momento pede coope-
ração e teremos um diferencial em empre-
sas onde a equipe estiver mais engajada,
desta forma, algumas medidas podem ser
tomadas para reduzir os impactos do
momento:
1. Comunicar com clareza os planos, metas e
necessidades da empresa nesse período. A
transparência sempre foi uma aliada e deve ser
mantida em momentos de crise.
2. Respeitar os protocolos e recomendações da
Organização Mundial da Saúde para quem
precisa estar presencialmente em seu local de
trabalho.
3. Adequar a forma de trabalho para manter a
produtividade no home office, medidas que
podem influenciar no desempenho e devem ser
avaliadas dentro das possibilidades.
a. Disponibilizar o computador e acessórios
como mouse, teclado, microfone e fone de
ouvido;
b. Nem todas as casas estão preparadas
para a atuação de escritório, por isso, enviar
a cadeira e suporte para elevação do note-
book pode ser o diferencial no desgaste
físico da equipe;
c. Acesso ao CRM para gestão das deman-
das internas e contato com o cliente, man-
tendo toda a programação para seguimento
aos processos da empresa;
d. Servidor com acesso via VPN (rede priva-
da virtual) para fácil acesso a informações
que estejam centralizadas na empresa;
e. Quando possível, disponibilizar a mesma
linha telefônica para o colaborador para uso
em casa. Assim, mantém o mesmo canal de
contato com clientes e seguimos com o
monitoramento em caso de PABX em nuvem;
f. Rotina de contato com a equipe para acom-
panhar a performance e discutir novas estra-
tégias dentro das experiências individuais de
atuação;
g. Rotina de conversa com o setor de recur-
sos humanos para entender a adaptação
nesse novo método de atuação, além de
acompanhar a saúde mental da equipe;
h. Estimular momentos de integração da
equipe, para manter a proximidade da equipe
e estimular colaboração;
4. Manter rotina, com horários para trabalho e
intervalos. Isso ajuda na organização e gestão
do tempo;
5. Invista tempo em capacitação de sua equipe,
é o momento de aproveitar para adquirir novos
conhecimentos e se desenvolver.
Momento de manter um relaciona-
mento sério com o cliente
Muitos consumidores buscam uma fonte
confiável de informações, é necessário inves-
tir em relacionamento e conteúdo de qualida-
de para gerar confiança. O consumo de mídia
vem se expandindo via dispositivos móveis e
a indústria está criando soluções para aten-
der preferências pessoais do seu público.
Diante dos acontecimentos, as empresas
serão cobradas por posicionamento, tornan-
do mais importante um alinhamento com seu
público. Nesse ambiente, será exigida a trans-
parência com valores, missão e posiciona-
mento da marca.
As marcas que deixarem de comunicar
durante a crise, terá maior dificuldade para
retomar o contato com seu público e necessi-
tará de um maior esforço de comunicação e
vendas para voltar a atingir os resultados.
Não é o momento de cortar o investimento
em comunicação, devemos ajustar a forma
de interagir com o público.
Mantenha os esforços em comunicação e
marketing, isso o posicionará como empresa
socialmente relevante. Empatia será neces-
sária, ir além de mensagens promocionais e
entender a necessidade de todos os envolvi-
dos.
Caio Ferreira
Consultor de Marketing
(011) 98657-7250
Por Adrielle Brandão
FARMACÊUTICO:
MAIS QUE UMA PROFISSÃO,
UM MUNDO DE POSSIBILIDADES..
APAIXONE-SE VOCÊ TAMBÉM!
039
news.com.br
MAGI
Segundo a história, as primeiras boticas ou
apotecas* foram criadas na Espanha em
meados do século X. E somente mais tarde,
surgiriam os modelos das farmácias um
pouco mais parecidas com as que conhece-
mos atualmente. Para exercer a profissão, o
boticário (proprietário da botica) tinha como
responsabilidades: dispor de local e equipa-
mentos adequados para a preparação e
armazenagem dos medicamentos, cumpri-
rem uma série de requisitos, conhecerem
sobre as doenças e ainda promover a cura
das mesmas.
Mas um grande surto de propagação da
lepra na França aliada à outras iniciativas na
área da saúde pública, levou o Rei Luís XIV a
ampliar o número de farmácias hospitalares
no país. Mas foi somente no século XVIII
que a profissão farmacêutica separou-se da
médica, gerando assim, os profissionais que
diagnosticavam a doença e aqueles que
“produziam porções de cura”.
Registros históricos apontam que, com a
chegada da Coroa portuguesa ao Brasil,Dio-
go de Castro tornou-se o primeiro boticário
do país. E assim como ele, os jesuítas
tiveram sua participação na história, dando
destaque àJosé de Anchieta que além de
primeiro educador do Brasil, foi considerado
por alguns como o primeiro boticário de
Piratininga (atual São Paulo).
A “Farmácia” é considerada atualmente uns
dos mais antigos estabelecimentos da
humanidade. E dados evidenciam que a
busca pela cura das doenças tem sido uma
das maiores preocupações do homem
desde os primórdios.
J U N H O 2 0 2 0
E D I Ç Ã O 0 2
040
news.com.br
MAGI
A profissão do farmacêutico só foi regula-
mentada em 1931, quando passou a ser
exercida apenas por profissional capacita-
do, isto é, que obtivesse um diploma prove-
niente de instituições de ensino oficialmente
reconhecidas.
Mas, você deve estar se perguntando. Por
que eu lhe contei tudo isso? Pois bem, não
há presente sem passado e muito menos,
sem uma boa história! E tendo entrado para
o time de profissionais que produzem o tal
“mix de cura”, vim te contar um pouco do
que a área e profissão farmacêutica têm de
extraordinário.
Lembro como se fosse ontem: quando tinha
uns 7 anos, eu não hesitava em acompa-
nhar meu pai à Farmácia, pois além de
achar fantástica a estrutura (antiga) daque-
les lugares, sempre achei interessante
como podia uma única pessoa, vestindo um
roupão branco (o famoso jaleco) entregar
ao meu pai caixinhas coloridas e diferentes
e, que ainda por cima “resolviam as dores”
de toda a minha família?! E mais, como ele
sabia qual caixinha ia resolver o nosso
problema da vez? [E sim, eu ainda acho tudo
isso fabuloso e inclusive sinto falta das
estruturas antigas das farmácias (e que eu
achava lindas)! – (risos)]
Mas há uma corriqueira situação que
sempre me faz sorrir também, quando digo
que sou Farmacêutica. Pois normalmente
as pessoas reagem assim:
- “Que legal! E em qual farmácia tu traba-
lhas?”
E aí - para espanto da maioria - lá vou expli-
car que só pisei nas drogarias para cumprir
estágios (e isso num curto período da época
da faculdade e sem o qual, eu não consegui-
ria me formar) ou ainda como mera consu-
midora. Já que, de acordo com o Conselho
Federal de Farmácia (CFF), há mais de 70
áreas nas quais podemos atuar e que são
reconhecidas na Resolução nº 572, de 25 de
abril de 2013.
Mas dentro dessa ampla gama de possibili-
dades, destacarei algumas:
• Áreas toxicológicas: analítica, de alimen-
tos, clínica, forense, desportiva, ocupacio-
nal, dentre outras;
• Assistência domiciliar em equipes multi-
disciplinares;
• Assuntos regulatórios;
• Cosmetologia;
• Farmácia clínica e hospitalar;
• Farmácia industrial;
• Farmácia magistral;
• Farmácia oncológica;
• Farmácia veterinária;
• Genética humana;
• Gerenciamento de resíduos dos serviços
de saúde;
• Hematologia clínica;
• Imunologia clínica;
• Microbiologia clínica;
• Parasitologia clínica;
• Vigilância Sanitária;
• Virologia clínica;
• Práticas Integrativas e Complementares
(PICS);
• Radiofarmácia (Farmácia nuclear);
• Saúde pública: Estratégia Saúde da Famí-
lia,farmacovigilância, farmacoepidemiolo-
gia, farmacoeconomia, saúde ambiental,
gerenciamento dos resíduos em serviços
de saúde e etc.;
• Setor da qualidade (Garantia e Controle).
• Dentre outras.
Neste momento, eu espero que a sua
reação tenha sido algo parecido com:
-“Uau! Tudo isso!?!”
E eu te digo, sim! Isso e muito mais.
J U N H O 2 0 2 0
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041
news.com.br
MAGI
Mas muito além de todas estas
possibilidades, por que ser Far-
macêutico?
Escolher esta área foi ter a certeza de poder
juntar duas paixões que tenho: Química e
Biologia. Além disso, o fato de poder estar
em constante estudo e pesquisa, me fez
dizer sim à esta profissão e que vem muito
ao encontro do que li certa vez: “Substân-
cias nas mãos dos farmacêuticos transfor-
mam-se em medicamentos, em cura, em
saúde, assim como a pedra nas mãos do
ourives se transforma em jóia, em brilho e
em luz.” - (Autor desconhecido). E mais, tudo
isso, visando cuidar do que há de mais valio-
so no mundo (pelo menos para mim): Pes-
soas! Pois, parafraseando outro autor des-
conhecido: “O farmacêutico é o produtor do
bem-estar, manipulador da cura, administra-
dor da vida”.
*Nome dado às primeiras farmácias na anti-
guidade.
Por Adrielle Brandão
Especialista de produtos
(11) 99505-2120
J U N H O 2 0 2 0
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P R Ó X I M A E D I Ç Ã O :
J U L H O 2 0 2 0
Espaço especial com o contato
dos nossos colunistas
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(021) 97028-8533
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Farmacêutica Fórmula e Cia
Gelza Rubia
Consultora Farmacêutica
(021) 99103-5294
Adrielle Brandão
Adrielle Brandão
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(11) 99505-2120
Graciana Neumann
Mestre em envelhecimento
humano, Nutricionista
e Farmacêutica
(054) 99696-2757
Marcio Guidoni
Dr. em Farmácia
(027) 99986-5700
Reginalda Russo
Farmacêutica
(011) 97481-3560
Apoio:
Fabio de Matos
Consultor magistral
@fabiomagistral
Jorge Mariano
Consultor Magistral, Diretor
comercial J Mariano e Diretor
Maginews
(011) 96193-4732
Kennya Macedo
Doutora em Farmacêutica
(011) 96193-4732
Francieli Pagliari
Gerente de Trade
Marketing
(011) 98657-7250
Caio Ferreira
Consultor de Marketing
(011) 98657-7250
Antonio Zóboli
Consultor Técnico na Empre-
sa LEMMA Supply
(011) 95093-0889
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Mestre Administração, gesto-
ra Empresarial e
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(011) 94164-3865

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Maginews - sua parceira mensal no setor magistral - Edição 2 junho.

  • 1. J U N H O 2 0 2 0 # E D I Ç Ã O 0 2 O conteúdo que você esperava no setor magistral news.com.br MAGI PENSANDO RÁPIDO E DEVAGAR Andreia Assumpção PESQUISA Edição DOENÇAS NEGLIGENCIADAS Antonio Zóboli INFLAMMAGING Reginalda Russo DIETA PLANT BASED Dra. Graciana Neumann MESOTERAPIA, MICROAGULHAMENTO E PEELINGS QUÍMICOS Marcio Guidoni COMUNICAÇÃO CONSCIENTE Francieli Pagliari
  • 2. Sua parceria mensal do mercado magistral O MERCADO MAGISTRAL Por Jorge Mariano news.com.br MAGI Queremos agradecer aos profis- sionais do mercado magistral pelo acolhimento e receptividade com a revista maginews Em nossa edição de lançamento da revista maginews, recebemos diversos feedbacks positivos e de sugestões para as próximas edições. Acumulamos mais de 900 visuali- zações no slideshare e mais de 2 mil visualizações no conteúdo enviado por e-mail. As redes sociais também foi motivo de grande alegria para toda equipe, atingimos mais de 1 mil seguidores no instagram. Continuaremos empenhados em trazer um conteúdo de qualidade e relevância para o mercado magistral. Nesta edição apresentamos 3 novos colunistas: Fabio de Matos, Adrielle Brandão e Caio Ferreira. Aproveito o conteúdo deste mês. Sugestões enviem para: maginews@jmariano.com.br De toda equipe maginews, nosso muito obrigado. QUEM SOMOS Por Editor Querido(a) Leitor A Maginews é uma revista mensal que nasce com o desejo de contri- buir para o desenvolvimento do mercado magistral. Reúnem profissionais de diversas áreas do conhecimento, apaixonados pelo universo da farmácia de manipula- ção. Nossa missão é desenvolver conteúdo de qualidade, entregan- do em cada edição: inovação, soluções, conteúdos científico e técnico, além de ideias que favore- çam o gestor magistral na tomada de decisões. Nossa visão é esta- belecer um canal de comunicação que conecte farmácias, médicos, prescritores e profissionais envol- vidos ao mercado magistral. Nossos valores são ética, respei- to, comprometimento, qualidade, colaboração, integridade. Nosso diferencial é contar com colunis- tas que escrevem de forma livre e independente, buscando a fundo entender os desafios do setor magistral, assim entregando artigos de excelência em suas colunas. Seja bem vindo, será um prazer compartilhar conhecimen- to e informação com você. Maginews: O conteúdo que você esperava no setor magistral.
