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ISBN 978-85-10-09347-7
Ana Maria Pereira
Carlos Eduardo Pinto
Mônica Waldhelm
Sandro Fernandes
Walmir Thomazi Cardoso
Ensino Fundamental – Anos Finais
Componente curricular: Ciências
CIÊNCIAS
CIÊNCIAS
CIÊNCIAS
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MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
9
ENSINO
FUNDAMENTAL
ANOS FINAIS
COMPONENTE CURRICULAR
CIÊNCIAS
Ana Maria Pereira
• Mestre em Educação
• Licenciada em Ciências Biológicas
• Professora do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e do Ensino Superior
Carlos Eduardo Pinto
• Mestre em Ciências do Meio Ambiente
• Licenciado em Química
• Professor do Ensino Médio e do Ensino Superior.
Mônica Waldhelm
• Doutora e Mestre em Educação
• Licenciada em Ciências Biológicas
• Professora do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, do Ensino Superior
e de pós-graduação em Ensino de Ciências
Sandro Fernandes
• Mestre em Ensino de Física
• Licenciado em Física
• Professor do Ensino Médio e de pós-graduação
Walmir Thomazi Cardoso
• Doutor em Educação Matemática e mestre em História das Ciências
• Bacharel e licenciado em Física
• Professor da FCET-PUC-SP, pesquisador no GHTC-USP e professor
colaborador da pós-graduação – HCTE-UFRJ
1a
edição
São Paulo, 2022
MANUAL DO
PROFESSOR
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
© Editora do Brasil S.A., 2022
Todos os direitos reservados
Direção-geral: Vicente Tortamano Avanso
Diretoria editorial: Felipe Ramos Poletti
Gerência editorial de conteúdo didático: Erika Caldin
Gerência editorial de produção e design: Ulisses Pires
Supervisão de design: Dea Melo
Supervisão de arte: Abdonildo José de Lima Santos
Supervisão de revisão: Elaine Silva
Supervisão de iconografia: Léo Burgos
Supervisão de digital: Priscila Hernandez
Supervisão de controle de processos editoriais: Roseli Said
Supervisão de direitos autorais: Marilisa Bertolone Mendes
Supervisão editorial: Rodolfo Marinho
Leitura crítica: Bruna Potenza, Felipe Teixeira, Gustavo Kaneto
Projeto gráfico: APIS design e Talita Lima
Capa: Estúdio Siamo
Imagem de capa: Mimadeo/Shutterstock.com e
Tunatura/Shutterstock.com
Licenciamentos de textos: Cinthya Utiyama, Jennifer Xavier e
Renata Garbellini
Controle de processos editoriais: Bruna Alves, Julia do Nascimento,
Rita Poliane, Terezinha de Fátima Oliveira e Valéria Alves
1a
edição, 2022
Rua Conselheiro Nébias, 887
São Paulo/SP – CEP 01203-001
Fone: +55 11 3226-0211
www.editoradobrasil.com.br
Concepção, desenvolvimento e produção:
Triolet Editorial & Publicações
Diretoria executiva: Angélica Pizzutto Pozzani
Gerência editorial: Priscila Cruz
Coordenação editorial: Tayná de Paula
Edição de texto: Ana Carolina de Almeida Yamamoto,
Ariel R. Cardoso, Daniel Hohl, Dino Santesso, Juliana Biscardi, Gabriela
Damico, Tatiana Gregório
Assistente editorial: Isabella Thebas
Preparação e revisão de texto: Janaina Felix (coord.), Ana Cristina
Garcia, Arnaldo Arruda, Brenda Morais, Bruna Paixão, Caroline Bigaiski,
Célia Carvalho, Daniela Pita, Elani Souza, Érika Finati, Flávia Gonçalves,
Gloria Cunha, Helaine Albuquerque, Janaína Silva, Lara Milani, Leandra
Trindade, Luciana Moreira, Luciene Lima, Luciene Perez, Malvina Tomaz,
Márcia Leme, Márcia Nunes, Mari Rita Camarini, Maria Luiza Simões,
Mariana Góis, Míriam dos Santos, Nayra Simões, Nelson Camargo,
Patricia Cordeiro, Paulo Teixeira, Roseli Simões, Thaís Domingues,
Thiago Passos, Vinicius Oliveira
Coordenação de arte e produção: Ana Onofri, Wilson Santos
Edição de arte: Wilson Santos
Ilustrações: Adriano Loyola, Allmaps, Conexão, Dayane Raven,
Dawidson França, Denis Cristo, Dotta, Fabio Nienow,
Formato Comunicação, Luis Moura, Luiz Lentini, Maps World,
Osni Oliveira, Paula Haydee Radi, Paulo César Pereira, Paulo Nilson,
Peterson Mazzoco, Raitan Ohi, Reinaldo Vignati, Selma Caparroz,
Studio Caparroz, Tarcísio Garbellini, Vagner Coelho
Iconografia: Amanda Felicio, Daniela Chahin Barauna,
Enio Lopes e Pamela Rosa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Amplitude : ciências, 9 : ensino fundamental :
anos finais / Ana Maria Pereira...[et al.]. --
1. ed. -- São Paulo : Editora do Brasil, 2022. --
(Amplitude ciências)
Outros autores: Carlos Eduardo Pinto, Mônica
Waldhelm, Walmir Thomazi Cardoso, Sandro Fernandes
ISBN 978-85-10-09346-0 (aluno)
ISBN 978-85-10-09347-7 (professor)
1. Ciências (Ensino fundamental) I. Pereira, Ana
Maria. II. Pinto, Carlos Eduardo. III. Waldhelm,
Mônica. IV. Cardoso, Walmir Thomazi. V. Fernandes,
Sandro. VI. Série.
22-113155 CDD-372.35
Índices para catálogo sistemático:
1. Ciências : Ensino fundamental 372.35
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
Carta ao professor
Colega professor,
É com alegria e muita satisfação que apresentamos esta nova coleção
de Ciências.
Com nossa ampla experiência em sala de aula, sabemos da importância
de um bom livro didático como suporte à aprendizagem dos estudantes
e ao trabalho docente. Assim, procuramos sugerir situações propícias a
um trabalho pedagógico diversificado, capaz de estimular a curiosidade
dos estudantes e seu desejo de aprender, pois acreditamos que a
aprendizagem e a alegria podem – e devem – caminhar juntas na escola.
Sem pretensão de dar conta do rol de todos os conhecimentos
produzidos pelas Ciências e de todas as suas aplicações, optamos por
fazer escolhas curriculares que julgamos significativas, contemplando
as exigências da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e investindo
na autonomia intelectual dos estudantes para viabilizar a ampliação
das aprendizagens além dos limites da escola. Assim, buscamos
problematizar a realidade, trazendo questões contemporâneas como
contexto para articulações interdisciplinares e teórico-práticas, favorecendo
a construção e a ampliação de conceitos e o desenvolvimento de
competências e habilidades tanto cognitivas como socioemocionais.
Com vistas a uma educação integral e emancipadora, procuramos
ampliar o quadro de referências dos estudantes. Portanto, discussões que
envolvem as dimensões ética, histórica e social da Ciência e da Tecnologia
estão presentes, assim como contribuições da Arte e de outras produções
culturais que se articulam junto a conceitos científicos, expandindo os
universos sociopolítico e cultural discentes. Para que este material alcance
o objetivo para o qual foi elaborado, a mediação pedagógica do professor
será essencial. Use sua criatividade, sua experiência e sua autonomia
ao explorar a coleção, planejar e conduzir as atividades, incentivar o
debate e levantar questões que reforcem a autoestima, a empatia e a
solidariedade dos estudantes, colaborando para a promoção de uma cultura
de paz na escola e em toda a sociedade. Os fatos recentes vividos pela
humanidade vêm reforçando a importância do letramento científico.
Desejamos a você um bom trabalho. Pode contar conosco!
Os autores
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
IV
Pressupostos teórico-metodológicos da coleção....................................................................................................V
Sobre Ciência, conhecimento científico e ensino de Ciências.........................................................................................VI
Pluralismo e metodologias ativas.............................................................................................................................................................VIII
Educar pela pesquisa................................................................................................................................................................................................ X
Pensamento computacional.............................................................................................................................................................................XI
Papel do professor ............................................................................................................................................................................................... XII
Trabalho contextualizado e interdisciplinar ............................................................................................................. XIV
A interdisciplinaridade nesta coleção................................................................................................................................................... XV
A coleção e a BNCC ............................................................................................................................................................................................ XV
Competências gerais da Educação Básica.....................................................................................................................................XVI
Competências específicas de Ciências da Natureza.......................................................................................................... XVII
Habilidades da BNCC....................................................................................................................................................................................... XVII
Como favorecer o desenvolvimento de competências e habilidades da BNCC?....................................XXII
Estrutura e organização da coleção ..................................................................................................................................XXIV
Conteúdos por volume.....................................................................................................................................................................................XXV
Ícones.........................................................................................................................................................................................................................XXXVII
Seções de cada unidade............................................................................................................................................................................ XXXIII
Como usar esta coleção...........................................................................................................................................................................XXXVII
Sugestões de cronograma........................................................................................................................................................XXXVIII
Temas Contemporâneos Transversais ................................................................................................................XXXVIII
Atitudes e valores para uma cultura de paz .....................................................................................................XXXIX
Como colaborar com o cumprimento dessas metas?.................................................................................................. XXXIX
Competências e habilidades socioemocionais............................................................................................................................XLI
Culturas juvenis e projeto de vida............................................................................................................................................ XLIII
Aprendizagem para todos: o trabalho com grupos heterogêneos ...................................... XLIV
Os diferentes perfis de estudantes.......................................................................................................................................................XLV
Consequências do bullying na saúde mental dos estudantes .................................................XLVII
Avaliação a serviço da aprendizagem ........................................................................................................................XLVIII
O que é avaliar?......................................................................................................................................................................................................XLIX
Por que avaliar?......................................................................................................................................................................................................XLIX
Quando avaliar?.............................................................................................................................................................................................................. L
O que avaliar?.................................................................................................................................................................................................................... L
Como avaliar?.................................................................................................................................................................................................................... L
Sobre avaliações em larga escala...............................................................................................................................................................LV
Manual em formato lateral ...................................................................................................................................................................LVI
Textos complementares ......................................................................................................................................................................... LVII
Referências comentadas.......................................................................................................................................................................... LXI
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
V
Pressupostos teórico-metodológicos
da coleção
A coleção foi elaborada em articulação com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pautada na plura-
lidade metodológica, utilizando elementos de metodologias ativas.
Este material foi organizado e produzido de forma a possibilitar o desenvolvimento do letramento científico,
que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também
de transformá‑lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências. De acordo com a BNCC, “Em outras
palavras, apreender ciência não é a finalidade última do letramento, mas, sim, o desenvolvimento da capacidade
de atuação no e sobre o mundo, importante ao exercício pleno da cidadania” (BRASIL, 2018, p. 321).
Sugerimos, ao longo da coleção, uma diversificada gama de recursos cuidadosamente planejados e organi-
zados para favorecer o trabalho docente no desenvolvimento das competências gerais para a Educação Básica,
bem como das competências e das habilidades específicas de Ciências da Natureza.
Nesse sentido, apresentamos uma proposta de ensino e aprendizagem contextualizada, por meio da qual os
estudantes poderão identificar elementos e/ou conteúdos científicos em suas vivências.
Em cada capítulo, a coleção explora textos e atividades cuja estrutura dialoga com as práticas sociais con-
temporâneas e considera diferentes contextos socioculturais dos estudantes, incitando conexões entre o conhe-
cimento escolar e o conhecimento cotidiano.
Espera‑se, então, que esta coleção para os anos finais do Ensino Fundamental possibilite ao estudante
envolver-se nas atividades propostas, apropriando‑se dos conceitos e procedimentos científicos e instrumenta-
lizando‑se para compreender as relações entre ciência, tecnologia e sociedade, para, assim, intervir no mundo
com base nesses instrumentos.
As Ciências são construídas como um corpo de conhecimentos que permite aos estudantes investigar e compreender as relações entre
Ciências, Tecnologia e Sociedade, assim como mobilizar essa compreensão para tomada de decisões e análise de informações provenientes
de diferentes fontes de informação.
Ciências e Tecnologia
Educação
Natureza e Sociedades
Dayane
Raven
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
VI
Em razão da experiência global recente referente à pandemia de covid-19, ficou mais clara a importância
da Ciência e do conhecimento científico, não só em trabalhos como a produção de vacinas, mas, também, na
adesão às medidas sanitárias individuais e coletivas. O conhecimento científico, construído com os métodos
da Ciência, pauta-se em bases conceituais e comprovações fundamentadas em investigações rigorosas e
formais. É importante ter clareza dos limites desse conhecimento, afinal, a Ciência não é infalível, imutável
ou neutra. Além disso, nem tudo no mundo pode ser investigado pela Ciência. Há outros tipos de saberes
e conhecimentos que, embora sejam produzidos de outras formas e ocupem um papel social distinto, não
devem ser desqualificados ou ignorados. Como professores, não podemos ignorar os saberes que os estu-
dantes trazem de suas vivências pessoais e culturais. Porém, é preciso entendê-los como conhecimentos
geralmente diferenciados do conhecimento científico. Um dos papéis importantes da escola é dialogar com
esses saberes e planejar situações de aprendizagem de modo que se amplie esse quadro de referências
com conceitos científicos. Lembremos, também, a necessidade de investir em estratégias de sensibilização
e mobilização da população para causas que envolvam o meio ambiente, a saúde, a diversidade e outras de
igual relevância social. A popularização da Ciência é necessária, a fim de que o conhecimento seja acessado
também fora dos limites acadêmicos.
Sobre Ciência, conhecimento científico e ensino
de Ciências
Entendemos que a Ciência compreende um acervo de conhecimentos produzidos em determinados
contextos histórico-sociais, os quais nos permitem uma leitura mais apurada do mundo para nele intervir.
A história da Ciência é parte da história da humanidade. Seu contexto de criação é determinado por con-
junturas política, econômica e cultural de determinado tempo e lugar. Além disso, influências da história
pessoal – subjetividade e criatividade – do cientista, imprimidas nesse processo, não podem ser ignoradas,
pois justificam que as explicações de mundo e as teorias resultantes delas apresentem diferentes abordagens
do fenômeno científico.
Alguns elementos básicos da natureza da Ciência, organizados em três áreas inter-relacionadas,
de acordo com McComas (2014): o “conhecimento científico em si mesmo”, as “‘ferramentas’ e
produtos da Ciência” e os “elementos ‘humanos’ da Ciência”.
Dayane
Raven
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
VII
Contudo, no âmbito do currículo de Ensino Fun-
damental, chamamos de Ciências o conjunto de con-
ceitos, competências e habilidades da área de Ciências
da Natureza. Sobre essa área, a BNCC ressalta que
deve ter:
[...] um compromisso com o desen-
volvimento do letramento científico, que
envolve a capacidade de compreender e
interpretar o mundo (natural, social e tec-
nológico), mas também de transformá-lo
com base nos aportes teóricos e proces-
suais das ciências.
Em outras palavras, apreender ciência
não é a finalidade última do letramento,
mas, sim, o desenvolvimento da capacida-
de de atuação no e sobre o mundo, impor-
tante ao exercício pleno da cidadania.
Nessa perspectiva, a área de Ciências
da Natureza, por meio de um olhar arti-
culado de diversos campos do saber, pre-
cisa assegurar aos estudantes do Ensino
Fundamental o acesso à diversidade de
conhecimentos científicos produzidos ao
longo da história, bem como a aproxima-
ção gradativa aos principais processos,
práticas e procedimentos da investiga-
ção científica. [...] (BRASIL, 2018, p. 321,
grifos do autor).
Este compromisso traz grande responsabilidade
social para o docente, pois suas ações e concepções
têm impacto decisivo na visão que os estudantes
constroem sobre as Ciências, os conhecimentos cien-
tífico e tecnológico e seus reflexos na sociedade.
Na sociedade atual, a presença da Ciência e da
Tecnologia impõe-se em praticamente todos os cam-
pos. Em razão disso, exige-se que os professores
deste componente curricular contribuam na prepa-
ração dos estudantes para terem uma visão crítica
perante o impacto da produção científico-tecnológica
no mundo em que vivemos, bem como para perce-
berem o quanto a sociedade também influencia a
construção do conhecimento científico.
Contudo, é fundamental priorizar o debate de
questões que envolvam as dimensões sociais da Ciên-
cia e da Tecnologia. Se por um lado tais avanços podem
trazer melhorias, por outro demandam reflexões sobre
sua relação com valores éticos, por exemplo, nas ques-
tões relacionadas às modificações do material genético
de seres vivos – inclusive do ser humano.
Sempre vale lembrar que a Ciência não é boa
nem má. O que define seu papel na sociedade é o
uso que fazemos dela. Há numerosos problemas que
afetam cotidianamente nossa vida (individual e co-
letivamente) cuja solução a sociedade ainda atribui
à Ciência.
Fonte: SOUSA, Nathan J. H. T. Metodologia da ciência: filosofia e prática da pesquisa. SlidePlayer, [s. l.], 2016. Disponível
em: https://slideplayer.com.br/slide/7283183/. Acesso em: 6 jun. 2022.
Esta é uma forma de classificar os tipos de Ciências: formais, naturais e sociais.
Sabemos que existem vários tipos de Ciências, com suas tecnologias e métodos específicos de investigação
e produção de conhecimento. E com o passar do tempo novas Ciências vêm surgindo, tendo, por vezes, caracte-
rísticas combinadas de mais de um tipo.
Dayane
Raven
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
VIII
Para que essas e outras questões de grande rele-
vância social sejam compreendidas, é necessário que
as pessoas tenham acesso ao conhecimento científico,
de maneira que se efetivem princípios de participação
e de exercício de cidadania. Afinal, em uma socieda-
de democrática, é fundamental que o cidadão tenha
condições de participar tanto das decisões que dizem
respeito a seus interesses individuais como daquelas
que afetam toda a coletividade.
Espera-se que a escola possa, em conjunto com
diversos outros agentes sociais – como os meios de
comunicação e os espaços não formais de divulgação
científica –, promover acesso ao conhecimento científico
crítico, qualificando indivíduos para a leitura e o enten-
dimento do mundo. Nesse contexto, cabe ao ensino de
Ciências constituir-se em ferramenta para despertar
nos estudantes uma atitude crítica, estimulando-os a
questionar respostas e soluções que surgem a cada
dia, as quais podem não espelhar o interesse social ou
ser controversas, necessitando que nos posicionemos
a respeito delas.
O desafio é incorporar à prática de ensino os co-
nhecimentos da Ciência e da Tecnologia relevantes para
a formação de atitudes cidadãs. Para tanto, o ensino
de Ciências, além do aporte conceitual e metodológico,
deve basear-se em valores comprometidos com res-
ponsabilidade social e com princípios éticos de respeito
a todos os seres vivos.
Pluralismo e metodologias
ativas
Nós, autoras e autores desta coleção, adotamos as
ideias de Nardi, Bastos e Diniz (2004) a respeito da neces-
sidade de um pluralismo de alternativas para pensarmos
o ensino e a aprendizagem em Ciências, cujos contextos
e processos são extremamente diversificados. Isso enfa-
tiza a necessidade de uma pluralidade de perspectivas
teórico-práticas que possibilitem uma compreensão mais
aberta e rica do trabalho educativo a ser empreendido no
ensino escolar de disciplinas científicas.
Para Nardi, Bastos e Diniz (2004), os processos
e os contextos que caracterizam o ensino de Ciências
são complexos, e qualquer modelo interpretativo ou
norteador da ação que exclua alternativas plausíveis é
empobrecedor da realidade. Os autores lembram que
isso nem sempre é observado pelos pesquisadores da
área, que gastam tempo exaltando um modelo em de-
trimento de outros, como se fosse possível estabelecer
explicações únicas e eternas que contemplem todas
as situações. Assim sendo, as atividades propostas ao
longo desta coleção foram pensadas com o objetivo de
serem coerentes com essa visão metodológica pluralista.
Nossa experiência docente nos mostra que há es-
paço no ensino de Ciências tanto para aulas expositivas
quanto para atividades experimentais, demonstrações,
trabalhos individuais e coletivos, projetos, debates e ou-
tras estratégias que enriquecem o ambiente de apren-
dizagem ao desenvolver e mobilizar competências e
habilidades diversificadas nos estudantes.
Questões sociais cuja
resposta envolve a
Ciência
Por que a vacinação não é
apenas uma decisão individual?
O que fazer para conter a
destruição dos ecossistemas
provocada por ações humanas
e por acidentes, o que resulta
na poluição de grandes áreas
do planeta, afetando e até
reduzindo a biodiversidade?
Como nossas práticas de
consumo comprometem a
sustentabilidade no planeta?
Quadro exemplificativo de questões sociais que podem ser
respondidas por meio da Ciência.
