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alinha-
mento
c o n s -
trutivo
na
prática
LeonardoDrummondVilaça
ThaísCruzAlvesSantos
o r g a n i z a ç ã o
Capítulo extraído do e-book
"Alinhamento Construtivo na Prática".
Copyright © 2020 by Editora Letramento
Copyright © 2020 by Leonardo Drummond Vilaça
Copyright © 2020 by Thaís Cruz Alves Santos
Diretor Editorial | Gustavo Abreu
Diretor Administrativo | Júnior Gaudereto
Diretor Financeiro | Cláudio Macedo
Logística | Vinícius Santiago
Designer Editorial | Gustavo Zeferino e Luís Otávio Ferreira
Assistente Editorial | Giulia Staar e Laura Brand
Todos os direitos reservados.
Não é permitida a reprodução desta obra sem
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Belo Horizonte - MG
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
A411 Alinhamento construtivo na prática / Ana Rosa Vidigal ... [et al.]
organizado por Leonardo Drummond Vilaça, Thaís Cruz Alves Santos. -
Belo Horizonte : Letramento ; Bubble, 2020.
334 p. ; 15,5cm x 22,5cm.
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-85-9530-390-4
1. Educação. 2. Ensino Superior. 3. Teoria do Alinhamento
Construtivo. I. Vidigal, Ana Rosa. II. Ferreira, Ana Silvia Sartori
Barraviera Seabra. III. Santoro, Bruno Faccini. IV. Ribeiro, Carlos
Eduardo Dias. V. Stroppa, Cibele Tosin. VI. Teixeira, Clara Alves. VII.
Alenquer, Cynthia Gieseke Meniconi. VIII. Pastorelli, Danilo S. S. IX.
Calado, Flávio Augusto Rezende. X. Soares, José Antônio. XI. Machado,
José Lúcio Martins. XII. Souza, Juliana Lopes de Almeida. XIII. Vilaça,
Leonardo Drummond. XIV. Versiani, Luciana Campanha. XV. Lana, Luiz
Coelho. XVI. Navarro, Mairlos Parra. XVII. Corrêa, Marcelo
Albuquerque. XVIII. Ota, Marcos Andrei. XIX. Fornasari, Margareth
Lage Leite de. XX. Sobreira, Maria Adircila Starling. XXI. Cezar, Marina
Seibert. XXII. Sousa, Otaviano Silvério de. XXIII. Bohrer, Paula Luce.
XXIV. Corrêa, Paulo César Rodrigues Pinto. XXV. Santos, Regina
Tavares de Menezes dos. XXVI. Ortiz, Sandra Regina Mota. XXVII.
Barbosa, Silvia Michelle de Avelar Bastos. XXVIII. Arce, Tacyana.
XXIX. Santos, Thaís Cruz Alves. XXX. Bouças, Thais Ruegger Jarrouge.
XXXI. Conselho, Thiérs Hofman do Bom. XXXII. Leite, Vania Aparecida
Marques. XXXIII. Carvalho, Walisson Ferreira de. XXXIV. Título.
2020-299
CDD 378
CDU 378
Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410
Índice para catálogo sistemático:
1. Educação : Ensino Superior 378
2. Educação : Ensino Superior 378
SUMÁRIO
7		APRESENTAÇÃO
LeonardoDrummondVilaça
ThaísCruzAlvesSantos
9		CAPÍTULO 1
ARQUITETURA DE EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM
POR MEIO DO ALINHAMENTO CONSTRUTIVO
LeonardoDrummondVilaça
ThaísCruzAlvesSantos
		 EXPERIÊNCIAS EM CURSOS DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
21		CAPÍTULO 2
FAKE NEWS NA SAÚDE: QUEM CUIDA?
AnaRosaVidigal
LucianaCampanhaVersiani
TacyanaArce
35		CAPÍTULO 3
POR QUE ALUNOS UNIVERSITÁRIOS RESISTEM À
APRENDIZAGEM ATIVA E COMO SUPERAR ESSE ENTRAVE?
DaniloS.S.Pastorelli
51		CAPÍTULO 4
ARGUMENTANDO COM… GEORGE CARLIN – O
ALINHAMENTO CONSTRUTIVO APLICADO NA CRIAÇÃO
DE UM CURSO SOBRE PENSAMENTO CRÍTICO
MairlosParraNavarro
65		CAPÍTULO 5
HISTÓRIA DA ARTE, ARQUITETURA E CIDADES: ENSINO E
APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA SALA DE AULA INVERTIDA
MarceloAlbuquerqueCorrêa
		 DESIGN E COMUNICAÇÃO
81		CAPÍTULO 6
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E PROCESSOS AVALIATIVOS:
UM ESTUDO DE CASO NO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS
SilviaMichelledeAvelarBastosBarbosa
92		CAPÍTULO 7
SENSO DE RECIPROCIDADE E ENVOLVIMENTO
EMOCIONAL NO ENSINO UNIVERSITÁRIO
MarinaSeibertCezar
106		CAPÍTULO 8
METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DE DESIGN TÊXTIL
MariaAdircilaStarlingSobreira
117		CAPÍTULO 9
ENGAJAMENTO DE TURMAS GRANDES POR MEIO
DO TRABALHO COLABORATIVO DOCENTE
JulianaLopesdeAlmeidaSouza
LuizCoelhoLana
133		CAPÍTULO 10
A NATUREZA COMO INSPIRAÇÃO PARA O PENSAMENTO
TRANSDISCIPLINAR E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS
CONJUNTOS ENTRE CURSOS DE DESIGN E ENGENHARIA
CarlosEduardoDiasRibeiro
		 EXPERIÊNCIAS EM CURSOS DE SAÚDE
147		CAPÍTULO 11
REDESENHANDO A SEMIOLOGIA III NO CENTRO UNIVERSITÁRIO
DE BELO HORIZONTE: TRABALHO PEDAGÓGICO DE
ADEQUAÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
PauloCésarRodriguesPintoCorrêa
160		CAPÍTULO 12
IMPLANTAÇÃO DA DISCIPLINA DE BIOSSEGURANÇA
NO CURSO DE ODONTOLOGIA
PaulaLuceBohrer
170		CAPÍTULO 13
METODOLOGIA ATIVA PARA ENSINO DE BIOQUÍMICA
JoséAntônioSoares
189		CAPÍTULO 14
PROGRAMA DE ATIVIDADE VIVENCIAL DO CURSO DE
MEDICINA VETERINÁRIA COMO FERRAMENTA PARA O
DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS CALOUROS E VETERANOS
CynthiaGiesekeMeniconiAlenquer
200		CAPÍTULO 15
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA FORMAÇÃO DO NUTRICIONISTA
EM ATENDIMENTO DIETOTERÁPICO AMBULATORIAL
MargarethLageLeitedeFornasari
		 EXPERIÊNCIAS EM CURSOS DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLOGIA
213		CAPÍTULO 16
ALINHAMENTO CONSTRUTIVO PARA APRIMORAR A
ESCRITA CIENTÍFICA DE ALUNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
BrunoFacciniSantoro
224		CAPÍTULO 17
A APLICAÇÃO DO ALINHAMENTO CONSTRUTIVO EM PROJETOS
INTERDISCIPLINARES E INTERINSTITUCIONAIS
ThiérsHofmandoBomConselho
240		CAPÍTULO 18
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E ALINHAMENTO CONSTRUTIVO
APLICADOS EM UMA DISCIPLINA BASEADA EM PROJETOS
OtavianoSilvériodeSousa
		 EXPERIÊNCIAS EM CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
257		CAPÍTULO 19
DESIGN DA APRENDIZAGEM ATIVA EM
CURSOS SUPERIORES HÍBRIDOS
MarcosAndreiOta
ReginaTavaresdeMenezesdosSantos
272		CAPÍTULO 20
ALINHAMENTO CONSTRUTIVO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO
DE EDUCADORES SOCIAIS: UMA EXPERIÊNCIA COM O CORRE
CRIATIVO EDIÇÃO ESPECIAL “O FUTURO DA EDUCAÇÃO”
ClaraAlvesTeixeira
FlávioAugustoRezendeCalado
287		CAPÍTULO 21
ALINHAMENTO CONSTRUTIVO NA FORMAÇÃO
DOCENTE DA PÓS-GRADUAÇÃO
AnaSilviaSartoriBarravieraSeabraFerreira
296		CAPÍTULO 22
ALINHAMENTO CONSTRUTIVO NA FUNDAMENTAÇÃO
DAS ATIVIDADES PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO
MÉDICA NOS CURRÍCULOS INTEGRADOS
JoséLúcioMartinsMachado
SandraReginaMotaOrtiz
ThaisRueggerJarrougeBouças
307		CAPÍTULO 23
APLICANDO O ALINHAMENTO CONSTRUTIVO
NA UNIVERSIDADE CORPORATIVA
WalissonFerreiradeCarvalho
CibeleTosinStroppa
317		CAPÍTULO 24
A UTILIZAÇÃO DA TAXONOMIA SOLO EM UM CURSO DE FORMAÇÃO
DE PROFESSORES PARA A DOCÊNCIA EM CURRÍCULOS INTEGRADOS
VaniaAparecidaMarquesLeite
7
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
APRESENTAÇÃO
Este livro apresenta 23 experiências de como a Teoria do
Alinhamento Construtivo, de John Biggs, é usada na prática em pro-
jetos educacionais. Os capítulos foram escritos por professores de
8 Instituições de Ensino Superior brasileiras que estudaram o tema
no curso de Especialização em Ensino e Aprendizagem na Educação
Superior, ministrado por professoras da Universidade de Tampere
(Finlândia), com Trabalhos de Conclusão de Curso orientados por
professores da Universidade São Judas Tadeu, UNA e UniBH, que já
haviam se formado em versões anteriores do curso finlandês, por meio
de uma parceria entre a Finland University e o Instituto Ânima.
