O documento discute a relação entre liturgia e mística na tradição franciscana. A liturgia é vista como um dom de Deus que permite a participação no mistério da salvação de Cristo por meio de símbolos e rituais. A mística está vinculada à celebração dos mistérios de Deus na liturgia e nos sacramentos, permitindo a experiência da comunhão divina de forma gratuita. A melhor liturgia é deixar-se santificar por Deus ao mergulhar no mistério revelado na a
2. Liturgia e Franciscanismo A Liturgia na experiência mística e nas intuições dos Santos de Assis. Um resgate que ilumina nossa caminhada.
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5. Liturgia e Franciscanismo De modo geral, “nas celebrações litúrgicas, percebemos que a forma de participar, rezar, cantar e de executar determinadas ações rituais são realizadas de uma forma técnica e funcional, com pouco envolvimento afetivo, espiritual e emocional. Corremos o risco de honrar Deus com os lábios com um coração distante dele (cf. Mt 15, 8). Celebrações, como diria Francisco, “sem oração e devoção”.
6. Liturgia e Franciscanismo Se uma celebração não cria espaço para a oração gratuita, que se expressa na confissão dos pecados, nas preces, na oração de confiança, no louvor, é sinal de que algo não está bem.
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9. Liturgia e Franciscanismo Hoje fala-se muito em mística . Mística Franciscana, Inaciana... etc .... O que é mística ?
10. Liturgia e Franciscanismo Na história da salvação, a mística está vinculada à celebração dos mistérios de Deus, como acontece na liturgia e nos sacramentos da Igreja.
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12. Na história da salvação, a mística está vinculada à celebração dos mistérios de Deus, como acontece na liturgia e nos sacramentos da Igreja.
13. Em primeiro lugar precisamos compreender o sentido das palavras e dos conceitos de Mística e de Liturgia. Relação entre Mística e Liturgia
14. Liturgia e Franciscanismo Coisa escondida, secreta, segredo, intimidade, interioridade, coisa da alma, do ser profundo ou das profundezas do ser. Refere-se ao mistério! Mística : de myesis, mysterion
15. Liturgia e Franciscanismo. “ Mística é a ação de tocar o mistério de Deus ” . Místico é aquele que, movido pelo Espírito, experimenta em sua vida o mistério de Deus revelado em Jesus Cristo.
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17. Liturgia e Franciscanismo Francisco chora e dança de alegria e dor. Alegra-se com o irmão; tem prazer no canto da cigarra; extasia-se com o inseto pequenino, sabe adivinhar o segredo das coisas. Deus é alegria, Deus é beleza.
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20. Liturgia e Franciscanismo. Toda mística se expressa numa liturgia, ou seja, numa linguagem de símbolos que une a palavra ao gesto, interior ao exterior, presente ao passado, a partir da experiência cristã do mistério de Deus.
21. Liturgia e Franciscanismo. Tanto Francisco como Clara, ao tratar com Deus, têm delicadezas de um coração apaixonado, eles se internecem até às lágrimas, contemplando os seus mistérios, compadecem-se de sua simplicidade, acariciam seus vestígeos, enchem-se de doçura na recordação de sua vida, querem ser-lhe próximos, irmãos, irmãs e mães, sim, querem ser-lhe assemelhados.
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23. O QUE ENTENDEMOS POR LITURGIA ? Conjunto de cerimônias eclesiásticas, ritos, missas, sacramentos, rezas, devoções... Coisa de padre ..... !
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25. Liturgia e Franciscanismo. Liturgia é bem mais do que pura e simplesmente "rito" ou "cerimônia". É ação, serviço, ofício. Liturgo é aquele que serve, que ama, que se doa pelo bem comum de uma comunidade .
29. Liturgia e Franciscanismo. Deus Pai é fonte e fim da liturgia. A liturgia cristã é resposta de fé e de amor à ação de Deus Pai.
30. Liturgia e Franciscanismo. A liturgia é ação (serviço) sacerdotal de Jesus Cristo para o louvor de Deus Pai e para a santificação da humanidade, realizada através de sinais sensíveis (SC 7).
31. Liturgia e Franciscanismo. O momento alto do serviço (de Liturgia) de Jesus Cristo é sua doação, morte na cruz e ressurreição. Assim, cada liturgia da Igreja católica, torna presente no hoje da comunidade, a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
32. Liturgia e Franciscanismo. Em cada ação litúrgica proclamamos: “ Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde Senhor Jesus”! A Liturgia é memorial do Mistério Pascal O Ressuscitado vive entre nós.Amém. Aleluia!