Veja, a seguir, exemplos de alguns questionamen-
tos que esses problemas levantam.
Atividades práticas, que estimulam o desenvolvimento de competências
e de habilidades, são importantes para o letramento científico.
Cabe a você, professor, no contexto pedagógico de
tempo e espaço – e em face dos recursos disponíveis –,
selecionar as atividades que julgar mais oportunas e
interessantes para a aprendizagem dos estudantes,
incrementando-as sempre que possível para ampliar os
limites que qualquer recurso didático – incluindo este
livro – possa apresentar. Nós, autores e autoras, usamos
nossa experiência em sala de aula e nossa formação
acadêmica para produzir esta obra como um recurso
que consideramos rico em possibilidades.
kali9/iStockphoto.com
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
IX
Sabemos que os preceitos que caracterizam a
construção das concepções didático-metodológicas
são consonantes às transformações e demandas da
sociedade contemporânea. Dessa forma, engendra-se o
desafio de promover uma educação comprometida com
o desenvolvimento emocional, intelectual e social dos
estudantes. É preciso partir da premissa de que a sala
de aula é um espaço heterogêneo e que os estudan-
tes, além de carregarem bagagens histórico-culturais
distintas, aprendem de formas e em ritmos diferentes.
Destinada a estudantes dos Anos Finais do Ensino
Fundamental (6o
ao 9o
ano), esta coleção está organiza-
da em quatro volumes, cada qual com quatro unidades
temáticas que estimulam os estudantes a construir,
desenvolver e ampliar conceitos, habilidades e valores
relacionados direta e indiretamente aos saberes das
Ciências, com base em abordagens que favorecem o
protagonismo dos estudantes no processo de ensino
e aprendizagem e a formação cidadã.
A coleção reúne ainda recursos e estratégias va-
riados e flexíveis, os quais possibilitam a articulação
entre o conhecimento das Ciências e o Projeto Políti-
co-Pedagógico de cada unidade escolar. Com isso, as
potencialidades da coleção se vincularão à apropriação
pedagógica de cada professor, que poderá desenhar e
redesenhar o currículo de Ciências, criando caminhos
específicos de transposição didática e socialização do
saber. É oportuno lembrar que você, professor, é peça-
-chave na relação dos estudantes com o livro didático
e deverá mediá-la de acordo com as diferenças e po-
tencialidades de cada um.
Relação entre organização e as
metodologias ativas
As unidades desta coleção foram organizadas
tendo em vista a progressão das aprendizagens. Tal
aspecto se verifica no tratamento dado às temáti-
cas abordadas, em seu grau de aprofundamento, na
complexidade e no encadeamento de informações, na
linguagem empregada e nos procedimentos, nas ativi-
dades e nos encaminhamentos propostos.
Nesse sentido, os princípios que orientam o pro-
cesso de ensino e aprendizagem viabilizado nesta co-
leção estão fundamentados em referenciais didáticos
contemporâneos e, portanto, priorizam a organização
de modalidades didáticas cuja característica fulcral é a
aprendizagem ativa, alicerçada em competências mais
amplas, por meio das quais os estudantes tornam-se
protagonistas da própria aprendizagem. A aprendi-
zagem é ativa e significativa quando avançamos em
espiral, dos níveis mais simples para os mais complexos
de conhecimento e competência em todas as dimen-
sões da vida. Decorre disso a ideia de um ensino plural,
híbrido, flexível, que incorpore diferentes estratégias e
recursos e, portanto, crie diferentes formas de aprender.
Essa flexibilidade permite a construção de estra-
tégias metodológicas distintas: ora prioriza o trabalho
individual, ora em grupo, ora um momento sincrônico e
de diálogo entre professor e estudante, ora um momento
de pesquisa e investigação em plataformas interativas ou
sites indicados pelo professor, ora trabalha com proble-
mas ou desafios relevantes, jogos, atividades e leituras,
combinando tempos individuais e tempos coletivos. Essa
mescla – com diferentes oportunidades de aprender –
fundamenta-se na ideia de personalização do ensino,
atendendo a diversos perfis de aprendizagem. Parte-se
do princípio de que estudantes diferentes, com inteligên-
cias múltiplas (GARDNER, 1995), aprendem de formas
e em ritmos também diferentes, o que provavelmente
será favorecido pelo maior número e diversidade de es-
tratégias e recursos utilizados pelo professor.
Portanto, entendemos ser necessário incorporar
às práticas de sala de aula metodologias pedagógicas
ativas, que ultrapassem os paradigmas da educação
tecnicista, centrada na transmissão de conhecimentos
por parte do professor e na reprodução de saberes por
parte dos estudantes. É cada vez mais relevante que
as práticas pedagógicas incorporem metodologias que
estimulem o protagonismo dos estudantes na constru-
ção de seus conhecimentos. Assim, a atividade docente
assume novos contornos enquanto mediadora desses
processos. Para isso, faz-se necessário utilizar sequên-
cias didáticas que possibilitem aos estudantes vivenciar
experiências significativas de aprendizagem que façam
sentido para eles e os impulsionem a novos saberes.
Considerando esses pontos, a proposta didática
desta coleção oferece diferentes sugestões de ativida-
des, objetivando o planejamento de situações de apren-
dizagem diversificadas, tanto em termos de informações
e estratégias quanto de recursos. Considerando os li-
mites e o alcance de analogias e modelos, entendemos
que essas ferramentas são eficazes no ensino e na
aprendizagem de Ciências – seja pela função explica-
tiva, quando convertem conceitos e princípios novos
em termos familiares, seja pela função criativa, quando
estimulam a solução de um problema, a identificação
de um problema novo e a generalização de hipóteses.
Contudo, vale lembrar que modelos são apenas repre-
sentações de processos ou objetos do mundo real, não
constituindo a realidade propriamente dita. Em diversas
ocasiões, lançamos mão dessas ferramentas na coleção.
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
X
Educar pela pesquisa
Um dos múltiplos desafios do trabalho docente é
aplicar a pesquisa como princípio educativo, indo além
de sua abordagem como simples estratégia. No ensino
de Ciências, as possibilidades de educar pela pesquisa
não devem limitar-se a trabalhar etapas do método cien-
tífico com os estudantes. Por exemplo, o trabalho com
projetos disciplinares e interdisciplinares permite educar
pela pesquisa, pois, mesmo que a escolha do tema a
ser trabalhado seja feita pelo professor, pode-se sondar
o que os estudantes gostariam de saber, investigar e
desvendar ao explorar tal tema. É preciso desmistificar a
ideia tradicional da pesquisa escolar, na qual predomina
o “recorte e cole” de textos e imagens na internet. Com
base na problematização, podem-se propor perguntas in-
teressantes para serem respondidas. O que, onde, como,
por que pesquisar? E, indo além, que conhecimentos de
diferentes disciplinas e campos do conhecimento serão
relevantes para as respostas? E a cada pesquisa e respos-
ta dada, novas perguntas podem ser feitas. A pesquisa
também transforma a relação entre os estudantes e com
o professor, tornando-os parceiros de trabalho.
Educar pela pesquisa implica entender que, mais
do que utilizar-se de recursos sofisticados e laboratórios
equipados para as aulas de Ciências, é preciso valorizar
a perspectiva dialógica em sala de aula. Pretendemos, ao
fornecer textos com temas atuais e situações cotidianas,
favorecer a expressão de diferentes vozes do conhecimen-
to, as quais se articulam e se confrontam no processo de
elaboração conceitual pelos estudantes. O trabalho com
os estudantes do Ensino Fundamental tem características
próprias. Nas situações propostas, eles aprendem a se
envolver progressivamente com as manifestações dos
fenômenos naturais ao fazer conjecturas, experimentar,
errar e interagir com os colegas e o professor, expondo
suposições e pontos de vista e confrontando-os com outros.
Seria inadequado, por exemplo, exigir que os estudantes
percorram sozinhos todo o ciclo investigativo; igualmente
negativo seria considerar a vivência do método científico
como estratégia metodológica absoluta e linear nas ati-
vidades experimentais propostas.
Em tempos de ampla utilização de tecnologias e mídias
sociais, vale destacar que a internet não deve se consti-
tuir como única fonte de pesquisa. É preciso estimular os
estudantes a complementar seus trabalhos com informa-
ções obtidas em livros, revistas, jornais, entrevistas com
profissionais ou visitas a instituições especializadas. Além
disso, eles devem reconhecer que pesquisar não é simples-
mente recortar e colar. Os estudantes devem analisar o
que leram, complementar, reescrever, incrementar com re-
cursos visuais e sempre citar as fontes de onde obtiveram
conteúdos como textos e imagens, indicando o endereço
eletrônico e a data de acesso quando obtidas pela internet.
Concordamos com Pavão e Freitas (2008, p. 18)
quando, embora reconhecendo a importância do labo-
ratório, dão sugestões para estimular a curiosidade e
o espírito investigativo dos estudantes sem dispor de
recursos sofisticados.
[...] Não é a falta de recursos, de um la-
boratório ou de qualquer outra infraestru-
tura física que impede o desenvolvimento
de um programa de iniciação científica
na escola. Que escola que não tem for-
migas? E quantas patas têm uma formi-
ga? O que elas comem? Existem outros
animais na escola? [...]. Qualquer objeto
pode ser explorado cientificamente. Por
exemplo, peça para que cada estudante
recolha uma pedra do pátio (ou pode ser
uma folha de alguma planta, uma semen-
te ou outros objetos disponíveis na escola)
e a observe cuidadosamente, registrando
suas características de tamanho, peso, cor
[...], tudo que for observável. Em seguida
misture todas as pedras por eles coleta-
das e solicite que o estudante descubra
qual é sua pedra no meio de todas. De-
pois experimente trocar os registros entre
os estudantes e repetir a experiência de
identificar as pedras. Mesmo simples,
esta é uma prática científica básica, que
exercita a observação, medidas e regis-
tros, aspectos fundamentais na pesquisa
científica. A observação de tudo que nos
cerca é sempre um bom começo, e é algo
que tem um começo, mas que não tem
fim. [...] Ao observar, os estudantes come-
çam a medir, experimentar, fazer contas,
ler, escrever, desenhar, divulgar, trocar e
levantar hipóteses. [...]
A abordagem adotada pela coleção permite aos
estudantes refletir sobre conteúdos já vistos por meio
de questionamentos heurísticos e investigativos. São
propostas atividades experimentais por meio das quais
os estudantes se aproximam da atividade científica le-
vantando hipóteses, controlando variáveis, analisando
e observando o processo e os resultados e formulando
e deduzindo questões e respostas. Por que valoriza-
mos a investigação e a argumentação na escola? A
argumentação é considerada uma atividade central
nas Ciências da Natureza. Cientistas argumentam ao
elaborar hipóteses, previsões, modelos e explicações
para os fenômenos naturais.
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XI
Também constroem argumentos para sustentar ou refutar afirmações, defendendo suas ideias. As pesquisas
sobre o ensino de Ciências têm defendido uma aproximação entre as práticas pedagógicas realizadas no currículo
escolar e as práticas realizadas no processo de construção do conhecimento científico. Atividades investigativas
no ensino de Ciências favorecem o desenvolvimento de habilidades argumentativas. Isso pode ser ilustrado no
esquema a seguir.
Fonte: GALIAZZI, Maria C.; MORAES, Roque; RAMOS, Maurivan G. Educar pela pesquisa: as resistências sinalizando o processo de
profissionalização de professores. Educar em revista, Curitiba, n. 21, p. 1-15, 2003.
Representação de um ciclo de pesquisa. Cada ciclo estimula o protagonismo dos estudantes, a produção de inferências e
a construção de argumentos.
diálogo
argumentativo,
leitura
e
escrita
Questionamento:
- escolha do tema;
- 
explicitação do conhecimento dos participantes;
- 
discussão das ideias pessoais;
- avaliação do processo.
Construção de argumentos:
- reunião dos argumentos;
- 
diálogo com interlocutores teóricos e empíricos;
- 
elaboração de argumentos fundamentados.
Validação dos argumentos:
- 
validação dos argumentos em aula;
- 
validação dos argumentos em comunidades ampliadas.
Pensamento computacional
À primeira vista, o pensamento computacional costuma ser associado à programação de computadores e
ao uso de aplicativos, da internet ou de redes sociais. Essa, contudo, é uma visão limitada, pois o pensamento
computacional relaciona-se à capacidade estratégica de modelar soluções e resolver problemas de maneira efi-
ciente, fazendo generalizações pertinentes na forma de ações sequenciais.
De acordo com Dias (2016), para ensinar o pensamento computacional é necessário repensar o que se
espera da formação do estudante.
[...] Quando refletimos sobre educação e suas formas devemos nos ater, em especial, com a
formação do sujeito, do aluno que queremos ter e formar para o futuro da sociedade.
É nesse sentido, de buscar a melhor formação, a melhor preparação do educando para a vida,
que devemos também estar preocupados com a inserção das tecnologias de informação e comu-
nicação no currículo das séries iniciais, proporcionando ao estudante uma experiência sólida de
aprendizagem de modo a acompanhá-lo por toda a vida.
Nessa esteira, repensar o termo computação, cujo senso comum remete-nos a imagem do
computador, é também uma forma de pensar na educação e suas formas. Para tal, mister se faz
lembrar que, já antes do computador, existia o pensamento computacional, no sentido de identi-
ficar aquelas tarefas, muitas vezes repetitivas e rotineiras, que poderiam ser feitas de forma mais
rápida e eficaz. Temos então o início da transferência da execução das tarefas através do uso de
uma máquina, no caso, o computador. Essa ideia é o princípio do pensamento computacional. [...]
Dayane
Raven
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XII
Entre as habilidades que compõem o pensamento computacional estão decomposição (dividir um pro-
blema em pequenas partes para solucioná-lo mais facilmente), reconhecimento de padrões e similaridades
(construção de soluções para problemas sob diferentes perspectivas), abstração (identificação e análise dos
elementos relevantes de um problema) e pensamento algorítmico (criação de regras e etapas para a solução
de problemas).
Todas essas capacidades podem ser exigidas e desenvolvidas em algum grau, em diferentes contextos da
vida pessoal e cidadã. Procuramos em diversas atividades – em maior ou menor grau – colaborar para o pensa-
mento computacional articulado com o desenvolvimento de competências e habilidades, mesmo em situações
que não utilizam recursos tecnológicos. Essas atividades consideram que estudantes de uma mesma turma
podem apresentar diferentes perfis no domínio e familiaridade no uso de ferramentas tecnológicas. Também
estamos cientes de que nem em todas as escolas estudantes e professores dispõem de acesso satisfatório a
essas ferramentas.
Fonte: EXERCITANDO o pensamento computacional. ProfLab, Recife, [20--]. Disponível em:
https://www.souproflab.com.br/recursos/infograficos/. Acesso em: 22 jun. 2022.
Esquema simplificado do trabalho com o pensamento computacional.
Papel do professor
Sabemos que a atividade docente não pode ser limitada a uma dimensão burocrática. Por essa razão, é
importante que cada professor reafirme e valorize a perspectiva de reflexão sobre a ação pedagógica e a neces-
sidade de problematizar criticamente a realidade. Diante da multidimensionalidade da docência, qual é o lugar
de fala do professor?
Dayane
Raven
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XIII
Como esse lugar é referenciado pelos diferentes contextos e atores sociais, como os estudantes e sua famí-
lia, os outros profissionais da escola e a comunidade? Como você se vê e analisa o impacto de seus discursos e
práticas? Além da singularidade inerente a cada pessoa humana, diferentes abordagens pedagógicas constituem
os modos de ser docente: as docências. E essas podem ter visibilidade e legitimidade também assimétricas, em
virtude do contexto histórico, sociopolítico e cultural.
A complexidade envolvida no processo de ensino e aprendizagem, somada às propostas de metodologias
ativas, de integração entre materiais impressos e digitais e de protagonismo dos estudantes diante das situações
de aprendizagem, coloca o professor no papel de mediador, por meio do qual deve-se buscar meios de instigar
e desafiar estudantes em situações de aprendizagem significativas. No entanto, é bem importante reiterar que
o papel de mediador não desprestigia as ações do professor ou diminui sua responsabilidade no planejamento,
na proposição e na avaliação das aprendizagens. Mediar também envolve escolha e planejamento árduos e cri-
teriosos sobre estratégias e recursos, bem como engloba objetivos subjacentes, acompanhamento do processo
e avaliação permanente. A concepção de mediador tenta obliterar a ideia de um professor autoritário, dono de
incontestáveis verdades científicas e cujo lugar mais apropriado é sempre à frente da sala, colocando-se em po-
sição de superioridade em relação aos estudantes. O professor mediador é capaz de realizar diferentes tarefas,
adaptando-se a situações inesperadas e superando modelos bancários e automatismos pouco eficientes.
Moran (2013) argumenta que:
[...] o papel do professor é mais o de curador e orientador. Curador, que escolhe o que é relevante
em meio a tanta informação disponível e ajuda os estudantes a encontrarem sentido no mosaico de
materiais e atividades disponíveis. Curador, no sentido também de cuidador: ele cuida de cada um,
dá apoio, acolhe, estimula, valoriza, orienta e inspira. [...]
Logo, o professor precisa ser competente dos pontos de vista intelectual, afetivo e gerencial, sendo um gestor
de aprendizagens múltiplas e complexas.
Diversos papéis compõem a prática docente.
Autoavaliação e
reflexão da própria
prática
Planejamento
e avaliação
contínua
Cooperação nos
processos sociais
de aprendizagem
Gestão de
espaços
de educação
Conhecimento
de tecnologias
educacionais
Gestão de materiais
didáticos
Mediação e
orientação
da aprendizagem Dayane
Raven
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XIV
Não menos importante é o seguinte questionamento: um professor entusiasmado e afetuoso poderia ser mais
eficaz em despertar a curiosidade dos estudantes e favorecer a aprendizagem? Com frequência, componentes
afetivos são desconsiderados nas práticas pedagógicas. Felizmente, essas dicotomias vêm sendo suplantadas.
Já é consenso que demonstrar interesse genuíno pelos educandos, interagindo com eles de maneira cooperativa
no trabalho de sala de aula, é um dos componentes do papel do professor.
Reforçando a autonomia docente e a importância da mediação para o uso adequado e eficiente do material
didático, consideramos ser parte do trabalho do professor a escolha de recursos e metodologias que serão utilizados
em sua prática pedagógica. É o professor quem vai criar roteiros para aprendizagem, levando em consideração
a articulação entre conteúdos, objetivos de aprendizagem e avaliação. Nesse sentido, sabemos que as salas de
aula são heterogêneas, e, portanto, os estudantes apresentam dificuldades variadas e aprendem de formas e
em ritmos diferentes. Isto posto, quanto maior for o repertório didático do professor, maior será a chance de que
todos os estudantes aprendam.
Há de se considerar ainda as condições específicas do contexto escolar: o espaço da sala de aula, a possibili-
dade de flexibilização desse espaço, os recursos disponíveis na escola, a presença ou não de laboratórios didáticos
e de bibliotecas, entre outros fatores. Para tanto, a coleção oferece muitas opções, objetivando a construção de
aprendizagens significativas, incluindo a abordagem dos temas com base em reflexões e problematizações, pro-
postas de trabalhos colaborativos, atividades desafiadoras e inserção de tecnologias nas práticas pedagógicas.
Trabalho contextualizado e interdisciplinar
O estudo das Ciências da Natureza objetiva o entendimento das relações entre a Ciência, a Tecnologia e a
Sociedade e busca dar aos estudantes condições para que possam analisar e se decidir sobre questões que envol-
vem temas como alimentos, medicamentos, combustíveis, transportes, comunicações, contracepção, saneamento
e manutenção da vida na Terra. É notório que essas temáticas apresentam interseções com as dimensões ética,
política, cultural, social e científica, o que torna o trabalho interdisciplinar fundamental para abordar integralmente
os conceitos e promover uma formação cidadã.
Para atingir esse objetivo, um dos desafios consiste em transformar o cotidiano em objeto de investigação e
pesquisa. É preciso ficar atento para que, no afã de construir uma prática docente mais crítica, menos reprodu-
tivista e, portanto, menos centrada na “transmissão de conteúdos”, não se caia no outro extremo: um currículo
esvaziado, que promove espaço para debates sem, entretanto, fornecer instrumentos ao estudante para participar
deles de modo qualificado e crítico.
A contextualização como princípio educacional por vezes é tratada de modo equivocado ou inadequado. Esse
princípio, nos currículos escolares, implica problematizar o conteúdo a ser ensinado em um contexto, isto é, em
um campo de conhecimento, tempo e espaço definidos. Portanto, não representa apenas um tipo de estratégia
didática e tampouco deve estar limitado à dimensão concreta ou local de determinado problema. Ainda que trate
de uma situação abstrata ou de alcance global, o conteúdo, quando contextualizado, tende a ser mais significativo.