Este livro conta com a preciosa colaboração de professores preocu-
pados com a educação significativa e centrada no estudante, reunidos
para seu próprio aperfeiçoamento em um curso de pós-graduação para
aprimoramento das competências pedagógicas individuais e coletivas.
Desde 2017, três turmas deste curso foram realizadas com sucesso,
formando mais de 100 docentes até o momento de publicação deste
livro. Foram transformados em capítulos Trabalhos de Conclusão de
Curso que tiveram destaque ao alinhar de maneira coerente e signifi-
cativa os principais elementos que fazem parte do processo de ensino
e aprendizagem, como sugere Biggs.
É com grande satisfação que lançamos esta publicação, o segundo li-
vro fruto de experiências que professores brasileiros tiveram em diálo-
go com professoras finlandesas num curso de formação docente trans-
formador. A primeira publicação foi intitulada “Experiências de Ensino
e Aprendizagem na Universidade: diálogos entre Brasil e Finlândia”,
publicada em 2019.
Esta obra segue orientada em capítulos divididos em seções que
apresentam experiências pautadas no Alinhamento Construtivo em
diferentes áreas, de acordo com a natureza dos cursos ou ambientes
em que foram implementadas: Ciências Humanas e Sociais; Design e
Comunicação; Saúde; Exatas e Tecnologia; Formação de Professores.
Estão aqui reunidos vinte e quatro textos, sendo o primeiro a
base teórica e explanatória da Teoria do Alinhamento Construtivo.
Seguimos com relatos de experiências da implantação dessa teoria na
8
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
prática, em sala de aula ou em espaços diversificados como hospitais
humanos e veterinários, lideranças comunitárias, entre outros. Esta
obra e as bases do alinhamento construtivo têm a premissa de que o
foco do aprendizado está em seu principal ator: o aluno. Quando o
docente se preocupa com os resultados provocados nos estudantes,
conseguindo mensurá-los substancialmente e de maneira concreta, sa-
bemos que se atinge a educação transformadora e eficaz.
Agradecemos ao Instituto Ânima, à Universidade São Judas Tadeu,
à Finland University e as instituições do grupo Ânima Educação.
Precisamos fazer nominalmente agradecimentos especiais às profes-
soras que contribuíram diretamente para os resultados aqui compar-
tilhados: Terhi Skaniakos, Johanna Annala, Milla Kinnunen e Kaisu
Mälkki, obrigado pelo compartilhamento de saberes, de experiências e
pela contribuição para o desenvolvimento de nossas competências pe-
dagógicas. Esse diálogo entre Brasil e Finlândia tem sido extremamen-
te rico para nós, professores brasileiros que tivemos aulas com vocês!1
Boa leitura! Esperamos que esta obra sirva como modelo de reflexão,
inspiração e ação na busca por uma educação de qualidade, transfor-
madora, significativa e reflexiva.
LeonardoDrummondVilaça
ThaísCruzAlvesSantos
1  Nota de rodapé traduzida especialmente para que as professoras finlandesas
possam ler o agradecimento feito a elas: Terhi Skaniakos, Johanna Annala, Milla
Kinnunen and Kaisu Mälkki, thank you for sharing knowledge, experiences and
contributing to the development of our teaching skills. This dialogue between
Brazil and Finland has been extremely rich for us, Brazilian teachers who had clas-
ses with you!
Experiências 		
		 em cursos
de ciências 		
exatas e 			
		tecnologia
240
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
capítulo 18
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E ALINHAMENTO
CONSTRUTIVO APLICADOS EM UMA
DISCIPLINA BASEADA EM PROJETOS
OtavianoSilvériodeSousa1
1.	 INTRODUÇÃO
No processo de ensino e aprendizagem, as relações em sala de aula
em torno de objetivos estabelecidos favorecem a aprendizagem e de-
senvolvem um ambiente propício e atraente e com engajamento dos
alunos. Assim, planejar o ensino a partir do que o aluno já sabe é uma
tentativa de favorecer aprendizagens significativas.
De acordo com Santos (2013), o entendimento sobre aprendizagem sig-
nificativa pode assumir diferentes definições em função da teoria a que for
associada. Santos (2013) cita Rogers, Coll e Ausubel que são considerados
os principais teóricos que usam a expressão aprendizagem significativa
em seus estudos. Sendo que Rogers, teórico humanista, enfatiza em seus
estudos o significado interno da aprendizagem, aos motivos que levam o
aluno a aprender. Coll, considerado um teórico sócioconstrutivista, acre-
dita que a aprendizagem significativa requer duas condições: o conteúdo
deve ser significativo, isto é, ser utilizável pelo aluno, quando necessário;
e o aluno deve estar motivado. Ausubel, teórico cognitivista, tem o termo,
aprendizagem significativa, como aquela que ocorre a partir do surgimen-
to de um sentido ativo e pessoal de quem aprende, relacionando assim
a disposição de aprendizagem do aluno como uma das condições para
alcançar a aprendizagem significativa.
A aprendizagem é um processo de desenvolvimento de estruturas sig-
nificativas em nossa mente de modo que aprender algo está relacionado
com o compreender, de fato, o que se está aprendendo. Dessa forma, toda
a construção do conhecimento se dará de forma individualizada e corre-
lacionada com o repertório cognitivo de cada aluno. Logo, o professor ao
planejar o ensino tem que partir do que o aluno já sabe (AUSUBEL, 2003).
241
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
Assim, planejar o ensino a partir do que o aluno já sabe é uma ten-
tativa de favorecer aprendizagens significativas. O ensino dentro des-
ta perspectiva considera que os alunos podem ampliar seu repertório
cognitivo. E esta ampliação pode ser favorecida dependendo da forma
como o professor apresenta o conteúdo, alinhando com o repertório
cognitivo dos alunos.
De acordo com BIGGS (1996), os estudantes devem estar no centro
na criação de conhecimento. Portanto, um bom projeto pedagógico
deve conduzir o aprendiz ao centro do processo de ensino e apren-
dizagem e promover mudanças no papel do professor que é utilizado
como centro do processo. Para que professores possam decidir que
métodos de ensino utilizar para facilitar a aquisição dos objetivos de
aprendizagem e consequentemente facilitar uma aprendizagem signi-
ficativa, Biggs (2011) propõe orientações práticas para os professores,
pois entende que o “alinhamento construtivo” é uma associação entre
a forma de entendimento construtivista da natureza da aprendizagem
e um desenho alinhado para o ensino.
Alinhamento Construtivo é uma forma de planejamento de ensino
proposta por John Biggs, originada dos conceitos do Construtivismo e
da Teoria do Curriculum. Do construtivismo entende-se que o ensino
deve estar voltado para as atividades propostas para os alunos e da
Teoria do Curriculum tem-se a avaliação alinhada com o que se almeja
aprender (BIGGS; TANG, 2011).
Na perspectiva do Alinhamento Construtivo, o professor planeja a
sua aula com foco na seguinte questão: “O que eu quero que, de fato,
os meus alunos aprendam com esta aula?”. Ou seja, quando a aula
acabar o que os alunos são capazes de fazer? Percebe-se então o foco
do processo educativo está no resultado da aprendizagem.
Biggs e Tang (2011) afirmam que para envolver os alunos em um
processo ativo com foco em resultados de aprendizagem é necessário
que o professor planeje tarefas tanto para ele quanto para os alunos
executarem, e que essas tarefas devam estar alinhadas com os resulta-
dos pretendidos de aprendizagem.
Assim, na prática, o planejamento do professor segue a seguinte or-
dem: eleger os resultados pretendidos da aprendizagem, planejar as
atividades de ensino e de aprendizagem de modo que os alunos alcan-
cem os resultados e por fim, definir a forma de avaliação par obter os
resultados esperados.
242
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
1.1.	 CENÁRIO DE ESTUDO – PROJETO INTERDISCIPLINAR
O cenário de estudo utilizou a disciplina denominada PI – Projeto
Interdisciplinar. A disciplina é uma proposta de uma prática interdisci-
plinar cujo tema está diretamente relacionado com a formação de com-
petências específicas e globais do curso, de forma a corroborar com a
formação profissional, humana e cidadã dos alunos, em sua inserção
política e social. A proposta da disciplina é que os alunos trabalhem de
forma sistemática, organizada e solidária em grupos, tanto em sala de
aula quanto em outros espaços de aprendizagem, a fim de construir
sua autonomia acadêmica, intelectual, política e profissional.