  • 3. J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 Por Edição news.com.br MAGI O MERCADO MAGISTRAL E A COVID-19 PESQUISA DE MERCADO A Maginews em parceria com a J Mariano Consultoria, realizou entre os dias 06 e 13/06 uma pesquisa para mapear o enten- der como o mercado magistral reagiu aos 3 primeiros meses de pandemia do COVID-19. A pandemia afetou o mercado por comple- to, alterando o comportamento de consu- mo, além disso, o fechamento de alguns consultórios durante a primeira onda do COVID-19, teve impacto diretamente no faturamento, a pesquisa apurou que 91 das 135 farmácias tiveram redução no fatura- mento nestes 3 primeiros meses. Foram formuladas 14 questões e enviadas via Google forms para profissionais ligados ao mercado magistral. Agradecemos aos 135 profissionais que responderam, os resultados serão apresentados nesta edição. 001 J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 1) Houve impacto negativo no seu faturamento durante a quarentena? 32,6% 67,4% NãoSim NãoSim Um total 124 farmácias realizaram um novo planejamento estratégico para o ano de 2020. 2) A Pandemia de Covid-19 fez você reavaliar o planejamento de 2020? 8,1% 91,9%
  • 4. 002 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 O mês de abril se mostrou como o mês mais complicado para grande parte das farmácias. Março a venda de álcool gel auxi- liou no faturamento. Maio o mercado mos- trou uma pequena reação. 3) Qual mês sua empresa foi mais impactada pela Pandemia de Covid-19? Abril MaioMarço NãoSim Novos planejamentos em compras foram realizados durante o período da pandemia para quase 75% das farmácias 4) Sua empresa alterou as estratégias de compras durante a Pandemia de Covid-19? 20% 20,7% 59,3% 25,2% 74,8% 79 farmácias realizam algum tipo de treina- mento, treinamentos voltados para o atendi- mento ao cliente, cuidados com a pandemia entre outros. 5) Sua empresa fez algum trabalho de capacitação dos seus colaboradores neste período de quarentena? NãoSim NãoSim Um total de 75 Farmácias anteciparam férias de colaboradores, para se adequarem durante os primeiros meses de isolamento social. 6) Sua empresa precisou dar férias antecipadas para seus colaboradores? 41,5% 58,5% 44,4% 55,6%
  • 5. NãoSim ¼ das empresas desligaram funcionários neste período de Pandemia 8) Sua empresa demitiu colaboradores devido a Pandemia de Covid-19? NãoSim A maior parte das farmácias direcionou parte de seus recursos para campanhas em redes sociais. 9) Foi investido algum recurso em mídias digitais durante a Pandemia de Covid-19? NãoSim Com a pandemia 24 empresas realizaram novas contratações 7) Sua empresa contratou novos colaboradores neste período? 82,2% 17,8% 27,4% 72,6% 34,1% 65,9% NãoSim Embora tivéssemos a impressão que ocor- riam muitas lives no mercado magistral, somente 27% das farmácias estavam ativas e utilizaram desta ferramenta para manter contato com seus clientes e parceiros. 10) Sua empresa realizou alguma live no período da quarentena? 72,6% 27,4% 003 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 6. 004 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 NãoSim NãoSim Durante a pandemia o crescimento de ferra- mentas como Hangouts, Zoom, Microsoft teams, foram fundamentais para dar conti- nuidade nos trabalhos. Muitas empresas utilizaram estas ferramen- tas para realizar reuniões, treinamentos, wee- bmeeting, atendimento a clientes e parceiros. Embora o crescimento em diversos segmen- tos fosse acentuado, no mercado magistral, a utilização ainda é modesta e precisam evoluir apenas 38 farmácias realizaram ativi- dades online com os prescritores. 12) Sua empresa realizou algum treinamento on-line voltado para os prescritores? Quase 99% das empresas do setor não serão a mesma após a pandemia. 13) Sua empresa irá levar algum aprendizado deste período de quarentena? NãoSim O otimismo do mercado com a recuperação para este ano, está próximo dos 75%. Fato fundamental para a retomada do cresci- mento do mercado. A pesquisa de mercado é importante, pois serve como auxilio para entender o cenário, porém, a informação por si só não leva à decisão nem ao sucesso do negócio: é preciso escolher um curso de ação que ajude a identificar problemas e oportunida- des. 14) Sua empresa acredita que o mercado irá reagir em 2020? A pesquisa apontou que a maioria das farmácias 76 de 135 não realizaram ações com os prescritores neste período de pan- demia. 11) Sua empresa realizou algum trabalho com os prescritores durante a quarentena? NãoSim 56,3% 43,7% 71,9% 28,1% 98,5% 25,2% 74,8%
  • 7. 005 Por Márcio Guidoni MESOTERAPIA, MICROAGULHAMENTO E PEELINGS QUÍMICOS news.com.br MAGI Mesoterapia, microagulhamento e peelings químicos são três técnicas diferentes utilizadas hoje em dia para melhorar os procedimentos estéticos visando o rejuve- nescimento. Mesoterapia do Grego mesos (meio) e therapeia (terapia com medicamen- tos), utiliza injeções subcutânea ou intradér- mica de ativos farmacêuticos ou homeopá- ticos, bem como extratos de plantas, vitami- nas e outros agentes bioativos diretamente na derme ou tecido subcutâneo. As princi- pais indicações são para desordens vascu- lar e linfática, dor, alopecia e psoríase. Microagulhamento, também conhecido como Indução Percutânea de Colágeno (IPC) ou Terapia de Indução de Colágeno (TIC) foi descrito primariamente em 1990 como um novo método para rejuvenesci- mento em virtude do laser ablativo. Ao invés de injetar substâncias na pele como na mesoterapia, o microagulhamento utiliza o trauma físico das agulhas para promover a regeneração do tecido. TIC é não ablativo e não cria feridas na epiderme, permitindo um tempo de recuperação da pele muito mais rápido do que laser ablativo e microdermo- abrasão. Por manter um estrato córneo praticamente intacto, TIC pode ser usado por todos os fototipos de pele com reduzido risco de foto sensibilidade, infecções e riscos de pigmentações. Em contraste com mesoterapia e microagu- lhamento, os Peelings Químicos são uma modalidade tópica de aplicação de ácidos que promovem uma injúria nos tecidos da pele. Uma injúria controlada na epiderme e na derme estimula a liberação de fatores de crescimento e reverte a degeneração por fotoenvelhecimento, melasma e acne. É extraordinariamente imenso o número de moléculas e combinações possíveis de ácidos para realização de procedimentos, proporcionando grande arsenal terapêutico para os mais diversos distúrbios da pele. Hoje, procedimentos estéticos não-cirúrgi- cos têm chamado a atenção popular, pois possibilita um tempo de recuperação relati- vamente rápido a um custo bem baixo, quando comparado aos métodos invasivos. Dominando as técnicas de utilização dos procedimentos estéticos não-cirúrgicos os profissionais podem maximizar a eficácia e minimizar as complicações dos tratamen- tos. J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 8. 006 MESOTERAPIA A principal linha de tratamento da mesotera- pia é a aplicação injetáveis de vitaminas, homeopatia, enzimas e ativos farmacêuti- cos. Um estudo clínico, com 6 pacientes utilizando aplicações injetáveis de multivita- minas e ácido hialurônico na região periorbi- tal durante 3 meses apresentaram significa- tiva redução das rugas e melhora da hidrata- ção tecidual. Houve aumento significativo da produção de colágeno tipo I e III e dimi- nuição da atividade das metaloproteinases de matriz (MMP-1), enzima responsável pela renovação e degradação da matriz extracelular. Todavia, o Ácido Hialurônico sendo o ativo chave na mesoterapia, outros agentes lipolíticos são utilizados no trata- mento de gordura localizada. Os mais comuns são: fosfatidilcolina e o ácido deoxi- cólico, que atuam em sinergia estimulando a quebra de triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol. Em especial o ácido deoxicólico atua como um “detergente” desintegrando a membrana celular dos adipócitos. Eventual- mente as membranas dos lisossomos acabam se rompendo liberando seu conteú- do enzimático, como hidrolases, promoven- do lise celular. O ácido deoxicólico tem se mostrado um agente não específico com comportamento tóxico, afetando adipóci- tos, células musculares esqueléticas, quera- tinócitos e fibroblastos. O risco de infecções é relatado como sendo uma das principais complicações deste procedimento. Eventos adversos menos comuns reportados como: edema, eritema local, dor pós-injeção. MICROAGULHAMENTO Em contraste da mesoterapia, o microagu- lhamento usa um trauma para promover modificação tecidual. Esta técnica promove mais ações regenerativas, induzindo a cica- trização dos tecidos, mediado por um processo inflamatório de baixo grau, o que aumenta a deposição de colágeno e elasti- na. Os dispositivos usados no microagulha- mento permitem ajustes no tamanho e no grau de penetração das agulhas na pele, formando microlesões que se fecham quase que imediatamente, tempo suficiente para permeação dos ativos incorporados no procedimento. Esta técnica também é cha- mada de Drug Delivery. Logo após a penetra- ção das agulhas, um processo de cicatriza- ção das microlesões é iniciado com ativação das plaquetas pelos queratinócitos e fibro- blastos residente, mediados pelo PDGF (Fator de crescimento derivado das plaque- tas). Nas primeiras 24 horas após procedi- mento a fase inflamatória se inicia com a presença de neutrófilos quimiotaticamente atraídos para os locais da lesão, promoven- do a remoção de debris celular e reciclando a matriz extracelular. Na fase proliferativa macrófagos liberam outros fatores de cres- cimentos, tais como: FGF (Fatores de cresci- mento fibroblástico) TGF-beta (Fator de crescimento transformador do tipo beta), que estimulam os fibroblastos a produzirem mais matriz extracelular: fibras de colágeno, fibras de elastina, glicosaminoglicanas (ácido hialurônico). Após aproximadamente 21 dias a fase final de remodelagem do tecido chega ao fim, com uma pele mais rica em proteínas e glicosaminoglicanas. À essa técnica pode-se incorporar outros ativos como: Ácido hialurônico de baixo peso mole- cular, Vitamina C, Vitamina E, Peptídeos, antioxidantes com intuito de potencializar os efeitos benéficos. (Paciente após sessão de microagu- lhamento. Repare nas homogenei- dades do eritema promovida pela penetra- ção das agulhas.) news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 9. 007 PEELING QUÍMICO Os ácidos sem dúvidas são os produtos mais utilizados na pele para o rejuvenesci- mento facial, com adeptos fiéis desde os anos de 1950 e 1960. Devido a grandes variedades de ácidos disponíveis os peeling não são mais exclusivamente para trata- mento de rejuvenescimento, mas utilizados nos mais diversos distúrbios estéticos, como melasma, acne e rosácea. Os Peelin- gs Químicos são classificados de acordo com sua profundidade: guinte devendo ser utilizados por profissio- nais treinados na técnica e perícia, trazem resultados mais rápidos, porém os riscos de efeitos adversos aumentam, são eles: Ácido Tricloacético (ATA) 25 a 50%, Ácido glicólico 70% e Fenol 88%. Peeling superficiais e muito superficiais são os mais usados pelos profissionais da estéti- ca, pois apresentam bons resultados com mínimo de desconforto para o paciente. Os mais comuns são: Ácido salicílico 10%, Pee- ling de Jesnner e Jesnner modificado, Ácido glicólico 30%, Ácido mandélico 30%, Ácido retinóico 5%, Ácido pirúvico 25%. Ácidos com efeitos mais profundos, e por conse- news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 PROFUNDIDADE EFEITO EX. DE ÁCIDO Muito superficial Ação apenas no estrato córneo Ácido Glicólico 20% pH 3,5 Superficial Estrato córneo e leve ação na camada granulosa Ácido Mandélico 40% pH 2,0 Médio Ação até a junção dermo- epidérmica Ácido Tricloroacético 50% Profundo Podendo chegar até a derme papilar Fenol 88% Referências Bibliográficas 1.Atiyeh BS, Ibrahim AE, Dibo SA. Cosmetic meso- therapy:between scientificevidence, science fiction, and lucrative business. Aesthetic Plast Surg2008;32:842–9. 2. Konda D, Thappa DM. Mesotherapy: what is new?Indian J DermatolVenereolLeprol2013;79:127- –34. 3. Pistor M. What is mesotherapy? Chir Dent Fr 1976;46:59–60. 4. Rotunda AM, Kolodney MS. Mesotherapy andphosphatidylcholine injections: historical clarifi- cationand review. Dermatol Surg 2006;32:465–80. 5. Matarasso A, Pfeifer TM. Mesotherapy for body- contouring. PlastReconstrSurg 2005;115:1420–4. 6. Rohrich RJ. Mesotherapy: what is it? Does it work?PlastReconstr Surg 2005;115:1425. 7. Bernstein LJ, Kauvar AN, Grossman MC, et al.The short- and long-term side effects of carbon dioxide- laser resurfacing. Dermatol Surg 1997;23(7): 519–25. 8. Laws RA, Finley EM, McCollough ML, et al.Ala- baster skin after carbon dioxide laser resurfacin- gwith histologic correlation. DermatolSur- g1998;24(6):633–6. 9. Fabbrocini G, Fardella N, Monfrecola A, et al. Acnescarring treatment using skin needling. Clin ExpDermatol 2009;34:874–9. 10. Fife D. Practical evaluation and management ofatrophic acne scars: tips for the general dermato- logist.J ClinAesthetDermatol2011;4:50–7. Por Marcio Guidoni Dr. em Farmácia (027) 99986-5700