Doreen
R/Shutterstock.com
A interdisciplinaridade e a contextualização favorecem a consolidação do conhecimento.
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XV
A interdisciplinaridade
nesta coleção
Entendemos a interdisciplinaridade como a intera-
ção entre disciplinas em que elas, embora mantenham
sua identidade, dialoguem, ampliando o olhar e a abor-
dagem de questões. A interdisciplinaridade não anula
a disciplinaridade. Cada disciplina tem sua identidade,
seu objeto de estudo e sua forma de pesquisar e produ-
zir conhecimento. A abordagem interdisciplinar amplia
as possibilidades de contextualização.
Nesta coleção, sempre que possível, contextuali-
zamos os conceitos estudados e procuramos ampliar o
quadro de referências do estudante, a fim de favorecer
seu trânsito entre contextos próximos e distantes, rela-
cionando problemáticas locais (como o lixo no bairro) às
globais (como o agravamento do efeito estufa). Por isso,
acreditamos que uma das maneiras mais oportunas de
trabalhar interdisciplinarmente é realizar um planeja-
mento detalhado da proposta de trabalho, delimitando
eixos temáticos de trabalho para que, por meio de ativi-
dades e projetos, seja possível unir as diferentes áreas
do conhecimento, a fim de propor soluções aos desafios
apresentados. Esse também é um dos objetivos das
metodologias ativas de aprendizagem.
Como a maioria dos currículos escolares é estrutu-
rada disciplinarmente, a visão do todo, a comunicação
e o diálogo entre os saberes podem ser pouco favore-
cidos pela prática pedagógica; dessa forma, conteúdos
pouco se integram ou complementam. Para favorecer a
integração entre o componente curricular Ciências da
Natureza e os demais componentes de maneira dire-
ta, propomos atividades integradas ao longo do livro.
Nessas atividades, são apresentadas discussões sobre
temas contemporâneos, cuja complexidade exige uma
visão global, contextualizada e interdisciplinar. De que
adianta sobrecarregar nossos estudantes com conteú-
dos desprovidos de significado e desarticulados?
Embora você possa – com auxílio do livro e de ou-
tros recursos complementares – fazer uma abordagem
interdisciplinar dos conceitos trabalhados em sua aula de
Ciências, o ideal é que haja possibilidade de um planeja-
mento conjunto com colegas de outras disciplinas. Caso
esse momento coletivo já seja previsto no cotidiano de
sua escola, aproveite essa oportunidade ao máximo. Um
trabalho integrado, além de ser mais significativo, otimiza
tempo e recursos, evitando sobreposições desnecessá-
rias de conteúdos e abrindo caminho para atividades
diversificadas que demandam maior organização.
Existem diversas maneiras de elaborar aulas e
projetos interdisciplinares, que podem ser planejados
tanto com base em temas presentes nos materiais
como pela mobilização de habilidades afins, ou ainda
pelas competências gerais da BNCC ou Temas Con-
temporâneos Transversais. Informações mais detalha-
das podem ser encontradas nos artigos disponíveis em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttextpi-
d=S1415-69542010000100011; https://gestaoescolar.
org.br/conteudo/2315/como-construir-e-implementar
-projetos-interdisciplinares-de-maneira-colaborativa;
e https://arq.ifsp.edu.br/eventos/files/pdfs/SEMATED_
2017_T6.pdf (acessos em: 6 jul. 2022).
A coleção e a BNCC
Buscou-se contemplar na coleção todos os objetos
de conhecimento, bem como as competências gerais
para a Educação Básica e as competências e habilida-
des definidas pela BNCC para os Anos Finais do Ensino
Fundamental para a área de Ciências da Natureza. Tam-
bém foram trabalhados, com ênfase nos momentos em
que era pertinente e significativo, os Temas Contempo-
râneos Transversais. Considerando-se, porém, que se
trata de um documento-base, que pode ser ampliado,
foram incluídos alguns conceitos a fim de favorecer a
abordagem de contextos significativos e a progressão
de aprendizagens.
Parece consenso que não é necessário nem impres-
cindível que os estudantes aprendam na escola tudo o
que é produzido no campo das Ciências. Mais do que
trabalhar conteúdos, o desafio da escola é levar o estu-
dante a aprender a aprender. Para isso, é preciso que a
escola possa garantir, de modo sistemático e planejado,
situações que levem o estudante a, em diferentes con-
textos, comparar, interpretar, classificar, analisar, sinte-
tizar, discutir, debater, descrever, esquematizar, opinar,
julgar, fazer generalizações, analogias, diagnósticos etc.
A escola deve ter como objetivo a promoção da
autonomia intelectual dos estudantes, propondo si-
tuações favoráveis à aprendizagem que abordem
conceitos-chave em cada disciplina. Eles precisam ser
devidamente contextualizados, o que dará sentido a
eles, e também estar articulados com outros campos
do conhecimento sempre que possível.
No ensino de Ciências, certos conceitos são essen-
ciais para compreender fenômenos e processos que,
quando efetivamente dominados, permitem aos estu-
dantes fazer extrapolações e agregar outros conceitos
mais periféricos. Fundamentando-se neles, é possível ela-
borar problematizações contemporâneas relacionadas a
aplicações biotecnológicas e discussões ambientais, entre
outras questões importantes para a vida em sociedade.
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XVI
Competências gerais da Educação Básica
As dez competências gerais da Base Nacional Comum Curricular buscam promover o desenvolvimento dos
estudantes ao longo de toda a Educação Básica e em todas as suas dimensões: intelectual, física, social, emocional
e cultural. Veja no quadro a seguir as dimensões que cada uma das dez competências abrange.
Fonte: MOVIMENTO PELA BASE NACIONAL COMUM. Dimensões e desenvolvimento das competências gerais da BNCC.
[S. l.], [2018]. p. 2. Disponível em: http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2018/03/BNCC_Competencias_
Progressao.pdf. Acesso em: 2 jun. 2022.
Competências gerais da Educação Básica e suas dimensões.
O que: Agir pessoal
e coletivamente
com autonomia,
responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e
determinação.
O que: Valorizar e
utilizar os conhecimentos
historicamente
construídos sobre o
mundo físico, social,
cultural e digital.
O que: Exercitar a
empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e
a cooperação.
O quê: Exercitar
a curiosidade
intelectual e recorrer
à abordagem própria
das ciências, incluindo
a investigação, a
reflexão, a análise
crítica, a imaginação e a
criatividade.
O que: Conhecer-se,
apreciar-se e cuidar
de sua saúde física e
emocional.
O que: Valorizar
e fruir as diversas
manifestações
artísticas e culturais,
das locais às mundiais.
O que: Argumentar
com base em fatos,
dados e informações
confiáveis.
O que: Utilizar diferentes
linguagens – verbal (oral
ou visual-motora, como
Libras, e escrita), corporal,
visual, sonora e digital –,
bem como conhecimentos
das linguagens artística,
matemática e científica.
O que: Valorizar
a diversidade de
saberes e vivências
culturais e apropriar-se
de conhecimentos e
experiências.
O que: Compreender, utilizar e criar
tecnologias digitais de informação
e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares).
Para: Tomar decisões
com base em princípios
éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis
e solidários.
Para: Entender e
explicar a realidade,
continuar aprendendo
e colaborar para a
construção de uma
sociedade justa,
democrática e inclusiva.
Para: Fazer-se respeitar e
promover o respeito ao outro
e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização
da diversidade de indivíduos
e de grupos sociais, seus
saberes, identidades,
culturas e potencialidades,
sem preconceitos de
qualquer natureza.
Para: Para investigar
causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e
resolver problemas e
criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base
nos conhecimentos das
diferentes áreas.
Para: Compreender-se
na diversidade humana,
reconhecendo suas emoções
e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para
lidar com elas.
Para: Participar de práticas
diversificadas da produção
artístico-cultural.
Para: Formular, negociar e defender
ideias, pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e
o consumo responsável em âmbito local,
regional e global, com posicionamento ético
em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.
Para: Expressar-se e
partilhar informações,
experiências, ideias e
sentimentos em diferentes
contextos e produzir
sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
Para: Que lhe possibilitem entender as
relações próprias do mundo do trabalho
e fazer escolhas alinhadas ao exercício
da cidadania e ao seu projeto de vida,
com liberdade, autonomia, consciência
crítica e responsabilidade.
Para: Comunicar-se, acessar e
disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas
e exercer protagonismo e autoria
na vida pessoal e coletiva.
1. Conhecimento
2. Pensamento científico,
crítico e criativo
3. Repertório cultural
7. Argumentação
4. Comunicação
5. Cultura digital
6. Trabalho e projeto de vida
8. Autoconhecimento e
autocuidado
9. Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e
cidadania
Dayane
Raven
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XVII
Habilidades da BNCC
As habilidades da BNCC estão agrupadas dentro de objetos de conhecimento, que fazem parte de unidades
temáticas. Veja, a seguir, a que se refere cada uma dessas categorias.
Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental
1
Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e
histórico.
2
Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e
procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais
e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
3
Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o
digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.
4
Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos
desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.
5
Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que
promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
6
Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
7
Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e
respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias.
8
Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos
conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito
da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
Competências específicas de Ciências da Natureza
As competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental estão listadas a seguir.
A coleção aborda, ao longo de seus volumes, todas as habilidades de Ciências da Natureza previstas para
os Anos Finais do Ensino Fundamental pela BNCC. As habilidades e os objetos de conhecimento estão listados,
por ano, nas tabelas a seguir.
Unidades temáticas
• As unidades temáticas definem um arranjo dos
objetos de conhecimento ao longo do Ensino
fundamental.
• No caso de Ciências da Natureza, as unidades
temáticas são as mesmas ao longo do Ensino
Fundamental.
Objetos de
conhecimento
• São conteúdos, conceitos e processos que são
mobilizados pelas habilidades, relativos à cada
unidade temática.
Habilidades
• Expressam as aprendizagens essenciais
relacionadas aos objetos de conhecimento.
• Devem ser asseguradas a todos os estudantes,
independentemente de seu contexto escolar.
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XVIII
Habilidades da BNCC para o 6o
ano
Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades
Matéria e energia
Misturas homogêneas e heterogêneas
Separação de materiais
Materiais sintéticos
Transformações químicas
EF06CI01: Classificar como homogênea ou
heterogênea a mistura de dois ou mais materiais
(água e sal, água e óleo, água e areia etc.).
EF06CI02: Identificar evidências de
transformações químicas a partir do resultado
de misturas de materiais que originam produtos
diferentes dos que foram misturados (mistura
de ingredientes para fazer um bolo, mistura de
vinagre com bicarbonato de sódio etc.).
EF06CI03: Selecionar métodos mais adequados
para a separação de diferentes sistemas
heterogêneos a partir da identificação de
processos de separação de materiais (como
a produção de sal de cozinha, a destilação de
petróleo, entre outros).
EF06CI04: Associar a produção de
medicamentos e outros materiais sintéticos
ao desenvolvimento científico e tecnológico,
reconhecendo benefícios e avaliando impactos
socioambientais.
Vida e evolução
Célula como unidade da vida
Interação entre os sistemas locomotor e
nervoso
Lentes corretivas
EF06CI05: Explicar a organização básica das
células e seu papel como unidade estrutural e
funcional dos seres vivos.
EF06CI06: Concluir, com base na análise de
ilustrações e/ou modelos (físicos ou digitais),
que os organismos são um complexo arranjo de
sistemas com diferentes níveis de organização.
EF06CI07: Justificar o papel do sistema nervoso
na coordenação das ações motoras e sensoriais
do corpo, com base na análise de suas
estruturas básicas e respectivas funções.
EF06CI08: Explicar a importância da visão
(captação e interpretação das imagens) na
interação do organismo com o meio e, com base
no funcionamento do olho humano, selecionar
lentes adequadas para a correção de diferentes
defeitos da visão.
EF06CI09: Deduzir que a estrutura, a
sustentação e a movimentação dos animais
resultam da interação entre os sistemas
muscular, ósseo e nervoso.
EF06CI10: Explicar como o funcionamento
do sistema nervoso pode ser afetado por
substâncias psicoativas.
Terra e Universo Forma, estrutura e movimentos da Terra
EF06CI11: Identificar as diferentes camadas que
estruturam o planeta Terra (da estrutura interna
à atmosfera) e suas principais características.
EF06CI12: Identificar diferentes tipos de
rocha, relacionando a formação de fósseis a
rochas sedimentares em diferentes períodos
geológicos.
EF06CI13: Selecionar argumentos e evidências
que demonstrem a esfericidade da Terra.
EF06CI14: Inferir que as mudanças na sombra
de uma vara (gnômon) ao longo do dia em
diferentes períodos do ano são uma evidência
dos movimentos relativos entre a Terra e o
Sol, que podem ser explicados por meio dos
movimentos de rotação e translação da Terra e
da inclinação de seu eixo de rotação em relação
ao plano de sua órbita em torno do Sol.
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XIX
Habilidades da BNCC para o 7o
ano
Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades
Matéria e energia
Máquinas simples
Formas de propagação do calor
Equilíbrio termodinâmico e vida na
Terra
História dos combustíveis e das
máquinas térmicas
EF07CI01: Discutir a aplicação, ao longo da história, das máquinas
simples e propor soluções e invenções para a realização de tarefas
mecânicas cotidianas.
EF07CI02: Diferenciar temperatura, calor e sensação térmica nas
diferentes situações de equilíbrio termodinâmico cotidianas.
EF07CI03: Utilizar o conhecimento das formas de propagação do
calor para justificar a utilização de determinados materiais (condutores
e isolantes) na vida cotidiana, explicar o princípio de funcionamento de
alguns equipamentos (garrafa térmica, coletor solar etc.) e/ou construir
soluções tecnológicas a partir desse conhecimento.
EF07CI04: Avaliar o papel do equilíbrio termodinâmico para a
manutenção da vida na Terra, para o funcionamento de máquinas
térmicas e em outras situações cotidianas.
EF07CI05: Discutir o uso de diferentes tipos de combustível e
máquinas térmicas ao longo do tempo, para avaliar avanços,
questões econômicas e problemas socioambientais causados pela
produção e uso desses materiais e máquinas.
EF07CI06: Discutir e avaliar mudanças econômicas, culturais e
sociais, tanto na vida cotidiana quanto no mundo do trabalho,
decorrentes do desenvolvimento de novos materiais e tecnologias
(como automação e informatização).
Vida e evolução
Diversidade de ecossistemas
Fenômenos naturais e impactos
ambientais
Programas e indicadores de saúde
pública
EF07CI07: Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto
à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade
de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características
à flora e fauna específicas.
EF07CI08: Avaliar como os impactos provocados por catástrofes
naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais
de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou
provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc.
EF07CI09: Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade
ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde
(como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e
incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras)
e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.
EF07CI10: Argumentar sobre a importância da vacinação para a
saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a
vacina atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a
manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de
doenças.
EF07C11: Analisar historicamente o uso da tecnologia, incluindo
a digital, nas diferentes dimensões da vida humana, considerando
indicadores ambientais e de qualidade de vida.
Terra e Universo
Composição do ar
Efeito estufa
Camada de ozônio
Fenômenos naturais (vulcões,
terremotos e tsunamis)
Placas tectônicas e deriva continental
EF07CI12: Demonstrar que o ar é uma mistura de gases,
identificando sua composição, e discutir fenômenos naturais ou
antrópicos que podem alterar essa composição.
EF07CI13: Descrever o mecanismo natural do efeito estufa, seu
papel fundamental para o desenvolvimento da vida na Terra,
discutir as ações humanas responsáveis pelo seu aumento artificial
(queima dos combustíveis fósseis, desmatamento, queimadas etc.)
e selecionar e implementar propostas para a reversão ou controle
desse quadro.
EF07CI14: Justificar a importância da camada de ozônio para a vida
na Terra, identificando os fatores que aumentam ou diminuem sua
presença na atmosfera, e discutir propostas individuais e coletivas
para sua preservação.
EF07CI15: Interpretar fenômenos naturais (como vulcões,
terremotos e tsunamis) e justificar a rara ocorrência desses
fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tectônicas.
EF07CI16: Justificar o formato das costas brasileira e africana com
base na teoria da deriva dos continentes.
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XX
Habilidades da BNCC para o 8o
ano
Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades
Matéria e energia
Fontes e tipos de energia
Transformação de energia
Cálculo de consumo de energia
elétrica
Circuitos elétricos
Uso consciente de energia elétrica
EF08CI01: Identificar e classificar diferentes fontes
(renováveis e não renováveis) e tipos de energia utilizados
em residências, comunidades ou cidades.
EF08CI02: Construir circuitos elétricos com pilha/bateria, fios
e lâmpada ou outros dispositivos e compará-los a circuitos
elétricos residenciais.
EF08CI03: Classificar equipamentos elétricos residenciais
(chuveiro, ferro, lâmpadas, TV, rádio, geladeira etc.) de acordo
com o tipo de transformação de energia (da energia elétrica
para a térmica, luminosa, sonora e mecânica, por exemplo).
EF08CI04: Calcular o consumo de eletrodomésticos a partir
dos dados de potência (descritos no próprio equipamento)
e tempo médio de uso para avaliar o impacto de cada
equipamento no consumo doméstico mensal.
EF08CI05: Propor ações coletivas para otimizar o uso
de energia elétrica em sua escola e/ou comunidade, com
base na seleção de equipamentos segundo critérios de
sustentabilidade (consumo de energia e eficiência energética)
e hábitos de consumo responsável.
EF08CI06: Discutir e avaliar usinas de geração de energia
elétrica (termelétricas, hidrelétricas, eólicas etc.), suas
semelhanças e diferenças, seus impactos socioambientais,
e como essa energia chega e é usada em sua cidade,
comunidade, casa ou escola.
Vida e evolução
Mecanismos reprodutivos
Sexualidade
EF08CI07: Comparar diferentes processos reprodutivos em
plantas e animais em relação aos mecanismos adaptativos e
evolutivos.
EF08CI08: Analisar e explicar as transformações que
ocorrem na puberdade considerando a atuação dos
hormônios sexuais e do sistema nervoso.
EF08CI09: Comparar o modo de ação e a eficácia dos
diversos métodos contraceptivos e justificar a necessidade de
compartilhar a responsabilidade na escolha e na utilização do
método mais adequado à prevenção da gravidez precoce e
indesejada e de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
EF08CI10: Identificar os principais sintomas, modos de
transmissão e tratamento de algumas DST (com ênfase na
AIDS), e discutir estratégias e métodos de prevenção.
EF08CI11: Selecionar argumentos que evidenciem as
múltiplas dimensões da sexualidade humana (biológica,
sociocultural, afetiva e ética).
Terra e Universo
Sistema Sol, Terra e Lua
Clima
EF08CI12: Justificar, por meio da construção de modelos e da
observação da Lua no céu, a ocorrência das fases da Lua e
dos eclipses, com base nas posições relativas entre Sol, Terra
e Lua.
EF08CI13: Representar os movimentos de rotação e
translação da Terra e analisar o papel da inclinação do eixo
de rotação da Terra em relação à sua órbita na ocorrência
das estações do ano, com a utilização de modelos
tridimensionais.
EF08CI14: Relacionar climas regionais aos padrões de
circulação atmosférica e oceânica e ao aquecimento desigual
causado pela forma e pelos movimentos da Terra.
EF08CI15: Identificar as principais variáveis envolvidas na
previsão do tempo e simular situações nas quais elas possam
ser medidas.
EF08CI16: Discutir iniciativas que contribuam para
restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da identificação
de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela
intervenção humana.
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XXI
Habilidades da BNCC para o 9o
ano
Unidades temáticas
Objetos de
conhecimento
Habilidades
Matéria e energia
Aspectos quantitativos das
transformações químicas
Estrutura da matéria
Radiações e suas aplicações
na saúde
EF09CI01: Investigar as mudanças de estado físico da matéria e
explicar essas transformações com base no modelo de constituição
submicroscópica.
EF09CI02: Comparar quantidades de reagentes e produtos envolvidos
em transformações químicas, estabelecendo a proporção entre as suas
massas.
EF09CI03: Identificar modelos que descrevem a estrutura da matéria
(constituição do átomo e composição de moléculas simples) e reconhecer
sua evolução histórica.
EF09CI04: Planejar e executar experimentos que evidenciem que todas
as cores de luz podem ser formadas pela composição das três cores
primárias da luz e que a cor de um objeto está relacionada também à cor
da luz que o ilumina.
EF09CI05: Investigar os principais mecanismos envolvidos na transmissão
e recepção de imagem e som que revolucionaram os sistemas de
comunicação humana.
EF09CI06: Classificar as radiações eletromagnéticas por suas frequências,
fontes e aplicações, discutindo e avaliando as implicações de seu uso em
controle remoto, telefone celular, raio X, forno de micro-ondas, fotocélulas etc.