A proposta da disciplina é a criação de projetos. Os projetos da dis-
ciplina são desenvolvidos, obrigatoriamente, em grupos de no mínimo
3 e no máximo 8 alunos participantes. Todos os trabalhos são elabo-
rados a partir de atividades de aula, sob a orientação do professor da
disciplina, com a co-orientação dos demais professores das disciplinas
que compõem o módulo ou período. O produto do PI, correspondente
à modalidade e eixo temático/específico para cada classe, consiste em
um documento final escrito, com estrutura textual e formatação gráfica
de acordo com as normas estabelecidas, bem como um produto. Para o
cenário deste estudo utilizou-se a disciplina “Projeto Interdisciplinar”
do curso “Ciência da Computação”, com os 40 alunos do módulo 3B
do UniBH em 2018. A questão a ser respondida pelo projeto criado
pelos alunos no semestre foi: Como soluções tecnológicas inovadoras
podem contribuir com a sociedade?
2.	 RESULTADOS DE APRENDIZAGEM ESPERADOS
O objetivo foi planejar as atividades iniciais da disciplina de Projeto
Interdisciplinar, compreendendo em: apresentação e discussão do
Tema do projeto no semestre, criação de grupos de trabalho para pro-
postas de projetos de acordo com o tema, definição de temas por gru-
pos e escopo do projeto e prototipação de uma solução.
Utilizou-se como referência no planejamento, o alinhamento
Construtivo e do Construtivismo Social e os objetivos foram elabora-
dos de acordo com a taxonomia de BLOOM. A Taxonomia de Bloom é
dividida em seis subcategorias, e juntos a estas relacionam-se verbos,
que visam dar o suporte ao planejamento acadêmico, como mostrado
na Figura 1 – Taxonomia de Bloom.
Portanto, após a realização das atividades iniciais, espera-se que os
alunos sejam capazes de: compreender as diferenças entre inovação
243
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
e invenção, discutir em grupo as ideias e propostas para o projeto,
aplicar ferramentas e técnicas para definição das propostas do projeto
e ilustrar e prototipar propostas de projeto para solução do problema.
3.	 ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO
O projeto pedagógico da disciplina baseou-se no construtivismo so-
cial para alcançar o nível mais alto de compreensão dos alunos, de
acordo com a taxonomia das Bloom (Figura 1 – Taxonomia de Bloom).
Utilizou-se também o alinhamento construtivo para estabelecer to-
das as atividades, metas de aprendizado e critérios de avaliação. O
Alinhamento Construtivo foi proposto por John Biggs (BIGGS E TANG,
2011) e é definido pelo próprio autor como um “design for teaching”.
Em português, pode ser entendido como uma maneira de planejar,
projetar e delinear o ensino.
Analisar
Criar
Relacionado a reconhecer e
reproduzir ideias e conteúdos
Relacionado a estabelecer uma conexão entre o
novo e o conhecimento previamente adiquirido.
Relacionado a executar ou usar um
procedimento numa situação expecífica.
Significa colocar elementos juntos
com oobjetivo de criar uma nova visão.
Relacionado a dividir a informação em
partes relevantes e irrelevantes.
Relacionado a realizar julgamentos
baseados em critérios.
Avaliar
Aplicar
Analisar
Compreender
Lembrar
Figura 1 – Taxonomia de Bloom - Adaptado e traduzido de Armstrong, 2020.
Na definição dos resultados pretendidos da aprendizagem os verbos
são muito importantes e assumem duas funções principais – informam
o que os estudantes serão capazes de fazer e em que nível (BIGGS e
TANG, 2011). Para auxiliar na definição dos resultados pretendidos da
aprendizagem, Biggs e Tang (2011) sugerem a adoção da Taxonomia
SOLO (Structure of the Observed Learning Outcome). Vide Figura 2.
244
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
teorizar
generalizar
criar hipóteses
comparar
explicar causas
analisar
relatar
aplicarenumerar
descrever
listar
fazer algoritimos
identificar
fazer procedimentos
simples
Falta informações
Pré-estrutural Uniestrutural Multiestrutural Relacional Abstrato Estendido
Fase Quantitativa Fase Qualitativa
Figura 2: Fonte: BIGGS e TANG (2011 apud MENDONÇA 2015).
As atividades de avaliação foram divididas em duas fases, sendo:
•	 Fase inicial do projeto, foi realizado o levantamento dos conhe-
cimentos prévios dos alunos, para esta fase foram utilizados três
instrumentos: um questionário prévio de opinião, que levantou
o perfil dos alunos; um diálogo prévio com os alunos e utiliza-
ção do organizador gráfico KWL que apontou seu nível de co-
nhecimento sobre o assunto do projeto; e o terceiro consistiu na
elaboração individual de mapa conceitual prévio, de modo que
possibilitou explicitar os conceitos do projeto interdisciplinar.
•	 Fase Sprint, foi realizada de forma contínua pelo professor men-
tor da disciplina/projeto e pelos pares do grupo. Nessa fase os
critérios foram baseados na participação durante o projeto e na
qualidade dos produtos gerados e entregues pelos grupos. Para
avaliar as atividades foram criadas rubricas. As rubricas foram
apresentadas e discutidas com os alunos, pois eles utilizaram
esses critérios para a avaliação entre os componentes do grupo
através de formulário online. As rubricas utilizadas nessa fase
estão demonstradas na tabela 1.
245
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
Tabela 1–Rubrica.
Rubricas Descrição do processo de avaliação
Tô nem aí
Meus colegas precisam refazer as atividades que executo ou nem
sempre cumpro com minhas obrigações. Não participa das atividades.
Vou me esforçar
mais na próxima
Na maior parte do tempo eu executo minhas
atividades, mas nem sempre contribuo de forma
efetiva e com qualidade. Pouca participação
Quase lá
Na maior parte do tempo participo dos trabalhos de forma
colaborativa, apresento soluções, levo em consideração
a opinião dos colegas, executo minhas atividades com
qualidade. Participa de forma moderada do projeto
Show de Bola
Participo dos trabalhos de forma colaborativa, apresento
soluções, levo em consideração a opinião dos colegas, executo
minhas atividades com qualidade. Excelente participação.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Para avaliação do produto do projeto, foram utilizadas métricas de
testes de usabilidade para validação dos protótipos. O objetivo é ob-
servar usuários reais usando o produto para descobrir problemas e
pontos de melhorias. Para guiar os alunos nos testes foram utilizadas
as seguintes métricas:
•	 Desempenho: Quanto tempo e quantos passos são necessários
para que a pessoa complete tarefas básicas?
•	 Precisão: Quantos erros a pessoa cometeu? E eles foram fatais ou
a pessoa conseguiu se recuperar com as informações recebidas
pelo sistema?
•	 Resposta emocional: Como a pessoa se sentiu depois de comple-
tar a tarefa? A pessoa estava confiante ou estressada? Ela reco-
mendaria o produto a um amigo?
Para a realização dos testes, os grupos foram orientados a realizarem
autoavaliação e serem avaliados por outro grupo utilizando as métricas
estipuladas.
4.	 ATIVIDADES DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Como etapa inicial do projeto pedagógico e definição das atividades
de ensino e aprendizagem foi realizado um levantamento dos conhe-
cimentos prévios dos alunos. Para o levantamento dos conhecimen-
tos prévios dos alunos, foram realizadas as seguintes atividades: uma
entrevista estruturada com questões fechadas seguida de um diálogo
246
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
em grupo; elaboração de um mapa conceitual prévio e aplicação de
atividades procedimentais.
Assim, ao planejar a proposta didática considerou-se a etapa do le-
vantamento de conhecimento prévio dos alunos, pois este ajudou na
estimativa cuidadosa dos conceitos e habilidades possuídos pelos alu-
nos de maneira que pudessem ser estruturados planos de aula que
facilitassem aprendizagens subsequentes. Assim, foram relacionados
todos objetivos de aprendizagem, os níveis pretendidos da taxonomia
de Bloom, as atividades e as avaliações para o projeto. A Tabela 2 de-
monstra o planejamento das atividades e avaliações do projeto.
Tabela 2–Planejamento das Atividades e Avaliações do Projeto.
Resultados
Pretendidos da
Aprendizagem
Nível Taxonomia
de SOLO
Atividades
de Ensino e
Aprendizagem
Atividades de Avaliação
Compreender o
tema do projeto
Interdisciplinar
Uniestrutural
Aula expositiva
com aplicação
K-W-L
Participação na discussão
do tema e auto avaliação em
formulário online utilizando
as rubricas estipuladas
Compreender
as diferenças
entre inovação
e invenção
Uniestrutural
Utilização de vídeo
aula realizada por
um especialista
no assunto
Participação do fórum
de discussão online,
respondendo: O que você
entende pelo termo Soluções
tecnológicas inovadoras? O
que é inovar? Cite exemplos.
Definir uma
proposta do
projeto
Relacional
Utilização da
metodologia
SnowFlake.
Discussão em
grupo e pesquisa
de campo
Validação das ideias e
discussões através da
utilização da plataforma
Edmodo para gestão de
trabalhos em grupos.
Aplicar
ferramentas e
técnicas para
definição das
propostas do
projeto
Relacional
Validação da ideia
através da técnica
de Chapéus de
Bono e WordCafé.
Participação na discussão
do grupo e nos demais
projetos apresentados e
formulário online utilizando
as rubricas estipuladas
Ilustrar e
prototipar
propostas de
projeto para
solução do
problema
Relacional
Criação da
versão inicial
do produto do
projeto. Utilização
da técnica de
prototipação
em papel
Criação do protótipo do
produto do projeto.