  • 10. 008 news.com.br MAGI Ao ler esse título, você caro leitor deve estar se perguntando: mas será que é mesmo a melhor hora de pensar em algo assim? Alguns de vocês devem já estar com funcio- nários afastados pelo Covid-19, as voltas com uma série de precauções para manter um ambiente seguro para atender presen- cialmente seus pacientes, muitos tendo que aprender a lidar com novas tecnologias, que convenhamos não são tão novas assim, mas ainda assustam a muitos como o Instagram e Facebook, fora o uso massivo de Whatsapp, cursos via Zoom e a criação de conteúdos relevantes para lives, lutando para manter seus negócios vivos, num momento onde a renda do brasileiro não está caindo. Está despencando. Sim, isso não é segredo. É o que mais se ouve diariamente nos mais de 90 dias em que dura a quarentena. E por que, logo agora colocar mais uma tarefa nesse balaio? Porque pasmem tem empresas que estão conseguindo se reinventar com sucesso e até mesmo lucrar, apesar do cenário aterra- dor. E esse sucesso não vem de nenhuma fórmula mágica ou iniciativa escusa. Vem do fato de que muitas farmácias de manipu- lação resolveram viver na plenitude o texto da Lei 13021/2014 que diz textualmente no art. 3 que diz que a “Farmácia é uma unida- de de prestação de serviços destinada aprestar assistência farmacêutica, assistên- cia à saúde e orientaçãosanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipula- ção e/oudispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ouin- dustrializados, cosméticos, insumos farma- cêuticos, produtosfarmacêuticos e correla- tos” e aliá-lo as resoluções 585 e 586 de 2013 do CFF e a resolução 661 de 2018 do CFF com forma de driblar a queda do recei- tuário gerado pelos prescritores por conta J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 Por Kennya Macedo A IMPORTÂNCIA DA FIGURA DO FARMACÊUTICO PRESCRITOR EM TEMPOS DE PANDEMIA
  • 11. 009 news.com.br MAGI da pandemia e de se estabelecer junto aos seus prescritores usuais e, principalmente perante a seus clientes, também como um gerador de prescrições. Muitos colegas venceram o medo de serem que considerados concorrentes de seus prescritores, que não se sustenta, pelo fato puro e simples de que os âmbitos de atua- ção de cada profissão estão bem delinea- dos, ou seja, o que cada profissional da saúde pode ou não pode fazer enquanto prescritor está bem esclarecido nas resolu- ções de seus conselhos de classe e, portan- to, esses colegas que agora se apresentam como farmacêuticos-prescritores estão se tornando referência em seus estabeleci- mentos não mais apartados da clínica ou tão somente aviadores das fórmulas que recebem, mas como colegas na atuação clínica, junto a outros profissionais da saúde, criando uma verdadeira equipe multi- disciplinar e trocando cada vez mais conhe- cimento e expertise em prol da saúde dos pacientes. E se há um momento onde troca de conhe- cimento na área da saúde se faz necessário é esse onde uma série de informações desencontradas e equivocadas vindas de todos os lugares faz com que os pacientes, tomados pelo desespero que uma circuns- tância tão aguda quanto uma pandemia pode ser, esqueçam de vez da racionalidade essencial para o uso de medicamentos, para dizer o mínimo. E quais são os passos nessa nova jornada? O primeiro passo de todos que o profissio- nal deve dar é conhecer e entender a legisla- ção que tem a função de amparar e parame- trizara atividade do farmacêutico neste campo. Vale a pena citar aqui trechos importantes da resolução 586/13 que regu- lamenta a prescrição farmacêutica e que afirma que “o ato da prescrição farmacêuti- ca constitui prerrogativa do farmacêutico legalmente habilitado e registrado no CRF de sua jurisdição”. E em que lugar esse profissional está mais presente e é mais atuante do que na farmácia de manipula- ção? O espaço está lá. Basta usá-lo com sabedoria e transformar o conhecimento em ação e converter essa ação em sucesso. Há trechos que são importantes de ser ressaltados nessas resoluções para que o profissional compreenda o tamanho do que se tem a explorar, ainda mais no contexto atual. O art. 5º da resolução 586/13 diz que “O farmacêutico poderá realizar a prescri- ção de medicamentos e outros produtos comfinalidade terapêutica, cuja dispensa- ção não exija prescrição médica, incluindo medicamentosindustrializados e prepara- ções magistrais - alopáticos ou dinamiza- dos -, plantas medicinais, drogas vegetais eoutras categorias ou relações de medica- mentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal paraprescrição do farmacêutico” e o art. 7º da resolução 661/18 voltado principalmente a suplemen- tos alimentares diz que “O farmacêutico poderá prescrever suplementos alimenta- res, alimentos para fins especiais, chás,pro- dutos apícolas, alimentos com alegações de propriedade funcional ou de saúde, medica- mentos isentos deprescrição e as prepara- ções magistrais formuladas com nutrientes, compostos bioativos isolados de alimentos, probióticos e enzimas...”. Vale lembrar que esses pacientes estão sempre no seu estabelecimento. Eles possi- velmente seguem sua farmácia nas redes sociais. Eles provavelmente já entendem e enxergam o seu valor como profissional capaz de auxiliá-lo e orientá-lo corretamente sobre aspectos relacionados ao uso de medicamentos. Existe uma chance grande de que eles já tenham pedido auxílio em dúvidas relacio- nadas ao uso ou não de um suplemento relacionado a imunidade por exemplo. Com tudo isso o que será que falta para que você em seu estabelecimento dê esse passo para ocupar seu lugar como mais uma fonte geradora de prescrições? J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 12. 010 news.com.br MAGI Já pensou de verdade a respeito? Lembre- -se que o famoso novo normal está cada vez mais distante. Sem uma vacina e com todas as incertezas que cercam essa pan- demia, a prevenção quase sempre relegada a um segundo plano ganhou papel principal na vida das pessoas. É inegável o aumento de prescrições com micronutrientes, vitami- nas e antioxidantes voltados para imunida- de. E é você o profissional que pode estar capitaneando essa mudança de um univer- so que se focava em tratar o problema insta- lado e que agora se volta com força total para a prevenção. Há uma oportunidade enorme se abrindo. Nunca é demais dizer que, para exercer com excelência a atividade de farmacêutico- -prescritor é necessário estar embasado em evidências científicas e literatura pertinente. Ou seja, para tanto, o material disponibiliza- do pelo fornecedor na grande maioria das vezes não será suficiente quer seja pelo viés comercial quer seja por muitas vezes não se aprofundar na necessidade que a atividade de um prescritor exige. Estudar é essencial. Sempre foi e agora mais ainda. E se por um acaso seu atendimento presen- cial estiver prejudicado pela pandemia e você estiver operando quase que exclusiva- mente de maneira digital, saiba que ferra- mentas como o Zoom permitem inclusive a gravação da sessão realizada. Ou seja, não há por que não se dar ao menos a chance de pensar a respeito de um atendimento como prescritor pois há a chance de interagir mesmo sem a presença do paciente, miti- gando o risco para ambos. Mas sabemos que muitos podem não se sentir seguros o suficiente para começar a prescrever apesar de todas essas evidên- cias. Mesmo para esses existem cursos de especialização em Farmácia Clínica com ênfase em prescrição farmacêutica, inclusi- ve EAD. Antes da pandemia, o CRF-SP inclu- sive realizava cursos de prescrição farma- cêutica em suas regionais. Não há como fugir senhores. Temos que nos posicionar e ocupar nossos lugares. Temos a legislação que nos norteia, temos a população que demanda, temos a atuação como empresa que exige arrojo, dedicação e reinvenção. Prevenir será o verdadeiro ‘novo normal’. Pense nisso. Nas referências vão além das legislações, links de especializações e outros materiais de interesse. Referências: RESOLUÇÃO DO CFF 585 DE 29/08/13. Regula- menta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Disponível em: < http://www.cff.org.br/userfiles/file/resoluco- es/585.pdf>. Acesso em 11 jan 20. RESOLUÇÃO DO CFF 586 DE 29/08/13. Regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências. Disponível em: < http://www.cff.org.br/userfiles/fi- le/resolucoes/586.pdf>. Acesso em 11 jan 20. RESOLUÇÃO DO CFF 661 DE 25/10/18. Dispõe sobre o cuidado farmacêutico relacionado a suple- mentos alimentares e demais categorias de alimentos na farmácia comunitária, consultório farmacêutico e estabelecimentos comerciais de alimentos e dá outras providências. Disponível em: < http://www.in.gov.br/materia/-/asset_pu- b l i s h e r / K u j r w 0 T Z C 2 M b / - content/id/47986175/do1-2018-10-31-resolucao- n-661-de-25-de-outubro-de-2018-47986059>. Acesso em 11 jan 20. https://ipog.edu.br/curso/curso-de-consulta-e- -prescricao-farmaceutica/ https://www.oswaldocruz.br/pos/sip/sip_cur- so.asp?id_curso=517&promo=&chave= https://www.ictq.com.br/pos-graduacao/i- t e m / 1 0 7 - p o s - g r a d u a c a o - -em-farmacia-clinica-e-prescricao-farmaceutica-a ulas-praticas https://www.crfsp.org.br/comissoes/565-plantas- - m e d i c i n a i s - e - -fitoterapicos/acoes/8467-cartilha-de-plantas-me dicinais-e-fitoterapicos.html Por Kennya Macedo Doutora em Farmacêutica (011) 96193-4732 J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 13. Por Dra. Graciana Neumann AFINAL, O QUE É A DIETA PLANT BASED? news.com.br MAGI 011 Ao pensar em dieta Plant based, talvez surja em sua mente o veganismo e o vegetaria- nismo, e isso não explica claramente sobre essa dieta e sua linha de conduta. A WHOLE FOOD PLANT BASED DIET (nome completo em inglês) significa “Dieta à base de alimen- tos vegetais inteiros”. É uma dieta baseada em vegetais e cereais integrais, não contendo alimentos processa- dos e sem ou baixo consumo de derivados de origem animal. Um estilo de vida da whole food plant based diet (WFPB) é simplesmente um retorno à alimentos integrais, sabores ricos e saúde natural. Apesar de o termo correto ser em inglês eu falo muito em “alimentação baseada em plantas”, e a partir do nome simplesmente é possível pensar no veganismo, mas ela não é definida apenas pelo que elimina. Uma dieta WFPB é definida também pelo que enfatiza: uma grande variedade de alimen- tos integrais. Na prática, são alimentos que não tiveram nenhum tipo de processo de fabricação, sendo igual ao que encontramos na nature- za, ou que apenas passaram por processos de limpeza, remoção de partes não comestí- veis ou indesejáveis, separação, secagem e outros processos similares que não envol- vam a adição de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento original. Alimentos processados ou ultra processa- dos, por outro lado, não estão incluídos em uma dieta Plant Based. Isto significa evitar produtos de cereais altamente refinados (por exemplo, arroz branco, farinha branca), alimentos fabricados pela indústria conten- do açúcar e adicionados ou edulcorantes artificiais (por exemplo, açúcar de confeitei- ro, xarope de milho com alto teor de fructo- se, suco de caixa) e alimentos contendo gordura adicionada. O Guia Alimentar para a População Brasilei- ra ressalta: “Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua alimentação”. E sugere uma alimentação baseada em plantas e de reduzido consumo de carnes como uma alimentação nutricio- nalmente balanceada, saborosa, cultural- mente apropriada e promotora de um siste- J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 14. 012 news.com.br MAGI ma alimentar socialmente e ambiental mente sustentável. A Plant Based diet é baseada em trabalhos e estudos que indicam a correlação entre a ingestão excessiva da proteína animal e o desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças cardí- acas, auto imunes e até câncer. Os mais importantes ‘guidelines’ internacionais como a ADA, American Dietetic Association classificam essa dieta como segura, equili- brada e preventiva contra as doenças cita- das. O que comer na plant based diet? • Frutas • Vegetais • Tubérculos (ex.:batata, mandioca, inhame, batata-doce, cará) • Leguminosas (ex.: feijões, grão de bico, lentilha, amendoim) • Cereais integrais (ex.:arroz, trigo, quinoa) • Oleaginosas (ex.:castanhas, macadâmia, pistache, nozes) • Sementes • Cogumelos P.S: como a dieta não é restritiva, você pode comer derivados de origem animal, e, sempre que possível, dê preferência aos alimentos orgânicos. Porque a dieta Plant Based não é considerada uma alimentação vegana? A alimentação vegana é a exclusão de produtos de origem animal da dieta, mas pode incluir alimentos processados e ultra processados. Apesar de percebermos um aumento de produtos com apelo natural (sem conservantes, não geneticamente modificado, orgânicos), também existe um aumento de produtos alimentícios veganos nas prateleiras dos supermercados. Como todo produto industrializado, possui em seus ingredientes conservantes, estabilizan- tes, que aumentam o tempo de prateleira e permitem que sejam estocados, por outro lado podem trazer prejuízos à saúde. Algumas marcas apenas retiram os produ- tos de origem animal presente anteriormen- te ou reformulam para uma versão vegana, o que não quer dizer que sendo vegano é saudável e deve estar presente diariamente no nosso prato. Benefícios da plant based diet Esse tipo de dieta vai além da alimentação, envolve sustentabilidade, saúde, nutrição e criatividade. Todos os alimentos, em con- junto, fornecem uma alimentação equilibra- da e que garantem todos os nutrientes necessários. Além da nutrição e da saúde, J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 15. 