EF09CI07: Discutir o papel do avanço tecnológico na aplicação das
radiações na medicina diagnóstica (raio X, ultrassom, ressonância nuclear
magnética) e no tratamento de doenças (radioterapia, cirurgia ótica a laser,
infravermelho, ultravioleta etc.).
Vida e evolução
Hereditariedade
Ideias evolucionistas
Preservação da biodiversidade
EF09CI08: Associar os gametas à transmissão das características
hereditárias, estabelecendo relações entre ancestrais e descendentes.
EF09CI09: Discutir as ideias de Mendel sobre hereditariedade (fatores
hereditários, segregação, gametas, fecundação), considerando-as
para resolver problemas envolvendo a transmissão de características
hereditárias em diferentes organismos.
EF09CI10: Comparar as ideias evolucionistas de Lamarck e Darwin
apresentadas em textos científicos e históricos, identificando semelhanças
e diferenças entre essas ideias e sua importância para explicar a
diversidade biológica.
EF09CI11: Discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na
atuação da seleção natural sobre as variantes de uma mesma espécie,
resultantes de processo reprodutivo.
EF09CI12: Justificar a importância das unidades de conservação para a
preservação da biodiversidade e do patrimônio nacional, considerando os
diferentes tipos de unidades (parques, reservas e florestas nacionais), as
populações humanas e as atividades a eles relacionados.
EF09CI13: Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de
problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise
de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.
Terra e Universo
Composição, estrutura e
localização do Sistema Solar
no Universo
Astronomia e cultura
Vida humana fora da Terra
Ordem de grandeza
astronômica
Evolução estelar
EF09CI14: Descrever a composição e a estrutura do Sistema Solar (Sol,
planetas rochosos, planetas gigantes gasosos e corpos menores), assim
como a localização do Sistema Solar na nossa Galáxia (a Via Láctea) e
dela no Universo (apenas uma galáxia dentre bilhões).
EF09CI15: Relacionar diferentes leituras do céu e explicações sobre a
origem da Terra, do Sol ou do Sistema Solar às necessidades de distintas
culturas (agricultura, caça, mito, orientação espacial e temporal etc.).
EF09CI16: Selecionar argumentos sobre a viabilidade da sobrevivência
humana fora da Terra, com base nas condições necessárias à vida, nas
características dos planetas e nas distâncias e nos tempos envolvidos em
viagens interplanetárias e interestelares.
EF09CI017: Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimento, vida e morte)
baseado no conhecimento das etapas de evolução de estrelas de
diferentes dimensões e os efeitos desse processo no nosso planeta.
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: 2018. p. 426-431. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.
br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 23 maio 2022.
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XXII
De acordo com a BNCC, as competências inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático propos-
to para as três etapas da Educação, sendo seu desenvolvimento consequência da progressão das aprendizagens
ao longo dessas etapas – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio –, articulando-se na construção
de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
De modo simplificado, pode-se dizer que, enquanto as competências têm caráter geral e são aplicáveis a
contextos diversos, as habilidades relacionam-se mais diretamente a situações específicas. Por exemplo, a com-
petência de construir argumentações é exigida em diversos momentos e em diferentes áreas do conhecimento.
Argumenta-se em um debate oral, em uma redação, em uma apresentação de trabalhos etc. No entanto, para
argumentar é preciso também utilizar conceitos específicos, dependendo da disciplina. Toda competência é
composta por habilidades não exclusivas, ou seja, uma habilidade pode estar na composição de competências
diferentes. Argumentar, por exemplo, envolve as habilidades de expressar-se adequadamente de modo oral ou
escrito, de demonstrar coerência de ideias e de articular conceitos. Por outro lado, argumentar pode ser conside-
rada uma das habilidades envolvidas na competência de debater.
Sendo um termo de caráter polissêmico, vale esclarecer que, na BNCC, competência é definida como a mobilização de
conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para
resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Como favorecer o desenvolvimento de competências e
habilidades da BNCC?
A BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competên-
cias. Assim, os planejamentos curriculares devem indicar o que os estudantes devem “saber” (conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores) e como aprender “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores na vida cidadã).
Conhecimento Habilidades
Atitudes
Valores
Competência
Dayane
Raven
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XXIII
O limite conceitual entre o saber e o saber-fazer
é tênue e contextual. O mais importante é perceber
que não se constroem competências no vazio concei-
tual, isto é, quem argumenta de maneira competente
mobiliza esquemas mentais, conceitos, experiências
anteriores, valores e outros recursos cognitivos. Ne-
nhum conceito por si só faz alguém desenvolver uma
competência. O indivíduo precisa vivenciar situações
que coloquem esse saber/fazer em ação. Só se apren-
de a argumentar vivenciando situações que exijam
argumentação, seja durante aulas de Ciências, de
História, de Arte ou em contextos fora da escola.
No entanto, uma vez que se saiba argumentar, essa
competência poderá ser utilizada durante a vida aca-
dêmica/profissional e pessoal.
O professor deve estar atento e disposto a pro-
por situações de aprendizagem diversificadas que
exercitem o uso das competências e habilidades
pelos estudantes, aliadas a conceitos disciplinares
selecionados para aquele nível de ensino. Para plane-
jar aulas e projetos, sugere-se selecionar inicialmente
qual competência e/ou habilidade será o foco. A ela-
boração da atividade parte da competência ou habi-
lidade escolhida e, então, o objeto de conhecimento,
também indispensável, é definido. A competência
que envolve ler e interpretar gráficos, por exemplo,
pode ser desenvolvida em aulas sobre ecologia, en-
zimas, calor, crescimento bacteriano, entre outros
assuntos. Ao propor atividades como análise de si-
tuações-problema, leitura/interpretação de gráficos,
demonstrações, exibição de vídeos ou leitura de tex-
tos, o professor pode promover o desenvolvimento
de competências e habilidades diversificadas nos
estudantes com fundamento em conceitos científicos
diversos, abrangendo inclusive estudantes de perfis
de aprendizagem distintos.
É preciso escolher contextos para trabalhar os
objetos de conhecimento que instrumentalizem os
estudantes para emitir opiniões e posicionar-se cri-
ticamente, sem se basear apenas no senso comum.
O desafio é fazer os estudantes reconhecerem a
necessidade de ampliar seu quadro de referências,
apropriando-se de conceitos e competências que
permitam a eles transitar em diferentes contextos,
que vão desde a realidade cotidiana, local e concreta,
até a distante, global e mais abstrata. Eles devem
se ver como cidadãos do bairro e do mundo e fazer
escolhas articulando o que aprendem na escola com
a vida cotidiana. Assim, não basta, por exemplo,
estudar a poluição local sem entender sua relação
com o aquecimento global. Para favorecer esse en-
tendimento, a escola precisa incorporar aspectos que
fazem parte do universo dos estudantes e envolvê-
-los na aprendizagem. Entre muitos desses aspectos
destacam-se as tecnologias de informação e comuni-
cação e as redes sociais. Estudantes competentes no
uso crítico de múltiplas modalidades de linguagens e
tecnologias poderão exercer com mais propriedade
sua cidadania e ser protagonistas de sua história.
Articulação entre competências
e habilidades
Vejamos um exemplo de articulação entre uma
competência geral, uma competência específica e
uma habilidade. Relacionadas a cada uma das com-
petências específicas de Ciências da Natureza, são
descritas habilidades a serem desenvolvidas. Uma
mesma habilidade pode contribuir para mais de uma
competência e ser considerada um componente de
diversas competências.
Nesta coleção, a competência geral 4 (relativa
à dimensão Comunicação) é trabalhada nas ativi-
dades em que se mobilizam diferentes suportes e
linguagens. Entre as numerosas possibilidades de
estratégias para motivar os estudantes a aprende-
rem as Ciências da Natureza por meio de diferentes
linguagens midiáticas, podemos citar:
• criação de jornal impresso e virtual com a media-
ção docente na seleção de temáticas, na delimi-
tação de assuntos, na adequação da linguagem,
na programação visual e gráfica etc.;
• simulações de fenômenos e experimentos;
• animações;
• maquetes virtuais;
• elaboração de mapas conceituais;
• produção com recursos da informática e de
mapas, tabelas e gráficos demonstrativos sobre
pesquisas feitas;
• montagem ou reestruturação de “radioescola”,
com elaboração coletiva da programação;
• exposição de ilustrações, charges, pinturas e
fotografias explorando diferentes aspectos de
um tema;
• construção de homepages da escola ou da turma;
• elaboração de fotologs, blogs, podcasts etc.
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XXIV
sobre assuntos estudados e outros de interesse
dos estudantes;
• impressão ou digitalização de textos produzidos;
• lista de discussão e fóruns sobre questões
controversas (por exemplo, pesquisa com
células-tronco);
• produção de vídeos com base em entrevistas
feitas com a comunidade e socialização desse
material em espaços virtuais e outros.
Se a escola não dispuser de computadores, TV e
outros recursos tecnológicos similares, um caminho é
buscar parcerias na comunidade na forma de doação ou
empréstimo desses dispositivos e espaços para sua utili-
zação. Pode-se também incrementar as aulas com mate-
riais de mais fácil acessibilidade, como jornais impressos.
A competência geral 4 é desenvolvida e ampliada
de maneira articulada com a competência específica
6 de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental,
pois nessas atividades o estudante é levado a “utilizar
diferentes linguagens e tecnologias digitais de informa-
ção e comunicação para se comunicar, acessar e disse-
minar informações, produzir conhecimentos e resolver
problemas das Ciências da Natureza de maneira crítica,
significativa, reflexiva e ética”.
Essa dimensão reflexiva e ética da competência é
particularmente enfatizada ao explorar, nas diversas ati-
vidades, aspectos de questões relevantes relacionadas
a saúde, sexualidade, biotecnologia e meio ambiente.
Nas propostas de pesquisa e exploração, orienta-se
sobre o cuidado com a confiabilidade das fontes e as
implicações das fake news.
A respeito dessa competência específica, sugeri-
mos atividades em cada volume nas quais se exploram
objetos do conhecimento diversificados, envolvendo
elaboração de materiais informativos a serem distribuí-
dos na escola e comunidade – como folhetos e cartilhas –
e produção de vídeos e podcasts, cartazes, fotografias,
blogs e demais mídias com uso crítico, seguro e autoral
de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs),
que desenvolvem, entre outras, as habilidades:
• Volume 6: (EF06CI07) Justificar o papel do siste-
ma nervoso na coordenação das ações motoras e
sensoriais do corpo, com base na análise de suas
estruturas básicas e respectivas funções.
• Volume 7: (EF07CI10) Argumentar sobre a impor-
tância da vacinação para a saúde pública, com base
em informações sobre a maneira como a vacina
atua no organismo e o papel histórico da vacinação
para a manutenção da saúde individual e coletiva
e para a erradicação de doenças.
• Volume 8: (EF08CI11) Selecionar argumentos que
evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade
humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética).
• Volume 9: (EF09CI13) Propor iniciativas indivi-
duais e coletivas para a solução de problemas am-
bientais da cidade ou da comunidade, com base
na análise de ações de consumo consciente e de
sustentabilidade bem-sucedidas.
Com base nesse exemplo, pode-se constatar
que, por meio do desenvolvimento de habilidades nas
situações de aprendizagem, mobilizando diferentes
objetos do conhecimento, favorecemos o desenvol-
vimento de competências específicas dentro de uma
etapa de ensino, em nosso caso, os Anos Finais do
Ensino Fundamental. As competências gerais são
desenvolvidas ao longo de toda a educação bási-
ca. Vale lembrar que, mesmo que alguns estudantes
não dominem algum conceito dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental no patamar esperado, pode-
-se desenvolver as habilidades propostas para essa
etapa fundamentando-se em processos pedagógicos
planejados com essa intenção.
Avaliação de competências e
habilidades
A avaliação deve ser elaborada da mesma ma-
neira que os momentos destinados à construção de
competências e habilidades em situações destinadas
à aprendizagem. Em razão de sua natureza, provas e
testes escritos só permitem verificar se uma parcela
dessas competências e habilidades evoluiu com su-
cesso. O professor precisa avaliar, por meio de outras
estratégias, se os estudantes desenvolveram ou não
outras habilidades, como trabalhar em equipe, expres-
sar-se oralmente etc.
Estrutura e
organização da
coleção
A coleção é formada por quatro volumes, cada
um subdividido em quatro unidades temáticas, que
por sua vez são compostas de capítulos. A apresen-
tação dos temas serve como fio condutor para que os
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XXV
estudantes desenvolvam pesquisas e construam o conhecimento das Ciências de maneira autônoma. Mais do
que levar os estudantes a “aprender conteúdos”, a coleção contribui para que eles desenvolvam uma maneira
de “pensar cientificamente”. Para isso, lança mão de práticas de leitura e interpretação de textos verbais e não
verbais, pesquisa, observação, comparação, discussão, análise, debate e trabalho cooperativo. Os capítulos são
constituídos de textos-base escritos em linguagem clara e acessível. Há glossário, reunindo na página todos os
termos que precisam de definição. O texto-base é permeado por imagens de diferentes naturezas: fotografias;
representações de pinturas, esculturas e objetos; mapas; charges etc. Os capítulos compõem-se também de
textos de terceiros, que trazem outras vozes e olhares específicos sobre temáticas abordadas. Contêm ainda
indicações de fontes variadas que permitem a obtenção de novas informações e/ou versões sobre os assuntos
tratados, tais como filmes, músicas, sites, livros etc.
Conteúdos por volume
A seleção de conteúdos para cada volume da coleção tomou como diretriz as unidades temáticas, os
objetos de conhecimento e as habilidades expressos na BNCC para o componente curricular Ciências nos
Anos Finais do Ensino Fundamental, enriquecendo-os com outros conceitos e contextos que consideramos
significativos. Isso está no quadro de conteúdos e relação com a BNCC a seguir. Dessa forma, o encadeamento
dos assuntos adotado na coleção para cada volume dialoga com o recorte espaço-temporal apresentado na
BNCC para o componente curricular Ciências da Natureza. No trabalho com as habilidades em cada capí-
tulo e unidade, priorizou-se agrupá-las ou sequenciá-las levando em conta as conexões entre elas e delas
com os temas abordados, de modo que prevalecessem sobre a sequência numérica em que as habilidades
constam na BNCC.
Quadro de conteúdos da coleção e relação com a BNCC
6o
ano
Capítulos Conteúdos
Competências e
habilidades BNCC
Temas
Contemporâneos
Transversais (TCTs)
Unidade
1
•
Terra
no
Universo
1.
Um planeta
chamado Terra
• Planeta Terra.
• Formação de sombras.
• O gnômon.
• Movimentos de rotação e revolução da
Terra.
• Determinação da direção norte-sul.
• Relógio de Sol.
Competências:
Gerais: 1, 2, 4 e 9
Específicas: 1, 2, 3 e 5
Habilidades:
EF06CI13
EF06CI14
2.
A Terra por dentro e
por fora
• A superfície da Terra.
• Biosfera.
• A estrutura interna da Terra.
• Exploração do petróleo.
• Atmosfera terrestre: composição e
estrutura.
Habilidade:
EF06CI11
• Educação Ambiental
• Ciência e Tecnologia
3.
Solo, subsolo e vida
• Tipos de rochas.
• Fósseis.
• Rochas e história da Terra.
• Minerais.
• Tipos de solo.
• Interações entre fatores ambientais e
seres vivos.
• Agricultura sustentável.
• Cuidados com o solo.
Competência
Geral: 4
Habilidade:
EF06CI12
• Educação Ambiental
• Ciência e Tecnologia
• Trabalho
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XXVI
Capítulos Conteúdos
Competências
e habilidades
BNCC
Temas
Contemporâneos
Transversais (TCTs)
Unidade
2
•
Interagindo
com
o
ambiente
1.
Terra: um
planeta com
vida
• Os primeiros seres vivos.
• A Biodiversidade e os diferentes níveis de organização
dos seres vivos.
• Células.
• O papel do microscópio no conhecimento sobre as células.
• Material genético.
• Células de plantas e células de animais.
• A divisão celular.
Competências
Gerais: 2, 4, 7 e 9
Habilidades:
EF06CI05
EF06CI06
2.
Vida em
movimento
• A Adaptação da espécie humana ao ambiente.
• Sistema nervoso.
• Sistema ósseo.
• Sistema muscular.
Competências
Gerais: 2, 4, 5, 8 e 9
Específicas:
3, 5, 6 e 7
Habilidades:
EF06CI07
EF06CI09
• Saúde
• Ciência e Tecnologia
• Educação em Direitos
Humanos
3.
Percebendo
o ambiente:
a visão e
os demais
sentidos
• O sistema sensorial.
• Visão.
• Lentes corretivas.
• Tecnologias assistivas.
• A audição e as orelhas.
• Paladar.
• Olfato.
• Tato.
• Alteração na percepção do ambiente e consciência – as
drogas.
• Os efeitos das drogas no organismo.
Competências
Geral: 4
Específicas: 3 e 7
Habilidades:
EF06CI08
EF06CI10
• Educação em Direitos
Humanos
• Ciência e Tecnologia
• Trabalho
• Saúde
Unidade
3
•
Água,
materiais
e
misturas
1.
A água no
ambiente
• Água e sua importância para a vida.
• Água e suas propriedades.
• Distribuição de água na Terra.
Competências
Gerais: 2, 3, 7 e 10
Específicas: 3, 4 e 5
Habilidades:
EF06CI01
EF06CI03
• Educação Ambiental
• Educação para o
Consumo
2.
Misturas no
dia a dia
• Substâncias e materiais na natureza.
• Substâncias e misturas.
• Classificação de misturas: homogêneas e heterogêneas.
• Propriedades da matéria.
Competência
Geral: 2
Habilidade:
EF06CI01
3.
Misturando e
separando
• Identificação de processos de separação adequados às
diferentes misturas.
• Alguns métodos de separação de misturas heterogêneas
e homogêneas.
• Estação de tratamento de água.
• Produtos provenientes de separação de misturas naturais:
sal de cozinha, gasolina, entre outros.
Competências
Gerais: 2 e 4
Específicas: 3 e 8
Habilidades:
EF06CI01
EF06CI03
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XXVII
7o
ano
Capítulos Conteúdos
Competências e
habilidades BNCC
Temas
Contemporâneos
Transversais (TCTs)
Unidade
1
•
O
ar
e
o
solo
terrestre
1.
A Terra envolta
em gases
• Composição do ar e fatores que podem
modificá-la.
• Camadas atmosféricas e a interação com a
radiação solar.
• Atmosfera e seu papel para a existência de
vida na Terra.
Competências
Gerais: 2 e 7
Habilidade:
EF07CI12
• Saúde
• Educação Ambiental
2.
A importância
da atmosfera
• O papel protetor da atmosfera.
• A camada de ozônio.
• Efeito estufa.
• Aquecimento global.
• Poluição do ar.
• Inversão térmica.
• Chuva ácida.
Competências
Gerais: 2, 7 e 10
Específicas: 3, 4, 5 e 8
Habilidades:
EF07CI12
EF07CI13
EF07CI14
• Saúde
• Educação Ambiental
3.
Dinâmica
da crosta
terrestre
• A crosta terrestre.
• Posição dos continentes ao longo dos períodos
geológicos.
• Estrutura da Terra.
• Terremotos.
• Vulcões.
• Tsunamis.
• Importância da Informação.
Competências
Geral: 4
Específicas: 2 e 3
Habilidades:
EF07CI15
EF07CI16
Capítulos Conteúdos
Competências e
habilidades BNCC
Temas
Contemporâneos
Transversais (TCTs)
Unidade
4
•
Um
mundo
de
materiais
1.
Os materiais se
transformam
• Transformação de materiais em novos
produtos.
• Transformações da matéria: físicas e químicas.
• Indícios de transformações químicas.
• Impactos ambientais decorrentes de reações
de combustão.
• Reações químicas do dia a dia.
• Materiais sintéticos e naturais.
Competências
Gerais: 2, 4, 5, 7 e 9
Específicas: 3, 5 e 6
Habilidade:
EF06CI02
• Educação Alimentar e
Nutricional
• Ciência e Tecnologia
• Saúde
• Educação para o Consumo
• Educação Ambiental
2.
Materiais
sintéticos
• Materiais sintéticos e sua importância para a
sociedade.
• Indústria química.
• Indústria farmacêutica, descoberta da penicilina
e uso de medicamentos genéricos.
• Indústria de alimentos.
• Indústria petroquímica e seus derivados.
• Plásticos, descarte e impactos ambientais.
Competências
Gerais: 2, 4, 6 e 9
Específicas: 1, 3 e 6
Habilidade:
EF06CI04
• Saúde
• Educação em Direitos
Humanos
3.
A sociedade e
seus materiais
• A procura por materiais adequados às
necessidades humanas.
• Produção de materiais e desenvolvimento
científico-tecnológico.
• Indústrias de cimento, ladrilhos e tintas.