33. Liturgia e Franciscanismo. Liturgia é ação, obra do Espírito Santo Prepara a comunidade para o Encontro com o Senhor; Recorda e manifesta o Cristo à Assembléia; Atualiza o Mistério pascal de Cristo (realiza o memorial); Dá eficácia aos sinais e símbolos da liturgia; Transforma os dons em Corpo de Cristo; Inspira a oração dos fiéis; Age nos ministros e servidores; Transforma a assembléia em Corpo de Cristo;
34. Na Liturgia, o Espírito Santo é o pedagogo (orientador) da fé do povo de Deus, o artífice das obras-primas de Deus (as ações litúrgicas ) – os sacramentos da nova aliança.
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40. Liturgia e Franciscanismo. LITURGIA É AÇÃO CONJUNTA: => do Pai, pelo Filho, no Espírito Santo a nós – povo sacerdotal (dom, graça, bênção – santificação). => do povo sacerdotal (batizados) ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo (acolhida, louvor, ação de graças, resposta de amor - glorificação). A liturgia é ação conjunta entre os parceiros da Aliança. É relação de amor.
41. Liturgia e Franciscanismo. “ Sentimo-nos tentados a pensar na liturgia como algo que nós fazemos, como o culto que, em primeiro lugar, nós prestamos a Deus como coisa nossa. No entanto, uma visão da história da salvação nos diz que a liturgia é, em primeiro lugar, um dom de Deus que nos dá a graça de sua Palavra, da comunhão com ele mediante os sacramentos. Somente um segundo momento, como resposta necessária a este dom, a liturgia é adoração, súplica, ação de graças” (cf Jesus Castellano) .
42. Marcelino Ramos/RS CELEBRAR É MERGULHAR NO MISTÉRIO A liturgia não nos pertence. Ela está infinitamente acima de nós. É um dom divino. Por isso não nos cabe nos apropriarmos dela, mas deixar-se possuir por ela. Não nos cabe conduzí-la, mas deixar-se conduzir por ela através da participação na ação simbólico-ritual (Cardeal Daneels de Bruxelas).
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47. Liturgia e Franciscanismo. A celebração do mistério da salvação na liturgia é ao mesmo tempo obra do amor do Pai, da graça vital de Cristo e da comunhão do Espírito Santo. Louvai e bendizei a meu Senhor. E dai-lhes graças. E servi-o com grande humildade.
48. Liturgia e Franciscanismo. A ação litúrgica é oferta, é bênção – é louvor do povo sacerdotal que tudo esperam do Pai e tudo devolvem ao Pai, em, com e por Jesus Cristo, no Espírito Santo.
49. Ó Deus, ainda que nossos louvores não vos sejam necessários, vós nos concedeis o dom de vos louvar. Eles nada acrescentam ao que sois, mas nos aproximam de vós (cf IV Prefácio TC).
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53. LITURGIA COMO LUGAR DA EXPERIÊNCIA DO MISTÉRIO (mística).
54. Liturgia e Franciscanismo. A liturgia ocupa na ação evangelizadora da Igreja um lugar central. Ela é ponto alto ao qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde emana toda a sua força (SC 10).
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57. Na Liturgia o discípulo de Jesus realiza o mais íntimo encontro com o seu Senhor e da participação na ação litúrgica, recebe a motivação e a força para a sua missão na Igreja e no mundo.
58. Liturgia e Franciscanismo. Quer dizer, é no momento celebrativo que a comunidade dos fiéis realiza o encontro privilegiado com Deus e com Cristo, sob a moção do Espírito Santo, e se coloca na dinâmica da comunhão com o mistério da salvação.
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60. Liturgia e Franciscanismo. Contudo, se quisermos que a experiência litúrgica seja um encontro fecundo, de comunhão com Deus, necessitar-se-á valorizar o sentido do sagrado na celebração, apreciando-se o silêncio, a capacidade de escuta, o jubilo interior da contemplação – a dimensão orante - renunciando ao que distrai, desvia a atenção para aspectos humanos e externos da celebração litúrgica.
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64. Liturgia e Franciscanismo. O objetivo da liturgia é o encontro vivo com o mistério de Deus manifestado em Jesus Cristo. Para que este encontro seja ‘em espírito e em verdade’ (cf. Jo 4, 23), é preciso entrar no jogo simbólico-ritual da liturgia e não fazer a liturgia entrar no nosso jogo.
65. Liturgia e Franciscanismo. São Francisco e Santa Clara de Assis e muitos outros santos(as) como: Ângela de Foligno,Santo Antônio, São Bernardo ... provaram verdadeiras experiências místicas litúrgicas.