013 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 a dieta Plant Based diminui muito o impacto no meio ambiente. A agropecuária utiliza mais de 90% da água doce do mundo, 1/3 deste total é utilizado para a produção de ração animal. O maior benefício dessa dieta é o equilíbrio entre você e o planeta. Cuidados Os principais cuidados em uma dieta a base de plantas são em relação as proteínas, cálcio e vitamina B12. Em uma dieta bem planejada e equilibrada, o teor de proteínas e de cálcio pode ser facilmente atingido, porém, é preciso estar atento aos níveis de vitamina B12, podendo ser necessário a suplementação, por isso é sempre importan- te consultar um nutricionista. Referências [HTML] Nutritionalupdate for physicians: plant-ba- sed diets PJ Tuso, MH Ismail, BP Ha, C Bartolotto - The Permanente Journal, 2013 - ncbi.nlm.nih.gov Plant-based diets andincident CKD andkidneyfunc- tion H Kim, LE Caulfield, V Garcia-Larsen… - ClinicalJour- nal of the …, 2019 - AmSocNephrol Theoretical food andnutrientcomposition of whole- -foodplant-based andvegan diets comparedtocur- rentdietaryrecommendations MC Karlsen, G Rogers, A Miki, AH Lichtenstein… - Nutrients, 2019 - mdpi.com Adherenceto a plant-based diet in relationto adipo- se tissue volumes andliverfatcontent I Ratjen, J Morze, J Enderle, M Both… - … American Journal of …, 2020 - academic.oup.com Guia Alimentar de dieta vegetariana para adultos : https://www.svb.org.br/livros/guia-alimentar.pdf Por Graciana Neumann Mestre em envelhecimento humano Nutricionista CRN2 - 15770D Farmacêutica (054) 99696-2757
  • 16. Então mãos à obra: 1) Escolha o insumo 2) Defina as especialidades médicas e as nutri- cionistas com potenciais para prescrição 3) Desenvolva o material de visitação com sugestão de fórmula e referências bibliográfi- cas relevantes. Lembre-se que visitas online requerem um bom material de destaque – 014 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 Por Patricia França SEGMENTE A VISITAÇÃO MÉDICA COM O SEU ESTOQUE E AUMENTE AS SUAS RECEITAS Sabemos que os fatores que aceleram uma eco- nomia são: Guerras, Revolução e Epidemia. Nesse sentido a Covid- -19 fez com que muitas empresas se reinventassem e inovas- sem. Principalmente na forma de se comunicar com os clientes. Pensando no sentido de reduzir custos e otimizar vendas na farmácia magistral, cujo foco está na personaliza- ção do receituário, a visitação médica é parte importante. Nesse sentido pense em um insumo dentro do seu estoque, onde você possa fazer uma segmentação por especia- lidades e o mesmo produto possa ser utilizado de forma individualiza- da dentro desse contexto. Vamos utilizar como exem- plo, as cápsulas do café Nespresso que apresen- tam diferentes opções de sabores para um mesmo produto “café”. A Nespresso dividiu seus cafés em 6 dife- rentes famílias e com alta qualidade, um bom exemplo de segmentação e individualização pois o consumidor poderá tomar café conforme a sua predileção. Transportando o exemplo acima para a realidade magistral, prova- velmente você dever ter um insumo em estoque que consegue ser utilizado em diferentes especiali- dades. Obviamente que a força tarefa está em levantar evidências científicas que ratifiquem o raciocínio farmacológico e bioquímico. Foco no que é importante para o prescritor 4) Treine sua equipe de vendas balcão e visitação (alinhamento da comunicação). Espero ter ajudo! Ótimas Vendas Por Patricia França Gerente de Consultoria Farmacêutica Fórmula e Cia
  • 17. 015 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 COMUNICAÇÃO CONSCIENTE Essa prática transforma seres humanos em benfeitores da humanidade e das empre- sas. Como na última edição nós chegamos à conclusão de que para melhorarmos a nossa saúde e a saúde da nossa economia é necessário criarmos conexões, vamos começar pelo começo: nos conectando com a confiança. A confiança é tão preciosa que deve ser à base de quase todas as nossas ações. A confiança é a razão pela qual assumimos todos os tipos de compromissos, como por exemplo, a vontade de trocar o salário que ganhamos por mercadorias ou serviços e até mesmo o voto em alguém que represen- te nossos interesses. Tudo isso nos prova que depositamos a confiança em pesso- as/empresas conhecidas e desconhecidas a todo momento. Por Francieli Pagliari Primeiro: Confie em você. Segundo: Seja você. Terceiro: Preocupe-se com os outros.
  • 18. 016 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 1º. Confie em você Se você nem sempre coloca fé em suas próprias ideias ou em sua capacidade de colocá-las em prática, por que outras pesso- as iriam confiar em você? O motivo de Michael Jordan ter sido um jogador de bas- quete tão extraordinário foi que ele só jogava a bola na cesta quando estava con- vencido de que acertaria não deixando o ego e a adrenalina atrapalhar seu julgamen- to nos lances. 2º. Seja você Quando eu digo “seja você” eu quero dizer “seja humano”. Revele sua total humanidade ao mundo. Deixe que todos saibam o que você sente, pensa e sabe e, principalmente, consigam interagir com o seu verdadeiro eu. Como sabiamente falou Oscar Wilde “seja você, pois todas as outras pessoas já exis- tem”. Em termos simples, a autenticidade é o agente mais provável que o levará ao sucesso. 3º. Preocupe-se com os outros Empatia. É lógico que o cotidiano atarefado e o estresse não nos permitam olhar para além de nossos umbigos, mas o fato é que quando nos preocupamos com os demais, também diminuímos nossas inseguranças e melhoramos a qualidade de nossas intera- ções. Muito além de teorias, o mundo, hoje, clama por olhares mais amorosos e pelo entendimento de histórias que não conhece- mos. De acordo com um estudo global da Edel- man Trust Barometer de 2017, foi revelada a maior queda já registrada na confiança. No Brasil, ela caiu em empresas, ONGs e mídias. Há muita dificuldade em ver o próximo como alguém confiável, uma vez que a competitivi- dade adentrou todos os setores de nossas vidas. A concorrência estende-se do merca- do de trabalho até as relações interpessoais, prejudicando as interações humanas e o afeto que deveria estar ali contido. A boa notícia é que só é preciso uma pequena
  • 19. 017 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 mudança de atitude: quando você começa a confiar em si mesmo e expressa conscien- temente isso para o universo. “O seu comportamento diante de uma situação não é algo que faz parte da sua personalidade. É algo que pode ser aprendido e praticado.” Importante: nem sempre percebemos o quão destrutivo para a própria confiabilida- de pode ser a informação que transmitimos. Comunicação é tudo! E comunicação cons- ciente é mais ainda! Compreender a comu- nicação e estar cada vez mais consciente dela é uma forma – tão desafiante quanto rica – de estabelecer uma relação mais verdadeira e original consigo, com outras pessoas e, de modo amplo, com a vastidão da vida. Nos últimos tempos, as empresas têm enfrentado inúmeros problemas relaciona- dos ao seu quadro de empregados. A falta de confiança e a dificuldade na comunica- ção afetam o seu andamento como um todo. Mas como começar a mudança? Qualifique suas palavras. Aprenda a escutar. Permita se corrigir. Descubra suas instabilidades. Mantenha o equilíbrio diante do confronto. Do contrário, a palavra se esvazia, perde o foco e gera dúvidas e emoções, como desin- teresse, indiferença, medo e, até, raiva. Por fim, promover a valorização dos colabo- radores e ajudar a aumentar a chance de a mensagem ser ouvida e bem interpretada traz muitos benefícios: . Desburocratização de processos; . Fortalecimento das relações; . Aumenta a interação; . Melhora a gestão pessoal do trabalho. Portanto, as empresas precisam investir e criar canais voltados ao diálogo, não esque- cendo de capacitar os líderes para que eles sejam referência nesse processo, estreitan- do a distância e fortalecendo relacionamen- tos. Nós criamos realidades através da confian- ça e comunicação e precisamos tornar estas duas ações comuns: Confiar e Comunicar. Para alcançar o coração vizinho, é preciso estar consciente de si e do outro, sempre verificando a sua intenção, o que, certamen- te, vai refletir nos resultados gerais obtidos pela organização, além de gerar lucros e uma boa imagem no mercado. Aceite o desafio, estou confiante de que vai ficar surpreendido (a). Boas comunicações! Por Francieli Pagliari Gerente de Trade Marketing (011) 98657-7250
  • 20. Por Gelza Rubia Qual a relação entre. os 6M de Ishikawa, baldes, rodos e processos qualificados? “PANO SUJO NÃO LIMPA” 018 news.com.br MAGI Há pouco mais de 15 anos contratei um colaborador para a farmácia onde trabalha- va na época, para a função de auxiliar de serviços gerais. Entre as atribuições da função estavam: limpeza da área de atendimento e escritório, das áreas de estoque e das áreas de produ- ção. Com o tempo esse colaborador, de nome Alexandre, desenvolveu outras habilidades, passando da limpeza para atividades auxi- liares na produção, depois controle de quali- dade, depois pesagem de sólidos, manipula- ção de semi-sólidos e líquidos, e por fim atuava em todas as etapas da produção e controle. Conversando com ele a respeito do conheci- mento que tinha acumulado durante seu tempo na empresa, perguntei qual a infor- mação mais marcante que ele recordava, a primeira coisa que aprendeu na empresa, relacionada ao seu desenvolvimento, e a resposta foi: PANO SUJO NÃO LIMPA. Após segundos de surpresa com a respos- ta, ouvi a explicação sobre ela: quando iniciou as atividades na limpeza, essa frase deu a ele a direção para executar bem as tarefas de sua responsabilidade. Antes de iniciar a rotina de limpeza dos ambientes ele checava todos os utensílios, os panos, baldes, produtos das soluções sanitizantes, para ter certeza de que tudo que fosse necessário para a execução da tarefa estava disponível e em condições adequa- das ao uso. Caso ele aparecesse na área de trabalho com um pano cinza, a “bronca” era certa, rsrsrsr. J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 21. 019 news.com.br MAGI Esse critério serviu de ponto de partida para cada nova tarefa aprendida, trazendo o mesmo conceito de organização e excelên- cia. Transpondo essa experiência para o conjun- to de operações da produção magistral, fica bem claro que era uma aplicação prática do sistema 6M de Ishikawa, de modo reverso, digamos assim. Essa ferramenta, usada para rastrear a causa raiz de uma não-conformidade, reúne seis condições que devem ser investigadas. Logicamente quando estas condições são atendidas com excelência afastamos a pos- sibilidade de intercorrências. O conhecido diagrama espinha de peixe reúne os 6M que devem ser avaliados: J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 A análise é feita de modo retrospectivo, a partir do problema detectado, buscando o ponto de origem, para iniciar o processo de aplicação de medidas corretivas e preventi- vas. Podemos então, como fez intuitivamente o Alexandre, partir da verificação prévia dos 6M para assegurar um resultado excelente. Vamos à descrição: • Método: como a maneira como o trabalho é realizado afeta o problema? • Máquina: como os equipamentos utiliza- dos no processo influenciam o problema? • Medida: como as métricas utilizadas para medir o desenvolvimento da atividade influenciam o problema? • Meio ambiente: como o meio em que a atividade está sendo desenvolvida influen- cia o problema? • Material: como a qualidade e o tipo dos materiais utilizados influenciam o proble- ma? • Mão de obra: como as pessoas envolvidas na atividade influenciam o problema? Em resumo, para cada um dos M citados, quando agimos de forma preventiva, ou melhor, proativa, garantindo as condições ideais para o trabalho proposto, o resultado certamente atenderá os requisitos de quali- dade estabelecidos, e este modelo traz van- tagens muito interessantes para a empresa: Os conceitos, métodos e vantagens estão descritos, mas a aplicação é, sempre, uma decisão estratégica indelegável – você, gestor, é quem decide o caminho e prepara as condições para evoluir. A pergunta que deve ser respondida é: teu pano de chão está limpo? Texto disponível em: https://pharma360.- com.br/2020/06/22/pano-sujo-nao-limpa-qual- -a-relacao-entre-os-6m-de-ishikawa-baldes-rodos-e- processos-qualificados/ Por Gelza Rubia Consultora Farmacêutica (021) 99103-5294 Garantia de uniformidade e padroniza- ção de processos – MÉTODO. Máximo desempenho dos equipamen- tos – MÁQUINA. Geração de registros efetivos - MEDIDA Condições ambientais estáveis – MEIO AMBIENTE. Especificação de insumos e critérios de qualidade – MATERIAL Qualificação da equipe com treinamen- tos específicos – MÃO DE OBRA.