Fonte: Elaborado pelo autor.
247
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
5.	 RESULTADOS
A primeira aula foi planejada a partir das categorias de entrada dos
alunos observadas na análise inicial da pesquisa (conhecimentos pré-
vios e característica de cada aluno, considerando seu nível de matura-
ção em relação aos conhecimentos inovação e soluções em tecnologia).
Em relação aos conhecimentos prévios levou-se em consideração o
que os alunos já sabiam sobre o elemento específico do conhecimento
que seria aprendido. Na caracterização dos alunos, observou-se que
em torno de 78% dos alunos já trabalhavam na área de tecnologia ou
já tiveram contato com prototipação e desenvolvimento de aplicações.
No início das atividades, os alunos tiveram muita resistência para a
formação dos grupos de trabalho, pois anteriormente essa tarefa era
realizada pelo professor da disciplina e agora eles tinham autonomia
para formar seus grupos de trabalho.
Foram criados 6 grupos de trabalho e destacaram projetos e soluções
muito interessantes, tais como: Gerenciamento inteligente de semá-
foros por veículos de emergência e o aplicativo FoodParty que per-
mitirá estabelecimentos comerciais e usuários a partilharem produtos
e serviços. A ideia do projeto nasceu durante a condução das ativida-
des de WordCafe e SnowFlake1. Vide Figura 3 – Tela do Aplicativo
FoodParty.
248
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
Figura 3 – Tela do Aplicativo FoodParty.
Os Resultados Pretendidos da Aprendizagem demonstraram que o
projeto teve sucesso ao promover a aprendizagem significativa. Os alu-
nos construíram soluções coletivamente e seguiram todas as etapas
definidas nas atividades.
Os resultados das atividades: aplicar ferramentas e técnicas para de-
finição das propostas do projeto e ilustrar e prototipar propostas de
projeto para solução do problema tiveram resultados surpreendentes,
onde os alunos lidaram muito bem com o processo de auto regula-
ção, avaliação e feedback. Os resultados mostram que atingiram os
249
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
níveis propostos na taxonomia de SOLO e construíram soluções cria-
tivas e coerentes com o tema do Projeto Interdisciplinar. Vide Figura
4 – Atividades de Ilustração e prototipação.
250
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
Figura 4 – Atividades de Ilustração e prototipação.
Os alunos relataram como ponto importante a divulgação pelo pro-
fessor com antecedência as atividades da aula, bem como o critério
para avaliação delas.
Como mecanismo para avaliação e feedback pelos alunos do proje-
to, foi criado um formulário no SurveyMonkey.com. A condução das
atividades e do projeto pela visão dos alunos obteve uma nota 4,56 em
um total de 5,00. Segue uma descrição dos comentários dos alunos:
“Para mim está tudo muito bem… Pra ser sincero esse deve ser o PI mais
bem estruturado e organizado de todos que fiz na UniBH.”
251
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
“O professor conduz bem a turma, adota um padrão de exigência pare-
cido com o que é cobrado no mercado de trabalho.”
“Acho que a aula está seguindo um caminho interessante deixando os
alunos auto gerenciáveis com os seus compromissos.”
“Professor conduz bem calma sem nos deixar desesperado apesar do cur-
to prazo nos deixa ciente de termos ao menos algo viável de apresentação.”
Os comentários dos alunos demonstram que a utilização das me-
todologias e planejamento das atividades engajaram todos na boa
condução do projeto. Outro ponto identificado foi que grande parte
do engajamento dos alunos no projeto, somente foi possível devido a
clareza da apresentação das atividades da aula, bem como os critérios
utilizados para avaliação.
Com o planejamento das atividades e avaliações do projeto,
os resultados de aprendizagem: Compreender o tema do projeto
Interdisciplinar e Aplicar ferramentas e técnicas para definição das
propostas do projeto foram avaliados utilizando as rubricas estipuladas
para o projeto, e a partir dos formulários respondidos pelos alunos, foi
identificado uma grande evolução na participação e colaboração dos
integrantes nos grupos. A rubrica Show de Bola evoluiu de 36,4% da
atividade 1 para 54,5% na atividade 2. Vide Gráfico 1 – Indicadores de
Auto Avaliação.
Gráfico 1: Indicadores de Auto Avaliação.
Atividade: Compreender o tema do projeto Interdisciplinar
Tô nem aí
15,2%
36,4%
Show de Bola
Vou me esforçar mais
24,2%
Quase lá
24,2%
252
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
Atividade: Aplicar ferramentas e técnicas para definição
das propostas do projeto
Tô nem aí
9,1%
54,5%
Show de Bola
Vou me esforçar mais na
18,2%
Quase lá
18,2%
Fonte: Elaborado pelo autor.
Verificou-se durante o projeto que os alunos se mostraram recepti-
vos às atividades de ensino, de aprendizagem e as tarefas de avaliação
propostas nos planos de ensino e aprendizagem, principalmente como
o formato de divulgação com antecedência das atividades a serem de-
senvolvidas, bem como o método de avaliação das mesmas. Ocorreu
também um aumento da procura espontânea dos alunos pelo professor
fora do horário de aula para tirar dúvidas e aprender mais sobre os
conceitos abordados, até mesmo aqueles alunos considerados desinte-
ressados pelo professor, procuravam-no para discutir possíveis opções
de layout e interação no protótipo do projeto.
6.	 CONCLUSÃO
Conclui-se que as atividades de ensino e aprendizagem escolhidas
facilitaram o desenvolvimento de um ambiente de discussão e reflexão,
aumentando a motivação dos alunos para o aprendizado e colabora-
ção para resolução de problemas. Através dos comentários dos alunos,
identificou-se um processo educativo diferente, gradual, natural e esti-
mulante, produtor de aprendizagens profundas, duradouras, transferí-
veis para outros momentos de aquisição de conhecimentos.
Inicialmente, as atividades de ensino, de aprendizagem e tarefas de
avaliação criaram um receio no pesquisador, o receio de que os alunos
apresentassem um elevado grau de resistência das atividades de apren-
dizagem, visto que estas os direcionavam para fazerem alguma coisa
durante as aulas e não serem simplesmente agentes passivos, o que é
comum no modelo tradicional de ensino nas disciplinas de projeto
253
| ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA |
interdisciplinar. No entanto, apesar das dúvidas e receios considera-
ram-se atividades que estimulassem a conscientização dos alunos, por
meio do diálogo e do estímulo a autorreflexão e auto responsabilização
do seu processo de aprendizagem.
No final da investigação, considerando as informações recolhidas
nas reflexões e atividades desenvolvidas, chega-se à conclusão que a
proposta didática obteve uma avaliação positiva por parte da maioria
dos alunos. Eles mostraram bons indícios de satisfação com diversos
aspectos da proposta, principalmente as atividades de aprendizagem.
Também apresentaram satisfação com o modelo de ensino que impri-
miu uma dinâmica nas aulas com um ritmo envolvente.
REFERÊNCIAS
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Estados Unidos da América. 2020. Disponível em: <https://cft.vanderbilt.edu/
guides-sub-pages/blooms-taxonomy/>.
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1 ed. Portugal: Paralelo Editora, 2003.
BIGGS, J. Enhancing teaching through constructive alignment. Higher Education,
v. 32, n. 3, p. 347–364, Oct 1996. ISSN 1573-174X. Disponível em: <https://doi.
org/10.1007/BF00138871>.
BIGGS, J. What the student does: teaching for enhanced learning. Higher Education
Research & Development, Routledge, v. 18, n. 1, p. 57–75, 1999. Disponível em:
<https://doi.org/10.1080/0729436990180105>.
BIGGS, J; TANG, C. Teaching for Quality Learning at University. 4 ed. Berkshire,
England: Society for Reasearch into Higher Education & Open University Press, 2011.
MENDONÇA, A. Teoria do Alinhamento Construtivo: fundamentos e aplica-
ções. 2014. Disponível em <http://www.academia.edu/17729627/Teoria_do_
Alinhamento_Construtivo_- _Fundamentos_e_Aplica%C3%A7%C3%B5es_
Andr%C3%A9a_Mendon%C3%A7a>. Acesso em: 15 dez. 2018.
SANTOS, Júlio César Furtado dos. Aprendizagem significativa: modalidades de
aprendizagem e o papel do professor. 5 ed. Porto Alegre: Mediação, 2013.
 editoraletramento    editoraletramento.com.br
 editoraletramento    company/grupoeditorialletramento
  grupoletramento    contato@editoraletramento.com.br
 casadodireito.com    casadodireitoed    casadodireito
Estelivroapresenta23experiênciasdecomoaTeoriadoAlinhamentoConstru-
tivo, de John Biggs, é usada na prática em projetos educacionais. Os capítulos
foram escritos por professores de 8 Instituições de Ensino Superior brasileiras
que estudaram o tema no curso de Especialização em Ensino e Aprendizagem
da Educação Superior, ministrado por professoras da Universidade de Tampere
(Finlândia), com TCCs orientados por professores da Universidade São Judas
Tadeu, UNA e UniBH, por meio de uma parceria entre a Finland Univeristy e o
Instituto Ânima.