66. Liturgia e Franciscanismo. É na assembléia litúrgica que nos encontramos, mística e comunitariamente, com o Cristo Ressuscitado que nos faz passar com ele da morte para a vida, da escravidão para a liberdade, do apego a nós mesmos para o transbordamento do amor. Ele nos mergulha no âmago da realidade, intuir o coração da vida, o mistério insondável, inexprimível, presença viva do Deus-Amor no lusco-fusco de nossas buscas e experiências. E nos envia em missão, a serviço do Reino no mundo.
67. Liturgia e Franciscanismo Uma experiência mística litúrgica não está necessariamente ligada ao momento da celebração litúrgica. Uma experiência do kairós de Deus pode ser vivida fora da ação litúrgica – na ação ou no testemunho-. A liturgia pode ser fonte e cume, mas não necessariamente o lugar específico da experiência.
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69. A espiritualidade litúrgica caracteriza-se pelas seguintes notas: Trinitária- encontro, mergulho na Trindade santa; Cristológica – memorial da Páscoa de Cristo Pneumatológica – ação do Espírito Santo Eclesial – ação da Igreja – povo sacerdotal. Sacramental – através de sinais sensíveis
71. Liturgia e Franciscanismo. Para entendermos a relação dos Santos de Assis com a Liturgia, precisamos ter presente o contexto das celebrações litúrgica do seu tempo. A liturgia foi para eles uma verdadeira escola de vida. Além do mais, viveram numa época de mudança de eixo.
72. Liturgia e Franciscanismo COMO SE CARACTERIZAVA A ÉPOCA DE FRANCISCO E DE CLARA DE ASSIS? (Marcas histórias, sociais e eclesiais)
74. 1ª PARTE A LITURGIA NO PRIMEIRO MILÊNIO: algumas características:
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77. Liturgia e Franciscanismo . Mistério celebrado: principal fonte de inspiração teológica: Compreensão de Deus elaborada a partir da experiência celebrativa, do encontro com o mistério na celebração litúrgica
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79. A liturgia era "a devoção popular" e a principal fonte de espiritualidade cristã. Não existiam outras devoções. A centralidade do mistério pascal celebrado na liturgia é que era determinante. Inclusive os mártires eram celebrados à luz da Páscoa de Cristo.
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82. Liturgia e Franciscanismo. Estilo da Liturgia romana: = Simplicidade, = praticidade, = elegância, dignidade = garante o essencial, a saber, a memória do Mistério pascal de Cristo O culto eucarístico era impressionantemente sóbrio
83. Liturgia e Franciscanismo. Leva-se a sério a qualidade da celebração: bíblico-teológica, simbólico-ritual, espiritual (mística), pascal, orante. Façam isto em memória de mim!
84. Liturgia e Franciscanismo. Entendia-se, na missa romana, que a eucaristia (ação de graças) é dada à Igreja por Deus para ser comida e bebida memoriais (refeição, banquete) para os iniciados na vida de fé e, não tanto, para ser adorada.
85. Liturgia e Franciscanismo. Os Sacramentos são vistos como Celebração / atualização do Mistério Pascal nos diferentes momentos da vida humana. Pelos sacramentos somos 'tocados' pelo mistério pascal do Senhor .
86. 2ª PARTE A LITURGIA NO SEGUNDO MILÊNIO: Deslocamentos de eixo
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88. Primeiro milênio Segundo milênio Centralidade do Mistério Pascal na celebração, nos sacramentos, na liturgia das Horas e na vivência de toda a ação Litúrgica Centralidade dos Santos, Santíssimo Sacramento (= presença real) Devocionismo adoração
89. Primeiro milênio Segundo milênio Presença “real” do Senhor, vivida e sentida no todo da celebração litúrgica e na vida Presença “real” vista quase que somente nas espécies de pão e de vinho
90. Primeiro milênio Segundo milênio Fonte principal de espiritualidade cristã: a Liturgia, a celebração litúrgica ! Fonte principal de espiritualidade cristã: As devo ç ões aos Santos e ao Sant í ssimo Sacramento (presen ç a real ) O devocionismo se constitui num substituto da liturgia.
91. O centro de espiritualidade não é mais o mistério pascal celebrado na liturgia, mas os santos e o Santíssimo Sacramento, venerados pelas práticas devocionais, tais como novenas, promessas, procissões e adorações (SILVA, Ariovaldo José).