  • 22. Por Patricia Vasconcelos HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO FARMACÊUTICO NO SETOR MAGISTRAL 020 news.com.br MAGI Alguma vez já parou para refletir sobre qual função na verdade é esperada de um Farmacêutico? Consegue compreender qual é o seu papel nesta engrenagem cha- mada Farmácia Magistral? Então vamos entender um pouco sobre isso tudo. Habilidades O conceito de habilidade está intimamente relacionado com a aptidão para cumprir uma tarefa específica com um determinado nível de destreza. Alguns sinônimos de habi- lidade podem ser: capacidade, talento, inteli- gência, empenho, destreza, agilidade. Competências A competência indica aptidão, conhecimen- to ou capacidade em alguma área específi- ca. A palavra “competência” está associada à qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver determinado assunto ou realizar determinada tarefa. A competência profissional remete à ideia de capacidade, soma de conhecimentos. J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 23. 021 news.com.br MAGI Habilidades X Competência Habilidades são qualidades que o profissio- nal tem para realizar alguma atividade. São aquelas características que podem ajudar um profissional a desenvolver competên- cias. Ou seja, a competência pode ser apren- dida, já a habilidade é inata. O que habilidades e competências tem haver com as nossas atribuições Farmacêu- ticas? Para que possamos cumprir as nossas atribuições, devemos ter desenvolvidas nossas habilidades e principalmente nossas competências, e para isso devemos ampliar nossos conhecimentos. Entãoporondedevemoscomeçar? A primeira atitude é conhecer as regras que regulam a nossa profissão. • O Decreto n° 20.377 foi o primeiro regula- mento do Brasil emancipado, versando sobre o exercício da profissão farmacêutica no país. Derrogado pela Lei n° 5991/73, o decreto sancionado por Getúlio Vargas em 1931 resumia o exercício da profissão farmacêutica. Dessa forma, no Brasil, a atividade do profis- sional farmacêutico está dividida em ativi- dades privativas, ou seja, funções desempe- nhadas exclusivamente por farmacêutico (funções exclusivas) e, atividades não priva- tivas, ou seja, funções desempenhadas por outros profissionais além do farmacêutico (funções não exclusivas). As atribuições privativas são as que nos importam nesse momento e referem-se a todos os procedimentos inerentes aos fármacos e medicamentos para uso humano, incluindo funções de dispensação, produção de medicamentos, execução ou supervisão de processos e métodos farma- cêuticos ou de natureza farmacêutica. EnaFarmáciaMagistral, comofunciona? Todo o processo de manipulação de um medicamento ou cosmético magistral é bastante detalhado e personalizado, a fim de garantir a qualidade do produto final, por isso existem várias legislações que deve- mos seguir. LeisFederais • 5.991/73 – Dispõe sobre o controle sanitá- rio do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e da outras providências. • 13.021/14 – Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. ANVISA • Portaria da SVS MS 344/98 – Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. • RDC 67/07 – Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para uso humano em farmácias. • RDC 87/08- Altera o regulamento técnico sobre Boas praticas de manipulação em Farmácia. • RDC 20/11 – Dispõe sobre o controle de medicamentos a base de substâncias clas- sificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrições isoladas e associadas. • RDC 22/14 – Dispõe sobre o SNGPC (Siste- ma Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados). • RDC 222/18 – Regulamenta as Boas Práti- cas de Gerenciamento dos resíduos de Serviços de Saúde. • RDC 275/19 – Dispõe sobre os critérios de peticionamento de Autorização de Funcio- namento (AFE) e de Autorização Especial (AE) de farmácias e drogarias J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 24. 022 news.com.br MAGI RESOLUÇÃO-RDCNº67,DE 8DEOUTUBRODE2007 Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos para o exercício das ativi- dades de manipulação de preparações magistrais e oficinais das farmácias, visan- do à garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e promoção do seu uso seguro e racional. Existe no anexo VII o roteiro de inspeção utilizado para uma avaliação da farmácia em questão. Onde são avaliados pontos Informativos, Necessários, Recomendáveis e Imprescindíveis. Deumaformageraloque devemosmonitorar? • Instalações • Equipamentos • Recursos humanos • Aquisição e controle da qualidade da maté- ria-prima, armazenamento • Avaliação farmacêutica da prescrição • Manipulação • Fracionamento • Conservação • Transporte • Dispensação das preparações • Atenção farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis, visando à garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e promoção do seu uso seguro e racional. Podemos afirmar que a principal competên- cia farmacêutica é: Assistência farmacêutica: conjunto de ações e serviços relacionadas ao medica- mento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêu- tica dos medicamentos, o acompanhamen- to e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamen- tos e a educação permanente dos profissio- nais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medica- mentos. J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 25. 023 news.com.br MAGI Atenção farmacêutica: é um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no con- texto da Assistência Farmacêutica. Compre- ende atitudes, valores éticos, comporta- mentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados defini- dos e mensuráveis, voltados para a melho- ria da qualidade de vida. LOGO... É de total responsabilidade do Farmacêuti- co, garantir a qualidade do medicamento dispensado aos pacientes. Entãocomogarantiraqualidade destemedicamentomanipulado? • Ter comprometimento e responsabilidade; • Qualificar os prestadores de serviços e os fornecedores dos insumos e equipamentos; • Controlar os processos da manipulação dos medicamentos; • Ter conhecimento dos processos e enten- der sua importância; • Treinar os colaboradores sempre; • Sempre estar se atualizando. Nas próximas edições iremos detalhar cada etapa necessária para garantir a qualidade do medicamento de forma técnica. Patricia Vasconcelos Consultora Farmacêutica e Treinamentos (021) 97028-8533 J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 26. Por Reginalda Russo INFLAMMAGING, A INFLAMAÇÃO SILENCIOSA, MAS NÃO INVISÍVEL news.com.br MAGI 024 Alguns leitores poderão ficar intrigados com este artigo pois encontrarão somente refe- rências recentes, precisamente dos últimos 5 anos, e poderão pensar, este tema é bem atual. De fato, o termo Inflammaging só começou a ser utilizado a partir de 2016 por Claudio Franceschi, mas não se enganem imaginando tratar-se de um problema novo! A preocupação com o envelhecimento e com o declínio físico e mental, remonta ao século XIII quando se pesquisava o Elixir da Longa Vida, que era na verdade um trata- mento para todas as doenças, mas não se tratava nem de longe de imortalidade, uma vez que, quem utilizava o lendário Elixir da Longa Vida, poderia morrer de qualquer coisa menos de doenças crônicas e infec- ções, ficando protegidos contra essas doen- ças mas não da morte por outras causas. Parafraseando um médico amigo que cos- tuma dizer que, “se chegarmos à velhice sem ter sofrido um acidente ou um ato de violência que nos tire a vida, certamente a causa da morte será uma Inflamação.”(H Maia) E assim, seguimos aqui na tentativa de trazer à luz alguns fatos que comprovem esta tese e demonstrem como algumas estratégias podem ser importantes alterna- tivas capazes de proteger seres humanos da Inflammaging. “O envelhecimento é um fardo global para o organismo humano. Healthspam nem sempre aumenta paralelamente a Lifes- pam.” E.S. Chambers e A.N. Akbar J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 27. news.com.br MAGI 025 Envelhecimento e Adaptação O envelhecimento é caracterizado por um processo de adaptação morfofuncional, que afeta sistemas fisiológicos de forma variá- vel e dependente de uma complexa intera- ção entre genética, epigenética, ambiente e eventos aparentemente aleatórios. É um fenômeno complexo, objeto de intensa pesquisa e pode se manifestar por altera- ções em todos os níveis, desde moleculares até os sistemas mais complexos. Estas manifestações globais foram recentemente modeladas em 7 principais padrões bási- cos: • Declínio da adaptação ao estresse; • Perda da proteostase; • Alterações epigenéticas desfavoráveis; • Desgaste de células-tronco; • Comunicação intercelular prejudicada; • Imunosenescência; • Inflamação. Um aprofundamento nos mecanismos de envelhecimento biológico leva à ideia de que todos estes padrões se cruzam entre si e estão intrinsecamente ligados. Quando essas interações dinâmicas condu- zem a um remodelamento de mecanismos e sistemas relacionados ao envelhecimento, podem proporcionar a chance de se atingir um limite extremo de vida humana em um estado de saúde plena. Esta teoria se reflete no número crescente de centenários longe- vos e saudáveis, e parece significar que o processo de envelhecimento e o desenvolvi- mento das doenças degenerativas são de certa forma processos separados e inde- pendentes, porém que compartilham um conjunto básico de mecanismos biológi- cos.(6) Os centenários são notáveis, não somente devido a suas longas vidas, mas também porque eles comprimem a morbidade nos últimos momentos de suas vidas, por isso tem sido estudados e propostos como um modelo de envelhecimento bem sucedido e extraordinário. Do ponto de vista clínico, centenários não escapam do declínio fisiológico ou das doenças e síndromes relacionadas ao enve- lhecimento, mas a manifestação desses processos ocorre de forma tão lenta que equilibra sua capacidade intrínseca de responder ao estresse, ou seja, uma profun- da capacidade de resiliência.(7) Em contrapartida, o desequilíbrio entre mecanismos estressores e alívio de estres- se, resultam em um acúmulo de danos não reparados. Como resultado, encontram-se a suscetibilidade a doenças, o declínio funcio- nal, a redução na capacidade de recupera- ção e resistência ao estresse e instabilidade na saúde.(1) A preservação da função física e cognitiva é hoje o principal foco de pesquisa na área da gerontologia, mas é importante reconhecer que o atingimento deste objetivo requer profundo conhecimento dos mecanismos moleculares, celulares e fisiológicos que determinam essas alterações funcionais.(1) Neste contexto, envelhecimento biológico é caracterizado por um processo de inflama- ção crônica, em nível subclínico, este status pro-inflamatório tem um papel importante e muito tem se estudado e publicado para demonstrar que, no envelhecimento, os indivíduos tendem a desenvolver este estado, que passou a receber o nome de Inflammaging. J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 28. news.com.br MAGI 026 “Inflammaging é um fenômeno crônico e um fator de risco alta- mente significativo para morbida- de e mortalidade.” B. Fougere Inflamação: de Proteção Imunoló- gica a Chave de Doenças Crônicas Em situação fisiológica normal, a inflama- ção é essencial para a manutenção da saúde e da vida, pois é responsável por mediar a luta do organismo contra agres- sões e invasões. Tem papel essencial no processo de reparação e manutenção de órgãos e sistemas. Após um trauma ou processo infeccioso, inicia-se uma resposta inflamatória local, em nível celular. Mediadores celulares, como macrófagos e monócitos, são mobilizados para o local da reação, como uma resposta imunológica inata presente em todos os mamíferos. Estas células produzem e liberam mediado- res moleculares, como IL-6 e TNF-alfa, responsáveis pela progressão da resposta a nível sistêmico, utilizando a corrente circula- tória para abranger outros órgãos e siste- mas. Esta cascata inflamatória é deflagrada com o objetivo de destruir patógenos invasores, iniciar os processos de reparação tecidual e promover a recuperação da homeostase. Como um processo agudo, tem um meca- nismo próprio de auto-resolução.