• O que fazer com os resíduos e rejeitos que
produzimos? Atitudes conscientes e solidárias.
• Consumismo: como evitá-lo?
• Política dos 5Rs.
• Desequilíbrios ambientais.
Competências
Gerais: 4, 6, 7, 9 e 10
Específicas: 1, 5 e 8
Habilidade:
EF06CI04
• Educação para o Consumo
• Educação Ambiental
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
DA EDITORA DO BRASIL
XXVIII
Capítulos Conteúdos
Competências
e habilidades
BNCC
Temas
Contemporâneos
Transversais (TCTs)
Unidade
2
•
Os
seres
vivos
e
ao
ambiente
1.
A vida no
planeta Terra
• Biodiversidade e biosfera.
• Condições ambientais para o desenvolvimento de
espécies.
• Energia para a sobrevivência.
• Cadeias e teias alimentares.
• Os limites da biosfera.
Competências
Gerais: 2 e 4
Específica: 3
2.
Biodiversidade
em ecossis-
temas e biomas
• Ecossistema e biomas.
• Principais biomas brasileiros e ecossistemas associados.
Competências
Gerais: 2, 4 e 5
Específicas: 4, 6 e 8
Habilidade:
EF07CI07
• Educação Ambiental
3.
Ameaças aos
ecossistemas
• Desenvolvimento sustentável.
• O impacto das ações humanas sobre o ambiente.
• Agrotóxicos nos alimentos.
• O destino dos resíduos sólidos.
• A extração de minérios.
• O impacto da erosão.
• Os efeitos do desmatamento.
• Rios voadores.
• Queimadas.
• Ameaças à biodiversidade dos ecossistemas brasileiros.
• Eutrofização e maré vermelha.
Competências
Gerais: 4, 7 e 10
Específicas: 3, 4, 5,
6 e 8
Habilidades:
EF07CI08
EF07CI11
• Educação Ambiental
Unidade
3
•
Saúde
e
qualidade
de
vida
1.
Conceitos
básicos em
saúde
• Conceitos em saúde e fatores intervenientes.
• Agente etiológico, vetor, anticorpos e antígenos.
• Endemia, epidemia e pandemia.
• Coronavírus e covid-19.
• Importância da vacinação.
• Vacina e soro.
• Parasitoses.
• Saúde mental.
Competências
Gerais: 2 e 8
Específicas: 2 e 3
Habilidade:
EF07CI10
• Saúde
2.
Saúde e meio
ambiente
• Saneamento básico.
• Doenças provocadas por alterações do ar, água e solo.
• Cuidados com os alimentos.
Competências
Gerais: 1, 2 e 4
Específicas: 1, 2, 3,
7 e 8
Habilidade:
EF07CI09
• Saúde
• Educação Ambiental
3.
Saúde
individual e
coletiva
• Conceito de sustentabilidade.
• Tratamento de esgoto
• Indicadores de saúde.
• O SUS.
• Tecnologia digital a serviço da saúde.
Competências
Gerais: 4, 7, 9 e 10
Específicas: 7 e 8
Habilidades:
EF07CI09
EF07CI10
EF07CI11
• Saúde
Unidade
4
•
Máquinas
engenhosas
1.
A revolução
das máquinas
• Evolução das ferramentas.
• Máquinas simples.
• Alavancas, roldanas e planos inclinados.
• História das máquinas simples criadas para atender as
necessidades das civilizações ao longo do tempo.
Competências
Gerais: 1, 2 e 9
Habilidade:
EF07CI01
2.
Temperatura,
calor e suas
formas de
propagação
• Temperatura.
• Quente, frio e sensação térmica.
• Calor.
• Propagação de calor.
• Transferência de calor e aplicações.
• Condutores e isolantes térmicos.
• Efeitos das altas temperaturas em nosso planeta.
• Coletores solares e garrafas térmicas.
Competência
Geral: 2
Habilidades:
EF07CI02
EF07CI03
3.
Revolução
Industrial e
Máquinas
térmicas
• Revoluções industriais: características e seus impactos.
• Máquina a vapor: história e aplicações.
• Motor a explosão.
• Poluição do ar afetando a saúde.
Competências
Gerais: 1, 4, 7 e 10
Específicas: 5 e 8
Habilidades:
EF07CI04
EF07CI05
EF07CI06
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Livro de Ciências do 9º ano da editora Brasil

  • 1. ISBN 978-85-10-09347-7 Ana Maria Pereira Carlos Eduardo Pinto Mônica Waldhelm Sandro Fernandes Walmir Thomazi Cardoso Ensino Fundamental – Anos Finais Componente curricular: Ciências CIÊNCIAS CIÊNCIAS CIÊNCIAS M A T E R I A L D E D I V U L G A Ç Ã O • V E R S Ã O S U B M E T I D A À A V A L I A Ç Ã O P N L D 2 0 2 4 • O B J E T O 1 C Ó D I G O D A C O L E Ç Ã O 0 0 6 3 P 2 4 0 1 0 0 2 0 7 0 3 0 C1CI9_capa_LM_pnld_2024_DIVULGACAO.indd All Pages 06/10/22 11:00
  • 2. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 3. 9 ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS COMPONENTE CURRICULAR CIÊNCIAS Ana Maria Pereira • Mestre em Educação • Licenciada em Ciências Biológicas • Professora do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e do Ensino Superior Carlos Eduardo Pinto • Mestre em Ciências do Meio Ambiente • Licenciado em Química • Professor do Ensino Médio e do Ensino Superior. Mônica Waldhelm • Doutora e Mestre em Educação • Licenciada em Ciências Biológicas • Professora do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, do Ensino Superior e de pós-graduação em Ensino de Ciências Sandro Fernandes • Mestre em Ensino de Física • Licenciado em Física • Professor do Ensino Médio e de pós-graduação Walmir Thomazi Cardoso • Doutor em Educação Matemática e mestre em História das Ciências • Bacharel e licenciado em Física • Professor da FCET-PUC-SP, pesquisador no GHTC-USP e professor colaborador da pós-graduação – HCTE-UFRJ 1a edição São Paulo, 2022 MANUAL DO PROFESSOR MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 4. © Editora do Brasil S.A., 2022 Todos os direitos reservados Direção-geral: Vicente Tortamano Avanso Diretoria editorial: Felipe Ramos Poletti Gerência editorial de conteúdo didático: Erika Caldin Gerência editorial de produção e design: Ulisses Pires Supervisão de design: Dea Melo Supervisão de arte: Abdonildo José de Lima Santos Supervisão de revisão: Elaine Silva Supervisão de iconografia: Léo Burgos Supervisão de digital: Priscila Hernandez Supervisão de controle de processos editoriais: Roseli Said Supervisão de direitos autorais: Marilisa Bertolone Mendes Supervisão editorial: Rodolfo Marinho Leitura crítica: Bruna Potenza, Felipe Teixeira, Gustavo Kaneto Projeto gráfico: APIS design e Talita Lima Capa: Estúdio Siamo Imagem de capa: Mimadeo/Shutterstock.com e Tunatura/Shutterstock.com Licenciamentos de textos: Cinthya Utiyama, Jennifer Xavier e Renata Garbellini Controle de processos editoriais: Bruna Alves, Julia do Nascimento, Rita Poliane, Terezinha de Fátima Oliveira e Valéria Alves 1a edição, 2022 Rua Conselheiro Nébias, 887 São Paulo/SP – CEP 01203-001 Fone: +55 11 3226-0211 www.editoradobrasil.com.br Concepção, desenvolvimento e produção: Triolet Editorial & Publicações Diretoria executiva: Angélica Pizzutto Pozzani Gerência editorial: Priscila Cruz Coordenação editorial: Tayná de Paula Edição de texto: Ana Carolina de Almeida Yamamoto, Ariel R. Cardoso, Daniel Hohl, Dino Santesso, Juliana Biscardi, Gabriela Damico, Tatiana Gregório Assistente editorial: Isabella Thebas Preparação e revisão de texto: Janaina Felix (coord.), Ana Cristina Garcia, Arnaldo Arruda, Brenda Morais, Bruna Paixão, Caroline Bigaiski, Célia Carvalho, Daniela Pita, Elani Souza, Érika Finati, Flávia Gonçalves, Gloria Cunha, Helaine Albuquerque, Janaína Silva, Lara Milani, Leandra Trindade, Luciana Moreira, Luciene Lima, Luciene Perez, Malvina Tomaz, Márcia Leme, Márcia Nunes, Mari Rita Camarini, Maria Luiza Simões, Mariana Góis, Míriam dos Santos, Nayra Simões, Nelson Camargo, Patricia Cordeiro, Paulo Teixeira, Roseli Simões, Thaís Domingues, Thiago Passos, Vinicius Oliveira Coordenação de arte e produção: Ana Onofri, Wilson Santos Edição de arte: Wilson Santos Ilustrações: Adriano Loyola, Allmaps, Conexão, Dayane Raven, Dawidson França, Denis Cristo, Dotta, Fabio Nienow, Formato Comunicação, Luis Moura, Luiz Lentini, Maps World, Osni Oliveira, Paula Haydee Radi, Paulo César Pereira, Paulo Nilson, Peterson Mazzoco, Raitan Ohi, Reinaldo Vignati, Selma Caparroz, Studio Caparroz, Tarcísio Garbellini, Vagner Coelho Iconografia: Amanda Felicio, Daniela Chahin Barauna, Enio Lopes e Pamela Rosa Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Amplitude : ciências, 9 : ensino fundamental : anos finais / Ana Maria Pereira...[et al.]. -- 1. ed. -- São Paulo : Editora do Brasil, 2022. -- (Amplitude ciências) Outros autores: Carlos Eduardo Pinto, Mônica Waldhelm, Walmir Thomazi Cardoso, Sandro Fernandes ISBN 978-85-10-09346-0 (aluno) ISBN 978-85-10-09347-7 (professor) 1. Ciências (Ensino fundamental) I. Pereira, Ana Maria. II. Pinto, Carlos Eduardo. III. Waldhelm, Mônica. IV. Cardoso, Walmir Thomazi. V. Fernandes, Sandro. VI. Série. 22-113155 CDD-372.35 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427 MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 5. Carta ao professor Colega professor, É com alegria e muita satisfação que apresentamos esta nova coleção de Ciências. Com nossa ampla experiência em sala de aula, sabemos da importância de um bom livro didático como suporte à aprendizagem dos estudantes e ao trabalho docente. Assim, procuramos sugerir situações propícias a um trabalho pedagógico diversificado, capaz de estimular a curiosidade dos estudantes e seu desejo de aprender, pois acreditamos que a aprendizagem e a alegria podem – e devem – caminhar juntas na escola. Sem pretensão de dar conta do rol de todos os conhecimentos produzidos pelas Ciências e de todas as suas aplicações, optamos por fazer escolhas curriculares que julgamos significativas, contemplando as exigências da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e investindo na autonomia intelectual dos estudantes para viabilizar a ampliação das aprendizagens além dos limites da escola. Assim, buscamos problematizar a realidade, trazendo questões contemporâneas como contexto para articulações interdisciplinares e teórico-práticas, favorecendo a construção e a ampliação de conceitos e o desenvolvimento de competências e habilidades tanto cognitivas como socioemocionais. Com vistas a uma educação integral e emancipadora, procuramos ampliar o quadro de referências dos estudantes. Portanto, discussões que envolvem as dimensões ética, histórica e social da Ciência e da Tecnologia estão presentes, assim como contribuições da Arte e de outras produções culturais que se articulam junto a conceitos científicos, expandindo os universos sociopolítico e cultural discentes. Para que este material alcance o objetivo para o qual foi elaborado, a mediação pedagógica do professor será essencial. Use sua criatividade, sua experiência e sua autonomia ao explorar a coleção, planejar e conduzir as atividades, incentivar o debate e levantar questões que reforcem a autoestima, a empatia e a solidariedade dos estudantes, colaborando para a promoção de uma cultura de paz na escola e em toda a sociedade. Os fatos recentes vividos pela humanidade vêm reforçando a importância do letramento científico. Desejamos a você um bom trabalho. Pode contar conosco! Os autores MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 6. IV Pressupostos teórico-metodológicos da coleção....................................................................................................V Sobre Ciência, conhecimento científico e ensino de Ciências.........................................................................................VI Pluralismo e metodologias ativas.............................................................................................................................................................VIII Educar pela pesquisa................................................................................................................................................................................................ X Pensamento computacional.............................................................................................................................................................................XI Papel do professor ............................................................................................................................................................................................... XII Trabalho contextualizado e interdisciplinar ............................................................................................................. XIV A interdisciplinaridade nesta coleção................................................................................................................................................... XV A coleção e a BNCC ............................................................................................................................................................................................ XV Competências gerais da Educação Básica.....................................................................................................................................XVI Competências específicas de Ciências da Natureza.......................................................................................................... XVII Habilidades da BNCC....................................................................................................................................................................................... XVII Como favorecer o desenvolvimento de competências e habilidades da BNCC?....................................XXII Estrutura e organização da coleção ..................................................................................................................................XXIV Conteúdos por volume.....................................................................................................................................................................................XXV Ícones.........................................................................................................................................................................................................................XXXVII Seções de cada unidade............................................................................................................................................................................ XXXIII Como usar esta coleção...........................................................................................................................................................................XXXVII Sugestões de cronograma........................................................................................................................................................XXXVIII Temas Contemporâneos Transversais ................................................................................................................XXXVIII Atitudes e valores para uma cultura de paz .....................................................................................................XXXIX Como colaborar com o cumprimento dessas metas?.................................................................................................. XXXIX Competências e habilidades socioemocionais............................................................................................................................XLI Culturas juvenis e projeto de vida............................................................................................................................................ XLIII Aprendizagem para todos: o trabalho com grupos heterogêneos ...................................... XLIV Os diferentes perfis de estudantes.......................................................................................................................................................XLV Consequências do bullying na saúde mental dos estudantes .................................................XLVII Avaliação a serviço da aprendizagem ........................................................................................................................XLVIII O que é avaliar?......................................................................................................................................................................................................XLIX Por que avaliar?......................................................................................................................................................................................................XLIX Quando avaliar?.............................................................................................................................................................................................................. L O que avaliar?.................................................................................................................................................................................................................... L Como avaliar?.................................................................................................................................................................................................................... L Sobre avaliações em larga escala...............................................................................................................................................................LV Manual em formato lateral ...................................................................................................................................................................LVI Textos complementares ......................................................................................................................................................................... LVII Referências comentadas.......................................................................................................................................................................... LXI MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 7. V Pressupostos teórico-metodológicos da coleção A coleção foi elaborada em articulação com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pautada na plura- lidade metodológica, utilizando elementos de metodologias ativas. Este material foi organizado e produzido de forma a possibilitar o desenvolvimento do letramento científico, que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá‑lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências. De acordo com a BNCC, “Em outras palavras, apreender ciência não é a finalidade última do letramento, mas, sim, o desenvolvimento da capacidade de atuação no e sobre o mundo, importante ao exercício pleno da cidadania” (BRASIL, 2018, p. 321). Sugerimos, ao longo da coleção, uma diversificada gama de recursos cuidadosamente planejados e organi- zados para favorecer o trabalho docente no desenvolvimento das competências gerais para a Educação Básica, bem como das competências e das habilidades específicas de Ciências da Natureza. Nesse sentido, apresentamos uma proposta de ensino e aprendizagem contextualizada, por meio da qual os estudantes poderão identificar elementos e/ou conteúdos científicos em suas vivências. Em cada capítulo, a coleção explora textos e atividades cuja estrutura dialoga com as práticas sociais con- temporâneas e considera diferentes contextos socioculturais dos estudantes, incitando conexões entre o conhe- cimento escolar e o conhecimento cotidiano. Espera‑se, então, que esta coleção para os anos finais do Ensino Fundamental possibilite ao estudante envolver-se nas atividades propostas, apropriando‑se dos conceitos e procedimentos científicos e instrumenta- lizando‑se para compreender as relações entre ciência, tecnologia e sociedade, para, assim, intervir no mundo com base nesses instrumentos. As Ciências são construídas como um corpo de conhecimentos que permite aos estudantes investigar e compreender as relações entre Ciências, Tecnologia e Sociedade, assim como mobilizar essa compreensão para tomada de decisões e análise de informações provenientes de diferentes fontes de informação. Ciências e Tecnologia Educação Natureza e Sociedades Dayane Raven MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 8. VI Em razão da experiência global recente referente à pandemia de covid-19, ficou mais clara a importância da Ciência e do conhecimento científico, não só em trabalhos como a produção de vacinas, mas, também, na adesão às medidas sanitárias individuais e coletivas. O conhecimento científico, construído com os métodos da Ciência, pauta-se em bases conceituais e comprovações fundamentadas em investigações rigorosas e formais. É importante ter clareza dos limites desse conhecimento, afinal, a Ciência não é infalível, imutável ou neutra. Além disso, nem tudo no mundo pode ser investigado pela Ciência. Há outros tipos de saberes e conhecimentos que, embora sejam produzidos de outras formas e ocupem um papel social distinto, não devem ser desqualificados ou ignorados. Como professores, não podemos ignorar os saberes que os estu- dantes trazem de suas vivências pessoais e culturais. Porém, é preciso entendê-los como conhecimentos geralmente diferenciados do conhecimento científico. Um dos papéis importantes da escola é dialogar com esses saberes e planejar situações de aprendizagem de modo que se amplie esse quadro de referências com conceitos científicos. Lembremos, também, a necessidade de investir em estratégias de sensibilização e mobilização da população para causas que envolvam o meio ambiente, a saúde, a diversidade e outras de igual relevância social. A popularização da Ciência é necessária, a fim de que o conhecimento seja acessado também fora dos limites acadêmicos. Sobre Ciência, conhecimento científico e ensino de Ciências Entendemos que a Ciência compreende um acervo de conhecimentos produzidos em determinados contextos histórico-sociais, os quais nos permitem uma leitura mais apurada do mundo para nele intervir. A história da Ciência é parte da história da humanidade. Seu contexto de criação é determinado por con- junturas política, econômica e cultural de determinado tempo e lugar. Além disso, influências da história pessoal – subjetividade e criatividade – do cientista, imprimidas nesse processo, não podem ser ignoradas, pois justificam que as explicações de mundo e as teorias resultantes delas apresentem diferentes abordagens do fenômeno científico. Alguns elementos básicos da natureza da Ciência, organizados em três áreas inter-relacionadas, de acordo com McComas (2014): o “conhecimento científico em si mesmo”, as “‘ferramentas’ e produtos da Ciência” e os “elementos ‘humanos’ da Ciência”. Dayane Raven MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 9. VII Contudo, no âmbito do currículo de Ensino Fun- damental, chamamos de Ciências o conjunto de con- ceitos, competências e habilidades da área de Ciências da Natureza. Sobre essa área, a BNCC ressalta que deve ter: [...] um compromisso com o desen- volvimento do letramento científico, que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tec- nológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e proces- suais das ciências. Em outras palavras, apreender ciência não é a finalidade última do letramento, mas, sim, o desenvolvimento da capacida- de de atuação no e sobre o mundo, impor- tante ao exercício pleno da cidadania. Nessa perspectiva, a área de Ciências da Natureza, por meio de um olhar arti- culado de diversos campos do saber, pre- cisa assegurar aos estudantes do Ensino Fundamental o acesso à diversidade de conhecimentos científicos produzidos ao longo da história, bem como a aproxima- ção gradativa aos principais processos, práticas e procedimentos da investiga- ção científica. [...] (BRASIL, 2018, p. 321, grifos do autor). Este compromisso traz grande responsabilidade social para o docente, pois suas ações e concepções têm impacto decisivo na visão que os estudantes constroem sobre as Ciências, os conhecimentos cien- tífico e tecnológico e seus reflexos na sociedade. Na sociedade atual, a presença da Ciência e da Tecnologia impõe-se em praticamente todos os cam- pos. Em razão disso, exige-se que os professores deste componente curricular contribuam na prepa- ração dos estudantes para terem uma visão crítica perante o impacto da produção científico-tecnológica no mundo em que vivemos, bem como para perce- berem o quanto a sociedade também influencia a construção do conhecimento científico. Contudo, é fundamental priorizar o debate de questões que envolvam as dimensões sociais da Ciên- cia e da Tecnologia. Se por um lado tais avanços podem trazer melhorias, por outro demandam reflexões sobre sua relação com valores éticos, por exemplo, nas ques- tões relacionadas às modificações do material genético de seres vivos – inclusive do ser humano. Sempre vale lembrar que a Ciência não é boa nem má. O que define seu papel na sociedade é o uso que fazemos dela. Há numerosos problemas que afetam cotidianamente nossa vida (individual e co- letivamente) cuja solução a sociedade ainda atribui à Ciência. Fonte: SOUSA, Nathan J. H. T. Metodologia da ciência: filosofia e prática da pesquisa. SlidePlayer, [s. l.], 2016. Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/7283183/. Acesso em: 6 jun. 2022. Esta é uma forma de classificar os tipos de Ciências: formais, naturais e sociais. Sabemos que existem vários tipos de Ciências, com suas tecnologias e métodos específicos de investigação e produção de conhecimento. E com o passar do tempo novas Ciências vêm surgindo, tendo, por vezes, caracte- rísticas combinadas de mais de um tipo. Dayane Raven MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 10. VIII Para que essas e outras questões de grande rele- vância social sejam compreendidas, é necessário que as pessoas tenham acesso ao conhecimento científico, de maneira que se efetivem princípios de participação e de exercício de cidadania. Afinal, em uma socieda- de democrática, é fundamental que o cidadão tenha condições de participar tanto das decisões que dizem respeito a seus interesses individuais como daquelas que afetam toda a coletividade. Espera-se que a escola possa, em conjunto com diversos outros agentes sociais – como os meios de comunicação e os espaços não formais de divulgação científica –, promover acesso ao conhecimento científico crítico, qualificando indivíduos para a leitura e o enten- dimento do mundo. Nesse contexto, cabe ao ensino de Ciências constituir-se em ferramenta para despertar nos estudantes uma atitude crítica, estimulando-os a questionar respostas e soluções que surgem a cada dia, as quais podem não espelhar o interesse social ou ser controversas, necessitando que nos posicionemos a respeito delas. O desafio é incorporar à prática de ensino os co- nhecimentos da Ciência e da Tecnologia relevantes para a formação de atitudes cidadãs. Para tanto, o ensino de Ciências, além do aporte conceitual e metodológico, deve basear-se em valores comprometidos com res- ponsabilidade social e com princípios éticos de respeito a todos os seres vivos. Pluralismo e metodologias ativas Nós, autoras e autores desta coleção, adotamos as ideias de Nardi, Bastos e Diniz (2004) a respeito da neces- sidade de um pluralismo de alternativas para pensarmos o ensino e a aprendizagem em Ciências, cujos contextos e processos são extremamente diversificados. Isso enfa- tiza a necessidade de uma pluralidade de perspectivas teórico-práticas que possibilitem uma compreensão mais aberta e rica do trabalho educativo a ser empreendido no ensino escolar de disciplinas científicas. Para Nardi, Bastos e Diniz (2004), os processos e os contextos que caracterizam o ensino de Ciências são complexos, e qualquer modelo interpretativo ou norteador da ação que exclua alternativas plausíveis é empobrecedor da realidade. Os autores lembram que isso nem sempre é observado pelos pesquisadores da área, que gastam tempo exaltando um modelo em de- trimento de outros, como se fosse possível estabelecer explicações únicas e eternas que contemplem todas as situações. Assim sendo, as atividades propostas ao longo desta coleção foram pensadas com o objetivo de serem coerentes com essa visão metodológica pluralista. Nossa experiência docente nos mostra que há es- paço no ensino de Ciências tanto para aulas expositivas quanto para atividades experimentais, demonstrações, trabalhos individuais e coletivos, projetos, debates e ou- tras estratégias que enriquecem o ambiente de apren- dizagem ao desenvolver e mobilizar competências e habilidades diversificadas nos estudantes. Questões sociais cuja resposta envolve a Ciência Por que a vacinação não é apenas uma decisão individual? O que fazer para conter a destruição dos ecossistemas provocada por ações humanas e por acidentes, o que resulta na poluição de grandes áreas do planeta, afetando e até reduzindo a biodiversidade? Como nossas práticas de consumo comprometem a sustentabilidade no planeta? Quadro exemplificativo de questões sociais que podem ser respondidas por meio da Ciência. Veja, a seguir, exemplos de alguns questionamen- tos que esses problemas levantam. Atividades práticas, que estimulam o desenvolvimento de competências e de habilidades, são importantes para o letramento científico. Cabe a você, professor, no contexto pedagógico de tempo e espaço – e em face dos recursos disponíveis –, selecionar as atividades que julgar mais oportunas e interessantes para a aprendizagem dos estudantes, incrementando-as sempre que possível para ampliar os limites que qualquer recurso didático – incluindo este livro – possa apresentar. Nós, autores e autoras, usamos nossa experiência em sala de aula e nossa formação acadêmica para produzir esta obra como um recurso que consideramos rico em possibilidades. kali9/iStockphoto.com MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 11. IX Sabemos que os preceitos que caracterizam a construção das concepções didático-metodológicas são consonantes às transformações e demandas da sociedade contemporânea. Dessa forma, engendra-se o desafio de promover uma educação comprometida com o desenvolvimento emocional, intelectual e social dos estudantes. É preciso partir da premissa de que a sala de aula é um espaço heterogêneo e que os estudan- tes, além de carregarem bagagens histórico-culturais distintas, aprendem de formas e em ritmos diferentes. Destinada a estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6o ao 9o ano), esta coleção está organiza- da em quatro volumes, cada qual com quatro unidades temáticas que estimulam os estudantes a construir, desenvolver e ampliar conceitos, habilidades e valores relacionados direta e indiretamente aos saberes das Ciências, com base em abordagens que favorecem o protagonismo dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem e a formação cidadã. A coleção reúne ainda recursos e estratégias va- riados e flexíveis, os quais possibilitam a articulação entre o conhecimento das Ciências e o Projeto Políti- co-Pedagógico de cada unidade escolar. Com isso, as potencialidades da coleção se vincularão à apropriação pedagógica de cada professor, que poderá desenhar e redesenhar o currículo de Ciências, criando caminhos específicos de transposição didática e socialização do saber. É oportuno lembrar que você, professor, é peça- -chave na relação dos estudantes com o livro didático e deverá mediá-la de acordo com as diferenças e po- tencialidades de cada um. Relação entre organização e as metodologias ativas As unidades desta coleção foram organizadas tendo em vista a progressão das aprendizagens. Tal aspecto se verifica no tratamento dado às temáti- cas abordadas, em seu grau de aprofundamento, na complexidade e no encadeamento de informações, na linguagem empregada e nos procedimentos, nas ativi- dades e nos encaminhamentos propostos. Nesse sentido, os princípios que orientam o pro- cesso de ensino e aprendizagem viabilizado nesta co- leção estão fundamentados em referenciais didáticos contemporâneos e, portanto, priorizam a organização de modalidades didáticas cuja característica fulcral é a aprendizagem ativa, alicerçada em competências mais amplas, por meio das quais os estudantes tornam-se protagonistas da própria aprendizagem. A aprendi- zagem é ativa e significativa quando avançamos em espiral, dos níveis mais simples para os mais complexos de conhecimento e competência em todas as dimen- sões da vida. Decorre disso a ideia de um ensino plural, híbrido, flexível, que incorpore diferentes estratégias e recursos e, portanto, crie diferentes formas de aprender. Essa flexibilidade permite a construção de estra- tégias metodológicas distintas: ora prioriza o trabalho individual, ora em grupo, ora um momento sincrônico e de diálogo entre professor e estudante, ora um momento de pesquisa e investigação em plataformas interativas ou sites indicados pelo professor, ora trabalha com proble- mas ou desafios relevantes, jogos, atividades e leituras, combinando tempos individuais e tempos coletivos. Essa mescla – com diferentes oportunidades de aprender – fundamenta-se na ideia de personalização do ensino, atendendo a diversos perfis de aprendizagem. Parte-se do princípio de que estudantes diferentes, com inteligên- cias múltiplas (GARDNER, 1995), aprendem de formas e em ritmos também diferentes, o que provavelmente será favorecido pelo maior número e diversidade de es- tratégias e recursos utilizados pelo professor. Portanto, entendemos ser necessário incorporar às práticas de sala de aula metodologias pedagógicas ativas, que ultrapassem os paradigmas da educação tecnicista, centrada na transmissão de conhecimentos por parte do professor e na reprodução de saberes por parte dos estudantes. É cada vez mais relevante que as práticas pedagógicas incorporem metodologias que estimulem o protagonismo dos estudantes na constru- ção de seus conhecimentos. Assim, a atividade docente assume novos contornos enquanto mediadora desses processos. Para isso, faz-se necessário utilizar sequên- cias didáticas que possibilitem aos estudantes vivenciar experiências significativas de aprendizagem que façam sentido para eles e os impulsionem a novos saberes. Considerando esses pontos, a proposta didática desta coleção oferece diferentes sugestões de ativida- des, objetivando o planejamento de situações de apren- dizagem diversificadas, tanto em termos de informações e estratégias quanto de recursos. Considerando os li- mites e o alcance de analogias e modelos, entendemos que essas ferramentas são eficazes no ensino e na aprendizagem de Ciências – seja pela função explica- tiva, quando convertem conceitos e princípios novos em termos familiares, seja pela função criativa, quando estimulam a solução de um problema, a identificação de um problema novo e a generalização de hipóteses. Contudo, vale lembrar que modelos são apenas repre- sentações de processos ou objetos do mundo real, não constituindo a realidade propriamente dita. Em diversas ocasiões, lançamos mão dessas ferramentas na coleção. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 12. X Educar pela pesquisa Um dos múltiplos desafios do trabalho docente é aplicar a pesquisa como princípio educativo, indo além de sua abordagem como simples estratégia. No ensino de Ciências, as possibilidades de educar pela pesquisa não devem limitar-se a trabalhar etapas do método cien- tífico com os estudantes. Por exemplo, o trabalho com projetos disciplinares e interdisciplinares permite educar pela pesquisa, pois, mesmo que a escolha do tema a ser trabalhado seja feita pelo professor, pode-se sondar o que os estudantes gostariam de saber, investigar e desvendar ao explorar tal tema. É preciso desmistificar a ideia tradicional da pesquisa escolar, na qual predomina o “recorte e cole” de textos e imagens na internet. Com base na problematização, podem-se propor perguntas in- teressantes para serem respondidas. O que, onde, como, por que pesquisar? E, indo além, que conhecimentos de diferentes disciplinas e campos do conhecimento serão relevantes para as respostas? E a cada pesquisa e respos- ta dada, novas perguntas podem ser feitas. A pesquisa também transforma a relação entre os estudantes e com o professor, tornando-os parceiros de trabalho. Educar pela pesquisa implica entender que, mais do que utilizar-se de recursos sofisticados e laboratórios equipados para as aulas de Ciências, é preciso valorizar a perspectiva dialógica em sala de aula. Pretendemos, ao fornecer textos com temas atuais e situações cotidianas, favorecer a expressão de diferentes vozes do conhecimen- to, as quais se articulam e se confrontam no processo de elaboração conceitual pelos estudantes. O trabalho com os estudantes do Ensino Fundamental tem características próprias. Nas situações propostas, eles aprendem a se envolver progressivamente com as manifestações dos fenômenos naturais ao fazer conjecturas, experimentar, errar e interagir com os colegas e o professor, expondo suposições e pontos de vista e confrontando-os com outros. Seria inadequado, por exemplo, exigir que os estudantes percorram sozinhos todo o ciclo investigativo; igualmente negativo seria considerar a vivência do método científico como estratégia metodológica absoluta e linear nas ati- vidades experimentais propostas. Em tempos de ampla utilização de tecnologias e mídias sociais, vale destacar que a internet não deve se consti- tuir como única fonte de pesquisa. É preciso estimular os estudantes a complementar seus trabalhos com informa- ções obtidas em livros, revistas, jornais, entrevistas com profissionais ou visitas a instituições especializadas. Além disso, eles devem reconhecer que pesquisar não é simples- mente recortar e colar. Os estudantes devem analisar o que leram, complementar, reescrever, incrementar com re- cursos visuais e sempre citar as fontes de onde obtiveram conteúdos como textos e imagens, indicando o endereço eletrônico e a data de acesso quando obtidas pela internet. Concordamos com Pavão e Freitas (2008, p. 18) quando, embora reconhecendo a importância do labo- ratório, dão sugestões para estimular a curiosidade e o espírito investigativo dos estudantes sem dispor de recursos sofisticados. [...] Não é a falta de recursos, de um la- boratório ou de qualquer outra infraestru- tura física que impede o desenvolvimento de um programa de iniciação científica na escola. Que escola que não tem for- migas? E quantas patas têm uma formi- ga? O que elas comem? Existem outros animais na escola? [...]. Qualquer objeto pode ser explorado cientificamente. Por exemplo, peça para que cada estudante recolha uma pedra do pátio (ou pode ser uma folha de alguma planta, uma semen- te ou outros objetos disponíveis na escola) e a observe cuidadosamente, registrando suas características de tamanho, peso, cor [...], tudo que for observável. Em seguida misture todas as pedras por eles coleta- das e solicite que o estudante descubra qual é sua pedra no meio de todas. De- pois experimente trocar os registros entre os estudantes e repetir a experiência de identificar as pedras. Mesmo simples, esta é uma prática científica básica, que exercita a observação, medidas e regis- tros, aspectos fundamentais na pesquisa científica. A observação de tudo que nos cerca é sempre um bom começo, e é algo que tem um começo, mas que não tem fim. [...] Ao observar, os estudantes come- çam a medir, experimentar, fazer contas, ler, escrever, desenhar, divulgar, trocar e levantar hipóteses. [...] A abordagem adotada pela coleção permite aos estudantes refletir sobre conteúdos já vistos por meio de questionamentos heurísticos e investigativos. São propostas atividades experimentais por meio das quais os estudantes se aproximam da atividade científica le- vantando hipóteses, controlando variáveis, analisando e observando o processo e os resultados e formulando e deduzindo questões e respostas. Por que valoriza- mos a investigação e a argumentação na escola? A argumentação é considerada uma atividade central nas Ciências da Natureza. Cientistas argumentam ao elaborar hipóteses, previsões, modelos e explicações para os fenômenos naturais. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 13. XI Também constroem argumentos para sustentar ou refutar afirmações, defendendo suas ideias. As pesquisas sobre o ensino de Ciências têm defendido uma aproximação entre as práticas pedagógicas realizadas no currículo escolar e as práticas realizadas no processo de construção do conhecimento científico. Atividades investigativas no ensino de Ciências favorecem o desenvolvimento de habilidades argumentativas. Isso pode ser ilustrado no esquema a seguir. Fonte: GALIAZZI, Maria C.; MORAES, Roque; RAMOS, Maurivan G. Educar pela pesquisa: as resistências sinalizando o processo de profissionalização de professores. Educar em revista, Curitiba, n. 21, p. 1-15, 2003. Representação de um ciclo de pesquisa. Cada ciclo estimula o protagonismo dos estudantes, a produção de inferências e a construção de argumentos. diálogo argumentativo, leitura e escrita Questionamento: - escolha do tema; - explicitação do conhecimento dos participantes; - discussão das ideias pessoais; - avaliação do processo. Construção de argumentos: - reunião dos argumentos; - diálogo com interlocutores teóricos e empíricos; - elaboração de argumentos fundamentados. Validação dos argumentos: - validação dos argumentos em aula; - validação dos argumentos em comunidades ampliadas. Pensamento computacional À primeira vista, o pensamento computacional costuma ser associado à programação de computadores e ao uso de aplicativos, da internet ou de redes sociais. Essa, contudo, é uma visão limitada, pois o pensamento computacional relaciona-se à capacidade estratégica de modelar soluções e resolver problemas de maneira efi- ciente, fazendo generalizações pertinentes na forma de ações sequenciais. De acordo com Dias (2016), para ensinar o pensamento computacional é necessário repensar o que se espera da formação do estudante. [...] Quando refletimos sobre educação e suas formas devemos nos ater, em especial, com a formação do sujeito, do aluno que queremos ter e formar para o futuro da sociedade. É nesse sentido, de buscar a melhor formação, a melhor preparação do educando para a vida, que devemos também estar preocupados com a inserção das tecnologias de informação e comu- nicação no currículo das séries iniciais, proporcionando ao estudante uma experiência sólida de aprendizagem de modo a acompanhá-lo por toda a vida. Nessa esteira, repensar o termo computação, cujo senso comum remete-nos a imagem do computador, é também uma forma de pensar na educação e suas formas. Para tal, mister se faz lembrar que, já antes do computador, existia o pensamento computacional, no sentido de identi- ficar aquelas tarefas, muitas vezes repetitivas e rotineiras, que poderiam ser feitas de forma mais rápida e eficaz. Temos então o início da transferência da execução das tarefas através do uso de uma máquina, no caso, o computador. Essa ideia é o princípio do pensamento computacional. [...] Dayane Raven MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 14. XII Entre as habilidades que compõem o pensamento computacional estão decomposição (dividir um pro- blema em pequenas partes para solucioná-lo mais facilmente), reconhecimento de padrões e similaridades (construção de soluções para problemas sob diferentes perspectivas), abstração (identificação e análise dos elementos relevantes de um problema) e pensamento algorítmico (criação de regras e etapas para a solução de problemas). Todas essas capacidades podem ser exigidas e desenvolvidas em algum grau, em diferentes contextos da vida pessoal e cidadã. Procuramos em diversas atividades – em maior ou menor grau – colaborar para o pensa- mento computacional articulado com o desenvolvimento de competências e habilidades, mesmo em situações que não utilizam recursos tecnológicos. Essas atividades consideram que estudantes de uma mesma turma podem apresentar diferentes perfis no domínio e familiaridade no uso de ferramentas tecnológicas. Também estamos cientes de que nem em todas as escolas estudantes e professores dispõem de acesso satisfatório a essas ferramentas. Fonte: EXERCITANDO o pensamento computacional. ProfLab, Recife, [20--]. Disponível em: https://www.souproflab.com.br/recursos/infograficos/. Acesso em: 22 jun. 2022. Esquema simplificado do trabalho com o pensamento computacional. Papel do professor Sabemos que a atividade docente não pode ser limitada a uma dimensão burocrática. Por essa razão, é importante que cada professor reafirme e valorize a perspectiva de reflexão sobre a ação pedagógica e a neces- sidade de problematizar criticamente a realidade. Diante da multidimensionalidade da docência, qual é o lugar de fala do professor? Dayane Raven MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 15. XIII Como esse lugar é referenciado pelos diferentes contextos e atores sociais, como os estudantes e sua famí- lia, os outros profissionais da escola e a comunidade? Como você se vê e analisa o impacto de seus discursos e práticas? Além da singularidade inerente a cada pessoa humana, diferentes abordagens pedagógicas constituem os modos de ser docente: as docências. E essas podem ter visibilidade e legitimidade também assimétricas, em virtude do contexto histórico, sociopolítico e cultural. A complexidade envolvida no processo de ensino e aprendizagem, somada às propostas de metodologias ativas, de integração entre materiais impressos e digitais e de protagonismo dos estudantes diante das situações de aprendizagem, coloca o professor no papel de mediador, por meio do qual deve-se buscar meios de instigar e desafiar estudantes em situações de aprendizagem significativas. No entanto, é bem importante reiterar que o papel de mediador não desprestigia as ações do professor ou diminui sua responsabilidade no planejamento, na proposição e na avaliação das aprendizagens. Mediar também envolve escolha e planejamento árduos e cri- teriosos sobre estratégias e recursos, bem como engloba objetivos subjacentes, acompanhamento do processo e avaliação permanente. A concepção de mediador tenta obliterar a ideia de um professor autoritário, dono de incontestáveis verdades científicas e cujo lugar mais apropriado é sempre à frente da sala, colocando-se em po- sição de superioridade em relação aos estudantes. O professor mediador é capaz de realizar diferentes tarefas, adaptando-se a situações inesperadas e superando modelos bancários e automatismos pouco eficientes. Moran (2013) argumenta que: [...] o papel do professor é mais o de curador e orientador. Curador, que escolhe o que é relevante em meio a tanta informação disponível e ajuda os estudantes a encontrarem sentido no mosaico de materiais e atividades disponíveis. Curador, no sentido também de cuidador: ele cuida de cada um, dá apoio, acolhe, estimula, valoriza, orienta e inspira. [...] Logo, o professor precisa ser competente dos pontos de vista intelectual, afetivo e gerencial, sendo um gestor de aprendizagens múltiplas e complexas. Diversos papéis compõem a prática docente. Autoavaliação e reflexão da própria prática Planejamento e avaliação contínua Cooperação nos processos sociais de aprendizagem Gestão de espaços de educação Conhecimento de tecnologias educacionais Gestão de materiais didáticos Mediação e orientação da aprendizagem Dayane Raven MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 16. XIV Não menos importante é o seguinte questionamento: um professor entusiasmado e afetuoso poderia ser mais eficaz em despertar a curiosidade dos estudantes e favorecer a aprendizagem? Com frequência, componentes afetivos são desconsiderados nas práticas pedagógicas. Felizmente, essas dicotomias vêm sendo suplantadas. Já é consenso que demonstrar interesse genuíno pelos educandos, interagindo com eles de maneira cooperativa no trabalho de sala de aula, é um dos componentes do papel do professor. Reforçando a autonomia docente e a importância da mediação para o uso adequado e eficiente do material didático, consideramos ser parte do trabalho do professor a escolha de recursos e metodologias que serão utilizados em sua prática pedagógica. É o professor quem vai criar roteiros para aprendizagem, levando em consideração a articulação entre conteúdos, objetivos de aprendizagem e avaliação. Nesse sentido, sabemos que as salas de aula são heterogêneas, e, portanto, os estudantes apresentam dificuldades variadas e aprendem de formas e em ritmos diferentes. Isto posto, quanto maior for o repertório didático do professor, maior será a chance de que todos os estudantes aprendam. Há de se considerar ainda as condições específicas do contexto escolar: o espaço da sala de aula, a possibili- dade de flexibilização desse espaço, os recursos disponíveis na escola, a presença ou não de laboratórios didáticos e de bibliotecas, entre outros fatores. Para tanto, a coleção oferece muitas opções, objetivando a construção de aprendizagens significativas, incluindo a abordagem dos temas com base em reflexões e problematizações, pro- postas de trabalhos colaborativos, atividades desafiadoras e inserção de tecnologias nas práticas pedagógicas. Trabalho contextualizado e interdisciplinar O estudo das Ciências da Natureza objetiva o entendimento das relações entre a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade e busca dar aos estudantes condições para que possam analisar e se decidir sobre questões que envol- vem temas como alimentos, medicamentos, combustíveis, transportes, comunicações, contracepção, saneamento e manutenção da vida na Terra. É notório que essas temáticas apresentam interseções com as dimensões ética, política, cultural, social e científica, o que torna o trabalho interdisciplinar fundamental para abordar integralmente os conceitos e promover uma formação cidadã. Para atingir esse objetivo, um dos desafios consiste em transformar o cotidiano em objeto de investigação e pesquisa. É preciso ficar atento para que, no afã de construir uma prática docente mais crítica, menos reprodu- tivista e, portanto, menos centrada na “transmissão de conteúdos”, não se caia no outro extremo: um currículo esvaziado, que promove espaço para debates sem, entretanto, fornecer instrumentos ao estudante para participar deles de modo qualificado e crítico. A contextualização como princípio educacional por vezes é tratada de modo equivocado ou inadequado. Esse princípio, nos currículos escolares, implica problematizar o conteúdo a ser ensinado em um contexto, isto é, em um campo de conhecimento, tempo e espaço definidos. Portanto, não representa apenas um tipo de estratégia didática e tampouco deve estar limitado à dimensão concreta ou local de determinado problema. Ainda que trate de uma situação abstrata ou de alcance global, o conteúdo, quando contextualizado, tende a ser mais significativo. Doreen R/Shutterstock.com A interdisciplinaridade e a contextualização favorecem a consolidação do conhecimento. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 17. XV A interdisciplinaridade nesta coleção Entendemos a interdisciplinaridade como a intera- ção entre disciplinas em que elas, embora mantenham sua identidade, dialoguem, ampliando o olhar e a abor- dagem de questões. A interdisciplinaridade não anula a disciplinaridade. Cada disciplina tem sua identidade, seu objeto de estudo e sua forma de pesquisar e produ- zir conhecimento. A abordagem interdisciplinar amplia as possibilidades de contextualização. Nesta coleção, sempre que possível, contextuali- zamos os conceitos estudados e procuramos ampliar o quadro de referências do estudante, a fim de favorecer seu trânsito entre contextos próximos e distantes, rela- cionando problemáticas locais (como o lixo no bairro) às globais (como o agravamento do efeito estufa). Por isso, acreditamos que uma das maneiras mais oportunas de trabalhar interdisciplinarmente é realizar um planeja- mento detalhado da proposta de trabalho, delimitando eixos temáticos de trabalho para que, por meio de ativi- dades e projetos, seja possível unir as diferentes áreas do conhecimento, a fim de propor soluções aos desafios apresentados. Esse também é um dos objetivos das metodologias ativas de aprendizagem. Como a maioria dos currículos escolares é estrutu- rada disciplinarmente, a visão do todo, a comunicação e o diálogo entre os saberes podem ser pouco favore- cidos pela prática pedagógica; dessa forma, conteúdos pouco se integram ou complementam. Para favorecer a integração entre o componente curricular Ciências da Natureza e os demais componentes de maneira dire- ta, propomos atividades integradas ao longo do livro. Nessas atividades, são apresentadas discussões sobre temas contemporâneos, cuja complexidade exige uma visão global, contextualizada e interdisciplinar. De que adianta sobrecarregar nossos estudantes com conteú- dos desprovidos de significado e desarticulados? Embora você possa – com auxílio do livro e de ou- tros recursos complementares – fazer uma abordagem interdisciplinar dos conceitos trabalhados em sua aula de Ciências, o ideal é que haja possibilidade de um planeja- mento conjunto com colegas de outras disciplinas. Caso esse momento coletivo já seja previsto no cotidiano de sua escola, aproveite essa oportunidade ao máximo. Um trabalho integrado, além de ser mais significativo, otimiza tempo e recursos, evitando sobreposições desnecessá- rias de conteúdos e abrindo caminho para atividades diversificadas que demandam maior organização. Existem diversas maneiras de elaborar aulas e projetos interdisciplinares, que podem ser planejados tanto com base em temas presentes nos materiais como pela mobilização de habilidades afins, ou ainda pelas competências gerais da BNCC ou Temas Con- temporâneos Transversais. Informações mais detalha- das podem ser encontradas nos artigos disponíveis em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttextpi- d=S1415-69542010000100011; https://gestaoescolar. org.br/conteudo/2315/como-construir-e-implementar -projetos-interdisciplinares-de-maneira-colaborativa; e https://arq.ifsp.edu.br/eventos/files/pdfs/SEMATED_ 2017_T6.pdf (acessos em: 6 jul. 2022). A coleção e a BNCC Buscou-se contemplar na coleção todos os objetos de conhecimento, bem como as competências gerais para a Educação Básica e as competências e habilida- des definidas pela BNCC para os Anos Finais do Ensino Fundamental para a área de Ciências da Natureza. Tam- bém foram trabalhados, com ênfase nos momentos em que era pertinente e significativo, os Temas Contempo- râneos Transversais. Considerando-se, porém, que se trata de um documento-base, que pode ser ampliado, foram incluídos alguns conceitos a fim de favorecer a abordagem de contextos significativos e a progressão de aprendizagens. Parece consenso que não é necessário nem impres- cindível que os estudantes aprendam na escola tudo o que é produzido no campo das Ciências. Mais do que trabalhar conteúdos, o desafio da escola é levar o estu- dante a aprender a aprender. Para isso, é preciso que a escola possa garantir, de modo sistemático e planejado, situações que levem o estudante a, em diferentes con- textos, comparar, interpretar, classificar, analisar, sinte- tizar, discutir, debater, descrever, esquematizar, opinar, julgar, fazer generalizações, analogias, diagnósticos etc. A escola deve ter como objetivo a promoção da autonomia intelectual dos estudantes, propondo si- tuações favoráveis à aprendizagem que abordem conceitos-chave em cada disciplina. Eles precisam ser devidamente contextualizados, o que dará sentido a eles, e também estar articulados com outros campos do conhecimento sempre que possível. No ensino de Ciências, certos conceitos são essen- ciais para compreender fenômenos e processos que, quando efetivamente dominados, permitem aos estu- dantes fazer extrapolações e agregar outros conceitos mais periféricos. Fundamentando-se neles, é possível ela- borar problematizações contemporâneas relacionadas a aplicações biotecnológicas e discussões ambientais, entre outras questões importantes para a vida em sociedade. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 18. XVI Competências gerais da Educação Básica As dez competências gerais da Base Nacional Comum Curricular buscam promover o desenvolvimento dos estudantes ao longo de toda a Educação Básica e em todas as suas dimensões: intelectual, física, social, emocional e cultural. Veja no quadro a seguir as dimensões que cada uma das dez competências abrange. Fonte: MOVIMENTO PELA BASE NACIONAL COMUM. Dimensões e desenvolvimento das competências gerais da BNCC. [S. l.], [2018]. p. 2. Disponível em: http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2018/03/BNCC_Competencias_ Progressao.pdf. Acesso em: 2 jun. 2022. Competências gerais da Educação Básica e suas dimensões. O que: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação. O que: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital. O que: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação. O quê: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade. O que: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional. O que: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais. O que: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis. O que: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica. O que: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências. O que: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares). Para: Tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Para: Entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Para: Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. Para: Para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. Para: Compreender-se na diversidade humana, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. Para: Participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. Para: Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Para: Expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. Para: Que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. Para: Comunicar-se, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 1. Conhecimento 2. Pensamento científico, crítico e criativo 3. Repertório cultural 7. Argumentação 4. Comunicação 5. Cultura digital 6. Trabalho e projeto de vida 8. Autoconhecimento e autocuidado 9. Empatia e cooperação 10. Responsabilidade e cidadania Dayane Raven MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 19. XVII Habilidades da BNCC As habilidades da BNCC estão agrupadas dentro de objetos de conhecimento, que fazem parte de unidades temáticas. Veja, a seguir, a que se refere cada uma dessas categorias. Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental 1 Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 2 Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 3 Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. 4 Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. 5 Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 6 Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. 7 Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. 8 Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Competências específicas de Ciências da Natureza As competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental estão listadas a seguir. A coleção aborda, ao longo de seus volumes, todas as habilidades de Ciências da Natureza previstas para os Anos Finais do Ensino Fundamental pela BNCC. As habilidades e os objetos de conhecimento estão listados, por ano, nas tabelas a seguir. Unidades temáticas • As unidades temáticas definem um arranjo dos objetos de conhecimento ao longo do Ensino fundamental. • No caso de Ciências da Natureza, as unidades temáticas são as mesmas ao longo do Ensino Fundamental. Objetos de conhecimento • São conteúdos, conceitos e processos que são mobilizados pelas habilidades, relativos à cada unidade temática. Habilidades • Expressam as aprendizagens essenciais relacionadas aos objetos de conhecimento. • Devem ser asseguradas a todos os estudantes, independentemente de seu contexto escolar. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 20. XVIII Habilidades da BNCC para o 6o ano Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Matéria e energia Misturas homogêneas e heterogêneas Separação de materiais Materiais sintéticos Transformações químicas EF06CI01: Classificar como homogênea ou heterogênea a mistura de dois ou mais materiais (água e sal, água e óleo, água e areia etc.). EF06CI02: Identificar evidências de transformações químicas a partir do resultado de misturas de materiais que originam produtos diferentes dos que foram misturados (mistura de ingredientes para fazer um bolo, mistura de vinagre com bicarbonato de sódio etc.). EF06CI03: Selecionar métodos mais adequados para a separação de diferentes sistemas heterogêneos a partir da identificação de processos de separação de materiais (como a produção de sal de cozinha, a destilação de petróleo, entre outros). EF06CI04: Associar a produção de medicamentos e outros materiais sintéticos ao desenvolvimento científico e tecnológico, reconhecendo benefícios e avaliando impactos socioambientais. Vida e evolução Célula como unidade da vida Interação entre os sistemas locomotor e nervoso Lentes corretivas EF06CI05: Explicar a organização básica das células e seu papel como unidade estrutural e funcional dos seres vivos. EF06CI06: Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de organização. EF06CI07: Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação das ações motoras e sensoriais do corpo, com base na análise de suas estruturas básicas e respectivas funções. EF06CI08: Explicar a importância da visão (captação e interpretação das imagens) na interação do organismo com o meio e, com base no funcionamento do olho humano, selecionar lentes adequadas para a correção de diferentes defeitos da visão. EF06CI09: Deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos animais resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso. EF06CI10: Explicar como o funcionamento do sistema nervoso pode ser afetado por substâncias psicoativas. Terra e Universo Forma, estrutura e movimentos da Terra EF06CI11: Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características. EF06CI12: Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos. EF06CI13: Selecionar argumentos e evidências que demonstrem a esfericidade da Terra. EF06CI14: Inferir que as mudanças na sombra de uma vara (gnômon) ao longo do dia em diferentes períodos do ano são uma evidência dos movimentos relativos entre a Terra e o Sol, que podem ser explicados por meio dos movimentos de rotação e translação da Terra e da inclinação de seu eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 21. XIX Habilidades da BNCC para o 7o ano Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Matéria e energia Máquinas simples Formas de propagação do calor Equilíbrio termodinâmico e vida na Terra História dos combustíveis e das máquinas térmicas EF07CI01: Discutir a aplicação, ao longo da história, das máquinas simples e propor soluções e invenções para a realização de tarefas mecânicas cotidianas. EF07CI02: Diferenciar temperatura, calor e sensação térmica nas diferentes situações de equilíbrio termodinâmico cotidianas. EF07CI03: Utilizar o conhecimento das formas de propagação do calor para justificar a utilização de determinados materiais (condutores e isolantes) na vida cotidiana, explicar o princípio de funcionamento de alguns equipamentos (garrafa térmica, coletor solar etc.) e/ou construir soluções tecnológicas a partir desse conhecimento. EF07CI04: Avaliar o papel do equilíbrio termodinâmico para a manutenção da vida na Terra, para o funcionamento de máquinas térmicas e em outras situações cotidianas. EF07CI05: Discutir o uso de diferentes tipos de combustível e máquinas térmicas ao longo do tempo, para avaliar avanços, questões econômicas e problemas socioambientais causados pela produção e uso desses materiais e máquinas. EF07CI06: Discutir e avaliar mudanças econômicas, culturais e sociais, tanto na vida cotidiana quanto no mundo do trabalho, decorrentes do desenvolvimento de novos materiais e tecnologias (como automação e informatização). Vida e evolução Diversidade de ecossistemas Fenômenos naturais e impactos ambientais Programas e indicadores de saúde pública EF07CI07: Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas. EF07CI08: Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc. EF07CI09: Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde. EF07CI10: Argumentar sobre a importância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de doenças. EF07C11: Analisar historicamente o uso da tecnologia, incluindo a digital, nas diferentes dimensões da vida humana, considerando indicadores ambientais e de qualidade de vida. Terra e Universo Composição do ar Efeito estufa Camada de ozônio Fenômenos naturais (vulcões, terremotos e tsunamis) Placas tectônicas e deriva continental EF07CI12: Demonstrar que o ar é uma mistura de gases, identificando sua composição, e discutir fenômenos naturais ou antrópicos que podem alterar essa composição. EF07CI13: Descrever o mecanismo natural do efeito estufa, seu papel fundamental para o desenvolvimento da vida na Terra, discutir as ações humanas responsáveis pelo seu aumento artificial (queima dos combustíveis fósseis, desmatamento, queimadas etc.) e selecionar e implementar propostas para a reversão ou controle desse quadro. EF07CI14: Justificar a importância da camada de ozônio para a vida na Terra, identificando os fatores que aumentam ou diminuem sua presença na atmosfera, e discutir propostas individuais e coletivas para sua preservação. EF07CI15: Interpretar fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e tsunamis) e justificar a rara ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tectônicas. EF07CI16: Justificar o formato das costas brasileira e africana com base na teoria da deriva dos continentes. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 22. XX Habilidades da BNCC para o 8o ano Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Matéria e energia Fontes e tipos de energia Transformação de energia Cálculo de consumo de energia elétrica Circuitos elétricos Uso consciente de energia elétrica EF08CI01: Identificar e classificar diferentes fontes (renováveis e não renováveis) e tipos de energia utilizados em residências, comunidades ou cidades. EF08CI02: Construir circuitos elétricos com pilha/bateria, fios e lâmpada ou outros dispositivos e compará-los a circuitos elétricos residenciais. EF08CI03: Classificar equipamentos elétricos residenciais (chuveiro, ferro, lâmpadas, TV, rádio, geladeira etc.) de acordo com o tipo de transformação de energia (da energia elétrica para a térmica, luminosa, sonora e mecânica, por exemplo). EF08CI04: Calcular o consumo de eletrodomésticos a partir dos dados de potência (descritos no próprio equipamento) e tempo médio de uso para avaliar o impacto de cada equipamento no consumo doméstico mensal. EF08CI05: Propor ações coletivas para otimizar o uso de energia elétrica em sua escola e/ou comunidade, com base na seleção de equipamentos segundo critérios de sustentabilidade (consumo de energia e eficiência energética) e hábitos de consumo responsável. EF08CI06: Discutir e avaliar usinas de geração de energia elétrica (termelétricas, hidrelétricas, eólicas etc.), suas semelhanças e diferenças, seus impactos socioambientais, e como essa energia chega e é usada em sua cidade, comunidade, casa ou escola. Vida e evolução Mecanismos reprodutivos Sexualidade EF08CI07: Comparar diferentes processos reprodutivos em plantas e animais em relação aos mecanismos adaptativos e evolutivos. EF08CI08: Analisar e explicar as transformações que ocorrem na puberdade considerando a atuação dos hormônios sexuais e do sistema nervoso. EF08CI09: Comparar o modo de ação e a eficácia dos diversos métodos contraceptivos e justificar a necessidade de compartilhar a responsabilidade na escolha e na utilização do método mais adequado à prevenção da gravidez precoce e indesejada e de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). EF08CI10: Identificar os principais sintomas, modos de transmissão e tratamento de algumas DST (com ênfase na AIDS), e discutir estratégias e métodos de prevenção. EF08CI11: Selecionar argumentos que evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética). Terra e Universo Sistema Sol, Terra e Lua Clima EF08CI12: Justificar, por meio da construção de modelos e da observação da Lua no céu, a ocorrência das fases da Lua e dos eclipses, com base nas posições relativas entre Sol, Terra e Lua. EF08CI13: Representar os movimentos de rotação e translação da Terra e analisar o papel da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação à sua órbita na ocorrência das estações do ano, com a utilização de modelos tridimensionais. EF08CI14: Relacionar climas regionais aos padrões de circulação atmosférica e oceânica e ao aquecimento desigual causado pela forma e pelos movimentos da Terra. EF08CI15: Identificar as principais variáveis envolvidas na previsão do tempo e simular situações nas quais elas possam ser medidas. EF08CI16: Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da identificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 23. XXI Habilidades da BNCC para o 9o ano Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Matéria e energia Aspectos quantitativos das transformações químicas Estrutura da matéria Radiações e suas aplicações na saúde EF09CI01: Investigar as mudanças de estado físico da matéria e explicar essas transformações com base no modelo de constituição submicroscópica. EF09CI02: Comparar quantidades de reagentes e produtos envolvidos em transformações químicas, estabelecendo a proporção entre as suas massas. EF09CI03: Identificar modelos que descrevem a estrutura da matéria (constituição do átomo e composição de moléculas simples) e reconhecer sua evolução histórica. EF09CI04: Planejar e executar experimentos que evidenciem que todas as cores de luz podem ser formadas pela composição das três cores primárias da luz e que a cor de um objeto está relacionada também à cor da luz que o ilumina. EF09CI05: Investigar os principais mecanismos envolvidos na transmissão e recepção de imagem e som que revolucionaram os sistemas de comunicação humana. EF09CI06: Classificar as radiações eletromagnéticas por suas frequências, fontes e aplicações, discutindo e avaliando as implicações de seu uso em controle remoto, telefone celular, raio X, forno de micro-ondas, fotocélulas etc. EF09CI07: Discutir o papel do avanço tecnológico na aplicação das radiações na medicina diagnóstica (raio X, ultrassom, ressonância nuclear magnética) e no tratamento de doenças (radioterapia, cirurgia ótica a laser, infravermelho, ultravioleta etc.). Vida e evolução Hereditariedade Ideias evolucionistas Preservação da biodiversidade EF09CI08: Associar os gametas à transmissão das características hereditárias, estabelecendo relações entre ancestrais e descendentes. EF09CI09: Discutir as ideias de Mendel sobre hereditariedade (fatores hereditários, segregação, gametas, fecundação), considerando-as para resolver problemas envolvendo a transmissão de características hereditárias em diferentes organismos. EF09CI10: Comparar as ideias evolucionistas de Lamarck e Darwin apresentadas em textos científicos e históricos, identificando semelhanças e diferenças entre essas ideias e sua importância para explicar a diversidade biológica. EF09CI11: Discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da seleção natural sobre as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo. EF09CI12: Justificar a importância das unidades de conservação para a preservação da biodiversidade e do patrimônio nacional, considerando os diferentes tipos de unidades (parques, reservas e florestas nacionais), as populações humanas e as atividades a eles relacionados. EF09CI13: Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas. Terra e Universo Composição, estrutura e localização do Sistema Solar no Universo Astronomia e cultura Vida humana fora da Terra Ordem de grandeza astronômica Evolução estelar EF09CI14: Descrever a composição e a estrutura do Sistema Solar (Sol, planetas rochosos, planetas gigantes gasosos e corpos menores), assim como a localização do Sistema Solar na nossa Galáxia (a Via Láctea) e dela no Universo (apenas uma galáxia dentre bilhões). EF09CI15: Relacionar diferentes leituras do céu e explicações sobre a origem da Terra, do Sol ou do Sistema Solar às necessidades de distintas culturas (agricultura, caça, mito, orientação espacial e temporal etc.). EF09CI16: Selecionar argumentos sobre a viabilidade da sobrevivência humana fora da Terra, com base nas condições necessárias à vida, nas características dos planetas e nas distâncias e nos tempos envolvidos em viagens interplanetárias e interestelares. EF09CI017: Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimento, vida e morte) baseado no conhecimento das etapas de evolução de estrelas de diferentes dimensões e os efeitos desse processo no nosso planeta. Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: 2018. p. 426-431. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov. br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 23 maio 2022. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 24. XXII De acordo com a BNCC, as competências inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático propos- to para as três etapas da Educação, sendo seu desenvolvimento consequência da progressão das aprendizagens ao longo dessas etapas – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio –, articulando-se na construção de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). De modo simplificado, pode-se dizer que, enquanto as competências têm caráter geral e são aplicáveis a contextos diversos, as habilidades relacionam-se mais diretamente a situações específicas. Por exemplo, a com- petência de construir argumentações é exigida em diversos momentos e em diferentes áreas do conhecimento. Argumenta-se em um debate oral, em uma redação, em uma apresentação de trabalhos etc. No entanto, para argumentar é preciso também utilizar conceitos específicos, dependendo da disciplina. Toda competência é composta por habilidades não exclusivas, ou seja, uma habilidade pode estar na composição de competências diferentes. Argumentar, por exemplo, envolve as habilidades de expressar-se adequadamente de modo oral ou escrito, de demonstrar coerência de ideias e de articular conceitos. Por outro lado, argumentar pode ser conside- rada uma das habilidades envolvidas na competência de debater. Sendo um termo de caráter polissêmico, vale esclarecer que, na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Como favorecer o desenvolvimento de competências e habilidades da BNCC? A BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competên- cias. Assim, os planejamentos curriculares devem indicar o que os estudantes devem “saber” (conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e como aprender “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores na vida cidadã). Conhecimento Habilidades Atitudes Valores Competência Dayane Raven MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 25. XXIII O limite conceitual entre o saber e o saber-fazer é tênue e contextual. O mais importante é perceber que não se constroem competências no vazio concei- tual, isto é, quem argumenta de maneira competente mobiliza esquemas mentais, conceitos, experiências anteriores, valores e outros recursos cognitivos. Ne- nhum conceito por si só faz alguém desenvolver uma competência. O indivíduo precisa vivenciar situações que coloquem esse saber/fazer em ação. Só se apren- de a argumentar vivenciando situações que exijam argumentação, seja durante aulas de Ciências, de História, de Arte ou em contextos fora da escola. No entanto, uma vez que se saiba argumentar, essa competência poderá ser utilizada durante a vida aca- dêmica/profissional e pessoal. O professor deve estar atento e disposto a pro- por situações de aprendizagem diversificadas que exercitem o uso das competências e habilidades pelos estudantes, aliadas a conceitos disciplinares selecionados para aquele nível de ensino. Para plane- jar aulas e projetos, sugere-se selecionar inicialmente qual competência e/ou habilidade será o foco. A ela- boração da atividade parte da competência ou habi- lidade escolhida e, então, o objeto de conhecimento, também indispensável, é definido. A competência que envolve ler e interpretar gráficos, por exemplo, pode ser desenvolvida em aulas sobre ecologia, en- zimas, calor, crescimento bacteriano, entre outros assuntos. Ao propor atividades como análise de si- tuações-problema, leitura/interpretação de gráficos, demonstrações, exibição de vídeos ou leitura de tex- tos, o professor pode promover o desenvolvimento de competências e habilidades diversificadas nos estudantes com fundamento em conceitos científicos diversos, abrangendo inclusive estudantes de perfis de aprendizagem distintos. É preciso escolher contextos para trabalhar os objetos de conhecimento que instrumentalizem os estudantes para emitir opiniões e posicionar-se cri- ticamente, sem se basear apenas no senso comum. O desafio é fazer os estudantes reconhecerem a necessidade de ampliar seu quadro de referências, apropriando-se de conceitos e competências que permitam a eles transitar em diferentes contextos, que vão desde a realidade cotidiana, local e concreta, até a distante, global e mais abstrata. Eles devem se ver como cidadãos do bairro e do mundo e fazer escolhas articulando o que aprendem na escola com a vida cotidiana. Assim, não basta, por exemplo, estudar a poluição local sem entender sua relação com o aquecimento global. Para favorecer esse en- tendimento, a escola precisa incorporar aspectos que fazem parte do universo dos estudantes e envolvê- -los na aprendizagem. Entre muitos desses aspectos destacam-se as tecnologias de informação e comuni- cação e as redes sociais. Estudantes competentes no uso crítico de múltiplas modalidades de linguagens e tecnologias poderão exercer com mais propriedade sua cidadania e ser protagonistas de sua história. Articulação entre competências e habilidades Vejamos um exemplo de articulação entre uma competência geral, uma competência específica e uma habilidade. Relacionadas a cada uma das com- petências específicas de Ciências da Natureza, são descritas habilidades a serem desenvolvidas. Uma mesma habilidade pode contribuir para mais de uma competência e ser considerada um componente de diversas competências. Nesta coleção, a competência geral 4 (relativa à dimensão Comunicação) é trabalhada nas ativi- dades em que se mobilizam diferentes suportes e linguagens. Entre as numerosas possibilidades de estratégias para motivar os estudantes a aprende- rem as Ciências da Natureza por meio de diferentes linguagens midiáticas, podemos citar: • criação de jornal impresso e virtual com a media- ção docente na seleção de temáticas, na delimi- tação de assuntos, na adequação da linguagem, na programação visual e gráfica etc.; • simulações de fenômenos e experimentos; • animações; • maquetes virtuais; • elaboração de mapas conceituais; • produção com recursos da informática e de mapas, tabelas e gráficos demonstrativos sobre pesquisas feitas; • montagem ou reestruturação de “radioescola”, com elaboração coletiva da programação; • exposição de ilustrações, charges, pinturas e fotografias explorando diferentes aspectos de um tema; • construção de homepages da escola ou da turma; • elaboração de fotologs, blogs, podcasts etc. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 26. XXIV sobre assuntos estudados e outros de interesse dos estudantes; • impressão ou digitalização de textos produzidos; • lista de discussão e fóruns sobre questões controversas (por exemplo, pesquisa com células-tronco); • produção de vídeos com base em entrevistas feitas com a comunidade e socialização desse material em espaços virtuais e outros. Se a escola não dispuser de computadores, TV e outros recursos tecnológicos similares, um caminho é buscar parcerias na comunidade na forma de doação ou empréstimo desses dispositivos e espaços para sua utili- zação. Pode-se também incrementar as aulas com mate- riais de mais fácil acessibilidade, como jornais impressos. A competência geral 4 é desenvolvida e ampliada de maneira articulada com a competência específica 6 de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental, pois nessas atividades o estudante é levado a “utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informa- ção e comunicação para se comunicar, acessar e disse- minar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de maneira crítica, significativa, reflexiva e ética”. Essa dimensão reflexiva e ética da competência é particularmente enfatizada ao explorar, nas diversas ati- vidades, aspectos de questões relevantes relacionadas a saúde, sexualidade, biotecnologia e meio ambiente. Nas propostas de pesquisa e exploração, orienta-se sobre o cuidado com a confiabilidade das fontes e as implicações das fake news. A respeito dessa competência específica, sugeri- mos atividades em cada volume nas quais se exploram objetos do conhecimento diversificados, envolvendo elaboração de materiais informativos a serem distribuí- dos na escola e comunidade – como folhetos e cartilhas – e produção de vídeos e podcasts, cartazes, fotografias, blogs e demais mídias com uso crítico, seguro e autoral de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), que desenvolvem, entre outras, as habilidades: • Volume 6: (EF06CI07) Justificar o papel do siste- ma nervoso na coordenação das ações motoras e sensoriais do corpo, com base na análise de suas estruturas básicas e respectivas funções. • Volume 7: (EF07CI10) Argumentar sobre a impor- tância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de doenças. • Volume 8: (EF08CI11) Selecionar argumentos que evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética). • Volume 9: (EF09CI13) Propor iniciativas indivi- duais e coletivas para a solução de problemas am- bientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas. Com base nesse exemplo, pode-se constatar que, por meio do desenvolvimento de habilidades nas situações de aprendizagem, mobilizando diferentes objetos do conhecimento, favorecemos o desenvol- vimento de competências específicas dentro de uma etapa de ensino, em nosso caso, os Anos Finais do Ensino Fundamental. As competências gerais são desenvolvidas ao longo de toda a educação bási- ca. Vale lembrar que, mesmo que alguns estudantes não dominem algum conceito dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental no patamar esperado, pode- -se desenvolver as habilidades propostas para essa etapa fundamentando-se em processos pedagógicos planejados com essa intenção. Avaliação de competências e habilidades A avaliação deve ser elaborada da mesma ma- neira que os momentos destinados à construção de competências e habilidades em situações destinadas à aprendizagem. Em razão de sua natureza, provas e testes escritos só permitem verificar se uma parcela dessas competências e habilidades evoluiu com su- cesso. O professor precisa avaliar, por meio de outras estratégias, se os estudantes desenvolveram ou não outras habilidades, como trabalhar em equipe, expres- sar-se oralmente etc. Estrutura e organização da coleção A coleção é formada por quatro volumes, cada um subdividido em quatro unidades temáticas, que por sua vez são compostas de capítulos. A apresen- tação dos temas serve como fio condutor para que os MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 27. XXV estudantes desenvolvam pesquisas e construam o conhecimento das Ciências de maneira autônoma. Mais do que levar os estudantes a “aprender conteúdos”, a coleção contribui para que eles desenvolvam uma maneira de “pensar cientificamente”. Para isso, lança mão de práticas de leitura e interpretação de textos verbais e não verbais, pesquisa, observação, comparação, discussão, análise, debate e trabalho cooperativo. Os capítulos são constituídos de textos-base escritos em linguagem clara e acessível. Há glossário, reunindo na página todos os termos que precisam de definição. O texto-base é permeado por imagens de diferentes naturezas: fotografias; representações de pinturas, esculturas e objetos; mapas; charges etc. Os capítulos compõem-se também de textos de terceiros, que trazem outras vozes e olhares específicos sobre temáticas abordadas. Contêm ainda indicações de fontes variadas que permitem a obtenção de novas informações e/ou versões sobre os assuntos tratados, tais como filmes, músicas, sites, livros etc. Conteúdos por volume A seleção de conteúdos para cada volume da coleção tomou como diretriz as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades expressos na BNCC para o componente curricular Ciências nos Anos Finais do Ensino Fundamental, enriquecendo-os com outros conceitos e contextos que consideramos significativos. Isso está no quadro de conteúdos e relação com a BNCC a seguir. Dessa forma, o encadeamento dos assuntos adotado na coleção para cada volume dialoga com o recorte espaço-temporal apresentado na BNCC para o componente curricular Ciências da Natureza. No trabalho com as habilidades em cada capí- tulo e unidade, priorizou-se agrupá-las ou sequenciá-las levando em conta as conexões entre elas e delas com os temas abordados, de modo que prevalecessem sobre a sequência numérica em que as habilidades constam na BNCC. Quadro de conteúdos da coleção e relação com a BNCC 6o ano Capítulos Conteúdos Competências e habilidades BNCC Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Unidade 1 • Terra no Universo 1. Um planeta chamado Terra • Planeta Terra. • Formação de sombras. • O gnômon. • Movimentos de rotação e revolução da Terra. • Determinação da direção norte-sul. • Relógio de Sol. Competências: Gerais: 1, 2, 4 e 9 Específicas: 1, 2, 3 e 5 Habilidades: EF06CI13 EF06CI14 2. A Terra por dentro e por fora • A superfície da Terra. • Biosfera. • A estrutura interna da Terra. • Exploração do petróleo. • Atmosfera terrestre: composição e estrutura. Habilidade: EF06CI11 • Educação Ambiental • Ciência e Tecnologia 3. Solo, subsolo e vida • Tipos de rochas. • Fósseis. • Rochas e história da Terra. • Minerais. • Tipos de solo. • Interações entre fatores ambientais e seres vivos. • Agricultura sustentável. • Cuidados com o solo. Competência Geral: 4 Habilidade: EF06CI12 • Educação Ambiental • Ciência e Tecnologia • Trabalho MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 28. XXVI Capítulos Conteúdos Competências e habilidades BNCC Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Unidade 2 • Interagindo com o ambiente 1. Terra: um planeta com vida • Os primeiros seres vivos. • A Biodiversidade e os diferentes níveis de organização dos seres vivos. • Células. • O papel do microscópio no conhecimento sobre as células. • Material genético. • Células de plantas e células de animais. • A divisão celular. Competências Gerais: 2, 4, 7 e 9 Habilidades: EF06CI05 EF06CI06 2. Vida em movimento • A Adaptação da espécie humana ao ambiente. • Sistema nervoso. • Sistema ósseo. • Sistema muscular. Competências Gerais: 2, 4, 5, 8 e 9 Específicas: 3, 5, 6 e 7 Habilidades: EF06CI07 EF06CI09 • Saúde • Ciência e Tecnologia • Educação em Direitos Humanos 3. Percebendo o ambiente: a visão e os demais sentidos • O sistema sensorial. • Visão. • Lentes corretivas. • Tecnologias assistivas. • A audição e as orelhas. • Paladar. • Olfato. • Tato. • Alteração na percepção do ambiente e consciência – as drogas. • Os efeitos das drogas no organismo. Competências Geral: 4 Específicas: 3 e 7 Habilidades: EF06CI08 EF06CI10 • Educação em Direitos Humanos • Ciência e Tecnologia • Trabalho • Saúde Unidade 3 • Água, materiais e misturas 1. A água no ambiente • Água e sua importância para a vida. • Água e suas propriedades. • Distribuição de água na Terra. Competências Gerais: 2, 3, 7 e 10 Específicas: 3, 4 e 5 Habilidades: EF06CI01 EF06CI03 • Educação Ambiental • Educação para o Consumo 2. Misturas no dia a dia • Substâncias e materiais na natureza. • Substâncias e misturas. • Classificação de misturas: homogêneas e heterogêneas. • Propriedades da matéria. Competência Geral: 2 Habilidade: EF06CI01 3. Misturando e separando • Identificação de processos de separação adequados às diferentes misturas. • Alguns métodos de separação de misturas heterogêneas e homogêneas. • Estação de tratamento de água. • Produtos provenientes de separação de misturas naturais: sal de cozinha, gasolina, entre outros. Competências Gerais: 2 e 4 Específicas: 3 e 8 Habilidades: EF06CI01 EF06CI03 MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 29. XXVII 7o ano Capítulos Conteúdos Competências e habilidades BNCC Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Unidade 1 • O ar e o solo terrestre 1. A Terra envolta em gases • Composição do ar e fatores que podem modificá-la. • Camadas atmosféricas e a interação com a radiação solar. • Atmosfera e seu papel para a existência de vida na Terra. Competências Gerais: 2 e 7 Habilidade: EF07CI12 • Saúde • Educação Ambiental 2. A importância da atmosfera • O papel protetor da atmosfera. • A camada de ozônio. • Efeito estufa. • Aquecimento global. • Poluição do ar. • Inversão térmica. • Chuva ácida. Competências Gerais: 2, 7 e 10 Específicas: 3, 4, 5 e 8 Habilidades: EF07CI12 EF07CI13 EF07CI14 • Saúde • Educação Ambiental 3. Dinâmica da crosta terrestre • A crosta terrestre. • Posição dos continentes ao longo dos períodos geológicos. • Estrutura da Terra. • Terremotos. • Vulcões. • Tsunamis. • Importância da Informação. Competências Geral: 4 Específicas: 2 e 3 Habilidades: EF07CI15 EF07CI16 Capítulos Conteúdos Competências e habilidades BNCC Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Unidade 4 • Um mundo de materiais 1. Os materiais se transformam • Transformação de materiais em novos produtos. • Transformações da matéria: físicas e químicas. • Indícios de transformações químicas. • Impactos ambientais decorrentes de reações de combustão. • Reações químicas do dia a dia. • Materiais sintéticos e naturais. Competências Gerais: 2, 4, 5, 7 e 9 Específicas: 3, 5 e 6 Habilidade: EF06CI02 • Educação Alimentar e Nutricional • Ciência e Tecnologia • Saúde • Educação para o Consumo • Educação Ambiental 2. Materiais sintéticos • Materiais sintéticos e sua importância para a sociedade. • Indústria química. • Indústria farmacêutica, descoberta da penicilina e uso de medicamentos genéricos. • Indústria de alimentos. • Indústria petroquímica e seus derivados. • Plásticos, descarte e impactos ambientais. Competências Gerais: 2, 4, 6 e 9 Específicas: 1, 3 e 6 Habilidade: EF06CI04 • Saúde • Educação em Direitos Humanos 3. A sociedade e seus materiais • A procura por materiais adequados às necessidades humanas. • Produção de materiais e desenvolvimento científico-tecnológico. • Indústrias de cimento, ladrilhos e tintas. • O que fazer com os resíduos e rejeitos que produzimos? Atitudes conscientes e solidárias. • Consumismo: como evitá-lo? • Política dos 5Rs. • Desequilíbrios ambientais. Competências Gerais: 4, 6, 7, 9 e 10 Específicas: 1, 5 e 8 Habilidade: EF06CI04 • Educação para o Consumo • Educação Ambiental MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL
  • 30. XXVIII Capítulos Conteúdos Competências e habilidades BNCC Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) Unidade 2 • Os seres vivos e ao ambiente 1. A vida no planeta Terra • Biodiversidade e biosfera. • Condições ambientais para o desenvolvimento de espécies. • Energia para a sobrevivência. • Cadeias e teias alimentares. • Os limites da biosfera. Competências Gerais: 2 e 4 Específica: 3 2. Biodiversidade em ecossis- temas e biomas • Ecossistema e biomas. • Principais biomas brasileiros e ecossistemas associados. Competências Gerais: 2, 4 e 5 Específicas: 4, 6 e 8 Habilidade: EF07CI07 • Educação Ambiental 3. Ameaças aos ecossistemas • Desenvolvimento sustentável. • O impacto das ações humanas sobre o ambiente. • Agrotóxicos nos alimentos. • O destino dos resíduos sólidos. • A extração de minérios. • O impacto da erosão. • Os efeitos do desmatamento. • Rios voadores. • Queimadas. • Ameaças à biodiversidade dos ecossistemas brasileiros. • Eutrofização e maré vermelha. Competências Gerais: 4, 7 e 10 Específicas: 3, 4, 5, 6 e 8 Habilidades: EF07CI08 EF07CI11 • Educação Ambiental Unidade 3 • Saúde e qualidade de vida 1. Conceitos básicos em saúde • Conceitos em saúde e fatores intervenientes. • Agente etiológico, vetor, anticorpos e antígenos. • Endemia, epidemia e pandemia. • Coronavírus e covid-19. • Importância da vacinação. • Vacina e soro. • Parasitoses. • Saúde mental. Competências Gerais: 2 e 8 Específicas: 2 e 3 Habilidade: EF07CI10 • Saúde 2. Saúde e meio ambiente • Saneamento básico. • Doenças provocadas por alterações do ar, água e solo. • Cuidados com os alimentos. Competências Gerais: 1, 2 e 4 Específicas: 1, 2, 3, 7 e 8 Habilidade: EF07CI09 • Saúde • Educação Ambiental 3. Saúde individual e coletiva • Conceito de sustentabilidade. • Tratamento de esgoto • Indicadores de saúde. • O SUS. • Tecnologia digital a serviço da saúde. Competências Gerais: 4, 7, 9 e 10 Específicas: 7 e 8 Habilidades: EF07CI09 EF07CI10 EF07CI11 • Saúde Unidade 4 • Máquinas engenhosas 1. A revolução das máquinas • Evolução das ferramentas. • Máquinas simples. • Alavancas, roldanas e planos inclinados. • História das máquinas simples criadas para atender as necessidades das civilizações ao longo do tempo. Competências Gerais: 1, 2 e 9 Habilidade: EF07CI01 2. Temperatura, calor e suas formas de propagação • Temperatura. • Quente, frio e sensação térmica. • Calor. • Propagação de calor. • Transferência de calor e aplicações. • Condutores e isolantes térmicos. • Efeitos das altas temperaturas em nosso planeta. • Coletores solares e garrafas térmicas. Competência Geral: 2 Habilidades: EF07CI02 EF07CI03 3. Revolução Industrial e Máquinas térmicas • Revoluções industriais: características e seus impactos. • Máquina a vapor: história e aplicações. • Motor a explosão. • Poluição do ar afetando a saúde. Competências Gerais: 1, 4, 7 e 10 Específicas: 5 e 8 Habilidades: EF07CI04 EF07CI05 EF07CI06 MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA DO BRASIL