92. Em lugar da participação plena na missa pela sagrada comunhão, adotou-se, o costume popular de "ver e adorar" a hóstia consagrada. Bastava "ver" a hóstia e "adorá-la", e o povo já se dava por satisfeito. O povo raramente comungava. E quando o fazia, era mais por causa da "lei da Igreja" (IV Concílio de Latrão, em 1215: "comungar ao menos uma vez por ano!") ou por devoção. Participar da missa, consistia assistir a cerimônia com a intenção geral de prestar culto a Deus e com atenção externa (Marsili, S. A Liturgia, momento histórico de salvação (Annamese) p.71).
93. Liturgia e Franciscanismo. Frente a uma liturgia, que não alimentava mais a vida espiritual, as devoções, significavam uma revisão de toda situação religiosa e uma busca de novos caminhos de espiritualidade. A meditação afetiva era o meio por excelência para conseguir a revitalização da vida cristã. Essa nova orientação entendia a salvação mais como resultado de um esforço psicológico e pessoal do que como fruto dos sacramentos da Igreja. O individualismo religioso, que exerceu um papel tão decisivo nos séculos seguintes, tem aqui seu ponto de partida (MARTIN, J. Lopez. No espírito e na verdade, Vol.-Introdução à teológica à liturgia. p. 315) .
94. A celebração passa por todo um ordenamento jurídico-eclesiástico e o mandato hierático. Valoriza-se o culto pela precisão material das fórmulas e pela exatidão na execução dos ritos
95. Primeiro milênio Segundo milênio Sacramentos vistos como Celebração / atualização do Mistério Pascal nos diferentes momentos da vida humana Sacramentos vistos de preferência como sinais da gra ç a e rem é dio para curar ou prevenir males...
96. Primeiro milênio Segundo milênio Centralidade da Palavra Proclamada Centralidade da Palavra levada a sério - Escolas para leitores, mesa da Palavra e homilia O povo praticamente perde o contato com a Palavra, pois o padre lia as leituras em voz baixa, só para si, em latim,de costas para o povo, lá no altar distante. Desaparecem os leitores. O lecionário é engolido pelo missal. A homilia virou sermão. O ambão virou púlpito. Difunde-se a leitura da história da vida dos santos...
97. Primeiro milênio Segundo milênio Mistério celebrado: principal fonte de inspiração teológica Compreensão de Deus elaborada a partir da experiência celebrativa, do encontro com o mistério na celebração litúrgica Prevalece a especula ç ão racional sobre os mist é rios de Deus, por influência da Escol á stica Compreensão de Deus passa a ser elaborada nos escritórios dos teólogos. Estuda-se para depois rezar.
98. Primeiro milênio Segundo milênio Caráter comunitário e ministerial da liturgia: Participação de todos, ministérios etc. Vigor da assembleia. Individualismo religioso. Não h á mais participa ç ão do povo na Liturgia. Alternativa: Enquanto o padre reza sozinho a “ sua ” missa, o povo (do lado de c á ) se entret é m com “ suas ” rezas. Desaparece a assembleia. Clericaliza ç ão da liturgia.
99. Primeiro milênio Segundo milênio Adaptação às culturas Fam í lias lit ú rgicas no oriente e no ocidente Diferencia ç ão de ritos Centralismo uniformidade romana Rito romano latino igual para todo o Ocidente...
100. Primeiro milênio Segundo milênio Estilo da Liturgia romana: Simplicidade, praticidade, elegância, dignidade busca garantir o essencial, a saber: o Mistério pascal Cerimonial complicadíssimo - auge com a pompa barroca. Valorização dos elementos exteriores do culto. O latim é a língua oficial da liturgia.
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102. Primeiro milênio Segundo milênio Levava-se a sério a qualidade da celebração : bíblico-teológica, ritual, espiritual, pascal orante Máxima preocupa ç ão maior com o aparato externo (ritual, vestes luxuosas, incenso, procissões etc.): Ritualismo, esteticismo... A celebração se reduz à observância das normas e das rubricas.
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104. Liturgia e Franciscanismo. ESTE CALDO LITÚRGICO E DEVOCIONAL SE TRANSFORMOU NA ESCOLA DE VIDA E DE ESPIRITUALIDAE PARA FRANCSICO E SEUS IRMÃOS E IRMÃS.
105. 3ª PARTE CONCILIO VATICANO II: Resgate do essencial “perdido”.
106. Centralidade do Mistério Pascal. Revalorização da ação do Espírito Santo à luz do Mistério Pascal (cf. SC 5-8)
107. Liturgia e Franciscanismo. Presença “real” de Cristo na assembléia, na Palavra, na pessoa do sacerdote que preside, nas espécies eucarísticas (cf. SC 7)
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109. Liturgia e Franciscanismo Centralidade da Palavra (cf. SC 5-8; 35) Levar a sério a Palavra: Leitores Livro Mesa da Palavra Homilia Pela Palavra proclamada, é Deus quem nos fala.