(5) A inflamação que é transitória, aflorando quando é necessária e desaparecendo por seus próprios mecanismos de resolução, não terá maiores consequências. Porém, quando o processo inflamatório se prolon- ga, seja em decorrência de um desequilíbrio imunológico ou porque o gatilho que defla- grou a cascata inflamatória não foi bloquea- do, poderá causar danos que eventualmente se manifestarão como doenças.(1) O envelhecimento é caracterizado por um estado pro-inflamatório, embora o exato mecanismo que deflagra esta inflamação ainda não é totalmente compreendido.(1) Este estado de inflamação crônica correla- cionada com o envelhecimento, que muitas vezes é chamada de Inflammaging, é um poderoso fator de risco para ocorrência, progressão e complicações de muitas doen- ças crônicas degenerativas, incluindo: obe- sidade, Diabetes tipo II, doenças cardiovas- culares, sarcopenia, osteoporose, doenças neurodegenerativas e câncer.(1,5) Um sinal característico do envelhecimento na presença de inflamação crônica subclíni- ca, é a elevação sérica das interleucinas IL-6 e IL-8, de TNF-alfa e de PCR, reconhecidos biomarcadores inflamatórios. O aumento destes marcadores pode ocorrer em adul- tos saudáveis e na ausência da manifesta- ção clínica de doenças inflamatórias, porém já são preditivos maior fragilidade no enve- lhecimento.(1,3) J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 29. news.com.br MAGI 027 Inflammaging: Inflamação e En- velhecimento O termo Inflammaging foi proposto pela primeira vez por Claudio Franceschi (2016) e é um estado de inflamação crônica subclí- nica observada durante o processo de enve- lhecimento.(3) Segundo Franceschi (2016), Inflammaging está centrada no macrófago, envolve teci- dos, órgãos e sistemas, incluindo a micro- biota intestinal, e é caracterizada pelo com- plexo balanço entre respostas pró e anti-in- flamatórias. Com base na literatura, argumenta-se que a maior fonte de estímulo inflamatório é representada por moléculas endógenas deslocadas ou alteradas resultando em danos ou morte de células ou de organelas celulares, reconhecidas por receptores no sistema imune inato.(4) Enquanto a produção dessas células é aumentada com o envelhecimento, sua degradação e eliminação pelo proteossoma via autofagia e/ou mitofagia declina progressivamente.(4) Este processo auto reativo ou autoimune alimenta o estabelecimento ou progressão das doenças crônicas que aceleram e propagam o processo de envelhecimento local e sistêmico. Consequentemente, Inflammaging pode ser considerado o prin- cipal gatilho das doenças crônicas relacio- nadas ao envelhecimento e portanto, o alvo das estratégias de prevenção à estas doen- ças.(4) Inflammaging está associada ao aumento do risco de mortalidade em adultos saudá- veis e ao declínio na função cognitiva e o contrário, índices mais baixos de citocinas inflamatórias estão correlacionados a bom estado de saúde, longevidade e risco reduzi- do de morte.(3) Notavelmente, Inflammaging é caracteriza- da por aspectos peculiares, de caráter crôni- co, sistêmico e de baixo grau, podendo permanecer por certo tempo como um processo inflamatório subclínico. Assim, mesmo que o índice de progressão de Inflammaging seja reconhecido como a principal força impulsionadora do envelheci- mento e um dos principais fatores de risco de morbidade e mortalidade entre adultos, o conhecimento atual do seu agente causal permanece incompleto e sua determinação clínica ainda não é padronizada e nem tam- pouco é uma unanimidade cientifica. Mesmo que biomarcadores inflamatórios possam ser identificados, sua investigação não é amplamente e unanimemente reco- mendada como prática de rotina clínica.(6) J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 30. news.com.br MAGI 028 Reduzindo Inflammaging e Preve- nindo Doenças Dentre as estratégias para redução de Inflammaging e prevenção de doenças crônicas degenerativas, fármacos que possam suprimir células senescentes, ou que eliminem fenótipo secretório associado a senescência (SASP) possibilitam a redu- ção da inflamação crônica. Estratégias anti-inflamatórias e de neutrali- zação de citocinas pró inflamatórias, como a IL-6 e o TNF-alfa são muito assertivas para melhorar a função imune adaptativa e a resposta anti-inflamatória, prevenindo a imunossenescência e Inflammaging.(3) E lembrando que qualquer estratégia para minimizar os efeitos da Inflammaging e das doenças associadas, deve ser acompanha- da por intervenções no estilo de vida que incluam ajustes nutricionais de macro e micronutrientes e prática de atividade física regular e bem orientada. Dentre os suplementos nutricionais encon- trados naturalmente, fontes vegetais de poli- fenóis são consideradas potenciais agentes anti-inflamatórios e antienvelhecimento, devido a sua capacidade de modular fatores evolutivos relativos ao envelhecimento, como danos oxidativos, inflamação, senes- cência celular e autofagia. Alguns compostos vêm ganhando a aten- ção dos pesquisadores devido a sua habili- dade de expandir a expectativa de vida. Mais recentemente, alguns tem sido propostos como senolíticos protetores contra doenças degenerativas como câncer, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. (8) Ingredientes ativos de origem vegetal são utilizados a centenas de anos na prevenção e tratamento de distúrbios e doenças huma- nas. Especialmente, nos últimos anos, muitos esforços têm sido promovidos para descobrir e tornar estes ingredientes ainda mais ativos e especialmente mais seguros. Neste cenário, um ingrediente ativo tem se destacado por apresentar forte sinergia em sua composição e potencial anti-inflamató- rio e antioxidante, capaz de modular os complexos processos envolvidos na defla- gração da cascata inflamatória, tema exten- samente abordado neste artigo. Desta forma, controlando a produção e liberação de marcadores bioquímicos, pivôs do processo inflamatório e do estresse oxidati- vo. a associação especialmente desenvolvi- da neste novo ingrediente fitoterápico, deno- minado Miodesin™, tem chamado a aten- ção. Miodesin™, já tem apresentado notável resposta clínica, reportada em recentes publicações (9,10), na redução da dor pélvi- ca associada a endometriose e miomatose uterina, confirmando o papel central da inflamação na patogênese das doenças pélvicas ginecológicas e sustentando o papel de fitoterápicos anti-inflamatórios para o tratamentos destas patologias. Em recente estudo publicado na Oxidative Medicine and Cellular Longevity(11) foi demonstrado, de forma inédita, o mecanis- mo de ação pelo qual Miodesin™, que é um fitocomplexo rico em alcaloides oxindólicos, flavonoides e carotenóides, é capaz de redu- zir biomarcadores inflamatórios, como as Interleucinas, TNF-alfa (fator de necrose tumoral), quimiocinas e NO (óxido nítrico) em diferentes linhagens celulares (querati- nócitos, condrócitos e macrófagos). J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 31. news.com.br MAGI 029 Este estudo é o primeiro a demonstrar as propriedades imunomoduladoras, antioxi- dantes, anti-inflamatórias de Miodesin™. Miodesin™ reduziu significativamente a secreção de citocinas TNF-alfa, IL-6, IL-8 e IL-1B; e das quimiocinas CCL2, CCL3 e CCL5 especialmente em macrófagos, principais células mobilizadas na resposta imunológi- ca e na defragração da cascata inflamatória subsequente.(11) Foram observadas redução da expressão do fator de transcrição nuclear NF-kB e das enzimas pró-inflamatórias COX-1, COX-2, PLA2 e iNOS.(11) Estes resultados indicam que Miodesin™ apresenta propriedades anti-inflamatórias, através da regulação da expressão ou secreção de importantes marcadores infla- matórios celulares e sistêmicos, inibindo a hiperativação de condrócitos, queratinóci- tos e macrófagos. Os resultados observa- dos indicam que não ocorreram alterações significativas na metilação de DNA celular, demonstrando sua segurança epigenéti- ca.(11) Considerando que a modulação de NF-kB é considerada um importante alvo na terapia anti-inflamatória e que a compreensão atual destes aspectos podem gerar futuras estra- tégias para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas, a expectativa então, é de abrir espaço para novos estudos sobre Inflammaging, possibilitando ampliar Healthspam para os seres humanos através do desenvolvimento de novos compostos ativos como Miodesin™. Referências Bibliográficas (1) Bektas A., Schurman S.H., Sem R., et al.; Aging, Inflammation and the Environment; Exp Gerontol. 2018 May; 105: 10–18. (2) Bonaf M., Sabbatinelli J, Olivieri F.; Exploiting the telomere machinery to put the brakes on inflamm- -aging, Ageing Research Reviews (2020) doi: https://doi.org/10.101. (3) Chambers E.S., Akbar A.N.; Can blocking inflammation enhance immunity during aging ?; J allergy clin immunol;may 2020. (4) Franceschi C., Garagnani P., Vitale G., et al.; Inflammaging and 'Garb-aging'; Trends Endocrinol Metab. 2017 Mar;28(3):199-212. (5) Fougère B.,Boulanger E., Nourhashémi F., et al.; Chronic Inflammation: Accelerator of Biological Aging; J Gerontol A Biol Sci Med Sci, 2016, Vol. 00, No. 00, 1–8. (6) Fulop T., Witkowski J.M.,Olivieri F.,et al.;The integration of inflammaging in age-related disea- ses; Seminars in Immunology, https://doi.or- g/10.1016/j.smim.2018.09.003. (7) Borras C, Ingles M, Mas-Bargues C, et.al.; Centenarians: An excellent example of resilience for successful ageing, Mechanisms of Ageing and Development (2019), doi:https://doi.org/10.1016/- j.mad.2019.111199 (8) Russo G.L., Spagnuolo C., Russo M., et al.; Mechanisms of aging and potential role of selec- ted polyphenols in extending healthspan, Bioche- mical Pharmacology (2019),doi: https://doi.or- g/10.1016/j.bcp.2019.113719 (9) Maia H., Saback W., Haddad C, Sitya P.R., Treat- ment of endometriosis and leiomyoma with the association of Miodesin and Gestrinone in Pentra- van through the vaginal route; Journal of Clinical Review & Case Reports, 2018;vol. 3, no. 7. (10) Maia H., Saback W., Haddad C, Sitya P.R.,, Effect of vaginal Miodesin™ in Pentravan™ on the response to progestin therapy in patients with deep endometriosis and adenomyosis; Journal of Clinical Review & Case Reports, 2019,vol. 3, no. 7, pp. 1–5. (11) Oliveira C.R., Vieira R.P.; Anti-Inflammatory Activity of Miodesin™: Modulation of Inflammatory Markers and Epigenetic Evidence; Oxidative Medi- cine and Cellular Longevity; Volume 2020, Article ID 6874260, 11 pages https://doi.or- g/10.1155/2020/6874260 Por Reginalda Russo Farmacêutica (011) 97481-3560 J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 32. 030 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 VAMOS FALAR DE DOENÇAS NEGLIGENCIADAS? O momento em que vivemos traz à luz diver- sos questionamentos como seres huma- nos, como sociedade e como atores da ciência. São esses momentos que, através da modificação dos centros e da perda dos eixos, nos levam a refletir sobre o quanto ainda precisamos crescer nos aspectos supracitados. Desde o início da minha carreira científica, me deparei com um grupo de doenças cha- madas “Doenças Negligenciadas” que, já de forma léxica, entendemos que são aquelas doenças que não são dadas a devida impor- tância. Doenças negligenciadas são, em sua maioria, aquelas causadas por parasitas, como a Leishmaniose, Esquistossomose, Doença de Chagas, Malária, entre outras, que apresentam elevada taxa de mortalida- de e levam ao fim centenas de vidas todos os anos. Por sete anos, trabalhei com pesquisa básica e aplicada na criação de testes rápi- dos de diagnóstico e desenvolvimento de novos alvos terapêuticos para Leishmanio- se. A Leishmaniose é endêmica em 76 países no mundo, a maioria deles países em desenvolvimento, sendo que na América Latina 90% dos casos estão concentrados no Brasil. A doença pode se manifestar de duas formas: a cutânea, que pode ser con- centrada ou difusa, levando desde uma ferida tópica local até mesmo a perda de tecido cartilaginoso e deformações, e a visceral, forma mais grave da doença que atinge os órgãos internos e pode levar a morte. Dados da OMS e Ministério da Saúde do Brasil relatam que, em média, cerca de 3500 novos casos de Leishmaniose visceral são registrados no Brasil anualmente, com uma taxa de letalidade que vem aumentando nos Por Antonio Zóboli