O Alinhamento Construtivo surge como uma ferramenta norteadora de um en-
sino com foco no aluno e no alcance de seus objetivos de aprendizagem. Apre-
sentamos uma obra para reflexão sobre como os resultados de aprendizagem
esperados podem ser alinhados com evidências de avaliação mensuráveis e
com as atividades de ensino e aprendizagem. Este livro organizado por Thais
Santos e Leonardo Drummond Vilaça compila 23 relatos de práticas docentes
do ensino superior em nível de graduação, pós-graduação e extensão social e
corporativa, com foco no aprendizado significativo e reflexivo.
9 788595 303904
EDITORALETRAMENTO.COM.BR
ISBN: 978-85-9530-390-4

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Alinhamento construtivo na pratica - Professor Otaviano SIlvério

  • 1. alinha- mento c o n s - trutivo na prática LeonardoDrummondVilaça ThaísCruzAlvesSantos o r g a n i z a ç ã o Capítulo extraído do e-book "Alinhamento Construtivo na Prática".
  • 2.
  • 3. Copyright © 2020 by Editora Letramento Copyright © 2020 by Leonardo Drummond Vilaça Copyright © 2020 by Thaís Cruz Alves Santos Diretor Editorial | Gustavo Abreu Diretor Administrativo | Júnior Gaudereto Diretor Financeiro | Cláudio Macedo Logística | Vinícius Santiago Designer Editorial | Gustavo Zeferino e Luís Otávio Ferreira Assistente Editorial | Giulia Staar e Laura Brand Todos os direitos reservados. Não é permitida a reprodução desta obra sem aprovação do Grupo Editorial Letramento. Belo Horizonte - MG Rua Magnólia, 1086 Bairro Caiçara CEP 30770-020 Fone 31 3327-5771 contato@editoraletramento.com.br editoraletramento.com.br casadodireito.com Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD A411 Alinhamento construtivo na prática / Ana Rosa Vidigal ... [et al.] organizado por Leonardo Drummond Vilaça, Thaís Cruz Alves Santos. - Belo Horizonte : Letramento ; Bubble, 2020. 334 p. ; 15,5cm x 22,5cm. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-9530-390-4 1. Educação. 2. Ensino Superior. 3. Teoria do Alinhamento Construtivo. I. Vidigal, Ana Rosa. II. Ferreira, Ana Silvia Sartori Barraviera Seabra. III. Santoro, Bruno Faccini. IV. Ribeiro, Carlos Eduardo Dias. V. Stroppa, Cibele Tosin. VI. Teixeira, Clara Alves. VII. Alenquer, Cynthia Gieseke Meniconi. VIII. Pastorelli, Danilo S. S. IX. Calado, Flávio Augusto Rezende. X. Soares, José Antônio. XI. Machado, José Lúcio Martins. XII. Souza, Juliana Lopes de Almeida. XIII. Vilaça, Leonardo Drummond. XIV. Versiani, Luciana Campanha. XV. Lana, Luiz Coelho. XVI. Navarro, Mairlos Parra. XVII. Corrêa, Marcelo Albuquerque. XVIII. Ota, Marcos Andrei. XIX. Fornasari, Margareth Lage Leite de. XX. Sobreira, Maria Adircila Starling. XXI. Cezar, Marina Seibert. XXII. Sousa, Otaviano Silvério de. XXIII. Bohrer, Paula Luce. XXIV. Corrêa, Paulo César Rodrigues Pinto. XXV. Santos, Regina Tavares de Menezes dos. XXVI. Ortiz, Sandra Regina Mota. XXVII. Barbosa, Silvia Michelle de Avelar Bastos. XXVIII. Arce, Tacyana. XXIX. Santos, Thaís Cruz Alves. XXX. Bouças, Thais Ruegger Jarrouge. XXXI. Conselho, Thiérs Hofman do Bom. XXXII. Leite, Vania Aparecida Marques. XXXIII. Carvalho, Walisson Ferreira de. XXXIV. Título. 2020-299 CDD 378 CDU 378 Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410 Índice para catálogo sistemático: 1. Educação : Ensino Superior 378 2. Educação : Ensino Superior 378
  • 4. SUMÁRIO 7 APRESENTAÇÃO LeonardoDrummondVilaça ThaísCruzAlvesSantos 9 CAPÍTULO 1 ARQUITETURA DE EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM POR MEIO DO ALINHAMENTO CONSTRUTIVO LeonardoDrummondVilaça ThaísCruzAlvesSantos EXPERIÊNCIAS EM CURSOS DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS 21 CAPÍTULO 2 FAKE NEWS NA SAÚDE: QUEM CUIDA? AnaRosaVidigal LucianaCampanhaVersiani TacyanaArce 35 CAPÍTULO 3 POR QUE ALUNOS UNIVERSITÁRIOS RESISTEM À APRENDIZAGEM ATIVA E COMO SUPERAR ESSE ENTRAVE? DaniloS.S.Pastorelli 51 CAPÍTULO 4 ARGUMENTANDO COM… GEORGE CARLIN – O ALINHAMENTO CONSTRUTIVO APLICADO NA CRIAÇÃO DE UM CURSO SOBRE PENSAMENTO CRÍTICO MairlosParraNavarro 65 CAPÍTULO 5 HISTÓRIA DA ARTE, ARQUITETURA E CIDADES: ENSINO E APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA SALA DE AULA INVERTIDA MarceloAlbuquerqueCorrêa DESIGN E COMUNICAÇÃO 81 CAPÍTULO 6 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E PROCESSOS AVALIATIVOS: UM ESTUDO DE CASO NO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS SilviaMichelledeAvelarBastosBarbosa
  • 5. 92 CAPÍTULO 7 SENSO DE RECIPROCIDADE E ENVOLVIMENTO EMOCIONAL NO ENSINO UNIVERSITÁRIO MarinaSeibertCezar 106 CAPÍTULO 8 METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DE DESIGN TÊXTIL MariaAdircilaStarlingSobreira 117 CAPÍTULO 9 ENGAJAMENTO DE TURMAS GRANDES POR MEIO DO TRABALHO COLABORATIVO DOCENTE JulianaLopesdeAlmeidaSouza LuizCoelhoLana 133 CAPÍTULO 10 A NATUREZA COMO INSPIRAÇÃO PARA O PENSAMENTO TRANSDISCIPLINAR E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS CONJUNTOS ENTRE CURSOS DE DESIGN E ENGENHARIA CarlosEduardoDiasRibeiro EXPERIÊNCIAS EM CURSOS DE SAÚDE 147 CAPÍTULO 11 REDESENHANDO A SEMIOLOGIA III NO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE: TRABALHO PEDAGÓGICO DE ADEQUAÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PauloCésarRodriguesPintoCorrêa 160 CAPÍTULO 12 IMPLANTAÇÃO DA DISCIPLINA DE BIOSSEGURANÇA NO CURSO DE ODONTOLOGIA PaulaLuceBohrer 170 CAPÍTULO 13 METODOLOGIA ATIVA PARA ENSINO DE BIOQUÍMICA JoséAntônioSoares 189 CAPÍTULO 14 PROGRAMA DE ATIVIDADE VIVENCIAL DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS CALOUROS E VETERANOS CynthiaGiesekeMeniconiAlenquer
  • 6. 200 CAPÍTULO 15 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA FORMAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM ATENDIMENTO DIETOTERÁPICO AMBULATORIAL MargarethLageLeitedeFornasari EXPERIÊNCIAS EM CURSOS DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLOGIA 213 CAPÍTULO 16 ALINHAMENTO CONSTRUTIVO PARA APRIMORAR A ESCRITA CIENTÍFICA DE ALUNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO BrunoFacciniSantoro 224 CAPÍTULO 17 A APLICAÇÃO DO ALINHAMENTO CONSTRUTIVO EM PROJETOS INTERDISCIPLINARES E INTERINSTITUCIONAIS ThiérsHofmandoBomConselho 240 CAPÍTULO 18 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E ALINHAMENTO CONSTRUTIVO APLICADOS EM UMA DISCIPLINA BASEADA EM PROJETOS OtavianoSilvériodeSousa EXPERIÊNCIAS EM CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES 257 CAPÍTULO 19 DESIGN DA APRENDIZAGEM ATIVA EM CURSOS SUPERIORES HÍBRIDOS MarcosAndreiOta ReginaTavaresdeMenezesdosSantos 272 CAPÍTULO 20 ALINHAMENTO CONSTRUTIVO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE EDUCADORES SOCIAIS: UMA EXPERIÊNCIA COM O CORRE CRIATIVO EDIÇÃO ESPECIAL “O FUTURO DA EDUCAÇÃO” ClaraAlvesTeixeira FlávioAugustoRezendeCalado 287 CAPÍTULO 21 ALINHAMENTO CONSTRUTIVO NA FORMAÇÃO DOCENTE DA PÓS-GRADUAÇÃO AnaSilviaSartoriBarravieraSeabraFerreira
  • 7. 296 CAPÍTULO 22 ALINHAMENTO CONSTRUTIVO NA FUNDAMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO MÉDICA NOS CURRÍCULOS INTEGRADOS JoséLúcioMartinsMachado SandraReginaMotaOrtiz ThaisRueggerJarrougeBouças 307 CAPÍTULO 23 APLICANDO O ALINHAMENTO CONSTRUTIVO NA UNIVERSIDADE CORPORATIVA WalissonFerreiradeCarvalho CibeleTosinStroppa 317 CAPÍTULO 24 A UTILIZAÇÃO DA TAXONOMIA SOLO EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A DOCÊNCIA EM CURRÍCULOS INTEGRADOS VaniaAparecidaMarquesLeite