110. Depois do Vaticano II, resgate do altar e da mesa da Palavra como centro.
111. Liturgia e Franciscanismo. Liturgia, lugar primeiro de inspiração teológica (cf. SC 5-8). Introdução geral dos livros litúrgicos pós-conciliares.
112. O Vaticano II resgatou que a Eucaristia é Ceia memorial da Páscoa de Cristo e nossa Páscoa: Corpo entregue e Sangue derramado... Comendo deste Pão e bebendo deste Cálice, anunciamos a morte do Senhor e proclamamos a sua Ressurreição... E nós nos tornamos um só Corpo com Ele!... Tornamo-nos também Corpo de Cristo!
113. Comam do pão, bebam do cálice... Comam do pão, bebam do cálice! Quem a mim vem, não terá fome! Comam do pão, bebam do cálice! Quem em mim crê não terá sede!
114. Liturgia e Franciscanismo. Sacramentos: celebração / atualização do Mistério Pascal (cf. SC 5-8; 61) Encontros com o Senhor Ressuscitado.
115. Liturgia e Franciscanismo. Caráter comunitário, participativo e ministerial da Liturgia (cf. SC 14!) Participação ativa, consciente, frutuosa, um direito e dever de todos(as)!
117. Liturgia e Francsicanismo. “ Nobre simplicidade” (cf. SC 34) Garantir o essencial: Palavra Mistério pascal! Tentação atual: querer complicar tudo de novo! Muitos comentários e toda uma ritualização.
118. Liturgia e Franciscanismo. Preocupação com a qualidade da celebração da Liturgia: qualidade bíblico-teológica, simbólico- ritual, espiritual, pascal e orante Preocupação com a Formação litúrgica em todos os níveis! (cf. SC 15-19)
120. Liturgia e Franciscanismo. A influência da liturgia foi o elemento determinante da experiência mística de Francisco, uma vez que a imagem do divino, foi para ele como que a matriz que plasmou sua atividade orante. A liturgia foi quem emprestou as tintas (cores) para pintar a Deus que animava sua fé, tornando-o visível e ininteligível.
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126. Liturgia e Franciscanismo . Na medida que Francisco (e companheiros) crescia na vida espiritual, crescia também a sua estima pela liturgia e passa a desejar que ela “dê forma à vida fraterna”.
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129. Em Francisco ganham novo horizonte as duas expressões: a liturgia oficial torna-se mais acessível e a oração popular recebe novo conteúdo teológico. Por sua vez, a oração do Santo de Assis bebe tanto na fonte da liturgia eclesial quanto na oração popular.
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137. Para Francisco contemplar a Deus é aceitar o Outro como Absoluto e a si mesmo como um ser relativo. A relação de Francisco com Deus sempre se apresentou como uma relação aberta, respeitosa, deslumbrante, gratificante. Os louvores ao Altíssimo expressam de forma gráfica o que era para ele a contemplação de Deus .
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148. Francisco e Clara nos ensinam que os simples gestos da liturgia são também contemplativos: uma posição apropriada das mãos, uma atitude adequada de escuta e participação enquanto estamos sentados,de pé como ressuscitados, de joelhos ou prostrados. Todo gesto litúrgico que nasce do coração dobra suavemente o corpo e o modela, tornando-o sacramento e sinal de um impulso total da mente e do coração; encarna e torna corporal a contemplação, o olhar límpido, a elevação das mãos na oração, o gesto processional para o altar, o abraço de paz acompanhado do olhar luminoso e a palavra de comunhão: o Senhor está no meio de nós!
149. Para entrar no dimensão contemplativa da celebração é preciso, antes de tudo,, favorecer o silêncio interior e exterior, certa pacificação do corpo e do espírito, uma profunda atitude de fé e de amor para o encontro com o mistério. Coisas todas que não se improvisam e precisam de certa disciplina e perseverança espiritual.
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165. A oração em Francisco é: = Escuta dos desígnios, da vontade de Deus; = Simplicidade e humildade profunda diante do Deus altíssimo; = Louvor, ação de graças , alegria; = Amor: do Filho para com o Pai; de irmão para com o Cristo crucificado; de esposo para com o Espírito Santo, guia na prática da virtude, que repousa igualmente sobre o pobre e o simples (2Cel 193) .
166. Embora Francisco não tenha elaborado um compêndio litúrgico, a ele se atribuem uma série de orações .