  • 33. 031 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 últimos anos e já ultrapassa 7,1%. Fazendo um comparativo com o novo Corona vírus, dados amplamente divulgados pela OMS mostram uma letalidade do COVID-19 de 2,7% nos EUA, 12,3% na Itália e 4,2% no Brasil, até abril de 2020. Isso nos mostra que doenças como a Leishmaniose visceral estão entre as que mais causam mortes no Brasil. É importante salientar que a Leishmaniose, tanto cutânea quanto visceral, tem trata- mento. Talvez por isso não tenha tanta evidência no cenário epidemiológico nacio- nal. Entretanto, este tratamento é obsoleto e data da década de 80, utilizando drogas antimoniais, em primeira escolha, que são altamente cardio e hepatotóxicas, ou em outros casos com Anfotericina B, que também não exclui sua toxicidade hepática e renal, apesar do esforço da farmácia de manipulação na elaboração da “segunda arte”, para melhorar e personalizar alguns desses tratamentos. E porquê, mesmo assim, essas doenças são negligenciadas? Por que não existem novas abordagens de tratamento? Por que ainda existe uma alta letalidade desta doença que tem tratamento? Pelo simples fato de que os investimentos em pesquisa para as mesmas são diminutos.Durante todo o tempo em que estive na pesquisa de Leishmaniose, em instituições de prestígio como a UFV e a FIOCRUZ, os grupos de pes- quisa em que trabalhei eram batalhadores em fazer ciência com pouquíssimo dinheiro e obter resultados de ponta, que muito me orgulho. Por se tratar de doenças que não afetam os grandes centros econômicos, que não estão constantemente na mídia ou que fazem parte de um universo social determinado, nossas pesquisas sofrem cortes consecuti- vos de investimentos e, a cada dia, se tornam mais esquecidas pelos detentores do poder econômico. É chegada a hora de tornar a ciência o novo parâmetro de evolução nacional. É necessá- rio que, não somente em tempos de pande- mia, a ciência receba a atenção e o investi- mento necessário, não só para as doenças negligenciadas, mas para todas aquelas des- cobertas que salvam vidas, que melhoram a qualidade de vida e elevam a soberania socioeconômica de um país que produz ciência e tecnologia e não fica refémdo novo tipo de dominação estrangeira através da tecnologia. Por Antonio Zóboli Consultor Técnico na Empresa LEMMA Supply (11) 95093-0889
  • 34. 032 J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 Por Andreia Assumpção PENSANDO RÁPIDO E DEVAGAR news.com.br MAGI O livro do israelense Daniel Kahneman encanta ao explicar como funciona o cérebro, a capaci- dade do pensamento, separan- do o em duas formas: uma intuitiva, rápida e emocional, outra lenta, deliberativa e lógica. Com isto, é viável justifi- car como nossas decisões pes- soais e profissionais ocorrem, sendo possível entender; por exemplo, como funcionam as nossas decisões de compras - incluindo aquelas que ocorrem por impulso. Quando fui apresentada ao livro estava no banco do Mestrado em Administração de Empresas e logo de início fiquei encanta- da com o autor: um psicólogo naturalizado americano que ganhou um Prêmio Nobel de Economia. Uau! Ele obteve destaque por seu traba- lho em Finanças Comportamen- tais, porque, para o autor, emoções e intuições tem igual ou maior importância que simples análises gráficas ou numéricas. Ao que parece as nossas tomadas de deci- sões estão pautadas por incerte- zas, fazendo o julgamento humano e a ciência econômica se integrar através do psique. Nessa leitura logo de cara nos deparamos com dicas úteis para a vida pessoal e para os negócios; o livro divide os pontos de vista em dois
  • 35. news.com.br MAGI 033 sistemas de pensamento - os sistemas rápi- dos e os lentos. O sistema 1 – rápido - é um modo de pensar baseado na emoção e na reação subconsciente. Esse tipo de pensamento ocorre rapidamente, geralmente chamado de instinto, e por vez pode ser impraticável e falho. O Sistema 2– lento - é um modo de pensar pautado no pensamento lento e deliberado e em uma abordagem mais lógica. Ao entender como e por que os dois sistemas afetam a tomada de decisões e as novas experiências, é possível aprender a tomar melhores decisões e criar novas formas de pensar com base no raciocínio. E obviamente o meu, o seu, modo de pensar sofre influências – os chamados viés – algo que se repetem de forma previsível em circunstâncias particulares; ocorrendo silen- ciosamente em nossas cabeças. E só para exemplificar é algo como o pen- sando rápido diz: “Eu preciso de mantimen- tos, vou ao supermercado” e o lado pensan- do devagar, pondera: “Eu não vou tentar lem- brar o que comprar, então vou escrever uma lista de compras”. Mas ainda assim, por sermos pensadores racionais e sofrermos intervenções nos nossos pensamentos que nem sempre estamos cientes, o melhor mesmo é irmos as compras de alimentos em horários distantes das refeições; porque se estivermos com fome – bem na hora do almoço ou jantar – podemos comprar enco- rajados pela ansiedade causada pela fome. E como você sabe o quanto você deve pagar por algo? Para descobrir isso, você precisa- rá de algum tipo de referência. O preço só será considerado caro ou barato se existir outra opção para criar relatividade ou servir de comparação. Imagine a seguinte situa- ção: você entra em uma loja e vê uma camisa, checa o preço da etiqueta que é R$ 290,00, o vendedor o aborda e diz que a camisa agora custa apenas R$ 140,00. Você talvez nem precise da camisa, mas um des- conto de R$ 150,00 parece realmente um grande negócio. Será mesmo? Ou o que funcionou aqui foi o efeito de ancoragem? Assim como as boas primeiras impressões tendem a colorir positivamente as impres- sões negativas posteriores e, inversamente é verdadeiro;o primeiro a expressar sua opinião em uma reunião pode “estimular” as opiniões de outras pessoas. Ou uma lista de adjetivos positivos que descrevem uma pessoa influencia a forma como interpreta- mos adjetivos negativos que vêm depois na lista. Somos assim... Essas são algumas das abordagens do Daniel Kahneman nesse livro apaixonante. E esse é o convite que a MAGI NEWS quer te fazer em julho! Ao aplicar esse conceito em vendas, será possível pautar na oferta da solução ao cliente, no atendimento como experiência única, na customização do serviço, trans- crevendo para aplicações práticas no dia a dia do Comercial. Diminuindo a velocidade e desenvolvendo as habilidades para usar esses dois modos de pensar juntos, é possível criar uma abor- dagem para experiências e tomadas de decisão que usem lógica e intuição de maneira eficaz; uma vez que a emoção afeta a decisão. E que a pandemia vivida por todos nós, aplicando mudanças no comportamento, por muita das vezes impostas, seja um momento de repensar o novo, considerando que podemos ir lento e rápido. Por Andreia Assumpção Mestre Administração, gestora Empresarial Enfermeira (011) 94164-3865 J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 36. Por Fabio de Matos AUMENTAR O FATURAMENTO É POSSÍVEL NO MERCADO DE HOJE? 034 news.com.br MAGI Hoje em dia, com a correria do dia-a-dia, muitas são as farmácias que tem boas idéias, que querem implantar novas ações e investir em alternativas, mas que esbarram na falta de tempo, na falta do profissional para implantar tal idéia ou ação, não é mesmo? E por conta disso abandonam sonhos e projetos. Mas existe uma máxima no mundo dos negócios que diz: Quanto mais se trabalha, menos tempo se tem em pensar como ganhar dinheiro! Mas espere um pouco, eu trabalho justa- mente para ganhar dinheiro, então como fica essa situação? Na verdade, no mundo corporativo, ganhar dinheiro é encontrar alternativas de atrair novos clientes, fidelizar os atuais e melhorar a qualidade e produtivi- dade dos colaboradores. Agora responda… Qual foi a última vez que você levou uma idéia adiante para melhorar o desempenho da empresa, dos colabora- dores, ferramentas para aumentar as vendas? Hoje, ontem, ano passado? Sem novas idéias, a empresa enferruja, perde o brilho, a força, se tornando mais uma na multidão. Nessas horas é importan- te olhar o mercado e avaliar… Por que as empresas de telefonia celular investem tanto em comunicação e novos planos? Elas já detêm milhões de clientes… A idéia é nunca se acomodar, para não ser engolida por outra empresa. Pensando assim, faça o seguinte exercício. Imagine que hoje vai abrir uma nova farmá- cia ao lado da sua; Seus clientes estão satis- feitos o bastante para comprar com você ao invés de, movidos pela novidade, conhece- rem o concorrente e serem seduzidos pela qualidade, competência, inovação, tirando assim um cliente, até ontem “fiel”? Ou, por tudo que você faz, desenvolve e apresenta para ele, ele só entraria para conhecer, mas continuaria comprando em sua farmácia? Se sua farmácia está preparada para esse teste, parabéns… Agora, se você tem alguma dúvida, é hora de começar a correr! “O mais difícil na mudança é a existência de um desejo sincero de mudar!” (Júlio Ribeiro) Texto disponivel em: https://pharma360.com.br/blog/ Por Fabio de Matos Consultor magistral @fabiomagistral J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 37. 035 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 COMUNICAÇÃO E MARKETING EM TEMPOS DE PANDEMIA O momento não é de abandonar as estraté- gias de comunicação e marketing, por isso, devemos estar atentos para manter a cone- xão com seu público e gerar relevância em valor de marca. Algumas empresas já toma- ram medidas como trocar de logo, produzir conteúdo explicando os processos de higie- ne, alterar a embalagem do produto e mudança no direcionamento de campanhas que já estavam sendo veiculadas. Estamos vivenciando o fechamento físico do comércio e de serviços não essenciais, isso reforçou a necessidade da presença digital para os negócios, como medida para atenuar os impactos do distanciamento social nos negócios. Marketing de Conteúdo Gerar conteúdo é uma das formas de atrair público e gerar relevância em um processo de longo prazo, mesmo assim, muitos cami- nham na contra mão e afirmar não ter tempo para investir em conteúdo. Compartilhar ideias e novas formas de con- sumo, podem ser a saída para os tempos de isolamento. Novas atividades que ganharam espaço como: Exercício em casa, lazer com a família, espaço com home office, equipa- mento para uso em vídeo chamadas e outras formas de melhorar a qualidade de vida em tempos de confinamento. Na medida em que o consumidor entender a nova necessidade gerada com a vida em casa, ele vai aderir à solução e adotar em seus hábitos de consumo. Por Caio Ferreira
  • 38. 036 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 Serviço de entrega Os serviços de entrega ganhavam espaço com a comodidade e o acesso a diferentes formas de tecnologia, tivemos o surgimento de empresas especializadas em entregas como Ifood, Ubereats, Rappi, Loggi e outras. A revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios publicou em seu portal um estudo que se aprofunda nas entregas em momen- to de pandemia. Segundo estudo do Institu- to Locomotiva, as compras feitas por meio de aplicativos cresceram 30% no Brasil, durante o primeiro mês de isolamento social. A pesquisa foi feita ouvindo 1.131 consumi- dores com idade igual ou superior a 16 anos. O questionário foi aplicado em 72 cidades de todos os estados brasileiros, nos dias 14 e 15 de abril. Busque soluções para estar mais próximo ao cliente, utilizar um sistema de entregas eficaz de acordo com sua atuação pode ser um diferencial competitivo nesse momento. Comunique por suas redes sociais e impul- sione a informação para chegar a seus clientes e público potencial. Canais de vendas Marcas precisam se adaptar para comercia- lizar no mundo digital para não ficar para trás, novos comportamentos das marcas precisam ter sistemas para mudar no ritmo em que o mercado está avançando. As redes sociais já são utilizadas para entre- tenimento, estreitar relacionamentos, infor- mar e vender. Invista em relacionamento com estratégia no Facebook, Instagram e Linkedin. Compartilhar estudos, informa- ções e soluções podem ser uma forma de atrair seu cliente. Comece a vender pelo WhatsApp, utilize a ferramenta para negociar e fechar negócios à distância, além de manter um canal aberto para compartilhar conteúdo. Ainda não temos previsão para o fim da quarentena e isso reforça a importância do relacionamen- to. Estude o seu segmento de mercado e procu- re levar seu conhecimento para seu público que hoje está conectado, entenda como funciona a criação de anúncios online e esteja pronto para a demanda.