  • 8. 7 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | APRESENTAÇÃO Este livro apresenta 23 experiências de como a Teoria do Alinhamento Construtivo, de John Biggs, é usada na prática em pro- jetos educacionais. Os capítulos foram escritos por professores de 8 Instituições de Ensino Superior brasileiras que estudaram o tema no curso de Especialização em Ensino e Aprendizagem na Educação Superior, ministrado por professoras da Universidade de Tampere (Finlândia), com Trabalhos de Conclusão de Curso orientados por professores da Universidade São Judas Tadeu, UNA e UniBH, que já haviam se formado em versões anteriores do curso finlandês, por meio de uma parceria entre a Finland University e o Instituto Ânima. Este livro conta com a preciosa colaboração de professores preocu- pados com a educação significativa e centrada no estudante, reunidos para seu próprio aperfeiçoamento em um curso de pós-graduação para aprimoramento das competências pedagógicas individuais e coletivas. Desde 2017, três turmas deste curso foram realizadas com sucesso, formando mais de 100 docentes até o momento de publicação deste livro. Foram transformados em capítulos Trabalhos de Conclusão de Curso que tiveram destaque ao alinhar de maneira coerente e signifi- cativa os principais elementos que fazem parte do processo de ensino e aprendizagem, como sugere Biggs. É com grande satisfação que lançamos esta publicação, o segundo li- vro fruto de experiências que professores brasileiros tiveram em diálo- go com professoras finlandesas num curso de formação docente trans- formador. A primeira publicação foi intitulada “Experiências de Ensino e Aprendizagem na Universidade: diálogos entre Brasil e Finlândia”, publicada em 2019. Esta obra segue orientada em capítulos divididos em seções que apresentam experiências pautadas no Alinhamento Construtivo em diferentes áreas, de acordo com a natureza dos cursos ou ambientes em que foram implementadas: Ciências Humanas e Sociais; Design e Comunicação; Saúde; Exatas e Tecnologia; Formação de Professores. Estão aqui reunidos vinte e quatro textos, sendo o primeiro a base teórica e explanatória da Teoria do Alinhamento Construtivo. Seguimos com relatos de experiências da implantação dessa teoria na
  • 9. 8 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | prática, em sala de aula ou em espaços diversificados como hospitais humanos e veterinários, lideranças comunitárias, entre outros. Esta obra e as bases do alinhamento construtivo têm a premissa de que o foco do aprendizado está em seu principal ator: o aluno. Quando o docente se preocupa com os resultados provocados nos estudantes, conseguindo mensurá-los substancialmente e de maneira concreta, sa- bemos que se atinge a educação transformadora e eficaz. Agradecemos ao Instituto Ânima, à Universidade São Judas Tadeu, à Finland University e as instituições do grupo Ânima Educação. Precisamos fazer nominalmente agradecimentos especiais às profes- soras que contribuíram diretamente para os resultados aqui compar- tilhados: Terhi Skaniakos, Johanna Annala, Milla Kinnunen e Kaisu Mälkki, obrigado pelo compartilhamento de saberes, de experiências e pela contribuição para o desenvolvimento de nossas competências pe- dagógicas. Esse diálogo entre Brasil e Finlândia tem sido extremamen- te rico para nós, professores brasileiros que tivemos aulas com vocês!1 Boa leitura! Esperamos que esta obra sirva como modelo de reflexão, inspiração e ação na busca por uma educação de qualidade, transfor- madora, significativa e reflexiva. LeonardoDrummondVilaça ThaísCruzAlvesSantos 1  Nota de rodapé traduzida especialmente para que as professoras finlandesas possam ler o agradecimento feito a elas: Terhi Skaniakos, Johanna Annala, Milla Kinnunen and Kaisu Mälkki, thank you for sharing knowledge, experiences and contributing to the development of our teaching skills. This dialogue between Brazil and Finland has been extremely rich for us, Brazilian teachers who had clas- ses with you!
  • 10. Experiências em cursos de ciências exatas e tecnologia
  • 11. 240 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | capítulo 18 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E ALINHAMENTO CONSTRUTIVO APLICADOS EM UMA DISCIPLINA BASEADA EM PROJETOS OtavianoSilvériodeSousa1 1. INTRODUÇÃO No processo de ensino e aprendizagem, as relações em sala de aula em torno de objetivos estabelecidos favorecem a aprendizagem e de- senvolvem um ambiente propício e atraente e com engajamento dos alunos. Assim, planejar o ensino a partir do que o aluno já sabe é uma tentativa de favorecer aprendizagens significativas. De acordo com Santos (2013), o entendimento sobre aprendizagem sig- nificativa pode assumir diferentes definições em função da teoria a que for associada. Santos (2013) cita Rogers, Coll e Ausubel que são considerados os principais teóricos que usam a expressão aprendizagem significativa em seus estudos. Sendo que Rogers, teórico humanista, enfatiza em seus estudos o significado interno da aprendizagem, aos motivos que levam o aluno a aprender. Coll, considerado um teórico sócioconstrutivista, acre- dita que a aprendizagem significativa requer duas condições: o conteúdo deve ser significativo, isto é, ser utilizável pelo aluno, quando necessário; e o aluno deve estar motivado. Ausubel, teórico cognitivista, tem o termo, aprendizagem significativa, como aquela que ocorre a partir do surgimen- to de um sentido ativo e pessoal de quem aprende, relacionando assim a disposição de aprendizagem do aluno como uma das condições para alcançar a aprendizagem significativa. A aprendizagem é um processo de desenvolvimento de estruturas sig- nificativas em nossa mente de modo que aprender algo está relacionado com o compreender, de fato, o que se está aprendendo. Dessa forma, toda a construção do conhecimento se dará de forma individualizada e corre- lacionada com o repertório cognitivo de cada aluno. Logo, o professor ao planejar o ensino tem que partir do que o aluno já sabe (AUSUBEL, 2003).
  • 12. 241 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | Assim, planejar o ensino a partir do que o aluno já sabe é uma ten- tativa de favorecer aprendizagens significativas. O ensino dentro des- ta perspectiva considera que os alunos podem ampliar seu repertório cognitivo. E esta ampliação pode ser favorecida dependendo da forma como o professor apresenta o conteúdo, alinhando com o repertório cognitivo dos alunos. De acordo com BIGGS (1996), os estudantes devem estar no centro na criação de conhecimento. Portanto, um bom projeto pedagógico deve conduzir o aprendiz ao centro do processo de ensino e apren- dizagem e promover mudanças no papel do professor que é utilizado como centro do processo. Para que professores possam decidir que métodos de ensino utilizar para facilitar a aquisição dos objetivos de aprendizagem e consequentemente facilitar uma aprendizagem signi- ficativa, Biggs (2011) propõe orientações práticas para os professores, pois entende que o “alinhamento construtivo” é uma associação entre a forma de entendimento construtivista da natureza da aprendizagem e um desenho alinhado para o ensino. Alinhamento Construtivo é uma forma de planejamento de ensino proposta por John Biggs, originada dos conceitos do Construtivismo e da Teoria do Curriculum. Do construtivismo entende-se que o ensino deve estar voltado para as atividades propostas para os alunos e da Teoria do Curriculum tem-se a avaliação alinhada com o que se almeja aprender (BIGGS; TANG, 2011). Na perspectiva do Alinhamento Construtivo, o professor planeja a sua aula com foco na seguinte questão: “O que eu quero que, de fato, os meus alunos aprendam com esta aula?”. Ou seja, quando a aula acabar o que os alunos são capazes de fazer? Percebe-se então o foco do processo educativo está no resultado da aprendizagem. Biggs e Tang (2011) afirmam que para envolver os alunos em um processo ativo com foco em resultados de aprendizagem é necessário que o professor planeje tarefas tanto para ele quanto para os alunos executarem, e que essas tarefas devam estar alinhadas com os resulta- dos pretendidos de aprendizagem. Assim, na prática, o planejamento do professor segue a seguinte or- dem: eleger os resultados pretendidos da aprendizagem, planejar as atividades de ensino e de aprendizagem de modo que os alunos alcan- cem os resultados e por fim, definir a forma de avaliação par obter os resultados esperados.