  • 39. 037 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 Colaboradores É necessário um esforço coletivo para garantir a segurança física, emocional e financeira dos colaboradores. O momento pede cooperação e teremos um diferencial em empresas onde a equipe estiver mais engajada, desta forma, algumas medidas podem ser tomadas para reduzir os impac- tos do momento: 1. Comunicar com clareza os planos, metas e necessidades da empresa nesse período. A transparência sempre foi uma aliada e deve ser mantida em momentos de crise. 2. Respeitar os protocolos e recomendações da Organização Mundial da Saúde para quem precisa estar presencialmente em seu local de trabalho. 3. Adequar a forma de trabalho para manter a produtividade no home office, medidas que podem influenciar no desempenho e devem ser avaliadas dentro das possibilidades. a. Disponibilizar o computador e acessórios como mouse, teclado, microfone e fone de ouvido; b. Nem todas as casas estão preparadas para a atuação de escritório, por isso, enviar a cadeira e suporte para elevação do note- book pode ser o diferencial no desgaste físico da equipe; c. Acesso ao CRM para gestão das deman- das internas e contato com o cliente, man- tendo toda a programação para seguimento aos processos da empresa; d. Servidor com acesso via VPN (rede priva- da virtual) para fácil acesso a informações que estejam centralizadas na empresa; e. Quando possível, disponibilizar a mesma linha telefônica para o colaborador para uso em casa. Assim, mantém o mesmo canal de contato com clientes e seguimos com o monitoramento em caso de PABX em nuvem; f. Rotina de contato com a equipe para acompanhar a performance e discutir novas estratégias dentro das experiências indivi- duais de atuação; g. Rotina de conversa com o setor de recur- sos humanos para entender a adaptação nesse novo método de atuação, além de acompanhar a saúde mental da equipe; h. Estimular momentos de integração da equipe, para manter a proximidade da equipe e estimular colaboração; 4. Manter rotina, com horários para trabalho e intervalos. Isso ajuda na organização e gestão do tempo; 5. Invista tempo em capacitação de sua equipe, é o momento de aproveitar para adquirir novos conhecimentos e se desenvolver. Momento de manter um relaciona- mento sério com o cliente Muitos consumidores buscam uma fonte confiável de informações, é necessário investir em relacionamento e conteúdo de qualidade para gerar confiança. O consumo de mídia vem se expandindo via dispositivos móveis e a indústria está criando soluções para atender preferências pessoais do seu público. Diante dos acontecimentos, as empresas serão cobradas por posicionamento, tornan- do mais importante um alinhamento com seu público. Nesse ambiente, será exigida a transparência com valores, missão e posi- cionamento da marca. As marcas que deixarem de comunicar durante a crise, terá maior dificuldade para retomar o contato com seu público e neces- sitará de um maior esforço de comunicação e vendas para voltar a atingir os resultados. Não é o momento de cortar o investimento em comunicação, devemos ajustar a forma de interagir com o público. Mantenha os esforços em comunicação e marketing, isso o posicionará como empre- sa socialmente relevante. Empatia será necessária, ir além de mensagens promocio- nais e entender a necessidade de todos os envolvidos.
  • 40. 038 news.com.br MAGI J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2 Colaboradores É necessário um esforço coletivo para garan- tir a segurança física, emocional e financeira dos colaboradores. O momento pede coope- ração e teremos um diferencial em empre- sas onde a equipe estiver mais engajada, desta forma, algumas medidas podem ser tomadas para reduzir os impactos do momento: 1. Comunicar com clareza os planos, metas e necessidades da empresa nesse período. A transparência sempre foi uma aliada e deve ser mantida em momentos de crise. 2. Respeitar os protocolos e recomendações da Organização Mundial da Saúde para quem precisa estar presencialmente em seu local de trabalho. 3. Adequar a forma de trabalho para manter a produtividade no home office, medidas que podem influenciar no desempenho e devem ser avaliadas dentro das possibilidades. a. Disponibilizar o computador e acessórios como mouse, teclado, microfone e fone de ouvido; b. Nem todas as casas estão preparadas para a atuação de escritório, por isso, enviar a cadeira e suporte para elevação do note- book pode ser o diferencial no desgaste físico da equipe; c. Acesso ao CRM para gestão das deman- das internas e contato com o cliente, man- tendo toda a programação para seguimento aos processos da empresa; d. Servidor com acesso via VPN (rede priva- da virtual) para fácil acesso a informações que estejam centralizadas na empresa; e. Quando possível, disponibilizar a mesma linha telefônica para o colaborador para uso em casa. Assim, mantém o mesmo canal de contato com clientes e seguimos com o monitoramento em caso de PABX em nuvem; f. Rotina de contato com a equipe para acom- panhar a performance e discutir novas estra- tégias dentro das experiências individuais de atuação; g. Rotina de conversa com o setor de recur- sos humanos para entender a adaptação nesse novo método de atuação, além de acompanhar a saúde mental da equipe; h. Estimular momentos de integração da equipe, para manter a proximidade da equipe e estimular colaboração; 4. Manter rotina, com horários para trabalho e intervalos. Isso ajuda na organização e gestão do tempo; 5. Invista tempo em capacitação de sua equipe, é o momento de aproveitar para adquirir novos conhecimentos e se desenvolver. Momento de manter um relaciona- mento sério com o cliente Muitos consumidores buscam uma fonte confiável de informações, é necessário inves- tir em relacionamento e conteúdo de qualida- de para gerar confiança. O consumo de mídia vem se expandindo via dispositivos móveis e a indústria está criando soluções para aten- der preferências pessoais do seu público. Diante dos acontecimentos, as empresas serão cobradas por posicionamento, tornan- do mais importante um alinhamento com seu público. Nesse ambiente, será exigida a trans- parência com valores, missão e posiciona- mento da marca. As marcas que deixarem de comunicar durante a crise, terá maior dificuldade para retomar o contato com seu público e necessi- tará de um maior esforço de comunicação e vendas para voltar a atingir os resultados. Não é o momento de cortar o investimento em comunicação, devemos ajustar a forma de interagir com o público. Mantenha os esforços em comunicação e marketing, isso o posicionará como empresa socialmente relevante. Empatia será neces- sária, ir além de mensagens promocionais e entender a necessidade de todos os envolvi- dos. Caio Ferreira Consultor de Marketing (011) 98657-7250
  • 41. Por Adrielle Brandão FARMACÊUTICO: MAIS QUE UMA PROFISSÃO, UM MUNDO DE POSSIBILIDADES.. APAIXONE-SE VOCÊ TAMBÉM! 039 news.com.br MAGI Segundo a história, as primeiras boticas ou apotecas* foram criadas na Espanha em meados do século X. E somente mais tarde, surgiriam os modelos das farmácias um pouco mais parecidas com as que conhece- mos atualmente. Para exercer a profissão, o boticário (proprietário da botica) tinha como responsabilidades: dispor de local e equipa- mentos adequados para a preparação e armazenagem dos medicamentos, cumpri- rem uma série de requisitos, conhecerem sobre as doenças e ainda promover a cura das mesmas. Mas um grande surto de propagação da lepra na França aliada à outras iniciativas na área da saúde pública, levou o Rei Luís XIV a ampliar o número de farmácias hospitalares no país. Mas foi somente no século XVIII que a profissão farmacêutica separou-se da médica, gerando assim, os profissionais que diagnosticavam a doença e aqueles que “produziam porções de cura”. Registros históricos apontam que, com a chegada da Coroa portuguesa ao Brasil,Dio- go de Castro tornou-se o primeiro boticário do país. E assim como ele, os jesuítas tiveram sua participação na história, dando destaque àJosé de Anchieta que além de primeiro educador do Brasil, foi considerado por alguns como o primeiro boticário de Piratininga (atual São Paulo). A “Farmácia” é considerada atualmente uns dos mais antigos estabelecimentos da humanidade. E dados evidenciam que a busca pela cura das doenças tem sido uma das maiores preocupações do homem desde os primórdios. J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 42. 040 news.com.br MAGI A profissão do farmacêutico só foi regula- mentada em 1931, quando passou a ser exercida apenas por profissional capacita- do, isto é, que obtivesse um diploma prove- niente de instituições de ensino oficialmente reconhecidas. Mas, você deve estar se perguntando. Por que eu lhe contei tudo isso? Pois bem, não há presente sem passado e muito menos, sem uma boa história! E tendo entrado para o time de profissionais que produzem o tal “mix de cura”, vim te contar um pouco do que a área e profissão farmacêutica têm de extraordinário. Lembro como se fosse ontem: quando tinha uns 7 anos, eu não hesitava em acompa- nhar meu pai à Farmácia, pois além de achar fantástica a estrutura (antiga) daque- les lugares, sempre achei interessante como podia uma única pessoa, vestindo um roupão branco (o famoso jaleco) entregar ao meu pai caixinhas coloridas e diferentes e, que ainda por cima “resolviam as dores” de toda a minha família?! E mais, como ele sabia qual caixinha ia resolver o nosso problema da vez? [E sim, eu ainda acho tudo isso fabuloso e inclusive sinto falta das estruturas antigas das farmácias (e que eu achava lindas)! – (risos)] Mas há uma corriqueira situação que sempre me faz sorrir também, quando digo que sou Farmacêutica. Pois normalmente as pessoas reagem assim: - “Que legal! E em qual farmácia tu traba- lhas?” E aí - para espanto da maioria - lá vou expli- car que só pisei nas drogarias para cumprir estágios (e isso num curto período da época da faculdade e sem o qual, eu não consegui- ria me formar) ou ainda como mera consu- midora. Já que, de acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), há mais de 70 áreas nas quais podemos atuar e que são reconhecidas na Resolução nº 572, de 25 de abril de 2013. Mas dentro dessa ampla gama de possibili- dades, destacarei algumas: • Áreas toxicológicas: analítica, de alimen- tos, clínica, forense, desportiva, ocupacio- nal, dentre outras; • Assistência domiciliar em equipes multi- disciplinares; • Assuntos regulatórios; • Cosmetologia; • Farmácia clínica e hospitalar; • Farmácia industrial; • Farmácia magistral; • Farmácia oncológica; • Farmácia veterinária; • Genética humana; • Gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde; • Hematologia clínica; • Imunologia clínica; • Microbiologia clínica; • Parasitologia clínica; • Vigilância Sanitária; • Virologia clínica; • Práticas Integrativas e Complementares (PICS); • Radiofarmácia (Farmácia nuclear); • Saúde pública: Estratégia Saúde da Famí- lia,farmacovigilância, farmacoepidemiolo- gia, farmacoeconomia, saúde ambiental, gerenciamento dos resíduos em serviços de saúde e etc.; • Setor da qualidade (Garantia e Controle). • Dentre outras. Neste momento, eu espero que a sua reação tenha sido algo parecido com: -“Uau! Tudo isso!?!” E eu te digo, sim! Isso e muito mais. J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 43. 041 news.com.br MAGI Mas muito além de todas estas possibilidades, por que ser Far- macêutico? Escolher esta área foi ter a certeza de poder juntar duas paixões que tenho: Química e Biologia. Além disso, o fato de poder estar em constante estudo e pesquisa, me fez dizer sim à esta profissão e que vem muito ao encontro do que li certa vez: “Substân- cias nas mãos dos farmacêuticos transfor- mam-se em medicamentos, em cura, em saúde, assim como a pedra nas mãos do ourives se transforma em jóia, em brilho e em luz.” - (Autor desconhecido). E mais, tudo isso, visando cuidar do que há de mais valio- so no mundo (pelo menos para mim): Pes- soas! Pois, parafraseando outro autor des- conhecido: “O farmacêutico é o produtor do bem-estar, manipulador da cura, administra- dor da vida”. *Nome dado às primeiras farmácias na anti- guidade. Por Adrielle Brandão Especialista de produtos (11) 99505-2120 J U N H O 2 0 2 0 E D I Ç Ã O 0 2
  • 44. P R Ó X I M A E D I Ç Ã O : J U L H O 2 0 2 0 Espaço especial com o contato dos nossos colunistas news.com.br MAGI Patricia Vasconcelos Consultora Farmacêutica e Treinamentos (021) 97028-8533 Patricia França Gerente de Consultoria Farmacêutica Fórmula e Cia Gelza Rubia Consultora Farmacêutica (021) 99103-5294 Adrielle Brandão Adrielle Brandão Consultora Tecnica Sterilex (11) 99505-2120 Graciana Neumann Mestre em envelhecimento humano, Nutricionista e Farmacêutica (054) 99696-2757 Marcio Guidoni Dr. em Farmácia (027) 99986-5700 Reginalda Russo Farmacêutica (011) 97481-3560 Apoio: Fabio de Matos Consultor magistral @fabiomagistral Jorge Mariano Consultor Magistral, Diretor comercial J Mariano e Diretor Maginews (011) 96193-4732 Kennya Macedo Doutora em Farmacêutica (011) 96193-4732 Francieli Pagliari Gerente de Trade Marketing (011) 98657-7250 Caio Ferreira Consultor de Marketing (011) 98657-7250 Antonio Zóboli Consultor Técnico na Empre- sa LEMMA Supply (011) 95093-0889 Andreia Assumpção Mestre Administração, gesto- ra Empresarial e Enfermeira (011) 94164-3865