  • 13. 242 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | 1.1. CENÁRIO DE ESTUDO – PROJETO INTERDISCIPLINAR O cenário de estudo utilizou a disciplina denominada PI – Projeto Interdisciplinar. A disciplina é uma proposta de uma prática interdisci- plinar cujo tema está diretamente relacionado com a formação de com- petências específicas e globais do curso, de forma a corroborar com a formação profissional, humana e cidadã dos alunos, em sua inserção política e social. A proposta da disciplina é que os alunos trabalhem de forma sistemática, organizada e solidária em grupos, tanto em sala de aula quanto em outros espaços de aprendizagem, a fim de construir sua autonomia acadêmica, intelectual, política e profissional. A proposta da disciplina é a criação de projetos. Os projetos da dis- ciplina são desenvolvidos, obrigatoriamente, em grupos de no mínimo 3 e no máximo 8 alunos participantes. Todos os trabalhos são elabo- rados a partir de atividades de aula, sob a orientação do professor da disciplina, com a co-orientação dos demais professores das disciplinas que compõem o módulo ou período. O produto do PI, correspondente à modalidade e eixo temático/específico para cada classe, consiste em um documento final escrito, com estrutura textual e formatação gráfica de acordo com as normas estabelecidas, bem como um produto. Para o cenário deste estudo utilizou-se a disciplina “Projeto Interdisciplinar” do curso “Ciência da Computação”, com os 40 alunos do módulo 3B do UniBH em 2018. A questão a ser respondida pelo projeto criado pelos alunos no semestre foi: Como soluções tecnológicas inovadoras podem contribuir com a sociedade? 2. RESULTADOS DE APRENDIZAGEM ESPERADOS O objetivo foi planejar as atividades iniciais da disciplina de Projeto Interdisciplinar, compreendendo em: apresentação e discussão do Tema do projeto no semestre, criação de grupos de trabalho para pro- postas de projetos de acordo com o tema, definição de temas por gru- pos e escopo do projeto e prototipação de uma solução. Utilizou-se como referência no planejamento, o alinhamento Construtivo e do Construtivismo Social e os objetivos foram elabora- dos de acordo com a taxonomia de BLOOM. A Taxonomia de Bloom é dividida em seis subcategorias, e juntos a estas relacionam-se verbos, que visam dar o suporte ao planejamento acadêmico, como mostrado na Figura 1 – Taxonomia de Bloom. Portanto, após a realização das atividades iniciais, espera-se que os alunos sejam capazes de: compreender as diferenças entre inovação
  • 14. 243 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | e invenção, discutir em grupo as ideias e propostas para o projeto, aplicar ferramentas e técnicas para definição das propostas do projeto e ilustrar e prototipar propostas de projeto para solução do problema. 3. ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO O projeto pedagógico da disciplina baseou-se no construtivismo so- cial para alcançar o nível mais alto de compreensão dos alunos, de acordo com a taxonomia das Bloom (Figura 1 – Taxonomia de Bloom). Utilizou-se também o alinhamento construtivo para estabelecer to- das as atividades, metas de aprendizado e critérios de avaliação. O Alinhamento Construtivo foi proposto por John Biggs (BIGGS E TANG, 2011) e é definido pelo próprio autor como um “design for teaching”. Em português, pode ser entendido como uma maneira de planejar, projetar e delinear o ensino. Analisar Criar Relacionado a reconhecer e reproduzir ideias e conteúdos Relacionado a estabelecer uma conexão entre o novo e o conhecimento previamente adiquirido. Relacionado a executar ou usar um procedimento numa situação expecífica. Significa colocar elementos juntos com oobjetivo de criar uma nova visão. Relacionado a dividir a informação em partes relevantes e irrelevantes. Relacionado a realizar julgamentos baseados em critérios. Avaliar Aplicar Analisar Compreender Lembrar Figura 1 – Taxonomia de Bloom - Adaptado e traduzido de Armstrong, 2020. Na definição dos resultados pretendidos da aprendizagem os verbos são muito importantes e assumem duas funções principais – informam o que os estudantes serão capazes de fazer e em que nível (BIGGS e TANG, 2011). Para auxiliar na definição dos resultados pretendidos da aprendizagem, Biggs e Tang (2011) sugerem a adoção da Taxonomia SOLO (Structure of the Observed Learning Outcome). Vide Figura 2.
  • 15. 244 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | teorizar generalizar criar hipóteses comparar explicar causas analisar relatar aplicarenumerar descrever listar fazer algoritimos identificar fazer procedimentos simples Falta informações Pré-estrutural Uniestrutural Multiestrutural Relacional Abstrato Estendido Fase Quantitativa Fase Qualitativa Figura 2: Fonte: BIGGS e TANG (2011 apud MENDONÇA 2015). As atividades de avaliação foram divididas em duas fases, sendo: • Fase inicial do projeto, foi realizado o levantamento dos conhe- cimentos prévios dos alunos, para esta fase foram utilizados três instrumentos: um questionário prévio de opinião, que levantou o perfil dos alunos; um diálogo prévio com os alunos e utiliza- ção do organizador gráfico KWL que apontou seu nível de co- nhecimento sobre o assunto do projeto; e o terceiro consistiu na elaboração individual de mapa conceitual prévio, de modo que possibilitou explicitar os conceitos do projeto interdisciplinar. • Fase Sprint, foi realizada de forma contínua pelo professor men- tor da disciplina/projeto e pelos pares do grupo. Nessa fase os critérios foram baseados na participação durante o projeto e na qualidade dos produtos gerados e entregues pelos grupos. Para avaliar as atividades foram criadas rubricas. As rubricas foram apresentadas e discutidas com os alunos, pois eles utilizaram esses critérios para a avaliação entre os componentes do grupo através de formulário online. As rubricas utilizadas nessa fase estão demonstradas na tabela 1.
  • 16. 245 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | Tabela 1–Rubrica. Rubricas Descrição do processo de avaliação Tô nem aí Meus colegas precisam refazer as atividades que executo ou nem sempre cumpro com minhas obrigações. Não participa das atividades. Vou me esforçar mais na próxima Na maior parte do tempo eu executo minhas atividades, mas nem sempre contribuo de forma efetiva e com qualidade. Pouca participação Quase lá Na maior parte do tempo participo dos trabalhos de forma colaborativa, apresento soluções, levo em consideração a opinião dos colegas, executo minhas atividades com qualidade. Participa de forma moderada do projeto Show de Bola Participo dos trabalhos de forma colaborativa, apresento soluções, levo em consideração a opinião dos colegas, executo minhas atividades com qualidade. Excelente participação. Fonte: Elaborado pelo autor. Para avaliação do produto do projeto, foram utilizadas métricas de testes de usabilidade para validação dos protótipos. O objetivo é ob- servar usuários reais usando o produto para descobrir problemas e pontos de melhorias. Para guiar os alunos nos testes foram utilizadas as seguintes métricas: • Desempenho: Quanto tempo e quantos passos são necessários para que a pessoa complete tarefas básicas? • Precisão: Quantos erros a pessoa cometeu? E eles foram fatais ou a pessoa conseguiu se recuperar com as informações recebidas pelo sistema? • Resposta emocional: Como a pessoa se sentiu depois de comple- tar a tarefa? A pessoa estava confiante ou estressada? Ela reco- mendaria o produto a um amigo? Para a realização dos testes, os grupos foram orientados a realizarem autoavaliação e serem avaliados por outro grupo utilizando as métricas estipuladas. 4. ATIVIDADES DE ENSINO E APRENDIZAGEM Como etapa inicial do projeto pedagógico e definição das atividades de ensino e aprendizagem foi realizado um levantamento dos conhe- cimentos prévios dos alunos. Para o levantamento dos conhecimen- tos prévios dos alunos, foram realizadas as seguintes atividades: uma entrevista estruturada com questões fechadas seguida de um diálogo
  • 17. 246 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | em grupo; elaboração de um mapa conceitual prévio e aplicação de atividades procedimentais. Assim, ao planejar a proposta didática considerou-se a etapa do le- vantamento de conhecimento prévio dos alunos, pois este ajudou na estimativa cuidadosa dos conceitos e habilidades possuídos pelos alu- nos de maneira que pudessem ser estruturados planos de aula que facilitassem aprendizagens subsequentes. Assim, foram relacionados todos objetivos de aprendizagem, os níveis pretendidos da taxonomia de Bloom, as atividades e as avaliações para o projeto. A Tabela 2 de- monstra o planejamento das atividades e avaliações do projeto. Tabela 2–Planejamento das Atividades e Avaliações do Projeto. Resultados Pretendidos da Aprendizagem Nível Taxonomia de SOLO Atividades de Ensino e Aprendizagem Atividades de Avaliação Compreender o tema do projeto Interdisciplinar Uniestrutural Aula expositiva com aplicação K-W-L Participação na discussão do tema e auto avaliação em formulário online utilizando as rubricas estipuladas Compreender as diferenças entre inovação e invenção Uniestrutural Utilização de vídeo aula realizada por um especialista no assunto Participação do fórum de discussão online, respondendo: O que você entende pelo termo Soluções tecnológicas inovadoras? O que é inovar? Cite exemplos. Definir uma proposta do projeto Relacional Utilização da metodologia SnowFlake. Discussão em grupo e pesquisa de campo Validação das ideias e discussões através da utilização da plataforma Edmodo para gestão de trabalhos em grupos. Aplicar ferramentas e técnicas para definição das propostas do projeto Relacional Validação da ideia através da técnica de Chapéus de Bono e WordCafé. Participação na discussão do grupo e nos demais projetos apresentados e formulário online utilizando as rubricas estipuladas Ilustrar e prototipar propostas de projeto para solução do problema Relacional Criação da versão inicial do produto do projeto. Utilização da técnica de prototipação em papel Criação do protótipo do produto do projeto. Fonte: Elaborado pelo autor.
  • 18. 247 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | 5. RESULTADOS A primeira aula foi planejada a partir das categorias de entrada dos alunos observadas na análise inicial da pesquisa (conhecimentos pré- vios e característica de cada aluno, considerando seu nível de matura- ção em relação aos conhecimentos inovação e soluções em tecnologia). Em relação aos conhecimentos prévios levou-se em consideração o que os alunos já sabiam sobre o elemento específico do conhecimento que seria aprendido. Na caracterização dos alunos, observou-se que em torno de 78% dos alunos já trabalhavam na área de tecnologia ou já tiveram contato com prototipação e desenvolvimento de aplicações. No início das atividades, os alunos tiveram muita resistência para a formação dos grupos de trabalho, pois anteriormente essa tarefa era realizada pelo professor da disciplina e agora eles tinham autonomia para formar seus grupos de trabalho. Foram criados 6 grupos de trabalho e destacaram projetos e soluções muito interessantes, tais como: Gerenciamento inteligente de semá- foros por veículos de emergência e o aplicativo FoodParty que per- mitirá estabelecimentos comerciais e usuários a partilharem produtos e serviços. A ideia do projeto nasceu durante a condução das ativida- des de WordCafe e SnowFlake1. Vide Figura 3 – Tela do Aplicativo FoodParty.
  • 19. 248 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | Figura 3 – Tela do Aplicativo FoodParty. Os Resultados Pretendidos da Aprendizagem demonstraram que o projeto teve sucesso ao promover a aprendizagem significativa. Os alu- nos construíram soluções coletivamente e seguiram todas as etapas definidas nas atividades. Os resultados das atividades: aplicar ferramentas e técnicas para de- finição das propostas do projeto e ilustrar e prototipar propostas de projeto para solução do problema tiveram resultados surpreendentes, onde os alunos lidaram muito bem com o processo de auto regula- ção, avaliação e feedback. Os resultados mostram que atingiram os
  • 20. 249 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | níveis propostos na taxonomia de SOLO e construíram soluções cria- tivas e coerentes com o tema do Projeto Interdisciplinar. Vide Figura 4 – Atividades de Ilustração e prototipação.
  • 21. 250 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | Figura 4 – Atividades de Ilustração e prototipação. Os alunos relataram como ponto importante a divulgação pelo pro- fessor com antecedência as atividades da aula, bem como o critério para avaliação delas. Como mecanismo para avaliação e feedback pelos alunos do proje- to, foi criado um formulário no SurveyMonkey.com. A condução das atividades e do projeto pela visão dos alunos obteve uma nota 4,56 em um total de 5,00. Segue uma descrição dos comentários dos alunos: “Para mim está tudo muito bem… Pra ser sincero esse deve ser o PI mais bem estruturado e organizado de todos que fiz na UniBH.”
  • 22. 251 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | “O professor conduz bem a turma, adota um padrão de exigência pare- cido com o que é cobrado no mercado de trabalho.” “Acho que a aula está seguindo um caminho interessante deixando os alunos auto gerenciáveis com os seus compromissos.” “Professor conduz bem calma sem nos deixar desesperado apesar do cur- to prazo nos deixa ciente de termos ao menos algo viável de apresentação.” Os comentários dos alunos demonstram que a utilização das me- todologias e planejamento das atividades engajaram todos na boa condução do projeto. Outro ponto identificado foi que grande parte do engajamento dos alunos no projeto, somente foi possível devido a clareza da apresentação das atividades da aula, bem como os critérios utilizados para avaliação. Com o planejamento das atividades e avaliações do projeto, os resultados de aprendizagem: Compreender o tema do projeto Interdisciplinar e Aplicar ferramentas e técnicas para definição das propostas do projeto foram avaliados utilizando as rubricas estipuladas para o projeto, e a partir dos formulários respondidos pelos alunos, foi identificado uma grande evolução na participação e colaboração dos integrantes nos grupos. A rubrica Show de Bola evoluiu de 36,4% da atividade 1 para 54,5% na atividade 2. Vide Gráfico 1 – Indicadores de Auto Avaliação. Gráfico 1: Indicadores de Auto Avaliação. Atividade: Compreender o tema do projeto Interdisciplinar Tô nem aí 15,2% 36,4% Show de Bola Vou me esforçar mais 24,2% Quase lá 24,2%
  • 23. 252 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | Atividade: Aplicar ferramentas e técnicas para definição das propostas do projeto Tô nem aí 9,1% 54,5% Show de Bola Vou me esforçar mais na 18,2% Quase lá 18,2% Fonte: Elaborado pelo autor. Verificou-se durante o projeto que os alunos se mostraram recepti- vos às atividades de ensino, de aprendizagem e as tarefas de avaliação propostas nos planos de ensino e aprendizagem, principalmente como o formato de divulgação com antecedência das atividades a serem de- senvolvidas, bem como o método de avaliação das mesmas. Ocorreu também um aumento da procura espontânea dos alunos pelo professor fora do horário de aula para tirar dúvidas e aprender mais sobre os conceitos abordados, até mesmo aqueles alunos considerados desinte- ressados pelo professor, procuravam-no para discutir possíveis opções de layout e interação no protótipo do projeto. 6. CONCLUSÃO Conclui-se que as atividades de ensino e aprendizagem escolhidas facilitaram o desenvolvimento de um ambiente de discussão e reflexão, aumentando a motivação dos alunos para o aprendizado e colabora- ção para resolução de problemas. Através dos comentários dos alunos, identificou-se um processo educativo diferente, gradual, natural e esti- mulante, produtor de aprendizagens profundas, duradouras, transferí- veis para outros momentos de aquisição de conhecimentos. Inicialmente, as atividades de ensino, de aprendizagem e tarefas de avaliação criaram um receio no pesquisador, o receio de que os alunos apresentassem um elevado grau de resistência das atividades de apren- dizagem, visto que estas os direcionavam para fazerem alguma coisa durante as aulas e não serem simplesmente agentes passivos, o que é comum no modelo tradicional de ensino nas disciplinas de projeto
  • 24. 253 | ALINHAMENTOCONSTRUTIVONAPRÁTICA | interdisciplinar. No entanto, apesar das dúvidas e receios considera- ram-se atividades que estimulassem a conscientização dos alunos, por meio do diálogo e do estímulo a autorreflexão e auto responsabilização do seu processo de aprendizagem. No final da investigação, considerando as informações recolhidas nas reflexões e atividades desenvolvidas, chega-se à conclusão que a proposta didática obteve uma avaliação positiva por parte da maioria dos alunos. Eles mostraram bons indícios de satisfação com diversos aspectos da proposta, principalmente as atividades de aprendizagem. Também apresentaram satisfação com o modelo de ensino que impri- miu uma dinâmica nas aulas com um ritmo envolvente. REFERÊNCIAS ARMSTRONG, P. Bloom’s taxonomy. Center of Teaching. Vanderbilt University, Estados Unidos da América. 2020. Disponível em: <https://cft.vanderbilt.edu/ guides-sub-pages/blooms-taxonomy/>. AUSUBEL, D. P. Aquisição e Retenção de Conhecimentos: Uma Perspectiva Cognitiva. 1 ed. Portugal: Paralelo Editora, 2003. BIGGS, J. Enhancing teaching through constructive alignment. Higher Education, v. 32, n. 3, p. 347–364, Oct 1996. ISSN 1573-174X. Disponível em: <https://doi. org/10.1007/BF00138871>. BIGGS, J. What the student does: teaching for enhanced learning. Higher Education Research & Development, Routledge, v. 18, n. 1, p. 57–75, 1999. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/0729436990180105>. BIGGS, J; TANG, C. Teaching for Quality Learning at University. 4 ed. Berkshire, England: Society for Reasearch into Higher Education & Open University Press, 2011. MENDONÇA, A. Teoria do Alinhamento Construtivo: fundamentos e aplica- ções. 2014. Disponível em <http://www.academia.edu/17729627/Teoria_do_ Alinhamento_Construtivo_- _Fundamentos_e_Aplica%C3%A7%C3%B5es_ Andr%C3%A9a_Mendon%C3%A7a>. Acesso em: 15 dez. 2018. SANTOS, Júlio César Furtado dos. Aprendizagem significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor. 5 ed. Porto Alegre: Mediação, 2013.
  • 25.  editoraletramento    editoraletramento.com.br  editoraletramento    company/grupoeditorialletramento   grupoletramento    contato@editoraletramento.com.br  casadodireito.com    casadodireitoed    casadodireito
  • 26. Estelivroapresenta23experiênciasdecomoaTeoriadoAlinhamentoConstru- tivo, de John Biggs, é usada na prática em projetos educacionais. Os capítulos foram escritos por professores de 8 Instituições de Ensino Superior brasileiras que estudaram o tema no curso de Especialização em Ensino e Aprendizagem da Educação Superior, ministrado por professoras da Universidade de Tampere (Finlândia), com TCCs orientados por professores da Universidade São Judas Tadeu, UNA e UniBH, por meio de uma parceria entre a Finland Univeristy e o Instituto Ânima. O Alinhamento Construtivo surge como uma ferramenta norteadora de um en- sino com foco no aluno e no alcance de seus objetivos de aprendizagem. Apre- sentamos uma obra para reflexão sobre como os resultados de aprendizagem esperados podem ser alinhados com evidências de avaliação mensuráveis e com as atividades de ensino e aprendizagem. Este livro organizado por Thais Santos e Leonardo Drummond Vilaça compila 23 relatos de práticas docentes do ensino superior em nível de graduação, pós-graduação e extensão social e corporativa, com foco no aprendizado significativo e reflexivo. 9 788595 303904 EDITORALETRAMENTO.COM.BR ISBN: 978-85-9530-390-4